Gallet, Luciano - Estudos de Folclore (1934) PDF
Gallet, Luciano - Estudos de Folclore (1934) PDF
Gallet, Luciano - Estudos de Folclore (1934) PDF
ESTUDOS DE FOLCLORE
I LUCIANO GALLET
ESTUDOS
DE
550
FOLCLORE
--t . j~·
(
' . 1934
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~4~2.~~Y?..!:~
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INTRODUÇÃO
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fecundidade, o aalvou da amorrura bem comum de.... lllteUgent.es abaa- dlnbelro. Eatou oem pi&Dlsta boje á noite; 6 um trio. Plano, viollllo o
tardadoa pela timidez, que vivem d01fazendo de tudo e DIO fazendo na. nauta. Na eata de espera do Cinema (DIO me lembro o nome). Jtra na
da. O aatvou prlncopelmonte do 10 perder no lndlvlduallamo, e dlatratr-oe avenida Mem do Sâ. Infecto naquela epoca.
curlooldade IDclvll do vivedor que DIO oe eapeclallza nunca. - .raa, caro er .• trabalho em arquttetura, e nAo entendo dJato . ~,v, .............
Portm · - vitória admlravel de orpnlzar aa auaa tendenclaa e NAo ael do que ae trata.
niiO eaperdlçar o valor multipio que ti Ilha, niiO foi facll DIO. Luciano - Nada, voce 6 o unlco que pode fazer Isto; tem babllldado e• ~~-A.
Ollllol bracejou multo, anteo do dar u qualidades que poesula uma ao-
luç&o mail bumana o quo od coD.Mrulu quando ae destinou IDtelramen-
poetai. I>!vertido, boa mQalc&, pouco trabalho e 7$ ~r noite.
Eu trabalhava de-pé, desenbando, daa 8 da manbl 4a aelo da tar-
A"'"' J.J. _. ....
.,.....Jo.
to • orpnlzaç&o da mO.Ica no Braall. Os paaaoo de aua vi<b de moço do, o pnbava 60$ por mês. Resolvi acumular aa funçõeo e comecei no
demonatram bem o quanto ete belltou. Numa daa auaa cartas, eacrlta
ao correr da pena e oem nenhuma pretendo, êle me relata a vida dM-
"" tampoo:
• A mlllbo edueaçio foi feita em colerto de padree. Internato. Al
outro dia. Pouco tempo depois acabou a sala-de-espera e eu fui perar na
•la de projeçOea, das sela e meta á meta-noite, com G$ por noite. lll ai
eomecel a miDba lnatruçt.o mu.slcal.
Partindo do ponto o mala rudimentar, ta dizer o mato lllfame - o
·-v--di ...
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~. f\~ . tJ....,.
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~
durante oelo anoo, doo 8 aoo U , aprendi multa coisa. Eapeclalmente um dito cinema, no Jarro do Roclo, era frequentado por rente do lupr, na-
pouco de ordem. Kanlfeotel tambem J161to m\l.llcal. Fui 101110 tempo o quela epoca, 1910, mulberea da rua do Nunclo, marlnbelJ"OIO, a malll Unda
prlmllro do cole.po. Em qual! tudo. Reprooentava oa prlmell'OI papela . •fera da cldade - dai paaaet por todo o métler ma.tca, dentro de todas
Dramu, comediu, rovlotao, o o mato. Era o primeiro cantor. Sauo e ao modalldadu. O cinema de outra eapecle, a revlllta vopbunda, o ca·
profano. E tocava piaDO. Batucava 6 o termo. Enaalava coroa, orquee- f6-coneerto, 01 banquetea, c:a.samentoa, balleo, o bar. . . eataçCu de aruu:
t.ru; andava metido em bonda do mdllca. Um mundo. PIDtava, d.,._ tudo o que 6 poealvel. Depob, aa aaiM-de-eapera doo clllemu. AI, 1' um
nbava. E ptava do motemoUca. Tinha uplraçGu i engenbarta ou ar- aplca na carreira, lupr ld para muslooe bons naquela epoeo. ai a ma.tca
qultetuno. El ora profundamente reUJiooo. Tambem uemplar DO aaaun- era mllbor, e abrangia da marcha vuJ&ar americana, ~Ddo pelo ro-
to. Com taDtao qualldadu ucapclonala, oo mootrea tlnbam auaa vlataf partorlo llltermedlarlo, aU a ópera, e c:llepndo ao ropertorlo o!Dfonlco
(1) Numa carta tio mo -ro'rla em lt:ZS: "TT.-. a oea•ç&o de ellCOD· (1) "Ha uma omlaolo. Doado a aalda doo padrea ati proxlmo • oDIAda
tra.r um amllro· Devo explicar, o oerla lqrato e llljuato ae DIO o dlu •"' : oo JaniWd, tis butanta ma.tca a 4 .....,._ com uma ara. Leite Butoe,
ten11o tDCODtrado em mlllbo vida, amtzadee, o proclo-.o. Talve& poucoe antlp aluna de Qottocba1k e Artur Napotel.o. Pratiquei leltuno • primei-
~ dlur o moemo. Ku nlo 6 a muma - · Al 6 um amllrQ - ra 'Yiata".
da 111>&1 a 111>&1" (Carta do li-IX-28). I
12 - -18-
Gutel .aeat.e pereu.reo G ano..
Wu ..,lu deram-,.. detalbel Impor-tu.
ptedooa dOI """ Interpretai, Paullna, SteU& Parodl, Naaclment.o, Oomoo • oo
Em 1e12, coDhocora Paullna d'Ambroslo. PreteDdla acomp&llba.-la out.roa.
Glauco ouvia, fula parar, recomeçar, corrl&1a. elogiava, ..-noura•
em um cooctrto qualquer. Em verctade, jl. a co.ohecl& de antea, mu o va. e aab!a que depola daquUJ> la morrer. O m6dlco o Unlla prevenido •
-UIIt.o mllllea •tava de lado. Havia uma dl.lt.&Dc!a nest.e eentldo entre Aquelel bomen.s que &U estavam, chOravam.
114e. Wu naquela oeaollo quaa diminuir a d.llt.&Dcla. Elltava neate dia com Depoill, dupeclla-oe de cada um. A cada um, um conoelho, uma
Paullna, oua amlp Roeolta !Coei& Plnt.o). l!aiJJ tarde contaram-me que recomendaç&o. Cada um chegava junto a fie, e tle falava um GlUmo avi·
eu tocara delloiOMmente uno -ro.,...,. de Nuaret.h, maa UDha acompa- oo, um Ct:Umo pedido. Ao Brap entreJOU a 1\1& "Soeur Bealr!ce", c\ljo
Dhado... bu-lO mal. A - om!rede contúW& at6 boje. Em 1e1S primeiro at.o acabara na vtepera de ealr doente, e pediu que a lnslruman·
fts relaçOeo com Nlola SllvL Ji tl.&en. procr-. Comeod a ter relaçOea t&Me. E det.albou mlnucl&a, fll<ou pont.oe tmpo.-teo. combl~l d•
ODda1o • a apa-.r como acompnMdor. A1 abrlam·oe ao peropet:IYU da lnetrumtnt.oe que t....,u.ava. tlmbree que penava obter .
IDU!ea ma1o 1611&. Domt.oava enllo DO Rio, como primeiro acompuha· E por Olllmo, pediu a t.odoe que contiD~ a ou& mO..Ice, que
dor, o meu volbo amtao l:rnanl s...,._ ODze ~ ...,tea, qll&l>do em 11102 nlo a delx•eem morrer.
eu entrava para o colep, fie ali domt.oava como o L• do coleJio. E eu ut.o foi em Abril. Uma oemaD& depoto Olauco eot.ava de p6. A -
tome! o 10u lopr. Em 1e1a t.ornel-me lambem o·oeu COIICOI'Rllte. Fls mú.llea raoe\lldtara-o. E enllo teve mania de ouvlr·oe. l&moe a tua
enllo n!laçOeo (com oe rupetlvoe Npert.or!oe) de viollnllt&a, celbtas, e eaoa trao vUetl por eemana. e prepara....,.. nova audtç&o para maio
t.odoe oe "lot.u", e oe terr!velo oant.orw~. AI falai de c:aridade, oe ema1oe Noota voo. 6le apNtent.ou-me e.pecialmente. Conheci enllo uma tiJUI'&
de ..,_ para ao clltao e ludo m.a.LI. IC ao fW>çOeo de lgn.ja (vell>&l ..,. de alt.o reltvo, d. AdeUna A.Jambar1 Luz. Era a miJ adotlva de Glauco:
• Dheoldu) . edu........., quando velo menlDO da llalla. e teve-o oempre junto dela . A
Por lnlermedlo de PauliD&, coohecl Glauco Veluquez. E lodo o tamlll& dele deattnava-<> ao comúdo. E ela atirou-o I. arte. Foi o Mil
Jnlpo. Bltll& Parocll, Alfn!clo Gomu, o velbo mutro Nascimento, Nucl· Jll!a moral o lntelectu&L De 1.o de janeiro a 21 de junbo, cl. AdeUna. tra·
mento tUbo, que com~ava apenu, outroe m&ll e outras relações eoctail. l&Jido de Glauco. n&o oe deaplu para dormir, uma 16 vez. Tal a ous de·
Por Nle!a nura "'~ mund&D&o. Ptnbelro Machado, Azen!do e por dleaç&o.
at a tóra. Mu prlnctpalmeote mme. Guerra Duval, que tornou..ee uma Com a mllhora ncUcl&. Glauco arqultetou planoo de viagem, tutu ·
.....,de amlp. Wu a velha aoptraç&o da arqultetura continuava oem· roo -trabalhoo. E a vida do grupo oegulu Npo\IO&da.
P""· E decidi que em pr!nclploe de 18H entrava poettlvamenle para a Eu tocava no bar Rio Branco, na Avenida, com o VIla - ae•teto
Elcola. Jd...... ha eempre o "'maa". do qual tle era o dlret.or e violonceUsta. ( ... ) Na noite de 21 de junbo.
Eltavamoe em meadoo de 18. Um &miJO, Salgado Zeoh& (1'4t.or Paullna e Rosetta entram ta oito horas da noite no Rlo BranCQ, me cba ·
lnconctente) aabendo da ruoluçAo, chamou·me ' ordem. mam • previnem que Glauco morrera de repente. F'lzera trinta &nCMI.
- Pole voee. com dl•poelçAo mueteal, que vat fazer na Elcola de Cllamo ainda a tua atenção para Glauco. Na lua ca.r ta, dlzeo: Wa·
Belu Arteof PNpaN·•• para o lnatllut.o. E deu-me um caderno de "EI· cner e Franck oe matorea metodistas - e eu acrescento Ol&uco, talvez
tudO'!" do Cbopln. F:u nunca Uoha vialo aquilo. maior. Oolodo de temperamento artlsUco fantaollco, criador po"eante, tio
Prepare um ''.Eetudo'' e procure Henrique Oswald. eoereveu de 1906 a 1918.·
Achei que era domalt. Eu nunca tinha c.studado plano. Tocava ... Olt.o anoo.
porquO t.oeava. Mu Nfietl 1erlamente. Na mCislca, jli t!Dha um caml· Antes cursara a.s Bela.s Artes. Desenho, pintura, escultura, tudo
nbo andado. E na arqultetur&, teria 6 anoa do escola, e depois um mun- lhe era fac!l. Velo a Imposição da sua gente, para o comercio. D. Ade·
do novo a taur. ' Una, com quem morava em Paquet.á., fundou um coleJio e fê..Jo protceaor
A data me ltcou rravada. Em Sl de Dezembro de 1918, Glauco de mllelca. Depola foi para o lDaUtulo. Tlnlla voz e estudou oanto. J:l..
apresent.ou·111e, mJlbor, levou·..me a Henrique OawaJd. e eu toquei o meu • tragaram-lhe a voz. Eltudou violino. Foi reprovado. Eetudou mO.alea a
Eltudo o n.• 8. Achou multo bom, multo jelt.o, e propôs-me entrar em 116r!o. Fez Teoria, e depois Harmonia. Sempre com dlotlnç6.. maxtmu.
1914 para lU& claue DO lnatllut.o. Eu cal daa DUVella. E us1m foi. Tornou-se adjunto da · - de HArmonia do prof. Naeclment.o. Quero
AI df..ee o tneldente maxlmo de mloh& evoluç&o . Em janeiro de 14, dizer, cooheela o méUer e pl'atleava·o diariamente. Depole fez Contra•
Glauco tlea doente, trromedl&vetmenle, até 21 de junbo quando morn!u. ponto e o resto com F"ran<:lsco Braga. Ai revoltou•et. COnheceu a '"tór·
Doe eeue lDWrprotao pr!melroo - Paullna, o velho Naaclment.o e depot1 ma" mu Dio a qult. JuiJOU que era uma prlaio e queria a liberdade.
AlfNdo Gomu • eua rrando amlp Tllda A.oebetr, ptanlat.a - tllha do Tratou de criar a ...ua. fórm&". Acusaram·no de tgnoranel&. O proe.ao
coD&elheiJ'o LourenQO de Albuquerque - deste., Tllda em ti.D.! de 1918 mualeal adiantado, ne momento, entre nós, era Wagner. r.le partiu dai
mo....,u. Ele lambem multo doente, Dio ee penava em fazer sua mQalca. e ultrapuoou. No Trio IV•, atinge ia ralao do modernlmto, cu)& txll·
Kaa <Se uma vez.. eenUbdO..M DO nm extremo, q~ na hora da morte ou· tenda em França, tle apeiWI coohecera. Na lu& Qltlma pAclna, o IDlcto
vir oua mllllca pela GIUma vez. E eu tomei o lupr de Tllda. ' do 2 • at.o de "Soou r Boalr!ce", fie avlziDha..., da pollt.onla de Stravlnolcl .
Impoaatvel cll.Mr o que foi aquela DOite. Glauco era um !dolo. Du- E tudo loto logicamente, uma coto& atria da outra •
....,ta a oua doença, a oua eaoa em S. Francloco Xavier t.orn&I"'WW um A aua lórma era o deoenvolv1ment.o Interior. El<ltr!or!zado pela
templo, lfloe ptecto.u ut•n4lam .... de ma.n.bl. & noite pa;. fie, e pec11am Unha mtlodJc:a. Esta p1••m•d• aos altoe e b&lxoe da. va.rioe eat.&doe COD·
a um outro deuo. que o oou Deue Dio u abando-. ctentM e oubconctenteo - aiJD&mdo frequentemente a paroztsmooloellpe·
Glauco no eeu lett.o branco, &Dlqullado, branco, lrantpan!Dlt qa.ul radoe e a metpiCetO detiCODhecldu: e loto temperado duma .,...vidado e
(tle ~rava oempre a """ tubarcul-) a barba . . - . . , era Cristo ,... profundidade de omtlr, como nAO eonheço igualo. Sempl'O mllllca. mGok:a
'flvido, Ao n!dor &I f!Jllrao maxlmu: Nepomucef>o, Naeelment.o, oeu m. . pura, oam a mail 1.-.e oombra de •etelt.o exterior" procurado. Obtido
lN • amtao au ao oacrltldo, Oewald, Brap, Rodr!rva aar-. a roda entra-to pela pujança de comblnaÇ6ee poutobleaa • ~ .
