Questões Comentadas de Gramática
Questões Comentadas de Gramática
Questões Comentadas de Gramática
Cespe
Questões Comentadas
Gramática
1
© 10/2011 – Editora Sintagma palc lavra
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Editora
Sintagma
Pacco, Marcos.
Questões Comentadas: Gramática – Volume 1 – CESPE
Marcos Pacco – 1ª ed.
Editora Sintagma – Brasília, DF: Sintagma Editora, 2011
170 p.
CDD 469
Editor
Marcos Pacco
Conselho Editorial
Marcos Pacco
Renata Ribeiro
Tiago França
Diagramação
Antônio Francisco Pereira
Capa
Guilherme Alcântara
Revisão
Lucas Ribeiro
Esta obra é parte integrante da Novíssima Gramática Aplicada ao Texto, mas pode ser vendida
separadamente.
Bom treino!
O Editor
SUMÁRIO
Capítulo 1
Classes Gramaticais Variáveis................................................................ 11
Artigos, substantivos, adjetivos e numerais..................................... 11
Pronomes......................................................................................... 13
Verbos.............................................................................................. 21
Comentários........................................................................................... 26
Capítulo 2
Classes Gramaticais Invariáveis............................................................. 37
Preposições...................................................................................... 37
Conjunções...................................................................................... 40
Advérbios e palavras denotativas.................................................... 42
Comentários........................................................................................... 45
Capítulo 3
Regência Verbal e Nominal.................................................................... 51
Comentários........................................................................................... 58
Capítulo 4
Crase....................................................................................................... 65
Comentários........................................................................................... 70
Capítulo 5
Sintaxe do Período Simples.................................................................... 75
Comentários........................................................................................... 80
Capítulo 6
Sintaxe do Período Composto................................................................ 85
Comentários........................................................................................... 92
Capítulo 7
Pontuação............................................................................................. 101
Comentários......................................................................................... 114
Capítulo 8
Partícula Se........................................................................................... 125
Comentários......................................................................................... 129
Capítulo 9
Concordância Verbal e Nominal........................................................... 133
Comentários......................................................................................... 141
Capítulo 10
Colocação Pronominal......................................................................... 149
Comentários......................................................................................... 152
Capítulo 11
Domínio das Relações Morfossintáticas, Semânticas e Discursivas.... 155
Comentários......................................................................................... 159
Capítulo 12
Acentuação e Ortografia....................................................................... 165
Comentários......................................................................................... 158
CESPE/UnB
Questões Comentadas:
Gramática
Classes Gramaticais
1
Capítulo
Variáveis
1. No texto, o termo “o” que precede “que” (ℓ.2), “fato” (ℓ.3) e “tempo”
(ℓ.3) classifica-se como artigo nas três ocorrências.
2. Na linha 2, o termo “só é possível” indica que “ser” está empregado como
verbo, não como substantivo, sinônimo de pessoa.
11
Marcos Pacco
“Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos
quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas
nunca foram tão bonitas, embora tão poucas.”
12
Classes Gramaticais Variáveis
1
“O ano de 1964 representou para a Universidade de Brasília o maior
retrocesso que pôde existir na história do ensino superior no Brasil. No
meu entender, foi um verdadeiro aborto na história da ciência, pois
aqui se perdeu o que existia de melhor em conhecimento científico e
5
intelectual deste país. Digo isso porque presenciei os fatos daquela
época. Destruíram, aqui, o ninho dos homens-águias. Desapareceram
os grandes personagens, que foram a verdadeira história da UnB.
Restaram apenas mágoas e ressentimentos, medo e desconfiança,
um sentimento de desgosto e de tristeza no meio de toda aquela gente
10
se evadindo ou assistindo com pavor à violência e à desmoralização
de seus colegas e familiares sem que nada se pudesse fazer. Por isso
afirmo e considero que aqui a história ficou interrompida.
