PDUL - MOP-Volume 2 - Manual de Planificacao-Monitoria e Avaliacao Do PDUL - 30!09!20 - PIU - CLEAN - Aprovado - BM

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATALE FUNÇÃO PÚBLICA

UNIDADE DE GESTÃO DO PROJECTO - UGP

PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO URBANO E LOCAL


(PDUL)

MANUAL DE PLANIFICAÇÃO
MONITORIA E AVALIAÇÃO DO PDUL
Volume 2

Versão Final

Maputo, Setembro 2020

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 1


Índice

1. Introdução.............................................................................................................................................. 3

2. Parte 1 – Planificação do PDUL ........................................................................................................... 5

3. Parte 2 - Monitoria e Avaliação do PDUL ............................................................................................ 9

4. ANEXO I............................................................................................................................................. 19

5. IRI 2.4: Número de municípios participantes que realizaram avaliação de desempenho dos
funcionários e agentes municipais............................................................................................................... 27

6. ANEXO II ........................................................................................................................................... 29

8. PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO, MONITORIA E AVALIAÇÃO ............................................... 30

Lista de Tabelas

Tabela 1- Resumo dos conceitos associados ao processo de gestão do PDUL/Planificação – PDO ............ 5

Tabela 2 - Resumo dos Conceitos Associados ao Processo de Gestão do PDUL/Planificação -


Componentes ................................................................................................................................................. 6

Tabela 3- Comparação entre Monitoria de Desempenho e de Projecto ...................................................... 12

Tabela 4 - Matriz do Fluxo Global de Monitoria ........................................................................................ 14

Tabela 5 - Percentagem de crescimento das respostas às cartas de gestão do auditor externo ................... 26

Tabela 6 - Número de municípios com FMIS implementado ..................................................................... 27

Tabela 7 - Percentagem de Crescimento de receitas próprias ano .............................................................. 28

Lista de Figura

Figura 1 - Ligações Lógicas no âmbito do Plano de um Projecto de Desenvolvimento............................... 5

Figura 2 - Procedimentos do processo de Monitoria e Avaliação do PDUL ................................................ 9

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 2


1. Introdução

O presente Manual tem como objectivo apresentar os procedimentos de planificação, monitoria, incluindo
a área de prestação de contas e avaliação e pretende igualmente ser um instrumento a utilizar por todos os
intervenientes-chave na implementação do PDUL bem como um instrumento de aprendizagem
organizacional e de disseminação da informação sobre este Projecto.

Assim, o Manual é mais abrangente do que um quadro (framework) típico de monitoria e avaliação
(M&A) pelo seguinte: não enfatiza apenas a monitoria e avaliação do Projecto mas também o
desempenho da gestão que constitui uma abordagem mais vasta na qual se incluem os conceitos de
planificação, monitoria e avaliação do Projecto como sistema e de forma integrada.

A nível organizacional, o desempenho da gestão refere-se a: (i) recolha da informação acerca do


desempenho através de processos periódicos de Monitoria e Avaliação; (ii) avaliação e análise dos dados
recolhidos; (iii) utilização dessa informação nos processos de decisão; (iv) inclusão de recomendações no
redesenho do Projecto e; (v) disseminação dos resultados aos intervenientes-chave.

A planificação, monitoria e avaliação incluindo as medidas de responsabilidade social e equidade de


género, serão geridos e coordenados pelo Unidade de Gestão do Projecto utilizando informações
recolhidas das instituições implementadoras do PDUL.

O Quadro de Resultados do Project Appraisal Document – PAD definiu as modalidades e frequências de


recolha de dados-chave sobre resultados, incluindo relatórios de progresso dos sub-projectos, estudos de
avaliação de terceiros e pesquisas específicas de membros da linha de base (‘base line”) e pós-
intervenção.

O Manual está metodologicamente estruturado em duas partes complementares, nomeadamente:

• Parte 1 - Aspectos relevantes em que se sustenta a Planificação do PDUL e que permitem a


elaboração de um quadro de desempenho que orienta a implementação do Projecto. Este quadro
de desempenho está baseado numa cadeia de causalidade que define objectivos, indicadores,
metas, prazos e responsabilidades pelo alcance dos resultados e que explica a lógica que orienta a
intervenção das áreas-chave do Projecto e define os principais conceitos utilizados;
• Parte 2 - Apresenta o Quadro de Resultados para o PDUL que cria condições objectivas para a
monitoria e avaliação do Projecto utilizando um conceito mais abrangente que inclui a monitoria,
avaliação e prestação de contas.

O Manual tem dois anexos de natureza Estratégica e Operacional nomeadamente:


Anexo I - Guião Metodológico para a Recolha e Medição dos Indicadores do Quadro de Resultados
do PDUL: este documento tem como objectivo principal definir uma Metodologia de Recolha e Medição
dos Indicadores de Desempenho do Quadro de Resultados do PDUL. Para avaliar o desempenho do
PDUL foram definidos 2 Indicadores do Objectivo de Desenvolvimento (PDO) e 12 Indicadores de
Resultados Intermédios dedicados a medir a efectividade e eficiência do Projecto. A selecção destas
dimensões indica a grande preocupação com produtos e resultados que podem produzir impactos directos
na vida das pessoas vivendo nos 22 municípios participantes das províncias de Gaza, Sofala, Zambézia e
Niassa.
Este documento, foi elaborado com base nos seguintes instrumentos de referência: (i) Quadro de
Resultados do Project Appraisal Document (PAD); (ii) Nota Metodológica sobre Indicadores do Projecto;
(iii) Projecto Sobre Cidades e Mudanças Climáticas (PCMC); (iv) Indicadores para Avaliar o

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 3


Desempenho de Prefeituras Municipais do Brasil e, (v) Guião Metodológico para Monitoria dos
Indicadores e Metas do PROMAPUTO II do Município de Maputo.
Anexo II – Sistema de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – Este documento é constituído
por um conjunto de módulos concebidos para funcionar em forma electrónica e de maneira integrada no
processo de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL. Este processo, inclui 9 sub-processos,
nomedamente: (S1) Planificação e orçamentação anual; (S2) Controlo e reporting orçamental: Registo de
Orçamentação; (S3) Monitoria de actividades e contratos; (S4) Monitoria de indicadores do Projecto; (S5)
Monitoria do nível de satisfação: (S5.1) Satisfação da Assistência Técnica (AT) dos Municípios, (S5.2).
Satisfação em relação aos investimentos; (S6) Monitoria de Investimentos dos Municípios; (S7)
Avaliação de Meio-Termo e (S8) Avaliação Final.

De referir que os primeiros 7 sub-processos serão suportados por seis módulos de M&A, nomeadamente:
(M1). Monitoria de indicadores de desempenho; (M2). Planificação e monitoria de actividades; (M3).
Monitoria dos investimentos dos municípios; (M4). Gestão financeira e orçamental; (M5). Monitoria da
opinião de beneficiários e (M6). Comunicação e coordenaçāo interna.

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 4


2. Parte 1 – Planificação do PDUL

Uma abordagem relevante para o desenho dos projectos de desenvolvimento envolve a realização de um
conjunto de intervenções planificadas orientadas por uma hipótese de desenvolvimento para a melhoria de
uma determinada situação ou situações que afectam negativamente a um determinado grupo ou grupos-
alvo.
As hipóteses sobre a situação, as acções e as relações de causa e efeito realizam-se através de
pesquisa/diagnóstico, senso comum, experiência e avaliação dos riscos que vão facilitar uma melhor
estimativa e intervenções que serão necessárias para se atingir o objectivo de desenvolvimento
pretendido. Abaixo (Figura 1) o modelo lógico que sustenta e justifica um projecto de desenvolvimento.
Figura 1 - Ligações Lógicas no âmbito do Plano de um Projecto de Desenvolvimento

Fonte: Adaptado pela UGP, Junho de 2020

Compreender claramente as ligações de causa e efeito é fundamental para o desenho de um sistema de


gestão do desempenho baseado na perspectiva de entradas em forma de competências e recursos (inputs)
para realizar actividades visando a obtenção de produtos associados a resultados intermédios (outcomes)
que devem contribuir para os resultados finais associados com o objectivo de desenvolvimento do
Projecto (PDO). Assim, é preciso aassegurar que as componentes, os objectivos, os resultados esperados e
actividades estão bem estruturados e constituem uma opção sólida para alcançar o objectivo de
desenvolvimento definido (vide a tabela 1 abaixo).
Tabela 1- Resumo dos conceitos associados ao processo de gestão do PDUL/Planificação – PDO

Objectivo de
Indicadores do Meios de
Desenvolvimento Uso da Informação do Produto do Projecto
PDO verificação
do Projecto (PDO)
Os dados provenientes destes indicadores ajudarão a confirmar-se se
Fortalecer o está no caminho certo para atingir o PDO. Os indicadores procuram
desempenho # de beneficiários Estatísticas da medir especificamente os impactos mais importantes do PDUL. Os
institucional e prover directos com população local das dados recolhidos darão suporte ao processo de melhoria continua da
melhor infra- melhor infra- zonas de intervenção gestão do PDUL. Os recolhidos serão utilizados para a enriquecer a
estrutura e serviços estrutura básica e (INE) vs. relatórios de base de dados de lições aprendidas e boas práticas que serão utilizadas
melhorados às serviços no âmbito execução dos para o desenho de novos projectos ou para a justificação, expansão e
entidades locais do Projecto projectos do SDM consolidação do PDUL.
participantes. As tendências positivas nos dados registados permitirão criar bases
para validar o racional utilizado para sua implementação.
Fonte: PAD