-H- - 15
I Mellal, d'Arvero. em que po.ta.s e vozea <le França, Inspiradores nele <lo
c:aDç<les mala oeceoarlu, dllput&m a prefeNocte a po.ta.s brullelroa
de criaç4o Internacional. ·
manuacrlto d& parUtura. datado de abrtl de 1919, que primeiro Gtllet eo-
orovou a Unta "Tango-Batuque", maa que, em seguida, a palavra •tango•
foi rllocada. Eoorlto a l&pla, por cima, eot<l a palavra " Sambe" ! .. . E na
Neaae rrupo de obras, o mwnco eabenja a mualcalldade que lhe roallclade, toda .,... hOI'ltaç<lo tom aua razlio.de·aer. A peça 6 um deUrlo
custara ba.tente a deacobrlr em el. Nas prlmelraa, percebe-se a melodl· de olneopaa, da nossa tlploa elnoopa de colcheia dentro do tempo do doto-
ca epldermlca <los que começam. Exemplo Upleo 6 a "Elegia" pra violon- por·quatro. Isso noa fixa numa ruralidade atrobraallelra, lembrando muito
celo, ou ainda o "l.o RQmanee.'' pra violino, com easa volupta facial daa oe e&mbu do centro brasileiro, ou melhor atnda, o batuque, no ee.oUdo
pr!melraa colsaa, que embora leviana, Dlo deixa do aor volupla, agrada. 1 aeoerlco da palavra. Por6m m ..mo como rltmle&, a peça Dolo estA lnte·
Logo por6m a lnvençlo ee aprofunda. & os aona trancêoes, multo ouvi- .,...I mente fixada. Nlo apenas Luciano Gallet uaa deua alncopo nos
doe, e racialmente jueuncavela nele, dlaputem a paternidade daa obru, doia tempo. do dolo-por-quatro, o que ainda 6 multo conatanela n0800,
contra a Influencia do Gl&uco Veluquez. Debueey principalmente oe en· como a taz ú vezea apa.reeer apeDU oo aegundo tempo do compueo,
tremostra, ú vUM trancamento ee mostra, como DOO encantadores oóroo contrariando, pol$, a llneopaçlo brullelra mala comum, que rollde no
femininos "Phltta Mellal" e "Lykaa". Oulra obra, bem mail Importante, primeiro, e Dlo no oegundo tempo elo blnarlo. A llncopa oaraooteaod<>
que ainda eo!A aob o IICDO do Impruolonlamo, 6 a "Suite Bucollca", pra apanao no eegundo ~po. 6 caraterlltlca do fado portu~. e Dlo d&
orquestra. Tecnleamente eua obra Importa muito. Com ela. GaDet re· COriOifr&lla atrobraellelra. De roato, a rltmlca volta a desbru!lelr&MO
aolvia, anteo de lnvençlo, o p~ que Jm&rtnou com os "nboçoe tema· nos doS. (I)Umos comptJOOÕi, que rugam no t1na1 r!tmlco univerao.llz&·
Ucoe" de doll anos depoll. Realmente a obra poeo(ll uma admlravel uni· do doo foxt.rotea de jau. Por6m, a d~ •taoao" t&mbem ao
dade coo~epUva noe t.ru tempos. &pesar delel H attrmarem com multa jueUfica, pela parte central. Com efeito, desde o "Meno .14oaeo", VOIJI
Cellcidade em aeua ca~cterea diversos de "Putoral", ..I d.lllo" e ''Ronda... enunciada em aexta.s, por eaxotone em mi bemol e taaot.e uma traoe qua-
Eaaa unidade n<Lo deriva apenas do tema olclloo que, <L felçll.o de moUvo· al modlnhelra, de carater bem urbano - o que recorda 1010 os "tangos"
condutor, caracterlw. o bucolismo da peça IA>de, mao da grande unidade de Nazoreth.
te.mattea. Os temaa ee aparentam un4 aoa outros feito manos, como at 86 em 1921 a compoelçlo de Luciano GaUet anseia por ae d efi-
derlva.ssem dum tema unieo, vl.r tual apenas, tlx&do anteriormente. O te· nir. O arUeta Dlo ao contenta mail com o lnternaclonallamo do dante•.
cldo h&rmonloo eo!A Impregnado de reeordaçl5ea: our~m os llietemaa por aaplra ao tornar um mt!alco de naçlo, elemento racional d& terra em que
tons lntelr08; as teJUDd&a llstemaUc:u, que ollú d&o prol "Ronda" um vivo. Tenta um primeiro tempo de "Sonata•, como obra preparatorta a
borborlDbo encantador de Sol coado nas tolhas . A fanfarra do "pl11 anl· um "Trio Braellelro", "abandonado em boa bora, feiJJ:mento", elo propr!o
ma!Q" no "ldiUo", chep a recordar exlr&Ordlnarlamente Debueay, numa ooment.a.
das au&a - d e piaDo. E' certA> portm que na "Ronda", j& Luciano G&J- Na verdade, por 6eee tampo, com excepç<lo do maxixe o do chero
Iet agencia movtmentA>o por auperpoalçlo do quartu, lDtluêncla t&lvea elo cariOca, Luciano Gollet laoora o que aoja mQslca braallelra , E aquela
oon!Ato com Mllhaud. A orquestra estA bem tratacla. Goato principal· moama hoo.,.Udade que o t!Ura bealtar na apeUdaçAo dum batuque, que
menu d& dl&taneldade atntonlca da "Pastoral", que aor<l porventura " era butaote eamba maa cheirava a tango, o leva aaora a perquirir u ver·
mUhor tempo da "Suite... Uma úlUma observaçlo me aobra., quuto '
rltmlca. Em todu eNJU obraa de carater uni'ler~aUat&, o ritmo do com· datlelraa tendenotaa da mO.Ica brullelra, no oantar do povo. Surrem entto
posltor 6 h&otant.e pobre. Nem mesmo o cont6to com o Impressionismo o u primeiras harmonlzaçOoa de oantlgaa popul&...s. A lnoplraçll.o, que 6
Uber!Ara do comblnaçOeo de tempo multo conhocldao. Jl. agora. na "Suite livre, e ae conforma no que bobeu no passado, ainda luta contra hae braal..
B~;eolica.", nAo apeD&t a rttmlca se toma mas. eenalvel, mala variada. ma·
lelrlamo volunt&r!o. Em 1921, OaUet, despolsado pelas oa~a popula-
leavel, como a reot.e ~rccbe que, eom u auu lncure6ea tAo raru pela rea, nada oompOo de proprlo. No ano oegulnte, os lmperaUvoo do eenU·
mwnca braellelra, Oollet começa a entrever a lmportanola tecnlca do
ritmo. Com efeito, ecora a r!tmlca j& colabora, expreoolva e chola de llber·
dado: e cert&.s llnco~ do "Idillo" ou .s..l~ do aceniA>t na "Ron·
d&", &<lo trutoo ovl<lentes .Se penaamento braallelro. Multo embora nada
abrulldrando a poça, uaadoo ainda apanao pra ado.-..ar um l m p -
ruco·.
D-
mento o levam a ertar uma t1u auu ptgt.n.u maia eurioeu, o '1i1ero.
11: 6 ano que a paoqulal lnc nte lhe abro as port&.s dum pa-
rlao novo. N<Lo podendo ortar, •oem quenr", - de carater braallelro,
o problema pdcolorteo cSa crtaçlo o atormenta. E o leva a um p 'mte.
nlsmo tran.... mo dlafarçado, que conaiiUu em 1mq1nar IA>d& uma doutrlAa do eompo-
olçAo, O"Miodo lmodlatameat.e nos "llboçoe temaUcot". lkm d11vld& u
- 18- -19-
h er&nÇU do Ha11.1llck, aa preocupaç6eo Mtetlcae do modernl•mo e~peu, de eriUCA leviana, tlnb&m acusado a fllg&, B&ch o "" poutontotu em ce -
a "volta a Bach'". a c.toutrlnaçAo de SchJoe~~r. inventor do tal de objeU- ral. Nlo era apeou o perigo do "objeUvtomo dine mico", era o dumA
vlamo dln&mlco" P"rnlclooo a brullelroo, coincidiam em parte com a lnven- petrt& materialidade em que se entremostrava, numa dtiTadtlra ••pe·
ç&o do Luciano Oallet. Mal aota p<>Mula lnconteotavel lndependencla. rança, a enpnb&rl& do ex-fllturo-arqulteto. E apeo&r de OaDet &firmar
Vejamoo, por outro pauo da carta Jt cl~, como o co'epoeltor ex- que o r1tmo dtrlV&rla ••da aensaçlo do momento", e. de-et.rto apoquentado
plica a oua lnveu<;to: "Abandonei polll o "Trio ("Brulletro ), Mal tl- l"'la au ..ncla de fatAlidade criadora na a..a lnvençt.o, tomar o culd&do
caram c" dentro (provavelmente nto o P",..,l na oculllo) doLo problemas • do ID.B!Jtlr. na dltlma fruo do dtado, em que u eelulu tlnb&m oldo lo-
a ..-lnr: 1.o - conhecer a md!Jica braollelra, melodlca, rltmka: 2.o - ventada• ..por deduçlo Interior"'. estou que êle mesmo percebeu o artJ.
obter um proc.-o musical proprlo. Partindo do amplo desellvolvlmento nctoeo d& teor!&. Neaea moom& carta. êle comenta DOillro _ , "Em
melodlco. como melo do exp......&o Interior, """" do forma lmpoota. me> 1924 tllrrtm de entl&d& oe três numeros do 5.• Ellboço. Etltava em Te-
mo tematlca. 11 maneira do Olauoo, na mdllca para canto & rui~ .,... ..-pollo, em •cura moral". A contlnuac;&o ela btst6rl& do Wl<rorllfo. Sal-
~vel A ld• uterarla d-nvolve-oe atrav6o do ~· tmagena. Nós nto ram da murna maneira que oa outros. De um. eó tolego. O n.• 2, EDtv·
te.moe em n6ll um momento ttxo lnalteravel. Extate ama auet:ld.o contf · o!Mmo, 6 o primo lrmlo do anUgo BlDo ao B&rnlho. Semelb&nça coll.lta-
nu&- Musicalmente a moam& &daptaç&o, o exp..-o do momento dlveno t&da depois. Somente agora, po-ndo a limpo, 6 qlle tornei a por 01
(1) . Mal n& mOlo!Óa 111.1trumental, Independente d& ~ d& pal&vra : olllce neote 4.• 1"Ab4<o. Lembro que naquela ocutlo, U.... am pouoe da
Oll & fórma (nu oua• arqulteturu coDhecldu) como limite: ou & tr&m- medo (o rrtto 6 meu), _ , MkT oade podJa Ir parar. Atirei-me da DOVO
mJ..ao Interior, ttm Umlte fixo. beirando o prolixo. Ou a crlac;io duma 111 h&rmonl&açGeo- ( • - • ) O 11-• &b6go la deddlr a fetçlo nova. Mal deo-
fórma qualquer, dtve._ daa extstentea, o qlle 6 eempre uma fórma. To- cambel para o anUgo d-nvolvlmento melodlco, e ouopendl. Harmonl&a-
daa elal nto - m de oonvençGeo &óotadae otlclalmente- ç6eo pra mnte!"
Acabei &dotAndo neatoo ...- - at6 aqui - o tema curto. 11 moda O lnvl&vel d& teor!& lhe nava cad& vez mala claro, mu o ex-enre-
d& fulf&, orllfl!m de outroo Oll nto ()foderato e ~rro. Suite Buoollca. nb•lro nto a dela&rll nunca de vez. Nlo 86 atcuna doo etbdçoo oerlo
meroruro, ete . ) a~artado• p.-.vlamento a um plano de conotruc;&o, Jll on- aproveitada.. como, no ano aeplnte, êle tem uma delJcloaa • bem co·
da! ou nto. O a.• tempo d& Suite BucoUe& é em fórm& claelltca de rondó. mov•ote perverllo d& teoria. e 6 lev&do a D&donallu.r & celula tem&tlca!
Utero(llfo, hlatórl& Interior, 6 em fórma livre, um pouco poema. No que ncava a teoria! Em nada. Era aimples:ment.e converter tudo ao
· Porem, meamo com um tem& eurto, nca a lmpoolç&o tmplae&veL eterno proeeaeo de criar por de~nvolvtmento tematlco, tanto encontravel
com oua Unb& melodie&, oeu ritmo, oeu e&rater. Porquê nAo livrar um num canto de &trle&DO, numa d&ll.l& reUgtoaa da lndla, no Nozanl nt doo
tema dll!ltee Umltu preconcebtdoe? Terlamoa em mAo a materl& eonora, Pareclo, como uma &ntlfona cregori&D&, em Beethoven Oll Henrique
delimitada untcam•nl e pela quantidade de eon• eoeolbldoo para cleter- O.Wald.
mlll.ldo nm Oll oculto. E' um limite, nAo o eendo. Nenhuma tlxaç&o an- Ne•u peoqulaa &dmlravel, que fazia a cada deslluo&o nova, Gallet
terior de ritmo nem c-arater. Fica pol•, uma celula mu!'rlca1. mllbor, ce· '< atirar de novo 111 barmonl&aç6es, &O tral>al.har ao UDh&e do Ialll v~
lula oonora. plumavel f, een.ac;&o de momento. Exemplo: Qllatro notas quf'r morrer e do Eu vl Amor pequ.eni.no, êle descobre uma du tnterro-
quaiiJ(Juer constituem a cetula. NAo 6 nada e pode ser um mundo. COm gne,6eo lntereAMnteo da mdsle& amerlca.n&: a orlpm da alncopa. O alegro
notu..de·pau&gem t" nho dentro da cetula, outro.l de!tenhos. Oom uma C'entral do Eu vl Amor pequen.lno, êle conta, "tez..me vislumbrar um pro· /
tnvanAo qu41quer, ,_urgem desenhos contrários, diversos, mas de· blema a eoclarecer. A nossa otncopa, vinda, Dto do africano, ma.s do eelo- · "' c>
rlvantet dnl. Pollfonll\ e polltonla. Do contraponto de nota a nota, vem a
lntençto harmonlca. Com uma dlepo•lçllo diversa (na eequeocl& doo B01IJI
por-oito. alegro, deformado por lntluêncla do ritmo africano exlotenle ~.._.· .av.c.
> > > > JV(i~
d&doo) nwo• reoultndoo e novaa COilllequeoclu. o ritmo da eenMç&o
do mo~ento, com llf!U carater con.f'equente. Isto tudo: o Umitoi o re.sto,
entto : r.J 1 Cf tf pI tJ 7' H!' I ".Luciano OaUet me tirava do ~.c,'1
,. t&nt&llla e o t.em r~ramento de cada um. ,.gredo um problema que eu vlnb& estudando o pro qual toda colho do- ~ -11,..,-1
No meu catAl,.,A'O chamei ,.esbOÇO ttmat1eo"; no prlndpl.o da. p&· cumento<l at6 hoje, oem tempo de os tlrmar em doutrln&. A obeervaçAo ~t-#~ ,
pol&d& dllfO que o tltlliO 6 errado. E 6. Celul& tomatlca? Qllalquer cola&- d•le 6 tlnllllllma e bem pl&uotvel, multo embora, por mim, eu eoteja mala ~ , -t N'C
~" fazendo teoria. Naquela oeullo fiz apeou o 1.• e•bOço te rrope11.10 a acrodltar que a noooa alncopa Jll nos velo feltlnb& da Europ&. ~ .. d.ll ctl!
mattco. eam teoria. Senti que era um caminho. ~gulu-so o 2.•. Con- f' , por lnetdlr com elementos r1tmlcos amertndlos e atrlcanoe. se ter pro· \vJ.u'~ ~....._,.
vem notar quo amhoe foram eocrltos do um tolero. eobre a mesa. por pftpdO com verd&delra obewlt.o pelu Amerlcas.
docluçlo Interior . Jl:otio eem o menor retoque, talQual aatram. E at6 D ..•• 1924 data a pubUcaçto doo DoiA Codemos de Melodlu Popu·
mala tarde ncaram uelm, MQuecldoo e de !&do" - (C. da l._IX-261- ll!n~ B-otina (1) . SI fie• oerto ultrapass&doo em valor peloo Trfe Ca-
E' vlotvel que o lntelect..ai!Jimo dominava - A ld• colncM!a em d•rnoo poo~terloru, Jll contêm al&"'mu obru·prlmu. Prlndpalmento a
rr&nc~• parte com proce-. Ji ull&doo, ma.s prlndpalmente .. a rriscava
a entao&"'lr-M naquela raUd& matemaUca da 0011.1 de que. em tempo•
rt J N ..ta primeira od!c;&o vem um êrro grave m&e c:urloeo, de tmpreaolo.
A peç& A P•rdh piou no Oampo. que est11 em la, saiu com quatro lllll&·
(1) Elo quer dlur qllo e&da ldea cootld& DO texto poet!co provoca em nldoo na armac;&o do clave. r.o determinava llm& uca!a nova, tonal MID·
n6e u.ma lma~tm 10nora, e que o md!lco deveri. pola, obedecer a usa eu· PN, mu com o q..arto grau !JiatemaUcamente elevado, uetmllavel &O hl-
- do lmalfi!DI oonoru. ..m outra oll&IQuer preocupac;&o formalt!lta - polldlo . Ora - Olcala ocorre moamo no popul&rlo brulletro, dei um
Dlapondo de multo pollco tempo livre. Oallet cartela com violenta lllote- OJ<omplo no me" EDoalo oobre ~Idllca Brullelra, e a peç& Dto percl.e u ca-
oe. u ve- , "Devo coocord&r com t..a obeervac;lo d& traee eUptle&: poll· rater por lalo , Pelo contrllrlo, tlcou mala orlgtnal . Euo erro de tmpru-
oo tempo. traltalbo Interrompido, ~lo ele prollxldade e deoejo de c:&ee- lllo atraiu Reorplrhl. que, n& Salte B,....llana, -~a o tema d& Perdh,
teu-te o meooe paulvel" (C . do 22-X·:Ie) - Mm dar polo enpoo, com a q..arta aumentad& ..•
- 21 -
• • oe e eabóçoa temaUcoe jUiam ecld
urmolllzaç&o do Fotorotot6 6 perteiUulal&· E lambem, no 8llllplra, Oo· orp.IIIEaclo em janeiro d6ate ano ~m t oa. e nem entraram no caWoao
proa; ~ cbeao aaora f.l concl~o do ':ue~~ f:,.ram para.
raç&o T.Ute, aproveitando at pollfolllat acompa.Dhantea do vlollo popu·
lutamentt meu. Nlo mo ln~=t• i parte). O que fiz at6 ai niO • a bao-
(A
cledadt coral Pl'O-Arte. qut di um coDCtrto 16, com t.ncbOt da Pabr.Ao, - 2.• - Com o Incidente do Trio vieram aa b&rmo 1
pDdo 8 . &lateua. "Coobecl eni&O tnUmamente o enorme e tncomeoau· rloo harmonlcoe e rltmlcoe do temu • Nlo 6 n ••çllea. Comente·
ravol J. 8 . Bacb dat Palxllta" ... O .-""•10 foi multo viVO DO Rio mu·
oleai. •eom t&llto barulbO, multo lN-· Eu 6 que 1&1 perdendo. Nu
Umu aparece alJUma Ide& <le eatlllza:
lal1o a trto, que n1o tem D&da de C::,m mo.atca mlnba. E' um. comen·
com a mlnll& ma.tca. Nu QJ.
comlnl>o percorrido da Mo.- at6 Toca ::::::::-.::: - ' · Vojo um
mail do miiU p~ proprlo 0 Indo
v6tperaa. ameaça fulmlD&IIIO da um tnaulto cerebral e cegueira Iminente.
