José Walter Bautista Vidal - Biografia Política de Um Cientista

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JOSÉ WALTER BAUTISTA VIDAL: BIOGRAFIA POLÍTICA DE UM CIENTISTA

Guilherme Gravina Pereira1


Filho de imigrantes espanhóis, José Bautista Alconero e Maria de Lourdes Vidal, o cientista
José Walter Bautista Vidal nasceu em Salvador, Bahia, em 12 de dezembro de 1934. Era uma época
de muitas mudanças políticas, sociais e econômicas ocasionadas pela Revolução de 1930, ano em
que foi redigida e assinada a Constituição brasileira(1934); as nações metropolitanas estavam em
busca de novas colônias para a exploração dos recursos naturais (HOBSBAWM, 2007); e Hitler
consolidava-se na Alemanha como líder nazista. Foi no turbulento início do século XX, marcado
por guerras e revoltas, que nasceu o engenheiro civil.
Parte de seus estudos foi concluída na Galícia, Espanha, visto que, com o fim da Segunda
Guerra Mundial, seus pais decidiram retornar à Europa. Isso significou uma grande reviravolta em
sua vida, pois além da preocupação em aprender outra língua, só retornou aos estudos com

treze anos, quando foi aprovado com “Matrícula de Honor”, no exame de admissão ao
Instituto de Enseñanza Media de Pontevedra Este foi um dos períodos mais importantes da
minha vida, pois foi quando formei a minha personalidade. A cultura humanística que então
adquiri, lendo clássicos latinos no original e passando a conhecer a magnífica literatura
espanhola, além de grande parte da literatura francesa e inglesa (ROCHA; RIBEIRO
FILHO, 2015, p. 116).

Em Salvador, foi condecorado em 1958 por ter sido o melhor aluno de sua turma, formada
em Engenharia Civil (Prêmio Joaquim Wanderley de Araújo Pinho). Com 25 anos, trabalhou como
professor assistente no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF, 1959-1960). Por lá teve a
oportunidade de conhecer alguns professores militares oriundos do Instituto Militar de Engenharia.
Desse encontro, Bautista Vidal estreitou relações com “o Coronel Antonio José Duffles de
Amarante, o Major Hélio Nazário Severo Leal e o Major Argus Fagundes Ourique Moreira, que
décadas mais tarde viria a ser o primeiro Comandante do CTEx” (ROCHA; RIBEIRO FILHO,
2015, p. 122). Depois de lecionar no CBPF, se pós-graduou em energia nuclear nos Estados Unidos,
Stanford (1961-1963).
De regresso ao Brasil, trabalhou durante seis anos como professor na Universidade Federal
da Bahia (1963-1969), onde coordenou o Departamento de Física e contribuiu para a implantação
do “Centro de Computação, o Laboratório de Física Nuclear Aplicada e o CECIBA – Centro de

1 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora. E-mail:


[email protected].
Ensino de Ciências da Bahia” (ROCHA; RIBEIRO FILHO, 2015, p. 122). O Instituto de Física
preparou os primeiros geofísicos na prospecção de petróleo em águas marítimas profundas.
Destacou-se na Petrobras como um exímio entendido em petroquímica, física, engenharia e
tecnologia. Eis o que escreveu quando chegou dos Estados Unidos: “Fiz minha pós-graduação em
física nuclear na Universidade de Stanford. Só que resolvi voltar para a minha Bahia, e quando
cheguei disse para mim mesmo: ‘Que diabos vou fazer com a física nuclear na Bahia, com esse sol
e esse mar?’” (VIDAL, 2006).
Sua carreira na esfera político-administrativa iniciou-se aos 34 anos, ocupando o cargo de
secretário de Ciência e Tecnologia (1969) a convite do governador da Bahia, o historiador Luís
Vianna Filho. A partir desse encontro entre o cientista e o político que se criou a primeira secretaria
desse gênero no país. Nesse cargo, Bautista Vidal foi de fundamental importância na criação do
Polo Petroquímico de Camaçari-BA. O Polo teve participação da Petrobras, da Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), do
governo estadual e do empresariado, sendo de acentuada relevância na industrialização do Nordeste
brasileiro.
Também foi criado o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CEPED), dirigido por Bautista
Vidal, que tinha por incumbência “desenvolver tecnologia e transferi-la gradualmente às
companhias nacionais” (ROCHA; RIBEIRO FILHO, 2015, p. 123). Esse trabalho no CEPED
visava extirpar o “pacote tecnológico externo, eliminar a necessidade de associação a empresas
estrangeiras e reduzir a participação da Petrobras, à medida que o setor privado nacional adquirisse
musculatura para liderar o processo” (ROCHA; RIBEIRO FILHO, 2015, p. 124).
Na criação deste polo petroquímico industrial, Bautista Vidal se reuniu diversas vezes com o
General Ernesto Geisel, que à época era presidente da Petrobras, com Paulo Vieira Belotti, chefe da
divisão de petroquímica do BNDS, e com o General Tácito Theophilo Gaspar de Oliveira, diretor da
SUDENE. Com base nesses encontros, Geisel tomou uma decisão importante na “397ª Reunião do
Conselho de Administração da Petrobras, em 14/01/1970, quando ficou assentado que a empresa
asseguraria o fornecimento de matérias-primas e lideraria a formação dos consórcios tripartites
sempre que necessário” (VIDAL, 2001a, p. 226). A partir daí foram criados os planos de ação e
organização (Decreto Estadual n. 21.913) propostos por Bautista Vidal para o funcionamento do
CEPED. Além disso, a Resolução n. 2/70
Autorizou a SUDENE a isentar os projetos do Polo de impostos federais; e a redação da
Exposição de Motivos nº 213 de 15/09/1971, que apresentou ao Presidente Emílio Médici o
esboço geral do Complexo e sugeriu que a Petroquisa se associasse a capitais privados para
formar uma empresa-piloto encarregada de especificar os detalhes técnicos do Polo. Com
aprovação presidencial, a empresa foi constituída em 12/01/1972 sob a denominação
COPENE – que 30 anos depois daria origem à Braskem S/A. (RIBEIRO FILHO;
VASCONCELOS; FREIRE JR., 2003, p. 6).

