6-Patologia Abdominal (Feito)

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ECOGRAFIA ABDOMINAL
PATOLOGIA

ECOGRAFIA I

GRANDES VASOS

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A. AORTA ABDOMINAL - Patologias

PRINCIPAIS PATOLOGIAS DA AORTA ABDOMINAL

v Formação de aneurismas
v Doença ateromatosa
v Doença do tecido conjuntivo
v Ruptura
v Trombose
v Infecções
v Deslocamento e invasão por doença noutras estruturas
adjacentes

A. AORTA ABDOMINAL - Patologias


ANEURISMA
Características:

ü Aneurisma: diâmetro 3cm


ü Etiologia: Aterosclerose
ü Maioria na porção infra-renal
ü Prevalência aumenta com a idade
ü Idade media 65-70 anos
ü Predomínio sexo masculino

Diagnóstico clínico:
ü Dor abdominal e história de aneurisma
Factores de risco:

ü Doença coronária
ü Doença vascular periférica
ü História familiar de aneurisma aorta abdominal 4

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A. AORTA ABDOMINAL - Patologias


Classificação - Etiologia: Classificação - Forma:

v Aneurismas verdadeiros (3camadas) v Fusiforme


v Aneurismas falsos / pseudo-aneurismas (1camada) v Cilíndrico
v Aneurismas dissecantes (2camadas/novo saco) v Sacular
v Em grão

Classificação - Localização:
v Torácicos
v Toraco-Abdominal
v Abdominal
ü Infrarenal
ü Justarenal
ü Pararenal
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ANEURISMA

A. AORTA ABDOMINAL - Patologias


ü Rápida confirmação em suspeita de aneurisma
ü Indica o tamanho
ECOGRAFIA ü Demonstra a presença ou ausência do trombo
ü Pequenos aneurismas podem ser acompanhados por eco
ü Interpreta a relação do aneurisma com outras artérias
ü Derrames pleural e pericárdico

EM SITUAÇÃO DE ANEURISMA DEFINIR OS SEGUINTES PARÂMETROS EM ECOGRAFIA

ü Localização (principalmente em relação às artérias renais)


ü Tamanho (sempre comparando com a porção da aorta acima)
ü Extensão (se fica limitada à aorta ou se engloba as artéria ilíacas)
ü A “qualidade” da parede da artéria e se existem ou não trombos no seu interior

No aneurisma da aorta abdominal é importante a avaliação clínica, e o diagnóstico preciso


do tamanho para seu acompanhamento clínico ou tratamento cirúrgico adequado.

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A. AORTA ABDOMINAL - Patologias

• Aneurisma infra – renal • Aneurisma infra – renal


• Corte longitudinal • Corte Transversal

A. AORTA ABDOMINAL - Patologias

• Dissecção da Aorta Abdominal


• Corte Longitudinal

ANEURISMA

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A. AORTA ABDOMINAL - Patologias

Outras vantagens da Ecografia para o estudo, avaliação, detecção de outras alterações


na artéria aorta devido aos aneurismas são:
ë Na existência de trombos
- permite distinguir o lúmen verdadeiro do falso lúmen

ë Na ruptura de aneurismas
- é capaz de demonstrar não só a ruptura como a presença de hemorragia fora
do mesmo

ë Em doentes operados
- pode demonstrar a presença de hematomas (falsos aneurismas).

NOTA: A presença de gás pode ocultar completamente o hematoma

VEIA CAVA INFERIOR- Patologias

PRINCIPAIS PATOLOGIAS DA VEIA CAVA INFERIOR

v Anomalias congénitas

v Trombose

v Rupturas

v Lesões murais

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VEIA CAVA INFERIOR- Patologias


Anomalias Congénitas
As anomalias congénitas mais comuns são duplicação

Trombose
Trombose, é a anomalia da VCI mais comum, normalmente provém de outra
veia da zona pélvica, membros inferiores, fígado ou rim. É diagnosticado com
facilidade, o rim é o local de origem mais provável

Ruptura
A ruptura da VCI aparece após traumatismo abdominal grave ou terapia cirúrgica
ou intervencionista

Lesões Murais
Lesões murais, incluem trombos e tumores. Estas podem disseminar-se para ramos
da VCI como as veias renais e hepáticas. As extensão maligna para as veias pode
ocorrer em casos de carcinoma das células renais, das supra – renais, linfoma renal

VEIA CAVA INFERIOR- Patologias


TROMBOSE DA V.C.I.