IEft ueutO do traballlo. p.....,upaç&o e outraa colxU. Data dai a mlnlla
•onc!o-oe cada •u
dMI.IUDcl& dt empreendlmentot mualcale". Etta true 6 meomo comlca, portelte. lodependencl& do f~tura para uma veracldado brulltlra mail
DO ampreeodedor quollcii&DO que Luci&DO O&Uet oo tomari em oegu.lda. a.• - Oom oa 8 ubOçoa ~ucoe e 01 8 ..bOçoa brullelroe, a for·
maçlo de um p,...... que podo condUZir
86 DO aDO ltJUinlt 01 r..I>OeOt T.-tl- truUllcam realmente, com
niO 11& nilto novidade a.,..luta Ha ~ um reoultado · Nlo U>o Uuclo ·
o abrulltlramento que jf. meDclonel. 8u~m 8&11d- e MaodiDP que, a retlox&o: Scbum&D.D, DO ~\'101, ~ .;:,.tea.
deteobrl-oa depolo, ....;
raullldoe ao llerettelre do 1928, formulo a adm!Nvel oulte do Tunma. da Baell. Kaa eJu ncuam noe roc tula e Fup eobre o DOme
o primeiro, tle comenta: •eomo coooervel o orl.mat (foi& do ~· I'Ab6ço tru tentatlvu provavolo. Oom .!'teP : . ! f~rmaa da tua tpoca, III ou·
Temai!OO, dO 1922) ftcou aquele InterveiO, ml bemol & fa ouetenido, que
ellam&N do orientaL rot um olmplu reoultado lrrefieUclo dat
qualtqUtr. Kaa acbo que Uub&a rado e jf. corrll\" . o grtto em •uotao
DO- voltado na mo..tca pura Interior (8 eabOçoa) •b uu derlvanteo: a - Apro-
na MJ'lod& conclualo, apU~ a mane~ - Com a Uuatraç&o obtida
quaJ.tquer" 6 de Gallet, certamente venncaodo, aaora mail taguetramen· fonlzar, manteodo a pert~~&~W~Cia da aenmb~onall elo melodbtar, poli·
te polo que tt libertara da teorta, que ao ce\ulu temaUeaa eram gellda· mo C0111clente de braai!Jdade. e braallelra, com o m&xl·
Ultima oboervaçlo. Na pag 35 falo d
mente oem "deduç&o Interior" . ~ do tema popular na mdal~ do cantoo reoultado duvldoeo da apu.
Oom o Tur\1D& jf. ulamoe numa outra Intimidade com o naclon&J tloUnclo, parece-me que ba um e na compoolçAo Uvro. RI·
que niO com a Danta Brullelra ele 11122. Nlo quero deotuer cleota. que 6ate tema elo ritmo lm..,..ft proceao a eotudar · Slmpleamente, livrar
J0t1o baet&llte, ainda llltlclamente acorda~ com momentoo de sabor- bar· em ~... I Y--, reduzindo-o a eelula aonora
..--ou ntelro. Iii eervlr·et dele lnte-&1
e co
molllzaç&o. O que a prejudica bem 6 o Utulo, pelo qual, nós, n&clon&la, •• ' quand o aprol.lvtr
llliOQuencw,
( t).
1amo1 uma tendcnelaElnb& pri repudlf.·la. Porque pouco ele braallelro ela
tam. Ainda multo meUdo com etul cacoetea europeuo de cultura, Luel&llo
Gl>llet qula tuor brullelro o al>lu afriC&IIO, da meoma forma com que uma
---
(l) Na realidade como mantfe ta Ao
feita, ll& Alemanb&. eaquecldo dOI cbf.l da lnfancla, A. Si Pereira qulo texto llterarlo e ,;Oalca popular a é çco Interessada de arte, a fualo de
\ fazer braallelro o ealu falao-erpaobol, no seu exqulolto Taogo Braollelro. JOI. No movimento roll(llooo da Vmb~un;' · ~isUu com oo Nomol &T•·
III valba a vorclado, lambem Gallot na au& Dalila, fui& aquele f&loo·afrlca· elmultencamonte
00
aec XVI 08 1 t uo ol feito, como o tturam
no, o at6 falao atroamorlcauo. em que n01 tlobam viciado Oll Gott.>cbalk o traclJclon&tl, e o.'jeautta.l da Ámerlu eranos da Alemanha com oa "lloder"
oe Alcber ele mf. morte. 86 bavla ele ml>lo le(IIUmo o rebatido clu H· elllcoe. Na R.voluçAo Con.atltuclo~~:~:7~~· aztecu e cateretêa bra·
mlcolcbolat om movimento perpetuo. Fl'Utuooo Viall& lambem c&lrf. nea- textoe de ruerra ou de ofen.aa de..,rpert.da f.l • oa peullotu aclopteram
et moamo faLoo-atroameriC&llo, na aua Danta de Negroo, maio legitima· 101 arpntlnoa, raocbelraa do momento .H cantlgaa, aoa oambu, tan·
monte apelidada. Na peça do Luciano Gallet 6 - fal.oo é vlsivel em cerlao eoclal que dominai e embora uma ou ouira :!_~estenala cuoe ' o lntereue
c&df.Dclu de fraet, o principalmente na melodia elo violoncelo, do eplaod· veru arUoUca · a arte rte .--~ co ga ee tornar de de·
le~do a um .:-·~A ,lanaa erudita, o valor e lntereaoe uteUeo utf. ro
em la maior (n.• Gela ed. Rlcordll. Mao a Danet B""'llelra 6 bem bonito. •- ~.~o P o aem noobuma lmporta.n ta. •
EN& ftJoUicaçlo lnconclento jf. n1.o oxlote ao Tunma. cuJa eaoen· Luciano Gallet caiu • que tle uta t nd c A contualo om que
• a crtaçlo tomava r lleo va ue o arte erudita, clealntereetad&.
::..';~o~~~~~~~".:.
da bem como rulldaclo elo perfeitamente naclooalo. Tambem nele o
penaamento mualctJ do compooltor ji eatf. multo mail nacionalmente po- ddtaafparacia, conve..J:. a me": o compoolto;
utolllco. 01 raroo momentot do compoo!çlo acordai nl.o tem tunçlo pro- e elto de ordem moral, b&vla um e • ..,.,.. ~-· Alem daiM
priamente b&rmolllca, ma1 rltmlca. E ao Uub&l dOI t.res ID8trUmentoo a naelooalldado duma melodia popular~lov:"to de concepç&o do quo Hja
molodlcoe eocolbldoa (vloliJ>o, eaxofono o cl&rlneta, eobro batartal M enla- dloar, niO 6 DOI eona eucualvoe (oo . ...,_na Uub& propriamente, quero
çam. <leallp.m, b&rmolllzam. com uma liberdade logtca, bem caractubta· nacional duma melOdia !:.a Unba. 01 q_._.uer · · · J que oou o carater
da qoooMoo
- - · ltC· -·-·
-~m' om todoa oe01.---.
~•-lntervaJOI
n10 -~-de 04!~ • dO te-·
da. numa e.tua1o magnltlca . •
Kaa ao paequt..a conUDuavam . Com o Maaln. que dllta apenaa
JUtm. O que nadonallza proprledaclo do ·~
llln·
dl&l <101 uboçol temaucoe abrullt\l'&clol. "tente! a adaptaçlo do tema po- ~~~"" rltmoa que a"!!.':!.~ :,"q:W~-~'.':•.!I..uo( 6 bt-ela,
pular ao texto Uterarlo, coU>o compOIIc;t.o. E ~mo que deu t&leo. O ....... aumeutada, da ma.tca
mente, n10 ela, J!!lrfm certot ::_bucoe
rteafrl - · - - como a -
cana) • dentzo da Uub& proprta·
tema popular, com Nu ritmo e cantor proprloo. nl.o ee adapta ao t.ato melodtcoe. r.tu e~o· eotereoUpacloo. <»rlot modlomoa
_1!.~• duma_melc!!l!a ~'tl~~ sue ca:aterlzam a nadon&·
1
que niO tem nada dt comum com tio. Tentei com o Cateretl a cleclam&·
ç&o ritmada. &' vlave~ ma1 n10 aeabel. A utudal". .... oxclüilvamento IODOra. uma Uub& tradlc:looal a ...
ll aaora conUDdo cltaodO- carte admire~ atf. o nm: "Ufa! mudada, tudo q"·~·- ~~ que a proprte ordem dOI ...,. podo -
cbepmOI ao nm. Que o61obre moçec!a, belmf TarDO a lembrar. O Trio. -~ a nac1•~lu. deoapuoce.
"- 28-
... -22-
voraoa - o) canooea - f) puladlnboa com ritmo
ta quadrado - I) uma tentaUva de ~ri aa!Utante e regularmeo- ~
AgOR. caro amlco, renovo o peclldo que 1\s atrAI . .,. Dl.o ael Dada
ela tudo lato. E creio u>umo que a lmaJll>aÇIO anda valente por oJ, OOm
aantt. Junto a Lato, _h) polcas bROUelraa, ca::ft"" Batuque, menoa llltereo-
au - Jl lcholtlab braaUelRO - eotou conv erentea doa tancol - I ) val-
a miDba vida aLuai de prof.-r que atende alWWI LOd&a aa boRO aegul- contn·ao a maior contrlbulçAo da encldo que nu lchottl.lh on-
daa do dia: DI.O tenhO vapr para penaar em outRO col...,. E garanto-te
I:Otou lembrando de cabeça noaaa melodlca.
que 1\s multa fOrça pan cbepr al4 aqui, p4clna 87. 1lal.l pena de mim, 6 mala ou me1101 lato. vt que ha •:endo e.star exatamente certo, maa
oO dou·. para ver tudo lato, 6 precllo em 0 campo u:te.noo no Nazaroth. Ku
Cbepmot de novo ao fim de 1928. Neaae tempo LucianO (;allet J• c:rU.oe, que a&o Mmpre de I ta!.._ mudar sempre 01 andement.ol ..,.
reunln material pn mala trta caden>OO de cançllea populares. Mao luta 01
A~:., •!"" 1
--~.. ' 1
~ ~
completa do que tle editou no a att g. Tenho a odlç&o
pR onoontnr editor. o. americanoo ela caaa SChlrmer ruem uma pro- Dividi tudo em Jl'U- com Utuloo 0 deau4 de outroe edltoru.
~entoo ~........., o
=
poeta vaca que 6 recuaa ver<ladeln . Surpm uperançaa de edlçAo na tartaUco . Faltarla marcar 00 q:e en"t:: u.m o mala cara-
caaa ScbOU., alemf.. V~ oo T - ()ademoo p.-. Alemanha. maa bem p-
ra~~UdOO de edlç&o, pola ol SChott oo recuaar (e de taLO o tn.balho artla-
EDquanto Lato tardava a - ' • -
~At - -.n.d.a'
~~:08~ano
tua vinda chamaria demala a atençAo; e principalmente Unbaa diLO na tuno. A eacola Figueiredo funil po.ra mim Dl.o teria oldo opor- -
O.ltlmO. carta que aaplravu ao repouao completo depoll de 18. NAo qulse- vteram outru. Eu andei por e aubsl.ste ainda. Depol.l ,;..,
moe eem rnall, abuaar do U. Eu e Lulsa. estamos certos que seré.a padrl· aompre afaatar o profeuorado. oa e espero.nçaa. penaando • ·• f-• ~;~<t
Dbo de coraç&o. Para compensar, trouxemoa os teus ~ livros para Mon# No ano piLill&do Unho. rei!Oivldo d
te AleJrO, faunda velha, aol&r nobre, pobre hotel bOje em dia, altitu- aaçti.O complexa e completa n4o dote mt!.,vez, o caso da escol&. Orpnl-
de, cUnm bom, boequc nuutwllboaO e ebuva forte nos momentos proplcioa. Ia taz6-lo quando a oua ccltebre car:.. da ainda em detalhe, no papel.
J!l multa alcJrla enl nOO" (C. de G-I-27). aeruldn refleU aluda mala. P rcoli!O or n.n~ parallzou o movimento. Em
Outra carta Importante, dar!!. mllbor conta, Dl.o apenas da atlvldade pra~~ta materialmente. No rlncl 10 ga r uma colaa deataa, que me
do mO.Otco, maa do entualaamo que o dominava en\40. " ... J(l. dl.lse pra atualmente, depois 0 mesmo ~ maf. ta~m mais IJ'abalbo do que tenho
voc6 que quando recebi a carta a-rande, andav& u voltaa com a-ravaçOes menoa alada. Jl. dlaae, o plano é am I0 e menos. E cheJar ao ponto dt
de folclore. Era o aea-ulnto. A fábrica VIctor decidira gravar em Bu&- tavel DOI vart~ tcrren~ A ~ate r P e pensado de maneira aproveJ-
not Alrea, 24 dJ.scoa para canto, e conjunto pequeno, rnaa nAo queria cot.sa o aaaunto. Em Janeiro, j, com m:.~~~~eremos que converao.r aoa aobre
atO&. Excluindo em abltOluto o que Dl.o prestaSSe ou cheiraaBe a banal. orra.nJzar. A Victor parallzou-me de novo os e com programas vario., ta
Fui convidado antea, para orpnlzar. 1am uma pequena orquestra e doia
cantoru. O repertorlo era de pnte boa e abltOlutamente nosao. VUla
AJora utou reaolvldo a Ir mesmo
- quo dteejo completa antes de .
:Ma. oO a organlzaçAo no papal
com Oltandae. ae-taa • outRO; Bnp. Ga~. canUgas e ~ de queria deixar atrú al~ tnbau!.ualquer açAo - tomarl. tempo. E Dl.o
nerro- e out.ral; Nepomuceno, Batuque; Nazareth. Levt, muitos outros e • terminar oa s eai>Oçoe para lllat com09ldOO: 1.' OOmpleter aa bater1aa
2.• 1natrumenta1;6ea para peq4 rument"" (L. G. se refere ao Turuaa).
ou. umaa quarenta mO..leaa pra eacolber ... :u. oomo a maioria ou o
total do repertorto era para plano, ou pLano e canto, faziam-se u lnStru· a eerom lmp,...,.aa e dlvulp~na !rquestra de duaa OaoçC!ea Popu~
meta~. que deviam oer u mllbOru poto~veLI, depola um periodo IOJliO nl~ de mala uma cançAo pe caaa Wehra; 3.•, Terminar a harmo-
do enaaloo, deveodo aalr tudo daqui mala que pronto. E organtzel oo or- crava~ da VIctor· 4 • oo:pular, (lulnha Pequenina, llllctada para aa
çamentoo todoo, completoo . Gutel nlato janeiro e fevereiro. NistO chegou para plano, mela dLÍtcuÍd..de ~~e:..!~ Chlco, 3 numeroo braaUelroo
aua carta. Em 2 ou s de ma~ Unha a ~ declalva. e a1 roopondla do utudo preparatorto • O lofar1o de Andrade, aerrindo
a ,...,., moamo porqu6 queria que voc6 met.... o bedelhO na orpnlzaç&o mala breve pooolvel (1) ~ o BCl.Cilb& meu Boi, que voc6 vai m&Ddar o
do repertorlo definitivo . Neate tempo de trabalhO (nem me deram tem-
• po p.-. lua claaolc&) d_..brt colau oUmaa do Nu:azeth. )fio 11!'1 o que
voc6 dlaee dele, nem como o aPIIN"- .M.u cooçlul que, aob o ooma do
Tancoo. lle oculta varloa U,l)!!! bU). detet'tQJpadQo de. ma.ie&S JIQS8&. ED.-
C2_ntl'tl - a) mazb<OA.: b) tanCOt. a polca abraollelra4&. aerA&.~ da Blmlba meu Boi, a' LucianO =:~
(1 I Eu prometera 0 cedi m
;,::"'
pra plano, como oo Tableaw: d'ome _._,"_
de temas populana do
da "!':Upoolç&o duma obn
polca oi'ljllial - c) oerutaa. oode predomina a forma me!Odlca plangtn- - ....--n. e -uaaorpld.. -
~ - d) ch6roo, aeoUnllo-ee cl-nboa tnsttumentall, com &Ddamentoa di·
- 25 -
-24-
d pola d una rablacoa em papeleta
v& a d lroçlo da morte. l!lm aove~b":l. ~ carta• de QaUot vlnbam tar-
o a.• 1 virou Turuna. Bateriu, ,..,v114o do dot&lhu, p&o~&gem a oólta, contaado que tlnba & ~. é"';.
e.dermidade grave da mulbar que o
Un>po, ..~ tudo pronto. K&ado o rucuDho. E dediquei a você o trabalho. jadal de preto. No mês segu
O o.• 2, !Dotrumen~l 8Wiplra e 1\I o..,aa. MoDOS lntorosaantu para etcraY1za. 0011 mtoes de alléncl~oa mal ji bem dllpereada. A doe-
mim. mu de efeito mail prtUco por estarem jA lmpressoe os orlgiD&tl 1928. A fecundidade ':'. do Estado do Rio. E aaslm como coibia
para O&Dto o piADO. A Cu& Wehnl Cu edi<;Oe1 de arranjoe para paquena levara o cut.l pra uma r-: Nepo&. QaUot ob&erva a rtJ& da criad&.. m
orqu.. tra, quo dlltribdl por tJ afóra. AI 2 lniU'umeDta<;Oee aalra.m, e entlo 00 ()&Jtt oe • DaDI&8 ndal e modlam08 numlnenaoa.
