Cedencia Temporaria de Trabalhadores em Angola
Cedencia Temporaria de Trabalhadores em Angola
Cedencia Temporaria de Trabalhadores em Angola
No passado dia 26 de Outubro foi publicado o Decreto Presidencial n.º 272/11, que veio
regulamentar, no território angolano e ao abrigo do artigo 32.º da Lei Geral do Trabalho, o regime
de cedência temporária de trabalhadores, bem como, a actividade das empresas de trabalho
temporário.
Este regime passa, com este diploma, a ter os seus contornos legalmente definidos sendo aplicável
a todas as empresas e cooperativas angolanas que detenham como objecto social a cedência
temporária de trabalhadores.
O exercício desta actividade passará a carecer da obtenção de uma autorização prévia, devendo
para tal a empresa requerente respeitar e preencher os seguintes requisitos:
(i) de idoneidade: capacidade da empresa para a prática de actos de comércio, isenta de qualquer
proibição de exercício;
(ii) de capacidade técnica, organizativa e funcional para esse exercício: instalações adequadas,
recursos humanos suficientes, etc;
(iii) e ter a sua situação contributiva regularizada perante a administração fiscal e a segurança
social.
O requerimento de autorização para o exercício desta actividade deverá ser dirigido ao órgão que
tutela a área da administração do trabalho em Angola, actualmente, o Ministério da Administração
Pública, Emprego e Segurança Social (MAPESS). Terão que ser juntos todos os documentos que
atestem o cumprimento dos requisitos acima referidos.
O pedido será apreciado no prazo máximo de 30 dias, sendo, no caso de aprovação, emitida a
respectiva licença para exercício da actividade.
Não obstante a regra da não integração do trabalhador cedido no quadro de pessoal efectivo da
empresa utilizadora do serviço, salientamos a possibilidade legal desta integração definitiva vir a
ocorrer caso o trabalhador se mantenha ao serviço da empresa após o termo do prazo de duração do
seu contrato, sendo nula qualquer cláusula contratual que disponha em sentido contrário.
As empresas não detentoras de licença, bem como as que pratiquem um conjunto de infracções
tipificadas no novo diploma, serão punidas pela Inspecção Geral do Trabalho de acordo com o
estipulado no Decreto n.º 11/03, de 11 de Março, diploma que define o regime de multas para os casos
de violação da Lei Geral do Trabalho.
O regime jurídico do trabalho temporário, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 272/11, entrou em
vigor em 26 de Outubro de 2010.
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