Com esse trabalho, Bautista Vidal se notabiliza na esfera federal e ficou conhecido no
terreno político e científico como grande conhecedor da questão energética. Paulo Vieira Belloti,
que era o principal executivo na implantação da petroquímica baiana, ex-secretário-geral do
ministro Severo Gomes, indicou o nome do cientista para o gabinete do Ministério do Planejamento
e Coordenação Geral.
Os anos 1960 foram palco de uma complexa transição nas estruturas econômica e social do
Brasil. O alvorecer dessa década é marcado pelo “fim de um período de crescimento acelerado na
economia” (PRADO; EARP, 2007, p. 209). Essa queda vertiginosa da nossa economia ensejou dois
debates que giraram em torno do “modelo de desenvolvimento baseado na substituição de
importações” (PRADO; EARP, 2007, p. 209). Devido a uma “confluência de fatores”, os militares
assumiram o poder, com a interdição da democracia, tomando as rédeas do país (FERREIRA;
GOMES, 2014, p. 38).
O principal período da pesquisa (1969-1979) é relevante pois Bautista Vidal assumiu
importantes cargos na direção da política energética do país. Esse foi um período de ruptura com a
democracia brasileira. Em consonância com Jorge Ferreira e Angela de Castro Gomes (2014, p.
276), as forças que depuseram João Goulart em 1964 tinham uma “ampla articulação militar e civil
com o objetivo de expurgar as principais lideranças trabalhistas e sindicalistas, principalmente as
ligadas ao CGT”.
Nilson Borges (2007, p. 16) atribui duas fases relevantes para interpretar com diligência o
papel das Forças Armadas na política brasileira: antes de 1964 e depois de 1964. Na primeira, os
militares “intervinham na política” e logo depois entregavam a “condução do Estado aos civis”,
regressando aos quartéis. Depois de 1964, sob o arrimo da “Doutrina de Segurança Nacional”,
perduraram no poder afastando os civis das decisões políticas, “transformando-se em verdadeiros
atores políticos”, para “dar ao regime uma fachada de democracia e legitimidade”.
A equipe econômica desse novo regime foi comandada por Octávio Gouvêa Bulhões e
Roberto Campos, ambos conhecidos internacionalmente por participarem do governo de Juscelino
Kubistchek durante a execução do seu plano de estatização em 1958 (SKIDMORE, 1988). Os
economistas “defendiam um modelo liberal de economia de mercado” para a “superação do atraso
econômico brasileiro” (PRADO; EARP, 2007, p. 212). Os ministros da esfera econômica de Castelo
Branco, depois de lograrem êxito com as “cirurgias previstas no AI-1”, tinham como dever
reorganizar o sistema capitalista, “modernizando-o como um fim em si mesmo e como uma forma
de conter a ameaça comunista” (FAUSTO, 1995, p. 470). Para a execução dessa tarefa, foi
inaugurado o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), primeiro passo rumo à modernização
do país. O Programa foi logo tratando de reduzir o “déficit do setor público, contrair o crédito
privado e comprimir os salários” (FAUSTO, 1995, p. 471). Esse reequilíbrio das contas públicas foi
possível mediante a melhoria das empresas estatais e com o “corte de subsídios a produtos básicos
como o trigo e o petróleo”, visto que os dois eram importados a uma taxa cambial mais baixa
(FAUSTO, 1995, p. 471). Todos esses “avanços” econômicos do PAEG só se realizaram mediante o
“regime autoritário”, que permitiu aos ministros tomarem decisões a expensas da “classe
trabalhadora, sem que esta tivesse condições de resistir” (FAUSTO,1995, p. 473).
Não obstante o crescimento econômico dos primeiros anos de implantação do PAEG, sem
demora irrompeu a crise mundial do petróleo. A questão do combustível fóssil sempre foi
importante para o crescimento do país, principalmente o da indústria automobilística, pois em 1969
o “Brasil importava então 80 por cento do seu petróleo” (SKIDMORE, 1988, p. 51). Quando
ocorreu o embargo desse combustível nos anos 1970, decretado pela Organização dos Países
Produtores de Petróleo (OPEP), o então presidente da República, General Ernesto Geisel, teve que
“alterar radicalmente sua política energética”, expandindo a Petrobras, especialmente na exploração
de petróleo em alto-mar. Também surgiu em seu governo uma alternativa ao uso do combustível
fóssil: “o álcool, que exigiria a destilação de etanol da biomassa (principalmente cana-de-açúcar)
para abastecer motores especialmente desenhados” (SKIDMORE, 1988, p. 295). Essa nova
alternativa energética recebeu o nome de Programa Nacional do Álcool (Proálcool).
Assim que assumiu a Presidência da República, em 1974, Ernesto Geisel, por intermédio do
seu ministro da Indústria e Comércio, Severo Gomes, convidou José W. Bautista Vidal para chefiar
a Secretaria de Tecnologia Industrial (VIDAL, 2001a). O Brasil importava, à época, 82% das suas
