Av2 Psicodiagnostico Grupo8

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TRABALHO DE AV-2 DA DISCIPLINA PSICODIAGNÓSTICO - GRUPO 8

Rio de Janeiro
2021
TRABALHO DE AV-2 DA DISCIPLINA PSICODIAGNÓSTICO - GRUPO 8

Orientação: Simone Biangolino

Colaboradores – Grupo 8:

Bruna Meireles Rodrigues – 20170820079-7


Helena De Oliveira Pacheco – 20170826932-1
Luiz Filipe Da Silva Barboza – 20170726819-3
Nagila Teixeira Dos Santos – 20170840439-2
Nayane Vitória Rosa Da Silva – 20190728513-1
Thiago Tadeu De Oliveira Feitoza – 20170829315-9

Rio de Janeiro
2021
PARTE 1 (AV1) – PSICODIAGNÓSTICO NA
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
Neste trecho do trabalho, apresentado anteriormente como AV1 e agora reeditado,
trazemos resumos de artigos acadêmicos sobre psicodiagnóstico com base na Terapia Cognitivo
Comportamental (TCC). É essa a abordagem teórica escolhida pelo grupo para pesquisa e
posterior desenvolvimento de um psicodiagnóstico sobre caso proposto em sala de aula.

1º Artigo - Psicodiagnóstico com intervenções da terapia cognitivo comportamental

O texto trata de estudo de caso de psicodiagnóstico interventivo, em que são realizadas


intervenções, por parte do psicólogo, durante o processo de avaliação. O objetivo dos autores,
segundo eles, é “caracterizar as dimensões do psicodiagnóstico e da TCC e sua aplicabilidade
na clínica”. Para isso, utilizaram pesquisa científica de natureza descritiva, a partir de um estudo
de caso. Os autores realizaram sete sessões de atendimento clínico com uma paciente do Núcleo
de Psicologia Aplicada (NPA) da faculdade Arnaldo. Nessas sessões foram realizados,
concomitantemente, o psicodiagnóstico e a intervenção psicoterápica na abordagem TCC. Os
resultados demonstraram que essa atuação integrada permitiu ir além do “psicodiagnosticar”,
termo usado pelos pesquisadores. A estratégia interventiva beneficiou a paciente ao lhe dar
condições de fazer reestruturações cognitivas e mudar comportamentos desadaptativos que lhe
causavam sofrimento, durante o psicodiagnóstico.

A avaliação psicológica é prática exclusiva do psicólogo profissional, e sua


funcionalidade está em investigar detalhadamente queixas trazidas pelo paciente. Por meio de
um processo técnico-científico de coleta e interpretação de dados, ela facilita a tomada de
decisão mais apropriada ao tratamento. Entre os diferentes tipos de avaliação está o
psicodiagnóstico. Cunha (2007, p.23) define psicodiagnóstico como uma avaliação psicológica
direcionada ao contexto clínico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos.

Aron Beck criou a TCC em meados dos anos de 1960, visando ao tratamento da
depressão (BECK, 2014). Desde então, suas técnicas têm sido aprimoradas e utilizadas no
tratamento de diversos outros distúrbios de ordem psíquica. Conforme Rangé (2011, p.21), os
terapeutas cognitivistas se baseiam no pressuposto de que a forma como o sujeito interpreta os
fatos, mais do que os fatos em si, influencia o comportamento dele e a maneira como vai se
relacionar com a vida. Diferentes indivíduos, portanto, terão diferentes interpretações e reações,
mesmo que vivenciem situações semelhantes.

Na TCC, diferentemente da psicanálise, por exemplo, as intervenções do psicoterapeuta


não se baseiam em interpretações. O terapeuta cognitivista constitui com seu cliente uma
dinâmica colaborativa, onde ambos devem identificar pensamentos distorcidos da realidade.
Uma técnica muito utilizada na abordagem é a reestruturação cognitiva, que se constitui,
basicamente, por gerar pensamentos mais realistas e acurados sobre as situações, a partir de
evidências levantadas sobre elas (POWELL, et al., 2008).

No estudo de caso em questão, a paciente chegou com queixas de tristeza e ansiedade e


apresentava histórico de tentativa de suicídio. Foram os seguintes os instrumentos de coleta de
dados utilizados: entrevistas, observações, anamnese, inventários e baterias de testes
psicológicos (para detecção de aspectos da personalidade, depressão e ansiedade). Para as
intervenções com base na TCC, foi feita conceitualização cognitiva do caso. O intuito foi apurar
se aspectos noológicos observados no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos
Mentais, edição 5 (DSM-V), estão em conformidade com os aspectos cognitivos da paciente.
Feita a verificação, o trabalho então se desenvolveu com intervenções voltadas às distorções
cognitivas da paciente.

Todas as sete sessões seguiram um planejamento prévio e foram estruturadas conforme


a TCC orienta. Foram aplicados dois testes. A partir da quarta sessão, os atendimentos foram
estruturados conforme divisão em três momentos: inicial (verificação do humor e ansiedade,
revisão da tarefa de casa, atualização da semana e definição da pauta); intermediário (aplicação
do teste e priorização da pauta); e final (prescrição da tarefa de casa, resumo da sessão e
feedback da paciente).

Com base nas entrevistas, observações, testes, escalas e inventários aplicados, os


pesquisadores concluíram que a queixa e os sintomas da paciente estavam relacionados a
ansiedade e depressão, conforme critérios diagnósticos do DSM-V. O inventário de depressão
sinalizou depressão severa, enquanto a escala de avaliação de ansiedade correspondeu a
ansiedade moderada. Ambos resultados indicaram objetivamente a gravidade do caso. A
bateria fatorial da personalidade destacou os traços de Neuroticismo, Extroversão e Abertura
da paciente, sugerindo uma forma mais intensa de vivenciar o sofrimento psicológico, além de
instabilidade emocional e vulnerabilidade.

2º Artigo - Terapia Cognitivo Comportamental em interface com psicodiagnóstico


interventivo na clínica escola

O texto em questão é mais um a descrever o psicodiagnóstico interventivo. O processo


foi aplicado em uma paciente cujos resultados indicaram quadro de Transtorno de Depressão
Maior (TDM) e de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). O levantamento dos dados,
como no texto 1, se deu por meio de anamnese, observação, aplicação de escalas e inventários.
No decorrer dos atendimentos, foi realizada a conceituação cognitiva, além de intervenções
breves, com base na perspectiva teórica da Terapia Cognitivo Comportamental. Na parte
conclusiva do processo, foi realizada a devolutiva, com posterior encaminhamento da paciente.
As intervenções possibilitaram melhoras para a paciente já durante o psicodiagnóstico, a partir
da identificação de crenças nucleares, crenças intermediárias e pensamentos automáticos,
geradores de comportamentos disfuncionais.

