Contabilidade Intermediaria - Exerc - A

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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA

MÓDULO 1: MATERIAL DE ACOMPANHAMENTO

LEI 6.404/76

Š LEI DAS SOCIEDADES POR AÇÕES


(Art. 175 a 204 / 247 e 248);
1) Sociedades em Comandita por Ações;
2) Sociedades Anônimas (de Capital Aberto e Fechado).

CARACTERÍSTICAS DAS SOCIEDADESANÔNIMAS

Š 1) Sociedades de Capital;
Š 2) Sociedades Empresárias;
Š 3) Capital Social Dividido em Ações;
Š 4) Responsabilidade dos Sócios limitada ao montante do Capital Subscrito.

EXERCÍCIO SOCIAL (ART. 175)


Š Art. 175. O exercício social terá duração de um ano e a data do término será
fixada no estatuto.
Š Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração
estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.

Exemplo prático (1): Determinada companhia inicia suas atividades, em 01.10.X1,


sendo, em 31.12, a data de término do exercício, conforme estabelecido no estatuto.
Evidenciar as duas alternativas para a duração do 1º exercício social da companhia.

Exemplo prático (2): O estatuto de determinada companhia determinava a data de


30.06 para encerramento de seu exercício social. Após alteração estatutária, foi
definida nova data de término do exercício social, a qual passou a ser em 31.12.
Evidenciar as duas alternativas para a duração do 1º exercício social da companhia
após a alteração estatutária.

1
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (Art. 176)
Š Balanço Patrimonial (BP);
Š 2) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
Š 3) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
Š 4) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
Š 5) Demonstração do Valor Agregado (DVA) para as Cias. Abertas.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA


Š A DFC não é obrigatória para as CIAS. FECHADAS COM PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INFERIOR A R$ 2.000.000,00.

Š DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS PELA CVM PARA AS CIAS ABERTAS


Š Balanço Patrimonial;
Š Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
Š Demonstração do Resultado do Exercício;
Š Demonstração dos Fluxos de Caixa;
Š Demonstração do Valor Agregado.

Š ESCRITURAÇÃO (Art. 177)


Š Registros Permanentes (Livros Diário e Razão);
Š Obediência à Legislação Societária e à Lei 6.404/76;
Š Manutenção Métodos e Critérios Uniformes no tempo;
Š Registros das Alterações do Patrimônio de acordo com o Regime de
Competência.

BALANÇO PATRIMONIAL (Art. 178)


ATIVO
• CIRCULANTE
• NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo;
Investimentos;
Imobilizado;
Intangível.

2
1.1 BALANÇO PATRIMONIAL

EXEMPLO SIMPLIFICADO DE DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS

A Cia. ALFA iniciou suas atividades com Capital Social de R$ 2.000,00. Em seu
primeiro exercício de atividade obteve Receitas de R$ 4.000,00 e incorreu em
Despesas de R$ 3.000,00. A sociedade destinou 30% de seu Lucro Líquido para
Distribuição de Dividendos e reteve o restante do Lucro nas Reservas de Lucros.

ATIVO PE

Caixa PL

Capital Social

Bancos cta. Movimento

Reservas de Lucros

Lucros ou Prejuízos Acumulados

1) QUESTÃO DE CONCURSO (AFTN 98/ESAF): A Cia. Eira & Eira foi constituída
com capital de R$ 750.000,00, por três sócios, que integralizaram suas ações como
segue:

Adão Macieira R$ 300.000,00


Bené Pereira R$ 150.000,00
Carlos Parreira R$ 300.000,00

Após determinado período, a empresa verificou que nas suas operações normais
lograra obter lucros de R$ 600.000,00, dos quais R$ 150.000,00 foram distribuídos
e pagos aos sócios. Os restantes R$ 450.000,00 foram reinvestidos na empresa na
conta Reserva para Aumento de Capital, nada mais havendo em seu Patrimônio
Líquido.

Sabendo-se que esta empresa não tem resultados de exercícios futuros e que suas
dívidas representam 20% dos recursos aplicados atualmente no patrimônio,
podemos afirmar que o valor total de seus ativos é de:

a) R$ 1.200.000,00
b) R$ 750.000,00
c) R$ 600.000,00
d) R$ 1.350.000,00
e) R$ 1.500.000,00

Resolução:

3
1ºMomento
ATIVO PL

2º Momento
ATIVO PL

3ºMomento (Distribuição de Dividendos)


ATIVO PL

4ºMomento (Constituição da Reserva de Lucros)


ATIVO PL

5º Momento
ATIVO PE

PL

CÁLCULO DO ATIVO

4
ATIVO CIRCULANTE (Art. 179, I)
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do
exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte;"

ATIVO CIRCULANTE
Š Disponibilidades;
Š Direitos Realizáveis até o fim do Exercício Seguinte;
Š Estoques;
Š Despesas Antecipadas.

DISPONIBILIDADES
Š Caixa;
Š Bancos conta Movimento;
Š Aplicações de Liquidez Imediata;
Š Numerários em Trânsito.

CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS QUE FORAM COBRADAS EM CONCURSOS RECENTES

DUPLICATAS EMITIDAS PELA BRASTEMP

BRASTEMP SOCIEDADE

NOTAS PROMISSÓRIAS EMITIDAS PELO MERCADO

MERCADO SOCIEDADE

SAQUES DE EXPORTAÇÃO

DUPLICATAS PROTESTADAS

SALÁRIOS DO MÊS

ALUGUÉIS

5
IMPOSTOS

IMPOSTOS ATRASADOS

COMISSÕES ATIVAS

ALUGUÉIS ATIVOS

SERVIÇOS PRESTADOS A PRAZO

SERVIÇOS PRESTADOS

LUCROS ANTERIORES

CAPITAL INICIAL

MATERIAL DE CONSUMO

DESPESA COM MATERIAL DE CONSUMO

6
ESTOQUES
Š Sociedades Comerciais

Š Sociedades Industriais

SOCIEDADES COMERCIAIS

Š Inventário Periódico
Compras
Mercadorias (EI e EF)

Š Inventário Permanente
Mercadorias

SOCIEDADES INDUSTRIAIS
Š Produtos Acabados

Š Produtos em Elaboração

Š Matérias-Primas

DESPESAS ANTECIPADAS
Š Seguros Antecipados (ou a Vencer)

Š Aluguéis Antecipados (ou a Vencer)

Š Juros Antecipados (ou a Vencer)

Š Anuidades a Apropriar

7
DESPESAS ANTECIPADAS
EXEMPLO PRÁTICO
1. Seguros a Vencer
Em 01.10.X1, determinada empresa contrata um seguro para cobertura de suas
instalações, pelo prazo de um ano, a vigorar a partir da data do contrato, no valor de
R$ 20.000,00. Considerando que nesta sociedade o exercício social coincide com o
ano calendário, registrar os lançamentos na data do contrato, no balanço de
31.12.X1 e no final do período de cobertura do seguro.