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 5


Tabela 2 - Resumo dos Conceitos Associados ao Processo de Gestão do PDUL/Planificação - Componentes
Uso da Informação do
Objectivos da Componente 1 Indicadores da Componente Meios de verificação
Produto do Projecto
# de pessoas com acesso melhorado a estradas
urbanas
Dos quais 50% são mulheres
Aumento da sustentabilidade financeira do
SWM (percentagem dos custos operacionais
cobertos pela taxa de SWM) em todos os
municípios que se qualificaram para o SDM (%)
# de municípios com novos planos territoriais Estatísticas locais dos municípios
Componente 1: Infra-estrutura Urbana e para toda a cidade/município (PEUM ou PGU) Relatórios de execução dos
Serviços Municipais
# de municípios com 1 ou mais planos sectoriais projectos do SDM, Relatórios de
de infra-estrutura preparados aprovados Avaliação Anual de Desempenho,
Objectivo:
Relatórios trimestrais do
Fornecer financiamento para melhorar a % de maximização do financiamento para o Município, Contratos assinados e
infra-estrutura urbana e os serviços desenvolvimento urbano alavancada por implementados,
municipais, bem como fortalecer a investimentos privados Resoluções/Deliberações,
capacidade de gestão urbana, nos
Visitas / observação directa
municípios participantes. Aumento na cobertura (% da população) usando
melhores serviços de saneamento municipal
Dos quais 50% são mulheres
# de municípios com 50% ou mais de todos os
arquivos de terra registados num sistema de
informação de gestão de terras (Número) Os indicadores devem ser
# de pessoas com acesso melhorado a estradas acompanhados ao longo da
urbanas vida do Projecto utilizando
escalas de referência.
Objectivos da Componente 2 Indicadores da Componente Meios de verificação Embora cada indicador em
si reflicta o produto final
que será conseguido nos
Aumento percentual das recomendações de últimos anos do Projecto as
Carta de Gestão e, ou verificação balizas / linhas de base que
auditoria externa em média implementados em
das recomendações implementadas antecedem o produto final
todos os municípios (%)
serão acompanhadas no
início do Projecto para se
Componente 2: Reformas de Políticas de
Sistema reformado para transferências fiscais garantir um progresso
Descentralização e Fortalecimento Despacho do MEF sobre a Fórmula
intergovernamentais aprovado e divulgado satisfatório mais para o
Institucional de transferências fiscais
publicamente (Sim/Não) fim. Se o progresso em
Objectivo:
função dos dados das
Melhorar os recursos, o desempenho e a
balizas / linhas de base não
prestação de contas dos municípios,
# de municípios participantes com o Sistema de Resolução da AM que aprova o forem os esperados, este
províncias e distritos para (i) melhorar as
Informação de Gestão Financeira em Sistema de SIGEF operacional, facto constituirá uma
políticas e, conforme necessário, o marco
funcionamento/operacional observação directa indicação logo à partida de
legal e regulatório sobre a descentralização
que o objectivo final para
fiscal e os recursos humanos, e (ii) melhorar
cada indicador também
as funções fundamentais de gestão do sector # de municípios participantes que realizaram Relatórios trimestrais dos
estará atrasado pelo que
público nos níveis provincial, municipal e avaliação de desempenho dos funcionários e municípios, cadernetas do Sistema
deverão ser definidas
distrital. agentes municipais de avaliação de Desempenho
acções correctivas
necessárias e realistas.
# de municípios (participantes) que alcançam as Relatórios Trimestrais dos
metas previstas do crescimento anual da receita municípios, Relatório da Avaliação
própria Anual de Desempenho

Objectivos da Componente 3 Indicadores da Componente Meios de verificação

Componente 3: Gestão do Projecto


Objectivo:
Financiar os custos de preparação e gestão
Grau de satisfação dos parceiros (stakeholders) Relatórios de avaliação do
de implementação do Projecto, incluindo
chave com o desempenho da UGP desempenho da UGP
estudos técnicos, equipa da unidade de
gestão da implementação de projectos e
seus custos operacionais.
Componente 4: Contingência de Resposta
à Emergência
Objectivo:
Facilitará o acesso ao financiamento rápido Relatórios Trimestrais dos
pela realocação de fundos do Projecto não Reabilitadas as infra-estruturas danificadas e em municípios, Contratos assinados e
comprometidos em caso de desastre natural, funcionamento os serviços públicos e negócios implementados, visitas, observação
seja por uma declaração formal de uma directa
emergência nacional ou regional ou
mediante solicitação formal do Governo de
Moçambique

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 6


Pressupostos Críticos do Sistema de Gestão do Desempenho do PDUL
Para facilitar o alcance dos resultados apresentados no quadro de resultados através da implementação de
de actividades integradas nos planos de cada componente é necessário garantir um conjunto de
pressupostos fundamentais utilizados normalmente na implementação de projectos, nomeadamente:

• O apoio financeiro dos doadores e os fundos de contrapartida do governo devem estar disponíveis
de acordo com os orçamentos das actividades a um nível necessário para sustentar as actividades
do PDUL.
• Apoio e empenho do Governo e das instituições/agências executoras para a implementação.
• Todos os intervenientes estão interessados, informados e envolvidos nas reformas nas áreas de
intervenção definidas no quadro de resultados do Projecto.
• Há um conhecimento profundo sobre as competências existentes e as necessidades de melhoria
para facilitar a implementação das actividades planificadas.
• O nível de desenvolvimento institucional das instituições/agências implementadoras está alinhado
com os critérios requeridos para a implementação dos mecanismos de financiamento definidos no
Projecto.
O acompanhamento sistemático destes pressupostos críticos deve constituir uma parte integrante do
processo de gestão do desempenho uma vez que as mudanças verificadas na situação de qualquer um
destes factores têm o potencial de afectar significativamente os resultados do PDUL. Desta forma
considera-se como uma acção crítica a recolha de informação para garantir a realização das acções de
melhoria da qualidade e cumprimento dos prazos requeridos para obtenção dos recursos.

Principais Responsabilidades dos Intervenientes no Sistema de Gestão de Desempenho do PDUL

As principais responsabilidades identificadas no âmbito do processo de gestão do desempenho do PDUL


envolvendo os sub-processos de planificação, monitoria e avaliação são apresentados a seguir.

A planificação, monitoria e avaliação da implementação do PDUL será da responsabilidade de todas as


estruturas orgânicas integrantes do Projecto UGP do PDUL, MAEFP (DNDA), MEF (DNOP), MOPHRH
(DNHU), MTA (DNTDT), UGP do PDUL , Equipa Técnica Provincial do PDUL e Municípios, sendo
que cada uma delas é chamada a assumir diferentes níveis de responsabilidade. Para além disso, grande
parte dos processos de planificação estratégica e avaliação serão realizados sob a coordenação da UGP do
PDUL, recorrendo-se à contratação de serviços externos sempre que se considere necessário.

Unidade de Gestão do PDUL GP deve:


a) Assegurar que o sistema de planificação, monitoria e avaliação do PDUL esteja a ser
implementado de forma contínua e como determinado, o que inclui a recolha e tratamento de
informação em momentos específicos durante o ano fiscal e a sua disseminação por todos os
intervenientes interessados.
b) Assegurar que os responsáveis pelas diferentes estruturas orgânicas compreendem os seus papéis
e submetem a informação ao PDUL e às outras equipas nos momentos em que a mesma é
necessária.
c) Avaliar a qualidade dos dados obtidos pelos vários responsáveis.
d) Promover a capacitação dos recursos humanos envolvidos nos processos de planificação,
monitoria e avaliação.
e) Organizar as Reuniões do Comité Directivo no âmbito da monitoria da Implementação do PDUL.

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 7


f) Gerir os processos de preparação dos Relatórios Trimestrais, Semestrais e Anuais de
Implementação do PDUL.
g) Coordenar os processos de contratação dos serviços externos para a realização das avaliações de
implementação do Projecto.

Ministérios: MAEFP (DNDA), MEF (DNPO), MOPHRH (DNHU) e MTA (DNTDT) - Assegurar que
a informação recolhida seja de qualidade nos níveis de implementação e monitoria das actividades e
indicadores de desempenho.

Equipa Técnica Provincial do PDUL:


a) Assegurar que o sistema de planificação, monitoria e avaliação do PDUL ao nível dos municípios
participantes esteja a ser implementado de forma contínua e como determinado, o que inclui a
recolha e tratamento de informação em momentos específicos durante o ano fiscal e a sua
disseminação por todos os intervenientes interessados.
b) Assegurar que os responsáveis pelas diferentes vereações integrantes do PDUL compreendem os
seus papéis e submetem a informação a Equipa Técnica Provincial e aos outros órgãos nos
momentos em que a mesma é necessária.
c) Avaliar a qualidade dos dados obtidos pelos vários responsáveis.
d) Promover a capacitação dos recursos humanos envolvidos nos processos de planificação,
monitoria e avaliação dos municípios da província.
e) Apoiar nos processos de preparação dos Relatórios Mensais, Trimestrais, Semestrais e Anuais de
Implementação do PDUL.

Municípios:
a) Assegurar que a planificação das actividades com os fundos do PDUL esteja integrada no Plano
de Actividades e Orçamento do Município e aprovado pela Assembleia Municipal.
b) Assegurar a recolha e análise de informação sobre os indicadores de desempenho, bem como da
implementação das actividades de forma contínua de acordo com a Metodologia e momentos
definidos e a sua tramitação à Equipa Técnica Provincial do PDUL.
c) Avaliar a qualidade dos dados recolhidos no terreno.
Neste contexto, a UGP, através Monitoria e Aavaliação, tem a responsabilidade de coordenar todo o
processo de preparação do Plano Anual de Actividades e Orçamento com as instituições ou agências de
implementação.
O Plano Anual de Actividades e Orçamento deve agregar todas as actividades detalhadas a serem
desenvolvidas pelas instituições ou agências de implementação num determinado ano e deve obedecer em
simultâneo aos calendários do Governo de Moçambique e do Banco Mundial. Para o efeito, as
Instituições ou Agências de Implementação, devem iniciar o ciclo de planificação com a revisão do plano
do ano em exercício e identificação, ao nível do “Project Appraisal Document – PAD” e Manual de
Operações do PDUL (MOP) – Volume 7 sobre o Manual de Subvenções de Desempenho Municipal, de
actividades que ainda não tenham sido implementadas em cada uma das componentes ou sub-
componentes do Projecto.

