Viviane Marins

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Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X

PROFESSORES-ESTUDANTES DE PSICOPEDAGOGIA: SUAS


VISOES SOBRE A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E O
TRABALHO COM GRUPOS NA ESCOLA

1
Viviane Marins
2
Juliana Rocha Adelino Dias

Resumo

No presente estudo, destacamos a psicopedagogia institucional, para observar os aspectos


que favorecem o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Trata-se de uma pesquisa
exploratória de caráter qualitativo que contou com a participação de 9 pedagogas concluintes de
pós-graduação em Psicopedagogia. Os sujeitos refletiram sobre suas visões sobre a
Psicopedagogia Institucional e o trabalho em grupo na escola por meio de quatro questões. As
respostas foram tratadas pela análise de conteúdo proposta por Bardin (1977). Foi possível
perceber que o conhecimento interdisciplinar e as habilidades sociais, sobressaíram à dimensão
investigativa e de planejamento.

Palavras-chave: representações sociais; relação professor-aluno; aprendizagem.

Abstract

In this study, we highlight the institutional educational psychology, to observe aspects


that favor the process of teaching and student learning. This is an exploratory qualitative research
study that included the participation of nine graduating education majors graduate in Psychology.
1
Graduada em Pedagogia e concluinte do curso de pós-graduação em Psicopedagogia pela FALS, Praia
Grande, SP. E-mail: [email protected]
2
Mestre em Educação e Orientadora da pós-graduação em Psicopedagogia pela FALS, Praia Grande, SP.
E-mail: [email protected]
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X

The subjects reflected on their views on the Institutional Educational Psychology and group work
in school through four questions. Responses were treated for content analysis proposed by Bardin
(1977). It could be observed that the interdisciplinary knowledge and social skills, and highlights
the investigative dimension of planning.

Keywords: social representations; teacher-student relationship; learning.

Introdução

A psicopedagogia clínica e a psicopedagogia institucional são assuntos que têm atraído a


atenção de diversos estudiosos (RUBINSTEIN, 1999; BOSSA, 2011; BEAUCLAIR, 2009), e
fomentado debates no meio acadêmico e profissional sobre o papel do psicopedagogo e da
psicopedagogia. No presente estudo, destacamos a psicopedagogia institucional, para observar os
aspectos que favorecem o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Isso porque a função
do psicopedagogo nas instituições envolve o trabalho com grupos, embora esse profissional possa
analisar individualmente, quando necessário.
Partindo-se desse pressuposto, a pesquisa tem como objetivo principal refletir sobre o
papel da Psicopedagogia Institucional no trabalho com grupos em âmbito escolar. A pesquisa
objetiva também observar o que os professores-estudantes de psicopedagogia pensam sobre o
trabalho realizado com grupos e identificar quais são as potencialidades do trabalho
psicopedagógico realizado em grupos, para os sujeitos do estudo.
Portanto, conhecer o ponto de vista do futuro profissional psicopedagogo em relação ao
trabalho com grupos na instituição escolar pode desvelar aspectos importantes relacionados às
práticas psicopedagógicas institucionais. Por isso, esse estudo justifica-se por ampliar a
oportunidade de conhecer em maior profundidade o que pensa esse profissional sobre o assunto e
como esse viés da psicopedagogia pode auxiliar o ensino-aprendizagem dos alunos atendidos
pelo psicopedagogo. Os dados obtidos com essa investigação podem informar diversos
profissionais da educação sobre as possibilidades desse novo modelo de trabalho, sendo um
auxilio no delineamento de suas práticas.
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A Psicopedagogia

