DigCompEdu - Sugestões de Estratégias para Progressão Entre Níveis
DigCompEdu - Sugestões de Estratégias para Progressão Entre Níveis
DigCompEdu - Sugestões de Estratégias para Progressão Entre Níveis
A ferramenta de diagnóstico Check-in apresenta, nos relatórios que gera após cada resposta, um conjunto de
sugestões para cada competência elementar, de modo a que o docente progrida para o nível seguinte ao que se
encontra. Contrariamente aos restantes níveis, o nível C apresenta as mesmas sugestões tanto para o C1 como para o
C2.
Nas próximas páginas deste documento apresentam-se todas as sugestões presentes nos relatórios do Check-in.
Recomenda-se ainda a leitura atenta das atividades proposta no DigCompEdu para cada competência elementar, a
partir da página 33 (Áreas do DigCompEdu em detalhe).
Sugestões para docentes posicionados nos níveis A1 e A2
A2 Seja qual for a tarefa concreta em mãos, incentive os alunos a descobrirem e desenvolverem, colaborativamente, regras
eficazes de comunicação e colaboração. Motive-os para documentarem as suas regras e reforçá-las entre si. Desafie essas
regras integrando tarefas ou variações que exijam diferentes estratégias de colaboração ou normas de comunicação.
Próximo passo: Defina incentivos para comunicação e colaboração
Competência 6.3: Criação de conteúdo
É verdade que é mais fácil incorporar atividades digitais numas disciplinas/áreas do que noutras. No entanto, quando pensa
sobre isso, encontrará uma unidade de estudo para a qual os próprios alunos podem criar conteúdo, p. ex., realizar uma
entrevista e filmá-la, tirar fotos de exemplos para estudo, escrever um texto e publicá-lo online, projetar um artefacto digital
A1 com um software que usa ...
Desta forma, motiva os seus alunos, aumenta o envolvimento deles no processo de aprendizagem e também promove as
suas habilidades na criação de conteúdo digital.
Próximo passo: Integre atividades digitais
Os seus alunos não têm o equipamento ou as habilidades digitais necessárias? Isto significa que tem de ser mais inovador(a).
A maioria dos alunos tem acesso a um telemóvel ou a uma câmara fotográfica em casa. Se não, poderá equipá-los com um
dispositivo da escola ou pedir-lhes que trabalhem em grupos ou equipas. Tirar fotos é uma atividade que todos, até os alunos
mais novos, são capazes de fazer e que pode estar ligada a qualquer disciplina/área, até matemática (p. ex., formas
A2 geométricas, padrões de números) ou desporto (p. ex., movimentos errados e corretos). Experimente! Pergunte aos seus
alunos sobre a opinião deles e os problemas enfrentados e tenha-os em consideração na sua próxima experiência. Verá que
isto não é uma perda de tempo, mas que aumentará o interesse dos seus alunos na sua disciplina - e, em muitos casos, também
a compreensão deles.
Próximo passo: Integre atividades digitais
Competência 6.4: Uso responsável
Mesmo que não preveja nenhumas atividades de aprendizagem que requeiram que utilizem a internet, os alunos,
eventualmente utilizam estratégias online de comunicação e informação para complementar a sua aprendizagem. Precisam de
compreender os rastos que deixam quando estão online, como proteger a sua identidade digital e como evitar a divulgação de
A1 informação pessoal.
Todos os professores precisam de trabalhar juntos para que os alunos possam beneficiar da riqueza de oportunidades de
aprendizagem disponíveis online, de maneira segura e responsável.
Próximo passo: Discuta regras de comunicação online com os alunos
É importante que os alunos tenham consciência das armadilhas da comunicação online, tais como spamming, phishing, stalking
e saibam como gerir a sua pegada digital e proteger os seus dados digitais. No entanto, também deve ter em consideração as
A2 normas sociais e culturais para comunicação. Discuta com os alunos a aplicação prática destas regras nos ambientes
colaborativos que usam e nas atividades online em que se envolvem. Aborde situações de comunicação concretas com eles e
como as regras definidas precisam de ser refinadas ou modificadas para se ajustarem à sua comunicação. Discuta, em conjunto,
que dados pessoais disponibilizam através dos programas e aplicações que utilizam, e para quem. Deixe-os também explorar
como gerir a sua identidade online, para que se sintam à vontade com a forma como se apresentam ao mundo e com a
informação que partilham online.
Próximo passo: Organize uma atividade digital adequada para discutir regras para comportamento online
Competência 6.5: Resolução de problemas
A resolução de problemas é uma competência-chave no século XXI. É por isto que nunca é cedo demais para estimular a
capacidade dos alunos de olharem para obstáculos como desafios e encontrarem formas inovadoras de os superar.
