Guia Geral de Regulacao e Automacao v3
Guia Geral de Regulacao e Automacao v3
Guia Geral de Regulacao e Automacao v3
Automação da RND
Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo I
Índice
ÍNDICE ........................................................................................................................................................................ 2
1- CAPITULO I – DEFINIÇÕES E CRITÉRIOS GERAIS ................................................................................... 6
1.1 - INTRODUÇÃO E OBJECTIVO ............................................................................................................. 7
1.2 - DOCUMENTAÇÃO DE SUPORTE ...................................................................................................... 8
1.3 - ABREVIATURAS ........................................................................................................................................ 10
1.4 - REDE DE ALTA TENSÃO ..................................................................................................................... 11
1.4.1 - Critérios para aplicação da protecção diferencial de linha(87) ....................................................... 11
1.4.2 - Objectivos da protecçãode distância (21) ......................................................................................... 12
1.4.3 - Esquemas de teleprotecção (85) ........................................................................................................ 12
1.4.4 - Protecção diferencial (27) ................................................................................................................. 12
1.4.5 - Protecção de máxima intensidade (50) ............................................................................................. 12
1.4.6 - Protecção de máxima intensidade homopolar direccional (67N) ..................................................... 13
1.4.7 - Protecção de máxima intensidade homopolar (50N) ........................................................................ 13
1.4.8 - Detecção de condutores partidos (50BF) .......................................................................................... 13
1.4.9 - Protecção de frequência (81) ............................................................................................................ 13
1.4.10 - Religações (79) .............................................................................................................................. 13
1.4.11 - Verificação de sincronismo (25) .................................................................................................... 13
1.4.12 - Regime especial de exploração (REE)........................................................................................... 14
1.4.13 - Protecção diferencial de barramento (87) .................................................................................... 14
1.4.14 - Protecção/automatismo de mínimo de tensão (27) ........................................................................ 14
1.4.15 - Interligação para produtores em regime especial ......................................................................... 14
1.4.16 - Coordenação com clientes AT ....................................................................................................... 15
1.5 - REDE DE MÉDIA TENSÃO .................................................................................................................. 15
1.5.1 - Linha MT ........................................................................................................................................... 16
1.5.2 - Painel de TSA/RN .............................................................................................................................. 18
1.5.3 - Painel da bateria de condensadores .................................................................................................. 18
1.5.4 - Painel de chegada do transformador (MT) ....................................................................................... 18
1.5.5 - Painel transformador (AT) ................................................................................................................ 19
1.5.6 - Coordenação com Postos de Seccionamento .................................................................................... 19
1.5.7 - Coordenação com clientes MT (PT até 1600kVA) ............................................................................ 20
1.5.8 - Protecção de interligação para Produtores em Regime Especial ..................................................... 20
2- CAPITULO II – REDE AT .............................................................................................................................. 21
2.1 - PAINEL DE LINHA AT ............................................................................................................................... 22
2.1.1 - Condições de Aplicação .................................................................................................................... 22
2.1.2 - Critérios para a Instalação de protecções diferenciais ..................................................................... 22
2.1.3 - Protecção de Distância (21) .............................................................................................................. 22
2.1.4 - Esquemas de Teleprotecção (85) ....................................................................................................... 25
2.1.5 - Protecção Diferencial (87) ................................................................................................................ 26
2.1.6 - Protecção de Máxima Intensidade (50) ............................................................................................. 28
2.1.7 - Protecção de Máxima Intensidade Homopolar Direccional (67N) ................................................... 28
2.1.8 - Protecção de Máxima Intensidade Homopolar (50N) ....................................................................... 29
2.1.9 - Detecção de condutores partidos (50BF) .......................................................................................... 30
2.1.10 - Protecção de Frequência (81) ....................................................................................................... 30
2.1.11 - Religações (79) .............................................................................................................................. 30
2.1.12 - Verificação de sincronismo (25) .................................................................................................... 31
2.1.13 - Regime Especial de Exploração (REE) ......................................................................................... 31
2.1.14 - Localizador de Defeitos ................................................................................................................. 32
2.1.15 - Recolha de Oscilografias ............................................................................................................... 32
2.1.16 - Representação Gráfica do sistema de protecções ......................................................................... 34
2.2 - PAINEL DE BARRAS AT ............................................................................................................................. 35
2.2.1 - Critérios para a Instalação de protecções diferenciais de barramento ............................................ 35
2.2.2 - Protecção Diferencial de barramento (87)........................................................................................ 35
Redigido por: Versão: Data: Verificado: Cópias a: Página:
ML 3.0 2011-06-30 JG DCQS-AR 2
Guia Geral de Protecção
e Automação da RND 30Junho 2011
Capitulo I
Nos capítulos III, IV e V serão descritos os critérios para a rede de Média Tensão, composta por:
Painel de linha MT;
Painel de Transformador de Serviços Auxiliares e Reactância de Neutro;
Painel de Bateria de Condensadores;
Painel de Transformador de Potência;
Postos de Seccionamento MT;
Produtores em Regime Especial em MT (≤30kV);
Clientes MT.
A RND pretende manter este manual actualizado permanentemente. Para isso recorrerá aos
conhecimentos e evolução dos sistemas eléctricos e editará periodicamente uma nova
revisão.