A Psicopedagogia é uma área do conhecimento que atua no campo da educação e da


saúde na busca de contribuições para os problemas de aprendizagem. Trata-se de um campo
amplo, pois o processo humano de aprendizagem é algo complexo nos quais estão envoltos
diversos fatores que passam por uma rede de conhecimentos (MUÑIZ, 1999, p. 13). Por isso,
para operar no campo psicopedagógico é necessário refletir sobre outras áreas do conhecimento,
com destaque a Psicologia, Filosofia, Neurologia, Sociologia, Linguística, a Psicanálise, dentre
outras. Contudo, a psicopedagogia enquanto prática que auxilia os indivíduos nas aprendizagens
pode ser tratada sobre dois vieses, a psicopedagogia clínica e a psicopedagogia institucional,
como aponta Bossa (2011).
A psicopedagogia clínica tem como princípio observar, entender e intervir nos aspectos da
aprendizagem que não estão satisfatórios, tendo como principal foco no diagnóstico, o fracasso
escolar, em uma perspectiva holística, com isso são analisados os dados pedagógicos, cognitivos,
sociais, emocionais e culturais. Nesse viés de trabalho psicopedagógico e investigatório são
desenvolvidas sessões de caráter individual e terapêutico. Na análise clínica deve-se considerar as
particularidades de cada um, fazendo uma sondagem estratégica, para gerar uma proposta
exclusiva e específica as necessidades observadas. Entre essas propostas está a de conduzir pais,
professores, orientadores e especialistas, articulando uma integração entre os processos (BOSSA,
2011, p.104).
Na psicopedagogia institucional é realizado um trabalho de cunho preventivo,
direcionado para grupos específicos e pode ser realizada em diversos segmentos, dentre eles
destacam-se, escolares, hospitalares, empresariais. No segmento escolar, cenário do estudo,
acredita-se que esse trabalho pode favorecer […] a ressignificação das relações de aprendizagem
na escola é o resgate da identidade da instituição com o conhecimento, tendo como foco a
prevenção às dificuldades de aprendizagem, resgatando o prazer de aprender (BACKES;
FOCESI, 2010, p. 27).
Com o exposto acima, observa-se que a psicopedagogia clínica é pautada em princípios
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terapêuticos, enquanto que a psicopedagogia institucional fundamenta-se nas questões


preventivas, embora, muitas vezes seja necessário realizar sessões individuais nas instituições.
Golbert corrobora a ideia ao apresentar a psicopedagogia sobre as duas perspectivas, a terapêutica
e a preventiva, como se vê a seguir:

O enfoque preventivo considera o objeto de estudo da Psicopedagogia o ser


humano em desenvolvimento enquanto educável. O enfoque terapêutico
considera o objeto de estudo da psicopedagogia a identificação, análise,
elaboração de uma metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de
aprendizagem (1985, p. 13).

No presente estudo, abordaremos a psicopedagogia institucional, no item seguinte


apresentaremos um panorama mais aprofundado sobre o assunto em questão.

A psicopedagogia institucional

A psicopedagogia tem como principal foco de trabalho o processo de aprendizagem e seus


problemas, de modo a tentar contribuir positivamente para o aumento da qualidade do
aproveitamento acadêmico dos alunos. Para tanto, o psicopedagogo institucional trabalha com
métodos especiais de avaliação, sempre procurando estratégias para envolver todos os atores
escolares. Portanto, seu trabalho consiste, especialmente, na intervenção dos processos de ensino-
aprendizagem, renovando o trabalho institucional feito com os alunos e professores, de maneira a
redirecionar, possivelmente, os métodos de ensino utilizados na instituição, ou se achar
necessário encaminhar os alunos para outros profissionais (BOSSA, 2011, p.105).
É papel da psicopedagogia institucional assessorar o encaminhamento de ações que visem
promover uma melhor relação com o conhecimento, utilizando novas estratégias de ensino e
ações pedagógicas propostas a partir das informações existentes. Por isso, a importância de
dialogar com as áreas de conhecimentos que contribuem para a Psicopedagogia, tais como a
Psicologia, a Filosofia, a Sociologia, a Línguistica, a Psicanálise, dentre outros. Contudo, Bossa
aponta a necessidade de se fazer uma reflexão multidisciplinar, com o cuidado de tornar fluída a
discussão inerente a compreensão da totalidade do sujeito, como afirma a autora na citação a
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seguir:

Se as diferentes habilitações que formaram diferentes especialistas trouxeram


benefícios, também dificultaram a integração essencial à compreensão de
totalidade do sujeito, provocando a departamentalização destes especialistas e
resultando em uma prática desarticulada, que oferece diferentes versões para o
mesmo fato educativo impede uma reflexão global e interativa. No lugar de
completar os dados, a visão unilateral de cada especialista valoriza sua área de
formação em detrimento da instalação de parcerias essenciais para a
compreensão e atuação profissional qualificada (BOSSA, 2011, p. 108).

