Viviane Marins
Viviane Marins
Viviane Marins
1
Viviane Marins
2
Juliana Rocha Adelino Dias
Resumo
Abstract
The subjects reflected on their views on the Institutional Educational Psychology and group work
in school through four questions. Responses were treated for content analysis proposed by Bardin
(1977). It could be observed that the interdisciplinary knowledge and social skills, and highlights
the investigative dimension of planning.
Introdução
A Psicopedagogia
A psicopedagogia institucional
seguir:
A partir desse pressuposto, Nádia Bossa revela que a fragmentação só acarreta perdas, por
isso há a necessidade de um profissional que possa ter percepção não somente nos conteúdos,
mas também sobre as especificidades dos alunos. A autora destaca, também, a importância da
interlocução entre os profissionais especializados na Psicopedagogia e aponta para o
empobrecimento de uma prática psicopedagógica advinda do isolamento em um campo
específico comprometendo uma visão integrada do individuo.
A psicopedagogia institucional por possuir caráter preventivo se apoia na observação e no
exame profundo de situações vividas em sala de aula. Por isso, podemos relacioná-la com o
trabalho clínico. Contudo, esse trabalho não deve ser confundido com o trabalho do coordenador
pedagógico, uma vez que o psicopedagogo elabora suas estratégias pensando em um grupo
determinado de sujeitos. O psicopedagogo tem que ter um olhar clínico na composição de cada
grupo, os conteúdos são ajustados conforme as especificidades dos alunos e professores. Quando
se planeja o ensino dos conteúdos pensando apenas na idade, e em seu nível escolar não está se
desempenhando uma ação clínica, pois nesse tipo de ação deve-se considerar as características
das pessoas que formam o grupo (BOSSA, 2011, p, 134).
O psicopedagogo atua tanto no nível dos levantamentos de dados, quanto com ações
transformadoras flexivas e reflexivas, para que ocorra uma melhor aprendizagem. Pois, ao
analisar as possíveis causas das dificuldades consegue definir qual será o melhor caminho para
sua intervenção, que por sua vez serão definidos pelos dados coletados. Todavia, reconhecemos
que o método de ensino precisa sempre ser repensado, Nádia Bossa corrobora esse pensamento
ao afirmar que:
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X
Essas ações podem ser feitas em um espaço preparado ou no leito, segundo Mello
(22004),o desgaste da internação vai contribuir para a baixa autoestima, a intervenção lúdica vai
ajudar na reestruturação.
A creche pode ser colocada como o primeiro espaço de prevenção das dificuldades de
aprendizagem, pois é a partir do início da vida escolar que a psicopedagogia vai tentar garantir
um ambiente apropriado, que priorize a humanização e a socialização. Uma boa quantidade de
brinquedos, uma ambiente seguro, espaços adequados, a construção de vínculos duradouros, a
humanização dos funcionários e professores, são alguns aspectos a serem trabalhados pelo
psicopedagogo. Um bom ambiente, com profissionais capacitados, em um espaço adequado, com
atividades estimulantes contribuem para um bom desenvolvimento. O olhar do psicopedagogo
sobre todo o processo, possivelmente, favorece a criação de um sentimento de segurança, de
afetividade, de respeito e autoestima por parte da criança, e de acordo com Cunha:
como aluno pela interação com o/a professor (a) e com a instituição e começa
uma socialização que ultrapassa o meio familiar. A qualidade destas interações e
das relações estabelecidas promove a construção de um vínculo afetuoso ou
tenso com o meio escolar (CUNHA, 2011, p. 17).
A criança que estabelece um bom relacionamento com a creche, tendo respeitadas suas
especificidades e desejos, provavelmente, terá maior sucesso em seu desenvolvimento motor,
social, cognitivo e psíquico, mas é imprescindível que o ambiente seja adequado as suas
necessidades. (CUNHA, 2011, p. 17).