Relatórios Labelec
RL 04/02 DED-PT: "Parametrização de Protecções Amperimétricas em redes MT"
RL 05/06 DED-PT: "Protecções Homopolares e segurança de pessoas: Sensibilidade
vs Rapidez"
RL 05/07 DED-PT: "Detecção de Condutores Partidos em redes de MT"
Relatórios KEMA
40630020-Consulting 08-1090 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part I
40630020-Consulting 08-0591 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part II
40630020-Consulting 08-0593 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part III
40630020-Consulting 08-0601 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part IV
40630020-Consulting 08-0602 Common protection philosophy medium voltage
distribution system of EDP Distribution -- Part V
30700150-Consulting 07-1433New setting for phase-to-ground fault protection relays
Dissertação de Mestrado
O Sistema de Protecções na Perspectiva da Segurança de Pessoas em Redes de
MT
Artigos Científicos
Pinto de Sá, J. L. and Louro, M., “On Human Life Risk-Assessment and Sensitive
Ground Fault Protection in MV Distribution Networks”, IEEE Transactions on Power
Delivery, vol. 25, nº 4, Out. 2010, pp 2319-2327
Outra documentação.
Projecto-Tipo de Subestações versão 2006
Guia Técnico das Instalações de Produção Independente de Energia
Relatório Interno RL03/2010/DCQS-AR – Alteração de Protecções de Interligação de
PRE na RND
Relatório interno QST2010 SubProjecto 7.2.1 – Definição de Critérios de Instalação,
Operação e Condução TCMT
1.3 - ABREVIATURAS
Neste manual são utilizadas as seguintes abreviaturas:
AT Alta Tensão
CAPE Computer Aided Protection Engineering
COM Comunicações
CP Protecção de Condutor Partido
Dif Protecção Diferencial
F< Mínimo de Frequência
F> Máximo de Frequência
FFM Monitor de Fusão de fusíveis de TT
GIS Gas-Isolated Switchgear
IEC International Electrotechnical Commission
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers
I> 1º escalão de protecção de Máxima Intensidade
I>> 2º escalão de protecção de Máxima Intensidade
I>>> 3º escalão de protecção de Máxima Intensidade
I0> 1º escalão de protecção de Máxima Intensidade Homopolar
I0>> 2º escalão de protecção de Máxima Intensidade Homopolar
I0d> 1º escalão de protecção de Máxima Intensidade Homopolar Direccional
I0d>> 2º escalão de protecção de Máxima Intensidade Homopolar Direccional
LigDEF Ligação sobre defeito
KEMA Keuring van Elektrotechnische MAterialen
MT Média Tensão
PDist Protecção de Distância
CÓDIGOS ANSI
21 Protecção de Distância
25 Verificação de Sincronismo
27 Protecção de Mínimo de Tensão
50 Protecção de Máxima Intensidade
50BF Detecção de Condutores Partidos
50N Protecção de Máxima Intensidade Homopolar
51N Protecção de Máximo Intensidade Homopolar de Tempo Inverso
59 Protecção de Máximo de Tensão
59N Protecção de Máximo de Tensão Homopolar
67N Protecção de Máxima Intensidade Homopolar Direccional
79 Religação Automática
81 Protecção de Frequência
85 Esquemas de Teleprotecção
87 Protecção Diferencial
A tensão homopolar deve ser medida através dos TT ligados em triângulo aberto para evitar a
perda da MIHD no caso de actuação dos disjuntores BT dos TT de fase.
Entende-se que estes tópicos deverão ser tratados pelo cliente, eventualmente em
colaboração com a RND caso se considere que as parametrizações apresentadas colocam
algum problema ao cliente.
Considera-se que o cliente se liga à rede através de um transformador. Nestas circunstâncias
serão necessárias as seguintes funções de protecção:
Protecção diferencial para o transformador principal
Protecção de MI (1 escalão)
Protecção de MIH (1 escalão)
Protecção de Mínimo de Tensão (1 escalão)
Sempre que o cliente possua mais do que uma alimentação à sua instalação é
adicionalmente requerido:
Painel de linha AT (com as funções definidas neste manual). As regulações serão
fornecidas pela RND.
1.5.1 - LINHA MT
Para a determinação dos critérios de protecção para o painel de Linha MT deverá ser utilizado
o fluxograma da figura seguinte.
Religações (79)
As religações previstas contemplam o funcionamento dos OCR2 espalhados na
rede MT.
As conclusões do trabalho do subgrupo 2.1 do QST2010 foram incorporadas neste
documento.
Os critérios da religação são os seguintes:
Religação Rápida
1ª Religação Lenta
2ª Religação Lenta
REE A:
• Temporização das protecções1 de MI, MIHD e MIH, de modo a evitar
disparos com transitórios observados na rede;
• Religações bloqueadas;
• Temporização do rearme do DTR (quando suportado);
• Defeitos à terra eliminados pela actuação temporizada do DTR;
• Bloqueio da PTR da saída.
REE B:
• Temporização das protecções2 de MI, MIHD;
• Religações bloqueadas;
• Defeitos à terra eliminados pela actuação instantânea do DTR;
• Bloqueio da PTR e MIH da saída.
Assume-se que o neutro da rede se encontra ligado à terra através de uma impedância
limitadora ou resistência limitadora.
2 - CAPITULO II – REDE AT
A instalação de uma protecção diferencial será realizada caso se cumpra um, ou mais, dos
seguintes critérios:
Xd SE C Xf
Xa Xb
SE F
SE A Xc Xe
SE B SE D
2º Escalão de Actuação:
Direccionalidade: “Forward”;
Xop (alcance indutivo): 1,2*max(Xa+Xb; Xa+Xc);
Rop_FF (alcance resistivo para defeitos entre fases): Xop;
Rop_FT (alcance resistivo para defeitos entre uma fase e a terra): max(2*Xop; Rmin);
Top: 0,3s (poderá ser de 0,6s se houver necessidade de coordenação com linhas
curtas).