É verdade que a resolução de problemas significa coisas diferentes em disciplinas/áreas diferentes e para diferentes faixas
etárias. Para alunos jovens, já se pode classificar como resolução de problemas digitais quando enviam uma mensagem gravada
para o professor relativa a algo que se esqueceram de dizer na aula, ou tiram uma foto a algo que desejam mostrar, mas não
podem levar para a aula, etc.
A1 É importante permitir aos alunos formularem os seus problemas, identificarem as barreiras concretas encontradas e incentivá-
los a pensarem, por eles próprios, em formas de as superar. Para si, enquanto professor(a), isto significa que deve estar
aberto(a) às diferentes maneiras pelas quais os alunos superam obstáculos. E tal significa que deve tentar incentivar este modo
de encontrar soluções, que para si podem parecer ineficientes, arbitrárias, cientificamente duvidosas ou de algum modo não
ortodoxas. Pode e deve incentivar os alunos a melhorarem as falhas das suas estratégias de apropriação, ao mesmo tempo que
apreciam o facto de terem sido eles a dar o primeiro passo para superarem um importante obstáculo à sua aprendizagem.
Próximo passo: Incentive os alunos a superarem desafios de comunicação de forma criativa
A resolução de problemas é uma competência transversal no século XXI. A resolução autêntica de problemas ocorre quando
os alunos encontram um desafio real na sua aprendizagem ou nas suas vidas. Para os alunos, desafios como estes estão sempre
a acontecer. É apenas uma questão de os antecipar e fornecer os recursos necessários para que eles possam formular
criativamente uma solução individual. As tecnologias digitais podem, em muitos casos, ajudar os alunos a formularem uma
solução que podem experienciar como inovadora.
O próximo passo é antecipar melhor potenciais desafios e até desencadear ativamente situações desafiadoras de
A2 aprendizagem. Fique atento a situações em que os alunos verbalizam que há algo impossível de ser conhecido ou afirmado, ou
algo muito difícil de alcançar - algo desejável que eles acreditam que vá para além das suas capacidades ou possibilidades.
Converta-o num desafio a ser superado – coletivamente, por todos os alunos, por um pequeno grupo de alunos, ou
individualmente. Peça-lhes que identifiquem como este objetivo desejável pode ser atingido e que concebam um plano para o
alcançar, pensando em como a tecnologia pode ajudar no processo.
Verá que há muitas oportunidades de integrar a resolução de problemas digitais no seu ensino.
Próximo passo: Lance desafios e forneça recursos
Sugestões para docentes posicionados nos níveis B1 e B2
Área 4: Avaliação
Competência 4.1: Estratégias de avaliação
Reflita sobre o porquê de não estar a utilizar abordagens de avaliação digital com mais frequência. Se não estiver satisfeito(a)
com as funcionalidades da(s) ferramenta(s) digital(ais) que utiliza, pode ser uma opção identificar ferramentas semelhantes
que ofereçam melhores funcionalidades. Se acha que é moroso criar quizzes, uma solução pode ser pedir aos alunos que
criem quizzes uns para os outros. Afinal, a melhor maneira de aprender é ensinar.
Se os quizzes não captarem o que está em causa na sua disciplina, pondere a utilização de uma ferramenta ou de um formato
B1 digital diferente. Talvez um portefólio digital ou um blogue, no qual os alunos publiquem exemplos do seu trabalho, seja mais
apropriado. Aqui pode combinar avaliação com autorreflexão ou autoavaliação. Também pode experimentar diferentes modos
de fornecer feedback, p. ex. rubricas de avaliação, feedback simbólico (estrelas ou "gostos"), comentários escritos ou em
áudio/vídeo, etc. Experimente diferentes formatos ou soluções ou expanda a solução de base que funciona bem para si.
Próximo passo: Explore e adapte ferramentas digitais de avaliação
O próximo passo é tornar a avaliação mais eficaz e, ao mesmo tempo, mais significativa para os alunos.
Peça aos alunos que criem quizzes uns para os outros. Afinal, a melhor maneira de aprender é ensinar. Se estiver a usar
portefólios digitais ou blogues, pode combinar a sua avaliação com autorreflexão, autoavaliação ou avaliação por pares. Isto
poupa tempo e capacita os alunos. Para aumentar a variedade e a adequação do feedback, experimente diferentes formatos,
p. ex. rubricas de avaliação, feedback simbólico (estrelas ou "gostos"), comentários escritos ou em áudio/vídeo, etc. Investigue
B2 também se é possível utilizar os dados gerados pelas ferramentas e ambientes que usa de forma mais estruturada, para lhe
permitir, e aos seus alunos, uma compreensão mais detalhada da sua aprendizagem.