A partir desse pressuposto, Nádia Bossa revela que a fragmentação só acarreta perdas, por
isso há a necessidade de um profissional que possa ter percepção não somente nos conteúdos,
mas também sobre as especificidades dos alunos. A autora destaca, também, a importância da
interlocução entre os profissionais especializados na Psicopedagogia e aponta para o
empobrecimento de uma prática psicopedagógica advinda do isolamento em um campo
específico comprometendo uma visão integrada do individuo.
A psicopedagogia institucional por possuir caráter preventivo se apoia na observação e no
exame profundo de situações vividas em sala de aula. Por isso, podemos relacioná-la com o
trabalho clínico. Contudo, esse trabalho não deve ser confundido com o trabalho do coordenador
pedagógico, uma vez que o psicopedagogo elabora suas estratégias pensando em um grupo
determinado de sujeitos. O psicopedagogo tem que ter um olhar clínico na composição de cada
grupo, os conteúdos são ajustados conforme as especificidades dos alunos e professores. Quando
se planeja o ensino dos conteúdos pensando apenas na idade, e em seu nível escolar não está se
desempenhando uma ação clínica, pois nesse tipo de ação deve-se considerar as características
das pessoas que formam o grupo (BOSSA, 2011, p, 134).
O psicopedagogo atua tanto no nível dos levantamentos de dados, quanto com ações
transformadoras flexivas e reflexivas, para que ocorra uma melhor aprendizagem. Pois, ao
analisar as possíveis causas das dificuldades consegue definir qual será o melhor caminho para
sua intervenção, que por sua vez serão definidos pelos dados coletados. Todavia, reconhecemos
que o método de ensino precisa sempre ser repensado, Nádia Bossa corrobora esse pensamento
ao afirmar que:
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Baseada em minha experiência, posso afirmar que, muitas vezes, o problema de


aprendizagem que leva o sujeito ao consultório tem causa na sua estrutura de
personalidade e/ou familiar, mas, sem sombra de dúvidas, a incidência de
problemas de aprendizagem, consequência de inadequação dos métodos, do
conteúdo, do professor, enfim, da estrutura de ensino, supera qualquer outra
coisa (BOSSA, 2011, p. 139).

Portanto, os educadores ao integrarem suas práticas pedagógicas com o Psicopedagogo


começam uma nova jornada, com possibilidades de aprender e reaprender com as intervenções
propostas, o que oportuniza um novo olhar sistêmico sobre os problemas de aprendizagem.
Dentre as intervenções possíveis em âmbito institucional, a hospitalar deve destacar-se por
seu trabalho lúdico, com o objetivo de resgatar o prazer em aprender, elevando a autoestima dos
pacientes, conforme nos apresenta a autora:

É bastante enriquecedor que o psicopedagogo trabalhe com atividades que


envolvam, por exemplo, a dramatização e teatros de fantoches, tais atividades
irão despertar na criança uma nova forma de elaborar e expressar os seus
sentimentos é importante que ela viva gradativamente o aqui e agora de sua real
situação, pois certamente elas irão estimular e favorecer um bom vínculo afetivo
da criança com a aprendizagem [...] (MELLO, 2004, p.2).

Essas ações podem ser feitas em um espaço preparado ou no leito, segundo Mello
(22004),o desgaste da internação vai contribuir para a baixa autoestima, a intervenção lúdica vai
ajudar na reestruturação.
A creche pode ser colocada como o primeiro espaço de prevenção das dificuldades de
aprendizagem, pois é a partir do início da vida escolar que a psicopedagogia vai tentar garantir
um ambiente apropriado, que priorize a humanização e a socialização. Uma boa quantidade de
brinquedos, uma ambiente seguro, espaços adequados, a construção de vínculos duradouros, a
humanização dos funcionários e professores, são alguns aspectos a serem trabalhados pelo
psicopedagogo. Um bom ambiente, com profissionais capacitados, em um espaço adequado, com
atividades estimulantes contribuem para um bom desenvolvimento. O olhar do psicopedagogo
sobre todo o processo, possivelmente, favorece a criação de um sentimento de segurança, de
afetividade, de respeito e autoestima por parte da criança, e de acordo com Cunha:

A criança inserida em uma instituição de Educação Infantil na primeira infância


inicia muito cedo o seu relacionamento com a escola, passa a ser significada
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como aluno pela interação com o/a professor (a) e com a instituição e começa
uma socialização que ultrapassa o meio familiar. A qualidade destas interações e
das relações estabelecidas promove a construção de um vínculo afetuoso ou
tenso com o meio escolar (CUNHA, 2011, p. 17).