3º Escalão de Actuação:
Direccionalidade: “Forward”;
Xop (alcance indutivo): valor que permita a detecção de defeitos na linha
adjacente mais longa, com “infeeds”, e que não alcance a MT do TP.
Rop_FF (alcance resistivo para defeitos entre fases): Xop;
Rop_FT (alcance resistivo para defeitos entre uma fase e a terra): max(2*Xop; Rmin);
Top: 1,0s.
O “infeed” pode ser determinado através da seguinte expressão:
N I
X op = X a + max ( X b , X c ) + max ( X d , X e ) 1 + ∑ i = 2 CCi
I CC1
Em que:
Icc1 – Contribuição para a corrente de defeito por parte da linha a proteger
Icci – Contribuição para a corrente de defeito por parte da linha adjacente i
N – Número de linhas que contribuem para a corrente de defeito
Escalão de Arranque:
Direccionalidade: Não direccional;
Xop (alcance indutivo): 1,2*Xop_3ºescalão (Não poderá alcançar a MT);
Rop_FF (alcance resistivo para defeitos entre fases): 1,2*Xop_3ºescalão;
Rop_FT (alcance resistivo para defeitos entre uma fase e a terra): max(2,4*Xop_3º escalão;
Rmin);
Top: 2,0s.
1 Z
Factor de Compensação da impedância Homopolar: k0 = h − 1 8
3 Zd
VN
Bloqueio por Sobrecarga: Z c arg a _ max = 0,9 9
2 3I max
Bloqueio de 2ª harmónica:
I2H
I = 10%
1H
Sempre que possível deverá ser utilizada uma protecção diferencial em vez de um esquema
de teleprotecção.
Sempre que existir possibilidade de comunicação entre os 2 extremos da linha deverá ser
implementado um esquema de teleprotecção.
Devem ser utilizados os seguintes critérios:
Linhas exploradas em malha: Esquema POTT (“Permissive Overreach Transfer Trip”)
10Esta
opção deve-se ao facto de não existir uma normalização (CEI) desta função e de cada fabricante
apresentar a sua solução. No guia de protecções serão analisadas detalhadamente todas as soluções
apresentadas pelos fabricantes.
A protecção diferencial deve ser sempre utilizada tendo por base os critérios definidos
anteriormente (ver 2.1.2 -) e tem os seguintes objectivos:
Eliminação Rápida de Defeitos;
Detecção de Defeitos resistivos.
Pressupõe-se sempre a existência de uma protecção de distância como “backup” à
protecção diferencial.
Corrente Restritiva:
I ponto1 + I ponto 2
Diferencial de 2 vias: I rest =
2
I ponto1 + I ponto 2 + I ponto 3
Diferencial de 3 vias: I rest =
2
Em que:
Ipontoi – Corrente no ponto de medida i
Idif
Idif>>
m1
Idif>
Im1 Irest
Idif
Idif>>
m2
m1
Idif>
VN
(Vh )min = 4% = 1400V
3
I0d>: [80A … 200A], sempre que possível deverá ser de 100A ou o valor mais próximo
10º
Ih
Zona Operacional Vh
10º
Zona Não Operacional
A tensão homopolar deve ser medida através dos TT ligados em triângulo aberto para evitar a
perda da MIHD no caso de actuação do disjuntor BT dos TT de fase.
Solução 2:
I2>: 10%ITI
top: 20s (sinalização)
Esta função de protecção não provoca disparos mas sim sinalizações para o centro de
comando.
11Nocaso de existência de protecção diferencial apenas esta executa religações rápidas. A Z1 e Zalongada
encontram-se bloqueadas.
Linha
Viva Morta
Vivo Há religação Há religação
Barramento
Morto Há religação Não há religação
Tabela 2.2 – Condições para a ocorrência de uma religação automática
MIHD e MIH; não está previsto o disparo por supervisão de TT´s), as condições mínimas de
viabilização da exploração do painel em REE são:
Bloqueio das religações;
Disparo instantâneo do 1º escalão e 2º escalão da protecção de distância;
Disparo instantâneo de MIF, caso ocorra o disparo do disjuntor BT dos TT´s;
Disparo instantâneo duma função de protecção de máximo intensidade homopolar
(MIHD ou MIH).
12A função de localização de defeito apenas determina uma estimativa de distância entre o
ponto onde se encontra instalada a protecção e o local de defeito.
13 Podem ser utilizados os dados típicos de linhas fornecidos pela DPL.
14 Caso exista.
A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na Tabela 2.3.
Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
Zona 1 X
Zona Alongada X
Distância Zona 2 X
Zona 3 X
Zona de Arranque X
Diferencial Dif. X
I> X
Máxima Intensidade
I>> X
F< X
Frequência
F> X
Verificador de
VS X16
Sincronismo
Tabela 2.3 – Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia no painel de linha
AT
O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;
a) b)
Figura 2.5 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de linha AT: a) –
com protecção diferencial; b) – sem protecção diferencial.
A instalação de uma protecção diferencial de barramento será realizada caso se cumpra um,
ou mais, dos seguintes critérios:
Em todas as instalações em GIS.