Unha do oor (allú dltlcll) p&D&OM. para vl.rioo efeltoe. Podo ser ou- e copia pra me maad&r. parle torna m&lll traca, oem nenbum trabalho
....._ cutado oó por pequeno conjunto - flauta, clar\De~. I&XOfODe, platon, A compoolç&o n - &DO ae ecoando a atlvldade cri&dora doo doll
,.. trombOlle, (cbocalllo em bl ortna) piADO o cordaa; pode ser para Idem o de •utto. Ainda no lnlclo do &DO, em uma remodolaçf.o d& traca
O&Dto podeado dai cllmlnulrem oo execut&Dta aW quinteto de ciDema, ou ....,. aoterto...., vem o P al do ua::,.;.:rperde tempo no conformar u.ma
a~ violino o piaDO, com C&Dto ou """' ele, i vontade do tregue.. Ufa! l nlancl& Brulkl.r a, em que o ~ ll&nl>Onla&çt.o impruoiOD&Dto do
Quobra-caboçU. melodiA dada a um texto dad.;; ~. m&lll duu OaJttlpl de Bo4a. que
O o.• a, a OuiAha PequeDiaa. TIDha lmqln&do para a VIctor , uma C&Dto de xanc6, da CeiUc;ari& :rior cont.- aprecl&r pouco Mtal
peça pa.ra OrQu•tra. movtmentol de csa.naa.. ou outroe. com um l.Dterme· 6141 ajunta • outral du&l.:.::: tanto m~)Odlcamente, pela jUDÇI.o de 11·
dlo do C&Dto, quo oori& a CU!Dha. Ficou Celta a barmoolzaçlo de uma rodai· :u:o parecem tort 1 ta Ubert&Çio rttmfoo-barmo-
estrofe; 6 rapldo torm!D&r. A peça Inteira ncou de lado. nbal tradlcloD&tl dlvereaa. como pe':s:':.:! oegue &peDal uvro, maa qua·
O D.• 4, l\"bO Cbloo, Oom a Ide& do Bwobo, Untei at6a, uma u- n1ca do planO. Womeotoe ~-": ~ dlferentea concordaria com p.....-
crita llmpl... mail para facll, e m&Ddo o o.• 1 para •-ocf. JlaJide cllur al albelo ao canto. A jun.,.... e t com - danada loglc& doa
o quo adi&. Nio 6 modtlo, 6 tentativa raplda. Vou faur mala doll DÓ- - IDfantll. A cri&Dç& Cu !.Do· l4&S ~_...sente. E lndllcUtlvel, de
meroo para completar uma paqueaa oorie para piADo. atoe pt41tos. e • un14&de perse~ra~ e Dio art~~t~ca. Tal Dio "
( ... ) Volto I. sua carta de fevereiro. ( ... ) Dllcordo em pequeDO• re•to. poli que ae trata de c = ~e Qallet. E me ~ que o oompo-
pontoa-de-vllta apenu. Nio oel porqu6 prefere o P hltta Mel.lal a X.ykal. dt aempre D&l unlOOS lm&IP ~dlçt.o lnt&Dtll, que por um P -
Acbo o 2.o mail ~- ~ 1.0 a IDfluêncla de Debuuy 6 ID&l'<l&da em oltor M delltou levar menoe pel& bltematlca 6 maneira normal dolo criar.
excaoeo. Tem rauo em cuo ldentlco, na Pa.toral da Suite u._u... Ji multo queridO dele. A con>tru~OOODvolver que 6 da formallltle& da Cuf&
sabia. O que Dio percebo 6 tor voc6 deiJc&do de lado A Vlcla. Oom tecDica Nlo 10 trata do bltematllmo a ua&do r 'ele DO JdlUo d& Suite Buoolloa,
propoeltalmente ctlvera, tem o mumo MnUmento interior, o mesmo fito
o a mesma data do .IUeroaWo. Eotarol enpudo ou você? Nio ba tempo
ou do alep de aonata, tom:_:.
mu da Junçlo do duu me . _ vem.
compf.tas ou
No'
temas curtoe completo:;,
xanro. ao maravtlhoao pon
aaora para talarmoo ollto tudo. Só quando vier a ocaallo, do viva voz. No Sereetelro da oerle Tu.n lllA rez:a de louvaclo macumbeiro. No
Pora o que vai arora, peço que relembre a mlnba carta, e po- do deus. tatnbem ••~ Juntada u~ )4&8 nem sempre, .... oanupo
" f-. ~ ' I Dha tudO DOI MUI lupre1. CbOJUOI ultimamente a Um& "8el1li&Çio" do Pa1 do Mato, o bltematllmo '7r::.o ";"jrada.çi.O loglca doi dolo temu ••-
~ w-1 Jncompatlbllld&do entre OIO•Ic~ Interior e mOslce brasUelra. E' verdade ele Roda, 0 artista conaegue a u
· - que eati ai o Tuntna. lfu do fato a •egunda tem que oc aujeltar a deta- colhldoe. ~ tatlva Ingrata, que o preocupava
t_.-.J ~ • ,1.1 lhu convencional• do melodlca, rltmlca, harmonia e ambiente jf. deter- JA com o P al do Mato, aque1a ~ a um tema dado, eon.eeJUC!I crlar
-"'N\NNt.J • ,..:. mlnadoa, para eubalatlr veridlca. A mOalca Interior, Uvre de preceitos, deode 1925, de conformar um texto ~ IJnhaB tradlctooato, pela tu& cur-
,. ~ <-o ~c partiria do G.o eabOço para dlante;''para um campo liill1Termlnado, cria- ume. truta mail Uvre. E' que agora aeelulo..a da frase metod.le&, e nft.O a
~ o;, .._._\ 1 c·. do pela oenaaçAo • emotividade do momento. Queria aaber o que ba de teu aa ajeitam perfeitamente como t to Por outro lado, liberto do
• . .n 1 verdadt ai" (C. de 14·IV-27). pert~rbam no eeu &condlclonamento ao ~: t.e~to amcrlndlo e utUl&&r por
~ ~ ,._......_~ ~ E Luciano Oallet deliciava-M na ale(ria de ser. De l'<OpeDte me carater propriamente brasUelro, por ~f'gnlflcar uma tenda apenaa pelo·
~-..... .v mandava um carUo cheio de Jú. "Jd terminei a Culnha P equenina. Es- la•o tom&l dOO brulo, Qallel COillJOguO UCO profunda. Esae 6 O poder
~ • ~ na bora. Jd cbepram da AlemaDha u provu doa S cedernoa de can- oa (I) • lhe dando uma ln~tllllda:ed=CO expre881VIdade. Oom u dia!·
- Q • çllu. Jf. eerut o NbO Ohlro que vai oer bAo m6mo. Jf. estio com o edl· forte doe eona, com e. sua vaga o 1\f ato guarda1 de.ntro da mOA ..
tor u duas IDitrumen~• (&Iorena, e SWiplra). Jt tenbo que atJr com l&nelaa naturt.ll de tempo e estilos, o Pai,! lled artlltlco, o ~~ doo Ohou·
pruaa. Vai quebrA!" c& nacional, a poai~Ao eatetlc& ~mmulto trilt oDha, vlolentatnente Ir·
A Cu& Artur Napolelo aceitara editar bom nOmero de peçu pra poa de Scbubert: uma lenda, q drama enorme, reaiJMimo. E' •
O&Dto, plano, IDitrumeotoo varloo. A C&l& OdooD dlacogravan O dai real que a torça doa eoo.a converte nwn eae ano
Olut~ Popul&,..,., com Adato Filho na voz, maa deau gravaç6ea oó mllhor p~.c~na que LucianO~aU~=rpor atlvl~d•• aovu. __ _.
a... toram tdltadal (D. 10088 a • b). T&mbem Rlcordl tlura a edlçt.o da Mu & compoalç&o 01 T& JLarçO 6 talvU a mail OXP•-·V&
Outra carta tonp datada d~.~~~'!.. prtUc& multo aUva, que tudo
D&Dia Brullelra.
Alem dlao, Oallet, com Jr&ade eaperança, preparava a sua, entlo do homem. Ele era 11m uma Jnt~~po ora dum& generooldade sam
ordenava com e.nergta., muf ao mesmo •
pequena aluna, SUviDha llarquee. pro concuno da Tarde da C\1&DÇ&, em
S. Paulo . E terminara a wnio de!ln!Uva do NilO Cbloo. E, no fim do bom Nio concorda com Toada-
&DO, . .boçava a lmport&Dto ool~ doo 1% Eotudoe BrulldrOI, uma dai "Acabei o Pa1 do Mato. Acbo multo • do ~-•d6 JOM Dei a
fórmu upedncu. O bomam que -tara
ouu obnu mail babela na peequla do carater musical brasileiro e ....,.
em 11118, oom - r o que era
bem t&DJO, e o qu6 batuque, oo tornara um conhecedor, ~I'DI.Ddo ror-
( I) ....... ' doe Paredl e o tema
Aproveitei o ~ma o • ..,~
cada eatrote um IODtldo llmboUeo: 1.& -
........ •
K&clrupda' 2.a- O C&Dto quo
r ...,.....d&de: 4.& - Pa1 do
1maa e pnoroo naclonall com nneza rara de _.ncaçAo.
llal .11. a deogra~ ttocalava a marcba do bomem e lbe aconselba-
a boorve o atra1· S.& - 8edi>ÇI.o. ou m11bO28'
Mato, oobrenat~ral. terr!Yel" (C. do 28-X- ) •
- 26 - - 27 -
Umltea que nJ.o recuu.va nada. conlu.odla valor e ale&Dce doa tra balboa, reno mualc&l, 6 multo mal.o lntereuanto eucoutri-lo aaora. puro 1 livro
1 ebep.va aempre, em tUUma tutancla.. pra deeordenar a eflctenela do
bomem. de mloturu albelae.
A eucorueoda de memóriU pra uma u:poetçlo de arte popular que Moemo aaolm, tenbo uns pooloo a por a claro:
a Ltp clu Naç6oa realizar' em Prap, preoeupa•enormemeute Luclauo De.de que voct mesmo falou, ba umpos. na aerJedade de meu t.r&·
Gallet, • lbe t<>ma (r&Ddo parte do t.empo, em lelturao e escrltoe. Nlo é b&lbo, 6 precl.oo juautl~la e ulo deixA-la em ouapelçlo. O Z6 Perel.n.
86, pra 6ooe ..b&ujador extraordiDarlo do vida que ueaaa carta, euunela Teobo var101 apootameutoo oobre 01 Cucumbl.o. E todoo ciLt.em que 11&1
D&4a meuoo do 10 UOUDI<>I a mo coutar! Ha lambem o Club Baodelraut.es, tectu do Natal e Eutru<IO (&Dtel aa epoca. poetenor, do Carnaval), tleo
CUD<Iado eutio DO Rio, • de que, DO Ooi!Jielbo Tec.nlco, Luciano Gallet tu. vtoba:n 1. rua, do·nolte, o batendo eobre eeue toltrument<>o barbaroe, f•
parta da Oo........, clu Arteo Brutlelraa. E uolat4 reun!Gea, provoca ou- z1am um barulbo ensurdecedor. Oo Cueumbla manttobam e conoervavam
UU. ap.-uta pro~t<>o. orp.Diaa protp"&m&l. uU1ta.ment.e aa ouu tradlçO<a de Atrlca; e jl. b&Yio DOUela delae, COIDI\
Nlo • tudo. a..dlta na caea Webro oo dolo prlmelroo Caduooo de utabelecl<loo na Bala de longa data. MaJ.o tarde alrun.s vieram para o
OuoGee Popalaree. Fu revlo6oa pra - caa edlt<>ra e pr-i Artur Na· RJo • Cund&ram 80Ciedadea camavaJescaa; pretexto para conUnuarem a
polelo. Inicia a orp.Diaaçlo DO papel da OKOia de mtlalca com que eooba· man~r u tradlçO<a: ballados, caut<>e e u - l atu. Reprodur:Jam·• aqui
va oempre. E lbe pedem do Parto que !uude aqui uma oucurael da Pró aa ceuu do barulbo !ormldavel oobre os toltrumeut<>e de percuoolo. A' Ylola
J4t181ca, de que Olluda u fioalldadeo. Prepara redtala de dua.s du ouu cllll<>, o ma1o que poeeo admitir é que a1rum portup tenba b&Uzado o
prlmelru alunu, bem como • preocupa com audloGee pare1a1o de alUDOS, "ruldo" com eeu nome poJa 6 claro, os Cucumbl.o nlo cbamavam a UI&
em procramu orpnlza4oo blot<>rlcameuto. Prepara audlçO<a em radloo, corlmoDla de "Z6 Perelft.• . Cbamavam a l.ot<> de "Puael&tae", para <lltoron·
clu OanoGee Popalaree •• cli-lae de MUI "Ba!lo<loo" . (E' !acll de perceber a coD!uelo. Gallet dava
Da memória que projetara, oa1ram dua.s, u que Ylo aqui. A tote· a "Z6 Pereira" o MDUdo de qualquer mt181ca feita exclu.slvament.e de per·
1
ACeita dlriJ!r a revlllaw-.
ltJtDCi& clara, a tacUkladt de e.xprual.o verbal, o lndu.ziam a escrever.
o &toda o preocupam colaboraçOea pedld&a
por jomall... Em carta de oetembro, me dlzl&: "Ooootalo que Ylro escreveu·
cuulo, ao ...., que eu e.nte.ndo eob êSie nome. ape.DU e exclualvamente
um determinado ritmo, que a tradlçlo conta ter oldo tovenlado pelo por·
tup u Pereira). Folclore mal empregado. voe• moamo p6e em dllvlda
t.e. AI memóriU tlaeram andar a peoa ( ... ) O curl- 6 que cbego a o cuo de Toca :.twnba, por n1o saber si "ficou popular" e por julrar co-
acl:&ar ll'&C& e lntere. . DO onclo. Teria errado carreira!'" nhecer o autor. Loco. 6 objeto de folclore o que se torna\J)Opular, o que
De ai~ clu luU atlrmaç6eo 11&1 memórlu de Praga eu da- entra p&ra o uao ou para a tradtçA.o. No C&80 <lo Toca Zumba, Frtede.nthal
cordel (1). o <IA como popular; e mtoba oogra, que Dlo coDbece Gomeo C&rdlm nem
Luctano Galltt me retrucou numa. carta de outubro, e reconheço Frle<lentbal, quaudo criança, meotoa alj)da, conbeela o Toca Zumba por
que H aaJu multo bem. E&ta carta, que transcrevo agora, nAo apenas olnal que com outra letra. E' bom dl2er que os pala delA eram !aun<lol·
demonstra o racloelulo eérlo que levara o e~~<:rlt<>r u atlrmaçllea defendi· roo. - 0o todlot e o Soo!. Eu Dlo neguei lntluêucla !olclorlca .-ral ao
du, como u eaclarece. 81 do alrumu conUnOo dii!Cordando, a maioria fica amerlndlo. Você toterpreta t6rto. Escrevi: "Quauto ao lndlo, ol 6 verdao
bttn tlrme no Hu aenUdo verdadeiro: éle que nAo deixou influência musical - ou mesmo folclorlca geral" ( ..el
11
NO.O poqo deixar de achar graça quando você reafirma que acha 6 verdade'' retere-H a utotelortca geral"). Porquê, muitos eapeciallataa
em mim quallda<leo lnatao de tolclorlota e depolo quaol que prova o con- põem em dOvlda a orlgtoalldade de coutoo e leodas atrlbuldoa ao amerln·
trArio. NAo podo voe~ tambom allrmo.r que oAo dei temu, por ciumes de dlo, como o Ciclo do JaboU. Outros até, cbegam a provar que Dada 6
compositor. Croto que diuc na carta quo seguiu com ae Memórias, que nouo. Vom tudo de !Ora e de longe. ReUglõllo Negrao. Como f&lar de
alterei o plano prlmiUvo dolao. O trabalbo era pr1Dclpalmente o que cons- cantos o lnltrumentos de teUcb.lstas, sem explicar o que é ma.cumb&, ea-
ta do C&p. m, com anotaçOeo o lndlcaçOeo que pudo colher, e mala outroa dombl,, Xa.ngO, etc.? Sl n6IJ aqui nAo conbt:cemos demata o auunto, que
poutoo. Oomo ficava do·pé a lmpoalçlo de tempo reotrlto, e a matéria era dizer do europeu? - )lodtoba e <»co. NAo é exalo que tenba <III<> que
vaeta, auprtmt tudo; e enumerei apenu isto e aquilo, sem mais. Anota.. IAo a mesma colsai dtsse: •'A cançA.o bruUeira, modlnha entre nM, côco
g6ea, deacrlg6eo, blbUo,...na, temu, tol tudo trauaterldo para trabalbo no Norte", Creio que você n1o p6e <11lvlda em que o cõco eeja cançAo bra·
mate pousado e com malt tempo. Por iuo, expllqueJ: ...Referencias", ape- lllelra 1 (F.atl. claro que couUn1lo acb&Ddo totell& a traoe, como eotl.)
oae. Nam ponoel tampouco oapautar a uoua gente com mtoba erudlçlo; ChOro e Sereela. Teobo em mlos o programa (do coocért<> do VIla Lo·
o que vai al 6 coibido doe outroe, e procurei citar a1guna nomea de propo- boa) de Parta: "oouve.Ue torme de composiUon". Nunca nlDguem a.flrmou
olt<>. Eu 6 que procurei erudlç&o para mJm. pol.o o primeiro proveito é que o Blue ou o Foxtrola elo novas !órmao; po<l...ee atlrm&r quaudo mui·
I
para mlm moamo. Oouteoeo que andei apreDdeo<lo multa coisa que n1o to que 11o t6rmao popularel aproveltadaa. Nlo concordo com o proce-
sabia. O que !1& foi reuolr &peDal dados eapareoo aqui e ali, eem querer e n1.o vojo lmperttoeucla em querer por a.s colau DOI eeuo luprea. -
raur doutrina oobre -unt<> &toda tio pouco conbecldo. E' posslveJ. aJ.m. \!Iliba e o..n.-Verde. Alem de rerereoclal vúiu, SUYio Romero meoclo-
que tenba "doulrtoado" oobre a queotlo do IDdlo. Mao aos1m moamo, 6 ua Clllba como daDOa de negros e mesUçoo. na provtocla do Rio de Jauel·
ma1o ponto-<le·Yiola meu, be Mldo .obre u oboervaçOu apreeeulad&a. E ro. alem de Samba e cateret4. Em modo ceraJ: creio que você aceita
l<>n>O a acbar que, ol com efelt<> tio 10 maot.eve ataalado do n6s, no ter- Y&laa o ocbotlilh brullelra! Do menno jell<>, Clllba e C&na·Verde, moemo
de orlpm porturueaa, adapladoo pekle negros aqui UJtro nóe, perdem por \
UI E' precl.oo eempre oboervar que du atlrmaUvu conUclu neste U· C6rça o oeu carater lnlelal; e JML88&ID a aer uma colaa <101 nerroe, como
vro, mult.u, o proprlo Oaliet nlo ttoba como abeolut.u, e preteudla eluel- a v&loe brullelra • - · Nada tem de comum com a eetzanrelra . Em
<lar ma1o tarde, com Olludoo ma1o padent.. Eram auto 1m~ de
coDdlçO<a l<lenUcaa, termoe de outru c1an.s&l, toltrumUJI<>e e cautoo. Vr>-
momUJlo que optolGN. E. com ucopçto <lu duu J4emóriU, o reeto elo . . n1o nora que u:.J.otam cauçOea de Dtoar, de negros! Você moemo m&D·
DOtae aóbre o joalbo, pra uoo peoeoa~. dou-me uma. Acbo mala loglco empregar Acal&nlo para <I....,...... em
voa de Bercouoe. Loco tlnba de dizer Acal&nl<>". !C. de 4-X·28).