EM 01.10.X1



PERÍODO X1 PERÍODO X2
OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET

EM 31.12.X1


PERÍODO X1 PERÍODO X2
OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET

EM 30.09.X2


PERÍODO X2
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET

LANÇAMENTOS
1ª FORMA

EM 01.10.X1

ATIVO ATIVO

R$

8
EM 31.12.X1
ATIVO RESULTADO

EM 30.09.X2
ATIVO RESULTADO

2ª FORMA

EM 01.10.X1
ATIVO RESULTADO

EM 31.12.X1
ATIVO RESULTADO

9
EM 30.09.X2
ATIVO RESULTADO

2) QUESTÃO DE CONCURSO: (AFTN/ESAF/adaptada) A empresa Jasmim S/A,


cujo exercício social coincide com o ano calendário, pagou, em 30.04.97, o prêmio
correspondente a uma apólice de seguro contra incêndio de suas instalações para
viger no período de 01.05.97 a 30.04.98. O valor pago de R$ 30.000,00 foi
contabilizado como despesa operacional do exercício de 1997. Observando o
princípio contábil da competência, o lançamento de ajuste, feito em 31.12.1997,
provocará, no resultado de exercício de 1998, uma:
a) redução de R$ 10.000,00
b) redução de R$ 30.000,00
c) redução de R$ 20.000,00
d) majoração de R$ 20.000,00
e) majoração de R$ 10.000,00

Solução:

1997 1998
mai jun jul Ago Set out nov dez jan fev mar ab

Apropriação das Despesas

Tempo Valor

LANÇAMENTOS

EM 30.04.97
ATIVO RESULTADO

10
EM 31.12.97
ATIVO RESULTADO

EM 30.04.98
ATIVO RESULTADO

3) QUESTÃO DE CONCURSO (Perito/MPU/2004/ESAF) Existem certos ativos


oriundos de gastos realizados no período corrente que beneficiam o exercício
seguinte ou sub-períodos de tal exercício. É o caso do prêmio de seguro pago
antecipadamente, usualmente remunerando a seguradora por um ano de cobertura
de seguro.
Em primeiro de julho de 2003, a nossa empresa pagou o contrato anual de seguros
de R$ 42.000,00 para cobertura vigente do início de maio/03 ao final de abril do ano
seguinte.
A empresa utiliza o princípio contábil da competência com atualização mensal e seu
exercício social coincide com o ano-calendário.
No exemplo ora citado, em 01/07/03, a Contabilidade registrou o seguinte
lançamento:

a) Seguros a vencer
a Caixa 42.000,00

b) Diversos
a Caixa
Despesa de seguros 21.000,00
Seguros a vencer 21.000,00 42.000,00

c) Diversos
a Caixa
Despesa de seguros 28.000,00
Seguros a vencer 14.000,00 42.000,00

11
d) Diversos
a Caixa
Despesa de seguros 14.000,00
Seguros a vencer 28.000,00 42.000,00

e) Diversos
a Caixa
Despesa de seguros 7.000,00
Seguros a vencer 35.000,00 42.000,00

Solução:

03 04
Mai Jun Jul Ag Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Ab

Pagamento

Apropriação das Despesas


Tempo Valor

LANÇAMENTOS

ATIVO RESULTADO

12
4) QUESTÃO DE CONCURSO: (TTN/ESAF adaptada) A Empresa Comércio e
Indústria contratou o aluguel de sua loja pelo período de 18 meses, a partir de
01.05.X2. Pagou ao locador no mesmo dia o valor total de R$ 1.260.000,00, para
manter o aluguel mensal sem reajuste. Em 31.12.X2, o contador, de posse da
documentação e sabendo que a Empresa adota o regime de competência, deve
registrar o pagamento, em relação ao ano de X2:

a) R$ 1.260.000,00 (18 meses) como Despesa;


b) R$ 840.000,00 (1 ano) como Despesa e R$ 420.000,00 (6 meses) como Ativo
Circulante;
c) R$ 840.000,00 (1 ano) como Despesa e R$ 420.000,00 (6 meses) como Ativo
Realizável a Longo Prazo;
d) R$ 560.000,00 (8 meses) como despesa e R$ 700.000,00 (10 meses) como Ativo
Circulante;
e) R$ 560.000,00 (8 meses) como Despesa, R$ 280.000,00 (4 meses) como Ativo
Circulante e $ 420.000,00 (6 meses) como Ativo Realizável a Longo Prazo.

X2 X3
Mai jun Jul ago set out nov dez jan fev mar ab mai jun jul ago set out

Apropriação das Despesas


Tempo Valor

LANÇAMENTOS

EM 01.05.X2
ATIVO ATIVO

R$

EM 31.12.X2
ATIVO RESULTADO (X2)

13
EM 31.10.X3
ATIVO RESULTADO (X3)

1) CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO CIRCULANTE

CONTA PRINCIPAL
(-) CONTA RETIFICADORA

CONTA PRINCIPAL CONTA RETIFICADORA

SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR

PRINCIPAIS CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO CIRCULANTE

1) DUPLICATAS DESCONTADAS;
2) PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS (PDD) OU PROVISÃO PARA
CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA (PCLD);
3) PROVISÃO PARA AJUSTE DE ESTOQUES AO VALOR DE MERCADO (PAEVM).

1.1) DUPLICATAS DESCONTADAS

FASES:
1) Venda a prazo de mercadorias para cliente com vencimento na fase 3;
2) Desconto da Duplicata no Banco;
3) Vencimento da Duplicata;
3.1 – O cliente paga ao banco;
3.2 – O cliente não paga ao banco.