A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.
Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
Idif> X
Mínimo de Tensão
Idif>> X
O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;
Figura 2.6 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de barras AT
Esta secção apresenta as parametrizações que devem ser aplicadas aos Produtores em
Regime Especial (PRE).
No actual Guia Técnico da Instalação de Produção Independente (versão 1990 com
alterações definidas no Despacho de 03-08-2007) definem-se vários tipos de PRE conforme a
topologia da sua ligação à rede eléctrica:
Topologia a) – Ligação à rede de transporte em Muito Alta Tensão (MAT) com o ponto
de ligação na instalação do promotor; Esta topologia á aplicada apenas na RNT.
Topologia b) – Ligação à rede de transporte em AT com o ponto de ligação numa
instalação da RNT;
Topologia c) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com ponto de ligação na
instalação do promotor, sem cargas associadas ao ramal de ligação ou ponto de
ligação na instalação da EDP Distribuição;
Topologia d) – Ligação à rede de distribuição em AT ou MT com o ponto de ligação na
instalação do promotor, com cargas associadas ao ramal de ligação.
A topologia c) depende da existência de protecções de frequência na instalação da EDP
Distribuição.
Os parâmetros das protecções de interligação foram definidos no relatório interno
RL03/2010/DCQS-AR que adapta os resultados do relatório “Estabilização da Produção em
Regime Especial e Requisitos de Protecção e de Controlo Automático – Relatório nº 1:
Instalações de Energia Eólica” (versão 1.3) ao Despacho de 03-08-2007 da DGEG.
A medida da tensão para as funções de protecção deve ser realizada pela tensão composta
ou pela componente directa da tensão. A utilização da tensão simples para este efeito
traduzir-se-á num elevado número de disparos intempestivos para o PRE.
A medida da frequência para as funções de protecção deve ser realizada através da tensão
composta ou da componente directa da tensão. A utilização da tensão simples para este
efeito poderá traduzir-se num elevado número de disparos intempestivos para o PRE.
2.3.2 - TOPOLOGIA C)
Nas figuras seguintes apresenta-se de forma esquemática os casos abrangidos pela topologia
c) para redes AT.
18 Este valor é de 2,4s caso sejam cumpridos os valores de MI para a rede AT definidos neste relatório
19 Tensão de bloqueio das funções de frequência
20 O tempo de operação da protecção não pode exceder o valor de 0,12s
U0>: 5% VN
top (U0>): maior Top MIH/MIHD da rede AT de inserção + 0,4s
U0>>: 50% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s20
Requisitos técnicos:
No PN LAT da instalação da REN, no qual o PRE interliga, a função religação deverá
estar condicionada à ausência de tensão na linha; caso contrário esta função deverá
ficar fora de serviço. No caso de o PRE interligar a um PN LAT duma instalação da EDIS,
a função religação deverá estar condicionada à verificação de condições de
sincronismo; caso contrário esta função deverá ficar fora de serviço.
Caso ocorram situações de funcionamento da instalação do PRE em ilha, será
necessária a implementação de esquemas comunicantes – teleprotecção –
associados aos Sistemas de Protecção (SP) da RND AT, de forma a proceder à
colocação fora de serviço do PRE (através de transferência de disparo para o disjuntor
21No caso de a protecção não permitir a parametrização deste valor utilizar-se-á o valor mais
aproximado.
Para parques eólicos com capacidade de “Low Voltage Ride Through” (definida no
Regulamento da Rede de Distribuição, anexo II da portaria 596/2010) as regulações são:
Requisitos técnicos:
No PN LAT da instalação da REN, no qual o PRE interliga, a função religação deverá
estar condicionada à ausência de tensão na linha; caso contrário esta função deverá
ficar fora de serviço. No caso do PRE interligar a um PN LAT duma instalação da EDIS, a
função religação deverá estar condicionada à verificação de condições de
sincronismo; caso contrário esta função deverá ficar fora de serviço.
A função de protecção de frequência deverá operar para o valor mínimo de tensão
de 20%VN.
Caso ocorram situações de funcionamento da instalação do PRE em ilha, será
necessária a implementação de esquemas comunicantes – teleprotecção –
associados aos SP´s da RND AT, de forma a proceder à colocação fora de serviço do
PRE (através de transferência de disparo para o disjuntor do PN LAT dedicado para
interligação do PRE na instalação da EDIS), caso o(s) disjuntor(es) do lado da
alimentação da REN tenha(m) disparado.
Figura 2.8 – Representação gráfica das funções de protecção para PRE com topologia c)
2.3.3 - TOPOLOGIA D)
Nas figuras seguintes apresenta-se de forma esquemática os casos abrangidos pela topologia
d) para redes AT.
Requisitos técnicos:
No PN LAT da instalação da EDIS, no qual o PRE interliga, a função religação deverá
estar condicionada à verificação de condições de sincronismo, ou em alternativa
deverá estar previsto o teledisparo do disjuntor de interligação do PRE; caso contrário
as funções de protecção de máximo de tensão homopolar e mínimo de tensão não
deverão ser temporizadas.
Para parques eólicos com capacidade de “Low Voltage Ride Through” (definida no
Regulamento da Rede de Distribuição, anexo II da portaria 596/2010) as regulações são:
Requisitos técnicos:
Necessária implementação do teledisparo do disjuntor de interligação do PE, na
sequência da actuação dos SP´s do PN LAT da instalação da EDIS, no qual o PE se
encontra ligado.