Com base nessa análise, é efectuada a previsão das actividades a desenvolver e de recursos a aplicar no
ano subsequente (n+1), tendo em conta: (i) contribuição explícita dessas actividades para o alcance do
Objectivo de Desenvolvimento do Projecto (PDO); (ii) o orçamento alocado para essa componente ou
sub-componente; (iii) eficiência das actividades / sub-componentes; (iv) cálculo do custo; (v) os
indicadores de impacto e de resultados intermediários previstos no quadro de monitoria de resultados.

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 8


Concluída essa análise, os responsáveis das componentes, em coordenação com a sua equipa e os
Municípios deverão preparar e submeter à UGP uma proposta de Plano de Actividades para o ano
seguinte, (n+1), assim como o respectivo orçamento, até ao dia 1 de Outubro do ano em exercício (n), de
acordo com os critérios acima mencionados ou outras regras e orientações metodológicas que venham a
ser indicadas pela UGP.

Com base nas contribuições provenientes das Instituições/Agências de Implementação, a UGP, elabora o
Plano de Actividades e Orçamento, o Plano de Desembolsos e o de Procurement para o ano seguinte
(n+1). Estes planos são detalhadamente discutidos, em reuniões separadas com cada instituição/agência
de implementação para a obtenção de consensos sobre as actividades e os custos. O resultado desse
trabalho é o Plano Anual de Actividades e Orçamento que será submetido ao Governo e Banco Mundial
para apreciação, comentários e não objecção, até 1 de Novembro de cada ano e finalmente submetidos à
aprovação pelo Comité Directivo do Projecto até 10 de Dezembro do ano em exercício.

3. Parte 2 - Monitoria e Avaliação do PDUL

As actividades de Monitoria e Avaliação do Projecto, bem como a avaliação do impacto do Projecto, são
executadas pela UGP, através Monitoria e Avaliação, com apoio dos Gestores das Componentes e
Técnicos das Equipas Técnicas Provinciais do PDUL. Tem por objectivo o fornecimento, de forma
permanente e contínua, de informações de gestão para o Coordenador do Projecto, Comité Directivo,
Banco Mundial e demais intervenientes para: (i) aferir, se o Projecto está a atingir os objectivos e
resultados esperados; (ii) fornecer regularmente informações sobre o progresso na implementação das
actividades a fim de permitir a tomada de decisões informadas bem como realizar os ajustes que podem
contribuir para melhorar a implementação, por um lado e por outro, a gestão permanente do dia a dia; iii)
comparar a situação “planificada” com a “situação real de execução”, e verificar o grau do progresso no
alcance dos resultados esperados, bem como tomar medidas correctivas, caso se mostre necessário.
Como instrumento de apoio para desenvolvimento dessas actividades, a UGP conta com um sistema de
monitoria e avaliação do PDUL implantado e operando desde o início de implementação do Projecto, o
que permitirá a elaboração dos diferentes Relatórios regulares, conforme as exigências do Governo e do
Banco Mundial.
Os principais procedimentos do processo de monitoria e avaliação do sistema de gestão de desempenho
do PDUL se apresentam na figura a seguir:
Figura 2 - Procedimentos do processo de Monitoria e Avaliação do PDUL

Fonte: UGP-PDUL

Todos estes procedimentos do processo de Monitoria e Avaliação estão inter-relacionados e para que o
sistema funcione de forma eficiente estas ligações têm que ser entendidas e operacionalizadas por todas as
unidades organizacionais envolvidas.

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 9


PROCEDIMENTO - RECOLHER E ANALISAR INFORMAÇÃO DOS INDICADORES DE
PERFORMANCE
São utilizados um conjunto de indicadores classificados de acordo com os critérios normalmente
utilizados para a monitoria e avaliação de projectos, nomeadamente:

a) Indicadores do nível do produto para medir a realização no âmbito das actividades integradas nos
resultados esperados. Este grupo está constituído pelos indicadores do nível do produto que irão
acompanhar o progresso através da implementação de actividades. Estes indicadores são blocos
cruciais que contribuem para gerar os resultados a nível do produto. Como tal, é importante que
exista um mecanismo que permita identificá-los de modo a possibilitar a sua integração nos
dados referentes aos resultados.
b) Indicadores dos contributos e resultados (input e output) associados a cada uma das 4
componentes do PDUL para cada componente. Estes indicadores intermédios de resultados
identificam o progresso ao nível das 4 componentes do PDO.
c) Indicadores de impacto do PDO do quadro de resultados do Projecto.

Caracterização do Indicador e Responsabilidades de Recolha de Dados


A caracterização e responsabilidades específicas de cada tipo de indicador encontram-se especificados no
documento de referência designado “Guião Metodológico Para a Recolha e Medição dos Indicadores do
Quadro de Resultados do PDUL” em anexo ao presente Manual de Planificação Monitoria e Avaliação.
A caracterização dos indicadores inclui os seguintes elementos: descrição, metodologia, fonte de
informação e responsável.
As instituições/agências implementadoras do PDUL são responsavéis pela recolha, análise e
processamento dos dados, bem como da sua submissão à área de Monitoria e Avaliação. Além disso, os
dados secundários recolhidos pelas instituições de terceiras partes também podem ser usados em alguns
casos. Contudo, a equipa de monitoria e avaliação da UGP-PDUL será responsável por trabalhar com as
instituições beneficiárias no sentido de garantir que os seus processos de recolha de dados sejam sólidos e
os dados recolhidos, documentados, analisados e reportados à UGP-PDUL sejam de boa qualidade.

Avaliação da Qualidade dos Dados


É essencial garantir que os dados sobre o desempenho sejam de boa qualidade. Os dados de má qualidade
colocam dois problemas aos gestores de projectos: (1) limitam significativamente uma tomada de
decisões correcta pelos gestores de todas as áreas onde foram definidos indicadores. (2) tornam
assimétrica a informação usada para efeitos de elaboração de relatórios. Para se medir e atribuir resultados
de uma forma exacta – tanto para as necessidades de elaboração de relatórios, como de gestão – a equipa
de monitoria e avaliação da UGP-PDUL deve garantir que trabalha com dados de boa qualidade.

Os dados de qualidade devem satisfazer pelo menos três critérios chave, nomeadamente:
a) Validade - devem representar, de uma forma clara, directa e adequada, o resultado que
pretendem medir. Os erros de medição, a amostragem não representativa e até mesmo os simples
erros de transcrição podem ter um impacto negativo na validade dos dados.
b) Fiabilidade/Credibilidade - o processo de recolha e análise de dados deve ser estável e
consistente ao longo do tempo. As variações nos métodos de recolha dos dados podem interferir
com os esforços visando julgar o progresso do desempenho com exactidão (Por exemplo, um
teste à fiabilidade dos dados é se uma pessoa diferente pode voltar atrás reproduzindo o processo
de recolha de dados e obter os mesmos dados que o investigador inicial).
c) Temporalidade/Oportunidade - os dados devem estar disponíveis com bastante frequência e ser
suficientemente actualizados de modo a informar a tomada de decisões pelos gestores. Os dados
Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 10
recolhidos de forma não frequente, intermitente ou ainda dados desactualizados produzem pouca
informação útil para a tomada de decisões. Obviamente que este aspecto deve ser ponderado em
função de questões de ordem prática, tais como a relação de custo-eficácia.
Como já foi mencionado, a área de monitoria e avaliação da UGP-PDUL não será responsável pela maior
parte da recolha de dados no âmbito do Projecto pelo que deverá criar condições para garantir que as
instituições que procedem à recolha de dados possuam sistemas sólidos para garantir a qualidade dos
mesmos. As principais condições que devem ser criadas são as seguintes:

a) Garantir que os beneficiários tenham um entendimento claro do indicador, da sua definição


precisa e do processo de recolha e de análise dos dados. Este aspecto torna-se ainda mais crítico
quando mais de uma instituição recolhe dados referentes a um único indicador. Para assegurar um
bom entendimento sobre conceitos e mecanismos de implementação deve existir uma estratégia
de comunicação e um conjunto de eventos que assegurem as oportunidades para a partilha de
informação visando que todos os intervenientes estejam familiarizados com a folha de referência
relativa ao (s) indicador (es) em função dos quais se recolhem os dados.
b) Elevar o grau de sensibilização e de entendimento, por parte das instituições beneficiárias, em
relação aos protocolos e às melhores práticas de recolha de dados, bem como de questões e
possíveis problemas associadas à qualidade dos dados. A equipa de monitoria e avaliação da
UGP-PDUL irá realizar acções de formação (workshops, seminários) de curta duração para os
beneficiários sobre tópicos relacionados com o desempenho com particular ênfase na qualidade
dos dados.
c) Enfatizar a importância da manutenção de registos exactos e garantir que os beneficiários
mantenham registos de dados não processados.
d) Efectuar avaliações da qualidade dos dados. Isto deve ser feito sistematicamente (no mínimo uma
vez por ano) relativamente a todas as fontes de dados. A avaliação da qualidade dos dados não
tem que ser complicada. No mínimo, deve basear-se no seguinte processo:
• Revisão dos Dados Sobre o Desempenho - consiste em examinar os procedimentos de
recolha, processamento e manutenção de dados e verificar pontos de dados aleatórios
reportados à UGP-PDUL em função dos dados não processados.
• Verificar os Dados em Função dos 3 Critérios Supracitados - se forem constatadas
limitações na qualidade de dados, recomendar e apoiar as instituições intervenientes para
eliminar ou minimizar o seu impacto negativo.
Documentar as Conclusões - documentar as conclusões da avaliação na folha de referência dos
indicadores. Manter a documentação de suporte nos arquivos.