No psicodiagnóstico com base na TCC, o processo é como um “jogo aberto” entre o


profissional e o paciente, e na primeira entrevista já é apresentado o método de trabalho, para
que o paciente colabore da melhor maneira com o tratamento. As sessões são estruturadas, com
feedbacks de ambos os lados (terapeuta-paciente e paciente-terapeuta). O psicodiagnóstico
segue um plano de avaliação, iniciado pelo contrato de trabalho (onde ficam estabelecidas
informações relativas ao enquadre, como dia e horário das sessões, por exemplo). Em seguida,
vêm a anamnese, as entrevistas e as observações feitas nelas. Na fase intermediária do processo
são aplicados os testes psicológicos. Na parte final estão a entrevista de devolução (onde o
profissional dá feedback do processo ao cliente ou aos responsáveis, em caso de criança) e a
formulação do laudo psicológico, caso haja solicitação ou necessidade.

A seguir, um detalhamento sobre os instrumentos utilizados para o psicodiagnóstico com


base no constructo teórico da TCC.
Anamnese: Coleta de informações cronológicas do paciente, de familiares e outras que ajudem
na formulação de hipóteses.

Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton (HAM–A): É um instrumento de avaliação


clínica utilizada para medir o grau de ansiedade de uma pessoa. É útil tanto crianças como para
adultos. Ela consiste em 14 grupos de sintomas, subdivididos em dois grupos (sete relacionados
a sintomas de humor ansioso e sete relacionados a sintomas físicos de ansiedade). Cada item é
classificado em uma escala de 5 pontos, avaliado segundo uma escala que varia de 0 a 4 de
intensidade (0= ausente; 2= leve; 3 = grave; 4 =muito grave-). A pontuação ≥ 18 = ansiedade
leve; ≥ 25 = ansiedade moderada; e ≥ 30 = ansiedade grave.

Entrevistas baseadas no Inventário de Depressão de Beck: É um instrumento de


autoavaliação usado para avaliar os sintomas de depressão ou medir sua intensidade. Sua
aplicação pode ser feita em pré-adolescentes (a partir dos 10 anos), adultos e idosos, de maneira
individual ou coletiva. Seu formulário contém 21 itens, com quatro opções em cada, com score
de 0 a 3. Zero indica que não há presença de sintomas, e o 3 significa sintomas graves.

Entrevista sobre Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG): São perguntas baseadas na


edição 5 do DSM-5. Elas ajudam a identificar ansiedade e preocupação excessivas (expectativa
apreensiva). A entrevista tem os seguintes critérios diagnósticos: se ocorrer na maioria dos dias
por, pelo menos, seis meses, com prejuízo do desempenho escolar ou profissional; se houver
dificuldade de controlar a preocupação. Neste último caso, o diagnóstico se confirma se
ansiedade e preocupação estiverem associadas a pelo menos três dos seguintes sintomas: (1)
Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele; (2) fatigabilidade; (3) dificuldade
em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente; (4) irritabilidade; (5) tensão muscular;
(6) perturbação do sono (dificuldade do sono, ou sono insatisfatório).

Entrevista sobre Transtorno Depressivo Maior (TDM): São também perguntas baseadas no
DSM-5, com critério diagnóstico para existência de cinco ou mais dos seguintes sintomas: (1)
humor deprimido; (2) acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as
atividades; (3) perda ou ganho significativo de peso sem fazer dieta; (4) insônia ou hipersonia;
(5) agitação ou retardo psicomotor; (6) fadiga ou perda de energia; (7) sentimento de inutilidade
ou culpa excessiva ou inapropriada; (8) capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou
indecisão e pensamentos recorrentes de morte. Esses sintomas precisam ocorrer durante duas
semanas, sendo necessário que representem uma mudança em relação ao funcionamento
anterior.

Observação: É a percepção do psicólogo para as informações não-verbais, como gestos, olhar,


linguagem corporal etc.

Testes psicológicos: Foram usados de personalidade e de humor.

Bateria Fatorial de Personalidade (BFP): Avalia a personalidade por meio do modelo dos
Cinco Grandes Fatores: neuroticismo, socialização, realização, abertura e extroversão.

Sessões estruturadas, conforme a TCC: Com verificação de humor e de ansiedade, aplicação


de teste, prescrição de tarefa de casa, conferência do dever da casa, resumo da sessão e feedback
do paciente.
Reestruturação Cognitiva: É uma estratégia que visa a gerar pensamentos mais realistas e
acurados das situações, onde o paciente avalia seus pensamentos automáticos e crenças, como
verdadeiras ou falsas, utilizando os fatos e evidências das situações como base desse processo
(POWELL et al., 2008).

Estratégias de Enfrentamento: São um conjunto de esforços cognitivos e


comportamentais para lidar com demandas externas e internas. A técnica é utilizada em
situações conflituosas para o indivíduo. (LAZARUS, FOLKMAN, 1984; NUNES, 2010).

Ativação Comportamental: É uma técnica que visa à introdução de atividades prazerosas no


cotidiano do indivíduo, com o intuito de aumentar o envolvimento do paciente em atividades
reforçadoras e interações sociais. Tal procedimento é muito utilizado em pacientes com
transtorno depressivo (POWELL et al., 2008).

3º Artigo - Psicodiagnóstico infantil: um estudo de caso

O artigo apresenta e descreve resultados de estudo de caso em um psicodiagnóstico


clínico infantil, aplicado com base na teoria da TCC. Foram realizadas dez sessões: a primeira
e a última, com presença apenas da responsável pela criança, para anamnese (na primeira) e
devolução (na última). Não foi informada a idade da criança. Sabe-se que é de sexo masculino
e que foi encaminhada por sugestão da escola onde estudava, por apresentar problemas de
comportamento não detalhados e baixo rendimento escolar. Percebeu-se que a criança é dócil,
carinhosa e adaptativa, mas com autoestima baixa e fatores relacionados a depressão e
ansiedade. Como instrumentos, foram utilizados:

• Escala de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade);


• Escala de Wechster;
• Escala do Stress Infantil (ESI)
• Wisconsin;
• HTP;
• Anamnese com a mãe da criança;
• Entrevista com a atual professora da criança;
• Observação;
• Hora do Jogo.

Ao longo das sessões, por meio de observações comportamentais da criança e de


informações passadas pela mãe e pela professora, foi possível construir um entendimento
fundamentado pelos testes aplicados. Os testes e procedimentos utilizados levaram a um
diagnóstico de TDAH combinado com Transtorno Específico de Aprendizagem. Foram
sugeridas as seguintes intervenções: psicoterapia individual, reforço escolar e reforços positivos
em casa, por parte dos pais, para incentivar atitudes e atividades da criança. Os autores
assinalam a grande importância do processo psicodiagnóstico por oferecer ao indivíduo a
perspectiva de melhora a partir da compreensão frente ao problema que lhe traz sofrimento.

Na perspectiva clínica, especificamente com base na TCC, a avaliação proporciona uma


estrutura de entendimento do paciente, através de formulações de hipóteses que nortearão o
processo psicodiagnóstico e o possível tratamento posterior à avaliação (BECK, 2013). Além
dos testes, o psicólogo cognitivo-comportamental costuma utilizar instrumentos de registro e
medidas, como escalas e inventários, para auxiliar na compreensão do caso (KNAPP, 2004).
Com base no modelo cognitivo, compreendendo que as emoções, comportamentos e reações
emocionais ou fisiológicas são influenciados conforme as percepções que temos de cada evento,
mais especificamente pelos pensamentos disfuncionais (BECK, 2013), faz-se uma formulação
cognitivo-comportamental do indivíduo. Esse procedimento vai orientar a compreensão e a
observação do comportamento da criança, bem como a análise e a conclusão dos resultados no
processo psicodiagnóstico.