A- veia normal sem compressão


B – veia normal com compressão,
C- veia trombosada com compressão (o trombo dentro da veia impede a sua compressão e a sua forma
arredondada não se altera)

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VEIA CAVA INFERIOR- Patologias


LESÕES MURAIS

Invasão da VCI por uma massa tumoral, Trombo tumoral que ocupa a maior
estendendo-se a partir da V. renal
direita parte do lúmen da VCI

FÍGADO

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FÍGADO - Patologias
Abcessos Piogénicos - bacterianos
ü podem espalhar-se por todo o fígado pelo
sistema biliar (veia porta e artéria hepática), ou
directamente por estruturas adjacentes

ü As características iniciais: são febre, mau estar,


anorexia e dor no hipocôndrio direito
corte transversal mostra uma massa ecogénica no fígado

Características ecográficas
ü Num estado muito inicial o exame ecográfico
pode parecer normal
ü Os abcessos purulentos parecem quisticos
ü As paredes podem variar de bem definidas a
irregular e grossa
ü Por vezes têm aspecto e massa sólida e
apresentar alterações da ecogenicidade Massa tumoral hipoecóica com margens mal definidas
fazendo protuberância na cápsula hepática

FÍGADO - Patologias
Abcessos Amebianos - parasitários

Características ecográficas ü Manifestam-se principalmente com dor.


ü Incluem lesão oval ou arredondada, ausência de paredes proeminentes
ü Hipoecogenicidade em relação ao fígado normal
ü Muitos abcessos amebianos ocorrem no lobo direito do fígado

Múltiplos abcessos, com variação da forma e tamanho Abcesso amebiano, morfologia clássica massa tumoral
oval bem definida com reforço acústico posterior

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FÍGADO - Patologias
candidíase, padrão uniformemente hipoecóico
Abcessos Fúngicos
ü Os abcessos fúngicos o mais comum é candidíase
ü As características clínicas incluem febre persistente

Características ecográficas
ü Roda numa roda, zona hiperecóica periférica com uma
roda ecogénica interna e um ninho hipoecóico central.
Esta imagem é observada no início da doença
ü Olho de boi, lesão de 1 a 4 cm tendo um centro
hiperecóico e uma orla hipoecóica
ü Uniformemente hipoecóica, corresponde à fibrose
progressiva
ü Ecogénica, calcificação variável representando formação
Infecção fúngica, morfologia em “olho de boi”.
cicatricial Zona periférica hipoecóica, centro hiperecóico

FÍGADO - Patologias
Hepatite

Características ecográficas
ü O parênquima hepático pode apresentar uma ecogenicidade difusamente
reduzida, com acentuada intensidade das tríades porta
ü Hepatomegália e espessamento da parede da vesícula biliar são achados
associados

Hepatite crónica activa, ligeiramente hipoecóico Oito meses mais tarde, a textura do fígado é
relativamente ao córtex renal heterogénea e grosseira

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FÍGADO - Patologias
Características ecográficas Adenoma
ü Massa sólida e ecogénica com paredes bem definidas vBenigno
v6 a 30 cm
ü Normalmente solitários podem apresentar-se múltiplos
vsem sintomas/massa
ü Um halo hipoecóico pode visualizar-se à volta da massa palpável no hipocôndrio
direito, hepatomegália
ü A ruptura do tumor obriga a cirurgia urgente
ü Áreas anaecóicas irregulares dentro da massa reflectem hemorragia ou necrose

Adenoma Hepático – corte transversal do fígado


demonstra uma massa ecogénica sólida

FÍGADO - Patologias

massa ecogénica com reforço


acústico posterior

v É o tumor benigno mais comum no fígado, normalmente são solitários e pequenos,


contudo podem ser múltiplos e ocupar grande parte do fígado
v É mais comum no lobo direito, e localização periférica
v A vasta maioria destes tumores são assintomáticos, podem manifestar-se com dor no
hipocôndrio direito, aumento do fígado
Hemangioma cavernoso