PROCEDIMENTO - REALIZAR AVALIAÇÕES E OUTRAS E OUTRAS ANÁLISES


A monitoria do desempenho regular e programada requer um nível de simplicidade e de praticabilidade
nos esforços de recolha de dados. Os indicadores de desempenho só conseguem “mostrar” o progresso e
determinar “o que” está a acontecer.
Assuntos mais complexos relacionados com a gestão são mais difíceis de ser avaliados considerando que
não é possível através de indicadores simples determinar e explicar as razões pelas quais ocorrem
determinados resultados.
Nestes casos podem ser utilizadas outras avaliações e estudos especiais que são formas em que a equipa
da UGP-PDUL pode complementar os resultados da monitoria do desempenho de rotina com uma análise
mais rigorosa e aprofundada sobre tópicos de interesse especial.

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 11


Na tabela 3 a seguir se apresentam as diferenças entre a monitoria do desempenho e avaliação do
Projecto.
Tabela 3- Comparação entre Monitoria de Desempenho e de Projecto

Monitoria do Desempenho Avaliação do Projecto

• Enfoque sobre se os resultados estão ou • Enfoque em porque / como os resultados estão/ não
não a ser atingidos estão a ser atingidos
• Contínua, rotineira • Ocasional e selectiva
• Muitas vezes quantitativa (embora possa • Quantitativa e qualitativa
ser qualitativa) • Um processo estruturado e analítico desenhado para
• Contribui para a tomada de decisões responder a questões tais como:
o A validade da hipótese
o Progresso inesperado
o Expectativas do cliente
o Sustentabilidade
o Impactos não pretendidos
o Lições aprendiadas
• Apresenta recomendações à direcção

Fonte: UGP-PDUL

O conteúdo das potenciais avaliações e estudos especiais a serem realizados no futuro para o PDUL serão
indicados ao longo do processo de implementação. A lista deve ser revista periodicamente (por exemplo,
durante as avaliações anuais do PDUL) e, caso seja identificada alguma necessidade, devem ser
acrescentadas avaliações adicionais.

PROCEDIMENTO - REVER E ANALISAR A INFORMAÇÃO DE DESEMPENHO E TOMAR


DECISÕES

Revisões do Desempenho
A revisão, por parte da gestão, dos dados sobre o desempenho e a análise associada constituem uma etapa
crucial no processo global de gestão do desempenho pelas razões que se apresentam a seguir:
• Garantir que a equipa de gestão do programa acompanhe o progresso registado para alcançar
os objectivos do Projecto.
• Identificar as orientações para gestores e beneficiários do Projecto contribuindo para reforçar
e comunicar a relevância que deve ser dada à monitoria do desempenho. Este facto facilita
manter foco centrado no alcance de resultados. Obviamente que a simples revisão dos dados
sobre resultados do desempenho não é suficiente, neste sentido, deve-se iniciar um processo
de tomada de decisões programáticas com base nos dados e utilizar a informação recolhida
para orientar as acções no futuro.

Fluxo Global de Monitoria


A monitoria e avaliação do PDUL é realizada em 7 dimensões distintas, mas interdependentes a saber:

1. Monitoria do Alcance do PDO


2. Monitoria dos Indicadores de Intermédios/ Desempenho.
3. Monitoria do Progresso de Actividades.
4. Monitoria da Gestão Financeira.
5. Monitoria da Gestão de Aquisições.
6. Monitoria da Satisfação dos Beneficiários.

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 12


7. Monitoria do Cumprimento das Obrigações Legais que constam dos Documentos Legais do Acordo
de Financiamento do Projecto.

Para a monitoria do progresso de actividades, gestão financeira e aquisições a monitoria deve ser
mensal tendo em conta o carácter operativo diário destas três dimensões. Relativamente à monitoria dos
Indicadores de Desempenho tem uma periodicidade semestral sendo cumulativa no final de cada ano.
Para maximizar os momentos de recolha de informação, controlo de qualidade, “reporting”, análise e
definição de decisões de gestão estratégica e operacional propõe-se um fluxo global de monitoria comum
para todas as dimensões referidas. Assim, apresenta-se de seguida a matriz do fluxo de monitoria global
que especifica as dimensões de monitoria (sublinha-se Monitoria dos Indicadores de Desempenho),
periodicidade e responsabilidades pela recolha, análise e controlo da informação de monitoria.

Manual de Planificação, Monitria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 13


Tabela 4 - Matriz do Fluxo Global de Monitoria

Produtos Recolha de Dados Aprovação do Relatório Controlo Técnico Controlo de Gestão


Destinatário
de Quem Quando
da
monitoria e Quem Quando Quem Quando Quem Quando Quem Quando Informa Informa
Informação
avaliação
Monitoria e avaliação mensal
Gestão Dia 1 mês Dia 3 mês Dia 5 mês Coord. do Dia 7 mês PDUL PDUL Dia 9 mês
Financeira Seguinte seguinte seguinte Projecto seguinte 4 Ministérios seguimte
Gestão de Dia 1 mês Dia 3 mês Dia 5 mês Coord. do Dia 7 mês PDUL PDUL Dia 9 mês
Procurement Seguinte seguinte seguinte Projecto seguinte 4 Ministérios seguinte
Monitoria Trimestral
Progresso das Gestores das 15 dias 4 Directores 20 dias Especialista 25 dias Coord. do 30 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
actividades comp., Após Nacionais, Após Monitoria Após projecto Após Ministérios Após
salvaguardas, trimestre trimestre UGP Central trimestre trimestre trimestre
MFDU, ET
provincial
Gestão 15 dias 20 dias 27 dias Coord. do 32 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
Financeira Após Após Após projecto Após Ministérios Após
trimestre trimestre trimestre trimestre trimestre
Gestão de 15 dias 20 dias 28 dias Coord. do 33 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
Procurement Após Após Após projecto Após Ministérios Após
trimestre trimestre trimestre trimestre trimestre

Monitoria Semestral
Progresso das Gestores das 15 dias 4 Directores 20 dias Especialista 25 dias Coord. do 30 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
actividades comp., Após Nacionais, Após Monitoria Após projecto Após Ministérios Após
salvaguardas, semestre semestre UGP Central semestre semestre semestre
MFDU, ET
provincial
Indicadores Gestores das 15 dias 4 Directores 20 dias Especialista 26 dias Coord. do 31 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
de comp., Após Nacionais, Após Monitoria Após projecto Após Ministérios Após
Desempenho salvaguardas, semestre semestre UGP Central semestre semestre semestre
MFDU, ET
provincial

Gestão 15 dias 20 dias 27 dias Coord. do 32 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
Financeira Após Após Após projecto Após Ministérios Após
semestre semestre semestre semestre semestre
Gestão de 15 dias 20 dias 28 dias Coord. do 33 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
Procurement Após Após Após projecto Após Ministérios Após

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 14


Produtos Recolha de Dados Aprovação do Relatório Controlo Técnico Controlo de Gestão
Destinatário
de Quem Quando
da
monitoria e Quem Quando Quem Quando Quem Quando Quem Quando Informa Informa
Informação
avaliação
semestre semestre semestre semestre semestre
Monitoria Anual
Progresso das Gestores das 15 dias 4 Directores 20 dias Especialista 25 dias Coord. do 30 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
actividades comp., Após Nacionais, Após Monitoria Após projecto Após Ministérios Após
salvaguardas, Fim de ano Fim do ano UGP Central Fim do ano Fim do ano Fim do
MFDU, ET ano
provincial
Indicadores Gestores das 15 dias 4 Directores 20 dias Especialista 26 dias Coord. do 31 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
de comp., Após Nacionais, Após Monitoria Após projecto Após Ministérios Após
Desempenho salvaguardas, Fim do ano Fim do ano UGP Central Fim do ano Fim do ano Fim do
MFDU, ET ano
provincial
Gestão 15 dias 20 dias 27 dias Coord. do 32 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
Financeira Após Após Após projecto Após Ministérios Após
Fim do ano Fim do ano Fim do ano Fim do ano Fim do
ano
Gestão de 15 dias 20 dias 28 dias Coord. do 33 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
Procurement Após Após Após projecto Após Ministérios Após
Fim do ano Fim do ano Fim do ano Fim do ano Fim do
ano
Obrigações 15 dias 20 dias 29 dias Coord. do 34 dias PDUL, BM, 4 PDUL 45 dias
Legais Após Após Após projecto Após Ministérios Após
Fim do ano Fim do ano Fim do ano Fim do ano Fim do
ano
Fonte: UGP-PDUL

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 15


Tomada de Decisões

Um sistema de gestão do desempenho só pode ser considerado totalmente eficaz se os dados sobre o
desempenho gerados constituírem um elemento chave na tomada de decisões programáticas. Para que tal
aconteça, devem estar presentes vários factores: (i) Primeiro, os dados devem ser recolhidos, analisados e
colocados ao dispor dos decisores; (ii) Segundo, os dados têm de ser de boa qualidade (isto é, dignos de
confiança); (iii) Terceiro e mais importante, os decisores devem estar empenhados nos processos de
tomada de decisão guiados pelos dados.

Os relatórios do desempenho e as revisões associadas acima descritos são desenhados para gerarem as
oportunidades para a tomada de decisões com base nos dados, pelo que devem ser envidados todos os
esforços com vista a garantir que as decisões programáticas se baseiem nos dados sobre o desempenho
recolhidos e não em especulação ou presunção.