•
-28- -29-
o ano eecumte 'dt at.ra~. Oo oJ~~~~o...., uceatvoo, ,.. Em de"mbro C&llet oJDda estava com uno reotot ranlteJ>tao de
O&llet Dio oe pode abou>donar. E o d-pera a luta mesquinha de boicote doença. No eeu opUmbmo me dizia: "Ba momentos que d~ro um pou-
entre oe edito,... muolcala do Rio • do S. Paulo. Sa lntereaa por c.- co, pote t m6ttl o molo, jl. ~ pra enqul.tll&r a pntel Kaa ba-<le mllho-
m&I'JO Ouamlerl, entlo aparecendo, • cuja Sonatlna fu executar num ,.._ rar!" No tnt&J>to a carta vinha ILID&1g&. apear do O&llet, no bonito or-
c:II&L Kaa u c:a.su cariocas tonepm u obru po.ullotu que tle ~ prú cuJbo que o tomava tio guardado e &dmlravd eepetaculo do viela. te aator-
aluou, com um ee~ "Dio oxlsto". E C&llet eeboça planoe de reeçto. çarnacontonÇio de amargura. E eataaedl%1a dMta jeito: "Fellsmente que
Alnde por c:ltna, lncldenteo vaJ'Ioe o dUVI&m de atlvldede mUSical aqui Jt ba reaçlo e que oe começa a pe ....ber o brullelro; mu de mo-
o MJUDdo aemostre Inteiro. Uma enftrmldedt o atacou em julbo e o p,..: mento o terreDO utt em falto, ao menos em . . - . Da mlnba campanha
Judlcou multo, por q\IUI eeb mlaeL Alado enfermo fie me eoerevla · Inicial (1) de farer oublr o Inferior ao elevado, cbecou ... acora ao roeu!·
"Ulna des~ nunca ande td. Depolo do 8 m1aet de' doença, o meu v1: tado aogutnte: o Interior deaenvolveu- -ntoaamente (o que Dio • mau.
preferlvel ao cultivo do oatrangelro) maa ..m orlentaç&o, ebelrando fre-
linho o Gaeometro lembrou de e1tourar • Incendiar. Lembro logo que o
estouro foi na caaa de mllqulnaa, com o competente o violento Incêndio. quentemente e•plorac&o do g~nero. Por fOrça que 1140 ha nem pode baver
Mu como oe deposito& de g4a eaUI.o a G ou 6 metros da dita caaa, espe- cr1ter1o entre eau. gente. Ainda outro dia ouvt eua colaa eapantoea: a
rava·•• quo aaltasse tudo, logo que bouvease aquecimento. o caso 4 que Modlnha do VIla, cantad& em radio, com acompanbamcnto de dOll vlolóea,
nós, o todo&, tugtamos da provavel uploaAo: d:elx.et mJnha casa envolven· tocadoret de ouvido que Inventavam um aeomp&nhamento qualquer. Ainda
do-ae em cbamao, mu tlnba que defender a vldL FtllsmeJ>to o Oaaomotro DAo seria mau de todo, ai no fim, o opeaker Dio anunclaue pompoaame11te:
1140 oaltou, nem a caaa Incendiou; mao tonbo que aalr daqui. llltorrompl "Modlnha de VIla Lobos, o eminente compo<or braollelro"lll Realmente
por cauaa dum chamado urgente em eua de um cunhado que estA pu.- o momento tt preata a contu.sóes deploravela, que (Fulano) explora e mui·
o&ndo multo moJ. N&o - o.Jonpr-me. Mudo-me alll&nb& ou depob to conc:lentemente acredita " (C. de H-XD-2$).
para Sta. Tereea. Calcula que a&IMiro. Alado moJ curado, mudença, e><a· A compoolçto o preocupava alnde.
m" tlnalt, recital de SUvlnba no dia 1 (toca a Sonattna do Ouamlerl) e Luciano O&llet 114o Imaginava que ae deopedlra dela pra Hmpre .
aol li quanta cola mo.Ja" (C. do ~ o 28-X-2$). Numa carta anterior. verlllea porém ILSIIualado: "Voct lembra uma carta
Apear de tudo Isto, o &rtltta dtecobre tempo pra dlur &dewo ' que -rev 1 a voo6, onde explicava detalbadamenta um proceuo do oom·
compoolç&o. E corOa ' - flnoJ do percuroo, com talva a eua mllllor poetÇio, aproveitando uma "eelula mu.slcal"! Tellbo Ide& que detalhei bem
obra, a Suite, tobre temao DOJ!'O-brullelroe, para quarteto de tdpro e pia· o cato, e queria reler. Voc6 ore capaz de mandar datlloJra!ar o trecho •
no. O conjunto me pareeo moJa ~rtado que o de Turuaa. Flauta, óboe, mandar-me! Po.Javra que te vezes eu me admiro a mJm moemo. Sou ln·
claJ1J>ete o facote, oobre fundo J'ltmlco planlotlco, oo C&tam mllhor, que o eorriJivel! Puoalldo em eompoodÇio! Pl'aqut! ~m meomo. mande o
trio de claJ1J>eta, vloUno e eax tdbre bateria. O primeiro tempo, Macum- trecho ai o encontrar" (C. de ~-IX-2$). Prlnclpo.lmtnle a compoeiÇio
ba 6 um deoenvolvlmento de barmonlzaçto do X&qó do ano anterior. o dê- B umba-meu-Boi o obaeeava. Projetara &'f&Ddea colou com tle, nada
plano, em pro.J obtido em Hu poder rltmlco de percWIIlo, ou trotado em me...,. do que 4 t.rabalboa diferentes: barmonlzaÇio pra dlvulg&Çio; uma
acordu cheios e tons longoo, tt Up admiravelmente 4a outrao vozes do .. rle dt peçao pra plano. grande dltlculdade vlrtu01111Uea: uma peça pra
quinteto. Co.Jiet poasula o dom de amblentaçlo. Nu obra.o lmpr..,lonlo· orqueatra e coroa; • um ballado! Mas a vida nAo Jbe permitia pOr em an·
tu da primeira maneira jt oe percebe o babll criador de amblentea. E' damento uma obra que êle desejava, o eu esperavL fOSH a conoagraçlo
U81m que, cm Lykaa, éle cria aquele pueo odmlravol do "poeo piQ moSIO" definitiva do compositor. Ambos noo tlnbamoe pósto loviMamente a fa·
do tlm, bu.ecando suprir o verso "ChC ·rr11 bnrbuea ne aaut.ez pu, de peur rejar a obra-prima, e usa ousadia creio que noa &ll·u atava um pouco aos
d'exclter IM bouca Inquieto". Tambem na PaatoraJ da Suite BIICOUca, a dolo. E o trabalbo enorme ficava pra dlao de maior repouso. Jl. quUI elo,
"mblentaçlo 6 perfeita, embora mala tacll. J' com eota Macumba, o va-
lor do teeDico apereee multo ma.._ E' uma verdadeira lnvençto a fata-
Oallet mo eocreve e>Jte bilhete: "Ando metido numa funambuleeca treduçlo
de 9 volumea de Baeb, para a CIUl& Rlcordl. 'l'lnba concordedo em fuer o
lidade criada pelo omprtco tematlco do to.Jto de quinta, vasto, toUtarlo, "'Cravo.. , e velo o reato em eegulda. O que vale 6 que com ltto M aprende
tirado da &naeruae do tema. A barb&J'Io rltmlca do plano, os arreploe alguma colaa. Falo do ngllapletre (comentador de nova edlçlo de Baeb.
obtldoe com os mollamae de flauta o do óboe (por momentos a -rltura de CUa Rlcordl), porqut o Mugellinl eett me par.condo caeate. Conto
recorde St.ravlnakl), o tOêrto do cont.ratte doe dolo temu, o do louvado
Isto porqut ando a.naleto que terlnlne eota prebenda para Iniciar uma eerlo
bumJide, e o do deu.s do trov&o, clanJOrLDte, tio oJDda tnvençOea &dmJra. de 1101 9 nllmeroo do Bumba para plano. O projeto do Bailado-coroo fica
vtll. E' uma ptciDa alnlat.ra, btrbara, do aaporidede loJica. o Aealallto para depoll. Ando molo aaturado de noea pata muo1cal, Deve - do
que lbt Hgue, H amanoa numa calma tono.J cll.tcreta, multo euave. Conti- calor" (~-t-30). 'nl!voz jl. f . - a doença, t.rabalbando t tocapo..
nQa um leve upeto ttlrevlmqu!ano do oecrltu.ra. 0o mell.smas bl"WWC::e
1930, 1831 ... o compoeltor abou>dona o mi\Jdco . Kat o mi\Jdco nAo tert
tt repetem, mao agora com outro carater, multo moJa barmonlco. E no vapr para curtir aaudadee, porque este 3.o Tempo de oxlotenc:la 6 precipi-
tado num Pn11Utolmo de atlvldedea domlnadoru. Slo planoe, planoa,
lonco flnoJ voltam u llncopu, mao poeeuldet tombem de outro earater, planoe ••• A 21 de fevereiro de 80: "Outra colaL A C... Webre ande aaeus-
bem eoreogratlcu agora. Volta a barbaJ'Io, acora moJa orp111zada po-
rtm, com momentos de polltono.Jidedo aaboroea. E um aproveitamento de tade com a decadencla vlolvel de ml\alca (Dio eel por ai em 8. Paulo,
colulaa rltmleo-melodlcu excelente, fuendo do toma numtnense pobre
de melodia, uma riqueza poUfonlca multo úbla. O aolto de quinta, da (1) Em 1922 OAIIet, com enorme e.'IC&Ildalo, deva DO Rio o teu concfrto
Alacumba, volta voluntariamente, como um eco raptdo de e1nlstrae e &n· de 80 compositores braallelroa. Cbegava á ouoadla Iluminada de fazer
li&'U fatalldadeo. Mao o frenesi coreorraflco domina tudo; e a obra ao executar Emoeto Nazaretb DOS seus ta.ngoa! Neaao meemo ano a novtda·
acaba em brllbo claro, principalmente conoeguldo pela aobrledede barmo- de modernl&alma que VIl& Loboo trazia a 9. Paulo, para a 8tmana de
n.tca doa 1l1Umoe arrouboe, num la bemol Mm rearvu, eem a eacureza Arte ModemiL era o Quarteto Slmbolloo. . . o 8k,... e o Pklrrot Lwlalre
bruta dOI acorde• de Xana"ó.
Jt tinham oxatamente du anoa •.•
•
30 - - Sl-
mu aqul ut' bor'rivel) . F~ eetado renete·ae oome~te - Dlo a lal eocola de mOolca em alto grau de perfelçlo.
vendem planos. ntm mdJI:tca t; aaora com uma nova lel da Prefeitura que Uma campanha que " fez cortr& Luciano Gallet (de TMto eramOA
~rotbe a nlblç.'\o dt'l diM'I). nem mesmo o. dlecos populard. Asalm. vlo trN oa projetadores da Rdonna, êle, o prof. Si Pereira o eu) 6 que ""
tódu c.' colaaa. Podtm ~ter vlrtu u cauau: 1 - Crise flnaocetra mun· llmttara a copiar e converter numa "'monstruosidade''• um projeto de N·
dlal e IO<'al ; 2 - SltuaçAo poUUea anormal; 3 - Deeadencla de gCsto, pela forma publicado em revista& pouco antes. Existem ponloe-d&oconlalo
f<.a de cultura que ' abloluta: 4 - Deeade:nela real e trre.medlavel. SI entre oe doia projeto., mu aó a perfidia ou cegueira meooe deceote que
' o n • 4 oAo h& maio nada a faur. O 1 e 2 paasagelroe. Tem-se que perlldla. acoimarA de apropria~ Indevida, colnc:ldenclae entre projetoe d•
reaJ!r ' contra o n.• S; meomo para uber ao certo ai ' 3 ou 4. Ji Ol!bocel ellllno da meoma dlaclpi!D&, feltne na mesma epoea o pala, por mental!·
um plano que depola explicarei a voct. Resumtndo-o: 1 - reedueaçlo pela r d&dee no meomo esladlo de cultura. diante du me''IDILI necuoldtd.. o
audlçlo - · por todos oe m•loo; 2 - combate e edueaçlo pela lmpren- vúando o meomo Ideal. O eoplrlto da Rdorma do Jmtltuto. bem esclart·
• : s - um plano nnan.,.lro ampanndo a açlo; 4 - aç&o coleUva Rio- cido DA expoelçlo de moUvoe, vl.oa a musfa~llzeçto do estudante pelo me-
s. Paulo (editores. dJJICOII, etc .) e oe que apoiarem. Por eoquanto ,.f re-- todo o.Jc..-; via a eoclaiJ:zaçlo lncondente do Individuo mualcal. de.e-
envolvendo alatemaUcameote a m!l.sica de conjunto e dltteultando 11l!tt~·
,..rvado, momento aindA ruim, com poliUca, carnaval. Voei apoia. &.-
creve pró! Di IdeM!" !C. de 21-U-301. E JA em março: "R«ebl uma matlcemente a vlrtuoaldtde lndlvlduallata (nem era poulvel -lallza~o
tArta da UnlJ.o Pan·Amerlcana de Wublngton pedtodo-me Intervir junto maJor oo rellme em que a1D<la vtvemos ... ) : e e.nttm ailte.maUza condcn·
a Rh:<>rdl . S. Paulo....,. MDUdo : A UnlJ.o continuando aeu programa uomento a naolon&lluçlo do Individuo musical. IDdo alem do facll abra·
de propap.oda mus!cal aul-amertc::ana. eet.A orpntnncto caWogos de ollelramento doo prog?&m&O de enalno, e criando pela primeira ... no
ob1&8. eom autor. Utulo de Pf'Ç&8. e eua onde 1e encontrem ' venda na pala a cattdra de Etnogratla. com eopecl•llraçlo loJ!ct da parte mualcal .
Amortca do Norte . Queriam entA.o que Rlcord~ que tem """" em Nova No meto d - Idealismo, C&Uet seguia a orua cutA.o· Ji de.Uudld~
York. remete- para IA. Dlo 16 u obru de braallelroe edltadoo por ti... doe berolo revoltoe, l&bla, no entanto. que no :Wnlsttrlo de Edueaçlo o
rnu obraa de todos M Autoru noMOB, que lA near1am f. venda. fazendo a apoiavam. Eue apOio eruU&. dertvtdo prlnclpalmenta do Chefe de Oll·
Unlio a propal:l\nda . F..ecrtvl a R. e respondeu-me que JA estava em re· blnete do Kln!Jtro, que era Rodrigo Melo Franco de Andrade.