Conclusão da Parte 1

As sessões estruturadas e as técnicas utilizadas pela TCC no processo terapêutico se


encaixam facilmente ao processo psicodiagnóstico. Isso porque a Terapia Cognitivo
Comportamental já trabalha com escalas, inventários e aplicação de testes, com uso, inclusive,
de ferramentas próprias, como, por exemplo, o Inventário da Depressão de Beck. Por fim, os
três textos pesquisados demonstram a importância de se realizar psicodiagnóstico. Ele serve
para que o profissional obtenha informações que proporcionem esclarecimento do quadro
clínico do cliente, independentemente de haver ou não patologia. Os dados ajudarão o psicólogo
a elaborar um prognóstico coeso e a definir as estratégias de conduta para atender determinada
demanda, com o devido encaminhamento do caso.

Parte 2 (AV2) – ENQUADRE

Paciente: Sofia, 13 anos, encaminhada via Clínica de Saúde da Família

Sofia, chegamos ao final dessa primeira entrevista, e, como combinamos, vamos


continuar com a sua avaliação psicológica. Teremos um total de oito encontros, uma vez por
semana, toda sexta-feira, das 15h às 15h45, sempre aqui, neste mesmo local da nossa primeira
sessão. Durante esses encontros, vamos conversar e poderemos fazer alguns testes, para ajudar
no diagnóstico. É muito importante que você não falte e não se atrase. Caso você tenha algum
impedimento de vir algum dia, avise com antecedência, ou peça para a sua avó avisar.

No último dos nossos encontros, conversaremos sobre como foram as consultas, e


passarei a você o diagnóstico. Esse resultado, que a gente chama de psicodiagnóstico, vamos
encaminhar ao médico que recomendou você para essa avaliação.

Vamos precisar marcar um encontro também com a sua avó, sua mãe e o seu pai. Nada
do que conversarmos será passado para eles, o sigilo das nossas conversas é garantido, e isso é
muito importante que você saiba. Mas se houver necessidade de tratar com eles de algum
assunto especificamente, conversaremos com você e veremos como isso poderá ser feito.

Aguardamos você na semana que vem, sexta-feira, às 15h. Boa tarde e até lá!
ANÁLISE DOS TESTES
• Teste de Apercepção Temática (TAT)

O Teste de Apercepção Temática (TAT) é considerado uma técnica projetiva, utilizada para
revelar impulsos, emoções, sentimentos, e conflitos da personalidade. Uma das finalidades é
expor tendências sobre as quais nem sempre o paciente tem consciência.

PRANCHA N° 1

O que mostra: Um menino está contemplando um violino pousado diante dele numa mesa.

A história que Sofia criou: Ele está triste, parece sem amigos. (Silêncio) parece que ele quer
brincar de luta. Os pais dele estão juntos, mas não têm muito tempo para ele pois trabalham
muito e isso afeta o psicológico dele porque queria ter os pais perto para brincar ou uma irmã,
mas de tivesse uma irmã, aí mesmo que não teriam tempo para ele. E os amigos também não
gostam dele.

Interpretação: Observamos que o herói da história é o menino, nossa paciente o descreve como
uma criança triste e solitária, tal qual as informações que nos são passadas na própria explicação
da prancha. Não houve distorções quanto aos objetos que são apresentados na figura. Sofia
introduz em sua narrativa outros personagens (pai, mãe, amigos) e a irmã (que é um desejo
conflitante dela). No contexto geral Sofia sente-se triste e angustiada pois deseja além de tudo
ser amada, vista, por aqueles que foram introduzidos na história, seus pais e amigos.

PRANCHA N° 2

O que mostra: Cena do campo: no primeiro plano, há uma jovem carregando livros nas mãos;
no fundo, um homem trabalhando nos campos e uma mulher mais velha como espectadora da
cena.

A história que Sofia criou: Parece estar cansada pois trabalha muito. Todo mundo a
menospreza.

Interpretação: Aqui uma jovem carrega os livros e, assim como na primeira prancha, não
houve distorção da figura. Porém, há omissão dos outros dois personagens: o homem que está
trabalhando no campo e a mulher grávida. Um dos aspectos evocados por essa figura é a área
que envolve as dinâmicas familiares, fator bastante comentado por Sofia em suas sessões com
as psicólogas. Outro ponto inerente à imagem exibida nesta prancha refere-se ao nível de
aspiração aparentemente limitado, devido aos estímulos do ambiente disfuncional em que Sofia
vive, o que acaba por fazer com que ela se sinta cansada pois mesmo após os contínuos esforços
por ela elaborados para ser notada, ela é menosprezada por aqueles que deveriam acolhê-la.
PRANCHA N° 4

O que mostra: Uma mulher está agarrando os ombros de um homem cujo corpo e cuja face
estão virados como se ele estivesse tentando escapar dela.

A história que Sofia criou:


Parece estar com raiva porque teve um homem que deu em cima da mulher dele, a mulher
tentou acalmá-lo para não bater no cara que estava dando em cima dela

Interpretação:
Novamente há omissão de um personagem da prancha. Aqui a área trabalhada pela figura é a
dos conflitos nas relações intimas, algo normal no cotidiano de nossa paciente, sua dinâmica
familiar é permeada destas ocasiões, ela se sente abandonada pelos pais e rejeitada pelos amigos;
de forma geral ela sente-se traída por não receber afeto em seu nicho familiar e social.

PRANCHA N° 5

O que mostra: Uma mulher de meia idade está no umbral de uma porta meio aberta olhando
para dentro.

A história que Sofia criou: Parece estar com raiva, só não sei por quê. (Silêncio) ela parece
com raiva porque viu o marido traindo-a.

Interpretação: Assim como revela o texto que explica a prancha, Sofia introduziu em sua
história um segundo personagem, nesse caso o marido da figura principal. Em um dos tópicos
da explicação da prancha foi exposto um registro que fala de movimentos ambivalentes, o que
acontece também no relato da Sofia, que aparenta experimentar simultaneamente amor e raiva
por não receber afeto de seus objetos de amor (pais e amigos).

PRANCHA N° 10

O que mostra: A cabeça de uma jovem mulher apoiada no ombro de um homem.

A história que Sofia criou: (Bastante tempo em silêncio) ela está magoada e o pai está tentando
acalmá-la.

Interpretação: O Abraço é o nome desta prancha, e aqui somos remetidos às situações como
despedidas, reencontros, separação dentre outras circunstâncias inerentes aos relacionamentos
interpessoais. Percebe-se no relato de Sofia que esta foi uma história carregada de emoção, o
silêncio presente antes da elaboração do contexto ficcional corrobora esta afirmação. Sofia
sente-se desolada, magoada pelas coisas que ouve das pessoas próximas com quem estabelece
ou tenta estabelecer algum tipo de vínculo. O trecho em que ela diz “o pai está tentando
acalmá-la” sugere um desejo íntimo exposto em forma de palavras de receber consolo de seu
pai, de sentir-se protegida daqueles que a causam tristeza e dor.
PRANCHA N° 3MF

O que mostra: Uma jovem está de pé com a cabeça abaixada, com o rosto coberto com a mão
direita. O braço esquerdo está esticado para a frente segurando-se a uma porta.