PROCEDIMENTO - INCLUIR RECOMENDAÇÕES NO REDESENHO E IMPLEMENTAÇÃO


DO PROJECTO

Quando os dados são usados na tomada de decisões conforme se descreve anteriormente, seguir-se-ão
inevitavelmente acções de acompanhamento. Dar início a estas acções faz parte do fecho do círculo entre
a monitoria do desempenho e a gestão do Projecto.
Tal como se assinalou anteriormente, o Manual de Monitoria e Avaliação é um instrumento para contar a
história do PDUL. Muitas vezes, os dados e os resultados do desempenho são comunicados apenas a
grupos de intervenientes-chave, por exemplo, a comunidade de doadores. Embora isto seja importante, os
dados recolhidos sobre o desempenho devem ser disseminados de uma forma mais alargada e
considerados como um instrumento que deve ser usado para contar a história dos resultados do Projecto
de uma maneira muito mais ampla.

A UGP-PDUL deve definir estratégias que abranjam todos os intervenientes para assegurar uma adequada
disseminação dos resultados e fazer o acompanhamento das acções da forma mais ampla possível
utilizando uma variedade de meios e de instrumentos para comunicar da forma mais adequada com os
diferentes segmentos de intervenientes

PROCEDIMENTO - COMUNICAR OS RESULTADOS


O Manual de Monitoria e Avaliação deve manter-se actualizado visando constituir-se num documento
que reflicta os resultados positivos e negativos do processo de implementação e as estratégias que foram
utilizadas para assegurar o alcance dos objectivos do Projecto.
Nesta óptica, este Manual não deve ser um documento estático, mas sim o produto da dinâmica do
processo contínuo de implementação, revisão e actualização do seu conteúdo. A área de Monitoria e
Avaliação tem a responsabilidade de garantir a planificação da revisão anual deste Manual. Se forem
efectuados ajustes no Manual, todas os intervenientes afectados devem ser informados sobre as
mudanças. Deverá ser enviada uma justificação das mudanças e criar o espaço para receber
recomendações de forma a garantir um alinhamento sobre as mudanças realizadas.
Para realizar o processo de monitoria do Manual, a área de Monitoria e Avaliação deve considerar as
seguintes questões:
• Os indicadores do desempenho estão a funcionar conforme o pretendido?
• Os indicadores do desempenho estão a facultar a informação necessária?
• Como é que o Manual pode ser melhorado?

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 16


Obviamente que os indicadores do desempenho só devem ser ajustados se houver uma razão realmente
importante que deve ser justificada com factos dos resultados da monitoria e avaliação. Um conjunto
consistente de indicadores do desempenho e de dados associados é crucial para avaliar o progresso ao
longo do tempo. Se os indicadores mudarem constantemente, não será possível fazê-lo.

Cabe à UGP – Monitoria e Avaliação coordenar gerir a produção de relatórios, efectuar a monitoria e
avaliação do Projecto, incluindo assegurar o mecanismo de prestação de contas à sociedade.

Relatórios de Progresso (Trimestrais, Semestrais e Anuais)

Os Relatórios de Progresso – RP’s são documentos que proporcionam ao Comité Directivo do PDUL, ao
Banco Mundial, à Coordenação do Projecto e a todas as partes envolvidas, informações sobre o progresso
em relação aos resultados gerados pelo Projecto, num determinado espaço de tempo, tendo em conta o
que estava planificado, o que não estava planificado, para um determinado dado período de tempo.
Os relatórios se debruçam igualmente sobre os impactos observados, os constrangimentos e as respectivas
medidas correctivas, e, chamam atenção sobre os prováveis riscos para o não cumprimento de
determinadas metas ou resultados.
Os RP’s contemplam informações sobre o progresso físico e execução financeira das actividades do
Projecto, de acordo com os Planos de actividades, de desembolsos e de procurement de cada ano.
Proporcionam ainda uma visão conjunta do progresso das acções, bem como indicam as providências
necessárias para a correcção de eventuais falhas e os ajustes necessários na condução do Projecto.
O fornecimento das informações básicas para a elaboração destes relatórios é da responsabilidade das
instituições/agências de implementação, nomeadamente, os 22 Municípios participantes, as componentes,
as Assistências Técnicas aos Municípios (1 e 2), as Equipas Técnicas Provinciais do PDUL, os
Especialistas de cada área afectos ao Projecto. Os relatórios são apresentados no formato indicado, para
facilitar a consolidação do Relatório de Progresso, a ser elaborado pela UGP – Monitoria e Avaliação.

Relatórios de Monitoria

Os relatórios de monitoria são elaborados com base nos dados recolhidos durante as visitas de monitoria
ou supervisão efectuadas pela equipa de monitoria, especialistas de cada área, gestores das componentes e
Equipa Técnica Provincial do PDUL, à uma instituição/agência de implementação ou beneficiário do
projecto. Tendo em conta o que está planificado, estes relatórios apontam a situação real sobre o estágio
de implementação das actividades, os constrangimentos, bem como as medidas correctivas propostas. A
informação para a elaboração do relatório é extraída das fichas de monitorias e da matriz de supervisão
que tem a informação recolhida durante as visitas de Monitoria.

As informações contidas nos relatórios de Monitoria servem de fonte de informação durante a elaboração
de relatórios de progresso trimestrais, semestrais e anuais do Projecto. Os relatórios de monitoria, uma
vez que têm constatações e recomendações são partilhados entre os visados, para que estes possam
identificar e executar as acções correctivas necessárias para melhorar o desempenho das actividades sob a
sua alçada e posteriormente arquivados em local acessível para servir de fontes de informação para outros
fins inerentes ao Projecto.

Os relatórios das visitas de Monitoria devem entre vários aspectos, incluir:


e) Local das visitas e encontros realizados, os intervenientes contactados e membros da equipa de
supervisão;
f) Indicadores e actividades monitoradas;
g) Evidências verificadas, através de fotografias, gravações, etc.;

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 17


h) O sumário do estágio de implementação das actividades, processos, produtos e resultados bem
como conclusões e recomendações destinadas à retro-alimentação e feedback.

AVALIAÇÕES
Ao PDUL deverá ser realizada uma avaliação de meio-termo com vista a introduzir correcções que sejam
pertinentes no decurso do Projecto. A avaliação de meio-termo não só irá medir o progresso do Projecto,
como também visa introduzir mudanças com base nas lições aprendidas e na realidade do Projecto. Os
estudos e relatórios produzidos no âmbito deste Projecto serão partilhados com o público em geral.
As actividades do PDUL serão igualmente sujeitas a auditorias anuais que deverão ser coordenadas pela
UGP em estreita articulação com os Ministérios-chave e os Municípios. O objectivo fundamental das
auditorias será de avaliar a conformidade das actividades com os procedimentos dos QPGAS e do QPR,
bem como avaliar a ocorrência e o potencial de impactos ambientais, com vista a informar a UGP sobre o
desempenho ambiental e social do PDUL. Não menos importante, as agências implementadoras das
Subvenções de Desempenho Municipal serão objectos de Avaliações Anuais de Desempenho (APA).

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 18


4. ANEXO I

Projecto de Desenvolvimento Urbano e Local


(PDUL)

Guião Metodológico para a Recolha e


Medição dos Indicadores do Quadro
de Resultados do PDUL
Versão Final

Maputo, Fevereiro de 2020

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 19


Introdução

O presente documento tem como objectivo principal definir uma Metodologia de Recolha e Medição dos
Indicadores de Desempenho do Quadro de Resultados do Projecto de Desenvolvimento Urbano e Local.
Para medir o desempenho do PDUL foram definidos 2 Indicadores do Objectivo de Desenvolvimento
(PDO) e 12 Indicadores de Resultados Intermédios dedicados a medir a efectividade e eficiência. A
selecção destas dimensões indica a grande preocupação com produtos e resultados que podem produzir
impactos directos na vida das pessoas dos 22 municípios das províncias de Gaza, Sofala, Zambézia e
Niassa.
Este documento, foi elaborado com base do Quadro de Resultados do Project Appraisal Document
(PAD), Nota Metodológica sobre Indicadores do Projecto Cidades e Mudanças Climáticas (PCMC),
Indicadores para Avaliar o Desempenho de Prefeituras Municipais do Brasil e Guião Metodológico para
Monitoria dos Indicadores e Metas do Programa de Desenvolvimento Municipal de Maputo -
PROMAPUTO II.

Metodologia de Recolha e Medição dos Indicadores do Quadro de Resultados do PDUL


Ao longo da elaboração do Project Appraisal Document (PAD) do PDUL, foram discutidos amplamente
os objectivos tanto de desenvolvimento como de impacto que deveriam ser adoptados e sob que forma se
deveriam transformar em indicadores mensuráveis, quantitativa e qualitativamente.
Assim os indicadores de desempenho que serão monitorados e avaliados são os seguintes:
• Indicadores que monitoram o alcance do Objectivo de Desenvolvimento do Projecto e;
• Indicadores que monitoram o alcance dos objectivos globais de cada componente do Projecto.

Indicadores do Objectivo de Desenvolvimento (PDO)

PDO 1: Número de beneficiários directos com melhor infra-estrutura básica e serviços no âmbito do
projecto (dos quais 50% são mulheres )

Descrição do Indicador:
Este indicador mede o número total de pessoas que se beneficiam directamente pelas infraestruturas
financiadas através de fundos da Subvenção de Desempenho Municipal (SDM) nos 22 municípios da
componente 1 - Infra-estrutura Urbana e Serviços Municipais.

Metodologia:
Os fundos das Subvenções por Desempenho Municipal (SDM) financiam vários tipos de infra-estrutura
urbana de pequena dimensão, pelo que se propõe metodologias específicas para os tipos mais comuns de
obras. As orientações discriminadas abaixo serão utilizadas seguindo uma abordagem clara e objectiva
voltada a capturar o número de beneficiários directos, considerando peculiaridades específicas quando
apropriado. Dever-se-á evitar a dupla contagem de beneficiários directos de vários sub-projectos que
intervém na mesma área / melhorem diversos aspectos da mesma infra-estrutura urbana (por exemplo,
reabilitação do alpendre, construção de bancas, construção de um sanitário e instalação de electricidade
no mesmo mercado).
Para a obtenção dos beneficiários directos do projecto destacam-se infra-estruturas tais como: estradas e
obras de arte, valas de drenagem, pontes/aquedutos, valetas de drenagem, passeios, lixeira, aterro, canais,
fontanário, furo de água, sanitários públicos, alpendres, bancas, salas de aulas, centro de saúde, campos
desportivos, etc (Detalhe no Manual das Subvenções de Desempenho Municipal - SDM).