A criança que estabelece um bom relacionamento com a creche, tendo respeitadas suas
especificidades e desejos, provavelmente, terá maior sucesso em seu desenvolvimento motor,
social, cognitivo e psíquico, mas é imprescindível que o ambiente seja adequado as suas
necessidades. (CUNHA, 2011, p. 17).
Contudo, assim como a creche pode ser o primeiro espaço de prevenção não se pode
ignorar que a partir da educação infantil, muitas crianças apresentem dificuldades relacionadas à
aprendizagem, uma maneira de camuflar essas dificuldades é o comportamento inapropriado,
para ocultar suas inseguranças diante dos amigos (BOSSA, 2011, p.135). O comportamento
inapropriado quer seja a violência, o preconceito, a intolerância, o desrespeito dentre outros
comportamentos considerados inapropriado na escola, geralmente, está associada ao desinteresse
ou desânimo pelas aulas. Os motivos causadores dessas consternações podem estar na
personalidade, na família, na escola, no professor ou ainda dentro da comunidade (BOSSA, 2011,
p. 136).
A educação, portanto, como prática social tem como um constituinte importante as
interações sociais. Interações estas influenciadas pelo contexto cultural escolar e por todas as
demais culturas que circundam este ambiente (DIAS, 2013). Por isso, a importância de
reconhecer a escola como ambiente eminentemente social, assim como observamos na declaração
de Del Prette: Del Prette (2011, p. 54) ao afirmarem que a [...] escola é um espaço privilegiado,
onde se dá um conjunto de interações sociais que se pretendem educativas. Portanto, a escola é
um ambiente propício o desenvolvimento de técnicas psicopedagógicas em grupos.

A psicopedagogia institucional e o trabalho com grupos

De acordo com Beauclair (2009), o trabalho psicopedagógico institucional realizado em


âmbito escolar pode ser desenvolvido de maneira a contemplar as relações interpessoais e grupais
dos atores escolares, neste trabalho destacamos os discentes. Contudo, observa-se a necessidade
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de elucidar o significado de grupo:

A palavra grupo, etimologicamente, ou vem do italiano – groppo ou gruppo, cujo


sentido original, era nó, laço – ou do germano ocidental kruppa, que significava
mesa arredondada, ligada à tradição celta (os cavaleiros da távola redonda). A
primeira expressa a ideia de ligação, união e aprisionamento, refere-se ao grau de
coesão dos grupos, e a segunda traz a ideia de círculo, de um grupo de iguais
(ANDALÓ, 2006. p. 35).

É importante lembrar que a identidade de cada aluno é resultado de suas vivências.


Portanto, cada aluno traz em si resquícios resultantes de suas experiências de vida que,
articuladas às situações de cada grupo com o qual interage, repercutirão em seus interesses e
anseios. Assim sendo, trabalhar com grupo em uma instituição, como por exemplo, a escola,
pode favorecer o tratamento, tanto do grupo, como os dos indivíduos que o compõem. Como
conclui a autora ao afirmar que [...] os grupos têm uma função mediadora entre a particularidade
e a totalidade social (ANDALÓ, 2006, p. 33).
A Psicopedagogia no ambiente escolar quando realizada de forma preventiva com grupos
pode proporcionar um espaço de descoberta e de socialização de formas próprias e efetivas de
aprendizagem. O trabalho grupal ainda colabora para que os participantes resgatem e
desenvolvam o seu papel de alunos no contexto escolar.
Vigotsky se importava incessantemente em analisar o desenvolvimento humano e com
isso entender como ocorria a aquisição do conhecimento. Segundo Vigotsky há um caminho a ser
percorrido para a obtenção do desenvolvimento, que vai acontecer conforme houver acesso aos
ambientes sócios culturais (OLIVEIRA, 1994, p.56). A aprendizagem ocorreria socialmente,
segundo Oliveira:

Em Vygotsky, ao contrário de Piaget, o desenvolvimento – principalmente o


psicológico/mental (que é promovido pela convivência social, pelo processo de
socialização, além das maturações orgânicas) – depende da aprendizagem na medida em
que se dá por processos de internalização de conceitos, que são promovidos pela
aprendizagem social, principalmente aquela planejada no meio escolar (1994, p.4).