Entre prisões e renúncias ao cargo, a Universidade perdeu os melhores
professores escolhidos pelo reitor Darcy Ribeiro. Até aquela data, o
15
que existia de melhor em matéria de ensino estava na Universidade
de Brasília.”
10. A palavra segundo está sendo empregada como numeral em: “Segundo o
Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa” (ℓ.1).
Pronomes
1 “— Eu violei o segredo dos deuses, acudia Stroibus.
O homem é a sintaxe da natureza, eu descobri as leis da gramática
divina...
— Explica-te.
5 — Mais tarde; deixa-me experimentar primeiro. Quando a minha
doutrina estiver completa, divulgá-la-ei como a maior riqueza que os
homens jamais poderão receber de um homem. Imaginem a expec-
tação pública e a curiosidade dos outros filósofos, embora incré-
dulos de que a verdade recente viesse aposentar as que eles mesmos
10 possuíam. Entretanto, esperavam todos.”
13
Marcos Pacco
12. No trecho “que a verdade recente viesse aposentar as que eles mesmos
possuíam” (ℓ.2-3), o termo “as” exerce a função sintática de complemen-
to direto da forma verbal “possuíam”.
14. Um pronome oblíquo o(s), colocado após uma palavra terminada em -s,
não necessariamente um verbo, assume a forma -lo(s). Foi o que ocorreu
em “Ei-los” (ℓ.1).
14
Classes Gramaticais Variáveis
17. Embora a ênfase criada pela redundância no uso dos pronomes “se” e “si”,
em “um sujeito que se situa a si e ao outro” (ℓ.1-2), reforce a argumenta-
ção, a opção pelo emprego de apenas um deles – como, por exemplo, um
sujeito que situa a si e ao outro – preservaria a clareza, a coerência e a
correção gramatical do texto.
20. Em “na raiz do que se pode chamar” (ℓ.1), a substituição de “do” por
daquilo mantém a correção gramatical do texto.
15
Marcos Pacco
21. No trecho “alívio dos que” (ℓ.1), a substituição de “dos” por daqueles
prejudica a correção gramatical do período.
16
Classes Gramaticais Variáveis
1 “Cidade e corte, que desde muito tinham notícias dos nossos dois
amigos, fizeram-lhes um recebimento régio, mostraram conhecer seus
escritos, discutiram as suas ideias, mandaram-lhes muitos presentes,
papiros, crocodilos, zebras, púrpuras. Eles, porém, recusaram tudo,
5 com simplicidade, dizendo que a filosofia bastava ao filósofo, e que o
supérfluo era um dissolvente.”
25. Nos trechos “que desde muito tinham notícias dos nossos dois amigos”
(ℓ.1-2) e “que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um
dissolvente” (ℓ.5-6), os elementos gramaticais grifados exercem a mesma
função sintática.
26. A substituição de “com que” (ℓ.3) por com a qual prejudica a correção
gramatical do período.
27. A substituição do termo “cujos” (ℓ.3) por dos quais prejudica a correção
gramatical do período.
17
Marcos Pacco
30. O pronome relativo “onde” foi empregado como uma referência a local,
como exige a norma padrão, em “onde os que eram chamados se organi-
zavam para, de comum acordo, deliberar sobre decisões” (ℓ.1-2).
“Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos
quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas
nunca foram tão bonitas, embora tão poucas.”
“Um dia ele me disse que era uma pena que os homens tivessem de
ser julgados como cavalos de corrida, pelo seu retrospecto.”
18
Classes Gramaticais Variáveis
34. No trecho “Um dia ele me disse que era uma pena” (ℓ.1), o pronome
“que” exerce a função sintática de sujeito da oração.
36. O desenvolvimento das ideias do texto mostra que o pronome “suas” (ℓ.6)
estabelece relação com o início do texto, por associar “dependências” (ℓ.6)
a “pesquisas” (ℓ.1).