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 20


De seguida apresentam-se os métodos de calcúlo propostos para cada infra-estrutura:

Estradas, valas/valetas de drenagem e pontes/Aquedutos: Os beneficiários directos de estradas e


valas/valetas de drenagem construídas ou mantidas nas áreas urbanas são todas as pessoas que tenham
acesso a uma das infraestruturas anteriormente citadas durante todo o ano num raio de 500 metros. Para
calcular o número dos beneficiários, obtém-se a extensão do eixo de rua, vala e, ou ponte/aqueduto
reabilitada/melhorada e multiplica-se este valor com uma estimativa da população na faixa de 500 metros
de cada lado da rua (ou seja 1000 metros). Uma estimativa factível da população é a densidade
populacional média do município em apreço, calculado com base em dados oficiais do INE (estatísticas e
cartografia do último censo em 2017). Disponíveis os dados, calcula-se a densidade populacional média
do bairro onde está o eixo de rua e vala reabilitada. A fórmula a ser usada é:

Beneficiários = area de influencia do eixo reabilitado x densidade populacional media


Onde:
Area de influencia em ectares = extensao do eixo em metros x 1000 metros : 10000 densidade populacional
media = populacao do municipio (bairro) : area do munic]ipio (bairro) em hectares

N/B: Para o caso da ponte/aqueduto é preciso ter em conta a sua localização e tipo, isto é, fazer uma
avaliação do impacto/área de influência da ponte. Por exemplo, para uma ponte que conecta dois bairros,
pode-se considerar como beneficiários directos a população dos dois bairros. Pelo contrário, uma ponte
que, por exemplo, conecta duas vias principais da cidade poderia beneficiar toda a população do
município. É de primordial importância explicitar os pressupostos e justificar porquê se considera
beneficiários estes grupos de pessoas.
A fim de calcular a percentagem de beneficiários femininos para todas as metodologias apresentadas
neste documento, deve-se usar o indicador/índice da população masculina e feminina do Instituto
Nacional de Estatística de Moçambique (INE) para a província (ou distrito) onde está situado o município
em questão.

Infraestruturas de abastecimento de água (fontanário, furo, poço de água manual protegido): Os


beneficiários directos das infra-estruturas de abastecimento de água são todas as pessoas nas áreas
urbanas que tem acesso a uma ‘fonte de água melhorada’. Os sub-projectos de abastecimento de água
financiadas pelas SDM circunscrevem-se a reabilitação ou construção de sistemas de água da categoria
C1. No caso de fontes dispersas considera-se como parâmetro de planificação 300 utentes por fonte de
abastecimento de água disponível a uma distância de 1000 metros (ida e volta), com um consumo de 20
litros por pessoa cada dia. Para municípios maiores que recebem serviços do FIPAG, uma avaliação do
Banco Mundial conjuntamente com o FIPAG em 2013 mostrou que um fontanário/furo de água nestes
municípios serve cerca de 200 pessoas.
Para calcular o número dos beneficiários pode-se usar 2 opções: a) usar a densidade populacional média
do bairro onde foi construído o fontanário/furo/poço protegido e multiplicá-la com a área de um círculo
com um raio de 500 metros e; usar o caderno de registo do Comité de Gestão relativo aos usuários da
fonte de água e ligações domiciliárias. Depois fazer o cruzamento com os utentes previstos no projecto
apresentado para a construção daquela infra-estrutura.

Sanitários públicos: De um modo geral, os beneficiários directos dos sanitários públicos, obtém-se
mediante o número de sanitários para mulheres e homens e o multiplica com 25 pessoas, o que é o
número de pessoas por sanitário que é comumente assumido para fins de planificação/desenho em
Moçambique. Para os sub-projectos da SDM que financiam sanitários/balneários que se localizam nos

1
Obras que não precisam de avaliação Estudo de Impacto Ambiental - EIA.

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 21


mercados, considera-se como beneficiários/utentes directos o número de vendedores (incluindo os que
estão fora) neste mercado.

Sistema de Saneamento Básico2: Os beneficiários directos das infra-estruturas de Sistema de Saneamento


Básico são todas as pessoas nas áreas urbanas que tem acesso a um ‘sistema de saneamento completo e
resiliente as intempéries ligadas ou não a casa principal’. Os sub-projectos de Sistema de saneamento
Básico financiadas pela SDM circunscrevem-se a reabilitação ou construção de sistemas de saneamento
da categoria C.
Para calcular os beneficiários directos seria: o número de domicílios com acesso ao saneamento básico a
dividir pelo número total de domicílios do município.

Mercados (bancas, alpendres, lojinhas, etc): Os beneficiários directos das infra-estruturas de mercado
construídas/reabilitadas com fundos do SDM são todos os vendedores que se beneficiam dela. Por
exemplo, no caso da construção de bancas/lojinhas é o número de vendedores que ocupa estas
bancas/lojinhas. A Unidade de Gestão do Projecto (UGP) irá trabalhar com os municípios para obter o
número de vendedores beneficiados. Também irá a UGP verificar durante as visitas de campo se as
bancas/lojinhas construídas realmente estão ocupadas/usadas pelos vendedores.

Escolas (salas, sanitários): Os beneficiários directos da infra-estrutura financiada pela SDM são todos os
alunos dos vários turnos que funcionam naquele estabelecimento. Recorre-se a estatística da escola.

Centros de saúde: Os beneficiários directos da infraestrutura financiada pela SDM é a população daquele
bairro/bairros/posto administrativo/distrito urbano onde se localiza a infra-estrutura. Recorre-se a
estatística do centro.

Construção de parque de estacionamento, terminal de transportes públicos: Os beneficiários directos da


infraestrutura financiada pela SDM são os automobilistas de carros ligeiros, camionistas, semi-colectivos
que usam aquela infraestrutura. Recorre-se aos registos feitos pelos gestores do parque.

Alpendre: Os beneficiários directos da infraestrutura é o número de populações atendidas pelo


equipamento (alpendre)/população urbana total do município*100%. Usa-se o índice de indicador urbano,
que tem por objectivo medir a % de da população urbana atendida por uma solução de equipamento
urbano.

Lixeiras e aterros controlados: Os beneficiários directos das infra-estruturas do Sistema de Recolha de


Resíduos Sólidos são todas as pessoas nas áreas urbanas que ganharam acesso a um ‘sistema de recolha
regular e permanente dos Resíduos Sólidos’. Os sub-projectos de Sistema de Recolha de Resíduos Sólidos
financiados pelas SDM circunscrevem-se a reabilitação ou construção de sistemas de resíduos sólidos da
categoria B (Estudos de Impacto Ambiental Simplificados - EIAS) e, ou C (isentos de EIA, sómente
Planos de Gestão Ambiental - PGA).
Para calcular os beneficiários directos seria: Grau de cobertura do serviço de colecta de lixo/quantidade
recolhida de resíduos diários, dividida pela quantidade estimada de produção total “%”.
Feito o cálculo dos beneficiários directos de cada infra-estrutura construída com financiamento das SDM,
em seguida calcula-se o indicador do PDO1: Número de beneficiários directos com melhor infra-estrutura
básica e serviços no âmbito do Projecto. O PDO1 resulta da soma dos beneficiários de cada infra-
estrutura construída.

2
Saneamento Básico abrange os quatro eixos do saneamento: (i) abastecimento de água, colecta e tratamento de esgotos; (ii)
limpeza urbana e maneio de resíduos sólidos; (iii) drenagem urbana e maneio de águas pluviais e; (iv).

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 22


Opção 1: A fim de calcular a percentagem de beneficiários femininos para todas as metodologias
apresentadas, usa-se o indicador/índice da população masculina e feminina fornecida pelo Instituto
Nacional de Estatística de Moçambique (INE) para a província (ou distrito) onde está situado o município
em questão.
Opção 2: Para calcular quantas mulheres foram beneficiárias directas do Projecto é dividir o total dos
beneficiários directos por 50.

Fonte de Informação:
Dados do Instituto Nacional de Estatística (censo 2017) e do levantamento que será efectuado para cada
proposta de sub-projecto a ser submetido pelos municípios.
PDO 2: Aumento da pontuação média na Avaliação Anual de Desempenho (APA) de todos os municípios
que se qualificaram para as Subvenções de Desempenho Municipal (SDM’s) .

Descrição do Indicador:
O Indicador mede a pontuação média anual dos municípios que se qualificam nas SDM, e deste modo o
indicador mede o crescimento médio da pontuação inicial referida como linha de base APA 2019,
tornando-se assim mais representativo para medir o quanto melhorou o desempenho médio dos
municípios participantes.

Metodologia:
A informação para este indicador encontra-se descrita nos relatórios de Avaliação Anual de Desempenho
Municipal que é feita por serviços de consultoria. A média da pontuação anual é obtida tendo como
referência a média da pontuação do ano de base do PDUL que será o ano de 2019.

Fonte de informação:
A informação para este indicador é obtida no Relatório de Avaliação Anual de Desempenho (AAD).

Indicadores de Resultados Intermédios

Componente 1: infra-estrutura Urbana e Serviços Municipais

IRI 1.1: Pessoas com acesso melhorado a estradas urbanas (dos quais 50% são mulheres)

Descrição do indicador:

Indicador que mede o número dos beneficiários directos com acesso a estradas melhoradas (reabilitadas e,
ou construídas) com fundos da SDM. São estradas transitáveis durante todo o ano num raio de 500 metros
(ou que equivale a aproximadamente 7 minutos caminhando).

