O Papel Do Professor
O Papel Do Professor
O Papel Do Professor
Resumo
Muitas vezes não sabemos como devemos nos
comportar quando nos deparamos com alguém com
alguma deficiência. Talvez a falta de formação
adequada nos coloque em algumas situações
desconfortáveis no nosso dia a dia e este trabalho tem
como objetivo mostrar o desenvolvimento do professor
dentro da sala de aula com alunos especiais. Trazendo
para a nossa realidade a questão da inclusão dentro da
escola levantando quais são as nossas expectativa como
professor e quais são as expectativas dos alunos e da
comunidade como expectadores do trabalho
desenvolvido. O objetivo da nossa pesquisa junto com
os autores foi mostrar a importância da formação
continuada para atender a essas pessoas, levantando
aqui questões de acessibilidade e locomoção. Nós como
professores saímos da graduação preparada para
trabalhar com a inclusão? Com certeza não, mas cabe
aos professores especializar-se na sua área desejada.
Mesmo com a escola abrindo as portas para a inclusão
nos dias de hoje ainda há muito no que avançar é claro
respeitando os limites e o seu modo de pensar e agir.
INTRODUÇÃO
A escolha por esse tema surgiu pela dificuldade que a escola comum e seus
profissionais apresentam no cotidiano em sala de aula, ao trabalhar com a inclusão.
O planejamento do professor de educação especial não deve ser diferente do professor
de classes regulares, pois, num sentido mais amplo, deve atender a todos.
É importante que os professores, demais alunos e famílias se adaptem ao meio que a
criança inclusa está inserida, dando a devida importância para tamanha contribuição na vida
escolar dessa criança.
1
Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque, 2013.
2
Mestre em Educação pela UNISO/SP; Especialização em Gestão Escolar pela UNICAMP e Didática do Ensino
Superior pela UNINOVE; Pedagoga e Pós-Graduada em Supervisão Escolar, Direito Educacional e Gestão
Escolar. Professora da FAC São Roque.
1 O PROFESSOR
No século XVII, a mulher ficou responsável pela educação dos filhos até 7 anos e as
meninas ficavam isoladas e aprisionadas até o casamento, encaixando-se em padrões
considerados naturais amorosa, sensível e outras qualidades que se adequasse ao instinto
maternal.Para muitos é essa características que leva a ter tantos profissionais na educação
principalmente na educação infantil uma vez que as educadoras passam a ter valores de mães
para essas crianças. A partir da década de 1960 é que as mulheres chegam às escolas nas
condições de estudante, e depois de muitas conquistas nas condições de docente.
A função do professor teve inicio no Brasil na primeira metade do século XIX,
começou com os homens tanto no ensino particular, de caráter religioso e até mesmo no
ensino primário. Dados de uma pesquisa realizada em 2003 pelo Ministério do Trabalho e
Educação, relata que 98,5% dos professores de educação infantil são mulheres, já nas quatros
primeiras séries do fundamental esse número cai para 85%, mas ainda é muito maior referente
ao número de homens. A partir da década de 1960 é que as mulheres chegam as escolas nas
condições de estudante, e depois de muitas conquistas nas condições de docente.
Embora em muitas escolas acreditem que o objetivo é só cuidar para que estejam
bem alimentadas e não se machuquem, a partir do momento que são atribuídos esses valores à
educadora, cria-se um vínculo de carinho e a atenção e muitas vezes esse carinho se confunde
com o carinho de mãe. A maneira que professor e aluno se relacionam cria a afetividade que
faz com que essa relação se fortaleça ainda mais. O aprendizado desse aluno se dá no
cotidiano, porque é através da prática que se constrói o conhecimento.
Talvez, o significado da palavra - incluir, não esteja ligado a inserir pessoas diferentes
na sociedade e sim fazer um trabalho diferenciado com essas pessoas, um trabalho que
Embora a escola precise ser repensada, para atender a cada necessidade, é necessária
uma reflexão, a começar pelo profissional, que não esteja ali apenas pelo seu salário, mas sim
para desenvolver um trabalho diferenciado, atendendo cada um dentro da sua necessidade e
que esse profissional possa desenvolver seu trabalho com êxito, embora ele seja preparado
para trabalhar com a diversidade, acaba tendo que adaptar-se ao meio, sem qualquer
valorização ou capacitação especifica.