REPRESENTAÇÕES

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EXEMPLO: Efetuar os lançamentos relativos aos seguinte fatos contábeis:
1) Em 01.10.X1, a Cia. Alfa realizou vendas a prazo a clientes, emitindo as
duplicatas nºs 1, 2 e 3, nos valores de R$ 30.000,00, R$ 20.000,00 e R$ 10.000,00,
respectivamente. (Para fins práticos omite-se o lançamento da baixa dos estoques)
A duplicata de R$ 10.000,00 (nº 3) tinha vencimento a ocorrer em 31.03.X2 e as
demais em 30.04.X2.

2) Em 01.11.X1, a Cia Alfa efetuou o desconto da duplicata nº 3 em instituição


financeira. Efetuar o lançamento.
Na operação de desconto, o banco cobrou juros antecipados no valor de R$
1.000,00.

3) Em 31.12.X1, foram apropriadas as Despesas de Juros incorridas em X1.

4) Em 31.12.X1, representar a situação no Balanço Patrimonial.

5) Em 31.03.X2, considerar que o cliente pagou ao banco.

6) Em 31.03.X2, considerar que o cliente não pagou ao banco.

7) Em 30.04.X2, o banco efetuou para a sociedade a cobrança simples das duplicatas


nºs 1 e 2 que estavam em carteira.

RESOLUÇÃO:

1) EM 01.10.X1, VENDA A PRAZO

ATIVO CIRCULANTE RESULTADO

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2) EM 01.11.X1, DESCONTO DA DUPLICATA DE R$ 10.000,00 NO BANCO.

ATIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE

No Diário

REPRESENTAÇÃO DAS DUPLICATAS A RECEBER E DUPLICATAS DESCONTADAS

3) EM 31.12.X1, APROPRIAÇÃO DOS JUROS ANTECIPADOS COMO DESPESAS DE


JUROS.

X1 X2
NOV DEZ JAN FEV MAR
Despesas de Juros Juros Antecipados

Tempo Valor
5 meses R$ 1.000

2 meses

3 meses

16
Lançamento

ATIVO CIRCULANTE RESULTADO

JUROS ANTECIPADOS DESPESAS DE JUROS


1000

No Diário

4) EM 31.12.X1, REPRESENTAÇÃO NO BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO CIRCULANTE
DUPLICATAS A RECEBER --------------------
(-) DUPLICATAS DESCONTADAS -----------

5) EM 31.03.X1, O CLIENTE PAGOU AO BANCO

ATIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE

DUPLICATAS A RECEBER DUPLICATAS DESCONTADAS


30.000 10.000
20.000
10.000

No Diário

SEGUNDA SITUAÇÃO

6) EM 31.03.X1, O CLIENTE NÃO PAGOU AO BANCO

ATIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE

BANCOS CONTA MOVIMENTO DUPLICATAS DESCONTADAS


R$ 10.000

No Diário

17
7) RECEBIMENTO DAS DUPLICATAS MANTIDAS EM CARTEIRA

ATIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE

DUPLICATAS A RECEBER BANCOS CONTA MOVIMENTO

No Diário

ATENÇÃO: NO CASO DE DUPLICATAS DESCONTADAS, ALGUNS AUTORES (E A


ESAF TAMBÉM) ACEITAM QUE O VALOR DOS DESCONTOS SEJA LANÇADO
DIRETAMENTE COMO DESPESA, MESMO QUE O PRAZO ATÉ O VENCIMENTO SE
ESTENDA POR MAIS DE UM PERÍODO CONTÁBIL. ESTE PROCEDIMENTO É
VÁLIDO SOMENTE PARA O CASO DE DUPLICATAS DESCONTADAS. O MOTIVO É
QUE NAS RECEITAS DE VENDA, MUITAS VEZES, ESTÃO EMBUTIDOS OS JUROS
ATIVOS. ASSIM, COMPENSA-SE OS JUROS ATIVOS COM OS JUROS PASSIVOS
RELATIVOS AO DESCONTO.

01) QUESTÃO DE CONCURSO (TRF 2002.1/ESAF) Observe o seguinte


lançamento constante do Diário da Firma Violetas – ME, do qual foi, cuidadosa e
didaticamente, suprimido o histórico para fins de concurso.

Duplicatas Descontadas
a Diversos
a Bancos c/ Movimento 1.300,00
a Duplicatas a Receber 2.700,00 4.000,00

O histórico suprimido no lançamento supra descrito deverá descrever a

a) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas.

b) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas.


c) contratação de desconto bancário, com entrega de duplicatas, recebendo parte do
dinheiro em conta corrente.
d) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas e
liquidação de duplicatas recebidas.

e) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas e


devolução de duplicatas não recebidas.

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02) QUESTÃO DE CONCURSO (Perito MPU/2004/ESAF) A firma comercial
Alameda & Alamares, em primeiro de março, contratou na Caixa Econômica Federal
o desconto de uma duplicata no valor de R$ 2.000,00.
Em 30 de março recebeu o aviso de recebimento desse título de crédito e efetuou os
lançamentos contábeis cabíveis.
No dia seguinte, a empresa recebeu aviso bancário comunicando que houvera um
lapso no aviso anterior:
a duplicata não fora efetivamente quitada no vencimento, ainda estava em cobrança.
Para corrigir corretamente o lançamento, que se tornou indevido em razão do erro
bancário, a firma deverá fazer o seguinte lançamento no livro Diário:

a) Duplicatas a Receber
a Duplicatas Descontadas R$ 2.000,00

b) Bancos c/Movimento
a Duplicatas Descontadas R$ 2.000,00

c) Duplicatas a Receber
a Bancos c/Movimento R$ 2.000,00

d) Duplicatas Descontadas
a Duplicatas a Receber R$ 2.000,00

e) Duplicatas Descontadas
a Bancos c/Movimento R$ 2.000,00

PROVISÕES

LANÇAMENTO:

PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS (PDD) ou PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE

LIQÜIDAÇÃO DUVIDOSA (PCLD)

19
EXEMPLO (1): No exercício X1, a sociedade Alfa efetuou vendas a prazo no valor de
R$ 300.000,00, cujos recebimentos deverão ocorrer em X2. Com base em estimativa
de perda dos créditos constituiu, em 31.12.X1, uma Provisão para Devedores
Duvidosos, no valor de R$10.000,00.

