Guia Geral de Regulacao e Automacao v3

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Guia Geral de Protecção e

Automação da RND
Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo I

Índice

ÍNDICE ........................................................................................................................................................................ 2
1- CAPITULO I – DEFINIÇÕES E CRITÉRIOS GERAIS ................................................................................... 6
1.1 - INTRODUÇÃO E OBJECTIVO ............................................................................................................. 7
1.2 - DOCUMENTAÇÃO DE SUPORTE ...................................................................................................... 8
1.3 - ABREVIATURAS ........................................................................................................................................ 10
1.4 - REDE DE ALTA TENSÃO ..................................................................................................................... 11
1.4.1 - Critérios para aplicação da protecção diferencial de linha(87) ....................................................... 11
1.4.2 - Objectivos da protecçãode distância (21) ......................................................................................... 12
1.4.3 - Esquemas de teleprotecção (85) ........................................................................................................ 12
1.4.4 - Protecção diferencial (27) ................................................................................................................. 12
1.4.5 - Protecção de máxima intensidade (50) ............................................................................................. 12
1.4.6 - Protecção de máxima intensidade homopolar direccional (67N) ..................................................... 13
1.4.7 - Protecção de máxima intensidade homopolar (50N) ........................................................................ 13
1.4.8 - Detecção de condutores partidos (50BF) .......................................................................................... 13
1.4.9 - Protecção de frequência (81) ............................................................................................................ 13
1.4.10 - Religações (79) .............................................................................................................................. 13
1.4.11 - Verificação de sincronismo (25) .................................................................................................... 13
1.4.12 - Regime especial de exploração (REE)........................................................................................... 14
1.4.13 - Protecção diferencial de barramento (87) .................................................................................... 14
1.4.14 - Protecção/automatismo de mínimo de tensão (27) ........................................................................ 14
1.4.15 - Interligação para produtores em regime especial ......................................................................... 14
1.4.16 - Coordenação com clientes AT ....................................................................................................... 15
1.5 - REDE DE MÉDIA TENSÃO .................................................................................................................. 15
1.5.1 - Linha MT ........................................................................................................................................... 16
1.5.2 - Painel de TSA/RN .............................................................................................................................. 18
1.5.3 - Painel da bateria de condensadores .................................................................................................. 18
1.5.4 - Painel de chegada do transformador (MT) ....................................................................................... 18
1.5.5 - Painel transformador (AT) ................................................................................................................ 19
1.5.6 - Coordenação com Postos de Seccionamento .................................................................................... 19
1.5.7 - Coordenação com clientes MT (PT até 1600kVA) ............................................................................ 20
1.5.8 - Protecção de interligação para Produtores em Regime Especial ..................................................... 20
2- CAPITULO II – REDE AT .............................................................................................................................. 21
2.1 - PAINEL DE LINHA AT ............................................................................................................................... 22
2.1.1 - Condições de Aplicação .................................................................................................................... 22
2.1.2 - Critérios para a Instalação de protecções diferenciais ..................................................................... 22
2.1.3 - Protecção de Distância (21) .............................................................................................................. 22
2.1.4 - Esquemas de Teleprotecção (85) ....................................................................................................... 25
2.1.5 - Protecção Diferencial (87) ................................................................................................................ 26
2.1.6 - Protecção de Máxima Intensidade (50) ............................................................................................. 28
2.1.7 - Protecção de Máxima Intensidade Homopolar Direccional (67N) ................................................... 28
2.1.8 - Protecção de Máxima Intensidade Homopolar (50N) ....................................................................... 29
2.1.9 - Detecção de condutores partidos (50BF) .......................................................................................... 30
2.1.10 - Protecção de Frequência (81) ....................................................................................................... 30
2.1.11 - Religações (79) .............................................................................................................................. 30
2.1.12 - Verificação de sincronismo (25) .................................................................................................... 31
2.1.13 - Regime Especial de Exploração (REE) ......................................................................................... 31
2.1.14 - Localizador de Defeitos ................................................................................................................. 32
2.1.15 - Recolha de Oscilografias ............................................................................................................... 32
2.1.16 - Representação Gráfica do sistema de protecções ......................................................................... 34
2.2 - PAINEL DE BARRAS AT ............................................................................................................................. 35
2.2.1 - Critérios para a Instalação de protecções diferenciais de barramento ............................................ 35
2.2.2 - Protecção Diferencial de barramento (87)........................................................................................ 35
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Capitulo I

2.2.3 - Verificação de sincronismo (25) ........................................................................................................ 35


2.2.4 - Recolha de Oscilografias................................................................................................................... 35
2.2.5 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 37
2.3 - INTERLIGAÇÃO DE PRODUTORES EM REGIME ESPECIAL ........................................................................... 38
2.3.1 - Objectivo............................................................................................................................................ 38
2.3.2 - Topologia C)...................................................................................................................................... 38
2.3.3 - Topologia D) ..................................................................................................................................... 43
2.3.4 - Regime Especial de Exploração ........................................................................................................ 47
2.4 - COORDENAÇÃO COM CLIENTES AT ....................................................................................................... 47
2.4.1 - Objectivo............................................................................................................................................ 47
2.4.2 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 48
2.4.3 - Defeitos à terra (50N)........................................................................................................................ 48
2.4.4 - Protecção de Mínimo de Tensão (27) ................................................................................................ 48
2.4.5 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 49
3- CAPITULO III – REDE MT – TOPOLOGIA A ............................................................................................. 50
3.1 - PAINEL DE SAÍDA MT............................................................................................................................... 51
3.1.1 - Condições de Aplicação .................................................................................................................... 51
3.1.2 - Protecção contra defeitos entre fases (50) ........................................................................................ 51
3.1.3 - Protecção contra defeitos à Terra (51N, 67N, 50N) ......................................................................... 52
3.1.4 - Protecção de Frequência (81) ........................................................................................................... 54
3.1.5 - Religações (79) .................................................................................................................................. 54
3.1.6 - Detecção de condutores partidos (50BF) .......................................................................................... 56
3.1.7 - Verificação de sincronismo (25) ........................................................................................................ 57
3.1.8 - Verificação da presença de tensão .................................................................................................... 57
3.1.9 - Regime Especial de Exploração (REE) ............................................................................................. 57
3.1.10 - Localizador de Defeitos ................................................................................................................. 58
3.1.11 - Recolha de Oscilografias ............................................................................................................... 58
3.1.12 - Representação Gráfica do sistema de protecções ......................................................................... 60
3.2 - PAINEL DE TSA/RN ................................................................................................................................ 60
3.2.1 - Defeitos à Terra (50N) ...................................................................................................................... 60
3.2.2 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 61
3.2.3 - Recolha de Oscilografias................................................................................................................... 61
3.2.4 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 63
3.2.5 - Regime Especial de Exploração ........................................................................................................ 63
3.3 - PAINEL DA BATERIA DE CONDENSADORES .............................................................................................. 63
3.3.1 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 63
3.3.2 - Defeitos internos (50N) ..................................................................................................................... 64
3.3.3 - Defeitos à terra (50N)........................................................................................................................ 64
3.3.4 - Sobretensões (59) .............................................................................................................................. 64
3.3.5 - Recolha de Oscilografias................................................................................................................... 64
3.3.6 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 66
3.4 - PAINEL DE CHEGADA DO TP (MT) .......................................................................................................... 66
3.4.1 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 66
3.4.2 - Defeitos à Terra (DTR – neutro isolado) (59N) ................................................................................ 66
3.4.3 - Protecção de Máximo de Tensão (59) ............................................................................................... 67
3.4.4 - Recolha de Oscilografias................................................................................................................... 67
3.4.5 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 68
3.4.6 - Regime Especial de Exploração ........................................................................................................ 69
3.5 - PAINEL TP (AT)....................................................................................................................................... 69
3.5.1 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 69
3.5.2 - Defeitos Internos (87) ........................................................................................................................ 69
3.5.3 - Recolha de Oscilografias................................................................................................................... 70
3.5.4 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 72
3.6 - COORDENAÇÃO COM POSTOS DE SECCIONAMENTO ........................................................................... 72
3.6.1 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 72
3.6.2 - Defeitos à terra (50N)........................................................................................................................ 72
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Capitulo I

3.7 - COORDENAÇÃO COM CLIENTES MT (PT ATÉ 1600KVA) ....................................................................... 74


3.7.1 - Objectivo............................................................................................................................................ 74
3.7.2 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 74
3.7.3 - Defeitos à terra (50N)........................................................................................................................ 75
3.7.4 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 75
3.8 - PROTECÇÃO DE INTERLIGAÇÃO PARA PRODUTORES EM REGIME ESPECIAL ............................................. 76
3.8.1 - Objectivo............................................................................................................................................ 76
3.8.2 - Topologia C)...................................................................................................................................... 76
3.8.3 - Topologia D) ..................................................................................................................................... 80
3.8.4 - Regime Especial de Exploração ........................................................................................................ 85
4- CAPITULO IV – REDE MT – TOPOLOGIA B ............................................................................................. 86
4.1 - PAINEL DE SAÍDA MT............................................................................................................................... 87
4.1.1 - Condições de Aplicação .................................................................................................................... 87
4.1.2 - Protecção contra defeitos entre fases (50) ........................................................................................ 87
4.1.3 - Protecção contra defeitos à Terra ..................................................................................................... 87
4.1.4 - Religações (79) .................................................................................................................................. 90
4.1.5 - Regime Especial de Exploração ........................................................................................................ 92
4.1.6 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 92
4.2 - PAINEL DE TSA/RN ................................................................................................................................ 93
4.2.1 - Defeitos à Terra (50N) ...................................................................................................................... 93
4.2.2 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 93
4.2.3 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 94
4.3 - PAINEL DA BATERIA DE CONDENSADORES .............................................................................................. 95
4.3.1 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 95
4.3.2 - Defeitos internos (50N) ..................................................................................................................... 95
4.3.3 - Defeitos à terra (50N)........................................................................................................................ 95
4.3.4 - Sobretensões (59) .............................................................................................................................. 95
4.3.5 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 96
4.4 - PAINEL DE CHEGADA DO TP (MT) .......................................................................................................... 96
4.4.1 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 96
4.4.2 - Protecção/Automatismo de Mínimo de Tensão (27) .......................................................................... 96
4.4.3 - Protecção de Máximo de Tensão (59) ............................................................................................... 97
4.4.4 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 97
4.5 - PAINEL TP (AT)....................................................................................................................................... 97
4.5.1 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................... 97
4.5.2 - Defeitos Internos (87) ........................................................................................................................ 98
4.5.3 - Representação Gráfica do sistema de protecções ............................................................................. 99
5- CAPITULO V – REDE MT – TOPOLOGIA C ........................................................................................... 100
5.1 - PAINEL DE SAÍDA MT............................................................................................................................. 101
5.1.1 - Condições de Aplicação .................................................................................................................. 101
5.1.2 - Protecção contra defeitos entre fases (50) ...................................................................................... 101
5.1.3 - Protecção contra defeitos à Terra (50N, 67N) ................................................................................ 101
5.1.4 - Religações........................................................................................................................................ 103
5.1.5 - Representação Gráfica do sistema de protecções ........................................................................... 105
5.2 - PAINEL DE TSA/RN .............................................................................................................................. 105
5.2.1 - Defeitos à Terra (50N) .................................................................................................................... 105
5.2.2 - Defeitos entre Fases ........................................................................................................................ 106
5.2.3 - Representação Gráfica do sistema de protecções ........................................................................... 107
5.3 - PAINEL DE CHEGADA DO TP (MT) ........................................................................................................ 107
5.3.1 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................. 107
5.3.2 - Protecção/Automatismo de Mínimo de Tensão (27) ........................................................................ 107
5.3.3 - Protecção de Máximo de Tensão (59) ............................................................................................. 108
5.3.4 - Representação Gráfica do sistema de protecções ........................................................................... 108
5.4 - PAINEL DA BATERIA DE CONDENSADORES ............................................................................................ 108

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Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

5.4.1 - Defeitos entre Fases (50) ................................................................................................................. 108


5.4.2 - Defeitos internos .............................................................................................................................. 109
5.4.3 - Defeitos à terra ................................................................................................................................ 109
5.4.4 - Sobretensões .................................................................................................................................... 109
5.4.5 - Representação Gráfica do sistema de protecções ........................................................................... 110
5.5 - PAINEL TP (AT)..................................................................................................................................... 110
5.5.1 - Defeitos entre Fases ........................................................................................................................ 110
5.5.2 - Defeitos Internos.............................................................................................................................. 110
5.5.3 - Representação Gráfica do sistema de protecções ........................................................................... 112
6- CAPITULO VI – AUTOMAÇÃO ............................................................................................................... 113
6.1 - SUBESTAÇÃO ........................................................................................................................................ 114
6.1.1 - Regulação automática de Tensão .................................................................................................... 114
6.1.2 - Deslastre/Reposição de Tensão AT ................................................................................................. 114
6.1.3 - Deslastre/Reposição de Tensão MT ................................................................................................ 114
6.1.4 - Deslastre/Reposição de Frequência ................................................................................................ 115
6.1.5 - Controlo Horário da Bateria de Condensadores ............................................................................ 115
6.2 - REDE MT............................................................................................................................................... 115
6.2.1 - Automatismo VT .............................................................................................................................. 115

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Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

1 - CAPITULO I – DEFINIÇÕES E CRITÉRIOS GERAIS

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Capitulo I

1.1 - INTRODUÇÃO E OBJECTIVO


O sistema de Protecção e automação constitui um elemento essencial para o funcionamento
de um sistema eléctrico, de modo que a sua concepção, coordenação e actuação perante
as perturbações que ocorrem na rede condicionam a qualidade e a estabilidade do sistema
eléctrico.
No Sistema Eléctrico da Rede Nacional de Distribuição é fundamental a coordenação entre os
diversos equipamentos, devido ao facto da sua enorme diversificação ao longo dos anos.
Pretende-se com este manual suportar os critérios gerais, definidos nos capítulos II a V, no
apoio à parametrização e regulação das protecções e automatismos na Rede Nacional de
Distribuição (RND).
Em conceitos gerais os critérios definidos pretendem obter um compromisso entre a qualidade
e a continuidade de serviço.
Por outro lado os critérios deverão ter em atenção a realidade dos equipamentos existentes
na rede minorando o impacto de substituição de protecções ou remodelação de instalações.
Adicionalmente aos critérios, contidos no presente manual, será necessário de dispor de
tempos críticos de eliminação de defeitos em cada ponto da rede.
Actualmente iniciaram-se os correspondentes estudos dinâmicos com recurso a ferramentas
de Computação para ajuda à engenharia.
Com base nos estudos, que desenvolveremos no futuro, será necessário proceder a uma
metodologia de revisão deste valores com o objectivo de aferir ou manter os critérios agora
expostos.
Refere-se também que estes critérios serão suportados pela elaboração de um Guia Geral de
Protecções, com todos os cálculos e as justificações teóricas.
No capítulo I pretende-se definir um conjunto de definições gerais que tiveram por base as
escolhas os critérios apresentados nos restantes capítulos
No capitulo II serão apresentados os critérios para a rede de Alta Tensão (60kV), composta por:
Painel de linha AT;
Painel de Barramento AT;
Produtores em Regime Especial em AT (60kV);
Clientes AT.

Nos capítulos III, IV e V serão descritos os critérios para a rede de Média Tensão, composta por:
Painel de linha MT;
Painel de Transformador de Serviços Auxiliares e Reactância de Neutro;
Painel de Bateria de Condensadores;
Painel de Transformador de Potência;
Postos de Seccionamento MT;
Produtores em Regime Especial em MT (≤30kV);
Clientes MT.

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Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

A existência dos capítulos IV e V deve-se à heterogeneidade da rede e dos sistemas de


protecção em Portugal, em relação ao regime de neutro, e por outro lado manter, sempre
que possível, as protecções e automatismos existentes, mesmo que estes não se reportem ao
actual estado da arte na rede eléctrica da RND.
Assim foram actualizados/introduzidos os seguintes conceitos:
Defeito fase-terra permanente para determinados valores;
Utilização de Protecção Diferencial;
Regime Especial de Exploração (REE);
Critérios das ligações de Produtores em Regime Especial (PRE);
Critérios das ligações com clientes AT;
Religação.
Oscilografia
No capítulo VI são explicitados os parâmetros para os automatismo das subestações e da rede
MT. Estes são:
Subestações
Regulação Automática de Tensão
Deslastre e Reposição de Tensão AT
Deslastre e Reposição de Tensão MT
Deslastre e Reposição de Frequência
Controlo Horário da Bateria de Condensadores
Rede MT
Automatismo VT

A RND pretende manter este manual actualizado permanentemente. Para isso recorrerá aos
conhecimentos e evolução dos sistemas eléctricos e editará periodicamente uma nova
revisão.