A nossa sociedade é formada por uma gama de pessoas diferentes, onde cada pessoa é
singular, cada um tem a sua crença, a sua cultura e seus valores. Anormal é achar que na
escola pode ser diferente, quando tratam o trabalho escolar com igualdade, há um pressuposto
que diz que somos todos iguais negando assim as nossas diferenças. Para que a inclusão se
concretize é necessário repensar a forma com que as escolas estão organizadas e colocar em
prática o princípio da educação inclusiva, que é educação para todos.
A educação é um direito de todos, educação de qualidade e igualitária e nós, como
professores, tentamos fazer com que isso aconteça, no entanto, a capacitação de professores
passa por uma mudança a respeito da inclusão, visando melhora lá com atendimento
igualitário e qualitativo, com direito ao acesso e a permanência na escola, precisando também
ser levado em conta outros princípios como a acessibilidade e locomoção. O professor deve
O Presidente Luis Inácio Lula da Silva assinou o decreto que instituiu a Política
Nacional de Formação de Professores publicado no Diário Oficial da União de 30 de Janeiro
de 2009, cuja finalidade é organizar a formação inicial e continuada dos profissionais do
magistério para a educação básica, em regime de colaboração entre a União, os estados, o
Distrito Federal e os municípios. Os cursos de atualização e especialização de professores
ficarão a cargo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e
deverão ser homologados por seu Conselho Técnico-Científico da Educação Básica.
Na formação dos professores, a modalidade principal de ensino é presencial,
reconhecendo-se a importância dos sistemas semipresencial e a distância,
Entre os pontos em destaque estão o reconhecimento de que a formação do docente
para todas as etapas da educação básica é compromisso público de Estado, a necessidade de
articulação entre formação inicial e continuada, bem como entre diferentes níveis e
modalidades de ensino. O decreto enfatiza, também, a promoção de equalização nacional das
oportunidades para os profissionais do magistério em instituições públicas de ensino superior.
Outros temas abordados no documento dizem a respeito à educação inclusiva,
educação no campo, educação de jovens e adultos, bem como apoio aos programas de
formação em regiões e comunidades com necessidades específicas, como os quilombolas e os
indígenas.
Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 5 – nº 1 - 2014
Antes de seguir para aprovação presidencial, o documento passou por discussões
envolvendo profissionais da área e os mais diversos setores da sociedade. A minuta ficou
disponível para consulta pública e sugestões no portal do Ministério da Educação (MEC),
entre os dias 10 de outubro e 24 de novembro de 2008.
A Lei Federal Nº 11.502, atribui à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes) a responsabilidade pela formação de professores da educação básica,
uma prioridade do Ministério da Educação. O objetivo é assegurar a qualidade da formação
dos professores que atuarão ou que estejam em exercícios nas escolas públicas, além de
integrar a educação básica e superior visando à qualidade do ensino público. A Política
Nacional de Formação de Professores tem como objetivo ampliar a oferta e melhorar a
qualidade na formação dos professores.
O professor tem grandes desafios a vencer, dando a sua participação para a
contribuição social e para o desenvolvimento aluno e tem um papel muito importante, que é o
sucesso da educação, seja ela formal ou informal.
Para uma educação de qualidade é necessário uma formação sólida e contínua, com
uma progressão continuada que lhe forneça subsídios para uma reflexão sobre a sua prática
pedagógica.
Talvez o que deixe o professor mais preocupado, seja a insegurança em relação à sua
inexperiência, já que nos cursos superiores aprendeu apenas a lidar com a teoria e não teve
acesso às práticas pedagógicas, diretamente com alunos especiais. No que consiste à
educação, o dia a dia da escola e da sala de aula exigem que o professor seja capaz de
organizar as situações de aprendizagem considerando a diversidade dos alunos. Essa nova
competência implica a organização dos tempos e dos espaços de aprendizagem, dos
agrupamentos dos alunos e dos tipos de atividades para eles planejadas.
É de extrema importância um planejamento flexível que se adapte de acordo com a
necessidade e capacidade de cada um, o professor situa-se como mediador e facilitador na
organização dos alunos, de forma que possibilite uma melhor interação, mesmo em níveis tão
diferentes, incluindo a todos, seja na educação física, capoeira, teatro ou qualquer outra
proposta pedagógica.
2 INCLUSÃO
A história da inclusão foi marcada por uma forte rejeição, preconceito e discriminação.
Relata-se que na literatura da Roma Antiga as crianças com deficiência, nascidas no principio
da era cristã, eram afogados por serem considerados anormais e débeis. Já na Grécia antiga,
Platão relata no seu livro “A República” que as crianças com má constituição ou com
deficiência eram sacrificadas ou escondidas pelo poder público.