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FÍGADO - Patologias
Características ecográficas Hemangioma cavernoso
ü Tumor bem definido, massa hiperecóica com ecos internos
ü São hiperecóicos e conter ecos heterogéneos devido a alterações degenerativas
ü Normalmente são lesões ecogénicas mas podem tornar-se mais complexas
ü As suas margens são bem definidas, contudo pode haver uma certa dificuldade em
defini-las
ü Normalmente são redondos, podendo ser ovais ou lobulados

FÍGADO - Patologias
Hiperplasia Nodular Focal

ë É a segunda massa tumoral benigna no fígado, depois dos hemangiomas

ë São consideradas como sendo lesões hiperplásicas (proliferação anormal de células


num tecido cuja consequência é o aumento de volume) do desenvolvimento,
relacionadas com uma área de malformação vascular congénita

ë Mais comum nas mulheres do que nos homens

ë Normalmente assintomática, pode ser achado acidentalmente

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FÍGADO - Patologias
Características ecográficas Hiperplasia Nodular Focal

ü Massa hepática difícil de se diferenciar em termos de ecogenicidade do parênquima


hepático adjacente
ü Anormalidades de contorno e deslocamento de estruturas vasculares facilitam o
diagnóstico de HNF
ë 2ª massa tumoral benigna hepática, depois dos hemangiomas
ë lesões hiperplásicas (proliferação anormal de células - aumento de volume)

Corte longitudinal
massa isoecóica no lobo caudado

FÍGADO - Patologias
Metástases

v O fígado é o local mais comum para metastizar, 30 a 50 das metástases hepáticas


derivam de tumores malignos
v O tumor estende-se pelo fígado por via da veia porta, artéria hepática ou sistema
linfático
v Os tumores primários que metastizam o fígado nos adultos são tumores de mama,
pulmão, cólon, recto, estômago, e pâncreas

Características ecográficas
ü Normalmente múltiplas massas hepáticas, que variam no seu tamanho e forma com
margens mal definidas
ü A extensão das metástases resultam numa ecoestrutura heterogénea do fígado
ü O fígado pode apresentar-se normal ou aumentado, dependendo do grau da doença
ü Os contornos hepáticos podem ser regulares ou lobulados, depende da posição das
metástases
ü O sistema biliar pode encontrar-se dilatado devido à compressão do canal biliar pelas
metástases

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Metástases provocadas
por tumor do pulmão

Metástases provocadas por Metástases provocadas por Metástases provocadas por


neuroblastoma neoplasia do cólon melanoma

Metástase provocada por nódulo do pulmão Metástases hepáticas associadas a ascite

FÍGADO - Patologias
Características ecográficas Esteatose Hepática
Distúrbios Metabólicos

A esteatose difusa pose ser:

ë Leve
ü Aumento mínimo e difuso na ecogenicidade hepática
ü Visualização normal do diafragma, e das margens dos vasos intrahepáticos

ë Moderada
ü Aumento moderado e difuso da ecogenicidade hepática,
ü Visualização ligeiramente alterada dos vasos intrahepáticos e do diafragma

ë Grave
ü Aumento acentuado da ecogenicidade
ü Visualização deficiente do diafragma e vasos intrahepáticos

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FÍGADO - Patologias

Esteatose hepática - corte transversal do fígado Esteatose hepática – aumento da ecogenecidade

FÍGADO - Patologias
Cirrose
ë processo difuso que se caracteriza por fibrose e pela alteração da arquitectura hepática
normal em nódulos estruturalmente anormais
ë A cirrose divide-se em:
ü Micronodular (nódulos têm 0,1 a 1 cm de diâmetro; causa: álcool)
ü Macronodular (nódulos de tamanho variável até 5cm de diâmetro; causa:
hepatite virótica crónica
Ascite

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FÍGADO - Patologias
Características ecográficas
ü Redistribuição do volume –estado inicial o fígado pode aumentar, estado avançado
diminui. O lobo direito diminui e o lobo esquerdo e o lobo caudado aumentam, maior
ecogenicidade e ecotextura grosseira, os vasos intrahepáticos visualizam-se mal
ü Nódulos em regeneração – constituem hepatócitos em regeneração circundados por
septos fibrosos
ü Nódulos displásicos (qualquer anomalia que acontece durante o desenvolvimento de um
tecido ou de um órgão), são maiores do que os NR e considerados pré - malignos