Caso se verifique que as regulações da protecção de mínimo de tensão do PE
inviabilizam sistematicamente o sucesso da religação rápida do(s) disjuntor do lado da
alimentação da REN, será necessária a implementação de esquemas comunicantes –
teleprotecção – associados aos SP´s da RND AT, de forma a proceder à colocação
fora de serviço do PE (através de transferência de disparo para o disjuntor de
interligação na instalação do PE ), caso o(s) disjuntor do lado da alimentação da REN
tenha disparado.
Figura 2.10 – Representação gráfica das funções de protecção para PRE com topologia d)
O regime especial de exploração deve ser implementado da seguinte forma nos PRE que
cumpram as topologias c) e d):
Funções de tensão e frequência com disparo instantâneo;
O PRE terá de poder ser colocado em REE através de telecomando.
Entende-se que estes tópicos deverão ser tratados pelo cliente, eventualmente em
colaboração com a EDP Distribuição caso se considere que as parametrizações apresentadas
colocam algum problema ao cliente.
Considera-se que o cliente se liga à rede através de um transformador. Nestas circunstâncias
serão necessárias as seguintes funções de protecção:
Protecção diferencial para o transformador principal
Protecção de MI (1 escalão)
Protecção de MIH (1 escalão)
Protecção de Mínimo de Tensão (1 escalão)
Sempre que o cliente possua mais do que uma alimentação à sua instalação é
adicionalmente requerido:
Painel de linha AT (com as funções definidas na secção 2.1 - deste documento). As
regulações serão fornecidas pela EDP Distribuição.
Em todos os casos terá de ser verificado se: I>> das saídas é menor que I> do TP.
As funções I>> e I>>> devem ser bloqueadas por corrente de 2ª harmónica caso esta
funcionalidade esteja disponível no módulo de protecção. A condição de bloqueio é a seguinte:
I2h/I1h ≥ 15%
35Pode ser aumentado para 0,7s se existir necessidade de coordenar com Postos de seccionamento a
jusante.
36Pode ser aumentado para 0,3s se existir necessidade de coordenar com Postos de seccionamento a
jusante.
α
Ih
Zona Operacional Vh
Dado que a protecção MIHD apresenta um comportamento mais selectivo em regime de neutro
isolado e que a PTR pode não ser selectiva a corrente operacional da MIHD é de 2A.
37 Se a zona de operação da protecção inversa for limitada a 20*Iop (tal como especificado na
VA + VB + VC
38 Vh – Tensão homopolar Vh =
3
Nota: Nos valores calculados para as reactâncias de 300A e de 1000A assumiu-se uma relação
X/R igual a 3. Caso seja superior a protecção MIHD poderá não detectar defeitos.
39Esta opção deve-se ao facto de não existir uma normalização desta função e de cada fabricante
apresentar a sua solução. No guia de protecções serão analisadas detalhadamente as opções de cada
fabricante.
40Pode ser aumentado para 0,5s caso exista necessidade de coordenar com Postos de Seccionamento a
jusante.
Religação Rápida
Temporização: 0,05s
Tempo de isolamento: 0,3s
Tempo de encravamento: 60s
1ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 15,0s
Tempo de encravamento: 60s.
2ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 30,0s
Tempo de encravamento: 60s.
I0>_PTR X X
I0d> X X
I0>> X X
Tabela 3.3 – Religações para as protecções contra defeitos à terra (Reactância ou resistência de
neutro)
I>
I>> X X
I>>>
Tabela 3.4 – Religações para as protecções contra defeitos entre fases (Reactância ou
resistência de neutro)
I0>_PTR X X
I0d> X X
I0>>
Tabela 3.5 – Religações para as protecções contra defeitos à terra (Neutro Isolado)
I>
I>> X X
I>>>
Tabela 3.6 – Religações para as protecções contra defeitos entre fases (Neutro Isolado)
Esta função de protecção não provoca disparos mas sim sinalizações para o centro de
comando.
REE B:
Temporização das protecções de MI, MIHD em 0,02s
Religações Bloqueadas
Defeitos à Terra eliminados pelo DTR (top = 0s e Iop = 2,0A)
Bloqueio da PTR e MIH da saída
A função de localização de defeito deverá apenas ser activada pelo Disparo ou Religação
Rápida das seguintes funções de protecção:
Protecção contra defeitos entre fases (50)
I>;
I>>;
I>>>;
Protecção contra defeitos à terra
I0d>;
I0>>.
41 Caso exista.
A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na Tabela 3.7.
Despoletarda Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
I> X
Máxima Intensidade I>> X
I>>> X
Tabela 3.7 – Funções de protecção que despoletam recolha de oscilografia no painel de saída
MT
O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;
Figura 3.3 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de saída MT
O valor de operação poderá ser superior a 5A desde que a rede alimentada seja constituída
exclusivamente por cabos subterrâneos e se a corrente de desequilíbrio em situação normal de
exploração (sem defeito) seja superior a 5A. Para o caso de as correntes normais de desequilíbrio
superiores a 5A deve-se utilizar a seguinte fórmula na parametrização do DTR:
I0> = 1,3*I0_normal
Em que,
I0_normal – corrente de desequilíbrio que passa pela reactância em situação normal (sem
defeito na rede MT)
Caso exista um defeito no cabo de ligação do painel à reactância não existe corrente
homopolar a circular pela protecção de painel.
A corrente homopolar fecha-se entre a impedância de neutro e o ponto de defeito. Por este
motivo não existe protecção específica para este cabo.