Efetuar a contabilização das RECEITAS e da PDD (VALORES EM MILHARES DE


REAIS):

AC RESULTADO

AC RESULTADO

REPRESENTAÇÃO

31.12

X1 X2 X3

20
1ª SITUAÇÃO: EM X2, NÃO FORAM RECEBIDOS CRÉDITOS (DUPLICATAS A
RECEBER) NO VALOR DE R$ 10.000, OS QUAIS FORAM CONSIDERADOS
INCOBRÁVEIS. LANÇAMENTO RESUMIDO.

AC AC
DUPLICATAS A RECEBER PDD
300

CAIXA

2ª SITUAÇÃO: EM X2, NÃO FORAM RECEBIDOS CRÉDITOS (DUPLICATAS A


RECEBER) NO VALOR DE R$ 6.000, OS QUAIS FORAM CONSIDERADOS
INCOBRÁVEIS. LANÇAMENTO RESUMIDO

AC AC
DUPLICATAS A RECEBER PDD
300

CAIXA

21
1º MÉTODO DA REVERSÃO: EM 31.12.X2

31.12

X1 X2 X3

AC RESULTADO

EM 31.12.X2: CONSTITUIÇÃO DE NOVA PDD NO VALOR DE R$ 12.000 RELATIVA


ÀS VENDAS A PRAZO EFETUADAS EM X2 A SEREM RECEBIDAS EM X3.

AC RESULTADO

2º MÉTODO DA COMPLEMTAÇÃO: EM 31.12.X2. A NOVA PDD TERÁ QUE SER NO


VALOR DE R$ 12.000.

AC RESULTADO

22
EFEITOS NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO NOS DOIS MÉTODOS

MÉTODO DA REVERSÃO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
EM 31.12.X1

EM 31.12.X2

EM 31.12.X2

VARIAÇÃO DO PL

MÉTODO DA COMPLEMENTAÇÃO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
EM 31.12.X1

EM 31.12.X2

VARIAÇÃO DO PL

3ª SITUAÇÃO: EM X2, NÃO FORAM RECEBIDOS CRÉDTITOS (DUPLICATAS A


RECEBER) NO VALOR DE R$ 15.000, OS QUAIS FORAM CONSIDERADOS
INCOBRÁVEIS. LANÇAMENTO RESUMIDO

ATIVO CIRCULANTE RESULTADO


DUPLICATAS A RECEBER

300

23
03) QUESTÃO DE CONCURSO (ICMS/RN/2005/ESAF) A firma Linhas de
Comércio Ltda. tem no livro razão uma conta intitulada “Provisão para Créditos de
Liquidação Duvidosa” com saldo credor de R$ 9.000,00, oriundo do balanço
patrimonial de 2002, mas que permanece inalterado ao final do exercício de 2003.
No balanço patrimonial, que será elaborado com data de 31.12.03, a empresa
deverá demonstrar as contas “Duplicatas a Receber” e “Clientes”, com saldo devedor
de R$ 350 mil e R$ 200 mil, respectivamente.
Considerando-se que está comprovada a expectativa de perda provável de 3% dos
créditos a receber, a empresa deverá contabilizar uma provisão.
Este fato, aliado às outras informações constantes do enunciado, fará com que o
lucro da empresa, referente ao exercício de 2003, seja reduzido no valor de
a) R$ 7.500,00.
b) R$ 9.000,00.
c) R$ 16.290,00.
d) R$ 16.500,00.
e) R$ 25.500,00.

PROVISÃO PARA AJUSTE DE ESTOQUES AO VALOR DE MERCADO


(PAEVM)

EXEMPLO (1): Exemplo prático: Determinada sociedade adquiriu, em 20.11.X1,


mercadorias para revenda pelo valor de R$ 20.000,00. Em 31.12.X1, a sociedade
verificou que o valor de mercado da referida mercadoria foi reduzido para R$
18.000,00.
A provisão será constituída no valor da diferença, ou seja, R$ 2.000,00.
1. Efetuar o lançamento da provisão;
2. Evidenciar a representação no Balanço;

LANÇAMENTO

24
REPRESENTAÇÃO NO BALANÇO PATRIMONIAL

4) QUESTÃO DE CONCURSO: (AFTN-96- adaptada/ESAF) Em 31.12.X1, a Cia.


PARA apresentava os seguintes dados relativos aos estoques finais de matérias-
primas
Matéria-Prima Quantidade Custo Total (R$) Valor de Mercado
(R$)
A 1.000 2.000,00 1.800,00
B 1.500 6.000,00 7.500,00
C 2.000 8.000,00 7.000,00
Com base nos dados, o valor do estoque de matéria-prima que deve ser evidenciado
no Balanço Patrimonial é
a) R$ 14.800,00 b) R$ 16.000,00 c) R$ 16.000,00 d) R$ 15.000,00 e) R$
15.800,00

RESOLUÇÃO

MP CUSTO DE VALOR DE MERCADO PROVISÃO P/ AJUSTE AO


AQUISIÇÃO VALOR DE MERCADO
A 2.000 1.800
B 6.000 7.500
C 8.000 7.000

NO BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO CIRCULANTE

ESTOQUES (MATÉRIAS-PRIMAS) --------

(-) PAEVM ----------------------------------

ATIVO NÃO CIRCULANTE

1) REALIZÁVEL A LONGO PRAZO


2) INVESTIMENTOS
3) IMOBILIZADO
4) INTANGÍVEIS

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (ART. 179, II)

1) CRÉDITOS (DIREITOS PESSOAIS) REALIZÁVEIS APÓS O FINAL DO


EXERCÍCIO SEGUINTE;
2) CRÉDITOS (DIREITOS PESSOAIS) NÃO USUAIS COM PESSOAS LIGADAS,
INDEPENDENTEMENTE DO PRAZO DE VENCIMENTO.

25
EXEMPLO: Em 31.12.X1, a Cia X, cujo objeto social consiste na venda de material
esportivo, apresentou em sua escrituração os seguintes dados:
1. Crédito relativo a venda de material esportivo para seu diretor no valor de R$
2.000,00, com vencimento para 28.02.X2.
2. Crédito relativo a empréstimo a acionista, no valor de R$ 3.000,00, com
vencimento em 28.02.X2.
Com base nos dados expostos, indicar a classificação dos referidos créditos.