1.2 - DOCUMENTAÇÃO DE SUPORTE


Para a elaboração deste manual foi tida em consideração a seguinte documentação:
Legislação
Decreto-Lei nº56/97
Decreto Regulamentar nº56/85
Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de Transformação e
Seccionamento
Portaria n.º 596/2010 - Regulamento da Rede de Distribuição (2010)

Relatórios Labelec
RL 04/02 DED-PT: "Parametrização de Protecções Amperimétricas em redes MT"
RL 05/06 DED-PT: "Protecções Homopolares e segurança de pessoas: Sensibilidade
vs Rapidez"
RL 05/07 DED-PT: "Detecção de Condutores Partidos em redes de MT"

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Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

RL 06/12 DED-PT: "Protecção de Reactâncias de Neutro"


RL 07/08 DED: "Revisão do Regime Especial de Exploração"
RL 07/13 DED: "Ante-projecto do Guia de Protecções"
RL 07/12 DED: "Síntese e Conclusões do workshop sobre Sistemas de Protecção"

Relatórios KEMA
40630020-Consulting 08-1090 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part I
40630020-Consulting 08-0591 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part II
40630020-Consulting 08-0593 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part III
40630020-Consulting 08-0601 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part IV
40630020-Consulting 08-0602 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part V
30700150-Consulting 07-1433New setting for phase-to-ground fault protection relays

CAPE – Computer-Aided Protection Engineering.

Relatórios Prof. Pinto de Sá


“Estabilização da Produção em Regime Especial e Requisitos de Protecção e de
Controlo Automático – Relatório nº 1: Instalações de Energia Eólica”, versão 1.3
(Abril de 2009)

Normas Internacionais (IEEE e IEC)


IEEE Std C37.113-1999 Guide for Transmission Line Protection
IEC 60255 : Electrical Relays
IEC 61000-4-11: Electromagnetic compatibility (EMC) - Part 4-11: Testing and
measurement techniques - Voltage dips, short interruptions and voltage variations
immunity tests
NP EN 50160 (2010): Características da tensão fornecida pelas redes de distribuição
pública de energia eléctrica
CEI 60076-7 - Loading guide for oil-immersed power transformers

Dissertação de Mestrado
O Sistema de Protecções na Perspectiva da Segurança de Pessoas em Redes de
MT

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 9
Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo I

Artigos Científicos
Pinto de Sá, J. L. and Louro, M., “On Human Life Risk-Assessment and Sensitive
Ground Fault Protection in MV Distribution Networks”, IEEE Transactions on Power
Delivery, vol. 25, nº 4, Out. 2010, pp 2319-2327

Outra documentação.
Projecto-Tipo de Subestações versão 2006
Guia Técnico das Instalações de Produção Independente de Energia
Relatório Interno RL03/2010/DCQS-AR – Alteração de Protecções de Interligação de
PRE na RND
Relatório interno QST2010 SubProjecto 7.2.1 – Definição de Critérios de Instalação,
Operação e Condução TCMT

1.3 - ABREVIATURAS
Neste manual são utilizadas as seguintes abreviaturas:
AT Alta Tensão
CAPE Computer Aided Protection Engineering
COM Comunicações
CP Protecção de Condutor Partido
Dif Protecção Diferencial
F< Mínimo de Frequência
F> Máximo de Frequência
FFM Monitor de Fusão de fusíveis de TT
GIS Gas-Isolated Switchgear
IEC International Electrotechnical Commission
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers
I> 1º escalão de protecção de Máxima Intensidade
I>> 2º escalão de protecção de Máxima Intensidade
I>>> 3º escalão de protecção de Máxima Intensidade
I0> 1º escalão de protecção de Máxima Intensidade Homopolar
I0>> 2º escalão de protecção de Máxima Intensidade Homopolar
I0d> 1º escalão de protecção de Máxima Intensidade Homopolar Direccional
I0d>> 2º escalão de protecção de Máxima Intensidade Homopolar Direccional
LigDEF Ligação sobre defeito
KEMA Keuring van Elektrotechnische MAterialen
MT Média Tensão
PDist Protecção de Distância

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 10
Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo I

Relig Religação Automática


Salarme Limitador de potência (escalão de alarme)
Sdisparo Limitador de potência (escalão de disparo)
TeleProt Teleprotecção
U< 1º escalão da protecção de Mínimo de Tensão
U<< 2º escalão da protecção de Mínimo de Tensão
U> 1º escalão da protecção de Máximo de Tensão
U0> 1º escalão da protecção de Máximo de Tensão Homopolar
VS Verificador de Sincronismo
REE Regime Especial de Exploração
RNE Regime Normal de Exploração
RND Rede Nacional de Distribuição
RNT Rede Nacional de Transporte

CÓDIGOS ANSI
21 Protecção de Distância
25 Verificação de Sincronismo
27 Protecção de Mínimo de Tensão
50 Protecção de Máxima Intensidade
50BF Detecção de Condutores Partidos
50N Protecção de Máxima Intensidade Homopolar
51N Protecção de Máximo Intensidade Homopolar de Tempo Inverso
59 Protecção de Máximo de Tensão
59N Protecção de Máximo de Tensão Homopolar
67N Protecção de Máxima Intensidade Homopolar Direccional
79 Religação Automática
81 Protecção de Frequência
85 Esquemas de Teleprotecção
87 Protecção Diferencial

1.4 - REDE DE ALTA TENSÃO

1.4.1 - CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DA PROTECÇÃO DIFERENCIAL DE


LINHA(87)
Os critérios a aplicar são os seguintes:
Painéis AT de linhas que liguem a uma instalação da RNT;
Relação SIR (“Source-to-line Impedance Ratio”);

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Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo I

Linhas com e sem cabo de guarda em toda a extensão;


Ligações a clientes ou Produção em Regime Especial;
Ligações em “T” ou derivação.

1.4.2 - OBJECTIVOS DA PROTECÇÃODE DISTÂNCIA (21)


A protecção de Distância tem como objectivo:
Proteger os elementos da rede
Selectividade com protecções a jusante
Detecção de defeitos pouco resistivos

1.4.3 - ESQUEMAS DE TELEPROTECÇÃO (85)


Sempre que possível deverá ser utilizada uma protecção diferencial em vez de um esquema
de teleprotecção.
Sempre que existir possibilidade de comunicação entre os 2 extremos da linha e estas
disporem de protecções de fabricantes distintos ou sendo do mesmo fabricante de versões
diferentes deverá ser implementado um esquema de teleprotecção.
Devem ser utilizados os seguintes critérios:
Linhas exploradas em malha: Esquema POTT (“Permissive Overreach Transfer Trip”)
Linhas sem possibilidade de ligação em malha: “Weak Infeed Logic”
Linhas normalmente exploradas em antena mas com possibilidade de mudança de
alimentação: “Weak Infeed Logic”
Adicionalmente os painéis deverão possuir “Current Reversal Logic”. Contudo, esta
apenas deve estar activa no caso de linhas paralelas.

1.4.4 - PROTECÇÃO DIFERENCIAL (27)


A Protecção Diferencial deverá ter os seguintes objectivos:
Eliminação rápida de defeitos;
Detecção de defeitos resistivos.
Pressupõe-se sempre a existência de uma protecção de distância como “backup”(com 5
zonas funcionamento) à protecção diferencial.
A protecção diferencial poderá ser apenas para Linha ou Linha+Transformador.

1.4.5 - PROTECÇÃO DE MÁXIMA INTENSIDADE (50)


A protecção de Máxima Intensidade deverá terdois conjuntos de parâmetros, de tempos
definidos, em que um conjunto será para situação de sobre carga de rede.

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Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo I

1.4.6 - PROTECÇÃO DE MÁXIMA INTENSIDADE HOMOPOLAR DIRECCIONAL


(67N)
O propósito da protecção de Máxima Intensidade Homopolar é a detecção de defeitos
resistivos.
Serão consideradas as seguintes condições cumulativas:
Tempo Definido;
Tempo Inverso: Curva a Utilizar - Tempo Normalmente Inverso.

A tensão homopolar deve ser medida através dos TT ligados em triângulo aberto para evitar a
perda da MIHD no caso de actuação dos disjuntores BT dos TT de fase.

1.4.7 - PROTECÇÃO DE MÁXIMA INTENSIDADE HOMOPOLAR (50N)


A protecção de Máxima Intensidade Homopolar destina-se a detectar defeitos muito resistivos.
Serão consideradas as seguintes condições cumulativas:
Tempo Inverso: Curva a Utilizar - Tempo Normalmente Inverso
Tempo Definido;

1.4.8 - DETECÇÃO DE CONDUTORES PARTIDOS (50BF)


Esta função de protecção não provoca disparos mas sim sinalizações para o centro de
comando. Serão previstas 2 soluções, tendo em consideração, os fabricantes actuais.

1.4.9 - PROTECÇÃO DE FREQUÊNCIA (81)


No caso de a linha AT ligar a Produtores em Regime Especial a protecção de frequência
deverá estar activa.
Todos os painéis de linha AT deverão ter funções de mínimo e máximo de frequência, em que
cada uma das funções terá pelo menos um conjunto de parâmetros.

1.4.10 - RELIGAÇÕES (79)


No nível de tensão AT só são efectuadas Religações Rápidas com verificação de sincronismo,
caso exista, e apenas para linhas com pelo menos 75% de componente aérea.

1.4.11 - VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO (25)


Em todos os painéis de Linha AT existirão verificadores de sincronismo que tenham as seguintes
funções simultâneas:
Desvio de ângulo;
Desvio de tensão;
Desvio de frequência;

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Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

Patamar alto e baixo de tensão;


Tempo de verificação de sincronismo.

1.4.12 - REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO (REE)


O REE na AT consiste em algumas alterações ao Regime Normal de Exploração (RNE).

1.4.13 - PROTECÇÃO DIFERENCIAL DE BARRAMENTO (87)


Os critérios de aplicação de Protecção Diferencial deverão ser, pelo menos, os seguintes:
Em todas as instalações em GIS.

1.4.14 - PROTECÇÃO/AUTOMATISMO DE MÍNIMO DE TENSÃO (27)


A protecção e o automatismo de mínimo de tensão deverão interagir com a função de
deslastre/reposição definida no Projecto-Tipo de Subestações 2006.
Deve ser previsto em todas as instalações AT: Postos de Corte ou Subestações.
O deslastre por mínimo de tensão provoca o disparo dos disjuntores associados às linhas
definidas como SAIDA.

1.4.15 - INTERLIGAÇÃO PARA PRODUTORES EM REGIME ESPECIAL


Esta secção apresenta as parametrizações que devem ser aplicadas aos Produtores em
Regime Especial (PRE).
No actual Guia Técnico da Instalação de Produção Independente (versão 1990 com
alterações definidas no Despacho de 03-08-2007) definem-se vários tipos de PRE conforme a
topologia da sua ligação à rede eléctrica:
Topologia a) – Ligação à rede de transporte em Muito Alta Tensão (MAT) com o ponto
de ligação na instalação do promotor; Esta topologia á aplicada apenas na RNT.
Topologia b) – Ligação à rede de transporte em AT com o ponto de ligação numa
instalação da RNT;
Topologia c) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com ponto de ligação na
instalação do promotor, sem cargas associadas ao ramal de ligação ou ponto de
ligação na instalação da EDP Distribuição;
Topologia d) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com o ponto de ligação na
instalação do promotor, com cargas associadas ao ramal de ligação.
A topologia c) depende da existência de protecções de frequência na instalação da EDP
Distribuição.
Os parâmetros das protecções de interligação foram definidos no relatório interno
RL03/2010/DCQS-AR que adapta os resultados do relatório “Estabilização da Produção em
Regime Especial e Requisitos de Protecção e de Controlo Automático – Relatório nº 1:
Instalações de Energia Eólica” (versão 1.3) ao Despacho de 03-08-2007 da DGEG.

Regime Especial de Exploração


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Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

O regime especial de exploração deve ser implementado da seguinte forma nos


PRE que cumpram as topologias c) e d): Funções de tensão e frequência com
disparo instantâneo;

Não há definição de REE para a topologia b).

1.4.16 - COORDENAÇÃO COM CLIENTES AT


Segundo o regulamento da Rede de Distribuição (Portaria nº 596/2010, de 30 de Julho) “os
operadores de redes de distribuição devem estabelecer ou acordar as condições a observar
pelos equipamentos de protecção associados às ligações com instalações de outras
entidades e pelas respectivas regulações (…)”. De acordo com o previsto em Diário da
República esta secção visa uniformizar as funções de protecção e estabelecer as
parametrizações para os clientes ligados à rede de Alta Tensão.
Considera-se que o cliente não possui uma rede de distribuição interna ligada directamente à
rede da RND.
As parametrizações que constam desta secção não tiveram em conta as seguintes
especificidades:
Tempo de arranque de motores;
Características térmicas dos equipamentos (Transformador e barramento);
Coordenação com as protecções a jusante.

Entende-se que estes tópicos deverão ser tratados pelo cliente, eventualmente em
colaboração com a RND caso se considere que as parametrizações apresentadas colocam
algum problema ao cliente.
Considera-se que o cliente se liga à rede através de um transformador. Nestas circunstâncias
serão necessárias as seguintes funções de protecção:
Protecção diferencial para o transformador principal
Protecção de MI (1 escalão)
Protecção de MIH (1 escalão)
Protecção de Mínimo de Tensão (1 escalão)
Sempre que o cliente possua mais do que uma alimentação à sua instalação é
adicionalmente requerido:
Painel de linha AT (com as funções definidas neste manual). As regulações serão
fornecidas pela RND.

1.5 - REDE DE MÉDIA TENSÃO


O presente manual tem aplicação em toda a rede de Média Tensão com excepção dos
critérios para as protecções dos transformadores MT/BT.
Este manual visa estabelecer os critérios das regulações das protecções de MT a nível nacional
e só é aplicável nas seguintes condições:

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Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

Regime de neutro com:


Reactância;
Nota: Os valores admissíveis de limite da reactância serão de 300A e de 1000A,
respectivamente para redes predominantemente áreas e subterrâneas.
Resistência;
Nota: Os valores admissíveis de limite da resistência serão de 300A e de 1000A.
Neutro isolado.
Não são realizados trabalhos TET quando a instalação se encontra em neutro isolado. A
realização de trabalhos TET é considerada um regime de exploração de excepção.
Nota: Enquanto o Regime de Neutro for prioritário como isolado, admite-se a
realização de trabalhos TET. Neste caso serão desenvolvidos critérios fora do âmbito
deste manual.
Não se aplica o automatismo de pesquisa de terras.

1.5.1 - LINHA MT
Para a determinação dos critérios de protecção para o painel de Linha MT deverá ser utilizado
o fluxograma da figura seguinte.

Figura 1.1 – Fluxograma para a determinação do tipo de subestação a nível do sistema de


protecções na MT

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Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

Protecção contra defeitos entre fases (50)


A protecção de Máxima Intensidade deverá ter 3 conjuntos de parâmetros, de
tempos definidos em que um conjunto será para situação de sobre carga de rede.

Protecção contra defeitos à Terra (51N, 67N, 50N)


A protecção contra defeitos à terra tem os seguintes objectivos:
Protecção de pessoas devido a tensões indirectas (toque e passo);
Selectividade transversal com outras saídas
Selectividade longitudinal com o DTR e MIH-TP (PHB)
Para tal serão aplicadas 3 funções:
PTR – Protecção de Terras Resistentes
MIHD – Máxima Intensidade Homopolar Direccional
MIH – Máxima Intensidade Homopolar

Protecção de Frequência (81)


No caso de a linha MT ligar a Produtores em Regime Especial a protecção de
frequência deverá estar activa.

Religações (79)
As religações previstas contemplam o funcionamento dos OCR2 espalhados na
rede MT.
As conclusões do trabalho do subgrupo 2.1 do QST2010 foram incorporadas neste
documento.
Os critérios da religação são os seguintes:
Religação Rápida
1ª Religação Lenta
2ª Religação Lenta

A religação embora funcionando com as protecções de Máximo de Fase e


Homopolar, nunca funcionará com os patamares “baixos”.
Em acordo com o Projecto-Tipo as religações rápidas serão despoletadas com os
arranques das protecções enquanto as religações lentas serão despoletadas com
os disparos.
Estão previstas as religações em qualquer regime de neutro.

Regime Especial de Exploração (REE)


Existem dois tipos de REE que consistem nas seguintes alterações ao Regime Normal
de Exploração (RNE).

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Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

REE A:
• Temporização das protecções1 de MI, MIHD e MIH, de modo a evitar
disparos com transitórios observados na rede;
• Religações bloqueadas;
• Temporização do rearme do DTR (quando suportado);
• Defeitos à terra eliminados pela actuação temporizada do DTR;
• Bloqueio da PTR da saída.

REE B:
• Temporização das protecções2 de MI, MIHD;
• Religações bloqueadas;
• Defeitos à terra eliminados pela actuação instantânea do DTR;
• Bloqueio da PTR e MIH da saída.

1.5.2 - PAINEL DE TSA/RN


Neste painel existem duas funções de MIH e outras duas de MIF que têm como objectivo
proteger a reactância e garantir o “backup” das saídas MT.

1.5.3 - PAINEL DA BATERIA DE CONDENSADORES


Neste painel existem uma função de MIH e outras duas de MIF que têm como objectivo
proteger a bateria de condensadores.
Será utilizado também uma função de máximo tensão para evitar a disrupção dieléctrica do
equipamento.
Existe também uma protecção de desequilíbrio de neutro para detectar anomalias num dos
vários elementos da bateria de condensadores. Esta deve ser regulada segundo as
especificações do fabricante.

1.5.4 - PAINEL DE CHEGADA DO TRANSFORMADOR (MT)


Defeitos entre Fases (50)
O principal objectivo é o “backup” às saídas de MT.

Defeitos à Terra (DTR – neutro isolado) (59N)


Tendo em conta que em regime de neutro isolado qualquer fusão de fusível
provoca o disparo do DTR é importante existirem formas de bloquear o DTR nesta
circunstância.