Este indicador mede o impacto da reabilitação / construção de vias nos municípios com recurso aos
fundos da subvenção de desempenho municipal – SDM’s. Serão apresentadas as extensões de estradas
reabilitadas / construídas nos municípios participantes e com recurso aos fundos da Subvenção de
Desempenho Municipal.

Metodologia:
Para calcular o número dos beneficiários, obtém-se a extensão do eixo de estrada reabilitada/melhorada
em quilómetros e multiplica este valor com uma estimativa da população na faixa de 500 metros de cada
lado da estrada (esta metodologia foi explicada no PDO 1). Uma estimativa factível da população poderia

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 23


ser a densidade populacional média do município em análise, calculado com base em dados oficiais do
INE (estatísticas e cartografia do último censo em 2017)

A fim de calcular a percentagem de beneficiários femininos para este indicador usa-se o indicador/índice
da população masculina e feminina do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique (INE) para a
província (ou distrito) onde está situado o município em questão.
Para calcular quantas mulheres foram beneficiárias directas do Projecto é dividir o total dos beneficiários
directos por 50.

Fonte de Informação:
As estradas reabilitadas/construídas com recurso aos fundos da subvenção de desempenho Municipal
serão apresentadas numa base anual, tendo como referência os relatórios de monitoria e verificação física
das obras, o cálculo do número de pessoas com acesso a estradas será feito anualmente seguindo a
metodologia acima descrita. Este indicador será apresentado de forma cumulativa, nos 22 municípios que
executam a SDM.

IRI 1.2: Aumento de sustentabilidade financeira da Gestão de Resíduos Sólidos - SWM (% dos custos
operacionais coberto pela taxa de SWM) em todos os municípios que se qualificaram para o SDM.
Municípios com cobertura financeira de custos (receita vs despesa) faseada em: Ano 1- 5%; Ano 2 –
20%; Ano 3- 40%; Ano 4 – 50% e Ano 5 – 60%.

Descrição do Indicador:
O indicador mede o desempenho financeiro de cada município no que tange a cobertura financeira do
serviço de gestão dos resíduos sólidos. A sustentabilidade basea-se no rácio despesa versus receita que
pode ser alcançada através do ajustamento da taxa e na melhoria das despesas na gestão criteriosa dos
serviços.

Metodologia:
A análise é feita anualmente com base na análise comparativa de despesas versus receita sem descurar a
cobertura dos serviços de recolha de resíduos sólidos. Através de dados das transferências das taxas de
pagamento fornecidas pela Electricidade de Moçambique - EDM (e outras fontes de receita) e os
relatórios das despesas referentes ao serviço da recolha de lixo. Os dados do desempenho financeiro anual
do município terão como referência os dados do ano base do Projecto que é 2019 – 0.

Fonte de Informação:
A informação para o indicador será extraída dos Relatórios Trimestrais Municipais e Relatórios da
Avaliação de Desempenho Anual.

IRI 1.3: Número de municípios com novos planos territoriais para toda a cidade (PEUM e PGU)
preparados e aprovados pelo Conselho Municipal.

Descrição do indicador:
O indicador mede o número de municípios que tem planos territoriais elaborados e aprovados.

Metodologia:
Planos territoriais apresentados a equipa de avaliação.

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 24


Fonte de Informação:
Relatórios Municipais, as Resoluções / deliberações das Assembleias Municipais que aprovaram os
instrumentos e Relatório da Avaliação Anual de Desempenho.

IRI: 1.4: Número de municípios com 1 ou mais planos sectoriais de infra-estruturas preparados e
aprovados.

Descrição do indicador:
O indicador mede o número de municípios que tem planos sectoriais de infraestruturas elaborados e
aprovados.

Metodologia:
Planos sectoriais de infraestruturas apresentados a equipa de avaliação.

Fonte de Informação:
Relatórios Municipais, as Resoluções/ deliberações das Assembleias Municipais que aprovaram os
instrumentos e Relatório da Avaliação Anual de Desempenho.

IRI 1.5: Percentagem de maximização do financiamento para o desenvolvimento urbano alavancada por
investimentos privados.

Descrição do indicador:
O indicador mede a quantidade de investimentos privados mobilizados para o fundo ttal de recursos da
sub-componente 1B, isto é, fundos privados mobilizados para o desenvolvimento urbano de um montante
igual ou superior aos recursos alocados na sub-componente 1B. Também avalia a capacidade do
munícipio de mobilizar o sector privado a participar no desenvolvimento dos municípios.

Metodologia: Número de investimentos privados e seus valores comparados com os recursos gastos nas
contrapartidas feitas pelos municípios através dos fundos MFDU.

Fonte de Informação:
Contractos assinados e implementados, Relatórios Municipais.

IRI 1.6: Aumento na cobertura (% da população) usando melhores serviços de saneamento municipal (dos
quais 50% são mulheres)

Descrição do indicador:
O indicador contabiliza os beneficiários directos das infraestruturas de Sistema de Saneamento Básico
que ganharam acesso a um ‘sistema de saneamento completo e resiliente as intempéries ligadas ou não a
casa principal’. Os sub-projectos de Sistema de saneamento Básico financiadas pelas SDM
circunscrevem-se a reabilitação ou construção de sistemas de saneamento da categoria B e, ou C,
nomeadamente.

Metodologia:
Para calcular os beneficiários directos seria: o número de domicílios/agregados familiares com acesso ao
saneamento básico a dividir pelo número total de domicílios do município.

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 25


Fonte de Informação:
Relatórios Municipais e dos orgãos provinciais e distritais das Obras Públicas e Recursos Hídricos e
Relatório da Avaliação Anual de Desempenho.

IRI 1.7: Número de municípios com 50% ou mais de todos os arquivos de terra registados num sistema de
informação de gestão de terras (Number)

Descrição do Indicador: O indicador contabiliza o número de registo de parcelas de terra do sistema


analógico para digital a nível municipal. O registo facilita o controlo e gestão do solo urbano evitando
sobreposição de parcelas que usualmente geram conflitos de terra.

Metodologia: A obtenção do número de registo das parcelas de terra é através de uma base de dados
digital que cada municípo deve ter, podendo esta comunicar-se com a do cadastro nacional de terras -
SIGIT.

Fonte de Informação: Arquivo do tal do município.

Componente 2: Reformas de Políticas de Descentralização e Fortalecimento Institucional

• IRI 2.1: Aumento percentual (%) de recomendações de auditoria externa em média implementados em
todos os municípios
Descrição do Indicador: Percentagem do número de recomendações implementadas pelo auditor externo
nas cartas de gestão/recomendações para melhoria dos processos e procedimentos de gestão
administrativa, financeira, tributária e patrimonial e respondidas pelo município.
Tabela 5 - Percentagem de crescimento das respostas às cartas de gestão do auditor externo
2019
Ano 2020 2021 2022 2023 2024 2025
Base Line

- 0 0 10% 25% 65% 75% 100%

Metodologia: Contagem do número de recomendações atendidas nas auditorias externas do ano anterior,
pelo município, através da carta de gestão do auditor externo que verifica o nível de recomendações
efectuadas. Para controlo intermédio (semestral) será utilizado a carta de recomendações entregue pelo
auditor externo do progresso às recomendações do auditor ao município.

Fonte de Informação: Carta de gestão/recomendações implementadas anualmente pelo auditor externo


do ano imediatamente anterior.

IRI 2.2: Sistema de Transferências Fiscais Intergovernamentais aprovado e divulgado publicamente (SIM
/ NÃO)
Descrição do Indicador: Este indicador mede a existência de um instrumento metodológico e aceite pelo
Governo de Moçambique sobre o regime fiscal para as transferências fiscais intergovernamentais para a
provincia e autarquias.

Metodologia: Produção da fórmula pela consultoria para transferência de recursos de nível nacional para
o nível das entidades descentralizadas, províncias e autarquias, aprovação e aceitação pelo governo para
implementação implementação

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 26


Fonte de Informação: Despacho do Ministério da Economia e Finanças sobre a Fórmula de
transferências fiscais intergovernamentais vertical e horizontal para as províncias e autarquias aprovadas e
em implementação.

IRI 2.3: Número de municípios participantes com o Sistema de Informação de Gestão Financeira
(SIGEF/FMIS) operacional
Descrição do Indicador: Número de municípios com sistema de gestão financeira municipal
operacional. Operacional significa, municípios com FMIS que possibilita o exercício de planificação,
clasisificadores económicos, orçamentação, execução orçamental e prestação de contas através da Conta
Gerência, assim como relatórios de gestão observando o preceituado na lei de finanças autárquicas.
Tabela 6 - Número de municípios com FMIS implementado
2019
Ano 2020 2021 2022 2023 2024 2025
Base Line

- 0 0 0 3 6 9 12

Metodologia: Contagem de municípios que utilizam sistema de gestão financeira municipal conforme a
definição acima.

Fonte de Informação: Resoluções da Assembleia Municipal que aprovam a implementação dos sistemas
de gestão financeira municipal e FMIS operacional

5. IRI 2.4: Número de municípios participantes que realizaram avaliação de


desempenho dos funcionários e agentes municipais

Descrição do Indicador: O indicador visa verificar até que ponto o município efectua a avaliação de
desempenho individual dos seus fucionários e agentes e relaciona-o com o desempenho institucional,
identificando as fraquezas e aspectos positivos associadas ao envolvimento de cada funcionário na
realização das actividades.

Metodologia: Contabilização de municipios que efectuam a avaliação dos funcionários no desempenho


do ano anterior.

Fonte de Informação: Relatórios de actividades, cadernetas do Sistema de Avaliação de Desempenho da


Administração Pública, devidamente preenchidas, avaliadas e homologadas.