NO BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO CIRCULANTE

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

INVESTIMENTOS (PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS)

• INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS OU VALORES MOBILIÁRIOS (ATIVO


CIRCULANTE ou REALIZÁVEL A LONGO PRAZO);
• INVESTIMENTOS PERMANENTES (ATIVO PERMANENTE)

1. INVESTIMENTOS

1.1 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS PERMANENTES


2.2 OUTROS INVESTIMENTOS

INVESTIMENTOS

1.1) PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS PERMANENTES


• AVALIADAS PELO CUSTO DE AQUISIÇÃO
• AVALIADAS PELO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

1.2) OUTROS INVESTIMENTOS

1.1) PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS PERMANENTES

MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

26
EXEMPLO (1): A Cia. ALFA possui 100% das ações da Cia. BETA. Em 31.12.X1, o PL
da Cia. BETA era formado apenas pela conta Capital Social no valor de R$ 1.000,00
(valor em milhares de reais).
Em 31.12.X2, a Cia. BETA obteve lucros de R$ 500,00.
Representar a configuração e os lançamentos nas duas sociedades.

EXEMPLO (2): No período X1, a companhia GAMA adquire 60% do capital social
da companhia DELTA, pagando o valor de R$ 600,00 (valor em milhares de
reais), sendo a participação permanente. No final deste período, o Patrimônio
Líquido de Delta era composto somente pela conta Capital Social, o qual era
composto por 1000 ações, no valor total de R$ 1.000,00.
A companhia GAMA é controladora da companhia DELTA.
Em 31.12.X2, DELTA obteve lucros de R$ 2.000,00, formando um Patrimônio
Líquido de R$ 3.000,00, sendo R$ 1.000,00 correspondente ao Capital Social e
R$ 2.000,00 a Lucros Acumulados.

Em DELTA
Período X1
ATIVO PL
CAIXA CAPITAL SOCIAL

1) EMISSÃO DE AÇÕES ADQUIRIDAS POR GAMA;


2) EMISSÃO DE AÇÕES ADQUIRIDAS POR OUTROS INVESTIDORES.

27
Em GAMA

ATIVO CIRCULANTE ATIVO PERMANENTE

Em 31.12.X2

EFETUAR OS LANÇAMENTOS EM GAMA E EM DELTA

EM DELTA

PL RESULTADO
CS ARE

LPA

28
EM GAMA

ATIVO PERMANENTE RESULTADO

VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO DE DELTA

PL/Nº Ações

31.12.X1 31.12.X2
VALOR PATRIMONIAL DA
AÇÃO

Exemplo (2): Utilizando os mesmos dados do exemplo 1, supondo que em X2 Delta


tenha um prejuízo de R$ 500.

EFETUAR OS LANÇAMENTOS EM GAMA E DELTA

EM DELTA

PL RESULTADO
CS ARE

LPA

29
No Diário

EM GAMA

ATIVO PERMANENTE RESULTADO

No Diário

VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO DE DELTA

PL/Nº Ações

31.12.X1 31.12.X2
VALOR PATRIMONIAL DA
AÇÃO

CONDIÇÕES PARA AVALIAÇÕES PARA APLICAÇÃO DO MEP

O MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL É (OBRIGATORIAMENTE) APLICADO


QUANDO OS INVESTIMENTOS PERMANENTES FOREM EM:

1) CONTROLADAS ⇒ A SOCIEDADE INVESTIDORA É CONTROLADORA QUANDO


POSSUI PREPONDERÂNCIA NAS DELIBERAÇÕES SOCIAIS DA INVESTIDA E A
CAPACIDADE DE NOMEAR A MAIORIA DE SEUS ADMINISTRADORES.
NA PRÁTICA EXISTE CONTROLE QUANDO A INVESTIDORA POSSUI MAIS DE
50% DO CAPITAL SOCIAL VOTANTE DA INVESTIDA.

2) COLIGADAS, QUANDO EXISTIR INFLUÊNCIA OU QUANDO A PARTICIPAÇÃO


FOR IGUAL OU SUPERIOR A 20% DO CAPITAL SOCIAL VOTANTE DA
INVESTIDA (INFLUÊNCIA PRESUMIDA).

DUAS SOCIEDADES SÃO COLIGADAS QUANDO UMA POSSUI 10% OU MAIS


DO CAPITAL SOCIAL (TOTAL) DA OUTRA SEM CONTROLÁ-LA.

30
ATENÇÃO: APÓS A ENTRADA EM VIGOR DA LEI Nº11.638/07, NÃO É MAIS
NECESSÁRIO QUE O INVESTIMENTO SEJA RELAVANTE PARA A APLICAÇÃO DO
MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL.

EXERCÍCIO 1: INDICAR NOS CASOS ABAIXO A RELAÇÃO ENTRE AS SOCIEDADES:

Siglas:
CT = Capital Total
CV = Capital Votante
CNV = Capital Não Votante

PS = Participação Societária Total (valor)


PS (CV) = Participação Societária sobre o Capital Votante
PS (CNV) = Participação Societária sobre o Capital Não Votante

EXERCÍCIO: NOS CASOS A SEGUIR, VERIFICAR SE AS PARTICIPAÇÕES


SOCIETÁRIAS SÃO OU NÃO AVALIADAS PELO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA
PATRIMONIAL (valores em milhares de reais):

2.1 - Em 10/12/X1, a Cia. ALFA adquire 60% das ações da Cia. BETA pelo valor de
R$ 600,00. O PATRIMÔNIO LÍQUIDO da Cia. BETA é formado apenas pela conta
CAPITAL SOCIAL no valor de R$ 1.000,00, totalmente integralizado em dinheiro.
BETA possui seu CAPITAL SOCIAL formado por 1000 ações a R$ 1,00 cada, das quais
500 são ações ORDINÁRIAS (possuem direito a voto) e 500 são ações
PREFERENCIAIS (não possuem direito a voto). Na PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA da
Cia. ALFA existem 300 ações ORDINÁRIAS e 300 ações PREFERENCIAIS.

2.2 – Considerando os mesmos dados do item anterior, exceto em relação à


composição da PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA que é de 240 ações ORDINÁRIAS e 360
ações PREFERENCIAIS.

31
2.3 - Considerando os mesmos dados do enunciado, exceto em relação ao valor da
PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA que foi de 30% do CAPITAL SOCIAL da Cia. BETA, tendo
tal participação sido adquirida por R$ 300,00 e formada por 80 ações ordinárias e
220 ações preferenciais. A Cia. BETA depende financeira e tecnologicamente de
ALFA.