Contudo, assim como a creche pode ser o primeiro espaço de prevenção não se pode
ignorar que a partir da educação infantil, muitas crianças apresentem dificuldades relacionadas à
aprendizagem, uma maneira de camuflar essas dificuldades é o comportamento inapropriado,
para ocultar suas inseguranças diante dos amigos (BOSSA, 2011, p.135). O comportamento
inapropriado quer seja a violência, o preconceito, a intolerância, o desrespeito dentre outros
comportamentos considerados inapropriado na escola, geralmente, está associada ao desinteresse
ou desânimo pelas aulas. Os motivos causadores dessas consternações podem estar na
personalidade, na família, na escola, no professor ou ainda dentro da comunidade (BOSSA, 2011,
p. 136).
A educação, portanto, como prática social tem como um constituinte importante as
interações sociais. Interações estas influenciadas pelo contexto cultural escolar e por todas as
demais culturas que circundam este ambiente (DIAS, 2013). Por isso, a importância de
reconhecer a escola como ambiente eminentemente social, assim como observamos na declaração
de Del Prette: Del Prette (2011, p. 54) ao afirmarem que a [...] escola é um espaço privilegiado,
onde se dá um conjunto de interações sociais que se pretendem educativas. Portanto, a escola é
um ambiente propício o desenvolvimento de técnicas psicopedagógicas em grupos.
Para Vygotsky é essencial que o sujeito interaja, para originar conhecimentos. Para o
psicólogo bielorrusso ter um sistema biológico perfeito não assegurava a aquisição da
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X
Não podemos pensar que a criança vai se desenvolver com o tempo, pois esta não tem,
por si só, instrumentos para percorrer sozinha o caminho do desenvolvimento, que
dependerá das suas aprendizagens mediante as experiências a que foi exposta. Neste
modelo, o sujeito – no caso, a criança – é reconhecida como ser pensante, capaz de
vincular sua ação à representação de mundo que constitui sua cultura, sendo a escola um
espaço e um tempo onde este processo é vivenciado, onde o processo de ensino-
aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos (2008,p.5).
Além da interação entre os sujeitos a escola tem outro facilitador, o professor, que na
teoria de Vigotsky tem o papel de mediador do conhecimento, pois ele conhece o nível real de
aprendizagem da 3 ZDP, e a partir disso vai trabalhar o nível potencial, auxiliando novas
conquistas.
Metodologia
Esta pesquisa tem um caráter exploratório e apresenta uma abordagem qualitativa, pois na
análise dos dados, procurou-se trabalhar com as interpretações das realidades sociais (BAUER;
GASKELL, 2008). Os instrumentos de pesquisa utilizados foram: 1) questionário de perfil que
procura compreender quem são os sujeitos da pesquisa, por meio de informações sobre gênero,
idade e formação, 2) questionário sobre o posicionamento desses sujeitos com relação à sua
profissão. Participaram da pesquisa nove pedagogas concluintes de pós-graduação em
Psicopedagogia. As questões apresentadas a elas versavam sobre o que era o papel do
psicopedagogo, sobre o papel do piscopedagogo institucional, sobre o que eles pensavam sobre o
trabalho com grupos e a psicopedagogia. Por fim, o questionário procura acessar os significados
do ser psicopedagogo, sobretudo, na instituição escolar ao permitir que os sujeitos revelem as
características, qualidades e habilidades que julgam ser necessárias para o desenvolvimento do
trabalho do psicopedagogo institucional. Este trabalho analisa as respostas a quatro destas
questões que se relacionam com a temática da psicopedagogia institucional e o trabalho com
3
A ZDP, ou zona de desenvolvimento proximal, é um conceito elaborado por Vigotsky, seria um
domínio psicológico constituído por dois níveis de desenvolvimento, o real e o potencial
(OLIVEIRA, 1994, p.60).
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X
grupos: “Quais saberes você definiria como necessários a pratica psicopedagógica?”, “Quais
saberes você definiria como necessários a pratica psicopedagógica institucional?”, “O que você
aponta como positivo e negativo no trabalho em grupo na psicopedagogia”? E por fim, “Indique
características, qualidades, habilidades exigidas, no trabalho em grupo na Psicopedagogia.” Os
dados coletados por esse questionário foram tratados pela análise de conteúdo (BARDIN, 1977).