1 Este valor será quase instantâneo (0,02s).


2 Este valor será quase instantâneo (0,02s).

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 18
Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. A


condição de supervisão interna de TT deve ser determinada através da medida das
tensões do semi-barramento e da corrente no TP.
As regulações para a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação o DTR;
Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes.

Protecção/Automatismo de Mínimo de Tensão (27)


A protecção e o automatismo de mínimo de tensão deverão interagir com a
função de deslastre/reposição definida no Projecto-Tipo subestações 2006.
O deslastre por mínimo de tensão provoca o disparo dos disjuntores associados às
linhas definidas como ENTRADA e SAIDA.
A protecção, e o automatismo, de mínimo de tensão deverão ter aplicadas 2
funções:
U< – protecção de tensão para deslastre
• Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da
protecção. A condição de supervisão interna de TT deve ser determinada
através da medida das tensões do semi-barramento e da corrente no TP.
• As regulações para a supervisão interna de TT são:
♦ Estado: Activo e a bloquear a actuação o DTR;
♦ Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes.
U> – protecção de tensão para reposição
Protecção de Máximo de Tensão (59)
Esta função tem como principal critério a protecção de equipamentos na rede.
Deverá interagir com a função de deslastre/reposição definida no Projecto-tipo
subestações 2006.

1.5.5 - PAINEL TRANSFORMADOR (AT)


Defeitos entre Fases (50)
O principal objectivo é o “backup” à protecção diferencial e sobrecarga do
Transformador. Terá uma função com dois conjuntos de parâmetros.

Defeitos Internos (87)


Para a protecção contra defeitos internos utiliza-se uma protecção diferencial.

1.5.6 - COORDENAÇÃO COM POSTOS DE SECCIONAMENTO


Nesta coordenação far-se-á as regulações necessárias para coordenar as protecções entre a
instalação e os postos de seccionamento.

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 19
Guia Geral de Protecção
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Capitulo I

Assume-se que o neutro da rede se encontra ligado à terra através de uma impedância
limitadora ou resistência limitadora.

1.5.7 - COORDENAÇÃO COM CLIENTES MT (PT ATÉ 1600KVA)


De acordo com o previsto no regulamento da Rede de Distribuição (Portaria nº 596/2010, de
30 de Julho) esta secção visa uniformizar as funções de protecção e estabelecer as
parametrizações para a maioria clientes ligados à rede de Média Tensão.
Nesta coordenação pretende-se estabelecer as parametrizações para os clientes com Postos
de Transformação (PT) de potência igual ou inferior a 1600kVA. Caso a potência do cliente
seja superior, ou existam outros constrangimentos, a coordenação de protecções será
analisada tendo em conta as especificidades de cada caso.
Caso o PT seja protegido através de fusíveis esta secção não é aplicável uma vez que as
regulações propostas para as saídas de MT já permitem a coordenação com os fusíveis
recomendados pelos fabricantes de transformadores.

1.5.8 - PROTECÇÃO DE INTERLIGAÇÃO PARA PRODUTORES EM REGIME


ESPECIAL
Esta secção apresenta as parametrizações que devem ser aplicadas aos Produtores em
Regime Especial (PRE).
No actual Guia Técnico da Instalação de Produção Independente (versão 1990 com
alterações definidas no Despacho de 03-08-2007) definem-se vários tipos de PRE conforme a
topologia da sua ligação à rede eléctrica:
Topologia a) – Ligação à rede de transporte em Muito Alta Tensão (MAT) com o ponto
de ligação na instalação do promotor; Esta topologia á aplicada apenas na RNT.
Topologia b) – Ligação à rede de transporte em AT com o ponto de ligação numa
instalação da RNT;
Topologia c) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com ponto de ligação na
instalação do promotor, sem cargas associadas ao ramal de ligação ou ponto de
ligação na instalação da EDP Distribuição;
Topologia d) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com o ponto de ligação na
instalação do promotor, com cargas associadas ao ramal de ligação.
A topologia c) depende da existência de protecções de frequência na instalação da EDP
Distribuição.
Os parâmetros das protecções de interligação foram definidos no relatório interno
RL03/2010/DCQS-AR que adapta os resultados do relatório “Estabilização da Produção em
Regime Especial e Requisitos de Protecção e de Controlo Automático – Relatório nº 1:
Instalações de Energia Eólica” (versão 1.3) ao Despacho de 03-08-2007 da DGEG.
O regime especial de exploração deve ser implementado da seguinte forma nos PRE que
cumpram as topologias c) e d):
Funções de tensão e frequência com disparo instantâneo;

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 20
Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo II

2 - CAPITULO II – REDE AT

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Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo II

2.1 - PAINEL DE LINHA AT

2.1.1 - CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO

O presente documento visa a uniformização das regulações das protecções AT e automação


a nível nacional, na Rede Nacional de Distribuição.

2.1.2 - CRITÉRIOS PARA A INSTALAÇÃO DE PROTECÇÕES DIFERENCIAIS

A instalação de uma protecção diferencial será realizada caso se cumpra um, ou mais, dos
seguintes critérios:

Painéis AT de linhas que liguem a uma instalação da RNT;


Linhas AT que alimentem clientes3;
Linhas AT que alimentem parques eólicos 4;
Linhas que cumpram alguma das seguintes condições:

X mon tan te _ max


Relação SIR = ≥ 45
X linha
Linhas com cabo de guarda em toda a extensão: Reactância Directa da linha
protegida inferior a 1,67Ω: Xd ≤ 1,67 Ω;
Linhas sem cabo de guarda em toda a extensão: Reactância Directa da linha
protegida inferior a 6,67Ω: Xd ≤ 6,67 Ω;
2º Escalão da protecção de distância de linhas adjacentes alcançar o 2º escalão
da protecção de distância da linha a proteger.
Linhas em “T”

2.1.3 - PROTECÇÃO DE DISTÂNCIA (21)

A protecção de Distância tem como objectivo:


Proteger os elementos da rede (danos térmicos)
Selectividade com protecções a jusante
Detecção de defeitos pouco resistivos

3Desde que os encargos sejam suportados pelo cliente.


4Desde que os encargos sejam suportados pelo PRE.
5De acordo com IEEE C37.113-1999.

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Guia Geral de Protecção
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Capitulo II

As parametrizações que se apresentam em seguida referem-se à rede representada na Figura


2.1.
Assume-se que a protecção a ser parametrizada é a da SE A.

Xd SE C Xf
Xa Xb

SE F
SE A Xc Xe
SE B SE D

Figura 2.1 – Rede representativa para o processo de parametrização da protecção de


Distância

Devem ser aplicadas as seguintes regulações:


Critério de Arranque: Z< (mínimo de impedância não direccional);
Característica operacional: Poligonal (parametrizável em alcance resistivo e indutivo);
Corrente Mínima de Operação (I> min): 120% ITI6
Corrente Homopolar Mínima de Operação (3I0> min): 10% ITI
1º Escalão de Actuação:
Direccionalidade: “Forward”;
Xop (alcance indutivo): 0,85*min(Xa+Xb; Xa+Xc);
Rop_FF (alcance resistivo para defeitos entre fases): Xop;
Rop_FT (alcance resistivo para defeitos entre uma fase e a terra): max(2*Xop; Rmin);
Top: 0,0s.
Escalão Alongado7:
Direccionalidade: “Forward”;
Xop (alcance indutivo): 1,2*max(Xa+Xb; Xa+Xc);
Rop_FF (alcance resistivo para defeitos entre fases): Xop;
Rop_FT (alcance resistivo para defeitos entre uma fase e a terra): max(2*Xop; Rmin);
Top: 0,0s.

2º Escalão de Actuação:
Direccionalidade: “Forward”;
Xop (alcance indutivo): 1,2*max(Xa+Xb; Xa+Xc);
Rop_FF (alcance resistivo para defeitos entre fases): Xop;
Rop_FT (alcance resistivo para defeitos entre uma fase e a terra): max(2*Xop; Rmin);

6ITI – Corrente nominal dos TI da linha AT.


7 Utilizado para religações rápidas e esquemas de teleprotecção.

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 23
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Capitulo II

Top: 0,3s (poderá ser de 0,6s se houver necessidade de coordenação com linhas
curtas).
3º Escalão de Actuação:
Direccionalidade: “Forward”;
Xop (alcance indutivo): valor que permita a detecção de defeitos na linha
adjacente mais longa, com “infeeds”, e que não alcance a MT do TP.
Rop_FF (alcance resistivo para defeitos entre fases): Xop;
Rop_FT (alcance resistivo para defeitos entre uma fase e a terra): max(2*Xop; Rmin);
Top: 1,0s.
O “infeed” pode ser determinado através da seguinte expressão:

 N I 
X op = X a + max ( X b , X c ) + max ( X d , X e ) 1 + ∑ i = 2 CCi 
 I CC1 
Em que:
Icc1 – Contribuição para a corrente de defeito por parte da linha a proteger
Icci – Contribuição para a corrente de defeito por parte da linha adjacente i
N – Número de linhas que contribuem para a corrente de defeito

Escalão de Arranque:
Direccionalidade: Não direccional;
Xop (alcance indutivo): 1,2*Xop_3ºescalão (Não poderá alcançar a MT);
Rop_FF (alcance resistivo para defeitos entre fases): 1,2*Xop_3ºescalão;
Rop_FT (alcance resistivo para defeitos entre uma fase e a terra): max(2,4*Xop_3º escalão;
Rmin);
Top: 2,0s.

10 MVA 20 MVA 31,5 MVA 40 MVA


XTP 28,8 Ω 14,4 Ω 12,6 Ω 12,6 Ω
Tabela 2.1 – Valores indicativos de reactâncias directas para transformadores AT/MT (vistas da
AT)

1 Z 
Factor de Compensação da impedância Homopolar: k0 =  h − 1 8
3  Zd 
VN
Bloqueio por Sobrecarga: Z c arg a _ max = 0,9 9
2 3I max

8 Zh - Impedância de sequência homopolar da linha a proteger

Zd - Impedância de sequência directa da linha a proteger

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Capitulo II

Ângulo de Carga: 35º

Ligação sobre defeito:


Activação da Função: Ligação manual do disjuntor;
Tempo em que permanece activa: 1s;
Função de protecção associada: Zalongada

Bloqueio de 2ª harmónica:
 I2H 
 I  = 10%
 1H 

Supervisão de TT interna da protecção:


Estado: Activo e a bloquear a actuação da protecção de Distância;
Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes10.

A resistência mínima dos alcances resistivos (Rmin) é a seguinte:


Linhas com cabo de guarda em toda a extensão: Rmin = 5Ω
Linhas sem cabo de guarda em toda a extensão: Rmin = 20Ω

Além das parametrizações apresentadas devem ser verificadas as seguintes condições:


Z1 < Z2 < Z3 < ZArr
Z1 e Z2 de linhas adjacentes não se sobrepõem
Z3 não alcança os barramentos de MT da rede
Caso as condições não sejam verificadas devem-se realizar alterações na parametrização
para que estas sejam cumpridas.

2.1.4 - ESQUEMAS DE TELEPROTECÇÃO (85)

Sempre que possível deverá ser utilizada uma protecção diferencial em vez de um esquema
de teleprotecção.
Sempre que existir possibilidade de comunicação entre os 2 extremos da linha deverá ser
implementado um esquema de teleprotecção.
Devem ser utilizados os seguintes critérios:
Linhas exploradas em malha: Esquema POTT (“Permissive Overreach Transfer Trip”)

9 I max - Corrente máxima da linha (Imax = min (ITI;Irede).

10Esta
opção deve-se ao facto de não existir uma normalização (CEI) desta função e de cada fabricante
apresentar a sua solução. No guia de protecções serão analisadas detalhadamente todas as soluções
apresentadas pelos fabricantes.

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Capitulo II

Linhas sem possibilidade de ligação em malha: “Weak Infeed Logic”


Linhas normalmente exploradas em antena mas com possibilidade de mudança de
alimentação: “Weak Infeed Logic”;
Adicionalmente os painéis deverão possuir “Current Reversal Logic”. Contudo, esta apenas
deve estar activa no caso de linhas paralelas.
No caso de “falha de comunicações” o esquema de teleprotecção ficará fora de serviço. A
religação rápida, caso esteja activa, passará a ser realizada unicamente com base na Z1 e
Zalongada.

2.1.5 - PROTECÇÃO DIFERENCIAL (87)

A protecção diferencial deve ser sempre utilizada tendo por base os critérios definidos
anteriormente (ver 2.1.2 -) e tem os seguintes objectivos:
Eliminação Rápida de Defeitos;
Detecção de Defeitos resistivos.
Pressupõe-se sempre a existência de uma protecção de distância como “backup” à
protecção diferencial.

A interacção com a Protecção de Distância de “backup” (com 5 zonas funcionamento) é a


seguinte:
Bloqueio da Z1 e Zalongada da protecção de Distância sempre as comunicações
estiverem activas;
Activação da Z1 e Zalongada da protecção de Distância por falha de comunicações;

As parametrizações da protecção diferencial foram baseadas na seguinte definição de


corrente restritiva e corrente diferencial:
Corrente Diferencial: I dif = I ponto1 − I ponto 2 − I ponto 3

Corrente Restritiva:

I ponto1 + I ponto 2
Diferencial de 2 vias: I rest =
2
I ponto1 + I ponto 2 + I ponto 3
Diferencial de 3 vias: I rest =
2
Em que:
Ipontoi – Corrente no ponto de medida i

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Idif

Idif>>

m1
Idif>

Im1 Irest

Figura 2.2 – Característica operacional de uma protecção diferencial de linha

As parametrizações da função diferencial deverão ser as seguintes:


Protecção Diferencial de Linha
Idif>: 0,2*ITI
Idif>>: 10,0*ITI
Top: 0,0s
m1: 25%
Im1: 0,50*ITI
Restrição por segunda harmónica: Desactivada
Restrição por quinta harmónica: Desactivada

Protecção Diferencial de Linha + Transformador


Idif>: 0,2*ITP
Idif>>: 10,0*ITP
Top: Inst.
m1: 35%
m2: 45%
Im1: 0,50*ITP
Im2: 1,20*ITP

Restrição por segunda harmónica: 


 I2H  = 10%
I 
 1H 

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Restrição por quinta harmónica: 


 I5H  = 35%
I 
 1H 

Idif

Idif>>

m2

m1
Idif>

Im1 Im2 Irest

Figura 2.3 – Característica operacional de uma protecção diferencial de linha + transformador

2.1.6 - PROTECÇÃO DE MÁXIMA INTENSIDADE (50)

A protecção de Máxima Intensidade deverá ter as seguintes parametrizações:

Nas linhas que ligam directamente a instalação da RNT:


I>: 1,3*min(ITI; Irede)
T(I>): 2,0s

Nas restantes linhas:


I>: 1,3*min(ITI; Irede)
T(I>): 1,7s
Em que:
Irede – corrente máxima suportada pelo condutor em situação “COLD”

2.1.7 - PROTECÇÃO DE MÁXIMA INTENSIDADE HOMOPOLAR DIRECCIONAL


(67N)

O propósito da protecção de Máxima Intensidade Homopolar é a detecção de defeitos


resistivos. As parametrizações desta função são:

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VN
(Vh )min = 4% = 1400V
3
I0d>: [80A … 200A], sempre que possível deverá ser de 100A ou o valor mais próximo

10º
Ih
Zona Operacional Vh
10º
Zona Não Operacional

Figura 2.4 – Característica operacional da protecção de MIHD


Top (I0d>): Depende de um estudo de coordenação que tenha em conta a estrutura da
rede e correntes de defeito em todos os pontos da rede.
Curva a Utilizar: Tempo Normalmente Inverso
∆T: 0,3s (diferença de tempos de disparo para alcançar a coordenação)

I0d>>: Depende de um estudo de coordenação que tenha em conta a estrutura da


rede e correntes de defeito em todos os pontos da rede.
Top (I0d>>): Depende de um estudo de coordenação que tenha em conta a estrutura
da rede e correntes de defeito em todos os pontos da rede.

A tensão homopolar deve ser medida através dos TT ligados em triângulo aberto para evitar a
perda da MIHD no caso de actuação do disjuntor BT dos TT de fase.

2.1.8 - PROTECÇÃO DE MÁXIMA INTENSIDADE HOMOPOLAR (50N)

A protecção de Máxima Intensidade Homopolar destina-se a detectar defeitos muito resistivos


deverá ter as seguintes parametrizações:
I0>: [80A … 200A], sempre que possível deverá ser de 100A ou o valor mais próximo
T(I0>): Depende de um estudo de coordenação nas condições definidas na secção
1.4.6 -. Esta função de protecção deverá coordenar com a MIHD e as restantes
funções de protecção espalhadas na rede.
Curva a Utilizar: Tempo Normalmente Inverso
∆T: 0,3s (diferença de tempos de disparo para alcançar a coordenação)

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I0>>: Depende de um estudo de coordenação nas condições definidas na secção


1.4.6 -. Esta função de protecção deverá coordenar com a MIHD e as restantes
funções de protecção espalhadas na rede.
T(I0>>): Depende de um estudo de coordenação nas condições definidas na secção
1.4.6 -. Esta função de protecção deverá coordenar com a MIHD e as restantes
funções de protecção espalhadas na rede.

2.1.9 - DETECÇÃO DE CONDUTORES PARTIDOS (50BF)

Os diferentes fabricantes possuem métodos alternativos de detecção de condutores partidos.