Para Vygotsky é essencial que o sujeito interaja, para originar conhecimentos. Para o
psicólogo bielorrusso ter um sistema biológico perfeito não assegurava a aquisição da
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aprendizagem, pois esta estava atrelada as vivências, segundo Rabello e Passos:

Não podemos pensar que a criança vai se desenvolver com o tempo, pois esta não tem,
por si só, instrumentos para percorrer sozinha o caminho do desenvolvimento, que
dependerá das suas aprendizagens mediante as experiências a que foi exposta. Neste
modelo, o sujeito – no caso, a criança – é reconhecida como ser pensante, capaz de
vincular sua ação à representação de mundo que constitui sua cultura, sendo a escola um
espaço e um tempo onde este processo é vivenciado, onde o processo de ensino-
aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos (2008,p.5).

Além da interação entre os sujeitos a escola tem outro facilitador, o professor, que na
teoria de Vigotsky tem o papel de mediador do conhecimento, pois ele conhece o nível real de
aprendizagem da 3 ZDP, e a partir disso vai trabalhar o nível potencial, auxiliando novas
conquistas.

Metodologia

Esta pesquisa tem um caráter exploratório e apresenta uma abordagem qualitativa, pois na
análise dos dados, procurou-se trabalhar com as interpretações das realidades sociais (BAUER;
GASKELL, 2008). Os instrumentos de pesquisa utilizados foram: 1) questionário de perfil que
procura compreender quem são os sujeitos da pesquisa, por meio de informações sobre gênero,
idade e formação, 2) questionário sobre o posicionamento desses sujeitos com relação à sua
profissão. Participaram da pesquisa nove pedagogas concluintes de pós-graduação em
Psicopedagogia. As questões apresentadas a elas versavam sobre o que era o papel do
psicopedagogo, sobre o papel do piscopedagogo institucional, sobre o que eles pensavam sobre o
trabalho com grupos e a psicopedagogia. Por fim, o questionário procura acessar os significados
do ser psicopedagogo, sobretudo, na instituição escolar ao permitir que os sujeitos revelem as
características, qualidades e habilidades que julgam ser necessárias para o desenvolvimento do
trabalho do psicopedagogo institucional. Este trabalho analisa as respostas a quatro destas
questões que se relacionam com a temática da psicopedagogia institucional e o trabalho com
3
A ZDP, ou zona de desenvolvimento proximal, é um conceito elaborado por Vigotsky, seria um
domínio psicológico constituído por dois níveis de desenvolvimento, o real e o potencial
(OLIVEIRA, 1994, p.60).
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grupos: “Quais saberes você definiria como necessários a pratica psicopedagógica?”, “Quais
saberes você definiria como necessários a pratica psicopedagógica institucional?”, “O que você
aponta como positivo e negativo no trabalho em grupo na psicopedagogia”? E por fim, “Indique
características, qualidades, habilidades exigidas, no trabalho em grupo na Psicopedagogia.” Os
dados coletados por esse questionário foram tratados pela análise de conteúdo (BARDIN, 1977).

Resultados

As questões que versavam sobre o perfil dos sujeitos do estudo apontou que os
participantes da pesquisa têm entre 23 e 42 anos de idade, todos os investigados são mulheres e
residentes na cidade de Praia Grande/SP. Elas são pedagogas e concluintes do curso de
Psicopedagogia de uma Faculdade localizada na Baixada Santista.
As respostas obtidas com as quatro questões propostas, referente a temática da
psicopedagogia institucional e o trabalho com grupos, foram classificadas da seguinte maneira:
identificou-se os itens de significação contidos nas palavras ou expressões. Cada item de
significação foi classificado em uma única categoria. Entretanto, em alguns casos, a resposta de
um mesmo sujeito foi dividida em diferentes itens e classificados em mais de uma categoria, pois
traziam um novo sentido à questão. Portanto, as frequências foram calculadas sobre o número
total de itens de significação.
A primeira questão, “Quais saberes você definiria como necessários a prática
psicopedagógica?”, gerou três categorias, foram elas: 1) intervenção; 2) interdisciplinaridade; e 3)
diagnóstico. As categorias emergentes com essa questão podem ser visualizadas no gráfico 1.