Resultados
As questões que versavam sobre o perfil dos sujeitos do estudo apontou que os
participantes da pesquisa têm entre 23 e 42 anos de idade, todos os investigados são mulheres e
residentes na cidade de Praia Grande/SP. Elas são pedagogas e concluintes do curso de
Psicopedagogia de uma Faculdade localizada na Baixada Santista.
As respostas obtidas com as quatro questões propostas, referente a temática da
psicopedagogia institucional e o trabalho com grupos, foram classificadas da seguinte maneira:
identificou-se os itens de significação contidos nas palavras ou expressões. Cada item de
significação foi classificado em uma única categoria. Entretanto, em alguns casos, a resposta de
um mesmo sujeito foi dividida em diferentes itens e classificados em mais de uma categoria, pois
traziam um novo sentido à questão. Portanto, as frequências foram calculadas sobre o número
total de itens de significação.
A primeira questão, “Quais saberes você definiria como necessários a prática
psicopedagógica?”, gerou três categorias, foram elas: 1) intervenção; 2) interdisciplinaridade; e 3)
diagnóstico. As categorias emergentes com essa questão podem ser visualizadas no gráfico 1.
Categorias
31%
38%
Intervenção
Interdisciplinaridade
Diagnóstico
31%
A categoria ‘‘Intervenção’’ foi a mais citada pelos sujeitos, esta categoria reuniu 38% das
respostas. Nesta categoria, foram agrupadas respostas como: ‘‘O profissional precisa buscar
conhecimentos específicos de outras teorias, sempre que necessário, para o desenvolvimento de
um trabalho eficaz’’; ‘‘[...] práticas educativas com base em pesquisa e estudo’’. Para as
entrevistadas a intervenção deve ser feita com base nos conhecimentos adquiridos, segundo
Bossa quando se considera as particularidades de cada um, fazendo uma sondagem estratégica,
será criada uma proposta exclusiva e específica as necessidades observadas. Portanto a
intervenção tem um importante papel na Psicopedagogia, pois redireciona o trabalho a medida
que vai mostrando os resultados.
As categorias “Interdisciplinaridade” e “Diagnóstico” obtiveram resultados similares, com
31% das respostas para cada uma dessas categorias. Na categoria “Interdisciplinaridade” as
respostas foram: ‘‘Uma mistura de conhecimentos das áreas de pedagogia, psicologia,
psicanálise, didática, e todos os referenciais teóricos que sustentam essas práticas’’; [...] os
saberes são interdisciplinares. Essas respostas corroboram a afirmação de Bossa (2011), à medida
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X
Categorias
25%
33%
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X
A categoria da “Atuação preventiva” foi a mais citada pelos sujeitos, reuniu 42% das
respostas e agrupou respostas, tais como: ‘‘ [...] requer atuação preventiva [...], com o objetivo de
detectar possíveis problemas [...]’’; “[...] se faz necessário uma análise envolta das causas que
possam interferir no processo de aprendizagem e ao reconhecê-las buscar possíveis soluções para
reversão”. Os sujeitos da pesquisa reafirmaram o pressuposto apresentado por Backes; Focesi
(2010) ao indicarem que compete ao trabalho do psicopedagogo na área institucional realizar um
trabalho focalizado na prevenção de problemas que possam impactar negativamente na
aprendizagem.
A categoria “interdisciplinaridade” foi a segunda mais citada pelos sujeitos, esta categoria
reuniu 33% das respostas. Nesta categoria, foram agrupadas respostas como: ‘‘Não é um saber
único, é um saber inacabado, porém é uma área recente, que recorre a contribuições da
Psicologia, Psicanálise, da Pedagogia, Linguística e Neurociências’’; “Envolve diversos campos
da área do conhecimento, como a pedagogia; psicologia; psicanálise; linguística; epistemologia
genética e neuropsicologia”. A interdisciplinaridade reaparece e comprova o que Muñiz (1999)
referenciou como ‘‘rede de conhecimentos’’.