Aspecto lobulado;
Ascite

FÍGADO - Patologias
Trombose da Veia Porta
ë associada a condições malignas, incluindo carcinoma hepatocelular, metástases
hepáticas, carcinoma do pâncreas, também a pancreatites crónicas, hepatite,
traumatismos, entre outros

Características ecográficas
ü Trombo ecogénico no fluxo da veia
ü Extensão do calibre da veia
ü Vasos colaterais venosos porta
ü Expansão do calibre da veia
üTransformações cavernosas (presença de
inúmeros vasos semelhante a vermes na porta
hepática que constituem a circulação colateral)

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FÍGADO - Patologias
Sindrome de Budd-Chiari
ë rara, caracterizada pela oclusão das veias supra hepáticas com ou sem oclusão da VCI.
ë As principais causas: tumores, trombose
ë Os sintomas: dor; hepatomegália; sinais de hipertensão portal

ü Hepatomegália e ascite
Características ecográficas
ü O fígado grande e bulboso na fase aguda
ü Ectasia das suprahepáticas a montante ou desaparecimento do seu lúmen
ü Velocidade do sangue venoso porta pode aumentar ou diminuir

PÂNCREAS

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PÂNCREAS - Patologias
Anomalias Congénitas

Agenesia do Pâncreas
ü já foi descrito a ausência congénita do corpo
e cauda do pâncreas, a cabeça pode apresentar
hipertrofia compensatória

Fibrose quística
üorigina insuficiências pancreática, com
disfunção do pâncreas exócrino
üO pâncreas apresenta-se diminuído de
tamanho por fibrose acentuada

PÂNCREAS - Patologias
Pancreatite Aguda üA ecografia é útil para a detecção de cálculos biliares ou no canal biliar
comum, colecções liquidas peri –pancreáticas

ü As alterações patológicas dependem da gravidade da


doença
ü É uma doença comum, inflamação do pâncreas
ü Produz alterações focais ou difusas no pâncreas e
deficiente função endócrina e exócrina

Características ecográficas
ü Aumento difuso, da glândula
ü Diminuição da ecogenicidade
ü Dilatação do canal de wirsung
ü Edema peripancreático (por vezes)

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PÂNCREAS - Patologias
v A pancreatite aguda pose ser classificada pela sua:

Distribuição
ü Focal – pâncreas isoecoico ou hipoecoico
ü Difusa – mais ecogénico em relação ao fígado,
aumenta de tamanho

Gravidade
ü Leve
ü Moderada
ü Grave
Pancreatite aguda, com aumento difuso do
corpo do pâncreas

PÂNCREAS - Patologias
Pancreatite Crónica

v Pancreatite crónica

ü Doença inflamatória persistente no pâncreas, caracterizada por alterações


morfológicas irreversíveis e que tipicamente provoca dor e perda das suas funções
endócrinas e exócrinas

v Pancreatite crónica obstrutiva

ü aparece em consequência da obstrução do canal biliar principal, resulta geralmente


de tumor ou sequela de pancreatite aguda.

ü Progride continuamente no caso de se manter a obstrução e melhora quando esta


diminui

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PÂNCREAS - Patologias
Características ecográficas

ü Aumento focal ou difuso da pâncreas, ou


atrofia na doença avançada
ü Contornos irregulares ou lobulado
ü textura hiperecogénica, não homogénea
ü Cálculos intraductais
ü Dilatação canalicular pancreática e até biliar Pancreatite crónica calcificada
ü Pseudoquistos

Pancreatite
crónica com
formação de
calcificações

Canal pancreático dilatado

PÂNCREAS - Patologias
Neoplasias v Adenocarcinoma ductal
ü Tem péssimo prognóstico, detectados já em fase
avançada, devido à invasão precoce da estruturas
adjacentes
ü Localizam-se principalmente na cabeça do
pâncreas, dai a icterícia, os tumores localizados no
corpo e cauda são de maiores dimensões

Características ecográficas

ü Achados directos - os achados ecográficos


mais comuns são massa hipoecóica mal definida,
homogénea ou não
Adenocarcinoma. Massa hipoecóica no corpo do pâncreas, ü Achados indirectos – dilatação o canal
não são visíveis dilatação dos canais biliares
pancreático