A protecção é assegurada pela MI.
A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.
Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
I> X
Máxima Intensidade
I>> X
43 Caso exista.
Figura 3.4 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel do TSA/RN
Em que:
IBC – Corrente nominal da bateria de condensadores
44 Caso exista.
A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.
Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
I> X
Máxima Intensidade
I>> X
Máxima Intensidade
I0> X
Homopolar
Ideseq> X
Defeitos Internos
Ideseq>> X
Máxima Tensão U> X
O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registosnas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;
Figura 3.5 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da bateria de
Condensadores
0 10%
√
t(U0<)= 180s
Em que:
VN – Tensão nominal composta (fase-fase)
Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. As regulações para
a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação o DTR;
Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes.
A condição de supervisão interna de TT deve ser determinada através da medida das tensões do
semi-barramento e da corrente no TP.
A medida da tensão homopolar será feita através dos TT em triângulo aberto.
45 Caso exista.
A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.
Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
Máxima Intensidade I> X
Máxima Tensão
U0> (DTR NI) X
Homopolar
Mínimo de tensão U< X
Máxima Tensão U> X
O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;
Figura 3.6 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da chegada do TP
Uma vez que existem várias definições de corrente restritiva e corrente diferencial utilizam-se as
seguintes definições:
Corrente Diferencial: I dif = I p − I s − I t
Corrente Restritiva:
I p + Is
Transformadores de 2 enrolamentos: I rest =
2
I p + I s + It
Transformadores de 3 enrolamentos: I rest =
2
Em que:
Ip – Corrente no primário do TP
Is – Corrente no secundário do TP
It– Corrente no terciário do TP
Idif
Idif>>
m2
m1
Idif>
Digitais:
Posição do Disjuntor do primário do TP;
Posição do Disjuntor do secundário do TP;
Posição do Disjuntor do terciário do TP;
Sinalização de disparo da protecção;
Sinalização de arranque e disparo das seguintes funções de protecção: Máxima
Intensidade 1º escalão (I>); Máxima Intensidade 2º escalão (I>>); Diferencial (Dif.).
A recolha de oscilografias deve ser despoletada pelas funções presentes na tabela seguinte.
Despoletar da
Oscilografia
Função de protecção Escalão Arranque Disparo
I> X
Máxima Intensidade
I>> X
Diferencial Dif. X
O despoletar das oscilografias pode ser realizado apenas pelo arranque das funções de
protecção caso sejam verificadas as seguintes condições:
Módulo de protecção permite guardar internamente mais do que 500 registos nas
condições indicadas;
Existe um sistema central de recolha de oscilografias na subestação que opera pelo
menos 1 vez por dia;
Utilizam-se as mesmas funções de protecção que numa saída MT de uma SE (secção 3.1.3 - deste
documento).
1000,00
100,00
PTR - saída SE
t (s)
10,00
2,53s
PTR - PS
1,89s 1,23s
1,00
MIHD + MIH - saída MT 0,92s
MIHD + MIH - PS
0,10
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00
I (A)
A PTR deverá estar limitada no seu tempo de actuação mínimo entre os valores 0,92s e 1,89s.
Preferencialmente deverá ser utilizado o valor de 0,92s. Este tem de ser sempre, pelo menos,
inferior em 0,3s à parametrização da saída MT da instalação a montante.
Topmin ∈ [ 0,98s;1,89s ] 46
Nota: Em substituição da curva CEI “Long Time Inverse” pode ser utilizada uma curva do tipo CEI
60255 muito inversa (α = 1; β = 13,5) com os seguintes parâmetros: Iop = 1,6A; TM = 2,66.
46Se a zona de operação da protecção inversa for limitada a 20*Iop (tal como especificado na
norma CEI60255) ou a 40*Iop esta condição é verificada. Admite-se uma característica idêntica
na SE e no PS.
Em que:
IPT – Corrente nominal do PT
Figura 3.10 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de clientes
3.8.2 - TOPOLOGIA C)
Nas figuras seguintes apresenta-se de forma esquemática os casos abrangidos pela topologia c)
para redes MT.
Ponto de Interligação
EDPD Comercial PRE
~
Rede Privada - MT
Ponto de Interligação
Técnico
Requisitos técnicos:
No PN LMT da instalação da EDIS, no qual o PRE interliga, a função religação deverá estar
condicionada à ausência de tensão na linha; caso contrário esta função deverá ficar
fora de serviço.
Caso ocorram situações de funcionamento da instalação do PRE em ilha, será necessária
a implementação de esquemas comunicantes – teleprotecção – associados aos Sistemas
de Protecção (SP) da RND AT, de forma a proceder à colocação fora de serviço do PRE
(através de transferência de disparo para o disjuntor do PN LAT dedicado para
interligação do PRE na instalação da EDIS), caso o(s) disjuntor(es) do lado da alimentação
da REN tenha(m) disparado.
No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 2 x maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,65s50
U0>>: DESACTIVADO
Para parques eólicos com capacidade de “Low Voltage Ride Through” (definida no
Regulamento da Rede de Distribuição, anexo II da portaria 596/2010) as regulações são:
U<<<: 18%VN
top (U<<<): 0,00s…0,1s48
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s48
U0>: 10% VN
top (U0>): maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,5s [1,0s]49
U0>>: 70% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s48
Requisitos técnicos:
No PN LAT da instalação da REN, no qual o PRE interliga, a função religação deverá estar
condicionada à ausência de tensão na linha; caso contrário esta função deverá ficar
fora de serviço. No caso do PRE interligar a um PN LAT duma instalação da EDIS, a função
religação deverá estar condicionada à verificação de condições de sincronismo; caso
contrário esta função deverá ficar fora de serviço.