Para entender melhor as diferenças, é necessário saber qual o significado entre deficiência
e síndrome. Deficiência quer dizer insuficiente, insatisfatória; segundo a psicologia, diz-se de
uma pessoa diminuída das faculdades físicas ou intelectuais.
Definição: É uma lesão no sistema nervoso, causada por falta de oxigênio no cérebro do bebê
durante a gestação, ao nascer ou até dois anos depois do parto. Segundo Alice Rosa Ramos
superintendente técnica da Associação à Criança Deficiente (AACD) de São Paulo, “Em 75%
dos casos a paralisia vem acompanhada de um dano intelectual”.
Características: uma das principais é contratura muscular, uma perda na contenção muscular
que causa tensão, incluindo dificuldades para andar, na coordenação motora, no equilíbrio e
na força, podendo também afetar a fala.
Recomendações: É ideal envolvê-lo em atividades, para contornar as restrições com
coordenação motora, trabalhar com lápis e canetas mais grossas, com uma espuma em volta,
presa com elásticos, para facilitar o manuseio. Ao invés de cadernos, folhas avulsas são mais
fáceis de serem manuseadas, na lousa utilizar letras grandes e convidá-lo a sentar-se na frente
e, mais importante, é que a cadeira seja inclinada. Se o aluno não falar, estabeleça uma
comunicação alternativa, que pode ser feita com papel cartão ou cartolina, onde são colocadas
figuras pequenas que servem como meio de comunicação, pode ser figuras de futebol, da
família, ou palavras-chave como sim, não, fome, sede, entre outras. É o canal de comunicação
entre o aluno e o professor.
Definição: Condição apresentada para os quem têm baixa visão, entre 40 e 60%, ou até
mesmo cegueira (resíduo mínimo da visão ou perda total) que leva à necessidade de usar o
Braille para ler e escrever.
Características: A perda da visão, no geral, é causada por duas doenças congênitas:
glaucoma (pressão intraocular que causa lesões irreversíveis no nervo ótico) e catarata
(opacidade no cristalino). Em muitos casos, as doenças são confundidas com uma ametropia
(miopia, hipermetropia ou astigmatismo), podendo ser corrigida pelo uso de lentes de contato,
o que permite o retorno total da visão. A catarata também pode ser corrigida, mas somente
com cirurgia. Segundo o oftalmologista Frederico Lazar, de São Paulo: “O aluno que não
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enxerga o colega a 2 metros nas brincadeiras, principalmente em espaços abertos, pode ter 5
ou 6 graus de miopia e não necessariamente baixa visão e cegueira”.
Recomendações: A escola deve promover a realização de exames de acuidade visual na
escola, para identificar possíveis doenças, sejam elas reversíveis ou não. Se o aluno não
percebe alguns tipos de expressões faciais, lide com ele de maneira perceptiva, alterando, por
exemplo, o tom da voz. A atenção deve ser redobrada quando o assunto é mobilidade e
orientação, sendo preciso identificar os degraus com contrastes (faixas amarelas ou
barbantes), os obstáculos como pisos com alturas diferentes, e principalmente os vãos livres
com desníveis. A sinalização de marcos é importante, como tabuletas indicando cada sala e
espaço, feitas também em braile. Outra atividade necessária é trabalhar com maquetes em sala
de aula, para que o espaço em que ele esteja inserido seja facilmente identificado. Já na sala
de aula é sempre aconselhável não deixar mochilas no chão ou no corredor entre as cadeiras.
O professor deve usar materiais maiores e reconhecidos através do tato, os alunos com baixa
visão devem sentar próximos do quadro negro, sempre nas primeiras cadeiras. Alguns
necessitam de um material diferenciado.
Definição: causada por má-formação na orelha, no conduto (cavidade que leva ao tímpano),
nos ossos dos ouvidos ou ainda por uma lesão neurossensorial no nervo auditivo ou na cóclea
(parte do ouvido responsável pelas terminações nervosas). De origem genética ou pode ser
provocada por doenças infecciosas, como a rubéola e a meningite. Pode ser também
temporária, causada pela otite.
Características: Podendo ser leve, moderada severa ou profunda. E quanto mais aguda mais
difícil é pó desenvolvimento da linguagem e somente um exame é capaz de identificar o grau
da lesão.