A categoria das “Relações sociais” reuniu respostas como as citadas no exemplo a seguir:
‘‘Um trabalho focado nas dificuldades do individuo [...], considerando a influência escolar,
familiar e também da sociedade’’; [...], interação dos alunos e meios para propiciar um
aprendizado significativo’’. Pode-se observar com a categoria que, os sujeitos participantes do
estudo vêm como importante a articulação entre os sujeitos envolvidos na aprendizagem,
corroborando assim, a ideia de Dias (2013) que aponta para a necessidade de serem estabelecidas
em âmbito escolar salutares interações sociais.
A terceira questão, “O que você aponta como positivo e negativo no trabalho em grupo na
psicopedagogia?”, ocasionou cinco categorias, entre elas: 1) Socialização; 2) Transformação; 3)
Conhecimentos; 4) Não tem pontos negativos; e 5) Falta de empenho. As categorias resultantes
dessa questão podem ser visualizadas no gráfico 3.
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X
Categorias
19%
19%
12%
A primeira categoria “Relações Sociais” reunião 31% das respostas dos sujeitos. Seguem
algumas das respostas que compõem esta categoria: ‘‘Socialização, relação inter e intrapessoal,
estar aberto a novas experiências e estar disposto a refletir sobre a ação’’; ‘‘Os pontos positivos
estão justamente nas interações, troca de conhecimentos, sensação de acolhimento entre os
outros’’. Para os sujeitos pesquisados, as relações sociais que acontecem no trabalho com grupos
é algo positivo e fundamental no contexto escolar. Como destacou Oliveira (1994) ao afirmar que
uma das vias para a aprendizagem é a convivência social.
A segunda categoria “Transformação” agrupou 19% das respostas dadas pelos sujeitos da
pesquisa. Nela foram reunidas respostas, tais como: ‘‘ [...] reconhecer que todo ser pode ser
transformador [...]’’; ‘‘[...] a transformação, tendo uma visão melhor de si mesmo ’’. Pode-se
perceber que os sujeitos pesquisados atribuem ao trabalho com grupos uma possibilidade de
transformar a realidade em algo melhor e que favoreça a aprendizagem na escola,
compartilhando, assim, a concepção de Vigotsky Apud Oliveira (1994).
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X
A terceira categoria “Conhecimentos” agrupa 12% das respostas dadas a questão. Nela,
foram colocadas repostas como: ‘‘Amplia o conhecimento individual, coletivo, enriquecendo seu
potencial [...]’’; ‘’Possibilita criação, transformação e conhecimento [...]’’. Os sujeitos nessa
categoria atribuem como positivo os conhecimentos recebidos pelos sujeitos alvos da ação
psicopedagógica em uma sessão realizada em grupo e demonstraram reconhecer que o trabalho
em grupo pode propiciar a aprendizagem de conhecimentos. Esse dado reafirma o exposto por
Backes; Focesi (2010) que aponta para a possibilidade de resgatar o prazer de aprender por meio
de atividades psicopedagógicas realizadas com grupos.
A categoria “Não há pontos negativos”, foi citada em 19% das respostas dos sujeitos, que
relataram não observar pontos negativos na realização de trabalho com grupos na
psicopedagogia, como nota-se na fala dos sujeitos a seguir: ‘‘Não encontro pontos negativos’’;
“Em relação a pontos negativos, não creio na hipótese”.
Contudo, a categoria “Falta de empenho” foi também responsável por 19% das respostas.
Nesta categoria os sujeito declararam que a falta de empenho por parte da equipe é um fator que
prejudica o andamento do processo psicopedagógico no trabalho com grupos, como observa-se
na fala a seguir: ‘‘Observo como ponto negativo: falta de empenho e quando não supervisionada
acaba deixando um pouco a desejar ”.
Da quarta questão, “Indique características, qualidades, habilidades exigidas, no trabalho
em grupo na Psicopedagogia”, emergiram três categorias, são elas: 1) Habilidades sociais; 2)
Investigação; e 3) Planejamento. As categorias decorrentes das respostas podem ser visualizadas
no gráfico 4.
Categorias
15%
Relações sociais
Investigação
54% Planejamento
31%
A categoria “Relações sociais” correspondeu a 54% das respostas dos sujeitos da pesquisa
que responderam dentre outras colocações que: “[...]um aspecto importante é o desenvolvimento
das habilidades sociais, tais práticas em grupo são uma ótima oportunidade de exercitar [...].
