13-A Responsabilidade Do Marido
13-A Responsabilidade Do Marido
13-A Responsabilidade Do Marido
A responsabilidade do marido
Um jovem certa vez escreveu para mim, dizendo: “Você é muito duro
conosco, os homens. Você sempre é muito rigoroso. Por que não alivia nossa
situação?” Ao que respondi: “Não posso, porque sou um de vocês, e Deus
nos julgará com maior rigor”.
Desde o Éden, Deus pôs a responsabilidade do casamento sobre os ho
mens. A serpente tentou Eva, ela caiu ao colher o fruto proibido e comê-lo,
mas Deus foi direto ao homem naquela noite e disse-lhe: “Adão, onde você
está, homem?” (Gn 3.9). Adão [primeiro se escondeu; depois, ao ser con
frontado pelo Senhor] tentou culpar Eva: “Senhor, o problema foi causado
pela mulher que tu me deste” (Gn 3.12). Mas Deus não havia perguntado
sobre a mulher, e sim sobre quem o teria conscientizado de que ele estava nu.
Se você analisar com atenção as palavras de Jesus e de Paulo nos textos
até aqui comentados, verá que eles não estavam falando sobre divórcio, e sim
sobre casamento.
Assim como Jesus disse aos fariseus, precisamos voltar ao plano original
para o homem e para a mulher a fim de ver quais eram as intenções divinas
para o casamento.
Em Gênesis 2.24, dois princípios são dados aos homens que se casam:
deixar o pai e a mãe; e unir-se à mulher com quem se casam.
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substâncias em excesso para lidar com a situação. Isso faz buracos no revesti
mento do estômago.
Em outras palavras, sua mente e seu corpo produzem os “buracos”, têm
um colapso nervoso, precisam de ajuda psiquiátrica, ou até mesmo enlou
quecem. São mentes que têm que administrar algo para o qual não foram
criadas.
E assim como seu corpo não foi criado para a preocupação, seu casamen
to não foi criado para o divórcio. Passar por um divórcio, não importa quão
amigável ele seja, faz-lhe vivenciar um sentimento doentio, um trauma. Você
passa pelo mesmo sentimento de perda, mesmo quando quer o divórcio, que
passaria se aquela pessoa morresse.
Pessoas se divorciaram, foram perdoadas por terem quebrado os votos
matrimoniais e casaram-se outra vez. De modo geral, pode ser que elas este
jam felizes. Porém, em algum lugar em seu íntimo, ainda há um sentimento
perturbador que apenas a ressurreição poderá resolver totalmente.
O contexto social
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tou a prisão do profeta e mais tarde seu assassinato por Herodes Antipas (Mc
6.17-29).
Como João disse a Herodes que não era lícito para ele ter Herodias (Mt
14.4), talvez nem mesmo houvesse a possibilidade de um divórcio legal, em
bora João pudesse estar referindo-se ao incesto envolvido. Herodes, Filipe e
Herodias tinham mães diferentes, mas o mesmo pai.
Aparentemente, os fariseus não estavam tão preocupados com o divór
cio, mas sim em tentar fazer com que Jesus dissesse algo sobre a situação entre
Herodes Antipas e a esposa de seu irmão.
Além disso, havia duas escolas de teologia (ensino rabínico) naquela épo
ca. Uma defendia que a palavra que Moisés usou em Deuteronômio 24.4 era
restrita a seu significado exato, impureza. A palavra em hebraico é ervah, que
é usada apenas uma vez no Antigo Testamento e significa “desgraça, mácula,
ou vergonha, impureza” (Strong, 1984, p. 91). A outra escola ensinava que
a impureza cobria um vasto território; daí a ideia do uso comum do divórcio
por qualquer razão.
Entretanto, a resposta de Jesus foi: “Se você não consegue mais viver com
essa pessoa, não pode casar-se com mais ninguém. Você não pode nem mes
mo tocar outra pessoa sexualmente, porque faria com que essa outra pessoa
cometesse adultério com você. Além do mais, a esposa divorciada não poderá
casar-se com mais ninguém, e, caso contrário, você estará fazendo com que
ela cometa adultério”.
Mateus 19.6b e Marcos 10.9 dizem: Portanto, o que Deus ajuntou não
separe o homem.
Quem une casais em matrimônio ? Jesus disse que é Deus quem o faz.
Deus diz: “Você busca a mulher, e Eu unirei vocês. Veja aqui, filho, tenho
o que une!”
Isso não é maravilhoso?! Pensamos que o amor (que é o que pensamos
em termos físicos) une um homem e uma mulher, ou que a casa deles, ou
os filhos deles, ou apenas a quantidade de tempo que estão casados faz isso.
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figura paterna que eles tiveram não foi um bom modelo, nem soube criá-las.
Vocês, homens, que ainda não se casaram, por favor, atentem para essa
revelação. Se você ainda não é casado, seja rápido para ouvir e tardio para
falar. Não engane uma mulher nem brinque com as emoções dela. Tome a
decisão de não dar nenhum passo a não ser que esteja pronto a dar a vida pelo
seu casamento. Em outras palavras, não se aliste no exército até que esteja
pronto para lutar e nunca desertar.
Antes de começar a cortejar uma mulher, certifique-se de que ela é al
guém por quem você lutaria para conquistar até que a morte os separasse.
Hoje, muitas mulheres fazem autopromoção, mas vocês, homens, devem de
cidir e responder a seguinte pergunta: “Essa mulher me faria lutar por ela até
a morte?”
Analise todos os detalhes. E, acima de tudo, busque a vontade de Deus.
E vocês, mulheres, façam o mesmo.
Para ambos os sexos, é importante saber que querer conquistar uma pes
soa bonita pode levar ao engano. Uma pessoa bonita hoje pode ficar diferen
te daqui a dez anos, ou pode não ter uma aparência tão boa quando está sem
maquiagem ou quando está com a barba por fazer e sujo depois de um dia
duro de trabalho.
Ame alguém por causa de suas atitudes, seu caráter, sua força interior, e
todas as coisas que nunca mudarão.
E melhor ficar solteiro mais um pouco de tempo do que se atirar rápido
demais em algo que poderia ser como viver num inferno. Ao longo dos anos,
já aconselhei um número muito grande de pessoas em casamentos infelizes,
por isso sei do que estou falando.
Até mesmo religiões diferentes podem causar um problema. Se o que
você acredita é contrário ao que o outro crê, você está fadado a ter problemas.
Agora você pode pensar que o amor vence todas as barreiras, mas saiba que
isso só dura até o fim da lua de mel.
O amor pode conquistar o corpo físico, as emoções e a mente de uma
pessoa. Contudo, o amor não pode subjugar a vontade de alguém. A vontade
deve render-se e submeter-se por livre escolha de um indivíduo. Um corpo
submisso não deve ser confundido com uma vontade submissa ou com con
vicções espirituais.
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Não importa o quanto você ache que ama alguém, descubra se essa pessoa
serve a Deus e como serve. Procure ter certeza de que vocês estão carregando
a mesma lenha para queimar no mesmo altar perante o mesmo sacrifício. Se
não for assim, vocês terão dois altares e um fogo estranho, uma situação que
não agrada a Deus.
Lembre-se: o casamento é mais do que um contrato legal para poder dor
mir juntos fisicamente e compartilhar as obrigações financeiras familiares.
O casamento é a junção e a união de duas almas em que, ao centro, residem
a submissão, a convicção, os valores e a percepção moral e espiritual. Se as
duas almas não são compatíveis, o relacionamento está a caminho de uma
tragédia.
Notas bibliográficas
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