necessidades de petróleo e precisava mudar radicalmente a sua matriz energética. De acordo com
Francisco Carlos Teixeira da Silva (2007, p. 267), em 1975, não era mais possível “ignorar os
efeitos” da crise do petróleo, por isso a “ênfase foi dada ao Programa Nacional de Álcool, ao acordo
Nuclear com a Alemanha e à aceleração da construção das usinas hidrelétricas de Itaipu e Tucuruí”.
Era preciso encontrar uma alternativa à crise do petróleo. Foi aí que Severo Gomes nomeou Vidal
como secretário de Tecnologia Industrial: “conheci Severo quando tomei posse” (VIDAL, 2006).
Bautista Vidal mencionou que desse encontro fecundo nasceu o Pró-álcool, a primeira e única
alternativa mundial ao petróleo. Esse invento na área energética e tecnológica representou uma
verdadeira revolução na ciência dos trópicos, com profundas transformações econômicas, políticas
e sociais.
Na vida público-administrativa de Bautista Vidal, há que salientar, além de Vianna Filho, o
importante papel do ministro Severo Gomes, que, participando do governo Ernesto Geisel, o qual
abrigava personagens das mais diversas matizes ideológicas, como Mário Henrique Simonsen,
Shigeaki Ueki e João Paulo dos Reis Veloso, convidou o professor de termodinâmica para chefiar a
Secretaria do Ministério da Indústria e do Comércio. O governo Geisel possuía imensas
contradições, a “começar pelas presenças díspares de personalidades”, como as descritas acima, e
pelo controle tecnológico do “Ministério da Indústria e Comércio pelo General Golbery do Couto e
Silva e pelo economista João Paulo dos Reis Veloso” (ROCHA; RIBEIRO FILHO, 2015, p. 127).
O engenheiro civil Bautista Vidal foi um dos primeiros cientistas em âmbito nacional e
internacional a ter projetado a substituição do hidrocarboneto (combustível fóssil) pelo hidrato de
carbono (combustível vegetal), rompendo com a lógica dependente da importação de energias
(VIDAL, 1987). Esteve presente ativamente na história política brasileira nos finais dos anos 1960 e
nos anos 1970, estando presente até o fim da sua vida, em 2013. Sua trajetória tem vital importância
para a compreensão desse período, pois suas contribuições à frente das secretarias e dos ministérios
podem enriquecer os estudos e o entendimento da economia, política e sociedade brasileira em
nossos dias.
A pesquisa faz uma análise biográfica em torno das ações políticas do cientista José W.
Bautista Vidal, não apenas entre 1969 e 1979, período em que se concentram suas principais
ocupações político-administrativas, mas também no que se refere às atividades posteriores, como
escritor, professor, conferencista; além da aproximação que teve dos líderes políticos de cunho
nacionalista (apesar dos extremismos), como Leonel Brizola (PDT) e Enéas Carneiro (Prona), bem
como de movimentos sociais, por meio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Metodologia e fontes
O gênero biográfico, apesar de ainda ser entre historiadores motivo de desconfianças, traz
agarrado em seu bojo o papel do indivíduo na história. A biografia é um processo de escrita
contínua e não deve ser encarada como um fim em si mesmo. Ela parte do pressuposto que, se
existe uma funcionalidade para sua criação, esta se insere no campo da construção da história, nas
reflexões historiográficas sobre eventos e períodos específicos. Para escrever a vida e sobre a vida
de alguém, é preciso assumir riscos e consequências de um horizonte inacessível. Avelar e Schmidt
(2012, p. 23) informam que a biografia ocupa cada vez mais espaço nas agendas dos historiadores
por apresentar-se com uma relativa “democratização dos personagens biografados”.
Há, contudo, nesse gênero, uma questão de ordem que toca no ponto de “hierarquização”.
Nos olhares diferenciados que podem assumir a construção biográfica e assim produzir diversos
sentidos, escreveu o historiador Benito Schmidt (1997). Jornalistas e outros profissionais literários
também escrevem biografias, entretanto, para os historiadores, elas se situam em um espaço
“portador de regras e protocolos próprios de investigação”, que na maioria das vezes passam
despercebidos por esses outros profissionais (SCHMIDT, 1997).
Os historiadores escrevem biografia baseados em fatos e problemas concretos de pesquisa,
com métodos diferenciados para compor a narrativa sobre seu personagem. A biografia deve
envolver a construção de um problema assentado em referenciais teóricos e metodológicos, em uma
revisão da historiografia e em uma pesquisa sólida de fontes (SCHMIDT, 2000). O historiador
francês François Dosse (2009, p. 55), no livro O desafio biográfico: escrever uma vida, define o
gênero biográfico e a tarefa do historiador desta forma:

Gênero híbrido, a biografia se situa em tensão constante entre a vontade de reproduzir um


vivido real passado, segundo as regras da mimesis, e o polo imaginativo do biógrafo, que
deve refazer um universo perdido segundo sua intuição e talento criador. Essa tensão não é,
decerto, exclusiva da biografia, pois a encontramos no historiador empenhado em fazer
história, mas é guinada ao paroxismo no gênero biográfico, que depende ao mesmo tempo
da dimensão histórica e da dimensão ficcional.

Imprescindível a análise de Bautista Vidal dentro das características de


seu tempo. É como se um não existisse sem a presença ou influência dos aspectos pertinentes ao
cenário da época em que viveu. Para Pierre Bourdieu (2001), a tentativa de narrar uma trajetória
sem levar em conta o contexto, a superfície social na qual o sujeito ocupa uma diversidade de
campos a todo instante é o que se configura como ilusão biográfica. Diante disso, a proposta é
considerar o contexto no qual o personagem viveu e as atividades desempenhadas por ele nos
múltiplos campos que atuou, tentando minimizar o risco de cair nessa ilusão.
Outro aporte metodológico na elaboração biográfica consiste no conceito de “representações
sociais” elaborado Pierre Bourdieu (1996). Em consonância com o pensador, na realidade social, os
indivíduos classificam outros indivíduos e a si próprios por meio das “estratégias simbólicas de
apresentação e representação de si” (BOURDIEU, 1996, p. 110). Elas podem contribuir para
produzir “o que aparentemente elas descrevem ou designam, ou seja, a realidade objetiva”
(BOURDIEU, 1996, p. 110). Existem as representações mentais e as objetivas, a primeira é
classificada como os “atos de percepção e de apreciação, de conhecimento e de reconhecimento, em
que os agentes investem seus interesses e pressupostos” (BOURDIEU, 1996, p. 110); já as objetivas
(insígnias, bandeiras, símbolos, emblemas, cartazes, biografias) são “estratégias interessadas de
manipulação simbólicas tendentes a determinar a representação (mental) que os outros podem
construir a respeito tanto dessas propriedades como de seus portadores” (BOURDIEU, 1996, p.
111).
Fazer a biografia de um ator que participou com tamanha relevância da política energética
do país implica no que François Dosse (2009, p. 375) escreveu como sendo o “gesto que é o seu,
próprio de seu ser, sabendo que este é suscetível de múltiplas alterações e modificações”. O prisma
dado às contradições que a história assumiu no período pode lançar luz na compreensão dos
desafios e superações que Bautista Vidal enfrentou no curso de sua existência. O caminhar
metodológico proposto estará sempre preocupado em avaliar cada momento vivido pelo cientista,
considerando que a biografia é uma relação entre “a atividade principal do sujeito biografado e seus
engajamentos políticos” (DOSSE, 2009, p. 384). Atenção especial é dada a cada um dos detalhes
que compuseram o percurso compreendido entre sua formação acadêmica até sua morte, tomando
cautela nas asseverações para que não se tornem tendenciosas e comprometam a interpretação
histórica da biografia.
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