A história que Sofia criou: (Bastante tempo em silêncio) ela está triste pois perdeu o emprego

Interpretação: Na prancha a jovem na porta, Sofia não nos trouxe nenhum outro personagem,
contudo o conteúdo criado por ela condiz exatamente com o exposto pela figura que explora
áreas como desespero, abandono, fracasso etc. por ser menor de idade a paciente não trabalha,
é possível então que inconscientemente tenha ocorrido a substituição do fator que gera os
sentimentos acima citados. Sofia sente-se abandonada e frustrada além de acreditar que
fracassou em suas relações.

PRANCHA N° 6MF

O que mostra: Uma jovem mulher sentada na beira de um sofá olha por trás dos ombros para
um homem mais velho, que tem um cachimbo e que parecer estar dirigindo-se a ela.

A história que Sofia criou: (Bastante tempo em silêncio, mais do que os outros. Também ficou
inquieta) ela ficou assustada porque o pai dela pediu para ela se casar com um cara que ela não
gosta.

Interpretação: A figura da prancha pode ser percebida como possibilidade de contato afetivo
/ sexual. Sofia relaciona a imagem à ideia de casar-se com alguém que não gosta. Na entrevista,
ela relatou ter passado dez dias de férias na casa da mãe, que mora com o padrasto. Sofia não
gosta de falar sobre o assunto. Isso, somado ao que ela escreveu sobre a figura da prancha, pode
indicar alguma questão relacionada a abuso sexual, o que demandaria maior investigação.

PRANCHA N° 7MF

O que mostra: Uma mulher mais velha está sentada num sofá junto de uma menina, lendo ou
falando com ela. A menina, que segura uma boneca no colo, olha em outra direção.

A história que Sofia criou: A mãe pediu para menina segurar a irmã dela, mas ela não quis
segurar porque estava com ciúmes. Por isso, a mãe estava olhando para ver se ela faria alguma
coisa com sua irmã.

Interpretação: As áreas exploradas nessa prancha são a imagem da mãe, a dinâmica familiar
e a atitude frente à maternidade, principalmente se houver distorção ou hesitação em relação à
boneca. Em sua história Sofia cita a boneca como se fosse sua irmã e demonstra o sentimento
de ciúmes dela. Talvez o histórico de sua relação com sua mãe possa confirmar seu sentimento
de ciúme se levarmos em consideração o fato da mesma ser criada pela avó enquanto seus
irmãos estão sendo criados pela mãe, conforme ela relatou nas sessões

PRANCHA N° 8MF

O que mostra: Uma mulher está descansando, segurando o queixo e olhando no vazio.

A história que Sofia criou: Estava admirando a paisagem

Interpretação: A postura de admirar a paisagem, descrita por Sofia, indica um estado


contemplativo e de devaneios além de passividade diante de seus conflitos. Sofia não se
relaciona bem com as pessoas de sua família. Ela estabelece relação com adolescentes mortos,
que ela diz ver e ouvir.

PRANCHA N° 9MF

O que mostra: Uma jovem com uma revista e uma bolsa na mão olha, por trás de uma árvore,
outra jovem num vestido de festa, que corre na beira de uma praia.

A história que Sofia criou: (Silêncio) a empregada deixou a comida cair e a dona da casa está
brigando com ela

Interpretação: A prancha explora áreas como a competição feminina, atitude frente ao perigo,
ao desconhecido, ao proibido, além da espionagem, culpa e perseguição. A história criada por
Sofia sugere seu relacionamento com sua mãe, atravessado por situações conflituosas que
geram culpa e sensação de perseguição.

Pranchas parte 2:

PRANCHA N°11

O que mostra: Uma estrada margeia um precipício entre altos penhascos. A distância, veem-
se formas obscuras na estrada. Projetando-se da parede rochosa de um lado, veem-se a cabeça
e o pescoço de um dragão.

A história que Sofia criou:


Eles estavam brincando de corrida.
Brenda pergunta: Eles quem?
Sofia: As pessoas

Interpretação: A presença de elementos primitivos e fantásticos favorece uma análise


simbólica. Sofia dá vazão a seus conteúdos inconscientes e percebe movimento em imagem
formada por manchas.
PRANCHA N° 12 RM

O que mostra: Um barco a remo foi arrastado para a margem de um curso de água num bosque.
Não há figuras humanos no quadro.

A história que Sofia criou: (Bastante tempo em silêncio)


Brenda perguntou: Conseguiu pensar em alguma história?
Sofia: Pensei em uma menina, estava comendo uma maçã e estava com seu cachorro.

Interpretação: A prancha em questão aborda as áreas que dizem respeito às fantasias e desejos
do avaliando. Em sua história Sofia relata a presença de uma menina acompanhada de seu
cachorro enquanto come uma maçã, o que demonstra sua tendência fantasiosa e fuga da
realidade uma vez que não há na prancha a presença de figuras humanas.

PRANCHA N° 13M

O que mostra: Uma menininha está subindo um lance de escadas em curva.

A história que Sofia criou: Não conseguiu pensar em nada

Interpretação: Carências, solidão, saudade, abandono e expectativas, são as áreas que essa
prancha explora. Sofia não criou nenhuma história para esta figura, o que sugere sua dificuldade
de falar e lidar com esses sentimentos.

PRANCHA N° 14

O que mostra: A silhueta de um homem (ou de uma mulher) numa janela clara. O resto do
quadro é totalmente negro.

A história que Sofia criou: Parece que ele quer se jogar do prédio.

Interpretação: Como indica a prancha, tendências suicidas podem se manifestar na história do


avaliando, como é o que observamos no relato de Sofia.

PRANCHA N° 15

O que mostra: Um homem esquálido, com as mãos entrelaçadas, está entre túmulos.

A história que Sofia criou: Ele está no Cemitério para visitar a mãe que morreu.

Interpretação: A prancha do cemitério remete às questões relativas à morte, culpa, castigo e


finitude. Além de indicar que a pessoa morta representa alguém a quem o sujeito dirige sua
agressividade. Na história de Sofia a pessoa morta é a mãe do personagem o que nos dá margem
para interpretar que há inconscientemente o desejo de morte de sua mãe.

PRANCHA N° 16

O que mostra: Prancha em branco

A história que Sofia criou: Eu acho que estava no parquinho com pássaros voando.

Interpretação: Como a prancha é completamente em branco o avaliando é levado a projetar-


se completamente. A prancha nos diz também que na história do avaliando geralmente são
expostas as necessidades mais urgentes do indivíduo. Sofia cita em sua temática um parquinho
e pássaros voando, e isso nos sugere sua vontade de sentir-se feliz e livre de seus medos,
angústias e problemas.