Recomendações: Existem duas formas do aluno com deficiência auditiva desenvolver a
linguagem. Uma delas é usando o aparelho auditivo e passar por um acompanhamento
terapêutico, familiar e escolar. Pessoas surdas conseguem falar, para isso basta passar por
terapia, receber novos moldes e próteses e ter o apoio da família e do professor. Outra
maneira é aprender a língua brasileira de sinais (Libras). O aluno que tem perda auditiva
também demora mais para se alfabetizar, o professor deve pedir ao aluno que sente sempre
nas carteiras da frente, para que o mesmo possa ajudá-lo. O ideal é que se fale, sempre, para a
Definição: quando ocorre duas ou mais deficiências: autismo e síndrome de down; uma é
intelectual com outra física; uma intelectual uma visual ou auditiva. Uma das mais comuns
em sala de aula é surdo-cegueira.
2.1.6 Surdo-Cegueira
Definição: Geralmente se manifestam nos primeiros cinco anos de vida. São distúrbios nas
interações sociais recíprocas como padrões de comunicações estereotipados e repetitivos e
estreitamento nos interesses e nas atividades.
2.1.10 Autismo
Definição: São transtornos com influência genética causado por defeitos em partes do
cérebro, como o corpo caloso (que faz a comunicação entre os dois hemisférios), a amídala
(que tem funções ligadas ao comportamento social e emocional) e o cerebelo (parte mais
anterior dos hemisférios cerebrais, os lobos frontais).
Características: Tem dificuldades na interação social, ou de comportamento ( movimentos
fixos ou inalterado, como rodar uma caneta ou enfileirar carrinhos ) e de comunicação ( atraso
na fala). Porém alguns têm habilidades especiais e se tornam gênios.
Recomendações: É preciso ter paciência, pois a agressividades pode se manifestar, procure
avisar quando a rotina mudar, pois as alterações não são bem vindas, para minimizar a
A educação Inclusiva é um projeto em construção que ainda falta muito para que se
tenha uma educação inclusiva de qualidade, por que essa briga não só é dos pais e da
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sociedade como também dos professores, muitos professores colocam a criança especial como
obstáculo. Os professores devem modificar a sua prática para atender as necessidades desses
alunos, por que as disciplinas para os alunos com necessidades educacionais especiais são as
mesma só que adaptadas à necessidade de cada um.
O professor por mais inclusivo que ele seja ele não consegue incluir o aluno sozinho, a
participação de todos é fundamental para um melhor desenvolvimento dentro da comunidade.
É necessário tanto a escola como esses centros de apoio possam mudar pensando no que fazer
pra quem fazer e como construir uma sociedade inclusiva, usando sua técnica junto com os
materiais oferecidos pela escola ou instituição, o professor pode repensar sua prática
pedagógica junto com a equipe escolar.
Antes de começar a repensar na prática da inclusão é preciso um levantamento do que
já existe e quais habilidades são capazes, considerando o grau de dificuldade de cada um,
depois dessa análise que deve ser o ponto de partida os planos devem ser colocados em
prática, às matérias a ser aplicadas na educação inclusiva sendo na prática e na teoria. O
momento na sala de aula deve ser primordial que deve passar por uma adaptação para chegar
a ser um espaço inclusivo, o professor de escola regular acreditam que todos os alunos
inclusos tenham capacidade de aprender, as expectativas dos professores é de que todos os
alunos aprendam até por que a matéria é a mesma alguns desenvolvem, mais com algumas
dificuldades então devemos procurar a diversificação do material e do conteúdo para
desenvolver a autonomia do aluno gerando assim seu próprio conhecimento. A inclusão não
acontece em um mês e nem em um semestre mais sim todos os dias, o professor deve assumir
um compromisso de planejar para todos sem qualquer distinção.