37. Os termos “que” (ℓ. 1), “Esse” (ℓ.3) e “Eles” (ℓ.6) são pronomes.
19
Marcos Pacco
b)
O uso do pronome em “se construir” (ℓ.3) e “entender-se” (ℓ.3) mostra
que deve ser usado o pronome também em “pertencer” (ℓ.4): perten-
cer-se.
c)
Na linha 5, preservam-se a coerência dos argumentos e a correção gra-
matical do texto ao se deslocar o pronome “as” para depois do verbo
“fazem” do seguinte modo: fazem as mover-se.
20
Classes Gramaticais Variáveis
Verbos
“Nos quase 500 anos que durou o processo de plena ocupação e inte-
gração do espaço nacional, foi apresentada sempre a construção de
uma rede unificada de transportes como a única forma de assegurar a
integridade do território.”
40. A expressão “que durou” (ℓ.1) indica que o processo de ocupação e inte-
gração do espaço nacional está sendo considerado como completo.
41. O verbo “participar” (ℓ.1) está empregado, no período, como termo subs-
tantivo.
21
Marcos Pacco
45. As formas verbais ‘seja’ (ℓ.2) e ‘precisa’ (ℓ.3) estão flexionadas no modo
subjuntivo, porque ambas se referem a uma situação hipotética.
46. No trecho “Espera que cada um se realize” (ℓ.8), seguindo o padrão dos
verbos conviver (ℓ.6) e ter (ℓ.7), o poeta faz uma recomendação ao
interlocutor, usando o modo imperativo.
22
Classes Gramaticais Variáveis
“Se você é médico, ponha de lado aquele seu livrinho com o jura-
mento de Hipócrates e aprenda a traduzir hieróglifos.”
50. No texto, seria incorreto substituir “que gerem” (ℓ.3) por que possam
gerar.
23
Marcos Pacco
“Por exemplo, se cada caçador reparte sua presa apenas com a família
imediata, é mais provável que a caça se torne fortemente competitiva.”
“Nos quase 500 anos que durou o processo de plena ocupação e inte-
gração do espaço nacional, foi apresentada sempre a construção de
uma rede unificada de transportes como a única forma de assegurar a
integridade do território.”
24
Classes Gramaticais Variáveis
“E, no ano passado, cresceu a um ritmo mais intenso do que nos anos
anteriores, com ganhos salariais para os 13 trabalhadores. Dados
recentes indicam que essa tendência deve se manter.“
58. A substituição de “deve se manter” (ℓ.3) por deve ser mantida preserva a
correção gramatical do período.
60. No texto, seria incorreto substituir “Foi divulgado” (ℓ.1) por Divulga-
ram-se.
25
COMENTÁRIOS
Classes Gramaticais Variáveis
26
Classes Gramaticais Variáveis
27
Marcos Pacco
14. CERTO. A regra diz que os pronomes pessoais oblíquos átonos o, os, a,
as se transformam em lo, los, la, las, após verbos ou outros pronomes pes-
soais átonos terminados em –R, –S, –Z. A única ressalva que fazemos
a essa questão do Cespe é que o autor afirma que tal mudança ocorre,
genericamente, após palavras terminadas em –s. Não é verdade que seja
após quaisquer palavras terminadas nessa consoante. O pronome deve es-
tar ligado a uma palavra por hífen. No texto, o pronome “os” está ligado
à palavra denotativa “eis”, que aceita o hífen. Vejam-se outros exemplos:
28
Classes Gramaticais Variáveis
17. CERTO. Os pronomes “se” e “si” foram usados em sua função reflexi-
va, ou seja, aquela em que o sujeito da oração pratica e recebe a ação. O
uso repetitivo observado no período serve, estilisticamente, para reforçar
a mensagem reflexiva, promovendo ênfase. Mas a retirada de “se” não
causaria erro gramatical, uma vez que seu valor contextual é apenas esti-
lístico (aumento da expressividade).
20. CERTO. A substituição de “do” por daquilo pode ser feita contextual-
mente sem prejuízo gramatical ou semântico. Note-se que “o” na expres-
são “na raiz do que se pode chamar” não é artigo definido, e sim pronome
demonstrativo, tanto que pode ser substituído por aquilo (também prono-
me demonstrativo) sem nenhuma alteração semântica ou erro gramatical.