PRANCHA N° 17MF

O que mostra: Uma ponte sobre a água. Uma figura de mulher debruça-se na amurada. No
fundo, há edifícios altos e figurinhas de homens.

A história que Sofia criou: (Bastante tempo em silêncio) é uma menina que está prestes a se
jogar da ponte
Brenda: o que ela está pensando?
Sofia: Que se ela estivesse morta ninguém iria se importar porque estaria fazendo o que todos
pedem a ela.

Interpretação: Esta prancha trata de questões como frustração, depressão, auto castigo,
suicídio, reações frente ao controle familiar bem como de sentimentos depressivos. Percebe-se
na história de Sofia tendência suicida reforçada por sua baixa autoestima, tristeza, frustração e
sentimento de abandono e desprezo que sofre por parte de sua família e amigos.

PRANCHA N° 18MF

O que mostra: Uma mulher aperta as mãos em torno da garganta de outra mulher que parece
estar sendo empurrada para trás junto ao corrimão de uma escada.

A história que Sofia criou: O avô morreu de infarto e a criança está triste, só tinha ele na casa
e ela não tem como falar com ninguém.

Interpretação: Sofia relata sua própria vivência ao criar uma história para essa figura. Pelas
entrevistas, sabe-se que seus conflitos começaram com a morte do avô. A partir dali ela se sentiu
desamparada e sem apoio, especialmente de sua mãe, a figura feminina que deveria estar ao
lado dela. Isso é sugerido pelo comentário de Sofia: “Só o tinha na casa (era seu único amigo),
e ela não tem como falar com ninguém (não tem mais a ninguém para recorrer e pedir ajuda)
PRANCHA N° 19

O que mostra: Um quadro estranho mostrando formação de nuvens, sobrepairando uma cabana
coberta de neve no campo.

A história que Sofia criou: Um navio que tem várias pessoas, parece ter uma tempestade.

Interpretação: A explicação da prancha informa que é um estímulo que convida à fantasia e


que os conteúdos referentes à proteção e amparo em um ambiente inóspito são os mais
frequentes. Em sua história Sofia de fato deu asas à sua fantasia e nos descreveu um navio com
várias pessoas, além de mencionar a tempestade que pode ser associada ao fator gerador de um
ambiente inóspito

PRANCHA N° 20

O que mostra: Figura sutilmente iluminada de um homem (ou mulher) na escuridão da noite,
encostado num poste de luz.

A história que Sofia criou: Uma mulher e um homem, está de noite, estão olhando o céu, a lua
e as estrelas, são um casal. Estão comemorando 1 ano de namoro.

Interpretação: Esta prancha traz um clima de expectativa e indica as principais aflições e


perspectivas do sujeito fato pelo qual ela é a última a ser apresentada ao avaliando. Sofia inclui
em sua história um (a) segundo (a) personagem e faz alusão a um casal que está comemorando
um ano de namoro, essa narrativa sugere sua aflição de não ter uma relação firme e duradora
com as pessoas de seu círculo social bem como nos mostra sua perspectiva de que essa relação
possa existir um dia.

CONCLUSÃO SOBRE O TAT

As histórias criadas por Sofia nos revelam diversas facetas de sua personalidade. Os momentos
de silêncio, ao se deparar com figuras que lhe despertavam tristeza, solidão e desamparo, foram
recorrentes, o que sugere dificuldade de Sofia em elaborar esses sentimentos. Essa dificuldade,
inclusive, pode ser correlacionada ao fato de ela praticar automutilação. O teste indica também
que Sofia demonstra traços de insegurança, carência afetiva, baixa autoestima, fuga da realidade
e tendência à fantasia. O resultado do TAT indica lapsos de raiva e desejos inconscientes de
morte da mãe, o que sugere problemas de relacionamento no ambiente familiar. O TAT aponta
também que Sofia tem ideação suicida.
• Teste do Desenho da Casa-Árvore-Pessoa (HTP)

Teste projetivo de personalidade, o HTP (House-Tree-Person, em inglês) utiliza-se de


desenhos para chegar a aspectos inconscientes e recalcados do indivíduo. Vamos à análise dos
desenhos feitos por Sofia, 13 anos, que é avaliada em nosso processo psicodiagnóstico:

- DESENHO DA CASA

Simboliza a cena das relações intrafamiliares. Pode simbolizar autorretrato, fornecendo


ricas informações sobre a relação com a fantasia e a realidade.

Observações:
• Tempo para completar a árvore: não informado.
• Rasuras: Não.
• Linhas não esboçadas ou reforçadas: Não.
Localização do desenho no papel – Revela a adaptação do sujeito ao meio. No caso de Sofia,
o desenho da casa está do lado esquerdo da página, o que indica introversão, e na metade inferior,
o que sugere insegurança e/ou humor mais deprimido. A casa desenhada por Sofia está colocada
no canto inferior esquerdo, mais precisamente. Aponta regressão e conflitos.

Tamanho das figuras – Também diz muito sobre quem desenha. As figuras pequenas, como a
casa desenhada por Sofia, sugerem sentimento de inferioridade, com dificuldade em se colocar
no meio; inibição, timidez, repressão da agressividade, comportamento emocionalmente
dependente e ansioso. Sugerem também, eventualmente, inteligência elevada, mas com
problemas emocionais por sentimento de inadequação, baixa autoestima, insignificância,
excesso de autocontrole e reação inadequada às pressões ambientais (comum em depressivos).

Outras características do desenho da casa de Sofia e o que indicam:

Casa de longe, como se estivesse distante do observador - Isolamento afetivo,


inacessibilidade, sensação de que as boas relações com os familiares são inatingíveis. Desenho
comum a deprimidos ou pacientes com dificuldade em lidar com situações referentes à família.

Porta muito pequena – É desproporcional. Significa timidez e receio nas relações com os
outros.

Porta excessivamente grande – São duas assim no desenho de Sofia. Sugere necessidade de
interação: quanto maior a porta, maior a dependência do meio externo (pode indicar Transtorno
de Personalidade Dependente).

Janela junto ao teto ou ao telhado – Tendência a viver mais no mundo da fantasia ou


necessidade de fuga.

Janela fechada e porta fechada – Isolamento emocional e afastamento do contato interpessoal.

Sol – Na maioria das vezes, simboliza a figura de maior autoridade ou de maior valência
emocional. No desenho de Sofia, é pequeno e distante da casa. Indica dificuldade de
relacionamento com essa figura materna ou paterna ou ambas.

Análise sobre o desenho da CASA: A casa desenhada por Sofia indica muito fortemente, e de
maneira repetida, sentimentos de inadequação ao meio e de inferioridade, com baixa autoestima
e sensação de insignificância. A dificuldade na relação familiar é outro aspecto bastante
marcante que os traços de Sofia sugerem. O isolamento social e a evitação do contato com
outras pessoas também aparecem. Sofia, pelo que aponta o desenho da casa, é uma adolescente
retraída, insegura e com tendência a recorrer à fantasia, diante de uma realidade que para ela
parece ser assustadora.

- DESENHO DA ÁRVORE

A árvore é a representação simbólica do psiquismo humano. Reflete os sentimentos mais


profundos e inconscientes sobre si mesmo.