2.4 – Idem ao anterior sem a existência de dependência tecnológica mas com um


administrador em comum.

ÁGIO E DESÁGIO EM INVESTIMENTOS

a) Exemplo de ÁGIO: Em 02.01.X1, a companhia GAMA adquiriu 60% do


capital social da companhia DELTA, pagando o valor de R$ 700,00, sendo a
participação permanente, ou seja, GAMA não tem a intenção de vender as ações.
Neste período, o Patrimônio Líquido de DELTA era composto somente pela conta
Capital Social, no valor de R$ 1.000,00. A companhia Gama é controladora da
companhia Delta.

Efetuar o lançamento em 02.01.X1

Efetuar o lançamento da Amortização do Ágio em 31.12.X1

32
b) Exemplo de DESÁGIO: Em 02.01.X1, a companhia ALFA adquiriu 60% do
capital social da companhia BETA, pagando o valor de R$ 500,00, sendo a
participação permanente, ou seja, ALFA não tem a intenção de vender as ações.
Neste período, o Patrimônio Líquido de BETA era composto somente pela conta
Capital Social, no valor de R$ 1.000,00. A companhia ALFA é controladora da
companhia BETA.

Efetuar o lançamento em 02.01.X1

Efetuar o lançamento da Amortização do Deságio em 31.12.X1

01) (AFTN adaptada/ESAF) São métodos de avaliação das participações


societárias permanentes:
a) Método de Custo e Custo ou Mercado, dos dois o menor
b) Método do Valor presente e equivalência Patrimonial
c) Método do Custo e Equivalência Patrimonial
d) Método do Valor de Realização e equivalência Patrimonial
e) Método do Valor de realização e Valor Presente

02) (AFTN 98/ESAF) Na aquisição de Participação Societária relevante, o custo de


aquisição deve ser registrado, desdobradamente, em valor
a) pago dentro do exercício e a pagar no exercício seguinte
b) de mercado do investimento e de realização futura
c) conta de Ativo e de Patrimônio Líquido
d) de Participação Societária e de ágio ou deságio na aquisição
e) de lucros esperados e perdas não-recuperáveis

03) (AFRF 2001/ESAF) O método da Equivalência Patrimonial reconhece, na


investidora, as alterações ocorridas nas empresas investidas quando estas
afetarem:

a) O Ativo Permanente das empresas Controladas.


b) O Patrimônio Líquido das empresas Investidas.
c) Os ativos não circulantes das companhias Investidas.
d) O Ativo Circulante das Controladas e Coligadas.
e) O Passivo Exigível de Longo Prazo das Investidas.

33
04) (AFRF 2001/ESAF) O ágio na compra de investimento avaliado pelo método
da equivalência patrimonial é determinado pelo valor pago que exceder

a) ao valor de cotação em bolsa.


b) ao valor patrimonial da ação.
c) ao valor do capital da investida.
d) ao valor do capital da investidora.
e) ao valor do capital e reservas de capital da investida.

05) (ICMS/RN/2005/ESAF) A empresa Beta S/A, pertencendo ao mesmo ramo


de atividade da empresa Alfa S/A, resolveu com ela estabelecer uma coligação
acionária. Para isso adquiriu 20% das ações emitidas por Alfa S/A, pagando R$ 3,50
por unidade, com o cheque 850.013 do Banco do Brasil S/A.
A empresa Alfa S/A tem capital social no valor de R$ 320.000,00, composto de 100
mil ações, e patrimônio líquido no valor de R$ 340.000,00.
Sabendo-se que o investimento de Beta S/A deverá ser avaliado pelo método da
Equivalência Patrimonial, podemos dizer que sua contabilidade deverá registrar o
fato acima da seguinte forma:
a) Débito de ativo permanente: Ações de Coligadas 64.000,00.
Débito de ativo permanente: Ágio na Aquisição 4.000,00.
Débito de resultado: Perda de Capital – Ágio 2.000,00.
Crédito de ativo circulante: Bancos c/Movimento 70.000,00.

b) Débito de ativo permanente: Ações de Coligadas 64.000,00.


Débito de ativo permanente: Ágio na Aquisição 6.000,00.
Crédito de ativo circulante: Bancos c/Movimento 70.000,00.

c) Débito de ativo permanente: Ações de Coligadas 68.000,00.


Débito de ativo permanente: Ágio na Aquisição 2.000,00.
Crédito de ativo circulante: Bancos c/Movimento 70.000,00.

d) Débito de ativo permanente: Ações de Coligadas 68.000,00.


Débito de resultado: Perda de Capital – Ágio 2.000,00.
Crédito de ativo circulante: Bancos c/Movimento 70.000,00.

e) Débito de ativo permanente: Ações de Coligadas 70.000,00.


Crédito de ativo circulante: Bancos c/Movimento 70.000,00.

1.2 OUTROS INVESTIMENTOS

São identificados na Lei como “direitos de qualquer natureza, não classificados no


ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou
da empresa”.

Exemplos: Obras de arte, Terrenos para futura expansão, Imóveis de renda.

06) (AFRF 2001/ESAF) Os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no


Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou da empresa, segundo o texto da Lei 6.404/76, são classificados
como:

34
a) Investimentos
b) Contas a Receber
c) Diferido
d) Imobilizados
e) Disponibilidades

CONTAS RETIFICADORAS DE INVESTIMENTOS (Art. 183, III e IV)

1. PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS PERMANENTES


(-) PROVISÃO PARA PERDAS PROVÁVEIS NA ALIENAÇÃO DE INVESTIMENTOS

2. OUTROS INVESTIMENTOS
(-) PROVISÃO PARA PERDAS PROVÁVEIS NA ALIENAÇÃO DE INVESTIMENTOS
OU
(-) PROVISÃO PARA AJUSTE AO VALOR DE MERCADO

Exemplo: A Cia. ALFA possui uma Participação Societária Permanente na Cia. BETA
no valor de R$ 600.000,00. A Cia. BETA sofre um sinistro sem cobertura. É estimada
uma perda de caráter permanente do Investimento no montante de R$ 400.000,00.

Lançamento

Representação no Balanço Patrimonial

35
2) IMOBILIZADO

APLICAÇÃO DE RECURSOS EM DIREITOS QUE TENHAM POR OBJETO BENS


TANGÍVEIS NECESSÁRIOS ÀS ATIVIDADES DA SOCIEDADE.

