Projeto de Pesquisa Doutorado Marcelo Brito Uem
Projeto de Pesquisa Doutorado Marcelo Brito Uem
Projeto de Pesquisa Doutorado Marcelo Brito Uem
Maringá
2021
Introdução
Está projeto de pesquisa será parte integrante do Programa de
doutorado em Doutorado em Educação para a Ciência e a Matemática pela
Universidade Estadual de Maringá, campus de Maringá. Sou Mestre em
Educação pela (UNESP) Bauru e licenciado em Ciências biológicas pela
Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), pós-graduado em Educação no
campo pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR. Atualmente atuo
como professor de Ciências e biologia na Escola Estadual Integral Bairro Santa
Rita do Pontal, a qual atende cerca de 190 alunos. Na escola, durante o período
da manhã funciona a rede municipal que oferece o ensino primário e
fundamental I (1ª ao 5ª ano). No período da tarde é oferecido pela rede estadual
de educação o ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), na modalidade tempo
Integral e a noite o ensino médio (1ª ao 3º ano). A escola está localizada no
Bairro rural Santa Rita do Pontal que atende alunos de 5 assentamentos que
teve sua origem através da organização de Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), os quais lutaram pela posse das terras devolutas.
Justificativa:
O projeto de pesquisa tem a finalidade de trazer a tecnologia e uso de
aplicativos para dentro da escola do campo e proporcionar um ensino
aprendizagem de qualidade e atrativos aos alunos, pretendesse com o a
pesquisa desenvolver atividades com os alunos do 9º ano do ensino fundamental
II um aplicativo onde o mesmo terá conteúdos que aborde a realidade do campo
com o mesmo objetivo da proposta curricular do estado de São Paulo que e
garantir as competências e habilidades do ensino, esse aplicativo será aplicado
junto aos alunos nas aulas de ciências. Os primeiros passos e a criação de um
aplicativo é ter uma imaginação. Os aplicativos servem para resolver problemas
rotineiros da sociedade. Os problemas estão por toda parte e, para identificar
uma questão a ser solucionada, é preciso realizar um processo de
1brainstorming.
1
Brainstorming significa tempestade cerebral ou tempestade de ideias. É uma expressão inglesa
formada pela junção das palavras "brain", que significa cérebro, intelecto e "storm", que significa
tempestade.
O brainstorming é uma dinâmica de grupo que é usada em várias empresas como uma técnica
para resolver problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar
informação e para estimular o pensamento criativo.
Para isso, o ideal é fazer um levantamento dos conteúdos e atividades, e
busca ideia de que posso melhorar as aulas de ciências com o uso do aplicativo
e, a partir disso, pensar em possíveis soluções. Além de identificar a demanda,
é preciso fazer a validação da ideia, verificando se ela é real e procurando
entender como ela será desenvolvida. Nesse primeiro momento, é preciso
procura os conteúdos que contemple a realidade do campo na proposta
curricular de ciências do estado de São Paulo para se basear no que o aplicativo
irá oferecer ao educando, Depois de confirmar a escolha do tema do aplicativo
e as competências e habilidades a que ele vai atender o segundo passo é definir
as principais características do app.
Objetivos:
O objetivo desta pesquisa é elaborar um aplicativo de celular para aulas de
ciências, o qual poderá potencializar o ensino aprendizagem através de
conteúdos que retratem a realidade dos alunos do campo para que eles possam
utilizar a novas tecnologias que a humanidade contemporânea detém.
Fundamentação teórica
Segundo SAVIANI 2003, educação é um acontecimento próprio dos seres
humanos, portanto o homem em vez de se adaptar a natureza ele a transforma
através do trabalho, nesse aspecto o processo de produção de sua
representação mental dos objetos incluindo o conhecimento das propriedades
do mundo real (ciências), de valorização (ética) e de simbolização (arte).
A natureza da educação se esclarece quando há um fenômeno onde ao
mesmo tempo se tem a presença do professor e do aluno, sendo o ato de dar
aula é inseparável da produção de consumo tendo a produção feita pelo
professor e consumida pelo aluno.
Um outro contexto utilizado por Saviani (2003) e que a natureza não e dada a
priori, ou seja, o homem constrói a sua própria natureza. Nessa perspectiva, a
atividade, de uma forma direta e intencional, constrói em cada indivíduo a
humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens.
