Síndromes de Mononucleose: Luiza Schuster Ferreira Bruna Faccio de Conto Gabriel Azambuja Narvaez Unitermos
Síndromes de Mononucleose: Luiza Schuster Ferreira Bruna Faccio de Conto Gabriel Azambuja Narvaez Unitermos
UNITERMOS
SÍNDROME DE FADIGA CRÔNICA; MONONUCLEOSE INFECCIOSA; CITOMEGALOVIRUS; HIV;
SÍNDROME RETROVIRAL AGUDA; TOXOPLASMOSE.
KEYWORDS
FATIGUE SYNDROME, CHRONIC; INFECTIOUS MONONUCLEOSIS; CYTOMEGALOVIRUS; HIV; ACUTE
RETROVIRAL SYNDROME; TOXOPLASMOSIS.
SUMÁRIO
Este artigo aborda o diagnóstico diferencial entre algumas das principais
causas de síndrome mononucleose-like, bem como o seu manejo inicial pelo
clínico.
SUMMARY
This article discusses the differential diagnosis between some of the main
causes of mononucleosis-like illnesses, as well as their initial management by the
clinician.
INTRODUÇÃO
O termo “síndrome de mononucleose”, ou “síndrome mononucleose-like”
(SML) define um quadro caracterizado por linfadenopatia generalizada de
instalação aguda ou subaguda, que pode ser acompanhada por outros sinais e
sintomas, dependendo de sua etiologia, tais como: febre, faringite,
esplenomegalia, rash cutâneo, fadiga e anormalidades hematológicas.1,2
Etiologias
A principal etiologia das SML é a infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV). No
entanto, cerca de 10% dos casos tem como etiologia outros agentes
infecciosos.1 Os principais são o citomegalovirus (CMV), o Toxoplasma gondii e o
HIV, que na fase aguda da infecção podem provocar um quadro semelhante ao
2
TEXTO
Citomegalovírus (CMV)
Transmissão: contato com saliva, fezes, urina, leite materno e outras
secreções de pacientes infectados.5
Epidemiologia: a maioria das pessoas tem contato com o vírus na infância.
História de contato com crianças deve ser pesquisada.2
Clínica: a maioria dos pacientes é assintomática, mas alguns podem cursar
com síndrome mononucleose-like. Há predomínio de sintomas sistêmicos, como
febre prolongada. Adenopatia, esplenomegalia e faringite são menos comuns
que na MI.1,2,5 Rash cutâneo pode ocorrer, especialmente após a administração
de antibióticos.5 Na maioria dos pacientes a doença é autolimitada e evolui sem
deixar sequelas. Em pacientes imunocomprometidos, uma síndrome mono-like
inicial pode evoluir para infecções graves ou doença disseminada.1
Laboratório: semelhante ao da MI, podendo apresentar linfocitose com
linfócitos atípicos e elevação de transaminases, sendo este último achado
praticamente universal.1-3,5
Diagnóstico: dosagem de IgM anti-CMV ou PCR para CMV.2
REFERÊNCIAS
1. Aronson MD, Auwaerter PG. Infectious mononucleosis in adults and adolescents. UpToDate. Online
20.8; 2012 maio [updated 2011 ago 6].[18 p].[acesso 2012 jul 12].
2. Hurt C, Tammaro D. Diagnostic evaluation of mononucleosis-like illnesses. Am J Med.
2007;120:911.e1-8.
3. Failace RR. Linfocitose e linfocitopenia. In: Hemograma: manual de interpretação. 4ª.ed. Porto
Alegre: Artmed; 2003. p.206-12.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8ª.ed. rev. Brasília:
Ministério da Saúde; 2010.
5. Friel TJ. Epidemyology, clinical manifestations and treatment of cytomegalovirosis in
imunnocompetent hosts. UpToDate. Online 20.8; 2012 abr [updated 2011 ago 5].[18 p].[acesso
2012 jul 12].
6. Heller HM. Toxoplasmosis in immunocompetent hosts. UpToDate. Online 20.8; 2012 maio [updated
2012 ago 14].[6 p].[acesso 2012 jul 12].
7. Rogowska-Szadkowska D, Chlabicz S. Primary HIV infection. HIV & AIDS Review. 2008;2:10-4.
8. Sax PE. Primary HIV-1 infection: diagnosis and treatment. UpToDate. Online 20.8; 2012 jun [updated
2011 ago 14].[8 p].[acesso 2012 jul 12].