29
Marcos Pacco
22. ERRADO. O pronome isso não retoma apenas parte do parágrafo, mas
todo ele, a começar em “para ser democrático”.
30
Classes Gramaticais Variáveis
28. ERRADO. Apesar de “os quais”, “cujos” e “que” serem todos prono-
mes relativos, a substituição do primeiro pelos outros contextualmente
não pode ocorrer sem que se incorra em erro gramatical. Observe-se, por
exemplo, que o pronome cujos estabelece relação de posse entre dois
substantivos – um anterior e outro posterior, o que não ocorre com os
outros pronomes relativos (que substituem apenas um termo anterior).
Portanto, no lugar de “os quais” ou “que” não cabe “cujo” sem que se
provoque erro gramatical ou alteração semântica.
33. CERTO. Na expressão “Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um
calor dos infernos ...”, o termo sublinhado exerce a função de adjunto
adverbial de lugar. E o pronome relativo “onde” retoma esse antecedente.
31
Marcos Pacco
32
Classes Gramaticais Variáveis
45. ERRADO. Realmente “seja” está no modo subjuntivo, mas “precisa” não.
Esta forma verbal representa o presente do indicativo, ou seja, expressa
um fato certo, concreto, num tempo atual. Subjuntivo expressa hipótese.
46. CERTO. O poema foi construído tendo por base o imperativo. O Impe-
rativo é o modo verbal pelo qual se dá uma ordem, um conselho, uma su-
gestão ou se faz um pedido a alguém. É incorreto se pensar que esse modo
verbal expresse apenas ordem. A questão afirma que “o poeta faz uma re-
comendação ao interlocutor, usando o modo imperativo”, o que é correto.
33
Marcos Pacco
50. ERRADO. Tanto a forma verbal “gerem” quanto “possam gerar” estão
conjugadas no tempo presente do modo subjuntivo. A substituição pela
locução não causaria prejuízo semântico nem gramatical. A simples subs-
tituição, no texto, de uma pela outra mostraria a compatibilidade entre
elas, não sendo necessário saber a que tempo elas pertenceriam.
34
Classes Gramaticais Variáveis
56. ERRADO. A questão está errada apenas pela concordância verbal. Sabe-
-se que o verbo deve concordar com o sujeito. Se o sujeito estiver, por
exemplo, no singular, o verbo deve também ficar no singular. A substitui-
ção proposta para o termo destacado no trecho “Atualmente, o PEFC é
composto por 30 membros” estaria correta se fosse por compõe-se (sin-
gular) e não compõem-se (plural), uma vez que o verbo deve concordar
com o sujeito simples “o PEFC”.
35
Marcos Pacco
58. CERTO. A substituição de “deve se manter” por deve ser mantida pre-
serva a correção gramatical. Ocorre, neste caso, a mudança de voz passi-
va sintética (“deve se manter”) para voz passiva analítica (“deve ser man-
tida”). Reconhece-se a estrutura de voz passiva analítica pela presença
de verbo ser + particípio. Já a voz passiva sintética apresenta VTD ou
VTDI + partícula apassivadora (se).
36
Classes Gramaticais
2
Capítulo
Invariáveis
Preposições
37
Marcos Pacco
“Seu técnico, Bob Bowman, previu que ele bateria recordes mundiais
dali a 12 anos, nos Jogos Olímpicos de 2008.”
38
Classes Gramaticais Invariáveis
de ferramenta
função pragmática: de atuação sobre o outro
de recurso para fazer o outro conceber o mundo
10. O conectivo “de modo a” (ℓ.3) pode ser substituído por a despeito de sem
que haja alteração no significado original do texto.
39
Marcos Pacco
“No início do século 19, o filósofo Hegel chegou a dizer que a leitura
dos jornais era “a oração matinal do homem moderno”.
“Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas, jogava tênis,
nadava, nunca pegara uma gripe – até ter um derrame cerebral. Vivia
envolvido com “sirigaitas”, como minha mãe as chamava, e com
fracassos comerciais crônicos.”
15. No trecho “Na Tailândia, tropas foram mobilizadas para conter a invasão
aos campos de arroz” (ℓ.2-3), o conector “para” estabelece uma relação
de consequência entre as ações verbais das orações.
Conjunções
“Por ironia, as notícias mais frequentes produzidas pelas pesquisas
científicas relatam não a descoberta de novos seres ou fronteiras
marinhas, mas a alarmante escalada das agressões impingidas aos
oceanos pela ação humana.”
40
Classes Gramaticais Invariáveis
17. O termo “enquanto” (ℓ.1) pode, sem prejuízo para a correção gramatical e
para as informações originais do período, ser substituído por qualquer um
dos seguintes: ao passo que, na medida que, conquanto.
19. Em “como nos últimos anos” (ℓ.1-2), a palavra “como” tem valor con-
formativo.
21. Por ser empregada duas vezes no mesmo período, a palavra “nunca”
(ℓ.3) pode ser substituída, nas duas ocorrências, pela conjunção nem,
sem prejuízo para o sentido do texto.
41
Marcos Pacco
22. A combinação “tanto (...) quanto” (ℓ.4) pode ser substituída pela combi-
nação não só (...) mas também, mantendo-se a ideia de adição de infor-
mações.
“Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos
quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas
nunca foram tão bonitas, embora tão poucas.”
23. No trecho “mas suas freguesas nunca foram tão bonitas, embora tão
poucas” (ℓ.2-3), as conjunções coordenativas “mas” e “embora” expressam
valores adversativos.
BSB, 8/3/2009.
Excelentíssima Senhorita:
42
Classes Gramaticais Invariáveis
26. Nas orações “A mídia confunde muito o direito do Cidadão com o direito
do Consumidor” (ℓ.1-2) e “poucos têm muito” (ℓ.5), a palavra “muito”
tem o mesmo valor adverbial.
43
Marcos Pacco
1 “Cometi apenas um erro. Não soube ser feliz. Nunca: nem um só dia,
nem sequer uma hora. A própria criação, um prazer para os poetas
mais sensíveis, foi para mim sempre mais angustiante que redentora.
A causa primeira do meu infortúnio, conheço-a agora. Tive sempre
5 medo da vida.”
44
COMENTÁRIOS
Classes Gramaticais Invariáveis
45
Marcos Pacco
10. ERRADO. Tanto “de modo a” quanto a despeito de são locuções pre-
positivas. Entretanto, introduzem ideias diferentes: a primeira expressa
finalidade; a segunda, oposição, concessão (equivale a embora). Uma
não tem nada a ver com a outra. Portanto, a substituição seria incorreta.
46
Classes Gramaticais Invariáveis
47
Marcos Pacco
21. ERRADO. Pela simples leitura, pode-se perceber que a primeira ocor-
rência do advérbio “nunca” não pode ser substituída pela conjunção adi-
tiva “nem”. Isso ocorre porque “nunca” não tem nenhum valor semântico
de adição, o que é o caso de nem. Simplesmente introduz uma ideia de
tempo à oração subsequente; já no segundo caso, à primeira vista parece
que a substituição pode ocorrer. Mas aqui há uma questão gramatical: no
trecho “e nunca se deu tão pouco a ele” já existe o conectivo de adição
“e”; logo, não faz sentido o emprego de dois conectivos que indiquem
adição para introduzir a mesma oração.
22. CERTO. As expressões “tanto quanto” e “não só mas também” são lo-
cuções conjuntivas coordenativas aditivas e se equivalem semântica e
sintaticamente.
48
Classes Gramaticais Invariáveis
29. ERRADO. A expressão “Por outro lado” não explicita, não deixa claro
o “segundo momento” esperado no texto. Essa expressão classifica-se
como palavra denotativa de continuação e apenas introduz a citação do
“segundo momento”. Veja-se que tal expressão, por si só, não é capaz de
explicitar nada.