Apresentam-se as hipóteses de parametrização mais frequentes:
Solução 1:
Imin>: 10%ITI
Imin/Imax< : 80%
top: 20s (sinalização)

Solução 2:
I2>: 10%ITI
top: 20s (sinalização)

Esta função de protecção não provoca disparos mas sim sinalizações para o centro de
comando.

2.1.10 - PROTECÇÃO DE FREQUÊNCIA (81)

No caso de a linha AT ligar exclusivamente a Produtores em Regime Especial (PRE) deverá


possuir os parâmetros definidos na secção 2.3 - consoante as características do PRE e o seu
tipo de ligação.

2.1.11 - RELIGAÇÕES (79)

No nível de tensão AT só são efectuadas Religações Rápidas com verificação de sincronismo,


caso exista, e apenas para linhas com pelo menos 75% de componente aérea.
As funções de protecção que activam a religação rápida são:
Protecção de Distância: Z1 e Zalongada
Protecção Diferencial (caso exista)11.

11Nocaso de existência de protecção diferencial apenas esta executa religações rápidas. A Z1 e Zalongada
encontram-se bloqueadas.

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As parametrizações da religação rápida são:


Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 0,3s
Tempo de encravamento: 5s.

Para a realização da religação devem ser verificadas as condições da Tabela 2.2.

Linha
Viva Morta
Vivo Há religação Há religação
Barramento
Morto Há religação Não há religação
Tabela 2.2 – Condições para a ocorrência de uma religação automática

A religação manual é efectuada sem necessidade de verificar as condições da Tabela 2.2.

2.1.12 - VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO (25)

O verificador de sincronismo deverá ter os seguintes parâmetros:


Desvio de ângulo: 10º
Desvio de tensão: 20%Vn
Desvio de frequência: 0,2Hz
Patamar alto de tensão: 80%Vn
Patamar baixo de tensão: 20%Vn
Tempo máximo de verificação de sincronismo: 5s

2.1.13 - REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO (REE)

O REE na AT consiste nas seguintes alterações ao Regime Normal de Exploração (RNE):


Bloqueio das religações;
Disparo instantâneo do 1º escalão e 2º escalão de protecção de Distância;
Disparo por actuação do “WatchDog”;
Disparo por supervisão de TTs;
Disparo instantâneo da protecção de MIHD e MIH.

No caso dos respectivos painéis não possibilitarem a implementação de todas as condições


referidas anteriormente (p. ex.: as unidades de protecção não disponibilizam a informação de
“Watchdog”; o sistema de protecção do painel não inclui ambas as funções de protecção

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MIHD e MIH; não está previsto o disparo por supervisão de TT´s), as condições mínimas de
viabilização da exploração do painel em REE são:
Bloqueio das religações;
Disparo instantâneo do 1º escalão e 2º escalão da protecção de distância;
Disparo instantâneo de MIF, caso ocorra o disparo do disjuntor BT dos TT´s;
Disparo instantâneo duma função de protecção de máximo intensidade homopolar
(MIHD ou MIH).

2.1.14 - LOCALIZADOR DE DEFEITOS

A função de localização de defeito12 deverá ser activada com o disparo da protecção:


Distância (21) - Zona 1;
Distância (21) - Zona 2;
Distância (21) - Zona Alongada;
Diferencial de Linha (87).
Os parâmetros a ser utilizados são os seguintes:
Linhas com cabo de guarda a toda a extensão ou cabos subterrâneos
Os parâmetros da linha, ou cabo, calculados de acordo com a disposição de
condutores e a sua constituição13;
Linhas sem cabo de guarda a toda a extensão
Os parâmetros da linha calculados para a extensão sem cabo de guarda;
Se a protecção tiver possibilidade de definição de pelo menos 3 troços de linha
devem ser colocados os parâmetros referentes aos troços de linha com e sem
cabo de guarda.

2.1.15 - RECOLHA DE OSCILOGRAFIAS


No mínimo, a oscilografia deverá registar os seguintes sinais:
Analógicos:
VA (tensão fase-terra na fase A);
VB (tensão fase-terra na fase B);
VC (tensão fase-terra na fase C);
VN (tensão de neutro – TT triângulo aberto14);
Vlinha (tensão no TT de linha para verificação de sincronismo);

12A função de localização de defeito apenas determina uma estimativa de distância entre o
ponto onde se encontra instalada a protecção e o local de defeito.
13 Podem ser utilizados os dados típicos de linhas fornecidos pela DPL.
14 Caso exista.

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IA (corrente na fase A);


IB (corrente na fase B);
IC (corrente na fase C);
IN (corrente de neutro15);
Digitais:
Posição do Disjuntor de painel;
Sinalização de disparo da protecção;
Arranque e disparo das funções de protecção: Distância; Diferencial (caso exista);
Máxima Intensidade 1º escalão (I>); Máxima Intensidade 2º escalão (I>>); Máxima
Intensidade Homopolar (I0>); Máxima Intensidade Homopolar Direccional 1º
escalão (I0d>); Máxima Intensidade Homopolar Direccional 2º escalão (I0d>>);
Detecção de Condutores Partidos; Frequência.

Os parâmetros de recolha de oscilografia são os seguintes:


Tempo de pré-defeito: 0,1s
Tempo máximo de defeito: 2,2s
Tempo de pós-defeito: 0,1s

A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na Tabela 2.3.
Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
Zona 1 X
Zona Alongada X
Distância Zona 2 X
Zona 3 X
Zona de Arranque X
Diferencial Dif. X
I> X
Máxima Intensidade
I>> X

Máxima Intensidade I0d> X


Homopolar Direccional I0d>> X

Máxima Intensidade I0> X


Homopolar I0>> X
Condutor Partido CP X

15 Caso seja utilizado um esquema de ligação “Holmgreen”.

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F< X
Frequência
F> X
Verificador de
VS X16
Sincronismo

Tabela 2.3 – Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia no painel de linha
AT
O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;

2.1.16 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

a) b)

Figura 2.5 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de linha AT: a) –
com protecção diferencial; b) – sem protecção diferencial.

16 A recolha da oscilografia deve ser despoletada pela ordem de fecho de disjuntor


proveniente do verificador de sincronismo.

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2.2 - PAINEL DE BARRAS AT


2.2.1 - CRITÉRIOS PARA A INSTALAÇÃO DE PROTECÇÕES DIFERENCIAIS DE
BARRAMENTO

A instalação de uma protecção diferencial de barramento será realizada caso se cumpra um,
ou mais, dos seguintes critérios:
Em todas as instalações em GIS.

2.2.2 - PROTECÇÃO DIFERENCIAL DE BARRAMENTO (87)

A protecção diferencial de barramento deverá ter as seguintes parametrizações:


Idif> (alarme): 10% ITI (maior TI da zona de protecção)
top(Idif>): 5,0s
Idif>> (disparo): 100% ITI (maior TI da zona de protecção)
top(Idif>): 0,0s
k (relação de funcionamento): 0,8

2.2.3 - VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO (25)

O verificador de sincronismo deverá ter os seguintes parâmetros:


Desvio de ângulo: 10º
Desvio de tensão: 20%Vn
Desvio de frequência: 0,2Hz
Patamar alto de tensão: 80%Vn
Patamar baixo de tensão: 20%Vn
Tempo máximo de verificação de sincronismo: 5s

2.2.4 - RECOLHA DE OSCILOGRAFIAS


No painel de barras AT existem duas protecções independentes: mínimo de tensão; e
diferencial. A recolha de oscilografias é descriminada entre estas duas protecções.

Protecção Diferencial de Barras

No mínimo, a oscilografia deverá registar os seguintes sinais:


Analógicos:
IA (corrente na fase A) em todos os painéis abrangidos por esta protecção;
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IB (corrente na fase B) em todos os painéis abrangidos por esta protecção;


IC (corrente na fase C) em todos os painéis abrangidos por esta protecção;
Digitais:
Posição dos Disjuntores afectos à protecção diferencial de barras;
Posição do Disjuntor Inter-Barras;
Sinalização de disparo da protecção;
Sinalização de disparo das funções de protecção Idif> e Idif>>.
Os parâmetros de recolha de oscilografia são os seguintes:
Tempo de pré-defeito: 0,1s
Tempo máximo de defeito: 2,2s
Tempo de pós-defeito: 0,1s

A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.

Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
Idif> X
Mínimo de Tensão
Idif>> X

Tabela 2.4 – Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia na protecção


diferencial de barras do painel de barras AT

O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;

Protecção de Mínimo de Tensão

No mínimo, a oscilografia deverá registar os seguintes sinais:


Analógicos:
VA (tensão fase-terra na fase A);
VB (tensão fase-terra na fase B);
VC (tensão fase-terra na fase C);
Digitais:

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Posição dos Disjuntores afectos à protecção diferencial de barras;


Posição do Disjuntor Inter-Barras;
Sinalização de disparo da protecção;
Arranque e disparo da função de protecção de mínimo de tensão.

Os parâmetros de recolha de oscilografia são os seguintes:


Tempo de pré-defeito: 0,1s
Tempo máximo de defeito: 5,5s
Tempo de pós-defeito: 0,1s
A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.
Despoletamento da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
Mínimo de Tensão U< X
Verificador de
VS X17
Sincronismo

Tabela 2.5 – Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia na protecção


diferencial de barras do painel de barras AT

2.2.5 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 2.6 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de barras AT

17 A recolha da oscilografia deve ser despoletada pela ordem de fecho de disjuntor


proveniente do verificador de sincronismo.

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2.3 - INTERLIGAÇÃO DE PRODUTORES EM REGIME ESPECIAL


2.3.1 - OBJECTIVO

Esta secção apresenta as parametrizações que devem ser aplicadas aos Produtores em
Regime Especial (PRE).
No actual Guia Técnico da Instalação de Produção Independente (versão 1990 com
alterações definidas no Despacho de 03-08-2007) definem-se vários tipos de PRE conforme a
topologia da sua ligação à rede eléctrica:
Topologia a) – Ligação à rede de transporte em Muito Alta Tensão (MAT) com o ponto
de ligação na instalação do promotor; Esta topologia á aplicada apenas na RNT.
Topologia b) – Ligação à rede de transporte em AT com o ponto de ligação numa
instalação da RNT;
Topologia c) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com ponto de ligação na
instalação do promotor, sem cargas associadas ao ramal de ligação ou ponto de
ligação na instalação da EDP Distribuição;
Topologia d) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com o ponto de ligação na
instalação do promotor, com cargas associadas ao ramal de ligação.
A topologia c) depende da existência de protecções de frequência na instalação da EDP
Distribuição.
Os parâmetros das protecções de interligação foram definidos no relatório interno
RL03/2010/DCQS-AR que adapta os resultados do relatório “Estabilização da Produção em
Regime Especial e Requisitos de Protecção e de Controlo Automático – Relatório nº 1:
Instalações de Energia Eólica” (versão 1.3) ao Despacho de 03-08-2007 da DGEG.
A medida da tensão para as funções de protecção deve ser realizada pela tensão composta
ou pela componente directa da tensão. A utilização da tensão simples para este efeito
traduzir-se-á num elevado número de disparos intempestivos para o PRE.
A medida da frequência para as funções de protecção deve ser realizada através da tensão
composta ou da componente directa da tensão. A utilização da tensão simples para este
efeito poderá traduzir-se num elevado número de disparos intempestivos para o PRE.

2.3.2 - TOPOLOGIA C)

Nas figuras seguintes apresenta-se de forma esquemática os casos abrangidos pela topologia
c) para redes AT.

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Figura 2.7 – Representação das situações de aplicação da topologia c) de PRE na rede AT

As regulações para das funções de protecção são:


Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U<: 85%VN
top (U<): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s18
U<<: 105%Vbloqueio19
top (U<<): 0,00s…0,1s20
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s20

18 Este valor é de 2,4s caso sejam cumpridos os valores de MI para a rede AT definidos neste relatório
19 Tensão de bloqueio das funções de frequência
20 O tempo de operação da protecção não pode exceder o valor de 0,12s

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U0>: 5% VN
top (U0>): maior Top MIH/MIHD da rede AT de inserção + 0,4s
U0>>: 50% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s20

Protecção de Frequência (81)


f<: 47,5Hz
top (f<): 0,00s…0,1s20
f>: 51,5Hz
top (f>): 0,00s…0,1s20
Vbloqueio: 20%VN21

Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig
top (I>): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18
I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

Limitação de Potência Aparente


S>: Slic
top (S>): 180s
Em que:
Slig - Potência de Ligação definida pela DGEG
Ilig – Corrente correspondente à potência de ligaçãopara a tensão nominal
Vbloqueio – Tensão de bloqueio das funções de frequência

Requisitos técnicos:
No PN LAT da instalação da REN, no qual o PRE interliga, a função religação deverá
estar condicionada à ausência de tensão na linha; caso contrário esta função deverá
ficar fora de serviço. No caso de o PRE interligar a um PN LAT duma instalação da EDIS,
a função religação deverá estar condicionada à verificação de condições de
sincronismo; caso contrário esta função deverá ficar fora de serviço.
Caso ocorram situações de funcionamento da instalação do PRE em ilha, será
necessária a implementação de esquemas comunicantes – teleprotecção –
associados aos Sistemas de Protecção (SP) da RND AT, de forma a proceder à
colocação fora de serviço do PRE (através de transferência de disparo para o disjuntor

21No caso de a protecção não permitir a parametrização deste valor utilizar-se-á o valor mais
aproximado.

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Capitulo II

do PN LAT dedicado para interligação do PRE na instalação da EDIS), caso o(s)


disjuntor(es) do lado da alimentação da REN tenha(m) disparado.

Para parques eólicos com capacidade de “Low Voltage Ride Through” (definida no
Regulamento da Rede de Distribuição, anexo II da portaria 596/2010) as regulações são:

Protecção de Tensão (27, 59, 59N)


U<: 80%VN
top (U<): 1,6s
U<<: 25%Vbloqueio
top (U<<): 0,6s
U<<<: 18%Vbloqueio
top (U<<<): 0,00…0,01s20
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,01s20
U0>: 5% VN
top (U0>): maior Top MIH/MIHD da rede AT de inserção + 0,4s
U0>>: 50% VN
top (U0>): 0,00s…0,01s20

Protecção de Frequência (81)


f<: 49,5Hz
top (f<): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18
f<<: 47,5Hz
top (f<<): 0,00s…0,01s20
f>: 50,5Hz
top (f>): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18
f>>: 51,5Hz
top (f>>): 0,00s…0,01s20
Vbloqueio:20%VN

Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig
top (I>): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18
I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

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Limitação de Potência Aparente


S>: Slig
top (S>): 180s

Requisitos técnicos:
No PN LAT da instalação da REN, no qual o PRE interliga, a função religação deverá
estar condicionada à ausência de tensão na linha; caso contrário esta função deverá
ficar fora de serviço. No caso do PRE interligar a um PN LAT duma instalação da EDIS, a
função religação deverá estar condicionada à verificação de condições de
sincronismo; caso contrário esta função deverá ficar fora de serviço.
A função de protecção de frequência deverá operar para o valor mínimo de tensão
de 20%VN.
Caso ocorram situações de funcionamento da instalação do PRE em ilha, será
necessária a implementação de esquemas comunicantes – teleprotecção –
associados aos SP´s da RND AT, de forma a proceder à colocação fora de serviço do
PRE (através de transferência de disparo para o disjuntor do PN LAT dedicado para
interligação do PRE na instalação da EDIS), caso o(s) disjuntor(es) do lado da
alimentação da REN tenha(m) disparado.

Figura 2.8 – Representação gráfica das funções de protecção para PRE com topologia c)

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2.3.3 - TOPOLOGIA D)

Nas figuras seguintes apresenta-se de forma esquemática os casos abrangidos pela topologia
d) para redes AT.

Figura 2.9 – Representação das situações de aplicação da topologia d) de PRE na rede AT

As regulações para das funções de protecção são:


Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U<: 85%VN
top (U<): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18
U<<: 105%Vbloqueio19
top (U<<): 0,00s…0,1s20
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s20
U0>: 5% VN

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top (U0>): maior Top MIH/MIHD da rede AT de inserção + 0,4s


U0>>: 50% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s20

Protecção de Frequência (81)


f<: 49,5Hz
top (f<): 0,00s…0,1s20
f>: 50,5Hz
top (f>): 0,00s…0,1s20
Vbloqueio:20%VN21

Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig
top (I>): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18
I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

Limitação de Potência Aparente


S>: Slic
top (S>): 180s

Requisitos técnicos:
No PN LAT da instalação da EDIS, no qual o PRE interliga, a função religação deverá
estar condicionada à verificação de condições de sincronismo, ou em alternativa
deverá estar previsto o teledisparo do disjuntor de interligação do PRE; caso contrário
as funções de protecção de máximo de tensão homopolar e mínimo de tensão não
deverão ser temporizadas.