Observações:
• Tempo para completar a árvore: não informado.
• Rasuras: poucas, na parte do tronco.
• Linhas não esboçadas ou reforçadas: não.

Em relação à posição na página, Sofia repete o padrão do desenho anterior. Sua árvore
ocupa uma parte reduzida da página e está na margem inferior, o que, mais uma vez, revela
insegurança e humor deprimido.
Outra repetição de padrão está no desenho
do sol: pequeno e muito longe da figura
principal (no caso, a árvore). Isso demonstra
um distanciamento em relação à figura de
autoridade ou de maior valência emocional,
que tanto pode ser o pai quanto a mãe, ou
ambos.
Outras características do desenho da árvore de
Sofia e o que indicam:

Árvore pequena – Desencorajamento,


sentimento de inadequação para lidar com o
ambiente, sugere transtorno depressivo.

Árvore inclinada para esquerda –


Introversão, aversão ou rejeição do ambiente.

Ausência de raiz – Falha na capacidade de


perceber a realidade: a pessoa se sente separada
do elemento nutridor.

Linha cheia de vegetação (grama) – Insegurança, dificuldade na área afetiva.

Tronco com buraco – Eventos traumáticos, sensação de que um segmento da personalidade


está patologicamente sem controle, tendendo à destruição.

Copa fechada e sombreada – Isolamento social.

Copa esférica – Tendência à fantasia, medo da vida real.

Copa pequena – Imaturidade.

Chão com vegetação, grama – Insegurança.

Sol minúsculo e distante – Sentimento de que o ambiente geral proporciona pouco calor ou
sensação de um grande distanciamento em relação às figuras parentais ou de autoridade.

Análise sobre o desenho da ÁRVORE: Aspectos da personalidade de Sofia e seus conflitos


mais importantes voltam a aparecer no desenho da árvore: inadequação em relação ao mundo
exterior e sentimento de isolamento social. Mais uma vez, também, aparece a tendência à
fantasia, como estratégia de fuga da vida real.

- DESENHO DA PESSOA

Os desenhos na maioria das vezes revelam problemas infantis e representam um dos canais de
expressão de medos, esperanças e fantasias. O desenho da Pessoa manifesta três tipos de
projeções: autorretrato, eu ideal ou ideal de ego (como gostaria de ser) e percepção das pessoas
significativas (pai, mãe, irmãos e outros).

Desenho da figura 1:

Observações:
• Tempo para completar a figura: Não informado.
• Rasuras: Não.
• Linhas esboçadas ou reforçadas: Não.
• Ordem em que as partes foram desenhadas: sem informação.

Tamanho da figura - em relação à página é


diminuto, o que indica inteligência elevada,
porém com problemas emocionais.

Localização do desenho - no lado esquerdo da


página, repete padrão dos anteriores e demonstra
inibição, introversão. O desenho colocado em
um dos cantos da página, como no caso de Sofia,
pode indicar fuga.

Outras características do desenho da figura


humana 1 de Sofia e o que indicam:

Dificuldade para desenhar braços e pernas


visíveis – Inabilidade para estabelecer contatos
sociais espontâneos.

Rosto com ausência de olhos, nariz ou boca –


Timidez, ausência de relação com o meio,
tendência a evitar contatos, introversão. No caso
da omissão de nariz, especificamente, como é o caso: passividade, desamparo.

Cabelo com sombreado forte – Fantasias e ansiedade sobre pensamentos.

Cabelo comprido e em abundância – Sensualidade, vitalidade sexual.

Olhos fechados – Introversão, não aceitação do meio, passividade em relação ao meio, estado
de dependência, imaturidade afetiva, recusa da realidade.

Boca com as comissuras para cima, igual de palhaço – Desejo de aceitação social,
imaturidade psíquica.

Orelhas ausentes ou omitidas pelo cabelo – É comum, mas pode indicar passividade em
alguns casos.
Omissão de pescoço – Sensação de desamparo.

Ombros estreitos em relação ao corpo – Sentimento de menos valia, inadequação e


inferioridade.
Braços curtos – Retraimento, contato limitado com o ambiente e com as pessoas, inibição,
passividade.

Mãos maiores em relação a outras partes do corpo (braços por exemplo) – Menos valia,
impotência e dificuldade no contato.

Desenho da figura 2:

O padrão do desenho da figura 2 é


absolutamente o mesmo da figura 1, descrito
acima. Valem todas as observações e
características destacadas no item anterior,
inclusive em relação ao tamanho e ao
posicionamento na página. Não vamos reescrevê-
las para não tornar enfadonha e repetitiva a leitura.

O único item relevante que difere a figura


2 da figura 1 se refere ao cabelo, que, embora
tenha sombreado forte, como o anterior (o que
sugere conflitos referentes aos pensamentos e
fantasias), é escasso (nesse caso, a interpretação é
de insegurança e sentimentos de inadequação).

Nos desenhos da figura humana, tanto 1 quanto 2,


a presença de um sol pequeno, brilhando no topo
da página, longe do personagem principal, é mais
uma vez percebida. Esse foi um padrão igual a
todos os quatro desenhos, aliás, o que demonstra,
como já abordado, distanciamento em relação às
figuras parentais.

Análise sobre os desenhos das FIGURAS HUMANAS 1 e 2:


Menos valia, inferioridade e retraimento são traços da personalidade de Sofia que aparecem
com frequência na análise dos desenhos da pessoa feitos pela adolescente. O sentimento de
desamparo fica igualmente demonstrado. Não há surpresas em relação às conclusões sobre os
desenhos anteriores. O padrão se repete mais uma vez.

Conclusão sobre a personalidade de Sofia com base no teste HTP:

Sofia é uma menina com baixa autoestima e um forte sentimento de inferioridade e de


inadequação ao meio em que vive. O relacionamento com as pessoas, em geral, é desafiador
para ela. Em especial, com a família e, muito em particular, com as figuras parentais (pai e mãe,
ou quem exerça essa função). A retração de Sofia, traço forte de sua personalidade, sugere a
incidência de depressão. Que leva ao isolamento social. Que, por sua vez, pode ser um fator
desencadeante da tendência à fantasia, outro aspecto de presença forte e grande frequência em
todos os desenhos da adolescente. Os desenhos sugerem que ela se sente insegura, com medo e
desamparada.
RELATÓRIO / LAUDO PSICOLÓGICO

1. Identificação

Autores:

Bruna Meireles Rodrigues – 20170820079-7


Helena De Oliveira Pacheco – 20170826932-1
Luiz Filipe Da Silva Barboza – 20170726819-3
Nagila Teixeira Dos Santos – 20170840439-2
Nayane Vitória Rosa Da Silva – 20190728513-1
Thiago Tadeu De Oliveira Feitoza – 20170829315-9

Interessado: Sofia, a própria paciente


Assunto: Solicitação de Avaliação Psicológica para fins de diagnóstico

2. Descrição da demanda

Paciente Sofia, de 13 anos, foi encaminhada para avaliação psicológica pela Clínica de
Saúde da Família com fins de diagnóstico. Sofia se apresentou à clínica após orientação de uma
amiga. A responsável pela adolescente é a avó paterna.