Gráfico 1: Questão 1 - “Quais saberes você definiria como necessários a prática


psicopedagógica?”
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Categorias

31%
38%
Intervenção
Interdisciplinaridade
Diagnóstico

31%

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

A categoria ‘‘Intervenção’’ foi a mais citada pelos sujeitos, esta categoria reuniu 38% das
respostas. Nesta categoria, foram agrupadas respostas como: ‘‘O profissional precisa buscar
conhecimentos específicos de outras teorias, sempre que necessário, para o desenvolvimento de
um trabalho eficaz’’; ‘‘[...] práticas educativas com base em pesquisa e estudo’’. Para as
entrevistadas a intervenção deve ser feita com base nos conhecimentos adquiridos, segundo
Bossa quando se considera as particularidades de cada um, fazendo uma sondagem estratégica,
será criada uma proposta exclusiva e específica as necessidades observadas. Portanto a
intervenção tem um importante papel na Psicopedagogia, pois redireciona o trabalho a medida
que vai mostrando os resultados.
As categorias “Interdisciplinaridade” e “Diagnóstico” obtiveram resultados similares, com
31% das respostas para cada uma dessas categorias. Na categoria “Interdisciplinaridade” as
respostas foram: ‘‘Uma mistura de conhecimentos das áreas de pedagogia, psicologia,
psicanálise, didática, e todos os referenciais teóricos que sustentam essas práticas’’; [...] os
saberes são interdisciplinares. Essas respostas corroboram a afirmação de Bossa (2011), à medida
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que os sujeitos da pesquisa destacam a importância do trabalho na área da psicopedagogia ser


desenvolvido de maneira multidisciplinar. Na categoria “Diagnóstico” agruparam-se respostas
como: ‘‘O conhecimento que possibilite identificar e diagnosticar os déficit no processo de
ensino-aprendizagem’’; ‘‘[...] se faz necessário uma análise envolta das causas que possam
interferir no processo de aprendizagem’’. As frases abonam o referencial de Bossa (20011), que
cita que o psicopedagogo trabalha com métodos especiais de avaliação e tem como princípio
observar, entender. Portanto o diagnóstico é essencial e vai ajudar na orientação do processo de
ensino aprendizagem, disponibilizando dados para que o psicopedagogo possa direcionar seu
trabalho.
Com relação a segunda questão, “Quais saberes você definiria como necessários a prática
psicopedagógica institucional? ’’, as respostas forma agrupadas em três categorias, foram elas: 1)
Atuação preventiva ; 2) Interdisciplinaridade e 3) Relações sociais. As categorias obtidas com
essa questão podem ser visualizadas no gráfico 2.

Gráfico 2: Questão 2 - “Quais saberes você definiria como necessários a prática


psicopedagógica institucional?”.

Categorias

25%

42% Atuação preventiva


Interdisciplinaridade
Relações sociais

33%
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Fonte: Dados coletados pela própria autora.

A categoria da “Atuação preventiva” foi a mais citada pelos sujeitos, reuniu 42% das
respostas e agrupou respostas, tais como: ‘‘ [...] requer atuação preventiva [...], com o objetivo de
detectar possíveis problemas [...]’’; “[...] se faz necessário uma análise envolta das causas que
possam interferir no processo de aprendizagem e ao reconhecê-las buscar possíveis soluções para
reversão”. Os sujeitos da pesquisa reafirmaram o pressuposto apresentado por Backes; Focesi
(2010) ao indicarem que compete ao trabalho do psicopedagogo na área institucional realizar um
trabalho focalizado na prevenção de problemas que possam impactar negativamente na
aprendizagem.
A categoria “interdisciplinaridade” foi a segunda mais citada pelos sujeitos, esta categoria
reuniu 33% das respostas. Nesta categoria, foram agrupadas respostas como: ‘‘Não é um saber
único, é um saber inacabado, porém é uma área recente, que recorre a contribuições da
Psicologia, Psicanálise, da Pedagogia, Linguística e Neurociências’’; “Envolve diversos campos
da área do conhecimento, como a pedagogia; psicologia; psicanálise; linguística; epistemologia
genética e neuropsicologia”. A interdisciplinaridade reaparece e comprova o que Muñiz (1999)
referenciou como ‘‘rede de conhecimentos’’.
A categoria das “Relações sociais” reuniu respostas como as citadas no exemplo a seguir:
‘‘Um trabalho focado nas dificuldades do individuo [...], considerando a influência escolar,
familiar e também da sociedade’’; [...], interação dos alunos e meios para propiciar um
aprendizado significativo’’. Pode-se observar com a categoria que, os sujeitos participantes do
estudo vêm como importante a articulação entre os sujeitos envolvidos na aprendizagem,
corroborando assim, a ideia de Dias (2013) que aponta para a necessidade de serem estabelecidas
em âmbito escolar salutares interações sociais.
A terceira questão, “O que você aponta como positivo e negativo no trabalho em grupo na
psicopedagogia?”, ocasionou cinco categorias, entre elas: 1) Socialização; 2) Transformação; 3)
Conhecimentos; 4) Não tem pontos negativos; e 5) Falta de empenho. As categorias resultantes
dessa questão podem ser visualizadas no gráfico 3.
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Gráfico 3: Questão 3 - “O que você aponta como positivo e negativo no trabalho em