No método educativo em espaço de ensino, os conhecimentos e
habilidades são transferidos para as crianças, jovens e adultos sempre com o
objetivo desenvolver o raciocínio, ensinar a pensar sobre diferentes problemas,
auxiliar no crescimento intelectual e na formação de cidadãos capazes de gerar
transformações positivas na sociedade.
Recentemente, a legislação educacional brasileira oferece uma grande
base legal para a implementação de políticas públicas distintas para os
moradores rurais que frequentam escola do campo e que desenvolvem
atividades no meio rural, sendo muitas conquistadas com a presença dos
movimentos sociais do campo, mas lembrado que essas conquistas muitas das
vezes não são aplicadas devido a fala de equipamento tecnológicos para um
ensino aprendizagem renovador.
Podemos definir a educação do campo como uma modalidade de
educação que ocorre em espaços denominados rurais.
A educação das pessoas que vivem no campo sempre foi objeto da luta
por maiores direitos, que garantam aos camponeses a mesma educação
destinada as pessoas da cidade. Segundo a Constituição Brasileira (BRASIL
1988) a educação passa a ser direito de todos e um dever do estado e da família
sendo assim a educação do campo é um direito dos povos que vivem no campo.
A Constituição de 1988 foi resultado e uma luta popular que emergiu
contra a ditadura e restabeleceu a democracia. Nesse contexto, a luta
pela terra possibilitou a formação de uma concepção democrática de
educação, em que os seus protagonistas propuseram e levaram a cabo
o direito de ter uma escola que contribua de fato para o
desenvolvimento do campo. (FERNANDES, 2009, p. 143)
A nova LDBEN (BRASIL,1996) regulamenta o ensino escolar, expande seu
sentido de abrangência considerando que a educação está relacionada ao
mundo do trabalho e à prática escolar. Em seu Capítulo II, artigo 28 ela aborda
sobre a legitimação da educação do campo que: Permite a adaptação à
educação básica às peculiaridades da zona rural e de cada região, tendo
especificamente: conteúdos curriculares e metodologia apropriada às
necessidades reais e interesses e condições climáticas; adequação à natureza
do trabalho (DORNAS; 1997).
Portanto, tal documento revela um objetivo maior em relação à inclusão
da educação em todos os níveis, buscando uma integração da educação escolar
com as experiências cotidianas do educando, de acordo com sua origem, seus
costumes e seus valores, numa perspectiva integradora escola/campo.
É certo que a educação é o instrumento de formação do ser humano
desde o momento em que ele vem ao mundo. Por meio da educação, o ser
humano capacita-se a desenvolver sua cultura, ser participativo e reflexivo em
suas atividades profissionais e sociais, relacionando-se socialmente com o
mundo que o cerca. A educação do campo, direcionada à população rural,
realiza-se sob diferentes iniciativas: por meio da educação formal, que se refere
à escolarização da referida população nos diferentes níveis de ensino,
organizada pela rede pública, privada ou comunitária, e por meio da educação
que parte da iniciativa de movimentos sociais, ONGs, pastorais, instituições de
assistência técnica e de pesquisa, entre outras entidades da sociedade civil.
Faz-se necessário mencionar os Princípios da Educação do Campo, que,
segundo destaca Ramos, Moreira e Santos (2005, p. 40), constituem a Política
Educacional do Campo:
I - O Princípio Pedagógico do papel da escola enquanto formadora de
sujeitos articulada a um projeto de emancipação humana, que se refere
a uma educação que deve contemplar os sujeitos que possuem
peculiaridades, as quais devem ser preservadas, sendo incorporadas
nos currículos escolares, com ênfase na emancipação dos sujeitos do
campo, visando à valorização das experiências de vida e, ao mesmo
tempo, ampliando os conhecimentos que se fazem necessários na
formação do sujeito. II – O Princípio Pedagógico da valorização dos
diferentes saberes no processo educativo nos diz que cabe à escola
resgatar a diversidade cultural que cada educando traz consigo,
valorizando esses saberes e transformando-os em instrumentos
capazes de contribuir no processo educativo. A pesquisa surge como
um importante aliado à educação do campo, pois valoriza os saberes
locais, ampliando-os. III – O Princípio Pedagógico dos espaços e
tempos de formação dos sujeitos da aprendizagem coloca que o
conhecimento se dá nos diferentes espaços sociais, cabendo à escola
sistematizar, analisar e sintetizar as diferentes formas de saberes que
surgem, ampliando-os e relacionando-os com a sociedade em que os
sujeitos estão inseridos. IV – O Princípio Pedagógico do lugar da
escola vinculada à realidade dos sujeitos mostra-nos que a escola
deve ir ao encontro dos sujeitos, valorizando suas experiências de vida
e, paralelamente, proporcionando-lhes momentos de reflexão e de
análise, a fim de que sejam capazes de selecionar seu modo de vida.