~ onm a Unlllo, e Unham eocrlto para Nova York n..te oenUdo. Compor ... Ludano C&Uet Dlo sabia que a compoalçlo tleara en·
1 .•• 1 Voei podia dar pubUctd•de i oferta. e colocar u coLoas no aeu lu· cerrado em 1929. Em 30 a6 ttzera algumas revlaOea da tnatrumentacl~
1:1\r aem maior alarde. Farei o meamo aqui" (C. de u-m-30). do Hino Nadonal, a pedldo do MID!sterlo do Exterior. Mao ainda em la·
O pta110 de ataque i oltuaçlo mu.olcal dA como reaultado um turum- n•lro de 81, o artista oe lembra da compoalç&o pra me conter que "UnhA
bamba multo carioca, barulho, barulheira, carnaval. Mu em março e eatabetecldo um vuto plano de trebalbo para u f~rlat. e deota vez I•
abril Callel vibra de enluolumo. Quer me arrutar na dan8a, mu eu es· u.tr uma Serte do Bumba para o Teran. Rodou tudo provteor1ament~··
l&va naquele tempo que at6 MCrevendo eobre Honegger, p&BS&va o artigo (30·1-'11). Este "provteortamente'' é duma mentir& amarga que Luclfmt)
todo •urrando no dr. Julio Prestes. E eou tnjusto em d.izer qu$ nada re· Callet e•tava longe de eupor. • . O InsUtuto o devorava rapldo. C•Uet
sullou do barulho. Fundava ... com éle, a AIIOelaçiO Brasileira de M111lca. em 6 mêHII, estabelece bor&riO$, bulle&Ddo contentar a todoa: reorganiza a
om maxlma parte atnda, pela Iniciativa de Luciano Callet. E o que oe 'P compelencla doa empregados subalternos: providencia a limpeza ~reral do
propusera. a nunca mala fundar nom organizar eoiM nenhuma, ee entrega predlo; aubolltlll planO$ velhO$ por novos, JA comprados mM nlo dletrlbul·
de corpo o alma 11 AIIOelaç&o. Imagina engalbll-la nos Estados, Inventa doo; faz dlvereoa orçamentos, pedidos pelo MID!sterlo de E<lucaçno; lnl
planos a maio. pe""a em oeccOe• de aUvldade especializada, eonha pro· ela provldenclM prA refonna do této do edltlclo e renova a eu& do por·
gramu, clama vltdrllll, "F..ate perlodo Inicial anda melo lerdo, mu ba ~t'1ro: promove negoclaQOea, com o Patrimonlo Munlclpnl pra cancelllmen -
realmente lntereaoe promloeor. As Radloe e.UO todaa conoeco. Aa fAbrl· tn dn. dtvtda de conatruçAo do predto, de forma a que o Instituto venha a
cu de dltcos Idem. FAt.amoa proeur&ndo interessar os editores. Talvez ter renda proprla; realiza exam.. de segunda epoea. lnolltulndo a re,..
6 mtlbor me1mo que u fOrcaa H concentrem antu, para trmos milbor pon"''bllldA<Ie Individual dos jul~dores, pela aposlçllo da u•lnatura i
depola" (C. de 10-vtn-80). Surrem dl.,.ldellciM dentro da Assoc!aç40. nota deda; tunda a Assoclaçlo doa Livres-Docentes; tunda o Direlorlo
Ha defecql\1-:'W IArntnt.Avf'lht. Vtm uma li'Ombra de padeclmento no altivo: Academlco; dlmlnOI a taxa de aluguel do aalllo de concertoe; fax novo
"O CollltlhO teve que reeolver nAo fundar mala sec:c0e8. cortar talvez u reculamento d& orquestra do Teatro Municipal. e revê oe du •ocolu
comi...O.a. • por 11110 a ABM teri de Hr, daqui ba pouco, uma eoeledade do Canto e DaDia do mel!mo teatro; fornece ao Mlnlloterto da Guerra ,..
de concfrtoo meDII&Ia. NIQ 6 multo animador!" (C. de 29·VUI-301. buts pro eoneuNIO de mestre de banda, e ~ membro do tort nu~ concur·
RAivoluçt.o. O..tullo Varp.o. Mudança de almlos na fruteira oplma. 10 • •• Na ABM. de que fOra reeleito prealdente, promove e dlrln u bo-
E como na pro- de devorar, oe eatometdoo derrubavam mala fruta& da menaruo a Henrique Oswald. E a 18 de abril rege obras do FranciOM
~rvore, Dóe que pl.oavamoe a terra, tlnbamoe a Iludo raplda de mUhora Bralf&, num concerto em homenagem a éste, promovido por dlootdentH da
Luciano C&Uet acredita na mllhora e vai esmigalhar a alma generooloal· ABM. Era ...... mallo uma faceta, e brtlh&ntfsolma,- homem vAlido:
ma de encontro a uma nova fantaamacorta: aceita & dlreçlo do lD&U- tdmlravel regente. Jamalo que o obeervel n.,.. talento, maa a unAnlml-
tuto (1). .-; dtde doa louvorea que lhe procllgallzavam todoa qu&Dtne o viram recer.
Quer dar um poueo de ordem' b&ratuDda e o cooaegue. Ku o coo- prova maiJ que a mlnba oplnlJ.o ~-
~cue com eoormo acrlnc:to ~· Apenas mata uma nova uperança Vem o ataque i RAifonna. "Creio bem que estamoe trabalbando de
o fortalece, a reforma do tDIIno muolcal do Jmtltuto. Era o momento de t&to e que teremos reeultado .. , me eaern1&. E eu de.lxava fle 18Crever•••
arllcar, com maior probabilidade de êxito, o eonho dourado de IIU& vida. sur,.m de vario lado u opotlçOea. C&Uet bate aftDal de encontro i
I IIIDOrancla e ao dupelto ITTOCOrrlvela. Ainda procura me lnte. - r na
(I 1llalndo publicada a nomeaçlo a 17 do deumbro, Ao 9 boru da ma· det._ da Rdorma, portm o &migo falbou. Eu me Uudla menoe e, detde pou·
nbl d - m10mo dia Wlntava o wlefone com o primeiro pedldo ... co depolo da RAivoluçlo, principiara achando o Bralll apenaa uma opareta...
32-
di& ll dentro oe que lho podiam dar miO forte. Rodrigo Melo Franco
de Anclredo abendonara o cartrOõ • o mlmooo poeta que dlrip oo deoU·
. - u.alveratarioo do ~ volta.. a nadar nu .......- da poUUca. Euu ~lfL c-
.,...... ta.um multo o.quecer.
Pela deocrlmlnaçlo do tempo de aula lodlvldu&l, cada profesoor de
I...U...menta oó podia ter 8 aJUDOO. No pral Unb&m mais, era a tradl·
-.....- -
çao. Aalm, dlmlnuldoo do oeu tempo Juato, oo aiUDOO ao viam obritr&doe
a tomar llç6oo putlciAI&rM o arejavam ao ftnançu doo protesooru. Cal·
let coDMtrulr& com multa luta restabeleeer a juoUça. E o tocldente ml·
.
nlmo, portm violentamente tnJUilo, o obrip a oe dem!Ur. Vm prof....,r I 1·:._. 1.:;1_ ....
COMeJUe obter ,anho de c&\&11& e aumentar pra 9 o udmero doa seus OUI&.
aiUDOO, o vato Klnlllro rocolllllderando deepadlo anterior. Recollllldera·
çiO aulnad&, Luciano Callet entrep a 24 do JWibo o cargo que o deo-
trulra em oel.o-
A 12 ele Julho UI doente. Vma trrlpe ln!eccloaa lho •tomou conta
. - •
/'
• ~~
7~ . - .
7..,, -
'
....
~ ~~-
---
~.,
~, ~
j
lerda, perdura clole m6MI. Ate a morte, a 28 do Outubro, dentro do C&·
tollciJmo.
Era um eoporcllçado. Nlo por lncurl&, alo por desleixo. Pelo con·
rf~ ._!.~
trlrio, 10 eapordlçou por lnfaUtrt.vel opUmlamo e confiança tr"neroaiJsl· "1'. ~ ~ •
r:-~ 7
ma no. bome111. ••Estou melo Mturado da nossa rente musical" ... Que--
ria oodlreltar. mOI'lrar, atlrm&r a mOalca brasileira, sem nenhum etreJ.s.
mo. E 10 m&lou ru-o. A 1 de fevereirO de 31, atrrec~ocendo o elmOço que
1 ~
1· '~ f ,.
~.....:! rl&..
" ABM lhe oforecau, alo acb&va mllhor aaaunto do que comu.alcar a por·
alotencl&. no Eotaclo elo Rio, de Putorlo e outroa rel.oadoa, deacrever ca·
toreteo • rodai lnfanU. duplas com tO eriançu. contar que lnaUtulra con·
cu.._ ont.ro oa b&ll&rlnoe rurais • adquirira tamborea populares, velhoo
do 80 &DOI • • • Tudo qula fazer, tudo o lnteroaaava. Ooncêrtoe, enal.no, com·
pol!!çlo, cll.ocotrrafl.o, rldlo, jornt.ll.omo, folclore, moaoçatl&. comércio mu·
1L-..,... 'i
,J ':
·;.- ~ ~-· '~:
""
•
~t.
-
1110'11, IDtercamblo Internacional, dlrotor de ro'riat&a, dlretor do Inatltut&,
fundAdor da oocled&cl-, orpnlzador elo roaçllu ••. A tudo entrepva &
oua aUvlclade eonbadora . E tu muiUaotmo. A .-ente alo ten que o con·
olderar como compoaltor apenu. o o foi doo mllboreo. Luci&DO Gallet Autocrafo muaiul de LUCIANO GAUET
raallzou, como talvez n!JIIuem com a meoma tntetrf&llclade, o mOalco
braallelro . 81 na compoolç&o a morta lha delsou a arte tncomplet&d&; mtl·
lllco. na mala humana 81plt1caçlo do termo, 6le o foi completamente.
KAJUO DE ANDRADE
Slo Pa ulo - Julho de 1833.
•
O INDIO
NA MUSIGA BRASILEIRA
1.' MEMORIA
•
E eó ncue momento é que começaram a vir para o Brasil, 011 africa- Splli: e :Martlua, tambem se referem amplamente á mualca primi-
noe. tiva doe lndios.
Para ieeo, buta folhearmos os cronistas da época. Ainda mala. A musica, era por eles, considerada uma ~estaçlo
1 uperior, tanto que Fernão Cardim, conta que: . . . . "aão mwto estlmadoe
entre eUea os cantores assim homens como mulheres, em tanto que ai to-
L• mão wn contrario bom cantor e inventor de trovas, por isso lhe dio a vi·
OS INDIOS ERAM JIUSICOS ANTES DA DESCOBERTA. da e não no comem nem os filhos".
São depoimentos valiosos, que provam a mualcalidade doe lndioe,
Com Pedro Alvares Cabral viajava frei Henrique de Coimbra. E anterior 6. descoberta do Brasil; e tambem, que a impreasão recebida pelos
em sua companhia, como awtillares, frei Pedro Netto, corista de ordens cantos Uturglcoe, no dia da primeira missa, foi apenas efeito do "ainda
eacras, e frei Mafteo, sacerdote, organista e muaico. desconhecido" .
No dia em que foi oelebrada a 1.• missa no Brasil, para acompanhá-la Aasiatlndo a missa, e impressionando-se com o que viram, elea d~
houve musica e cantos sacroe; e os indigenas ficaram altamente impres- monatraram logo: curiosidade, inteligencia e docilidade .
slonadoe com o espetácuJo inédito e com a muaica desconhecida e nova Pela curioeidade foram atraidos, querendo asalatir o eapetáculo
para eles. Consta:tou-se mesmo, que diante da impressão produzida, "tinha ainda não visto . Pel~ lnteligencia, compreenderam e admiraram . Pela
havi~o experienc1a oerta de que o demonio tambem se afugenta com u docllldade ficaram ali sem reiutancia por vontade espontanea, aoeltan·
suaVIdades da harmonia". do pela tnieugencla, a visão nova que a curl_osidade lhea fizera presenciar.
Foi ~te o primeiro paeeo de domlnlo e absorção. A perspicacia dos civilizados recem·Vllldos, poz a nu', de relance, a
E. nao se pense que o indio era ignorante a respeito de muaica. Ao pelcologia do selvicola . E lançaram ~~o dela; aproveitada e desenvolvi·
contrario. Mas aquela musica safa doe seus moldes usuais da serviu para firmarem o seu doliiiDJo entre aquela gente, tão sem ar-
. Os_ escritôres do secuJo XVI, que falam da terra no~a. referem-se á tlticlo. Alem disto o campo era propício. O indio por lndole, gostava de
predileçao que já encontraram entre os selvagens, pela musica, e especial- novidade. Ji não ~ra só gosto; era atração Irresistivel pelas mil peque-
mente pelo canto. Diz Gabriel Soares, no seu "Roteiro do Brasil": "São nas bugigangas que os brancos lhes davam, em troca ás vezes, de valores
havidos estes Tamoyoe por grandes musicos e bailadores entre todo o maiores· o que provavelmente ignoravam. Mas a inteligencla comentava
gentio; os_ quaes são grandes componedores de cantigas de improviso; que sen:. duvida aqueles objetos ainda desconhecidoe, deviam ser muito
pelo que ~~ multo estimados. do gentio, por onde quer que vão". Decla- superiores aos deles . O velho gesto humano da. atração pelo "ainda nilo
ra mais: Os Tuplnambás se prezam de grandes musicos, e, ao seu mo- visto" . E até aqueles cantos liturgicos no dia da 1.• misaa, fez-lhes paro-
do, cantam com soffrlvel tom, os quaes teem bôas vozes· mas todos can- cer que nunca tinham ouvido musica. - Era apenas outra musica, di-
tam por um tom". . . ' versa. da que eles usavam.
O que entenderia Gabriel Soares, por "soffrivel tom"? Desatinação?
Ou teria ele ouvido qualquer escala musical de intervalos diversos da es- n.•
cala temperada européa? Os discos recentes dos indios Pareeis que Ro- A DISPOBIÇAO MUSICAL, APROVEITADA PELOS JESUITAS.
quette ~lnto colheu no momento da descoberta, justificam esta ~uposição. ENSINO DA MUSICA RELIGIOSA - EUROP~A.
Os Tupmambás referidos, baUava.m todos num ritmo uniforme, durante 24
ho~ a fio, quando oelebravam as cerimonias para a imolação dos pri- Em lnicloa do seculo XVI, nos centros religiosos europeus, a. mu·
sioneii'OI de guerra. alca era usada como meio persuasivo e de combate.
Mas alem dessa musica, tinham cantos guerreiros, com que festeja- Na luta pela fé, travada entre as varias reUgiõea, ela era empregada.
vam os fel~ glorióeoe de seus heróis e caciques; cantos elegiacoe, buco- para atrair os fieis ao culto divino, graças ao seu poder de augestilo.
Ucoe, religtoeoe; cantos de toda a. especie. Jean de Lery contando uma Palestrlna ao serviço da igreja romana, reforma o cantochlo, com
testa lndigena que assistiu e na. qual, durante duas horas ~taram e dan· auxUio do conU:Sponto. Walter e Luthero, utilizando oe corala, fundam a
~ 600 homens, confessa que: "ll y eut une telle melodie qu'attendu escola alemã. A escola doe paalmista.s é dirigida por Clement Marot e
qu'ils ne savent que c'eat de l'a.rt de musique, ceux qui ne 1~ ont ouys Calvino. Aa formas muaicais refundidas, eram impostas aos fieis; e pela
ne croiroyent jamais qu'lla s 'a.ceordassent si bien ... - J'eu une telle sugestão melodica, procurava-se reavivar os aentlmentoe reUgioeoe . Nesse
~le, que non seulement oyant les accords si bien meaurez d'une telle mul- momento, e com estas disposições, eh~ ao BrasU os primelrol m.ls-
ti~de, .~t a~ut pour la cadence et retrain de la ballade . . . -Toutes Jes alonarioe, logo depois da descoberta.
fo11 qu il m en reaeouvient, le coeur m'en treanill•nt, il me semble que je Velo antes o Padre Navarro; e a seguir, Nobrega, Anchleta e Alva-
les aye encor aux oreillee ... " ro Lobo.
Mlsalonarioe convictos, e certoe de terem na mualca wn forte au-
-tO-
•
- U -
VI
CONCLU86E8.
Espero tu comprovado até aqui os seguintes pontos já citadoe :
1 - O lndio já era musico antes da deacobert& .
2 - Por cau.a& d& eatequése a 8Ull musica foi transformad&.
3 - Ao fim de algum tempo depois de contacto com a civlll-
zação, o caracter Indígena musica.l, tinha desaparecido.
• - Nos tempos atuai.s, constata-se que oe lndioe entre ai,
em époeaa &fastada.a, conservam feitio proprio e i parte.
E não eofrem Influencia alheia anterior ia deacobert&a,
como não Influenciam posteriormente o feitio dos deaco-
bridorea.
5- Por coneequencia a musica dos lndios mantem-se &futa-
d& d& musica brasileira atua.J .
6 - Nu époeaa antigas, seculo XVI, dominados no eeu am-
biente e na sua lntelectua.Jidade, os seus meios proprioe de
expressão são abolidos, antes da chegada doe negros ·
africanos ao Brasil.
Agoeto, 1928 .
O NEGRO
NA MUSICA BRASILEIRA
II.' MEMORIA
- - --
r.•
A VINDA DO NEGRO AFRICANO PARA O BRASIL.
Sua aclimatação entre nó.t.
Na memoria anterior, foram indicadas as razõee da não Influencia
do lndio, no noeeo folclore musical. E tambem demonstrado que, antes da
chegada do negro entre nós, tinha desaparecido a musica Indígena .
Procurarei determinar agora, como e porque ae estabeleceu a influen-
cia negra no folclore musical. E mostrar como o preto, já possuindo um
feitio proprio, anterior á sua vinda para o Brasil, pelas condições de exle·
wncla que lhe foram Impostas, manteve e desenvolveu aquele feitio .
Com o tempo, Implantou as suas formulas, que em aeguida mlstura-
ram-lle oom as doa brancos.