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PÂNCREAS - Patologias
Neoplasias

Cistadenoma seroso ou adenoma microquístico


ü crescimento lento, considerados benignos, são
constituídos por muitos quistos de pequeno
tamanho, ocupando os maiores um posição
periférica
Adenoma microquistico

Tumores quísticos
ü A clínica é inespecífica, traduz-se por massa
abdominal de crescimento lento e com
compressão dos órgãos vizinhos

ü massa lobulada, bem capsulada, com centro


hiperecogénico, calcificações, variando o seu
aspecto global com o tamanho dos quistos

PÂNCREAS - Patologias
Traumatismos
v o pâncreas pode ser comprimido
contra a coluna produzindo lacerações
pancreáticas, hematomas

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RIM

RIM – Variantes do Normal


Rim Dromerário

v podem parecer neoplasias, quistos ou abcessos


renais
v caracteriza-se por uma saliência no bordo lateral
do rim
v As lobulações representam alguma imaturidade
no desenvolvimento renal e apresentam-se com
múltiplos contornos irregulares.

Características ecográficas
ü visualização de uma saliência no bordo lateral do rim
ü A cortical apresenta uma saliência focal com uma ecogenicidade idêntica ao do rim

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RIM – Variantes do Normal


Bacinete Extra-renal v O bacinete num rim normal apresenta-se
como uma estrutura dentro do seio renal na
porção média do rim.
v O bacinete extra-renal encontra-se fora do seio
renal e pode originar um diagnóstico errado
v Pode confundir-se com uma hidronefrose,
quisto, vaso ou aneurisma da artéria renal
v É uma situação assintomática

Características ecográficas
ü Uma área “quistíca” central, estende-se total ou parcialmente para fora do rim
ü Ausência de fluxo sanguíneo no Doppler colorido
ü A urografia pode confirmar a presença de um bacinete extra renal e a ausência de
hidronefrose

RIM – Variantes do Normal


Duplicação Renal

v Pode envolver o rim, o ureter, ou o bacinete.


v Pode ser parcial ou completa, unilateral ou bilateral
v Pode haver um rim supranumerário quando há um rim em duplicado pode ter
bacinete, ureter e suprimento sanguíneo. Esta situação é extremamente rara
v Esta situação apresenta-se com dois grupos distintos do sistema colector,
separado por parênquima renal
v Estes casos são assintomáticos

Características ecográficas
ü Estrutura ecogénica complexa
ü A região hilar deve ser vista numa
aquisição axial e longitudinal, para se
visualizar bem o bacinete e tentar ver um
só ureter

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RIM – Variantes do Normal


Agenesia Renal

v total ausência do rim e ureter


v pode ser unilateral ou bilateral
v unilateral (+ frequente) e o rim do lado oposto encontra-se hiperatrofiado mantendo
a função renal

Características ecográficas

ü Não se visualiza o rim na fossa renal. Dever-se-á executar o exame na zona pélvica para
despiste de uma ectopia renal
ü Por vezes pode ser difícil visualizar a bexiga
ü Há um aumento da glândula supra-renal, com forma elíptica e alargada.

RIM – Variantes do Normal


Agenesia Renal Bilateral

v ausência do rim e ureteres, é uma anomalia


congénita muito rara
v é incompatível com a vida e normalmente está
associada com outras anomalias
v É detectada na ecografia obstétrica e visualizam-
se umas glândulas supra-renais exuberantes
localizadas no local de ausência dos rins

Características ecográficas

ü As glândulas supra renais ocupam o espaço da fossa


renal, têm uma configuração ovóide
ü Deve ser feito um exame cuidado e ter a certeza de
que não há ectopia renal
ü Tentar identificar outro tipo de anomalia

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RIM – Variantes do Normal


Ectopia Renal
v Anomalia congénita em que os rins não se encontram na
sua posição normal – fossa renal

Ectopia Renal (Rim Pélvico)


v Normalmente encontram-se na zona pélvica, esta situação
pode estar associada à presença de uma situação congénita,
isto é um ureter mais pequeno.