V – O Princípio Pedagógico da educação como estratégia para o
desenvolvimento sustentável tem como base a participação coletiva da
população do campo, nas gestões políticas e comunitárias,
considerando sua diversidade e buscando um desenvolvimento
humano amparado na construção de uma cidadania, que coloque o
sujeito do campo como protagonista principal do processo produtivo
socioeconômico, respeitando a sustentabilidade ambiental. VI – O
Princípio Pedagógico da autonomia e colaboração entre os sujeitos do
campo e o sistema nacional de ensino atribui às políticas públicas a
missão de respeitar a heterogeneidade existente nos povos do campo,
formulando parâmetros diferenciados e específicos para cada região,
buscando atender suas necessidades particulares.
Atualmente o uso das novas tecnologias na educação do campo também
se faz necessário, em virtude das modificações socioeconômicas ocorridas na
sociedade contemporânea. O jeito de pensar e o modo de comportamento das
crianças é influenciado pelo conjunto social em que elas estão inseridas. O
emprego de software, jogos virtuais, aplicativos educacionais no ambiente
escolar necessitam ser embasadas em objetivos educativos claros e
selecionados pelo potencial pedagógico que possuem. As ferramentas
tecnológicas enriquecem e completam a diversidade de materiais e contextos de
aprendizagem. Esses recursos necessitam ser usados de forma interligada a
outras atividades e não as substituindo.
Neste sentido, o uso das TIC nas instituições de ensino vem tornando se
uma necessidade. Segundo Melo (2005, p. 57),
com o avanço desse conhecimento nos processos de ensino e de
aprendizagem, se tornaram imprescindível a inserção do professor nas
novas competências e habilidades que utilizam recursos tecnológicos.
Mas, quando a instituição de ensino não conta com recursos para a
obtenção de computadores para desenvolver práticas envolvendo
tecnologia, prevalecem os dispositivos pertencentes aos estudantes,
como, por exemplo, tablets e smartphones.
Assim, pelos motivos até aqui apontados é que esta pesquisa, tem como
objetivo principal a construção de saberes, a partir do uso de aplicativos para
utilização em smartphones, no ensino de ciências de alunos de uma escola rural
no assentamento Gleba XV de Novembro no pontal do Paranapanema.
A metodologia de ensino das Ciências naturais tem uma função
importante para o entendimento do mundo, pois, as informações obtidas através
de seus conteúdos vão desde a elaboração de uma receita, até a mais alta
tecnologia, como o uso de ferramentas de informática e aplicativos de celulares
e tablets. Mas, em virtude do desenhar como os conteúdos são trabalhados, a
sua compreensão, por parte dos educandos, é muitas vezes dificultada,
causando uma série de problemas para o desenvolvimento do processo de
ensino e aprendizagem, já que, muitas vezes o professor não percebe que
algumas deficiências de sua ação pedagógica, interferem no ensino. Para Freire
(1996, p. 27)
[...] Saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando
entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações,
à curiosidade, às perguntas dos alunos, as suas inibições, um ser crítico
e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a ele ensinar e não
a de transferir conhecimento.
Metodologia
A pesquisa ocorrera como uma sequência didática, onde será usado um
aplicativo de celular, que será usado pelos alunos, para facilitar o ensino
aprendizagem dos jovens do campo que usaram seus próprios celulares para fiz
educativos, e que o mesmo aborde conteúdo que esteja dentro da proposta
curricular do estado de São Paulo abordando temas que retrate o dia a dia do
homem do campo como agroecologia, agroflorestal e agricultura familiar. O
aplicativo funcionara como um apoio as aulas de ciências e seu uso será para
complementar a proposta curricular da escola e que não supra com êxodo os
temas e que o aplicativo aborde um tema que retrate a agricultura familiar de
modo sustentável a unir pratica e teoria que esse ensino aprendizagem posso
da poio ao ensino de ciências.