RI 2.5: Número de municípios que alcançam metas previstas do crescimento anual da receita própria
Descrição do Indicador: Este indicador mede o número de municípios participantes no PDUL que
atingem as metas anuais de desempenho relativamente ao aumento das receitas próprias. As metas anuais
de desempenho previsto, são as mesmas previstas na análise do crescimento agregado da receita própria
municipal, como retrata o indicador intermédio. O Base Line/linha de base do projecto será o exercício
económico de ‘2019’. O projecto, através da assistência técnica, avalia o crescimento deste indicador
olhando a previsão do ritmo de crescimento tomando como base o exercício económico de ‘2019’.

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 27


Tabela 7 - Percentagem de Crescimento de receitas próprias ano
2019
Ano 2020 2021 2022 2023 2024 2025
Base Line

- xxx 2% 5% 20% 50% 75% 100%

Metodologia: Contagem do número de municípios que atingiram a meta prevista, conforme a tabela 3. A
contagem é conferida pela UGP na base da informação partilhada pelo município, através da conta
gerência que geralmente é publicada em finais do primeiro semestre. Esta informação é de frequência
anual e é reportada no ano seguinte imediatamente posterior ao exercício económico em causa;

Para um controlo trimestral do progresso das receitas próprias, a base será os balancetes mensais de
receita, devidamente assinado pela autoridade competente do município.

Fonte de informação: para este indicador será extraída para controlo anual a partir da conta de gerência
dos municípios após a verificação pelo auditor externo contratado pelo PDUL e para controlo trimestral,
os balancetes mensais, relatório trimestral devidamente assinados pela autoridade competente

Maputo, Fevereiro de 2020.

Unidade de Gestão do Projecto – UGP

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 28


6. ANEXO II

Projecto de Desenvolvimento Urbano e Local


(PDUL)

Sistema de Planificação,
Monitoria e Avaliação do PDUL
– Sumário Executivo -
Draft 1

Maputo, Setembro de 2020

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 29


7. SISTEMA DE PLANIFICAÇÃO, MONITORIA E AVALIAÇÃO

O processo de planificação, monitoria e avaliação do PDUL inclui 9 sub-processos,


nomedamente:

• S1 Planificação e orçamentação anual


• S2 Controlo e reporting orçamental: Registo de Orçamentação
• S3 Monitoria de actividades e contratos
• S4 Monitoria de indicadores do projecto
• S5 Monitoria do nível de satisfação
o S5.1 Satisfação da Assistência Técnica (AT) dos Municípios
o S5.2. Satisfação em relação aos investimentos
• S6 Monitoria de Investimentos dos Municípios
• S7 Avaliação de Meio-Termo
• S8 Avaliação Final
Os primeiros 7 sub-processos serão suportados por seis módulos. A tabela seguinte apresenta os
seis módulos do sistema de M&A e os sub-processos relacionados com M&A e a existência ou
não de relacionamento entre os módulos e sub-processos.

Tabela 2 . 2 : Sub-processos de Planificação, Monitoria e Avaliação e Respectivos Módulos


Subprocessos de monitoria & avaliação
S2 Controlo e
S6 Monitoria do nível de
reporting
satisfação S7
orçamental
Módulos do sistema de S1 Planificação S3 Monitoria de S4 Monitoria de Monitoria de
M&A e orçamentação actividades e indicadores do S6.2 Investimentos
anual contratos projecto S6.1 Satisfação dos
S2.1 Registo de
Satisfação em relação Municípios
Orçamentação
da AT aos
investimentos
M1. Monitoria de indicadores
de desempenho
M2. Planificação e monitoria
de actividades
M3. Monitoria dos
investimentos dos municípios
M4. Gestão financeira e
orçamental
M5. Monitoria da opinião de
beneficiários
M6. Comunicação e
coordenação interna

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 30


Sub-processo 1 Planificação e Orçamentação Anual. Este sub-processo ocorre de Setembro a
Dezembro de cada ano. Ele inicia com a submissão (electrónica), pelos municípios, das
propostas de actividades a serem financiadas pelo SDM. Segue-se a triagem dos mesmos pela
UGP (também de forma electrónica). Posteriormente, os municípios deverão preparar e submeter
(electronicamente) planos detalhados das actividades. As restantes entidades implementadoras
também deverão fazê-lo. Todos estes planos são consolidados (electronicamente) num master
plan, juntamente com o respectivo orçamento. Este master plan é input para a elaboração do
Plano Anual e Orçamento e respectiva validação e aprovação, pela Coordenação, pelo Comité
Directivo do Projecto e pelo Banco Mundial.

Sub-processo 2 Controlo e Reporting Orçamental: Registo de Orçamentação. Este processo


ocorre anualmente, logo após a aprovação do Plano Anual e Orçamento. O orçamento por
actividade (por contrato) é inserido no Sistema de Gestão Financeira do PDUL. Poderá haver,
ocasionalmente (máximo de 3 vezes ao ano), a necessidade de rever o orçamento das actividades.
Aí, o Sistema de Gestão Financeira do PDUL deverá receber informação actualizada do
orçamento estimado.

Sub-processo 3 Monitoria de Actividades e Contratos. Os ciclos de monitoria e avaliação do


PDUL são os seguintes:

• Mensal. O ciclo mensal tem foco na monitoria do progresso físico e no controlo


financeiro das actividades realizadas pelas várias entidades envolvidas, incluindo –
especialmente – os municípios beneficiários do SDM.

• Trimestral. O ciclo trimestral tem foco no controlo financeiro do PDUL como todo
(UGP e os municípios). O ciclo trimestral é reportado através de relatórios financeiros
trimestrais (EO, IFR e SOE).

• Semestral. O ciclo de monitoria semestral é reportado através de relatório de monitoria


semestral. Este relatório é alimentado com informações provenientes de cinco módulos:
(i) módulo de indicadores de desempenho; (ii) módulo de planificação e monitoria de
actividades; (iii) módulo de monitoria dos investimentos dos municípios; (iv) módulo de
gestão financeira e orçamental; (v) módulo de monitoria da opinião de beneficiários
módulo de planificação.
O relatório semestral deverá incluir, com detalhe, o nível de implementação das
actividades do SDM (e respectivas tarefas), as actividades da UGP do PDUL, da AT.
Deverão ser incluídas as tarefas de procurement e de salvaguardas. O relatório deverá
ainda incluir o nível de execução nas várias dimensões de análise (componente, entidade,
categoria do acordo de financiamento, entre outras).
Este relatório é partilhado com o Comité Directivo do Projecto e com o Banco Mundial.

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 31


• Anual. Duas actividades chave ocorrem no ciclo annual nomeadamente: (i) Planificação
e Orcamentação anual; (ii) balanço anual. O ciclo anual de monitoria é reportado através
do relatório de balanço anual.

Sub-processo 4 Monitoria de Indicadores do Projecto. Anualmente, os municípios e a UGP


deverão prover informação para se medir o alcance dos indicadores do Projecto. Esta informação
deverá ser recolhida e processada electronicamente.

Sub-processo 5 Monitoria do nível de satisfação

Satisfação com a Assistência Técnica (AT) aos Municípios. Trimestralmente, os municípios


deverão preencher informação electrónica para prover UGP o seu nível de satisfação com as
actividades realizadas pela Assistência Técnica. Essa informação é processada pelo PDUL e
reportada nos relatórios trimestral, semestral e anual. Mais importante, o feedback dos
municípios deverá ser criticamente analisado pela UGP do PDUL no sentido de tomar decisões
com relação ao desempenho, eficácia e relevância da AT.

Satisfação em Relação aos investimentos. Os visitantes aos municípios deverão ter acesso a
uma plataforma electrónica para inserção de informação (incluindo fotografias) sobre a sua
satisfação com o andamento dos trabalhos nos municípios. Adicionalmente, deverão estar
disponíveis duas plataformas principais para que o público em geral possa dar opinião externa
sobre o andamento dos empreendimentos financiados pelo PDUL nos municípios. Prevê-se que
essas plataformas sejam o website do PDUL e um sistema de SMS.

Sub-processo 6 Monitoria de Investimentos dos Municípios. Os fiscais de obras deverão


regularmente aceder a uma plataforma electrónica para reportar o ponto de situação de obras.
Esta mesma plataforma deverá ser acedida pelos técnicos da UGP do PDUL.

Finalmente, um “dashboard” deverá apresentar informação consolidada resultante das fichas de


monitoria mensal (que inclui o ponto de situação dos contratos), da plataforma de satisfação em
relação à Assistência Técnica, da plataforma de satisfação com relação aos investimentos, e da
plataforma de monitoria dos investimentos.

Sub-processo 7 Avaliação de Meio-Termo. A avaliação de meio-termo deve ser realizada a


meio da implementação do PDUL. Deverão ser avaliados principalmente os aspectos de
relevância, eficácia e execução orçamental. Deverão também ser reportados aspectos chave de
salvaguardas ambientais e sociais. Esta informação, bem como as boas práticas e lições
aprendidas deverão alimentar um realinhamento das prioridades do PDUL, se necessário.

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 32


S9 Avaliação Final. A Avaliação Final segue os guidelines do Banco Mundial. Do lado da
Coordenação do PDUL deverá ser realizada uma avaliação interna, que resulta na elaboração de
um “Project Completion Report”. Este processo deve ocorrer nos últimos 4 meses de
implementação do Projecto. Este documento deverá reportar sobre os aspectos de eficácia e
execução orçamental, bem como eficiência, relevância, análise custo-benefício, apropriação e
sustentabilidade das actividades implementadas e financiadas pelo PDUL. Deverão também ser
reportados aspectos chave de salvaguardas ambientais e sociais, bem como lições aprendidas
para o futuro

N/B: O documento com o Sistema de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL em desenvolvimento


segue em separado e faz parte do presente Volume 2 do Manual de Operações do PDUL.

Maputo, Setembro de 2020

Elaborado pela UGP do PDU

Manual de Planificação, Monitoria e Avaliação do PDUL – MOP – Volume 2 33

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