v Caso suba, este pode tornar-se num rim torácico, em geral


não tem significado clínico

v É muito raro acontecer isto em ambos rins, quando


acontece pode haver uma anomalia de posição, configuração, 1- Rim Intratorácico
2- Normal
fusão e rotação 3- Lombar
4- Ilíaco
5- Pélvico

RIM – Variantes do Normal


B – bexiga,
Características ecográficas U – útero
K - rim

ü Dificuldade em se visualizarem as estruturas


devido ao gás aí existente, para diminuir este
artefacto o doente deve encher a bexiga
ü Poderá haver uma rotação na posição, mas o
seu sistema colector tem um funcionamento
normal

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RIM – Variantes do Normal


Rim Em Ferradura
v Estes rins não apresentam a rotação correcta e evidenciam com frequência obstrução
da junção uretero-pélvica, originando uma maior incidência de infecções e formações de
cálculos
v O rim em ferradura é anterior aos grandes vasos abdominais, e obtém o suprimento
sanguíneo da aorta e outros vasos regionais (AMI, a. ilíaca comum, interna e externa)

Características ecográficas

ü Os rins mostram-se mais baixos do


que o normal com os pólos inferiores
projectando-se medianamente
ü Podem verificar-se cálculos no
sistema colector
Rim em ferradura

RIM - Patologias
Quistos Renais v situação comum
v Podem ser solitários ou múltiplos, unilaterais ou bilaterais
v Podem ser parapiélicos, corticais e parenquimatosos

Quistos Corticais Simples

v são benignos e cheios de líquido, a sua incidência


aumenta com a idade
v Na maioria são assintomáticos, quando grandes
podem acorrer hematúrias, e dores

Características ecográficas
ü Anaecóico
ü Reforço acústico
ü Parede oposta lisa bem definida, imperceptível
ü Forma redonda ou ovóide

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RIM - Patologias
Quistos Corticais Complexos

v normalmente contém ecos internos, septações, calcificações, parede perceptível e


definida e nódulos murais (hemorragia ou infecção)
v Espessamento ou nódulos murais perceptíveis e definidos, praticamente afastam o
diagnóstico de um quisto benigno
Quisto com nódulo mural, indicativo de
malignidade
Quisto renal complexo benigno

RIM - Patologias
Quistos Parapiélicos
v Não se comunicam com o sistema colector, muitos são assintomáticos, embora
possam causar hematúria, hipertensão, hidronefrose ou tornarem-se infectados

Características ecográficas
ü Na ecografia estes quistos podem aparecer
como uma massas anaecóicas bem definidas no
seio renal
ü Pode ser difícil diferenciar múltiplos quistos
parapélvicos da hidronefrose

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RIM - Patologias
Rim Displásico Multiquístico v Anomalia hereditária do desenvolvimento,
também designada como displasia renal,
disgenesia renal e rim multiquístico
v O rim é pequeno, apresenta malformações e é
constituído por múltiplos quistos, com pouco ou
nenhum parênquima renal, levando ao seu mau
funcionamento
v normalmente é unilateral e atinge todo o rim.
Em alguns casos pode ser bilateral, segmentar ou
focal
v Quando unilateral pose ser assintomático
Características ecográficas
ü Massa palpável abdominal, por vezes associada com dor, hipertensão e infecção
ü Não há comunicação entre ou múltiplos quistos
ü Ausência tanto do parênquima normal como do seio renal normal
ü Não se identifica parênquima renal à volta dos quistos

RIM – Patologias
Litíase Renal v O tipo mais comum de cálculo é o oxalato de cálcio
v Os cálculos caliciais que não causam obstrução normalmente são
assintomáticos, embora possa haver hematúria e dor

cálculo no ureter – três regiões de estreitamento ureteral:


ü Imediatamente a seguir à junção uretero pélvica (JUP)
ü Na zona em que o ureter cruza os vasos ilíacos
ü Na junção uretero vesical (JUV)

Características ecográficas

ü Focos ecogénicos com sombras acústicas


posteriores
ü Definir o tamanho, localização, nº de cálculos
e se há complicações associadas

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RIM - Patologias
Hidronefrose

v resultado de uma obstrução e ocorre com maior


frequência na junção uretero pélvica

v pode ser unilateral ou bilateral e caracteriza-se pela


dilatação dos cálices, bacinete e ureteres
corte longitudinal -cálices dilatados
v Os rins com hidronefrose são mais susceptíveis a
infecções e traumas
v pode ser assintomática ou apresentar dor, infecção ou
ainda hematúria