Caso não exista verificação de sincronismo no PN AT da instalação da RND e não exista


teledisparo do disjuntor de interligação do PRE as regulações são as seguintes:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U<: 85%VN
top (U<): 0,00s…0,1s20
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s20
U0>: 5% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s20

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Protecção de Frequência (81)


f<: 49,5Hz
top (f<): 0,00s…0,1s20
f>: 50,5Hz
top (f>): 0,00s…0,1s20
Vbloqueio: 20%VN21

Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig
top (I>): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18
I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

Limitação de Potência Aparente


S>: Slig
top (S>): 180s

Para parques eólicos com capacidade de “Low Voltage Ride Through” (definida no
Regulamento da Rede de Distribuição, anexo II da portaria 596/2010) as regulações são:

Protecção de Tensão (27, 59, 59N)


U<: 80%VN
top (U<): 1,6s
U<<: 25%Vbloqueio
top (U<<): 0,6s
U<<<: 18%Vbloqueio
top (U<<<): 0,00…0,1s20
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s20
U0>: 5% VN
top (U0>): maior Top MIH/MIHD da rede AT de inserção + 0,4s
U0>>: 50% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s20

Protecção de Frequência (81)


f<: 49,5Hz

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top (f<): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18


f<<: 47,5Hz
top (f<<): 0,00s…0,1s20
f>: 50,5Hz
top (f>): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18
f>>: 51,5Hz
top (f>>): 0,00s…0,1s20
Vbloqueio: 20%VN21

Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig
top (I>): maior Top Z</MI da rede AT de inserção + 0,4s [2,4s]18
I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

Limitação de Potência Aparente


S>: Slic

Requisitos técnicos:
Necessária implementação do teledisparo do disjuntor de interligação do PE, na
sequência da actuação dos SP´s do PN LAT da instalação da EDIS, no qual o PE se
encontra ligado.
Caso se verifique que as regulações da protecção de mínimo de tensão do PE
inviabilizam sistematicamente o sucesso da religação rápida do(s) disjuntor do lado da
alimentação da REN, será necessária a implementação de esquemas comunicantes –
teleprotecção – associados aos SP´s da RND AT, de forma a proceder à colocação
fora de serviço do PE (através de transferência de disparo para o disjuntor de
interligação na instalação do PE ), caso o(s) disjuntor do lado da alimentação da REN
tenha disparado.

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Figura 2.10 – Representação gráfica das funções de protecção para PRE com topologia d)

2.3.4 - REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO

O regime especial de exploração deve ser implementado da seguinte forma nos PRE que
cumpram as topologias c) e d):
Funções de tensão e frequência com disparo instantâneo;
O PRE terá de poder ser colocado em REE através de telecomando.

2.4 - COORDENAÇÃO COM CLIENTES AT


2.4.1 - OBJECTIVO
Esta secção pretende estabelecer as parametrizações para os clientes ligados à rede de Alta
Tensão.
Considera-se que o cliente não possui uma rede de distribuição interna ligada directamente à
rede da EDP Distribuição.
As parametrizações que constam desta secção não tiveram em conta as seguintes
especificidades:
Tempo de arranque de motores;
Características térmicas dos equipamentos (Transformador e barramento);
Coordenação com as protecções a jusante.

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Entende-se que estes tópicos deverão ser tratados pelo cliente, eventualmente em
colaboração com a EDP Distribuição caso se considere que as parametrizações apresentadas
colocam algum problema ao cliente.
Considera-se que o cliente se liga à rede através de um transformador. Nestas circunstâncias
serão necessárias as seguintes funções de protecção:
Protecção diferencial para o transformador principal
Protecção de MI (1 escalão)
Protecção de MIH (1 escalão)
Protecção de Mínimo de Tensão (1 escalão)

Sempre que o cliente possua mais do que uma alimentação à sua instalação é
adicionalmente requerido:
Painel de linha AT (com as funções definidas na secção 2.1 - deste documento). As
regulações serão fornecidas pela EDP Distribuição.

2.4.2 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)


Devem ser aplicadas as seguintes regulações para o primeiro escalão de protecção:
I>: 1,2*Icontratada
t(I>): 1,3s
Em que:
Icontratada – Corrente correspondente à potência contratada para a tensão nominal

2.4.3 - DEFEITOS À TERRA (50N)


Devem ser aplicadas as seguintes regulações:
I0>: 0,4* Icontratada
t(I>): 0,3s

2.4.4 - PROTECÇÃO DE MÍNIMO DE TENSÃO (27)


Devem ser aplicadas as seguintes regulações:
U<: 85%VN
t(U<): 3s

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2.4.5 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 2.11 – Representação gráfica das funções de protecção para clientes AT

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3 - CAPITULO III – REDE MT – TOPOLOGIA A

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3.1 - PAINEL DE SAÍDA MT

3.1.1 - CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO


O presente documento visa estabelecer os critérios das regulações das protecções de MT a
nível nacional e só é aplicável nas seguintes condições:
Regime de neutro com reactância, resistência limitadora ou neutro isolado;
Não são realizados trabalhos TET quando a instalação se encontra em neutro isolado. A
realização de trabalhos TET é considerada um regime de exploração de excepção.

3.1.2 - PROTECÇÃO CONTRA DEFEITOS ENTRE FASES (50)


Devem ser aplicadas as seguintes regulações:

10kV 15kV 30kV Top (s)

I> 1,4*IN 1,4*IN 1,4*IN 1,0s


I>> 2,0*IN 2,0*IN 2,0*IN 0,535
I>>> 4000 A 2000 A 1500 A 0,136
Tabela 3.1– Regulações das funções de protecção de fases
Em que:
IN – min(Irede; ITI)
Irede – corrente máxima suportada pelo condutor em situação COLD
ITI – corrente nominal do TI

Em todos os casos terá de ser verificado se: I>> das saídas é menor que I> do TP.

( I >> ) saída < ( I > )TP


Se esta condição não se verificar deverá ser averiguada a possibilidade de reduzir o valor de I>>
da saída.

As funções I>> e I>>> devem ser bloqueadas por corrente de 2ª harmónica caso esta
funcionalidade esteja disponível no módulo de protecção. A condição de bloqueio é a seguinte:

I2h/I1h ≥ 15%

35Pode ser aumentado para 0,7s se existir necessidade de coordenar com Postos de seccionamento a
jusante.
36Pode ser aumentado para 0,3s se existir necessidade de coordenar com Postos de seccionamento a
jusante.

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3.1.3 - PROTECÇÃO CONTRA DEFEITOS


DEF À TERRA (51N, 67N, 50N)
A protecção contra defeitos à terra tem os seguintes objectivos:
Protecção de pessoas devido a tensões indirectas (toque e passo);
Selectividade
ctividade transversal com outras saídas;
saídas
Selectividade longitudinal com o DTR e MIH-TP
MIH (PHB).

Para tal existem 3 funções:


PTR – Protecção de Terras Resistentes
R
MIHD – Máxima Intensidade Homopolar Direccional
MIH – Máxima Intensidade Homopolar

Figura 3.1 – Protecção contra defeitos à terra de uma saída MT

3.1.3.1 Parametrização da PTR (51N)


A regulação da PTR não depende do regime de neutro. Deve ser utilizada uma curva do tipo CEI
60255 “Long Time Inverse” (α = 1; β = 120). As características
ísticas devem ser as seguintes:
Iop = 2 A
TM = 0,4
A medida de corrente da PTR provém do TI toroidal.
A PTR deverá estar limitada no seu tempo de actuação mínimo entre os valores 1,23s e 2,53s.
Preferencialmente deverá ser utilizado o valor de 1,23s.

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  1,23; 2,5337


Nota: Em substituição da curva CEI “Long Time Inverse” pode ser utilizada uma curva do tipo CEI
60255 muito inversa (α = 1; β = 13,5) com os seguintes parâmetros: Iop = 2A; TM = 3,55.

3.1.3.2 Parametrização da MIHD (67N)


Existem vários tipos de características para a protecção de MIHD. A designação de MIHD
utilizada neste documento assume que a direccionalidade é determinada através da diferença
angular entre a tensão e corrente homopolar(verFigura 3.2).

α
Ih
Zona Operacional Vh

Zona Não Operacional

Figura 3.2 – Característica operacional de uma protecção de MIHD

A regulação da MIHD depende do regime de neutro. Devem ser utilizadas as regulações


expressas naTabela 3.2.

Reactância Reactância Neutro


Resistência
300A 1000A Isolado
Iop 40A 40A 40A 2A

(Vh )min 2%VN/√3 2%VN/√3 2%VN/√3 5%VN/√3


38

α 10º 15º 45º 90º


top 0,5s 0,5s 0,5s 0,5s
Tabela 3.2 – Parametrizações da protecção de MIHD

Dado que a protecção MIHD apresenta um comportamento mais selectivo em regime de neutro
isolado e que a PTR pode não ser selectiva a corrente operacional da MIHD é de 2A.

37 Se a zona de operação da protecção inversa for limitada a 20*Iop (tal como especificado na

norma CEI60255) ou a 40*Iop esta condição é verificada.

 VA + VB + VC 
38 Vh – Tensão homopolar  Vh = 
 3 

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A medida de corrente da MIHD provém do TI toroidal.


Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. As regulações para
a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação a MIHD;
Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes39.
A medida da tensão homopolar será feita através dos TT em triângulo aberto.

Nota: Nos valores calculados para as reactâncias de 300A e de 1000A assumiu-se uma relação
X/R igual a 3. Caso seja superior a protecção MIHD poderá não detectar defeitos.

3.1.3.3 Parametrização da MIH (50N)


A parametrização da MIH é independente do regime de neutro da instalação. Devem ser
utilizadas as seguintes parametrizações:
Iop = 90 A (Deve ser verificado que a contribuição capacitiva da saída não é superior a
este valor)
Top = 0,15s40
No caso da contribuição capacitiva da saída ser superior a 90A deve-se calcular a corrente
operacional da seguinte forma:
Iop = 1,3*Icap
Em que:
Icap – Corrente capacitiva máxima em situação de recurso na saída
A medida de corrente da MIH provém da soma dos TI de fase.

3.1.4 - PROTECÇÃO DE FREQUÊNCIA (81)


No caso de a linha MT ligar a Produtores em Regime Especial a protecção de frequência deverá
estar activa e com parametrizações compatíveis com a secção 3.8 - .

3.1.5 - RELIGAÇÕES (79)


As religações previstas neste ponto contemplam o funcionamento dos OCR2 espalhados na rede
MT. As conclusões do trabalho do subgrupo 2.1 do QST2010 foram incorporadas neste
documento.

3.1.5.1 Parâmetros da religação


Os parâmetros da religação são os seguintes:

39Esta opção deve-se ao facto de não existir uma normalização desta função e de cada fabricante
apresentar a sua solução. No guia de protecções serão analisadas detalhadamente as opções de cada
fabricante.
40Pode ser aumentado para 0,5s caso exista necessidade de coordenar com Postos de Seccionamento a
jusante.

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Religação Rápida
Temporização: 0,05s
Tempo de isolamento: 0,3s
Tempo de encravamento: 60s

1ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 15,0s
Tempo de encravamento: 60s.

2ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 30,0s
Tempo de encravamento: 60s.

3.1.5.2 Neutro com reactância ou resistência limitadora


As seguintes religações encontram-se previstas para regime de neutro com reactância ou
resistência limitadora:

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I0>_PTR X X

I0d> X X

I0>> X X

Tabela 3.3 – Religações para as protecções contra defeitos à terra (Reactância ou resistência de
neutro)

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I>

I>> X X

I>>>

Tabela 3.4 – Religações para as protecções contra defeitos entre fases (Reactância ou
resistência de neutro)

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3.1.5.3 Neutro Isolado


As seguintes religações encontram-se previstas para regime de neutro isolado:

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I0>_PTR X X

I0d> X X

I0>>

Tabela 3.5 – Religações para as protecções contra defeitos à terra (Neutro Isolado)

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I>

I>> X X

I>>>

Tabela 3.6 – Religações para as protecções contra defeitos entre fases (Neutro Isolado)

3.1.6 - DETECÇÃO DE CONDUTORES PARTIDOS (50BF)

Os diferentes fabricantes possuem métodos alternativos de detecção de condutores partidos.


Apresentam-se as hipóteses de parametrização mais frequentes:
Solução 1
Imin>: 10%ITI
Imin/Imax< : 80%
top: 20s (sinalização)
Solução 2
I2>: 10%ITI
top: 20s (sinalização)

Esta função de protecção não provoca disparos mas sim sinalizações para o centro de
comando.

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3.1.7 - VERIFICAÇÃO DE SINCRONISMO (25)

O verificador de sincronismo deverá ter os seguintes parâmetros:


Desvio de ângulo: 10º
Desvio de tensão: 20%Vn
Desvio de frequência: 0,2Hz
Patamar alto de tensão: 80%Vn
Patamar baixo de tensão: 20%Vn
Tempo máximo de verificação de sincronismo: 5s

3.1.8 - VERIFICAÇÃO DA PRESENÇA DE TENSÃO

No caso da existência de verificadores de presença de tensão os parâmetros são os seguintes:


Tensão de permissão de ligação: 20%VN
Tempo máximo confirmação: 5s
O Despacho terá sempre possibilidade de emitir uma ordem de ligação manual sem
interferência do verificador de sincronismo.

3.1.9 - REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO (REE)


Existem 2 tipos de REE que consistem nas seguintes alterações ao Regime Normal de Exploração
(RNE) para:
REE A:
Temporização das protecções de MI, MIHD e MIH em 0,02s
Religações Bloqueadas
Temporização do rearme do DTR (quando suportado – trearme = 0,6s)
Defeitos à Terra eliminados pelo DTR (top = 1,5s e Iop = 2,0A)
Bloqueio da PTR da saída

REE B:
Temporização das protecções de MI, MIHD em 0,02s
Religações Bloqueadas
Defeitos à Terra eliminados pelo DTR (top = 0s e Iop = 2,0A)
Bloqueio da PTR e MIH da saída

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3.1.10 - LOCALIZADOR DE DEFEITOS

A função de localização de defeito deverá apenas ser activada pelo Disparo ou Religação
Rápida das seguintes funções de protecção:
Protecção contra defeitos entre fases (50)
I>;
I>>;
I>>>;
Protecção contra defeitos à terra
I0d>;
I0>>.

O parâmetro a ser utilizado é o seguinte:


K0 = 1,0

3.1.11 - RECOLHA DE OSCILOGRAFIAS


No mínimo, a oscilografia deverá registar os seguintes sinais:
Analógicos:
VA (tensão fase-terra na fase A);
VB (tensão fase-terra na fase B);
VC (tensão fase-terra na fase C);
VN (tensão de neutro – TT triângulo aberto41);
IA (corrente na fase A);
IB (corrente na fase B);
IC (corrente na fase C);
IN (corrente de neutro no TI toroidal);
Digitais:
Posição do Disjuntor de painel;
Sinalização de disparo da protecção;
Sinalização de arranque e disparo das seguintes funções de protecção: Máxima
Intensidade 1º escalão (I>); Máxima Intensidade 2º escalão (I>>); Máxima Intensidade
3º escalão (I>>>); PTR (I0>); Máxima Intensidade Homopolar Direccional (I0d>); Máxima
Intensidade Homopolar (I0>>); Sub Frequência (F<); Sobre Frequência (F>); Condutores
Partidos.

Os parâmetros de recolha de oscilografia são os seguintes:

41 Caso exista.

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Tempo de pré-defeito: 0,1s


Tempo máximo de defeito: 2,2s
Tempo de pós-defeito: 0,1s

A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na Tabela 3.7.

Despoletarda Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
I> X
Máxima Intensidade I>> X
I>>> X

Máxima Intensidade I0> (PTR) X


Homopolar I0>> X
Máxima Intensidade
I0d> X
Homopolar Direccional
Condutor Partido CP X
F< X
Frequência
F> X
Condutor Partido CP X

Tabela 3.7 – Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia no painel de saída
MT
O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;

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3.1.12 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 3.3 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de saída MT

3.2 - PAINEL DE TSA/RN


3.2.1 - DEFEITOS À TERRA (50N)

3.2.1.1 DTR – Detector de Terras resistentes


A parametrização do DTR, excepto em regime de neutro isolado (nesta situação o DTR é
realizado pela protecção do painel de chegada MT), é a seguinte:
I0> = 5A
Top = 180s42

O valor de operação poderá ser superior a 5A desde que a rede alimentada seja constituída
exclusivamente por cabos subterrâneos e se a corrente de desequilíbrio em situação normal de
exploração (sem defeito) seja superior a 5A. Para o caso de as correntes normais de desequilíbrio
superiores a 5A deve-se utilizar a seguinte fórmula na parametrização do DTR:
I0> = 1,3*I0_normal

42Conforme Dec. Lei 56/85

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Em que,
I0_normal – corrente de desequilíbrio que passa pela reactância em situação normal (sem
defeito na rede MT)

3.2.1.2 MIH-TP (PHB)

Reactância / Reactância / Neutro


Resistência 300A Resistência 1000A Isolado
Iop 65A 120A Não existe
top 3s 3s Não existe
Tabela 3.8 – Parametrizações da MIH-TP
No caso das correntes capacitivas de uma linha MT, em situação de recurso, exceder os valores
anteriores estes deixam de ser aplicáveis. Será necessária a realização de um estudo para
determinar a parametrização mais apropriada.

3.2.2 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)


Para a protecção da reactância de neutro e do TSA devem ser considerados as seguintes
parametrizações

Reactância / Reactância / Neutro


Resistência 300A Resistência 1000A Isolado
I> 135A 450A 20A
t(I>) 0,5s 0,5s 0,5s
I>> 420 A 1400 A 420 A
t(I>>) Inst. Inst. Inst.
Tabela 3.9 – Parametrizações da MI do painel TSA/RN

Caso exista um defeito no cabo de ligação do painel à reactância não existe corrente
homopolar a circular pela protecção de painel.
A corrente homopolar fecha-se entre a impedância de neutro e o ponto de defeito. Por este
motivo não existe protecção específica para este cabo.
A protecção é assegurada pela MI.