Sofia informou que há algum tempo vem sendo acometida por quadro de ansiedade;
contou que pratica automutilação, após ouvir vozes; e disse que nenhum membro da família
sabe disso. Mencionou não ter bom relacionamento com os pais, que são separados. De acordo
com o relato da paciente, o quadro apresentado iniciou após a morte do avô paterno. Paciente
informou que sofre bullying na escola, por sua aparência, segundo relato dela, e que não tem
muitas amizades.

3. Procedimento

Entrevista inicial e um total de oito encontros, com duração aproximada de 45 minutos,


uma vez por semana. Nos encontros, foram aplicados os testes TAT (Teste de Apercepção
Temática) e HTP (Teste do Desenho Casa-Árvore-Pessoas).

4. Análise

Durante os encontros iniciais, foi possível observar que Sofia, apesar do tom de voz
calmo, demonstrava nervosismo, pois balançava a perna frequente e rapidamente. Foi possível
perceber também na paciente, no decorrer das outras sessões, baixa autoestima e tendência a
fantasias e alucinações. Essas alucinações estão relacionadas a relatos de Sofia sobre conversas
que diz ter com adolescentes mortos e o avô paterno, já falecido.

Realizados os testes (TAT e HTP), para fim de avalição de personalidade, foi observado,
em relação ao campo familiar, que Sofia possui sentimentos de raiva ou ódio para com a mãe.
Isso sugere relação familiar não harmoniosa. As informações coletadas apontam para um
desinteresse de Sofia pela vida, inclusive com ideação suicida. Sofia também apresenta traços
de inferioridade, menos valia, depressão, tendência a fantasias, insegurança e imaturidade. Uma
característica marcante da personalidade de Sofia é a retração, com sensação de inadequação
em relação ao ambiente e introversão, que levam a isolamento social.

5. Conclusão

Após análise dos testes e das entrevistas, concluímos que Sofia demonstra carência
afetiva, com sensação de desamparo e dificuldades nos relacionamentos social e familiar.
Apresenta sintomas compatíveis com os observados em casos de Transtorno Depressivo Maior
(TDM) – tristeza, solidão, ansiedade, insônia ou hipersonia, sentimento de inutilidade e ideação
suicida – e também com os de transtornos de ansiedade, em particular o Transtorno de
Ansiedade Social – inibição, timidez, insegurança, sentimento de inferioridade diante de outras
pessoas, baixa autoestima e temor de ser mal avaliada por seus pares. Sofia tem tendência à
fantasia e relata alucinações, o que sugere quadro compatível com algumas das características
essenciais que definem os transtornos psicóticos, segundo o DSM-V.

Diante do demonstrado, recomenda-se à paciente tratamento psicoterápico, com sessões uma a


duas vezes por semana, e acompanhamento simultâneo feito por psiquiatra.

Rio de Janeiro, 18/06/2021


.
Bruna Meireles Rodrigues – 20170820079-7
Helena De Oliveira Pacheco – 20170826932-1
Luiz Filipe Da Silva Barboza – 20170726819-3
Nagila Teixeira Dos Santos – 20170840439-2
Nayane Vitória Rosa Da Silva – 20190728513-1
Thiago Tadeu De Oliveira Feitoza – 20170829315-9.

DEVOLUTIVA

Olá, Sofia, o nosso encontro de hoje, conforme planejamos, é o último. E nele você vai
conhecer o seu psicodiagnóstico, feito após as entrevistas e os testes realizados nesse período.

Você é uma menina inteligente e com grande capacidade de imaginação, e essas


características ficaram bastante claras na avaliação psicológica. Você chegou com a queixa de
se sentir muito ansiosa e ter calafrios nos últimos oito meses, e relatou fazer cortes nos pulsos
para tentar se sentir melhor. Essa ansiedade, conforme identificado na avaliação psicológica,
tem ligação com uma dificuldade nos relacionamentos. Principalmente com seus familiares.

Você demonstra forte inibição no contato social e baixa autoestima, com sentimento de
inferioridade em relação às outras pessoas. Essas sensações são resultado de uma visão
distorcida que você tem de si mesma, dos outros e da vida, de maneira geral. Isso faz com que
você veja o mundo que está ao seu redor como ameaçador e destrutivo. E então você se sente
insegura, se retrai e busca o isolamento, para se proteger.

Esses sentimentos, somados a aspectos da sua história de vida, a deixam desanimada, para
baixo, e seus pensamentos sobre você mesma e sobre como as pessoas a veem só reforçam a
imagem negativa que você tem de si mesma.
O diagnóstico, no seu caso, é de sintomas compatíveis com transtornos de depressão e de
ansiedade, relacionados diretamente ao quadro que você apresenta de humor deprimido e forte
inibição no trato social. Há também, nos seus relatos e nos resultados dos testes, aspectos que
apontam para a possibilidade de algum transtorno psicótico, o que indica a necessidade de um
acompanhamento psiquiátrico.

Como tratamento, recomendamos consultas periódicas ao psiquiatra, com frequência a ser


definida pelo médico, e psicoterapia cognitivo-comportamental, com sessões semanais, na
frequência de, pelo menos, duas vezes por semana.

Esse psicodiagnóstico será compartilhado também com a sua avó paterna, como sua
responsável legal, e com o médico da Clínica de Saúde da Família que encaminhou você para
essa avaliação psicológica. Um laudo psicológico será escrito e entregue a você e a eles.

Você tem alguma dúvida sobre o que expomos acima? Se sim, fique à vontade para fazer
qualquer pergunta.

CONCLUSÃO: A APLICAÇÃO DO PSICODIAGNÓSTICO E A


RELAÇÃO COM A ABORDAGEM TEÓRICA ESCOLHIDA

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) trabalha o paciente no nível mais profundo de sua


cognição: crenças (nucleares ou intermediárias) que ele mantém sobre si mesmo, sobre seu
mundo e sobre outras pessoas. A TCC entende que a maneira como o sujeito interpreta situações
e circunstâncias que o cercam importa mais do que aquilo que acontece a esse sujeito
(DATTÍLIO & FREEMAN, 1998). Dependendo da forma que se dá essa intepretação sobre os
fatos da vida, a pessoa poderá desenvolver cognições distorcidas sobre a realidade, que a
levarão a comportamentos disfuncionais. O tratamento tem como objetivo, segundo Judith Beck,
filha do criador da abordagem teórica, Aaron Beck, e também especialista no assunto, “uma
mudança cognitiva, modificação no pensamento e no sistema de crenças do paciente”, para
produzir “uma mudança emocional e comportamental duradoura” (BECK, JUDITH S., 2013,
p.22). No tratamento, pelo viés da TCC, a principal estratégia é a da reestruturação cognitiva,
para ajudar o paciente a avaliar seus pensamentos automáticos, geralmente contaminados por
uma visão equivocada de mundo, e a gerar outros mais realistas sobre as situações. Fatos e
evidências são as ferramentas utilizadas como base desse processo (POWELL et al., 2008).
Paciente e terapeuta estabelecem metas específicas e buscam identificar os pensamentos
automáticos testáveis que impedem a realização dessas metas (RANGÉ, 2001). O terapeuta
recorre também a estratégias de enfrentamento, técnicas de esforço cognitivo e comportamental
que o paciente aprende para lidar com demandas externas e internas (LAZARUS, FOLKMAN,
1984; NUNES, 2010), e à ativação comportamental, para incentivar a adoção de atividades
cotidianas que lhe gerem prazer e melhorem seu humor (POWELL et al., 2008).