A função de protecção de frequência deverá operar para o valor mínimo de tensão de
20%VN.
No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 2 x maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,65s [1,65]50
U0>>: DESACTIVADO
Figura 3.12 – Representação gráfica das funções de protecção para os PRE com topologia c)
3.8.3 - TOPOLOGIA D)
Nas figuras seguintes apresenta-se de forma esquemática os casos abrangidos pela topologia d)
para redes MT.
Requisitos técnicos:
No PN LMT da instalação da EDIS, no qual o PRE interliga, a função religação deverá estar
condicionada à ausência de tensão na linha, ou em alternativa deverá estar previsto o
teledisparo do disjuntor de interligação do PRE; caso contrário as funções de protecção
de máximo de tensão homopolar e mínimo de tensão não deverão ser temporizadas.
No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 2 x maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,65s [1,65s]50
U0>>: DESACTIVADO
As regulações para a topologia d), sempre que não exista de detector de tensão na SE EDPD ou
teledisparo, são as seguintes:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U<: 85%VN
top (U<): 0,00s…0,1s48
U>: 115%VN
top (U>): 0,00s…0,1s48
U0>: 10% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s48
No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 0,00s…0,1s48
Para parques eólicos com capacidade de “Low Voltage Ride Through” (definida no
Regulamento da Rede de Distribuição, anexo II da portaria 596/2010) as regulações são:
Requisitos técnicos:
Necessária implementação do teledisparo do disjuntor de interligação do PRE, na
sequência da actuação dos SP´s do PN LMT da instalação da EDIS, no qual o PRE se
encontra ligado.
A função de protecção de frequência deverá operar para o valor mínimo de tensão de
20%VN.
Caso ocorram situações de funcionamento da instalação do PRE em ilha, será necessária
a implementação de esquemas comunicantes – teleprotecção – associados aos SP´s da
RND AT, de forma a proceder à colocação fora de serviço do PRE (através de
transferência de disparo para o disjuntor do PN LAT dedicado para interligação do PRE na
instalação da EDIS), caso o(s) disjuntor(es) do lado da alimentação da REN tenha(m)
disparado.
No caso de o regime normal de operação da subestação de ligação ser neutro isolado deve-se
proceder à seguinte alteração das parametrizações:
Protecção de Tensão (27, 59, 59N)
U0>: 50% VN
top (U0>): 2 x maior Top MIH/MIHD da SE da EDPD + 0,65s [1,65]50
U0>>: DESACTIVADO
Figura 3.14 – Representação gráfica das funções de protecção para os PRE com topologia d)
1000,0
DTR
100,0
t (s)
10,0
MIH - TP (PHB)
3s
1,0
MIH - saída MT
0,5s MIH
MIH (Religação)
(Religação) 0,2s
0,1
02 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
I0 (A)
Nos casos em que não seja possível implementar este valor por limitação funcional das
protecções (ex.: o valor excede o máximo regulável na protecção) deve-se utilizar para este
escalão uma protecção de MIHD nas condições de 3.1.3.2.
α
Ih
Zona Operacional Vh
Neutro
Isolado
Iop 2A
α 90º
top 0,5s
Tabela 4.2–Parametrizações da protecção de MIHD
Nota: Em substituição da curva CEI “Long Time Inverse” pode ser utilizada uma curva do tipo CEI
60255 muito inversa (α = 1; β = 13,5) com os seguintes parâmetros: Iop = 1A; TM = 3,55.
Religação Rápida
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 0,3s
Tempo de encravamento: 60s
1ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 15,0s
Tempo de encravamento: 60s.
2ª Religação Lenta
Temporização: 0,0s
Tempo de isolamento: 30,0s
Tempo de encravamento: 60s.
I0> X X
I0>> X X
I> X X
I>>
Tabela 4.4–Religações previstas para as protecções contra defeitos entre fases (Reactância ou
resistência de neutro)
4.1.4.3 Neutro Isolado
As seguintes religações encontram-se previstas para regime de neutro isolado:
I0d> X X
I0>>
Tabela 4.5–Religações previstas para as protecções contra defeitos à terra (Neutro Isolado)
I> X X
I>>
Tabela 4.6–Religações previstas para as protecções contra defeitos entre fases (Neutro Isolado)
REE B:
Temporização das protecções de MI, MIHD em 0,02s
Religações Bloqueadas
Defeitos à Terra eliminados pelo DTR (top = 0s e Iop = 2,0A)
Figura 4.3 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de saída MT
Reactância / Reactância /
Neutro
Resistência Resistência
Isolado
300A 1000A
Iop 2A…5A51 2A…5A51 10%Vn
top 180s52 180s52 180s52
Tabela 4.7 – Parametrizações do DTR
O valor de operação poderá ser superior a 5A desde que a rede alimentada seja
constituída exclusivamente por cabos subterrâneos e se a corrente de desequilíbrio em
situação normal de exploração (sem defeito) seja superior a 5A. Para o caso de as
correntes normais de desequilíbrio superiores a 5A deve-se utilizar a seguinte fórmula na
parametrização do DTR:
I0> = 1,3*I0_normal
Em que,
I0_normal – corrente de desequilíbrio que passa pela reactância em situação
normal (sem defeito na rede MT)
MIH-TP (PHB)
Caso exista um defeito no cabo de ligação do painel à reactância não existe corrente
homopolar a circular pela protecção de painel.