3.2.3 - RECOLHA DE OSCILOGRAFIAS


No mínimo, a oscilografia deverá registar os seguintes sinais:
Analógicos:
VA (tensão fase-terra na fase A);
VB (tensão fase-terra na fase B);
VC (tensão fase-terra na fase C);

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VN (tensão de neutro – TT triângulo aberto43);


IA (corrente na fase A);
IB (corrente na fase B);
IC (corrente na fase C);
IN (corrente de neutro no TI toroidal);
Digitais:
Posição do Disjuntor de painel;
Sinalização de disparo da protecção;
Sinalização de arranque e disparo das seguintes funções de protecção: Máxima
Intensidade 1º escalão (I>); Máxima Intensidade 2º escalão (I>>); DTR (I0>); MIH-TP/PHB
(I0>>).

Os parâmetros de recolha de oscilografia são os seguintes:


Tempo de pré-defeito: 0,1s
Tempo máximo de defeito: 2,2s
Tempo de pós-defeito: 0,1s

A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.

Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
I> X
Máxima Intensidade
I>> X

Máxima Intensidade I0> (DTR) X


Homopolar I0>> X

Tabela 3.10 – Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia no painel do


TSA/RN
O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;

43 Caso exista.

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3.2.4 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 3.4 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel do TSA/RN

3.2.5 - REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO

No caso da realização de trabalhos em tensão no barramento devem ser aplicadas as seguintes


alterações ao regime normal de exploração:
Alteração da parametrização do DTR para 2,0A;
Alteração da temporização do DTR para 0,1s;

3.3 - PAINEL DA BATERIA DE CONDENSADORES


3.3.1 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)
As parametrizações deverão ser as seguintes:
I> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 1,3*IBC
Top = 0,5s

I>> – protecção de MI 2º escalão


Iop = 4,0*IBC
Top = 0,1s

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Em que:
IBC – Corrente nominal da bateria de condensadores

3.3.2 - DEFEITOS INTERNOS (50N)


Contra defeitos à terra existe uma protecção de desequilíbrio de neutro. Esta deve ser regulada
segundo as especificações do fabricante das baterias de condensadores.
A medida de corrente desta protecção é realizada pelo TI colocado na ligação entre os neutros
dos escalões da Bateria de Condensadores.

3.3.3 - DEFEITOS À TERRA (50N)


Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
I0> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 50A
Top = 0,5s

3.3.4 - SOBRETENSÕES (59)


Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
U> – protecção de MU 1º escalão
Vop = 115%VN
Top = inst

Utiliza-se a medição da tensão composta.

3.3.5 - RECOLHA DE OSCILOGRAFIAS


No mínimo, a oscilografia deverá registar os seguintes sinais:
Analógicos:
VA (tensão fase-terra na fase A);
VB (tensão fase-terra na fase B);
VC (tensão fase-terra na fase C);
VN (tensão de neutro – TT triângulo aberto44);
IA (corrente na fase A);
IB (corrente na fase B);
IC (corrente na fase C);
IN (corrente de neutro no TI toroidal);

44 Caso exista.

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Ideseq (corrente de desequilíbrio no neutro da BC);


Digitais:
Posição do Disjuntor de painel;
Sinalização de disparo da protecção;
Sinalização de arranque e disparo das seguintes funções de protecção: Máxima
Intensidade 1º escalão (I>); Máxima Intensidade 2º escalão (I>>); Máxima Intensidade
Homopolar (I0>); Desequilíbrio de neutro (I0>); Desequilíbrio 1º escalão (Ideseq>);
Desequilíbrio 2º escalão (Ideseq>>); Máxima Tensão (U>).
Os parâmetros de recolha de oscilografia são os seguintes:
Tempo de pré-defeito: 0,1s
Tempo máximo de defeito: 2,2s
Tempo de pós-defeito: 0,1s

A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.

Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
I> X
Máxima Intensidade
I>> X
Máxima Intensidade
I0> X
Homopolar
Ideseq> X
Defeitos Internos
Ideseq>> X
Máxima Tensão U> X

Tabela 3.11 – Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia no painel da


bateria de condensadores

O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registosnas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;

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3.3.6 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 3.5 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da bateria de
Condensadores

3.4 - PAINEL DE CHEGADA DO TP (MT)


3.4.1 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)
O principal objectivo é o “backup” às saídas de MT. Devem ser aplicadas as seguintes
regulações:
I> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 1,3*ITP
Top = 1,4s
Em que:
ITP – Corrente nominal do Transformador

3.4.2 - DEFEITOS À TERRA (DTR – NEUTRO ISOLADO) (59N)


Tendo em conta que em regime de neutro isolado qualquer fusão de fusível provoca o disparo
do DTR é importante existirem formas de bloquear o DTR nesta circunstância.

As regulações a aplicar são as seguintes:

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0      10%
 √

t(U0<)= 180s
Em que:
VN – Tensão nominal composta (fase-fase)

Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. As regulações para
a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação o DTR;
Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes.
A condição de supervisão interna de TT deve ser determinada através da medida das tensões do
semi-barramento e da corrente no TP.
A medida da tensão homopolar será feita através dos TT em triângulo aberto.

3.4.3 - PROTECÇÃO DE MÁXIMO DE TENSÃO (59)


A protecção de máximo de tensão deverá ter as seguintes parametrizações:
U>: 115%VN
t(U>): 3,0s
A medição da tensão tem de ser realizada através da tensão composta.

3.4.4 - RECOLHA DE OSCILOGRAFIAS


No mínimo, a oscilografia deverá registar os seguintes sinais:
Analógicos:
VA (tensão fase-terra na fase A);
VB (tensão fase-terra na fase B);
VC (tensão fase-terra na fase C);
VN (tensão de neutro – TT triângulo aberto45);
IA (corrente na fase A);
IB (corrente na fase B);
IC (corrente na fase C);
Digitais:
Posição do Disjuntor de painel;
Sinalização de disparo da protecção;
Sinalização de arranque e disparo das seguintes funções de protecção: Máxima
Intensidade 1º escalão (I>); Máximo de Tensão (U>); Mínimo de Tensão (U>); DTR (U0>).

45 Caso exista.

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Os parâmetros de recolha de oscilografia são os seguintes:


Tempo de pré-defeito: 0,1s
Tempo máximo de defeito: 3,3s
Tempo de pós-defeito: 0,1s

A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.
Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
Máxima Intensidade I> X
Máxima Tensão
U0> (DTR NI) X
Homopolar
Mínimo de tensão U< X
Máxima Tensão U> X

Tabela 3.12–Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia no painel de


chegada do TP

O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;

3.4.5 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 3.6 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da chegada do TP

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 68
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3.4.6 - REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO

No caso da realização de trabalhos em tensão no barramento devem ser aplicadas as seguintes


alterações ao regime normal de exploração:
Alteração da temporização do DTR para 0,1s (apenas em neutro isolado);
Alteração da temporização da protecção de MI para disparo instantâneo.

3.5 - PAINEL TP (AT)


3.5.1 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)
Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
I> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 1,3*ITP
Top = 1,4s

I>> – protecção de MI 2º escalão


Iop = 17,0*ITP
Top = 0,2s

3.5.2 - DEFEITOS INTERNOS (87)


Para a protecção contra defeitos internos utiliza-se uma protecção diferencial.

Uma vez que existem várias definições de corrente restritiva e corrente diferencial utilizam-se as
seguintes definições:
Corrente Diferencial: I dif = I p − I s − I t

Corrente Restritiva:

I p + Is
Transformadores de 2 enrolamentos: I rest =
2
I p + I s + It
Transformadores de 3 enrolamentos: I rest =
2
Em que:
Ip – Corrente no primário do TP
Is – Corrente no secundário do TP
It– Corrente no terciário do TP

As parametrizações da função diferencial deverão ser as seguintes:


Protecção Diferencial
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Idif > = 0,2*ITP


Idif >> = 10,0*ITP
Top = Inst.
m1 = 35%
m2 = 45%
Im1 = 0,50*ITP
Im2 = 1,20*ITP

Restrição por segunda harmónica: 


 I 2H  = 10%
 I 1H 

Restrição por quinta harmónica: 


 I5H  = 35%
I 
 1H 

Temporização para bloqueio cruzado de 2ª e 5ª harmónica: 0,3s

Idif

Idif>>

m2

m1
Idif>

Im1 Im2 Irest

Figura 3.7 – Característica operacional de uma protecção diferencial de transformador

3.5.3 - RECOLHA DE OSCILOGRAFIAS


No mínimo, a oscilografia deverá registar os seguintes sinais:
Analógicos:
VA (tensão fase-terra na fase A);
VB (tensão fase-terra na fase B);
VC (tensão fase-terra na fase C);
IA (corrente na fase A) no primário do TP;
IB (corrente na fase B)no primário do TP;

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 70
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IC (corrente na fase C)no primário do TP;


IA (corrente na fase A) no secundário do TP;
IB (corrente na fase B)no secundário do TP;
IC (corrente na fase C)no secundário do TP;
IA (corrente na fase A) no terciário do TP (caso exista);
IB (corrente na fase B)no terciário do TP (caso exista);
IC (corrente na fase C)no terciário do TP (caso exista);

Digitais:
Posição do Disjuntor do primário do TP;
Posição do Disjuntor do secundário do TP;
Posição do Disjuntor do terciário do TP;
Sinalização de disparo da protecção;
Sinalização de arranque e disparo das seguintes funções de protecção: Máxima
Intensidade 1º escalão (I>); Máxima Intensidade 2º escalão (I>>); Diferencial (Dif.).

Os parâmetros de recolha de oscilografia são os seguintes:


Tempo de pré-defeito: 0,1s
Tempo máximo de defeito: 2,2s
Tempo de pós-defeito: 0,1s

A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.
Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
I> X
Máxima Intensidade
I>> X
Diferencial Dif. X

Tabela 3.13 – Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia no painel TP AT

O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 71
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Capitulo III

3.5.4 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 3.8 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da AT do TP

3.6 - COORDENAÇÃO COM POSTOS DE SECCIONAMENTO


3.6.1 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)
Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações:

10kV 15kV 30kV Top (s)


I> 1,4*IN 1,4*IN 1,4*IN 0,4
I>> 3200 A 1600 A 1200 A 0,0
Tabela 3.14–Regulações das funções de protecção de fases

3.6.2 - DEFEITOS À TERRA (50N)

Utilizam-se as mesmas funções de protecção que numa saída MT de uma SE (secção 3.1.3 - deste
documento).

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Capitulo III

1000,00

100,00

PTR - saída SE
t (s)

10,00

2,53s
PTR - PS
1,89s 1,23s
1,00
MIHD + MIH - saída MT 0,92s

MIHD + MIH - PS
0,10
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00
I (A)

Figura 3.9 – Coordenação entre a saída MT e as saídas do Posto de Seccionamento

3.6.2.1 Parametrização da PTR (51N)


A regulação da PTR não depende do regime de neutro. Deve ser utilizada uma curva do tipo CEI
60255 “Long Time Inverse” (α = 1; β = 120). As características devem ser as seguintes:
Iop = 1,6 A
TM = 0,3
A medida de corrente da PTR provém do TI toroidal.

A PTR deverá estar limitada no seu tempo de actuação mínimo entre os valores 0,92s e 1,89s.
Preferencialmente deverá ser utilizado o valor de 0,92s. Este tem de ser sempre, pelo menos,
inferior em 0,3s à parametrização da saída MT da instalação a montante.

Topmin ∈ [ 0,98s;1,89s ] 46

Nota: Em substituição da curva CEI “Long Time Inverse” pode ser utilizada uma curva do tipo CEI
60255 muito inversa (α = 1; β = 13,5) com os seguintes parâmetros: Iop = 1,6A; TM = 2,66.

46Se a zona de operação da protecção inversa for limitada a 20*Iop (tal como especificado na
norma CEI60255) ou a 40*Iop esta condição é verificada. Admite-se uma característica idêntica
na SE e no PS.

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 73
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Capitulo III

3.6.2.2 Parametrização da MIHD (67N)


Devem ser utilizadas as seguintes parametrizações:
Iop = 35 A
Top = 0,2s
O ângulo operacional e a tensão homopolar mínima de arranque da protecção deverão ser
idênticos ao especificado em 3.1.3.2.

3.6.2.3 Parametrização da MIH (50N)


Devem ser utilizadas as seguintes parametrizações:
Iop = 35 A (Deve ser verificado que a contribuição capacitiva da saída não é superior a
este valor)
Top = 0,2s

3.7 - COORDENAÇÃO COM CLIENTES MT (PT ATÉ 1600KVA)


3.7.1 - OBJECTIVO

As parametrizações que constam desta secção não tiveram em conta as seguintes


especificidades:
Tempo de arranque de motores;
Características térmicas dos equipamentos (Transformador e barramento);
Coordenação com as protecções a jusante.

Entende-se que estes tópicos deverão ser tratados pelo cliente.


Para potências acima das mencionadas as regulações devem ser objecto de um estudo de
selectividade de protecções que inclua as necessidades de protecção da rede e do cliente.
Estas regulações só são aplicáveis no regime de neutro com impedância limitadora.

3.7.2 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)


As protecções dos PT dos clientes deverão ter 2 escalões de protecção contra defeitos entre
fases.
O primeiro escalão deverá possuir uma curva de operação do tipo extremamente inverso
(norma CEI60255).
β * TM
top = α
I 
 CC  − 1
 I op 

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 74
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Capitulo III

Devem ser aplicadas as seguintes regulações para o primeiro escalão de protecção:


I> = 1,0IPT
TM(I>) = 0,43
α=2
β = 80

O segundo escalão deverá ser de tempo definido. As regulações para o 2º escalão de


protecção são as seguintes:
I>> = 30IPT
t(I>>) = 0,0s

Em que:
IPT – Corrente nominal do PT

3.7.3 - DEFEITOS À TERRA (50N)


Devem ser aplicadas as seguintes regulações:
I0> = 0,6*IPT
t(I>) = 0,0s

3.7.4 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 3.10 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de clientes

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 75
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Capitulo III

3.8 - PROTECÇÃO DE INTERLIGAÇÃO PARA PRODUTORES EM REGIME


ESPECIAL
3.8.1 - OBJECTIVO
Esta secção apresenta as parametrizações que devem ser aplicadas aos Produtores em Regime
Especial (PRE).
No actual Guia Técnico da Instalação de Produção Independente (versão 1990 com alterações
definidas no Despacho de 03-08-2007) definem-se vários tipos de PRE conforme a topologia da
sua ligação à rede eléctrica:
Topologia a) – Ligação à rede de transporte em Muito Alta Tensão (MAT) com o ponto de
ligação na instalação do promotor; Esta topologia á aplicada apenas na RNT.
Topologia b) – Ligação à rede de transporte em AT com o ponto de ligação numa
instalação da RNT;
Topologia c) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com ponto de ligação na
instalação do promotor, sem cargas associadas ao ramal de ligação ou ponto de ligação
na instalação da EDP Distribuição;
Topologia d) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com o ponto de ligação na
instalação do promotor, com cargas associadas ao ramal de ligação.
A topologia c) depende da existência de protecções de frequência na instalação da EDP
Distribuição.
Os parâmetros das protecções de interligação foram definidos no relatório interno
RL03/2010/DCQS-AR que adapta os resultados do relatório “Estabilização da Produção em
Regime Especial e Requisitos de Protecção e de Controlo Automático – Relatório nº 1: Instalações
de Energia Eólica” (versão 1.3) ao Despacho de 03-08-2007 da DGEG.
A medida da tensão para as funções de protecção deve ser realizada pela tensão composta ou
pela componente directa da tensão. A utilização da tensão simples para este efeito traduzir-se-á
num elevado número de disparos intempestivos para o PRE.
A medida da frequência para as funções de protecção deve ser realizada através da tensão
composta ou da componente directa da tensão. A utilização da tensão simples para este efeito
poderá traduzir-se num elevado número de disparos intempestivos para o PRE.

3.8.2 - TOPOLOGIA C)
Nas figuras seguintes apresenta-se de forma esquemática os casos abrangidos pela topologia c)
para redes MT.

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 76
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Capitulo III

Ponto de Interligação
EDPD Comercial PRE

~
Rede Privada - MT

Ponto de Interligação
Técnico

Figura 3.11 – Representação das situações de aplicação da topologia c) de PRE na rede MT

As regulações para das funções de protecção são:


Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U<: 85%VN
top (U<): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s47
U<<: 105%Vbloqueio
top (U<<): 0,00s…0,1s48
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s48
U0>: 10% VN
top (U0>): maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,5s49
U0>>: 70% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s48

Protecção de Frequência (81)


f<: 47,5Hz
top (f<): 0,00s…0,1s48
f>: 51,5Hz
top (f>): 0,00s…0,1s48
Vbloqueio: 20%VN

Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig

47Caso a rede MT já contemple as disposições deste Guia o valor é de 1,5s.


48 O tempo de operação da protecção tem de ser sempre inferior a 0,12s
49Caso a rede MT já contemple as disposições deste Guia o valor é de 1,0s.