grupo na psicopedagogia?”.

Categorias

19%

31% Relações Sociais


Transformação
Conhecimentos
19% Não tem pontos negativos
Falta de empenho

19%
12%

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

A primeira categoria “Relações Sociais” reunião 31% das respostas dos sujeitos. Seguem
algumas das respostas que compõem esta categoria: ‘‘Socialização, relação inter e intrapessoal,
estar aberto a novas experiências e estar disposto a refletir sobre a ação’’; ‘‘Os pontos positivos
estão justamente nas interações, troca de conhecimentos, sensação de acolhimento entre os
outros’’. Para os sujeitos pesquisados, as relações sociais que acontecem no trabalho com grupos
é algo positivo e fundamental no contexto escolar. Como destacou Oliveira (1994) ao afirmar que
uma das vias para a aprendizagem é a convivência social.
A segunda categoria “Transformação” agrupou 19% das respostas dadas pelos sujeitos da
pesquisa. Nela foram reunidas respostas, tais como: ‘‘ [...] reconhecer que todo ser pode ser
transformador [...]’’; ‘‘[...] a transformação, tendo uma visão melhor de si mesmo ’’. Pode-se
perceber que os sujeitos pesquisados atribuem ao trabalho com grupos uma possibilidade de
transformar a realidade em algo melhor e que favoreça a aprendizagem na escola,
compartilhando, assim, a concepção de Vigotsky Apud Oliveira (1994).
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A terceira categoria “Conhecimentos” agrupa 12% das respostas dadas a questão. Nela,
foram colocadas repostas como: ‘‘Amplia o conhecimento individual, coletivo, enriquecendo seu
potencial [...]’’; ‘’Possibilita criação, transformação e conhecimento [...]’’. Os sujeitos nessa
categoria atribuem como positivo os conhecimentos recebidos pelos sujeitos alvos da ação
psicopedagógica em uma sessão realizada em grupo e demonstraram reconhecer que o trabalho
em grupo pode propiciar a aprendizagem de conhecimentos. Esse dado reafirma o exposto por
Backes; Focesi (2010) que aponta para a possibilidade de resgatar o prazer de aprender por meio
de atividades psicopedagógicas realizadas com grupos.
A categoria “Não há pontos negativos”, foi citada em 19% das respostas dos sujeitos, que
relataram não observar pontos negativos na realização de trabalho com grupos na
psicopedagogia, como nota-se na fala dos sujeitos a seguir: ‘‘Não encontro pontos negativos’’;
“Em relação a pontos negativos, não creio na hipótese”.
Contudo, a categoria “Falta de empenho” foi também responsável por 19% das respostas.
Nesta categoria os sujeito declararam que a falta de empenho por parte da equipe é um fator que
prejudica o andamento do processo psicopedagógico no trabalho com grupos, como observa-se
na fala a seguir: ‘‘Observo como ponto negativo: falta de empenho e quando não supervisionada
acaba deixando um pouco a desejar ”.
Da quarta questão, “Indique características, qualidades, habilidades exigidas, no trabalho
em grupo na Psicopedagogia”, emergiram três categorias, são elas: 1) Habilidades sociais; 2)
Investigação; e 3) Planejamento. As categorias decorrentes das respostas podem ser visualizadas
no gráfico 4.