Na prática clínica, não há fronteira entre terapia e psicodiagnóstico (SOUZA & CÂNDIDO,
2009). Assim como na terapia, na avaliação psicológica, com base na TCC, terapeuta e paciente
são parceiros. Elaboram juntos o roteiro do procedimento. Na primeira entrevista, o paciente já
é informado sobre o método de trabalho e toma conhecimento de que sua colaboração será
fundamental para o resultado. O psicodiagnóstico segue um plano de avaliação, com sessões
estruturadas, ou seja: há sempre uma pauta previamente preparada e um roteiro a ser seguido.
Ferramentas muito utilizadas pelo profissional cognitivista são as tarefas de casa, prescritas e
depois conferidas, e o estímulo ao feedback do paciente ao fim das sessões. A TCC se utiliza
muito da classificação diagnóstica, com base no DSM-V, e de inventários. Questionários de
autorrelato são entregues ao paciente e servem como instrumento para saber informações sobre
ele. O objetivo é ter o máximo de dados possível a respeito do paciente, e, para isso, entrevistas
com parentes, amigos e pessoas da convivência dele são possíveis no processo de avaliação.
Em alguns casos, poderão ser solicitados pelo terapeuta resultados de exames médicos do
paciente, para conhecimento sobre eventuais problemas de saúde que interfiram nos processos
mentais (BECK, JUDITH S., 2013, p.22).

Ao longo da terapia, e também da avaliação psicológica com fins diagnósticos, o terapeuta


cognitivo vai criando hipóteses. Que vão sendo descartadas ou confirmadas na medida em que
ele se aprofunda na estrutura cognitiva do paciente. Esse processo, fundamental para a avaliação
psicológica via TCC, é chamado de conceituação cognitiva: a construção de hipóteses sobre
pensamentos, suposições, emoções e crenças do paciente.

Na fase inicial da avaliação psicológica, são feitas a entrevista para conhecimento das queixas
do paciente e a anamnese, com o levantamento do histórico sobre ele. Na fase intermediária,
são aplicados os testes psicológicos. A TCC é uma abordagem que se utiliza bastante de
formulários, e isso acaba sendo um facilitador em processos de psicodiagnóstico. Há inclusive
alguns exclusivos da TCC, como o Inventário de Depressão de Beck: É um instrumento de
autoavaliação que revela sintomas de depressão e mede sua intensidade. Por fim, ocorre a
entrevista de devolução, com formulação de laudo psicológico, se for necessário.

No caso específico de Sofia, a adolescente de 13 anos de cujo psicodiagnóstico tratamos neste


trabalho, a avaliação em oito sessões, pelo viés da TCC, incluiria o levantamento inicial
dos problemas dela, as circunstâncias de vida que colaboraram para o quadro, o histórico
familiar e aspectos do desenvolvimento da menina. Em seguida, faríamos a conceituação
cognitiva, a partir de entrevistas com a paciente e com pessoas próximas, que podem ser a avó,
o pai e a mãe, ou mesmo a amiga mais íntima que ela diz ter. Nessa conceituação seriam
utilizados registros escritos de pensamentos disfuncionais e crenças nucleares e intermediárias
que a levam aos sentimentos de inferioridade e desadaptação. Outras ferramentas na avaliação
seriam a observação do comportamento de Sofia no setting terapêutico; o monitoramento por
ela mesma, com posterior relato, sobre o que passa por sua cabeça e o que sente e como reage
diante de determinadas situações; a aplicação de escalas e questionários (Inventário de
Depressão de Beck, por exemplo, já que a menina apresenta sintomas depressivos); e o uso de
testes psicológicos (TAT, HTP e outros, se necessários).

Com base no apurado sobre Sofia, o passo seguinte seria o psicodiagnóstico propriamente dito,
com recomendações sobre o tratamento. É para isso que ele serve: orientar na indicação da
terapia mais adequada, de maneira bem fundamentada (NORONHA E COLS., 2003). No olhar
da TCC, psicopatologia é o resultado de crenças excessivamente disfuncionais e de
pensamentos demasiadamente distorcidos que prejudicam a visão da pessoa sobre a realidade
e resultam em disfunções de humor e de comportamento (SOUZA & CÂNDIDO, 2009). A
indicação para Sofia seria a de tratar essas suas questões internas com apoio da TCC.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. 1º Artigo - Autores: Cristopher de Castro Perdigão e Ronaldo Santhiago Bonfim de


Souza . RECH - Revista Ensino de Ciências e Humanidades – Cidadania, Diversidade e Bem
Estar - Ano 4, Vol. IV, Número 2, Jul-Dez, 2020, p. 532-545
Link: https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/rech/article/view/7983 (acesso em
14/05/21)

2. 2º Artigo - Autores: Laiane Madalena Dias de Souza Marcelino e Ronaldo Santhiago


Bonfim de Souza . RECH- Revista Ensino de Ciências e Humanidades – Cidadania,
Diversidade e Bem Estar - Ano 4, Vol. IV, Número 2, Jul-Dez, 2020, p. 562-582.
Link: https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/rech/article/view/7981 (acesso em 14/05/21)

3. 3º Artigo - Autores: Daiane Rocha de Oliveira e Daniela Pereira Ribeiro


Anais da X Mostra Científica do Centro Universitário Cesuca – Nov. / 2016
Link:http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac/article/cite/1192/AbntCitationPlugin(acesso
em 14/05/21)

4. O TESTE DO DESENHO COMO INSTRUMENTO DE DIAGNÓSTICO DA


PERSONALIDADE - VALIDADE, TÉCNICA DE APLICAÇÃO E NORMAS DE
INTERPRETAÇÃO - DINAH MARTINS DE SOUZA CAMPOS - 22a Edição - VOZES -
Petrópolis 1993.

5. TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA – HENRY A. MURRAY – Ed. Casa do


Psicólogo.

6. MANUAL PRÁTICO DE AVALIAÇÃO DO HTP (CASA-ÁRVORE-PESSOA) E


FAMÍLIA – MARIA FLORENTINA N. GODINHO RETONDO – Ed. Casa do Psicólogo.

7. TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL, TEORIA E PRÁTICA – JUDITH S.


BECK – Ed. Artmed, 2ª edição.

8. MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS, DSM-


5 – 5ª edição – AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION – Ed. Artmed.

9. ARTIGO: Diagnóstico psicológico e terapia cognitiva: considerações atuais. Autores:


Isabel Cristina Weiss de Souza; Carolina Ferreira Guarnieri Cândido. 2009.
Link: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
56872009000200009

10. ARTIGO: Relato de uma entrevista de devolução com a criança no psicodiagnóstico.


Autora: Rebecca de Magalhães Monteiro. 2010. Link:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-64072010000100009

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