Dea.parecldas depoia as fronteiras de raça, todo eate material foi
absorvido e tran.stormado, contribuindo para a formação brasileira.
semp~ f~
Quanto ·ao indio, se é verdade que não deixou influencia mualcal, ou ri taala do improviso, de manet·
meamo folcioríca, que tenha contrfbuldo para a nosaa formação atual, co. Neata pollrítmla, surge a reaultando uma variedade
legou-nos entretanto um forte lndlce de raça pois, grande parte da gente
de nosso terrítorio, formou-se da deacendencla delea. ra que odecomentar!~
grande acentua~
~:;,~e~~~rua~
v ' e tra,njforma.m 08 va!Ol'Y
Maa todos cates elementos, misturaram-se em nós de hoje em dia, e aãlliilia melodie&·
formaram material puramente braallelro. E por isso, não conseguimos Exemplo com alguoa 108trumentoe de timbres diversos ·
dlst.ingulr eapecialmente aa ralzea de certos fatos ou maolfestações, e hesi-
pesan~tei.-~~~ ~~fli fi~~~
tamos em fixar aa suas origens di retas.
E' tudo uma cousa só, amalgamada; ou para melhor defini-lo, como Vo&et Alegreto
ainda Sylvio Romero o diz: "O genwno braailelro, não é, como algut\1
Mo affirmado erroneamente, eate ou aqueUe dos concurreutea; maa ore-
sultado de todos, a fórma nova produzida peloe trea factorea" .
n.•
CA.RACTERlsT:!cos MUSICAIS DO NEGRO NO BRAsiL. Tambú
1. Caract~tico ?Mlodico.
Nu Uohaa melodicas negras, encontram-se em geral pequenos in-
tervaloe.
A repetição seguida do meamo griu, intervaloe de 2. •, de 4. •, ou
Baltoe de IS.•. E em grande quantidade, os intervalos de 3... aacenden- Pandeiro
tea ou descendente$.
Sem duvida, existem alguoa tipos de melodias com llohaa largaa, e
com emprero mais variado de intervaloe; maa é caso menos comum.
No melo elo canto, a m.trumento., da dulaa, milturam... pito.,
excl•m•ç(lee e comentarioa alegz. da &81ieteucia.
Atn.ftl doe elltudoe de AffODIIO Claudio, Bru do Amaral, eM. ~e
riDo, fica provada Dio IIÓ a quantidade grande de trlbus vlndu para aqui,
como tambem a diveraldade de Iugaree de origem, abrangendo uma maio-
ria de terrltorio africano.
Diante date fato, é logico que, de Inicio, a contrlbulçio muaical tn.·
&ida por gente de aonu tio divel'IIIUI, foeee tambem multo variada, e de
origeoa multlplaa.
Entretanto, refiro-me aqui, eómeote ao tipo musical negro que per-
dura eatre nóe, uauaJ ainda faz pouco tempo.
Nos canto. fetichlataa, eacontra-ae ainda ú vezee, caracter diveno
do que acabo de expôr. E' fato elmplee de explicar, pois todo o material
fetichiR&, collltltula tradiçio a ser coneervada .
Màa eetee mSIIIOII cantos têm-ae modificado, perdeado em pute o
uu feitio primitivo.
m.·
CONTRIBUIÇAO MUSICAL FOLCLORICA DOS NJ!lGROS NO BRA.S1L.
•
&f~.
A) CERIMONIAS.
DG epoccl oolollicll 6 otual.
1. - AI d•neas e feetaa doe Quicumbree e Qullomboll; -referentes '
epoca da republica doe Palmareis.
2. - AI feataa do Santo Rei Baltazar- que ae celebravam no Rio
ainda em 1740, para a coroaçio doe rela Cabund6a.
3. - Aa dan•ee doe Oficiais de CUtelaria e Carplntaria, - para aa quais
u fantulavam com fardas lliOIIl'iacaa.
4. - Dansaa doe Congoe, - que ainda hoje ezletem
5. - Reinado doe Congoe - diversa da precedente, diaput.andcHe ai oe
tltuloe de Rei e Rainha . •
6. - O Sóba.Maglco, - onde os figurantes ae fantaalavam de anlm•is
7. - Os Doze Le6ee- que traziam um Herculee como guia.
8. - Colaet:roe, Aub4caa e Moleques, - na qual cada grupo ae compu-
nha de 12 figurantes.
9. - AI dansae doe "Negrinhoe pequenos e Molequinhoe de Angóla".
10. - AI d•neaa e canto. daa Talêraa, - que afóra aa feataa de N.• 8:
do Roeario, tinham euaa cerimoniaa ' pute.
11. - Os Catupêe. L .. .
12. - AI feetaa e prociaaõea de S. Beaedito e N.• S.• do~o.- onde
entravam Ralnhaa Negras, Congoe e Taiêraa.
13. - Os bailados e ~lataa doe CUcumbla, - que ve.t1am peaaa, como
oe lndigenaa sfrlcanoe .
- 57 -
1. Alufáa ou Mal&.
Provavela deecendentes daa tribus limítrofes do Sabara, onde ainda
hoje, predominBill lnfluenciq maometanaa. ("La crolaiêre nolre, 1927") .
Falam o "Eubi" nBII suBII funções religi08811. Consideram-se indivi-
duoe superiores, instruidoa na sua religião; e seguem os preceitos ge-
rala maometanos .
Têm uma organlzaçio judiciaria e religiosa, independente do pais
onde vivem.
Praticando regularmente entre ai, variBII cerimoniq anuala, usam o
batlamo e a circuncisão, (o que era ritual entre oa Cucumbis), e durante
011 ato. religloeoe, vestem uma grande tunica branca, e um gorro ver-
melho na cabeça. Na epoca do Ramadan, trocam presentes entre si. E
quando o jovem Alufi, termina o seu periodo de iniciação religiosa, cele-
bram o "Opa-auma", que consta de festiUI e dansas religi08811.
.
Apear de aua superioridade aparente, dedicam-se i feitiçaria e vi-
vem dela .
2. Orizóf.
Mala numer0801 que oa Alufis, vivem abertamente da feitiçaria .
Têm uma religião polltelata complicada, onde de mistura com muitos san-
. l d R'o de J:andro.
to. proprioe, aparecem santos cat6licoe . OXOM. Mustu N:aclona o I
São pollgamoe, e cultuam especialmente as almas, que moram nas
pedral, hervsa, ou caacoa de tartaruga.
Sacrificam animala aoe santos; e quando a seasão religiosa. é sole-
ne, e presidida pelo Babalaô (o chefe espiritual) é chamada "Candomblé''.
Os "Santos": - Ogodô (o fonnidavel), Ogum (S. Jorge, deus da
guerra), Xangô (deus do trovão), Exu' (o diabo), e uma infinidade de
outroe. -São casados com "Santas": - Axum, Oxum ou Osaum (a mãe
dagua doce), Iêmanji (a sereia), Aiac6 (mãe da noite) e outros muitos.
Alguns santos aparecem, outros aão invlaívela.
Usam feitiços de toda a especie, e para todoa oe efeitos. Nas &UBII
reuniões religi08811, u orações (Ojó) e 811 invocações (Egum), são canta-
dBII e danaadu, com cerimonias estabelecidaa para cada circunstancia.
Aulm aio feltaa aa invocações a Exú, a Orixalá, a Iêmanjá, aos
Aluú (espiritos) -com dansas rituais como o Aluji e o Jeguedê, - ao ){ANGO
10m doa Atabaques, do Ubati, do Agogô, doa Xêquer& sacudidos no ar, • d
Mllt~u Nac:ional (lo R•O e
Jan<b
ao silvo de varas de marmélo, e ao estrepitar de palmBII furiosas.
No Museu Nacional do Rio de Janeiro, encontram-se alguns santos,
com 011 nomes declarados no catalogo: Xangô, Exú, Osaum; - e uma
quantidade de outros, sem nome declarado.
3. 03 Cambinda.!.
Collllderadoa pelos outroe, inferiores, lmítadores e Ignorantes. Des-
conhecem aU o proprlo Idioma, complicado e dificll, e o mlaturam com
termoe portuguêsee.
Adoram aa pedral, 011 paralelepipedoa e aalueu de pedra. Prestam
- ~9-
F) CHORO E S~TA.
Os negros e mulatos, introduziram entre nós o uso do "Chôro" e da FaJ. 1• Adji _ Fif. '· Chocalho - h~. 3· XJ(luc-nquc ou cbcqtu:rê
"'Serélta''. Fig. 4. A1o1U Cok(.iO Anhur K.amos. B.u~.
Nio é exáto que sejam "formae de composição" recentemente inven-
tadae, como erradamente se afirmou.
O "Chôro", é o nome dado a pequenos conjuntos populares, formados
de instrumentos de origem européa e africana, e que em diver&IUI clrctens·
tanciae, tocam para fazer dansar, • (dansas de origem européa), • ou
apenae para se fazerem ouvir. Nestes casos, intervem a virtuosidade de
um dos executantes.
Por sinonímia chôro designa lambem "execução".
A "Serésta", (serenata), é o chôro, com a mesma formação Instru-
mental, ou diversa, • acompanhando um cantor solista popular.
Encontram-se no "Chôro brasileiro", aproximações flagrantes com
o "jazz norte-americano".
1.• - Mesma formação Instrumental:
O jazz . clarineta, saxofone, trombone, banjo, baterias e canto.
O chôro • clarineta, oficleide, flauta, trombone, cavaquinho,
baterias e canto.
2. - O mesmo processo de composição:
A improvisação livre, (contraponto), bordando um téma.
Onde se encontra o n0880 decantado "contracanto", de eabôr
tlo brasileiro.
3: - Aa formulae ritmicae do negro-brasileiro e do negro-america-
no, assemelham-se igualmente.
4.• - Tendo porêm o negro-brasileiro, ou o mulato, a supremacia
melódica, por causa da influencia expressiva latina.
T AMBOR m: NEGROS
E' bom lembrar que o "Chôro" e a Serésta" já eram correntes ha D A BAlA. C ANZÁ ou CANZA
muito no Brasil, quando ai ainda não era conhecida a exiatencia do "Jazz". Cot('{•O Arthur lh.roos. Bo~i a
MuKu Nadonal do Rio de Janeiro
-&S-
,,,,,
3vezes C-D-C.
11 . Novo "tour" C, D, F, E,- idem.
A dansa pode acabar ai; e pode >~eguir ao inverso: - E, F,
D,C,: C,E,F,D,B,A .
AI termina a danss, depois das palmas.
Nota - Si houver 2 cantadores, o 2.• oameça em B, fazendo sem-
pre o caminho inverso ao 1.• - : B - A - B; - o "tour•·,
B, A, C, E, F, D, etc.
Podem tambem colocar-se em diagonal oposta. O 1.• em
A - o2.• emF.
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Pl'-<',i!n.ola, Dão tu
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mal.
t I
.ou, p&-- cl.en .ela mi •.Dha do. na, fi . ca praquando_eu-rol • tar.
Caninha verde
ll'igurantu. Andantino
Dol8 circuloe de 4 peesoas, com 2 pares em cada circulo (roda). Os
t• J! J J lj J o Ir r r ptkPJ er ~
pares frente a frente.
Chama-se esta a "Caninba verde de oito" .
Havendo maia gente, organi:tam-ae maia rodas, sempre com 4 pes-
C&.nl.oh•
.Plt.n.tel a
Yer .de,
ca . . na,
oh! mi
n• bei
.
. .
nh& ca • nl . nha
do PI. ra
-rer. de, por cau •
1 -• ê..J- mar .
F •u+R •i J li ] l* j - J~
A DaMa.
étt
.I& da ca. na
r
ver. de, que_é meu
gra.ta, plan. tei
tl'is • te
6 • la
pa.do
nlo bro
~·-
tou.
.va . da foi ln
1. O cantador canta o verso e 08 pares alternam 08 lugares fronteiros,
dansando
2 Acabado o ver110. repete 116 a melodia, e 08 figurantes batem o ~-
C&ni.nha nrde, Plantei a cana,
Oh! mlllha caninh& ,~r;~e. Na beira du Pirai,
Nota. Si 08 danearin08 forem praticoe, no momento do canto (danaa), aJ. Por causa da cana verde, E a marvada foi lngrala.
temam os pares com a outra roda . O cantador alterna á vontade. Que 6 meu lrlate padeoer. Plantei ela mio brotou.
Quando houver 2 cantadores, fica um em cada roda .
•
Resumo- Durante o canto: - Dansa e passe de lugares . Terminado o
canto (IIÓ musica) -batem os péa.
14 - - 7b -
l Cantador ou 2 Calternando) com 0 "chocalh _ .. • 2) O côro responde (B). Enquanto isto, o cantador sapateia.
3 Tambôres. • o na mao .
3) Quasl no fim do côro, o cantador entra para o meio do clrcul~.
. 1 Puita ad libitum; mWJ de grande importancia pa
Jongo . ra o sucesso do 4) Um dos assistentes (homem ou mulher ) vai para o centro.
•
- 77 -
J ~ J lê , > >
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.lá! _ __ :Aht _ _ __
IV:' DAN S A.
Sambà.
SA M BA.
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O cantador e os tocadores nio dansam. Estio á parte.
J J IJ , oJj J lU
mar, Touproeuran do a . ~ • la, u:bel di ~ di.I
Zom. ba . dô da beira do -(agulhal (deda ll
V.A D AN s A. VI.A DA N S A.
CABÚCLO. CANÚA.
In.strumento., figurante., danaa, idem de Nmb&. ln.strumento., ficurantee, dauaa, idem de II&Dlb&.
,. pos • d. pra
8. Che • gano por.to ea
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si . Dbo. .. mar, ea.na . á meu bem ea . nôa,
' oa.no• . á de
bel • ra mar.
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ma. ... ta ra, qu'e.la
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Va.mos
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dur a mel. 'a
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vol • ta, mel. a vol . ta va.moa
Recolhidos cm 1917 - 1918
.,
' H+G.. m J o
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dar; va.mos dar ou - tnr.
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meL& quemstá
Ciranda, olnndlnha,
Vamo• todos olrandu,
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bem dei . :ú.-lo ""
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. den.t&,quan_ d'ou. vi cha.. má!
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-ora; e8.11. nê.ga fa . lou sé. rio: Chico_An.to.nJo,v61"--' o_ li, 11. li, o
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Me a _ ~ei com u _ ma
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v6l • ·a , pl'l\ li _ ..n da fi_ lb& -
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mMA quand'!.,.O. ra vi VOJh! ma..na, eo .. ml .. & rol tuhl ma.nal
IJ J J J IJ J J. 3 IJeles d'uJ. J J
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Ob! IIIAD&, Obl mana,
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. ra da, J1IU o di. a . bo dtt Oh! mano< Ohl manai
IV
C6ro
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I -'J J J Jg Ô Iaiá o meu earrêro
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Solo: Me casei w m uma v6ill. Côro: O' ma11t. deixa eu Ir,
. na, que - •• , ,.a_ moe, aio te põe a -
Pra Um
da r.J.barad~,
Mas o diabo da ~éia
O' DIAI1t. deixa eu Ir,
O' ma11t. deixa eu Ir
Bue Côco rebolá.
IÍ ma - gi
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D.c..u S
Teve dez duma. ninhadt.
~ J- J J 3- IJ 3 v. J"" J '!!!I
Solo: Duses dez que ela teve - ~ .na t'ri _ a me • do, Cl•~m tem
-bf J J J IJ
me _do, não vai lá.
J f=-_]
o la
Um deu pra ladrão da bóde
Dell-lhe o ta ngue, deu-lhe o mangue,
Doe dez só ficaram nove. •lc.
Cliro: Õ Iai& o m•·u c·nrrêro, Solo: Menlmc, >i queres vamoH
(I laiá c> meu C&l'r~ro, Niio t• pile 9 maginó,
fi I alá o meu carrêro, Quem n•o~;ilu. cria mt do
lllllt•u um bui na ladeira! Quem l<m medo . n~o •-ai lá!
v VI
Menina me dá teu remo CÓCO Dli PRAIA Côco de Usina
o(}(;() DE PRAIA Moderato
Moderato (Largo)
&lo
J JJJJJ)InJ3 J J J) IJ jJJJJJJ I
Solo: AI eu CODiprel uma serra,
O'ulna
Pra minha ulna asaeutá,
mar! O . le . 1& ml.nh&ll& • a hora. cl6 que ebor~eue me • ni.Do, e.Je ehó..n. &- ma . O'U&lna
Si você é bom coqueiro.
O' usina
Quero vê me deemanchá.
Córo: Olha o tombo do martelo tombadu
Olha o tombo do martelo gemedô
.ll.no só.men .te p'r&pcr.re • á, o : le. 16 ml. nh&ae. nhó..ra, bo.tuunão & • I no
CÔCO DE PIUIA
VII
Moderato Olha a roea
tot'.no, me. t&_a )lÔ . Ia oee . te CGr . no, qu'e . le jli. nioehó.n. ma.ls. .ltfe • ni.
~
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Solo
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Mi..nht. mie eu vou pra ca
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r r J J d J lf J
D&que_a. ll mo - ...
de. rron.te
i
e. I& o. lha pa . ra.mim,lão do.ce·.
No meio da roda ninguem aehará.
XV
10ADÃ O Carreiro
t). Moderato R. G. do Sul
I
Coro: Eu aou
Solo ·
carrêro, quero carreá,
Si o carro tomba o earriro pasaa llllll.
c,.,, branco D.io me prendaa,
Qu'.., Dio tenho quem me 110lte,
f• Él
ft t L ;J # IJ J J J IJ
Vlmbua . Cir mel& pa . ta • eapra to . mar de pa.ra . ti
~J
c
5I
Vlmbua. ti.
I Foste tu meu ~r:.TO brlliCO,
Oauudor de minha morte!
Meatre Domlngoa, que \"elu fuer aquiYl h•s . Agua bate na pedra
VIm bu-r mela patota pra tomar de para\l.t•u A ptdra fica parada.
"""""' • ooi1e passa o d ia
, Nko PS<Jue<;o & mi nha amada
XVI XVlll
JUC!.'IIBA CARJOCÃ Lá vai o sol IIACt'JOJ.A Cadlra!