Gráfico 4: Questão 4 -“Indique características, qualidades, habilidades exigidas, no


trabalho em grupo na Psicopedagogia”.
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Categorias

15%

Relações sociais
Investigação
54% Planejamento
31%

Fonte: Dados coletados pela própria autora.

A categoria “Relações sociais” correspondeu a 54% das respostas dos sujeitos da pesquisa
que responderam dentre outras colocações que: “[...]um aspecto importante é o desenvolvimento
das habilidades sociais, tais práticas em grupo são uma ótima oportunidade de exercitar [...].
Como já mencionada na questão 1, observa-se que as relações sociais que se estabelecem nas
ações psicopedagógicas com grupos são consideradas algo frutífero e relevante, a medida que,
por meio delas é possível exercitar a convivência com as outras pessoas do grupo, e mais uma
vez, citamos que essa ideia concorre para o apresentado por Backes; Focesi (2010).
A categoria “Investigação” reuniu 31% das respostas. Nela, os sujeitos indicaram a
investigação como requisito básico a prática, respostas tais como as que serão vistas a seguir,
ilustram o tipo de repostas nessa categoria: “O psicopedagogo deverá refletir e traçar um objetivo
específico para a ação, além de investigar as características do grupo [...]”. Nesta categoria foi
possível observar que os sujeitos participantes do estudo identificaram que para o
desenvolvimento das atividades com grupos é necessário realizar uma investigação antes de
realizar qualquer tipo de intervenção. Bossa (2011) confirma essa necessidade de se fazer uma
incursão no contexto ambiental ao qual o grupo está inserido.
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X

A categoria “Planejamento” agrupou 15% das respostas. Essa categoria mostrou que os
sujeitos do estudo ressaltaram a importância do planejamento, essa categoria foi composta por,
dentre outras, afirmações tais como: ‘‘Sabemos que muitas vezes o educando não adquiriu certas
habilidades sociais [...]’’; “Essa categoria nos aponta um dos passos para qualquer tipo de
intervenção psicopedagógica – o planejamento”. Tal atitude é lembrada por autores como Bossa
(2011), Del Prete; Del Prete (2011) e Dias (2013).
As categorias “Interdisciplinaridade” e “Relações Sociais” se repetiram nas respostas
tendo as relações sociais como destaque em duas das perguntas. Portanto sob a égide das
formandas realmente é importante que os futuros psicopedagogos tenham uma visão
interdisciplinar sobre o ensino psicopedagógico. As citações das relações sociais confirmam a
necessidade de deixar de lado a visão de que a psicopedagogia somente atende em nível de
clínica, individualmente, e reafirma a tendência dos atendimentos em grupos.

Considerações finais

Com essa pesquisa, foi possível levantar questões e buscar explicações a respeito do
trabalho psicopedagógico com grupos na instituição escolar, de modo a observar quais são os
benefícios, as possibilidades e o papel do psicopedagogo nesse contexto. No percurso do estudo,
foi possível desenvolver um levantamento teórico e empírico acerca dessas questões . Para isso
estabelecemos um diálogo com os estudiosos desse campo, sobretudo, com a autora Nádia Bossa
(2011).
Pode-se observar com levantamento bibliográfico a importância do conhecimento
interdisciplinar em Psicologia, Filosofia, Sociologia, Línguistica, Psicanálise, Didática,
Neurociências entre outros.
Constata-se na fala dos sujeitos investigados que, para eles, o trabalho psicopedagógico
em âmbito escolar propicia melhores relacionamentos sociais, é uma possibilidade para avançar
nas questões referentes ao ensino-aprendizagem. Visto que, com as ações/intervenções
psicopedagógicas realizadas com grupos pode-se transformar a realidade daqueles alunos,
conferindo assim, a oportunidade de um melhor contexto educacional.
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O estudo retrata o panorama do que é a psicopedagogia institucional, como o


psicopedagogo pode se colocar no ambiente educacional, e quais os benefícios do
desenvolvimento dos trabalhos psicopedagógicos em grupos. Porém, essas questões não se
esgotam por aqui, pois é necessário que mais pesquisas sejam feitas, refletindo sobre a realidade
de diferentes localidades.

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