Ex: MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS, VEÍCULOS, IMÓVEIS ...

CONTAS RETIFICADORAS DO IMOBILIZADO

1. DEPRECIAÇÃO;
2. AMORTIZAÇÃO;
3. EXAUSTÃO.

DEPRECIAÇÃO:

CONTA QUE REGISTRA O DESGASTE DE BENS TANGÍVEIS EM FUNÇÃO DO USO,


AÇÃO DA NATUREZA OU OBSOLESCÊNCIA.

CALCULADA COM BASE NO TEMPO DE VIDA ÚTIL ESTIMADA DO BEM.

Exemplo (1): Determinada sociedade adquire um veículo por R$ 20.000, em


02.01.X1.
1. Efetuar os lançamentos relativos à Depreciação do Bem em 31/12/X1 e
31/12/X2 e representar a configuração no Balanço Patrimonial em 31.12.X2.

IMOBILIZADO RESULTADO

VEÍCULO 31.12.X1

31.12.X2

Representação

36
No Balanço Patrimonial

2. Representar a situação no Balanço Patrimonial de 31.12.X5.

Exemplo (2): A sociedade XL apresentava os seguintes dados relativos a um veículo


de sua propriedade.
Custo de aquisição: R$ 20.000,00
Data da aquisição: 01.03. 20X1
Início da utilização: 01.07.20X1
Tempo de vida útil: 5 anos (Taxa de depreciação de 20% ao ano)
Alienação do veículo por R$ 18.000,00, em 02.01.20X3
Determinar o Resultado com a venda do Bem e os lançamentos respectivos.

REPRESENTAÇÃO

Lançamentos

1) Registro da Venda

ATIVO CIRCULANTE RESULTADO

2) Registro da Baixa da Depreciação

IMOBILIZADO IMOBILIZADO

37
3) Baixa do Veículo

IMOBILIZADO RESULTADO

4) Encerramento das Contas de Resultado

Lançamento Resumido

38
Exemplo (3):A sociedade VM apresentava um Imóvel de sua propriedade nas
seguintes condições:
Custo de Aquisição: R$ 300.000,00
Data da aquisição: 02.01.20X1
Tempo de vida útil: 25 anos (Taxa de depreciação de 4% ao ano)
O imóvel é constituído de um terreno avaliado por R$ 100.000,00 e uma edificação
no valor de R$ 200.000,00.
Apresentar os lançamento referentes à depreciação do bem a serem efetuados em
31.12.X1 e a sua representação no Balanço Patrimonial.

Representação

Lançamento

Em 31.12.X1
No Balanço Patrimonial
Ativo Permanente
Imobilizado

Exemplo (4): A sociedade LP possuía uma Máquina necessária às suas atividades


nas seguintes condições:
Data de aquisição: 02.01.20X1
Custo de aquisição: R$ 10.000,00
Valor residual: R$ 2.000,00
Tempo estimado de vida útil: 10 anos (taxa de depreciação de 10% ao ano)
Efetuar os lançamentos referentes à depreciação da máquina e sua representação no
balanço patrimonial, em 31.12.20X1.

39
Cálculo do Valor Residual

Lançamento

Em 31.12.X1
No Balanço Patrimonial
Imobilizado

Exemplo (5): A sociedade Alfa adquire uma máquina a ser utilizada em suas
atividades em 10.04.X1. Efetuar o lançamento relativo à depreciação do bem em
31.12.X1 e a sua configuração no Balanço Patrimonial.

Representação

Cálculo da Depreciação

Lançamento

Em 31.12.X1
No Balanço Patrimonial
Imobilizado

40
07) (ICMS/RN/2005/ESAF) Os móveis e utensílios usados, vendidos pelos
Armazéns Alfa Ltda. por R$ 4.500,00, renderam um ganho de capital líquido de R$
1.500,00. Como ditos objetos foram adquiridos por R$ 12.000,00 e tinham vida útil
estimada em dez anos, sem valor residual, isto significa que, por ocasião da
operação de venda, esses móveis já estavam depreciados em
a) 12,5%.
b) 25,0%.
c) 33,3%.
d) 37,5%.
e) 75,0%.

08) (AFC/STN/2005/ESAF) Em 20 de outubro de 2004, a empresa Milícias S/A


mandou contabilizar a baixa por venda de uma máquina de uso, auferindo um lucro
da ordem de 20% sobre o preço obtido na alienação.
Referida máquina fora comprada por R$ 150.000,00, em primeiro de abril de 1998, e
seu valor tem sido atualizado, trimestralmente, por depreciação feita com base em
vida útil estimada de 10 anos e saldo residual de 20% do custo.
A operação, devidamente contabilizada vai-nos mostrar que o preço de venda obtido
na alienação foi de
a) R$ 52.500,00
b) R$ 63.000,00
c) R$ 65.625,00
d) R$ 86.400,00
e) R$ 90.000,00

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: EFETUAR OS LANÇAMENTOS REFENTES AO SEGUINTES


FATOS:

DUPLICATAS DESCONTADAS (Cia. ALFA)


1.1) Desconto de Duplicata no valor de R$ 3.000,00 referente ao cliente A com Juros
(lançados como Despesas) de R$ 300,00.
1.2) Registro contábil relativo ao aviso bancário de pagamento efetuado pelo cliente.

2.1) Desconto de Duplicata no valor de R$ 4.000,00 referente ao cliente B com


Juros (lançados como Despesas Antecipadas) de R$ 400,00.

2.2) Registro contábil relativo à devolução da duplicata pelo banco.

3) Cobrança simples efetuada pelo banco de Duplicata emitida pela sociedade no


valor de R$ 1.000,00.

PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS


4.1) Em 31.12.X1, a Cia Alfa constituiu PDD no percentual de 3% relativa a vendas a
prazo efetuadas no período X1, a serem recebidas em X2, no montante de R$
100.000,00.

41
4.2) Em X2, a sociedade não recebeu créditos de R$ 2.000,00 considerados
incobráveis. Em 31.12.X2, foi constituída PDD no mesmo percentual do período
anterior relativa a vendas a prazo realizadas em X2, a serem recebidas em X3, no
montante de R$ 150.000,00. Foi utilizado o método da reversão.