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 77
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Capitulo III

top (I>): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47


I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

Limitação de Potência Aparente


S>: Slig
top (S>): 180s
Em que:
Slig - Potência de Ligação definida pela DGEG
Ilig – Corrente correspondente à potência de ligação para a tensão nominal
Vbloqueio – Tensão de bloqueio das funções de frequência

Requisitos técnicos:
No PN LMT da instalação da EDIS, no qual o PRE interliga, a função religação deverá estar
condicionada à ausência de tensão na linha; caso contrário esta função deverá ficar
fora de serviço.
Caso ocorram situações de funcionamento da instalação do PRE em ilha, será necessária
a implementação de esquemas comunicantes – teleprotecção – associados aos Sistemas
de Protecção (SP) da RND AT, de forma a proceder à colocação fora de serviço do PRE
(através de transferência de disparo para o disjuntor do PN LAT dedicado para
interligação do PRE na instalação da EDIS), caso o(s) disjuntor(es) do lado da alimentação
da REN tenha(m) disparado.

No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 2 x maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,65s50
U0>>: DESACTIVADO

Para parques eólicos com capacidade de “Low Voltage Ride Through” (definida no
Regulamento da Rede de Distribuição, anexo II da portaria 596/2010) as regulações são:

Protecção de Tensão (27, 59, 59N)


U<: 80%VN
top (U<): 1,6s
U<<: 25%VN
top (U<<): 0,6s

50Caso a rede MT já contemple as disposições deste Guia o valor é de 1,65s.

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Capitulo III

U<<<: 18%VN
top (U<<<): 0,00s…0,1s48
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s48
U0>: 10% VN
top (U0>): maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,5s [1,0s]49
U0>>: 70% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s48

Protecção de Frequência (81)


f<: 49,5Hz
top (f<): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47
f<<: 47,5Hz
top (f<<): 0,00s…0,1s48
f>: 50,5Hz
top (f>): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47
f>>: 51,5Hz
top (f>>): 0,00s…0,1s48
Vbloqueio: 20%VN

Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig
top (I>): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47
I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

Limitação de Potência Aparente


S>: Slig
top (S>): 180s

Requisitos técnicos:
No PN LAT da instalação da REN, no qual o PRE interliga, a função religação deverá estar
condicionada à ausência de tensão na linha; caso contrário esta função deverá ficar
fora de serviço. No caso do PRE interligar a um PN LAT duma instalação da EDIS, a função
religação deverá estar condicionada à verificação de condições de sincronismo; caso
contrário esta função deverá ficar fora de serviço.
A função de protecção de frequência deverá operar para o valor mínimo de tensão de
20%VN.

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Caso ocorram situações de funcionamento da instalação do PRE em ilha, será necessária


a implementação de esquemas comunicantes – teleprotecção – associados aos SP´s da
RND AT, de forma a proceder à colocação fora de serviço do PRE (através de
transferência de disparo para o disjuntor do PN LAT dedicado para interligação do PRE na
instalação da EDIS), caso o(s) disjuntor(es) do lado da alimentação da REN tenha(m)
disparado.

No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 2 x maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,65s [1,65]50
U0>>: DESACTIVADO

Figura 3.12 – Representação gráfica das funções de protecção para os PRE com topologia c)

3.8.3 - TOPOLOGIA D)
Nas figuras seguintes apresenta-se de forma esquemática os casos abrangidos pela topologia d)
para redes MT.

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Figura 3.13 – Representação das situações de aplicação da topologia d) de PRE na rede MT

De acordo com a legislação em vigor as regulações para a topologia d), considerando a


existência de detector de tensão na SE EDPD ou teledisparo, são as seguintes:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U<: 85%VN
top (U<): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47
U<<: 105%Vbloqueio
top (U<<): 0,00s…0,1s48
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s48
U0>: 10% VN
top (U0>): maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]49
U0>>: 70% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s48

Protecção de Frequência (81)


f<: 49,5Hz
top (f<): 0,00s…0,1s48
f>: 50,5Hz
top (f>): 0,00s…0,1s48
Vbloqueio: 20%VN

Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig

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top (I>): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47


I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

Limitação de Potência Aparente


S>: Slig
top (S>): 180s

Requisitos técnicos:
No PN LMT da instalação da EDIS, no qual o PRE interliga, a função religação deverá estar
condicionada à ausência de tensão na linha, ou em alternativa deverá estar previsto o
teledisparo do disjuntor de interligação do PRE; caso contrário as funções de protecção
de máximo de tensão homopolar e mínimo de tensão não deverão ser temporizadas.

No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 2 x maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,65s [1,65s]50
U0>>: DESACTIVADO

As regulações para a topologia d), sempre que não exista de detector de tensão na SE EDPD ou
teledisparo, são as seguintes:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U<: 85%VN
top (U<): 0,00s…0,1s48
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s48
U0>: 10% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s48

Protecção de Frequência (81)


f<: 49,5Hz
top (f<): 0,00s…0,1s48
f>: 50,5Hz
top (f>): 0,00s…0,1s48
Vbloqueio: 20%VN

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Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig
top (I>): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47
I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

Limitação de Potência Aparente


S>: Slig
top (S>): 180s

No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s48

Para parques eólicos com capacidade de “Low Voltage Ride Through” (definida no
Regulamento da Rede de Distribuição, anexo II da portaria 596/2010) as regulações são:

Protecção de Tensão (27, 59, 59N)


U<: 80%VN
top (U<): 1,6s
U<<: 25%VN
top (U<<): 0,6s
U<<<: 18%VN
top (U<<<): 0,00s…0,1s48
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s48
U0>: 10% VN
top (U0>): maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,5s [1,0s]49
U0>>: 70% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s48

Protecção de Frequência (81)


f<: 49,5Hz
top (f<): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47
f<<: 47,5Hz

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top (f<<): 0,00s…0,1s48


f>: 50,5Hz
top (f>): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47
f>>: 51,5Hz
top (f>>): 0,00s…0,1s48
Vbloqueio: 20%VN

Protecção de Máxima Intensidade (50)


I>: 1,3*Ilig
top (I>): maior Top MI da SE da EDPD + 0,5s [1,5s]47
I>>: 4,0*Ilig
top (I>>): 0,0s

Limitação de Potência Aparente


S>: Slig
top (S>): 180s

Requisitos técnicos:
Necessária implementação do teledisparo do disjuntor de interligação do PRE, na
sequência da actuação dos SP´s do PN LMT da instalação da EDIS, no qual o PRE se
encontra ligado.
A função de protecção de frequência deverá operar para o valor mínimo de tensão de
20%VN.
Caso ocorram situações de funcionamento da instalação do PRE em ilha, será necessária
a implementação de esquemas comunicantes – teleprotecção – associados aos SP´s da
RND AT, de forma a proceder à colocação fora de serviço do PRE (através de
transferência de disparo para o disjuntor do PN LAT dedicado para interligação do PRE na
instalação da EDIS), caso o(s) disjuntor(es) do lado da alimentação da REN tenha(m)
disparado.

No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 2 x maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,65s [1,65]50
U0>>: DESACTIVADO

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Capitulo III

Figura 3.14 – Representação gráfica das funções de protecção para os PRE com topologia d)

3.8.4 - REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO


O regime especial de exploração deve ser implementado da seguinte forma nos PRE que
cumpram as topologias c) e d):
Funções de tensão e frequência com disparo instantâneo;

O PRE terá de poder ser colocado em REE através de telecomando.

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Capitulo IV

4 - CAPITULO IV – REDE MT – TOPOLOGIA B

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Capitulo IV

4.1 - PAINEL DE SAÍDA MT


4.1.1 - CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO
O presente documento visa a uniformização das regulações das protecções de MT a nível
nacional e só é aplicável nas seguintes condições:
Regime de neutro com reactância, resistência limitadora ou neutro isolado;
Não são realizados trabalhos TET quando a instalação se encontra em neutro isolado. A
realização de trabalhos TET é considerada um regime de exploração de excepção.

4.1.2 - PROTECÇÃO CONTRA DEFEITOS ENTRE FASES (50)


As regulações são as seguintes:

10kV 15kV 30kV Top (s)


I> 1,4*IN 1,4*IN 1,4*IN 0,5s
I>> 4000 A 2000 A 1500 A 0,1
Tabela 4.1– Regulações das funções de protecção de fases

4.1.3 - PROTECÇÃO CONTRA DEFEITOS À TERRA


A protecção contra defeitos à terra tem os seguintes objectivos:
Protecção de pessoas devido a tensões indirectas (toque e passo);
Selectividade transversal com outras saídas
Selectividade longitudinal com o DTR e MIH-TP (PHB)

Para tal existem 2 funções:


MIH 1 – Máxima Intensidade Homopolar
MIH 2 – Máxima Intensidade Homopolar

A inexistência de função de protecção do tipo PTR em todos os painéis implica sempre a


existência e funcionamento do Automatismo de Pesquisa de Terras Resistentes, tendo em
consideração os seguintes parâmetros:
Tempo de início: 5,0s
Tempo de regresso ao repouso: 60s
Tempo de passagem: 3,0s

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1000,0

DTR

100,0
t (s)

10,0

MIH - TP (PHB)
3s

1,0
MIH - saída MT
0,5s MIH
MIH (Religação)
(Religação) 0,2s

0,1
02 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
I0 (A)

Figura 4.1– Protecção contra defeitos à terra de uma saída MT

4.1.3.1 Parametrização da MIH 1 (50N) (Reactância ou Resistência de neutro)


A regulação da MIH 1 depende do regime de neutro. Devem ser utilizadas as seguintes
regulações para regimes de neutro com reactância ou resistência:
Iop = 1,3*Icap (Deve ser verificado que a contribuição capacitiva da saída não é superior
a este valor)
Top = 0,5s
Em que:
Icap – Corrente capacitiva máxima em situação de recurso na saída

Nos casos em que não seja possível implementar este valor por limitação funcional das
protecções (ex.: o valor excede o máximo regulável na protecção) deve-se utilizar para este
escalão uma protecção de MIHD nas condições de 3.1.3.2.

4.1.3.2 Parametrização da MIHD 1 (67N) (Neutro Isolado)


Existem vários tipos de características para a protecção de MIHD. A designação de MIHD
utilizada neste documento assume que a direccionalidade é determinada através da diferença
angular entre a tensão e corrente homopolar(ver Figura 4.2).

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Capitulo IV

α
Ih
Zona Operacional Vh

Zona Não Operacional

Figura 4.2 – Característica operacional de uma protecção de MIHD (determinação da posição


dos vectores realizada em potência homopolar)

Devem ser utilizadas as regulações expressas na Tabela 4.2.

Neutro
Isolado
Iop 2A

(Vh )min 5%VN/√3

α 90º
top 0,5s
Tabela 4.2–Parametrizações da protecção de MIHD

4.1.3.3 Parametrização da MIH 2 (50N)


A parametrização da MIH 2 é independente do regime de neutro da instalação. Devem ser
utilizadas as seguintes parametrizações:
Iop = 90 A (Deve ser verificado que a contribuição capacitiva da saída não é superior a
este valor)
Top = 0,2s

4.1.3.4 Parametrização da PTR (51N) – caso exista


No caso de as protecções de saída se encontrarem equipadas com funções do tipo PTR devem
ser utilizadas as seguintes regulações:
Caso o DTR esteja regulado para 5A deve ser preferencialmente utilizada uma curva do
tipo CEI 60255 “Long Time Inverse” (α = 1; β = 120). As características devem ser as
seguintes:
Iop = 2 A
TM = 0,4

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Caso o DTR esteja parametrizado para um valor diferente de 5A deve ser


preferencialmente utilizada uma curva do tipo CEI 60255 “Long Time Inverse” (α = 1; β =
120). As características devem ser as seguintes:
Iop = 1 A
TM = 0,4
Caso apenas exista uma função do tipo EPATR (norma EDF) as parametrizações são as
seguintes:
Iop = 1,2 A
TM = 0,2

A medida de corrente da PTR provém do TI toroidal.

Nota: Em substituição da curva CEI “Long Time Inverse” pode ser utilizada uma curva do tipo CEI
60255 muito inversa (α = 1; β = 13,5) com os seguintes parâmetros: Iop = 1A; TM = 3,55.

4.1.4 - RELIGAÇÕES (79)


As religações previstas neste ponto contemplam o funcionamento dos OCR2 espalhados na rede
MT. As conclusões do trabalho do subgrupo 2.1 do QST2010 foram incorporadas neste
documento.

4.1.4.1 Parâmetros da religação


Os parâmetros da religação são os seguintes:

Religação Rápida
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 0,3s
Tempo de encravamento: 60s
1ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 15,0s
Tempo de encravamento: 60s.
2ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 30,0s
Tempo de encravamento: 60s.

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4.1.4.2 Neutro com reactância ou resistência limitadora


As seguintes religações encontram-se previstas para regime de neutro com reactância ou
resistência limitadora:

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I0> X X

I0>> X X

Tabela 4.3–Religações previstas para as protecções contra defeitos à terra (Reactância ou


resistência de neutro)

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I> X X

I>>

Tabela 4.4–Religações previstas para as protecções contra defeitos entre fases (Reactância ou
resistência de neutro)
4.1.4.3 Neutro Isolado
As seguintes religações encontram-se previstas para regime de neutro isolado:

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I0d> X X

I0>>

Tabela 4.5–Religações previstas para as protecções contra defeitos à terra (Neutro Isolado)

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I> X X

I>>

Tabela 4.6–Religações previstas para as protecções contra defeitos entre fases (Neutro Isolado)

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4.1.5 - REGIME ESPECIAL DE EXPLORAÇÃO


Existem 2 tipos de REE que consistem nas seguintes alterações ao Regime Normal de Exploração
(RNE) para:
REE A:
Temporização das protecções de MI, MIHD e MIH em 0,02s
Religações Bloqueadas
Temporização do rearme do DTR (quando suportado – trearme = 0,6s)
Defeitos à Terra eliminados pelo DTR (top = 1,5s e Iop = 2,0A)

REE B:
Temporização das protecções de MI, MIHD em 0,02s
Religações Bloqueadas
Defeitos à Terra eliminados pelo DTR (top = 0s e Iop = 2,0A)

4.1.6 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 4.3 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de saída MT

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4.2 - PAINEL DE TSA/RN


4.2.1 - DEFEITOS À TERRA (50N)
Neste painel existem duas funções de MIH que têm como objectivo proteger a reactância e
garantir o “backup” das saídas MT:
DTR – Detector de Terras resistentes

Reactância / Reactância /
Neutro
Resistência Resistência
Isolado
300A 1000A
Iop 2A…5A51 2A…5A51 10%Vn
top 180s52 180s52 180s52
Tabela 4.7 – Parametrizações do DTR

O valor de operação poderá ser superior a 5A desde que a rede alimentada seja
constituída exclusivamente por cabos subterrâneos e se a corrente de desequilíbrio em
situação normal de exploração (sem defeito) seja superior a 5A. Para o caso de as
correntes normais de desequilíbrio superiores a 5A deve-se utilizar a seguinte fórmula na
parametrização do DTR:
I0> = 1,3*I0_normal
Em que,
I0_normal – corrente de desequilíbrio que passa pela reactância em situação
normal (sem defeito na rede MT)

MIH-TP (PHB)

Reactância / Reactância / Neutro


Resistência 300A Resistência 1000A Isolado
Iop 65A 120A Não existe
top 3s 3s Não existe
Tabela 4.8 – Parametrizações da MIH-TP
No caso das correntes capacitivas de uma linha MT, em situação de recurso, exceder os
valores anteriores estes deixam de ser aplicáveis. Será necessária a realização de um
estudo para determinar a parametrização mais apropriada.

4.2.2 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)


Para a protecção da reactância de neutro e do TSA devem ser considerados as seguintes
parametrizações

51Deveser seleccionado o maior valor possível no intervalo 2A a 5A tendo em conta as limitações


do equipamento.
52Conforme Dec. Lei 56/85.

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Reactância / Reactância / Neutro


Resistência 300A Resistência 1000A Isolado
I> 135A 450A 20A
t(I>) 0,5s 0,5s 0,5s
I>> 420 A 1400 A 420 A
t(I>>) Inst. Inst. Inst.
Tabela 4.9 – Parametrizações da MI do painel TSA/RN

Caso exista um defeito no cabo de ligação do painel à reactância não existe corrente
homopolar a circular pela protecção de painel.

A corrente homopolar fecha-se entre a impedância de neutro e o ponto de defeito. Por este
motivo não existe protecção específica para este cabo.

A protecção é assegurada pela MI.

4.2.3 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 4.4 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel do TSA/RN

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4.3 - PAINEL DA BATERIA DE CONDENSADORES


4.3.1 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)
As parametrizações deverão ser as seguintes:
I> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 1,3*IBC
Top = 0,5s

I>> – protecção de MI 2º escalão


Iop = 4,0*IBC
Top = 0,1s
Em que:
IBC – Corrente nominal da bateria de condensadores

4.3.2 - DEFEITOS INTERNOS (50N)


Contra defeitos à terra existe uma protecção de desequilíbrio de neutro. Esta deve ser regulada
segundo as especificações do fabricante das baterias de condensadores.

A medida de corrente desta protecção é realizada pelo TI colocado na ligação entre os neutros
dos escalões da Bateria de Condensadores.

4.3.3 - DEFEITOS À TERRA (50N)


Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
I0> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 50A
Top = 0,5s

4.3.4 - SOBRETENSÕES (59)


Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
U> – protecção de MU 1º escalão
Vop = 115%VN
Top = inst.