Andantino comodo Andantino
.,,~~~
G.Jeval gl . •I F-p. IJ.J_J.. 31$"fJtEMSJ Jijj IJ, 1)2~ > •
'*
Khl •hl 1\h ó- Ca . di. ra! PI . sa. no ~ õhl C&.
IIL&, e. )&\-ai gi • riJ _ _ _ _ __ _ ti J. l_R]Ifi. J'' IJ. J'l J j.J J IJ: J_J.. 3l~l f !i
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Oon.go Ca. dl.nií" Ôht Ca • dLra, mt..a pai ôh! Ca. dlra.__
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J. trJ IElffJ+J3.Iq ~~--~rijJ~.tijJ.~.§il,f!ta~~~Ji:!il!il
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i Pi. A ao Oo~ Ca. di ra~
Êb! ê-b! ôh! ó Cadlrat
{'tu no Congo ôb! Cadlral
Obt Cadira mia pai ô Oedlra!
Oo1410l C& • di ra'
ro • ai
Dela! !ou_ .... ~do
LoU\..do a.ja . ..eja Dwa!l bi•
Na porta de ODJ!vandal Note: Os H primei- \fmu foram comunicados pok> Dr. Antonio Bento de Araujo
Lou.....do ·~ Deutl Uma (R. Grande do Norte). Oo teeulDtaa. L. Gallet nio deixou lndlcaç&o ele
oomo foram oolbldoe, III dlretemente elo popular, ou por comunlcaç&o. O Uma
XIX.• foi oolblelo elo natural.
Not•: A (rase "N• pcorta de Umbanda;• do"Loundo ~t~Ja Deu•!\' ó dita quasl um ,..-z.to com
afinado pouco jul!ll&
• I ·.
•
--- f
Moderato e AI·
(uts
} 1918 CanA. :-lapoldo yc~e Français ". . . Tem um merecimento. Concentração
. ..
legro
Trois Pieces
Burles:\,es
1919
Barrozo Netto em 2}·8· 1918, de idéa. O têm& do Allegro aproveíta.do
r,eto autor
Casa A. Napoldo ostituto Nacio-
Barrozo Netto na! de Musica
pa.ra. o Moderato. Co!llltruc;ão felli:".
..
....
1) Petite alse em 24· 11-192l
Précieuse Elvira Braga
2) Mazurka De- Cordeiro
mi-Gracieuse
3) Marche Va-
niteuse
5 Hteroglifo 1922 Casa A. Napolelc Instituto Nacio- ". . . O meu eu interior diante de. . . Ma.ia
Barrozo ~etto nal de Musica cla.ro : - Eu na oca.aião."
em 10· 11·1928
Th;;sbe de Aze-
ve o
6 Raps?<"a Serta· 1923 Casa A. Napoleac " ... E ' fa.cil CO!llltatar que evitei, cuidado-
DCJa Barrozo Netto samente, fazer obra. minha.. Quiz, excluei-
vamente, va.loriza.r a. musica de B. Itlberê."
(1) Âl '''~ ,,u,~ as~. s4o Httn ..çhJ c~thl-AJ ftsUs ~,.L Galltt se,., IIUII ~roprw oh-as,""""" c4rl4 tlmtaêa • Mano Ü .11-,.iraM ,,... 1916
•
i Nhõ Chico I 1927 I Casa A. Napole~· Teatro Llrico
1) Tá andando, - em 7-11-1929
tá et~mando Sylvinba Mar-
2) Tá sonhando ques
3) Tá sambando
8 Pecinhas lofanti.l 1929 I lnedita
PARA PIANO A • MÃO S
9 Suite Bucolica I 1920 I lnedita Redução de Orquestra, pelo autor. Dedica-
1~ Pastoral da a Oswald.
2 ldilio
3 Ronda
lO Rapsodia Scrta- 1924 I lnedita Transcrição do autor.
neja
11 12 ExercJC1os 1928 ICasaCarlosWehr
Brasileiros
1~ Valsa Sestrós ~
2 Puladinho 1.0
3 Dobrado
4~ Chõrinbo
s Modinba
6 Tanguinbo •
í) Scbottiscb
Brasileira
8) Sertsta
9) Maxixe
to) Polka Ser-
taneJa
11) Puladinbo
n) Batuque
~c~"" ""''""
I uma opera. Milhaud gostou." Dedicada a
Nascimento Filho.
'S
,, Alvaro Moreyra
Salomt
Alvaro Moreyra
J •• •,/ ""'"
11918 lned1ta
'
I ". . . Tem um inicio de peraonalidade.
Gosto."
Lyde François " ... Exaltado. Lfrico. Outra ópera. Algum
em 2J·S·I9t8 Wagner. Coisas felizes."
Nascimento f'tlh,
•7 I Quadras 1918 lnechta
(Fernando
Caldeira)
". . . A pg. 3.• pareceu-me bôa. O autor da
letra ficou indignado."
3S I Condessa 119271lnedita
Telles e Me-
ntzes
I
Instituto Nacio-
.....
o
em 17·11-1928
Adacto Filho
4~ I Pai do Mato 1918 íasaCarlosWehrilnstituto Nacio- I Dedicada a Julieta Tellee de lrleneaea
(Mario de na! de Musica
43 I "(fô
Andrade)
I
em I 5·12-1928
JulietaTellesde 1
Menezes
1928 ICu.tCarlosWehrJ idem
....
o
( olclore)
1920
46 1T oada
(M. T upinambi)
1'922 , lnedita I
Instituto Nacio- 1 4 Vozes mixt.ae.
na! de Musica
em 24-11-1922
Matbilde de An-
drade, Paulina
d'Ambrosio,Stel-
• I I I 1
la Parodi, Dulce
Diniz, Roberto
Vilinar, Sergio
Rocha MirancU,
Franklin Rocha,
Carlos Santos.
47 1 Tutd Mararnbi ! 1922 lcasaf'..arlosWehrJ idem I 4. Vozes míxtaa.
48
(folc.lore)
I Sertaneja
(folclore)
1924 • • • J 4 Vozes mixtas.
.....
o
49 I Sertaneja 1924 • • • alacio das Fest 2 Vozes iguais. TraniiCrlção.
(folclore) em 11-10·1924
so I T utd Marambi 1924
(folclore)
• • • idem 2 Vozes femininas. Dedicada ás aluna.s do
Colegio Bennett.
SI 1 Eu Vi Amor 1924 • • • 4 Vozes mixta.s. " ... Harmonização á mo-
Pe(uenino da da época". V. Introdução pg. 17.
folclore)
, S2 p Luar do Str\111924 • • • ralacio das Festa~ 2 Vozes iguais.
(folclore) em 11-10·1924
S3 I Puxa o Mel~o 1926
Sabii
• • • I 4 Vozes mixta.s.
(folclore)
S4 I Toca Zumba I 1926 I • • • I I 4 Vozes mixtu.
(folclore)
•
M USIC A SACRA
ss 1 Ave Mana n." 1 I 1918 llnedita • I I " . . . Exterioriução de um momento ver-
dadeiro." Dedicada a Zez6 da Silva Prado.
Tra.ascrita por Luiz Heitor Corrêa de Aur
vedo para violino, violoncello e barmo-
nium.
s6 radre Nosso n." 2 1918 lnedita 4 Vozes- A capela.
S7 J Cantos Casa Mozart Instituto Nacio- 1 Voz e barmonium. 1) " . .. Escrita sobre
Relitosos nal de Musica a pen14 em casa de Paulina. Interpretação
~~Padre osso 1918 em 24·11- 1922 á Glauco". 2) e 3) Comentarlo ao senti-
2 Ave Maria 1919 Matbilde de An- mento religioso". 1) Dedicada a P aulina
3 Salutaris 1920 drade Baill y d'Ambrosio. 2) Dedicada a Atalina Pinbei-
ro. 3) Dedicada a Mathilde Bailly. 1)
Tra.ascrita pelo autor, para violino cello
e harmonium. 3) Transcrita pelo autor
para canto, flauta, 2 violinos, alto e bar- ......o
ss I Si Queris
Miracula
1•926 llnedita I I
monlum.
Asilo Leopoldina Solo e Côro. 2 Vozes femininas com bar-
em Junho, 1926 monium.
Niteroi
PARA INSTRUMENTOS
S9 I Romance o." 1 I 1918 I CasaA.Napoleilo !Instituto Nacio- Violino e piano. " . . . Convivia muito, en-
na! de Musica tão, com Costallat. Exagerado e exuberan-
em 24· 11-1922 te, tocando violino. - De resto em tudo -
Paulina musica á sua maneira". Dedicada a Ben-
d'Ambrosio jamim Costallat.
6o I Romance o." 2 I 1918 ICasaA. Napoleilo idem Violino e piano. " . . . Exuberancia melo-
diea.."
61 I Elegia 1 •9•8 I • • Lyc~e Français Cello e piano. " ". A unica frase melodi-
em 2J·8·1918 ca aproveitada do caderno (de , esboçoe
Newton Padua musicais) que faleL Melodia exuberante.
Um pouco i Oswald na linha geral de f&-
tura. mas não no detalhe. Exec:utado com
a pequena orquestra que segue, grande,
imenso suceeao de bia e bia" .
6:1 I Oarua Brasileira I 1922 I Casa Ricordi l!nstitutoNacio- Cello e piano." . Nest& época, ji de poe-
nal de Musica se de algum material braaileiro, teve a
em 24- 11- 1922 Dana& Brasileira, pelo proces110 antigo, o
Newton Padua têm& curto. - Não 6 uma tnnsmi•ão
interior . E' uma adap~ exterior de
ribno e melodúL Com excepção doe 14
comp•-.Iargamente-do (5) . Ha ali
uma celula de inquie~ e desespêro,
apenas delineada. Não pollllll.indo ainda
butante material braaileiro, existem na
DaMG alguns estrangeirismos. lllaa ao la-
do do Ta11go-Batuq146 6 uma transição ra- -
zoavel" . A obra fo1 transcrita para violino &
por Edgardo GuerTa.
PARA ORQUESTRA E ORQUESTRA DE CAM ARA
6) Allanguusement 1918,lnedit.a Baritono e orquestra. Transcrição .
Roberto Gomes
6. Tango-Batuque 1919 Inedita Teatro Munici- Orquestra. " .. . Entrou em cena o brasi-
pal de S. Paulo leiro . l.a tentativa . Plano do "Cake
em 1924. Walk" de DebUSIIy . Tango á Nazareth.
Regente: Batuque (2.• parte) tambem á Nazareth
Vi lia - Lobos no ritmo. Acabara de ouvir o Rosenkava-
Uer. Detalhes harmonlcos á StraUSII na 2:
parte".
6s Moderato e 1920 I Inedita Instituto Nacio- Orquestra de camara. Transcrição.
Allegro nal de Musica
em 20-8-1920
Regente: o autor
-- --- ~
66 Swte Bucolica I 1920 I Inedita Liceu de Artes Orquestn. " ...Trabalho sério. Como processo,
e Oficios em o de n.• S. Frase ~quena, dando origem aos
20 - I - 1926 varios motivos. (.. .) Bastante côr. Ritmo. Poli-
Regente : fonia. Amplo desenvolvimento melodico. A or-
Villa - Lobos q uestra feliz. Revista mais tarde por Henri Mo-
rin (regente fnncez que aqui esteve, alu-
no de Riemann, D ' Indy e Nikish). No s.•
tempo, detalhes importanres de baterias."
'7 Elegia 1921 I Jnedita Sa!~o do jornal Cello solo. Cordas Piano a 4 mãos.
do Comercio Transcriçio.
em 18-1o-1921
Regente: o autor
68 Oansa Brasileira I 192 3 I lnedita Teatro Munici- Cello soló. Orquestra de camara. Trans-
pal em 28- 7- crição.
1923. Carmen
Buga. Regente:
o autor
...~
68 a Oansa Brasileira I 1925 I Inedita Teatro Munici- Orquwra. Transcriçio.
pal em 6- 7-
1928. Regente:
O. Respigbi
'9 Toca-Zumba I 1926 IInedita Teatro Lírico C6ro c Orquest ra d e Camara. Transcrição.
(negro-popular) em 11-11-1926
e I 5- 11-1926
Regente :
\ 'i ii a-Lobos
70 Suspira cora~o 1927 I lnedita Pequena orquestra ou canto e orquestra.
triste Transcriç5o
71 Morena, morena 19271lnedita Pequena orque~tra ou canto e orqucstn.
Tr.~nscriç:io.
72 O Destino das 1927 Inedita Trmscrito para canto e orquestra de camara.
Fadas Composição para <er executada no poema
de Alvaro Moreyra "No Mundo da Lua".
73 I Xangó 11929 I lnediu Canto e Orquestra. Tranacrição.
H I Pai do Mato 1929 I lnediu Canto e Orquestra. Tranacriçio.
(Mario de
Andrade)
M US I CA DE CAMARA
75 1 Turuna I 1926 I lnedita Instituto Nacio· Alto, clarinete, violino, bateria. V. Intro-
" (Suite para -4 nal de Musica dução pg. 18. Dedicada a llario de Andra-
instrumentos) em 29·10·1932 de.
1~ Seresteiro Alda Gomes
2 Saudóso Grosso, Alfonso
3 Mandinga Henrique Garcia,
...o
76 I
Suite
Sobre t~mas
I 1929 I lnedita
Antio Soares,
Aristeu Motta
Instituto Nacio-
nal de Musica
Para flauta, oboe, clarineta, fagote, piano.
ao
[o-brasileiros em Novembro
a Macumba 1 9 3 1. Pedro
b Acalanto Vieira, Rodol· •
c Jongo pbo Attanasio,
Antão Soares,
Crescencio de
Lima, Arnaldo
Estrella
77 Suite Popular 1929 lnedita Orquestra de Camara . Tra.n.ecrição.
al Dobrado
b Tanguinho
c Polka
d Ser~sta
e Maxixe
79
8o
IA Casa do
Coração
1922 lnedib
Cantique de 1923 lnedita
Luciano Gallet
idem
idem
Glauco Vela.squez.
cordas.
Glauco Vela.squez.
Canto e orquestra de
Canto e orquestra de
Soeur Beatrice camara.
81
82
IImpromptu
Andante do
1923 lnedib
1923 lnedita
idem
idem
Glauco Vela.squez.
Glaueo Vela.squez.
Orquestra de cama.ra.
Orquestra de cama.ra.
Trio U
83 Vocalise 1923 lnedita Ravel. Canto .e Orquestra de eamara.
84
(Habanera)
Sur L' Herbe 1923 ln edita Ravel . Canto e Orquestra de eamara . ...o
8s La Passion 1924 lnedita Instituto Nacio· Bach. Solos. Coros. Orquestra de camara. "'
(St. Mathieu) nal de Musica Conjunto de trechos para uma execução
em 10·5·1924 em duas partes.
pela Sociedade
A-
CBITICA MUSICAL ( _..t..,_ D' Elp) A Rua loabo, lolbo •
~ - 1111
El'o~TA (oobre o """") Oo. . . . da Maú& Nonmbro - 1n'7
MUSICA BRASlLDBA Apito - ma
:D.'l'BEVISTA (mualca brullelra) Para~ »e=embro .. tm
FOLCLORE BRAJ!D.EIJ!O (- e eaallpe, w- AJio 1.• ILM 4 8 5
-do)
FOLCLORE BRASlLEIBO (- e """llpe, w- ADO I a.• C
estudo)
DOIS LIVROS DE MAIUO DE ANDRADE ("l're- w..,. Ano I JL• 'J
elaç!lo)
BEAGm (carnl...,.h"' oobre o -rplmellto mu-
cat no Brull)
REAGIR ( -..p&llha oobre o ...,r(Uimento mu-
eal DO Brull)
ENTBEVISTA (A- B. M.)
O Globo
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SAUDAÇAO A G&AQA ABA NliA arovm-te-- ADo o.._. n
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ASSOCIAÇAO BRASILI:IRA DE II'OSICA <-- w- AlloDa. ·•l • l
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BASES PARA A 0801\NIZAÇ.&O DA &ADIO
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- CULT1JBA NO BRASIL
~"'l'BEVlSTA ( ampruo 6 mulca Mt'f, uJ)
ENTREVISTA ( -)
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1 . l!'oweftllo - lNl
OBAQAO DE AG&ADJilOOIENTO A ' IIOIIENA- n~ Mulcal AeoDa..•t
OEII DA A- B. M.
ENTREVISTA (bon •c- a IL OloonM) Dlarlo da Noite lS - Abril - J8Sl
SAUDAÇ&O A BENJUQU. OSWALD Dlarto auto. UI - Abril - 1Nl
..
.-
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phleu: • .u trlb"" uqru lmportad&L Elltudo
OÜIJ>OCr&pblco, SU& cls.trlbulçl.o roctonal DO Bra·
oiL Oo gr&Ddes mercadoe de _,.._..,
llanuel QueriDo A rata atrica.n& e MUI OOIJt:UJDel: O& Bahl&. ADalo do ll.o Ooo·
K. B&ardt et L. Le CroiiMre Notre 1827 . - Brul.letro
AAdoulD Dubnnll de Oeoptl&, ....
J'olo do Rio Ao Rellgllles no Rio 1906. llzado na Bala em
Setembro de 1816
Padre EUeDDAO
Ipaee Brull
Oollalf3. Trad\lldda "" Re-
Yieta do lllltltuto •
m.torlco T o m o
LXXI1·2."pu<c 1810
•
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INDICE
Pag.
lntroduçao . 7
Têmas Brasileiros
Bibliografia . I I 3