A Polissemia Da Arte

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A polissemia da arte

Trabalho realizado por Hugo Goncalves (11ºA)

A arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por


artistas a partir de perceção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse
interesse de consciência em um ou mais espectadores, e cada obra de arte possui um
significado único e diferente.

A arte está ligada à estética, porque é considerada uma faculdade ou ato pelo qual,
trabalhando uma matéria, a imagem ou o som, o homem cria beleza (ou pelo menos
algo que nos chame à atenção) ao se esforçar por dar expressão ao mundo material ou
imaterial que o inspira.

É inegável a existência de uma polissemia inerente à obra de arte, a qual surge como
plural, manifestando desse modo a sua riqueza.

Primeiramente, a arte divide-se em vários ramos, cada um deles despertando um


diferente conjunto de sensações no espectador. Cada ramo tem as suas características
e é única em relação ao que trata, à sua natureza em si e ao público alvo. Só isso já
demonstra a vastidão do conceito de arte, e os vários sentidos que esta pode adquirir.
Essa numeração é a seguinte:

 1ª Arte - Artes sonoras (som);


 2ª Arte - Artes cénicas (dança);
 3ª Arte - Pintura (cor);
 4ª Arte - Escultura/Arquitetura;
 5ª Arte – Teatro;
 6ª Arte - Literatura (palavra);
 7ª Arte - Artes audiovisuais (Cinema) (Contém artes anteriores como a música
para trilha sonora, artes cénicas e captura de movimentos, pintura, escultura e
arquitetura para o design, e literatura para roteiros).

Outras formas expressivas também consideradas artes foram posteriormente


adicionadas à numeração:

 8ª Arte - Fotografia (imagem):


 9ª Arte - História em quadrinhos (cor, palavra, imagem):
 10ª Arte – Videojogos (integra elementos de outras artes):

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 11ª Arte - Arte digital (integra artes gráficas computadorizadas 2D, 3D e
programação).

Para além disso, podemos falar da polissemia da arte em relação aos vários
significados e interpretações que uma obra de arte pode ter. Cada pessoa,
dependendo da sua experiência de vida, do seu carácter, do seu temperamento e da
sua cultura, terá uma diferente interpretação relativamente a uma obra de arte,
podendo ou não gostar dessa obra. A arte apresenta um sentido totalmente subjetivo
(embora também se possam tomar critérios objetivos). Não é algo que nos possa ser
imposto, aliás, mesmo tendo consciência do desinteresse utilitário da arte, escolhemos
viver aquela experiência estética, vivendo-a ou durante a contemplação de uma obra
de arte ou da natureza ou vivendo-a no momento de conceção de uma obra de arte. É
algo que nos faz refletir e nos provoca uma multiplicidade de emoções, ou que nos
ajuda a exprimir em relação ao mundo.

Outra face da arte que prova o seu valor polissémico é o facto de ser capaz de
transmitir ideias reais e materiais ao mesmo tempo que transmite ideias surreais,
imaginárias, de forma indissociável. Com isto, quero dizer que o artista, partindo de
uma realidade concreta, consegue transmitir essa mesma realidade ao mesmo tempo
que transmite o que vai na sua imaginação e o que sente, que apresenta carácter
incomensurável, infinito e inacabado. Transmite uma realidade “transfigurada”. Algo
semelhante acontece com a natureza (o tal “sublime”).

Podemos ainda falar nas diferentes culturas do mundo, que têm cada uma o seu estilo
de arte. Cada cultura, partindo dos seus valores morais e mentalidades, vai criar
diferentes obras de arte com diferentes significados. Aliás, uma obra aceite numa
cultura, pode não ser aceite noutra. Através da arte, conseguimos compreender cada
cultura e até ver o mundo “com outros olhos”.

Tudo isto leva-nos a concluir que a arte é inerente ao ser humano e que não é possível
separar os dois pelo facto de a arte ser uma realidade humana indispensável. É
indispensável ao homem, sendo um animal simbólico, interiorizar o exterior (dar
significado ás coisas) e exteriorizar o interior (exprimir-se e revelar o que sente e
pensa). Concluímos, também, que a arte apresenta uma imensa vastidão de sentidos,
de características, de ideias, etc. É impossível falar na arte sem referir o seu valor
polissémico.

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