Antes de ser deficientes todos são pessoas com sentimentos, que precisam de cuidado
afeto e proteção independente da sua deficiência. Todos tem a possibilidade de conviver,
interagir, aprender e ser feliz. O seu modo de ser e viver é o que torna o ser único, elas devem
ser vistas não como especiais e sim como pessoas com desafios diferentes e que nos ensinam
todos os dias. É indispensável a criação de serviços com intervenção precoce que tenham por
objetivo o desenvolvimento integral do educando nos aspectos físicos, psicoafetivos,
cognitivos, sociais e culturais, que priorizam o apoio e suporte à família e a inclusão dessas
crianças tanto na escola como na comunidade. Já os programas de intervenção precoce desde
o nascimento até os três anos de idade são indispensáveis para a promoção das
potencialidades e aquisição de habilidades e competências. Esses programas devem ser
desenvolvidos em conjunto com os serviços de saúde, sempre visando que essas crianças
necessitam algumas vezes, de algum tipo de orientação ou atendimento complementar nas
áreas de fisioterapia, fonoaudióloga, terapia ocupacional e psicologia. Esse trabalho em
conjunto com áreas da saúde e ação social é preferencial para a aquisição de órteses, próteses
e equipamentos específicos. Mas o fato é que mesmo a criança recebendo esse tipo de
atendimento por meio de um programa de intervenção não dispensa sua inclusão na escola
comum, além de ser um direito garantido na constituição, é um processo indispensável para a
construção da identidade, personalidade e para a formação da sua auto imagem por meio de
3 PESQUISA DE CAMPO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O professor da educação especial não deve se diferente dos outros professores, por que
deve trabalhar com adaptação curricular, inserindo todos os alunos. Para isso o seu
planejamento deve ser flexível, o professor tem que ser o transmissor desse direito do aluno
deficiente mostrando meios que insiram esse aluno a sociedade mesmo quando pareça
impossível. Embora a inclusão seja um direito garantido na lei a questão da acessibilidade e
permanência do aluno com necessidades especiais em alguns lugares não tem acessibilidade
nenhuma. Para que o trabalho seja desenvolvimento com êxito é necessário que uma gama de
outras coisas aconteça para que se interem esse aluno ao meio em que ele vive, o professor
também precisa está cercado de outros profissionais para que de fato a inclusão aconteça, a
criança deve fazer um acompanhamento com o profissional de sua deficiência para que haja
um avanço naquele grau da sua deficiência. A nossa sociedade é formada por pessoas
diferentes, cada um com suas crenças e seus valores, na escola não pode ser diferente já que
estamos sempre levantando a questão que ninguém é igual a ninguém.
Para uma educação de qualidade é necessário uma formação sólida e contínua para que
aconteça uma progressão continuada, e uma reflexão sobre as suas práticas pedagógicas. Com
certeza o que deixa o professor mais preocupado seja a sua inexperiência, precisa repensar
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seus planos para que não fique preso na questão do espaço físico ou na sala de aula,
procurando criar situações que envolvam essas crianças utilizando materiais e meios de
recursos ofertados pela instituição. A história da inclusão começa com a exclusão, e só depois
de muita discriminação começam a surgir os primeiros casos de inclusão, no séc.XX que
começou a inclusão aqui no Brasil e ainda um processo em andamento até hoje ainda há
muito a ser feito para que se tenha uma educação inclusiva de qualidade.
Para começar a pensar em mudanças é necessário que seja feito um levantamento do
que já tem sido feito e o que precisa ser feito para melhorar, por que antes de serem
deficientes eles são pessoas que tem sentimentos elas devem ser vistas como pessoas que
vivenciam desafios todos os dias, por mais que o professor seja inclusivo sozinho ele não
consegue fazer muita coisa é necessário uma equipe de apoio, que venha atender as
necessidades dessas crianças, fazendo um trabalho diferenciado, para inseri-lo na sociedade,
chamado de apoio pedagógico. Esse apoio dentro do contexto escolar tem a finalidade de
auxiliar o professor e o aluno no processo ensino aprendizagem.
A pesquisa de campo mostra a realidade em que vive os professores que trabalham
com a inclusão, as instituições não oferecem subsídios para a capacitação dos professores.
Muitos deles atuam na área há alguns anos e fazem o que gosta, trabalham com essas crianças
pelo amor e correm atrás da sua capacitação, para atender melhor essas pessoas dentro da sua
necessidade e capacidade.
Referências
FIGUEIREDO, Rita Vieira de. Incluir não é inserir, mas interagir e contribuir. In Revista
pedagógica Inclusão, Revista da Educação Especial. V.5, nº2, jul/dez 2010 ISSN1808-8899
(p.32 a 38).
PAULON, Simone Mainieri; FREITAS, Lia Beatriz de Lucca; PINHO, Gerson Smiech.
Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Disponível
em:< http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf>. Acesso em 12 jul. 2013.
ROMÃO, Juliana. Escola não é lugar de homem. In Revista Pedagógica. Pátio, Educação
Infantil. Ano VI, mar/jun 2008. ISSN 1677-3721.(p. 42 a 46)
Secretaria de Educação Especial, 2007.