Como já mencionada na questão 1, observa-se que as relações sociais que se estabelecem nas
ações psicopedagógicas com grupos são consideradas algo frutífero e relevante, a medida que,
por meio delas é possível exercitar a convivência com as outras pessoas do grupo, e mais uma
vez, citamos que essa ideia concorre para o apresentado por Backes; Focesi (2010).
A categoria “Investigação” reuniu 31% das respostas. Nela, os sujeitos indicaram a
investigação como requisito básico a prática, respostas tais como as que serão vistas a seguir,
ilustram o tipo de repostas nessa categoria: “O psicopedagogo deverá refletir e traçar um objetivo
específico para a ação, além de investigar as características do grupo [...]”. Nesta categoria foi
possível observar que os sujeitos participantes do estudo identificaram que para o
desenvolvimento das atividades com grupos é necessário realizar uma investigação antes de
realizar qualquer tipo de intervenção. Bossa (2011) confirma essa necessidade de se fazer uma
incursão no contexto ambiental ao qual o grupo está inserido.
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X
A categoria “Planejamento” agrupou 15% das respostas. Essa categoria mostrou que os
sujeitos do estudo ressaltaram a importância do planejamento, essa categoria foi composta por,
dentre outras, afirmações tais como: ‘‘Sabemos que muitas vezes o educando não adquiriu certas
habilidades sociais [...]’’; “Essa categoria nos aponta um dos passos para qualquer tipo de
intervenção psicopedagógica – o planejamento”. Tal atitude é lembrada por autores como Bossa
(2011), Del Prete; Del Prete (2011) e Dias (2013).
As categorias “Interdisciplinaridade” e “Relações Sociais” se repetiram nas respostas
tendo as relações sociais como destaque em duas das perguntas. Portanto sob a égide das
formandas realmente é importante que os futuros psicopedagogos tenham uma visão
interdisciplinar sobre o ensino psicopedagógico. As citações das relações sociais confirmam a
necessidade de deixar de lado a visão de que a psicopedagogia somente atende em nível de
clínica, individualmente, e reafirma a tendência dos atendimentos em grupos.
Considerações finais
Com essa pesquisa, foi possível levantar questões e buscar explicações a respeito do
trabalho psicopedagógico com grupos na instituição escolar, de modo a observar quais são os
benefícios, as possibilidades e o papel do psicopedagogo nesse contexto. No percurso do estudo,
foi possível desenvolver um levantamento teórico e empírico acerca dessas questões . Para isso
estabelecemos um diálogo com os estudiosos desse campo, sobretudo, com a autora Nádia Bossa
(2011).
Pode-se observar com levantamento bibliográfico a importância do conhecimento
interdisciplinar em Psicologia, Filosofia, Sociologia, Línguistica, Psicanálise, Didática,
Neurociências entre outros.
Constata-se na fala dos sujeitos investigados que, para eles, o trabalho psicopedagógico
em âmbito escolar propicia melhores relacionamentos sociais, é uma possibilidade para avançar
nas questões referentes ao ensino-aprendizagem. Visto que, com as ações/intervenções
psicopedagógicas realizadas com grupos pode-se transformar a realidade daqueles alunos,
conferindo assim, a oportunidade de um melhor contexto educacional.
Ano VIII - Nº XVIII- JUL/ 2015 - ISSN 1982-646X
Referências Bibliográficas
ANDALÓ, C. Mediação grupal: uma leitura histórico-cultural. São Paulo: Ágora, 2006.
DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE Z.A.P. Psicologia das relações interpessoais: Vivências para
o trabalho em grupo. 9 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
DIAS, J. R. A.. Culturas escolares e adolescentes; Imagem corporal e relações sociais. 2013.
222f. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Católica de Santos. 2013.
RABELLO, E.T. e PASSOS, J. S. Vygotsky e o desenvolvimento humano. Disponível em: < http:
//hid0141.blogspot.com.br/2008/07/vygotsky-e-o-desenvolvimento-humano.html >. Acessado em
09/09/2014.
RUBINSTEIN, E. Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos. SP, Casa do Psicólogo, 1999.