Características ecográficas
dilatação dos cálices e bacinete
ü Hidronefrose moderada - extensão da dilatação dos cálices
ü Hidronefrose severa - grande extensão de fluído que substitui as estruturas renais
ü Na hidronefrose infectada (pionefrose) pode haver alguns ecos mais baixos na porção do bacinete

RIM - Patologias
Pielonefrite

v inflamação tubulo intersticial do rim, afecta o bacinete e


o parênquima renal. Pode ser aguda ou crónica.
v A pielonefrite aguda: mais rápida e invade o rim
v A pielonefrite crónica + lenta, é devido ao refluxo de
urina para o bacinete

Características ecográficas
Rim dto
Os rins podem ter um aspecto normal, ou:
• Aumento do rim
• Compressão do seio renal
• Alteração da ecotextura, hipoecóica (edema), ou
hiperecóica (hemorragias)
• Perda de diferenciação corticomedular
• Massa ou massas de margens indefinidas
• Gases no parênquima renal Rim esq

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RIM - Patologias
Abcessos

v Complicação da pielonefrite aguda


v tendem a ser solitários

Características ecográficas

ü massa hipoecóica complexa


ü Normalmente são redondos e de paredes grossas, por vezes com reforço acústico
ü Ocasionalmente podem notar-se gases com sombras “sujas”, no interior do abcesso
ü Podem estar presentes septos

RIM - Patologias
Tumores Benignos Angiomiolipomas – são tumores benignos constituídos por
tecido adiposo, células musculares e vasos sanguíneos

Características ecográficas
ü A sua elevada ecogenicidade devido à sua
composição por vezes com gordura é
importante no diagnóstico
ü Se o tumor é composto na sua maioria por
elementos que constituem o musculo ou
predominantemente vascular o seu aspecto é
mais hipoecóico
ü Tumores mais vascularizados com
hemorragia e necrose têm um aspecto mais
complexo

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RIM - Patologias
Carcinoma de células renais

v Abrange 86% dos tumores malignos primários do parênquima


renal.
v Atingem predominantemente o sexo masculino (2:1) com
idades compreendidas entre os 50 e 70 anos
v A etiologia não está definida, mas estudos têm demonstrado
que há uma associação ou hábito de fumar

Características ecográficas
ü Muitos tumores são sólidos e podem aparecer em
qualquer dos rins, e nos pólos superior, ou inferior
ü Podem ser hipoecóicos, isoecóicos ou hiperecóicos
ü Pode apresentar calcificações, orla hipoecóica

RIM - Patologias
Adenocarcinoma

v Adenocarcinoma do rim, ureter e bexiga é raro, quase todos os doentes apresentam


infecção do aparelho urinário e hematúria

v Na ecografia verifica-se uma massa tumoral no bacinete, ureter ou bexiga, por


vezes com calcificações

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RIM - Patologias
Metástases

v Lesões focais ou difusas no rim podem ser


provocadas por metástases de carcinomas dos
pulmões, neoplasia da mama, estômago, e
carcinoma de células renais do rim contralateral

v Pode ser assintomático ou manifestar-se com


hematúria, dor, aumento das dimensões do rim e
insuficiência renal

v Aumento das dimensões do rim com massas


heterogéneas, a ecogenicidade pode variar deste
hiper até hipoecóico, depende da lesão primária

BAÇO

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BAÇO- Patologias
Anomalias Congénitas
ë Baços supranumerários são variantes normais comuns, são também chamados esplenúnculos.
podem muitas vezes serem confundidos com nódulos linfáticos aumentados ou massas na cauda do
pâncreas

ë Quando o baço aumenta o baço acessório aumenta também

ë A maioria dos baços acessórios são em identificados na ecografia. São massas pequenas
arredondadas com menos de 5 cm de diâmetro