Investigue diferentes opções e cenários de implementação para desenvolver, sistematicamente, uma abordagem que funcione
para si, para a sua disciplina e para os seus alunos.
Próximo passo: Integre estratégias digitais e pedagógicas de forma holística
Competência 4.2: Análise de evidências
O próximo passo é monitorizar, sistematicamente, as necessidades de aprendizagem dos alunos ao longo do processo de
aprendizagem e intervir quando necessário. Isto permitir-lhe-á reagir eficazmente quando se verifiquem, p. ex., sinais de pouco
envolvimento, conflito social ou stress emocional. Olhar para os alunos de forma holística também pode ajudá-lo(a) a identificar
necessidades específicas de aprendizagem, p. ex. dislexia, TDAH, sobredotação ou problemas visuais e auditivos.
B1 Discuta esta evidência, a sua interpretação e possíveis conclusões com alunos e encarregados de educação individualmente,
para compreender melhor os problemas de fundo. Combine passos futuros concretos com encarregados de educação e alunos,
evidências adicionais a serem recolhidas (p. ex. diagnóstico) e estratégias a serem implementadas para responder às
necessidades específicas de aprendizagem deste aluno em particular.
Próximo passo: Analise dados de forma sistemática para intervir atempadamente
O próximo passo é combinar, sistematicamente, conjuntos de dados para enriquecer a sua compreensão das necessidades
individuais de aprendizagem de cada aluno. Olhe para os seus alunos de forma holística, incluindo as suas emoções e atitudes.
Tente identificar padrões no seu comportamento e esteja atento a mudanças nesses padrões.
Isto permitir-lhe-á reagir atempadamente quando se verifiquem, p. ex., sinais de pouco envolvimento, conflito social
ou stress emocional. Combine, também, dados do comportamento dos alunos em sala de aula com a performance em
diferentes tarefas para identificar necessidades específicas de aprendizagem, p. ex. dislexia, TDAH, sobredotação ou problemas
B2 visuais e auditivos.
Discuta esta evidência, a sua interpretação e possíveis conclusões com alunos e encarregados de educação individualmente,
para compreender melhor os problemas de fundo. Combine passos futuros concretos com encarregados de educação e alunos,
evidências adicionais a serem recolhidas (p. ex. diagnóstico) e estratégias a serem implementadas para responder às
necessidades específicas de aprendizagem dos alunos.
Próximo passo: Analise dados de forma sistemática para intervir atempadamente
Competência 4.3: Feedback e planificação
O próximo passo é ampliar as suas estratégias.
Uma maneira de fazer isto é verificar as funcionalidades das ferramentas e ambientes digitais que já usa. Muitas ferramentas
de avaliação online permitem-lhe fornecer feedback sobre opções de resposta incorretas e reforço positivo quando os alunos
respondem corretamente. As avaliações online com feedback também lhe permitirão acompanhar e visualizar o progresso ao
B1 longo do tempo. Gráficos que retratem o progresso podem ser uma maneira poderosa de motivar os alunos a celebrar as suas
conquistas. Investigue diferentes soluções digitais para compreender que ferramentas oferecem o feedback mais
personalizado e útil para si, para a sua disciplina e para os seus alunos. Pode não haver a solução perfeita, mas se for um pouco
inovador(a), poderá reunir um conjunto de recursos e abordagens que pode personalizar para se ajustar às suas necessidades.
Próximo passo: Integre e use estratégias digitais para fornecer feedback de forma sistemática
O próximo passo é integrar, sistematicamente, as suas estratégias, discutir este feedback com os alunos e combinarem passos
concretos para realinhar a sua aprendizagem.
Primeiro, verifique se o feedback que recebem lhes é compreensível. Se não for, ajuste a maneira como é transmitido, escolha
um ambiente digital ou um modo de visualização de dados diferente ou implemente uma atividade de aprendizagem dedicada
à interpretação desses dados. Combine e integre diferentes estratégias de feedback para dar aos alunos uma visão mais
B2 completa do seu desempenho e problemas.
Em seguida, permita que os alunos, em discussão consigo ou com os colegas, identifiquem pontos fracos e fortes e tirem
conclusões concretas para as suas necessidades de aprendizagem, a partir do feedback digital recebido. Incentive-os a
documentá-los e forneça-lhes atividades de aprendizagem adequadas e direcionadas. Converta lentamente estas discussões
em atividades de automonitorização, permitindo-se dedicar mais tempo aos casos mais críticos.
Próximo passo: Combine estratégias sistematicamente e capacite os alunos