Campos de Experiencia Na Pratica Como Trabalhar o Eu o Outro e o Nos Na Educacao Infantilpdf
Campos de Experiencia Na Pratica Como Trabalhar o Eu o Outro e o Nos Na Educacao Infantilpdf
Campos de Experiencia Na Pratica Como Trabalhar o Eu o Outro e o Nos Na Educacao Infantilpdf
https://novaescola.org.br/conteudo/17134/campos-de-experiencia-na-pratica-
como-trabalhar-o-eu-o-outro-e-o-nos-na-educacao-infantil
BNCC
Desde que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Educação Infantil tomou forma, NOVA
ESCOLA tem se dedicado a criar conteúdos que possam traduzir, desde o planejamento dos
coordenadores pedagógicos com os professores até a sala de aula, os conceitos e objetivos
apresentados no documento. Para mostrar como os Campos de Experiência podem ser trabalhados
com as crianças, fomos buscar exemplos de atividades que possam inspirar professores, gestores e
toda a comunidade escolar a fazer a diferença na Educação Infantil com os conceitos propostos nos
Campos de Experiência – e que você pode complementar com curso sobre o tema e planos de
atividade produzidos pelo nosso Time de Autores.
É importante ressaltar que, como aponta a BNCC e diversos especialistas em Educação, as atividades
podem e devem englobar mais de um Campo de Experiência simultaneamente, a depender da
criatividade e proposta dos educadores. Aqui, buscamos destacar nos relatos dos educadores aqueles
campos que são preponderantes, enfatizando os impactos e possibilidades de cada um deles.
A BNCC de Educação Infantil altera a concepção de professor e de criança. Nesse sentido, os Campos
de Experiência são um convite para que os professores inovem, tenham outro olhar sobre esta etapa
do desenvolvimento da pessoa e construam uma Educação diferente. “Isso fica evidente nas dez
competências que a BNCC integra ao currículo da Educação Básica. São as competências de que um
cidadão do século XXI precisa para viver bem neste mundo”, aponta.
É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo
próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida,
pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências
sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e
questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente,
identificando- se como seres individuais e sociais. Ao mesmo tempo que participam de
relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de
autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação
Infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros
grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de
cuidados pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas
podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade,
respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos.
O primeiro dos Campos de Experiência proposto pela BNCC trata sobre a construção da identidade, da
subjetividade, das relações interpessoais, do respeito próprio e coletivo, da sensação de pertencimento
a um grupo. “Nesse campo, as crianças são convidadas a participar ativamente do processo educativo,
incluindo as decisões nos projetos coletivos. Reconhecer seu pertencimento a um grupo social e
compreender que há diferentes modos de dizer, de fazer, de querer, de ser, além da importância de
respeitar as diferenças”, destaca o educador e autor Wagner Priante, especialista em Arte-Educação
pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Para Andrea Ramal, o Campo reflete o olhar da BNCC
para a educação voltada ao autoconhecimento e aceitação dos demais. “Reflete o entendimento de
que a vida é construída a partir de relacionamentos e de interações. Também envolve aprender a
conviver e a trabalhar junto com outros”, analisa a educadora.
PLANOS DE AULA Educação Infantil: veja planos de atividade que incluem Campos de
Experiência
Afinal, como conceitos tão vastos e complexos como a identidade, a subjetividade e a coletividade
podem ser trabalhados com as crianças? Essas respostas ainda estão sendo construídas por
educadores, mas alguns caminhos já estão sendo traçados. “O maior desafio para os professores será
aliar seus conteúdos às competências determinadas pela base. Existem competências, como a
construção de uma visão crítica e a capacidade de interagir com os outros aceitando a diversidade que
não estão ligadas a uma matéria específica. É justamente por conta disso que o professor precisa
repensar seu papel e estar atento a toda essa transformação global”, provoca Andrea.
A seguir, reunimos três relatos enviados por professoras de diferentes regiões brasileiras. Neles, as
educadoras traduzem, cada uma a seu modo, como “O eu, o outro e nós” podem se tornar atividades
ricas e atraentes para as crianças.
Confeccionei latas encapadas com papel colorido e, no centro das latas, coloquei as
fotos das crianças da turma. Eram fotos individuais e coletivas que fui registrando ao
longo de um período. O estímulo das latas também era sonoro: coloquei grãos,
pedrinhas e tampinhas dentro das latas, que os bebês podiam sacudir, olhar as
imagens, empilhar. A experiência foi muito significativa.
Daniane Santos Miguel Machado, Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Cara
Melada, Canoas (RS)
- Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos outros (EI01EO01);
- Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos
(EI02EO01);
- Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação,
higiene, brincadeira e descanso (EI01EO05);
- Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas
diferenças (EI02EO05).
APRENDIZADOS
APRENDIZADOS
Adriely Quental e Mellina Silva, com apoio de Lindaura Silva, Centro de Educação e
Convivência Infantil – CECI/ Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Campinas
(SP)
APRENDIZADOS