ë Localizam-se próximo do hilo esplénico e ecogenecidade idêntica à do baço


Baço acessório no hilo

Baço acessório no hilo,


ecogenecidade idêntica à do
restante parênquima

BAÇO- Patologias
Esplenomegália

ë A ecografia é um exame que nos permite determinar


a presença ou ausência de esplenomegália
ë Esta patologia visualiza-se melhor se houver um
esplenomegália acentuada
ë O baço pode crescer até um tamanho bastante Medição num corte transversal
grande
ë A causa de esplenomegália leve e moderada é devido
à hipertensão porta, infecções, sida
ë As causas de esplenomegália acentuada, leucemia,
linfoma, mielofibrose
ë O doente apresenta uma massa no hipocôndrio
esquerdo, desconforto abdominal e dor
Medição num corte sagital passando no
hilo esplénico

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BAÇO- Patologias
Quistos
ë Os quistos esplénicos são pouco comuns e podem ser congénitos ou adquiridos

ë Podem caracterizar-se por:


v Quistos infecciosos
ü geralmente causados por equinococos
v Quistos pós traumáticos ou pseudoquistos
ü estes podem apresentar conteúdo hipoecóico, as suas paredes podem calcificar-se
v Quistos congénitos primários
ü também chamados quistos epidermóides
ü estes diferem dos anteriores por apresentarem revestimento epitelial ou endotelial
v Pseudoquistos pancreáticos
ü estendem-se até ao baço

ë Os quistos normalmente são assintomáticos


ë Mas o doente pode apresentar desconforto ou dor, enfartamento

BAÇO- Patologias
Características ecográficas

ü Normalmente solitários, unilocular, massas anaecóicas


ü Os quistos do baço caracterizam-se pela ausência de ecos, paredes lisas e bordos
regulares, apresentam reforço posterior
ü Normalmente paredes bem definidas, podendo apresentar paredes irregulares
ü À volta do quisto pode-se visualizar um rebordo fino
Quisto esplénico mal definido com paredes
irregulares

Quisto esplénico, massa anaecóica bem definida

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BAÇO- Patologias
Hematoma ë associados a fracturas de costelas. Pode também haver laceração
esplénica, contusão esplénica, lesões vasculares

ë traumatismos abdominais não penetrantes:


ë cápsula intacta - hematoma
intraparenquimatoso ou capsular
ë Rompimento da cápsula - alterações da textura,
indefinição dos contornos, coágulos peri-
esplénicos, derrame peritoneal livre

Características ecográficas Hematoma, massa anaecóica

ü O aspecto varia com a sua evolução


ü Imediatamente após o traumatismo: apresenta-se liquido, diferenciado do
parênquima esplénico
ü Após a formação de coágulos sanguíneos e nas 24 a 48 horas após: a ecogenecidade
semelhante à do parênquima normal
ü Esplenomegália

BAÇO- Patologias
Linfoma
ë É uma situação maligna que envolve o sistema linfático. O baço é um órgão muito
atingido devido ao facto de conter uma grande quantidade de tecido linfático

ë Os doentes apresentam esplenomegália, adenopatias axilares, supraclaviculares e


inguinais, perda de peso, febre de origem desconhecida, dor e desconforto abdominal

Características ecográficas

ü Múltiplas ou solitárias massas podem ser vistas em


doentes com esta patologia, podem ser hipoecóicas ou
hiperecóicas
ü Áreas focais de grande ecogenecidade
ü O baço pode ou não apresentar-se aumentado

Linfoma, baço aumentado com lesões hipoecóicas

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BAÇO- Patologias
Leucemia
ë É uma situação maligna caracterizada pela proliferação anormal e geralmente intensa
dos leucócitos.
ë Ocorre em qualquer idade sendo mais comum nos jovens
ë Os doentes apresentam-se com aumento dos nódulos linfáticos, dores articulares,
febre, hemorragias cerebrais.
ë Muitos sintomas dependem se a leucemia é aguda ou crónica

Características ecográficas
ü O baço pode ou não apresentar-se aumentado
ü Podem estar presentes múltiplos nódulos hipo
ou hiperecóicos
ü Aumento difuso da ecogenecidade

BAÇO- Patologias

Metástases
ë Raras, muitas vezes associadas a metástases noutros
órgãos
ë Melanoma é uma das neoplasias primárias que
metastiza o baço. As metástases esplénicas estão

Características ecográficas

ü As metástase múltiplas ou isoladas hipo ou hiperecóicas


ü O baço pode encontrar-se normal ou aumentado

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