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4.3.5 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 4.5 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da bateria de
Condensadores

4.4 - PAINEL DE CHEGADA DO TP (MT)


4.4.1 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)
O principal objectivo é o “backup” às saídas de MT. Devem ser aplicadas as seguintes
regulações:
I> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 1,3*ITP
Top = 1,5s
Em que:
ITP – Corrente nominal do Transformador

4.4.2 - PROTECÇÃO/AUTOMATISMO DE MÍNIMO DE TENSÃO (27)


A protecção, e o automatismo, de mínimo de tensão deverão ter as seguintes parametrizações:
U< (actuação): 85%VN
t(U< actuação): 3,0s
U< (reposição): 90%VN
t(U< reposição): 5,0s

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Capitulo IV

Tempo de passagem: 1,0s

Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. As regulações para
a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação o DTR;
Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes.

A condição de supervisão interna de TT deve ser determinada através da medida das tensões do
semi-barramento e da corrente no TP.

4.4.3 - PROTECÇÃO DE MÁXIMO DE TENSÃO (59)


A protecção de máximo de tensão deverá ter as seguintes parametrizações:
U>: 115%VN
t(U>): 3,0s

4.4.4 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 4.6 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de chegada MT

4.5 - PAINEL TP (AT)


4.5.1 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)
Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
I> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 1,3*ITP
Top = 1,5s

I>> – protecção de MI 2º escalão


Iop = 17,0*ITP

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Capitulo IV

Top = 0,2s

4.5.2 - DEFEITOS INTERNOS (87)


Para a protecção contra defeitos internos utiliza-se uma protecção diferencial.

Uma vez que existem várias definições de corrente restritiva e corrente diferencial utilizam-se as
seguintes definições:
Corrente Diferencial: I dif = I p − I s − I t

Corrente Restritiva:

I p + Is
Transformadores de 2 enrolamentos: I rest =
2
I p + I s + It
Transformadores de 3 enrolamentos: I rest =
2
Em que:
Ip – Corrente no primário do TP
Is – Corrente no secundário do TP
It– Corrente no terciário do TP

As parametrizações da função diferencial deverão ser as seguintes:


Protecção Diferencial
Idif> = 0,2*ITP
Idif>> = 10,0*ITP
Top = Inst.
m1 = 35%
m2 = 45%
Im1 = 0,50*ITP
Im2 = 1,20*ITP

Restrição por segunda harmónica: 


 I 2H  = 10%
I 1H 
 

Restrição por quinta harmónica: 


 I5H  = 35%
 I1H 

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Idif

Idif>>

m2

m1
Idif>

Im1 Im2 Irest

Figura 4.7 – Característica operacional de uma protecção diferencial de transformador

4.5.3 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 4.8 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da AT do TP

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Capitulo V

5 - CAPITULO V – REDE MT – TOPOLOGIA C

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Capitulo V

5.1 - PAINEL DE SAÍDA MT

5.1.1 - CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO


O presente documento visa a uniformização das regulações das protecções de MT a nível
nacional e só é aplicável nas seguintes condições:

Regime de neutro com reactância, resistência limitadora ou neutro isolado;


Não são realizados trabalhos TET quando a instalação se encontra em neutro isolado. A
realização de trabalhos TET é considerada um regime de exploração de excepção.

5.1.2 - PROTECÇÃO CONTRA DEFEITOS ENTRE FASES (50)


A regulação da função de protecção encontra-se expressa na tabela seguinte.

10kV 15kV 30kV Top (s)


I> 1,4*IN 1,4*IN 1,4*IN 0,5
Tabela 5.1 – Regulações das funções de protecção de fases

5.1.3 - PROTECÇÃO CONTRA DEFEITOS À TERRA (50N, 67N)


A protecção contra defeitos à terra tem os seguintes objectivos:
1. Protecção de pessoas devido a tensões indirectas (toque e passo);
2. Selectividade transversal com outras saídas
3. Selectividade longitudinal com o DTR e MIH-TP (PHB)

Para tal existe uma função:


1. MIH – Máxima Intensidade Homopolar

A inexistência de função de protecção do tipo PTR em todos os painéis implica sempre a


existência e funcionamento do Automatismo de Pesquisa de Terras Resistentes, tendo em
consideração os seguintes parâmetros:
Tempo de início: 5,0s
Tempo de regresso ao repouso: 60s
Tempo de passagem: 3,0s

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1000,0

DTR

100,0
t (s)

10,0

MIH - TP (PHB)
3s

1,0
MIH - saída MT
0,5s
MIH (Religação)

0,1
02 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
I0 (A)

Figura 5.1 – Protecção contra defeitos à terra de uma saída MT

5.1.3.1 Parametrização da MIH (Reactância ou Resistência)


A regulação da MIH depende do regime de neutro. Devem ser utilizadas as seguintes regulações:
Iop = 1,3*Icap (Deve ser verificado que a contribuição capacitiva da saída não é superior
a este valor)
Top = 0,5s
Em que:
Icap – Corrente capacitiva máxima em situação de recurso na saída

5.1.3.2 Parametrização da MIHD (Neutro isolado)


Existem vários tipos de características para a protecção de MIHD. A designação de MIHD
utilizada neste documento assume que a direccionalidade é determinada através da diferença
angular entre a tensão e corrente homopolar(verFigura 5.2).

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Capitulo V

α
Ih
Zona Operacional Vh

Zona Não Operacional

Figura 5.2 – Característica operacional de uma protecção de MIHD (determinação da posição


dos vectores realizada em potência homopolar)

Devem ser utilizadas as regulações expressas naTabela 5.2.

Neutro
Isolado
Iop 2A

(Vh )min 5%VN

α 90º
top 0,5s
Tabela 5.2 – Parametrizações da protecção de MIHD

5.1.4 - RELIGAÇÕES
As religações previstas neste ponto contemplam o funcionamento dos OCR2 espalhados na rede
MT. As conclusões do trabalho do subgrupo 2.1 do QST2010 foram incorporadas neste
documento.

5.1.4.1 Parâmetros da religação


Os parâmetros da religação são os seguintes:
Religação Rápida
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 0,3s
Tempo de encravamento: 60s
1ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 15,0s
Tempo de encravamento: 60s.
2ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s

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Tempo de isolamento: 30,0s


Tempo de encravamento: 60s.

5.1.4.2 Neutro com reactância ou resistência limitadora


As seguintes religações encontram-se previstas para regime de neutro com reactância ou
resistência limitadora:

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I0> X X

Tabela 5.3 – Religações previstas para as protecções contra defeitos à terra (Reactância ou
resistência de neutro)

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I> X X

Tabela 5.4 – Religações previstas para as protecções contra defeitos entre fases (Reactância ou
resistência de neutro)

5.1.4.3 Neutro Isolado


As seguintes religações encontram-se previstas para regime de neutro isolado:

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I0d> X X

Tabela 5.5 – Religações previstas para as protecções contra defeitos à terra (Neutro Isolado)

Religação Rápida Religação Lenta

Arranque Disparo Arranque Disparo

I> X X

Tabela 5.6 – Religações previstas para as protecções contra defeitos entre fases (Neutro Isolado)

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5.1.5 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

a) Neutro impedante b) Neutro Isolado


Figura 5.3 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de saída MT

5.2 - PAINEL DE TSA/RN


5.2.1 - DEFEITOS À TERRA (50N)
Neste painel existem duas funções de MIH que têm como objectivo proteger a reactância e
garantir o “backup” das saídas MT:
DTR – Detector de Terras resistentes

Reactância / Reactância / Neutro


Resistência 300A Resistência 1000A Isolado
Iop 2A…5A53 2A…5A53 10%Vn
top 180s54 180s54 180s54
Tabela 5.7 – Parametrizações do DTR

O valor de operação poderá ser superior a 5A desde que a rede alimentada seja
constituída exclusivamente por cabos subterrâneos e se a corrente de desequilíbrio em
situação normal de exploração (sem defeito) seja superior a 5A. Para o caso de as
correntes normais de desequilíbrio superiores a 5A deve-se utilizar a seguinte fórmula na
parametrização do DTR:
I0> = 1,3*I0_normal
Em que,

53Deveser seleccionado o maior valor possível no intervalo 2A a 5A tendo em conta as limitações


do equipamento.
54Conforme Dec. Lei 56/85.

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I0_normal – corrente de desequilíbrio que passa pela reactância em situação


normal (sem defeito na rede MT)

MIH-TP (PHB)

Reactância / Reactância / Neutro


Resistência 300A Resistência 1000A Isolado
Iop 65A 120A Não existe
top 3s 3s Não existe
Tabela 5.8 – Parametrizações da MIH-TP
No caso das correntes capacitivas de uma linha MT, em situação de recurso, exceder os
valores anteriores estes deixam de ser aplicáveis. Será necessária a realização de um
estudo para determinar a parametrização mais apropriada.

5.2.2 - DEFEITOS ENTRE FASES


Para a protecção da reactância de neutro e do TSA devem ser considerados as seguintes
parametrizações

Reactância / Reactância / Neutro


Resistência 300A Resistência 1000A Isolado
I> 135A 450A 20A
t(I>) 0,5s 0,5s 0,5s
I>> 420 A 1400 A 420 A
t(I>>) Inst. Inst. Inst.
Tabela 5.9 – Parametrizações da MI do painel TSA/RN

Caso exista um defeito no cabo de ligação do painel à reactância não existe corrente
homopolar a circular pela protecção de painel. A corrente homopolar fecha-se entre a
impedância de neutro e o ponto de defeito. Por este motivo não existe protecção específica
para este cabo. A protecção é assegurada pela MI.

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5.2.3 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 5.4 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel do TSA/RN

5.3 - PAINEL DE CHEGADA DO TP (MT)


5.3.1 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)
O principal objectivo é o “backup” às saídas de MT. Devem ser aplicadas as seguintes
regulações:
I> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 1,3*ITP
Top = 1,5s
Em que:
ITP – Corrente nominal do Transformador

5.3.2 - PROTECÇÃO/AUTOMATISMO DE MÍNIMO DE TENSÃO (27)


A protecção, e o automatismo, de mínimo de tensão deverão ter as seguintes parametrizações:
U< (actuação): 85%VN
t(U< actuação): 3,0s
U< (reposição): 90%VN
t(U< reposição): 5,0s
Tempo de passagem: 1,0s

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Capitulo V

Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. As regulações para
a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação o DTR;
Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes.

A condição de supervisão interna de TT deve ser determinada através da medida das tensões do
semi-barramento e da corrente no TP.

5.3.3 - PROTECÇÃO DE MÁXIMO DE TENSÃO (59)


A protecção de máximo de tensão deverá ter as seguintes parametrizações:
U>: 115%VN
t(U>): 3,0s

5.3.4 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 5.5 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de chegada MT

5.4 - PAINEL DA BATERIA DE CONDENSADORES


5.4.1 - DEFEITOS ENTRE FASES (50)
As parametrizações deverão ser as seguintes:
I> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 1,3*IBC
Top = 0,5s

I>> – protecção de MI 2º escalão


Iop = 4,0*IBC
Top = 0,1s
Em que:
IBC – Corrente nominal da bateria de condensadores

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 108
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Capitulo V

5.4.2 - DEFEITOS INTERNOS


Contra defeitos à terra existe uma protecção de desequilíbrio de neutro. Esta deve ser regulada
segundo as especificações do fabricante das baterias de condensadores.

A medida de corrente desta protecção é realizada pelo TI colocado na ligação entre os neutros
dos escalões da Bateria de Condensadores.

5.4.3 - DEFEITOS À TERRA


Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
I0> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 50A
Top = 0,5s

5.4.4 - SOBRETENSÕES
Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
U> – protecção de MU 1º escalão
Vop = 115%VN
Top = inst.

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 109
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e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo V

5.4.5 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 5.6 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da bateria de
Condensadores

5.5 - PAINEL TP (AT)


5.5.1 - DEFEITOS ENTRE FASES
Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
I> – protecção de MI 1º escalão
Iop = 1,3*ITP
Top = 1,5s

I>> – protecção de MI 2º escalão


Iop = 17,0*ITP
Top = 0,2s

5.5.2 - DEFEITOS INTERNOS


Para a protecção contra defeitos internos utiliza-se uma protecção diferencial. Uma vez que
existem várias definições de corrente restritiva e corrente diferencial utilizam-se as seguintes
definições:
Corrente Diferencial: I dif = I p − I s − I t

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Capitulo V

Corrente Restritiva:

I p + Is
Transformadores de 2 enrolamentos: I rest =
2
I p + I s + It
Transformadores de 3 enrolamentos: I rest =
2
Em que:
Ip – Corrente no primário do TP
Is – Corrente no secundário do TP
It– Corrente no terciário do TP

As parametrizações da função diferencial deverão ser as seguintes:


Protecção Diferencial
Idif> = 0,2*ITP
Idif>> = 10,0*ITP
Top = Inst.
m1 = 35%
m2 = 45%
Im1 = 0,50*ITP
Im2 = 1,20*ITP

Restrição por segunda harmónica: 


 I 2H  = 10%
I 1H 
 

Restrição por quinta harmónica: 


 I5H  = 35%
 I1H 

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 111
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Capitulo V

Idif

Idif>>

m2

m1
Idif>

Im1 Im2 Irest

Figura 5.7 – Característica operacional de uma protecção diferencial de transformador

5.5.3 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA DE PROTECÇÕES

Figura 5.8 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da AT do TP

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Capitulo VI

6 - CAPITULO VI – AUTOMAÇÃO

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Capitulo VI

6.1 - SUBESTAÇÃO
6.1.1 - REGULAÇÃO AUTOMÁTICA DE TENSÃO
Os parâmetros para a regulação automática de tensão são:
Tipo de operação: Tempo definido
Desvio de Tensão (∆V):equivalente a 2 tomadas
Tensão de referência: a calcular mediante estudo específico55
Tempo de comutação de tomadas: 20,0s
Diminuição da tensão de referência56: a calcular mediante estudo específico

6.1.2 - DESLASTRE/REPOSIÇÃO DE TENSÃO AT


A protecção, e o automatismo, de mínimo de tensão AT deverão ter as seguintes
parametrizações:
U< (actuação): 20%Vn
t(U< actuação): 5,0s
U< (reposição): 90%Vn
t(U< reposição): 5,0s
Tempo de passagem: 3,0s
O deslastre por mínimo de tensão provoca o disparo dos disjuntores associados às linhas definidas
como ENTRADA e SAIDA.
A medida da tensão é realizada através da tensão composta.

6.1.3 - DESLASTRE/REPOSIÇÃO DE TENSÃO MT


O automatismo de deslastre e reposição por mínimo de tensão MT deverá ter as seguintes
parametrizações:
U< (actuação): 85%VN
t(U< actuação): 3,0s
U< (reposição): 90%VN
t(U< reposição): 5,0s
Tempo de passagem: 1,0s

Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. As regulações para
a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação do mínimo de tensão;

55À data da elaboração deste documento (Jun. 2011) a tarefa é executada pelo DCQS-ER.
56 A diminuição da tensão de referência é efectuado antes da ligação das Baterias de Condensadores pelo

automatismo de controlo horário.

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e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo VI

Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes.

A condição de supervisão interna de TT deve ser determinada através da medida das tensões do
semi-barramento e da corrente no TP.
A medida da tensão é realizada através da tensão composta.

6.1.4 - DESLASTRE/REPOSIÇÃO DE FREQUÊNCIA


Tendo em conta o plano nacional de deslastre de frequência em vigor à data de elaboração
deste documento a protecção, e o automatismo, de mínimo de frequência deverão ter as
seguintes parametrizações:
f< (actuação): 49,0 Hz
t(f< actuação): 0,0s
f<< (actuação): 48,5 Hz
t(f<< actuação): 0,0s
U< (bloqueio por mínimo de tensão): 75%VN57
Tempo de passagem: 1,0s
Apenas um destes escalões se encontra activo por cada painel MT. A selecção do escalão, ou a
inibição do automatismo, em cada saída MT é realizada através de um estudo específico (em
Junho de 2011 esta tarefa pertencia ao DCQS-ER).
Os parâmetros para a reposição são:
f(reposição): entre 49,5Hz e 50,5Hz
t(confirmação): 5,0s
Tempo de passagem: 1,0s

6.1.5 - CONTROLO HORÁRIO DA BATERIA DE CONDENSADORES


A definição de dos horários de funcionamento das baterias de condensadores necessita de um
estudo específico. Em Junho de 2011 este estudo era realizado pelo DCQS-ER, devendo no
entanto ser considerada a seguinte parametrização:
Tempo de descarga: 10 min.

6.2 - REDE MT
6.2.1 - AUTOMATISMO VT

O automatismo VT necessita de 4 parâmetros para a sua correcta operação:


T0 – Tempo de confirmação de ausência de tensão no OCR2
T1 – Tempo de confirmação de presença de tensão no OCR2

57 Tensão composta

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e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo VI

T2 – Tempo de confirmação de ausência de tensão no OCR2 para bloqueio


Tm – Tempo de vigilância de manobra

Nas tabelas seguintes encontram-se as parametrizações do automatismo VT consoante várias


topologias de colocação de dispositivos de corte na rede.

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 116
Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo VI

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e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo VI

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 118
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Capitulo VI

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 119
Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo VI

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 120
Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo VI

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ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 121
Guia Geral de Protecção e Automação da RND – Versão 3.0 – 2011-06-30

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