5.1) Em 31.12.X1, a Cia. Beta efetuou constituiu PDD no percentual de 5% relativa a


vendas a prazo efetuadas no período X1 a serem recebidas em X2 no montante de
R$ 200.000,00.

5.2) Em X2, a sociedade não recebeu créditos de R$ 7.000,00 considerados


incobráveis. Em 31.12.X2, foi constituída PDD no mesmo percentual do período
anterior relativa a vendas a prazo realizadas em X2, a serem recebidas em X3, no
montante de R$ 300.000,00. Foi utilizado o método da complementação.

5.3) Em 31.12.X1, a Cia. Celta constituiu PDD no percentual de 7% relativa a vendas


a prazo efetuadas no período X1, a serem recebidas em X2, no montante de R$
1.000.000,00.

5.4) Em X2, a sociedade não recebeu créditos de R$ 90.000,00 considerados


incobráveis. Em 31.12.X2, foi constituída PDD no mesmo percentual do período
anterior relativa a vendas a prazo realizadas em X2, a serem recebidas em X3, no
montante de R$ 1.500.000,00.
DEPRECIAÇÃO ACELERADA

A Depreciação Acelerada encontra-se prevista na legislação fiscal,


podendo ser aplicada a bens móveis em função do número de turnos de 8 horas em
que o bem é utilizado.

Exemplo: A sociedade Beta tem como principal atividade a exploração de frotas de


táxis. No exercício X1, utilizou três frotas, tendo cada uma delas sido utilizada
conforme a seguir especificado.

Nº de turnos
de 8 horas
1ª Frota 1
2ª Frota 2
3ª Frota 3

Determinar a taxa de Depreciação de cada uma das frotas.

DEPRECIAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS USADOS

Exemplo: A sociedade Celta possuía um bem nas seguintes condições.

Custo de Aquisição = R$ 10.000,00


Depreciação Acumulada = R$ 6.000,00

O prazo de vida útil estimado do bem é de 10 anos.

O referido bem foi alienado para a sociedade Delta pelo valor de R$ 5.000,00.

42
Determinar o prazo a ser utilizado por Delta para cálculo da Depreciação do bem e a
taxa correspondente ?

1.2 – MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO – SOMA DOS DÍGITOS

Exemplo: A sociedade Alfa possui determinado bem registrado pelo valor original de
R$ 10.000,00 com depreciação calculada pela soma dos dígitos em quotas
decrescentes. O prazo de vida útil do bem é de 5 anos. Considerando que o bem foi
adquirido em 02.01.X1, calcular a Depreciação Acumulada e o Valor Contábil do bem
em 31.12.X3.

Soma dos Dígitos

Representação das Taxas de Depreciação

1.3 – MÉTODO DE DEPRECIAÇÃO – UNIDADES PRODUZIDAS

Exemplo: A sociedade industrial Gama adquiriu uma máquina com capacidade de


produção estimada de 1.000.000 de unidades de determinado produto. Sabendo-se
que a sociedade utiliza o método das Unidades Produzidas para cálculo da
depreciação, calcular a taxa nos dois primeiros anos de utilização, sabendo-se que a
produção foi de 70.000 e 90.000 unidades, respectivamente.

Cálculo da Taxa de Depreciação do primeiro ano

Cálculo da Taxa de Depreciação do segundo ano

3) INTANGÍVEL

Representa os Direitos de Propriedade industrial ou comrcial, ou seja, os direitos de


propriedade sobre bens INTANGÍVEIS.

43
Exemplos: Patentes, Concessões Obtidas, Direitos Autorais, Fundo de Comércio,
Gastos com Pesquisas Científicas e Tecnológicas (a partir da Lei 11.638/07).

AMORTIZAÇÃO

Os bens intangíveis estão sujeitos à AMORTIZAÇÃO, a qual corresponde à perda do


valor do capital aplicado na aquisição em tais direitos de propriedade.

Exemplo: A Cia Beta obteve, em 02.01.X1, concessão do poder municipal para


explorar uma linha de transporte pelo prazo de 5 anos, pelo valor de R$
1.000.000,00.

Efetuar o Lançamento no final de X1 e evidenciar a representação no


Balanço Patrimonial.

Lançamento

Representação no Balanço Patrimonial

EXAUSTÃO

A EXAUSTÃO representa a perda do valor de direitos de propriedade relativos a


recursos minerais ou florestais ou de bens aplicados nessa exploração.

As taxas de Exaustão serão calculadas com base no prazo em que os recursos


naturais gerarem receitas.

Exemplo (1) (Regra geral): A Cia VXZ, no exercício X1, obteve concessão para
explorar uma jazida de ouro com reserva estimada de 600.000 toneladas de minério
pelo valor de R$ 1.000.000,00, por 20 anos. A extração anual foi de 60.000
toneladas.

1. Determinar a taxa de Exaustão.

44
2. Determinar o valor da Exaustão no final do primeiro exercício.

3. Efetuar o Lançamento da Exaustão.

4. Evidenciar a representação no Balanço Patrimonial.

No segundo ano, a extração foi de 900.000 toneladas de minério. Determinar a taxa


de Exaustão.

Exemplo (2): A Cia VXZ, no exercício X1, obteve concessão para explorar uma
jazida de ouro com reserva de 600.000 toneladas de minério pelo valor de R$
1.000.000,00, por 5 anos. A extração no primeiro ano foi de 60.000 toneladas,
sendo esta a expectativa para os próximos anos.
Em 31.12.X1
Determinar a taxa de Exaustão.

45
DIFERIDO – EXTINTO PELA MP 449/08 (LEI 11.941/09)

Eram classificados no DIFERIDO as DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS, assim como


os GASTOS DE REESTRUTURAÇÃO que contribuirão efetivamente para o aumento
do resultado de mais de um exercício social.

Representação

Exercício: A Cia. ALFA realizou Despesas Pré-Operacionais no montante de R$


100.000,00. Considerando que a sociedade iniciou suas atividades em 02.01.X1,
efetuar os lançamentos e a representação patrimonial em 31.12.X1.

Em 02.01.X1
Lançamento

Em 31.12.X1
Lançamento

Representação no Balanço Patrimonial

CICLO OPERACIONAL

O parágrafo único do art. 179 da Lei 6404/76 estabelece que na companhia em que
o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no
circulante ou longo prazo terá por base o prazo deste ciclo.

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