A corrente homopolar fecha-se entre a impedância de neutro e o ponto de defeito. Por este
motivo não existe protecção específica para este cabo.
Figura 4.4 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel do TSA/RN
A medida de corrente desta protecção é realizada pelo TI colocado na ligação entre os neutros
dos escalões da Bateria de Condensadores.
Figura 4.5 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da bateria de
Condensadores
Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. As regulações para
a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação o DTR;
Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes.
A condição de supervisão interna de TT deve ser determinada através da medida das tensões do
semi-barramento e da corrente no TP.
Figura 4.6 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de chegada MT
Top = 0,2s
Uma vez que existem várias definições de corrente restritiva e corrente diferencial utilizam-se as
seguintes definições:
Corrente Diferencial: I dif = I p − I s − I t
Corrente Restritiva:
I p + Is
Transformadores de 2 enrolamentos: I rest =
2
I p + I s + It
Transformadores de 3 enrolamentos: I rest =
2
Em que:
Ip – Corrente no primário do TP
Is – Corrente no secundário do TP
It– Corrente no terciário do TP
Idif
Idif>>
m2
m1
Idif>
1000,0
DTR
100,0
t (s)
10,0
MIH - TP (PHB)
3s
1,0
MIH - saída MT
0,5s
MIH (Religação)
0,1
02 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
I0 (A)
α
Ih
Zona Operacional Vh
Neutro
Isolado
Iop 2A
α 90º
top 0,5s
Tabela 5.2 – Parametrizações da protecção de MIHD
5.1.4 - RELIGAÇÕES
As religações previstas neste ponto contemplam o funcionamento dos OCR2 espalhados na rede
MT. As conclusões do trabalho do subgrupo 2.1 do QST2010 foram incorporadas neste
documento.
I0> X X
Tabela 5.3 – Religações previstas para as protecções contra defeitos à terra (Reactância ou
resistência de neutro)
I> X X
Tabela 5.4 – Religações previstas para as protecções contra defeitos entre fases (Reactância ou
resistência de neutro)
I0d> X X
Tabela 5.5 – Religações previstas para as protecções contra defeitos à terra (Neutro Isolado)
I> X X
Tabela 5.6 – Religações previstas para as protecções contra defeitos entre fases (Neutro Isolado)
O valor de operação poderá ser superior a 5A desde que a rede alimentada seja
constituída exclusivamente por cabos subterrâneos e se a corrente de desequilíbrio em
situação normal de exploração (sem defeito) seja superior a 5A. Para o caso de as
correntes normais de desequilíbrio superiores a 5A deve-se utilizar a seguinte fórmula na
parametrização do DTR:
I0> = 1,3*I0_normal
Em que,
MIH-TP (PHB)
Caso exista um defeito no cabo de ligação do painel à reactância não existe corrente
homopolar a circular pela protecção de painel. A corrente homopolar fecha-se entre a
impedância de neutro e o ponto de defeito. Por este motivo não existe protecção específica
para este cabo. A protecção é assegurada pela MI.
Figura 5.4 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel do TSA/RN
Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. As regulações para
a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação o DTR;
Regulações: os valores “por defeito” dos fabricantes.
A condição de supervisão interna de TT deve ser determinada através da medida das tensões do
semi-barramento e da corrente no TP.
Figura 5.5 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel de chegada MT
A medida de corrente desta protecção é realizada pelo TI colocado na ligação entre os neutros
dos escalões da Bateria de Condensadores.
5.4.4 - SOBRETENSÕES
Devem ser aplicadas as seguintes parametrizações
U> – protecção de MU 1º escalão
Vop = 115%VN
Top = inst.
Figura 5.6 – Representação gráfica das funções de protecção para o painel da bateria de
Condensadores
Corrente Restritiva:
I p + Is
Transformadores de 2 enrolamentos: I rest =
2
I p + I s + It
Transformadores de 3 enrolamentos: I rest =
2
Em que:
Ip – Corrente no primário do TP
Is – Corrente no secundário do TP
It– Corrente no terciário do TP
Idif
Idif>>
m2
m1
Idif>
6 - CAPITULO VI – AUTOMAÇÃO
6.1 - SUBESTAÇÃO
6.1.1 - REGULAÇÃO AUTOMÁTICA DE TENSÃO
Os parâmetros para a regulação automática de tensão são:
Tipo de operação: Tempo definido
Desvio de Tensão (∆V):equivalente a 2 tomadas
Tensão de referência: a calcular mediante estudo específico55
Tempo de comutação de tomadas: 20,0s
Diminuição da tensão de referência56: a calcular mediante estudo específico
Esta função deve ser bloqueada pela supervisão de TT interna da protecção. As regulações para
a supervisão interna de TT são:
Estado: Activo e a bloquear a actuação do mínimo de tensão;
55À data da elaboração deste documento (Jun. 2011) a tarefa é executada pelo DCQS-ER.
56 A diminuição da tensão de referência é efectuado antes da ligação das Baterias de Condensadores pelo
A condição de supervisão interna de TT deve ser determinada através da medida das tensões do
semi-barramento e da corrente no TP.
A medida da tensão é realizada através da tensão composta.
6.2 - REDE MT
6.2.1 - AUTOMATISMO VT
57 Tensão composta