49
Regência Verbal e
3
Capítulo
Nominal
1. No trecho “A impiedosa lucidez com que eu agora pensava em meu pai en-
cheu-me de horror” (ℓ.1-2), o emprego da preposição “com” é facultativo.
51
Marcos Pacco
“A cultura refinada nunca foi para muita gente. A cultura mais sofisti-
cada e profunda sempre foi um fenômeno restrito em que as barreiras
de acesso sempre foram enormes.”
52
Regência Verbal e Nominal
10. O trecho “Temos coisa melhor do que esses tratados” (ℓ.1) admite, sem
prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do texto, a seguin-
te reescrita: Temos coisa melhor que esses tratados.
53
Marcos Pacco
54
Regência Verbal e Nominal
18. As formas verbais “provocou” (ℓ.1) e “é” (ℓ.6) são verbos de ligação.
19. Acerca da sintaxe do trecho “Os números são semelhantes aos relaciona-
dos aos furtos, roubos e ameaças”, pode-se afirmar que o vocábulo “são”
está empregado como verbo de ligação.
55
Marcos Pacco
“Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada é mais
marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar
o mundo segundo nossa qualificação, nossa energia, nossa imagi-
nação”.
56
Regência Verbal e Nominal
57
COMENTÁRIOS
Regência Verbal e Nominal
58
Regência Verbal e Nominal
59
Marcos Pacco
7. ERRADO. A questão afirma que a forma verbal “faltam” rege dois com-
plementos, o que não procede. Há apenas um complemento: “às empre-
sas” (objeto indireto). O termo “profissionais” – indicado como objeto
direto – funcionaria, na verdade, como sujeito, substituído pelo pronome
relativo “que”. Veja-se a oração subordinada reescrita: Profissionais
faltam às empresas.
10. CERTO. A regra diz que em estruturas comparativas tanto faz usar a
conjunção “que” ou a locução conjuntiva “do que”. Portanto, o item está
correto.
11. CERTO. A gramática diz que o verbo atender admite duas regências,
sem alteração semântica: VTD ou VTI. No texto, está empregado como
VTI, com a preposição “a”. Se for retirada tal preposição, não haverá
prejuízo gramatical nem semântico, uma vez que o verbo passará a ser
classificado como VTD.
60
Regência Verbal e Nominal
61
Marcos Pacco
17. CERTO. Observe-se que no trecho “Esse conceito pressupõe que todos
sejam forçados a viver em casas idênticas, ganhar os mesmos salários,
comer as mesmas comidas e acreditar nos mesmos valores?” há uma
cadeia de elementos que funcionam como complementos da locução ver-
bal “sejam forçados”. Quem é forçado, é forçado a... O autor poderia ter
usado a preposição “a” antes de cada verbo destacado em negrito, uma
vez que fazem parte da enumeração; porém optou pela elipse, como uma
estratégia argumentativa e estilística que evita a repetição. Vale salientar
que repetição não é erro gramatical. Em alguns casos, pode ser uma falha
de estilo, mas não incorreção gramatical.
18. ERRADO. Apenas a forma verbal “é” é verbo de ligação. O verbo “pro-
vocou” classifica-se, no contexto, como transitivo direto e indireto, uma
vez que exige o complemento direto “efeito oposto” e o indireto “para o
McDonald’s”.
19. CERTO. No trecho “Os números são semelhantes...”, o verbo ser é clas-
sificado como de ligação, uma vez que liga o sujeito (os números) ao pre-
dicativo do sujeito (semelhantes). São exemplos de verbos de ligação que
gramaticalmente poderiam substituir a forma verbal “são”: parecem, con-
tinuam, tornam-se, permanecem, estão.
20. CERTO. A expressão “por meio de” é uma locução prepositiva que ge-
ralmente introduz adjuntos adverbiais de modo. No contexto, ela poderia
ser subtituída apenas pela preposição por sem prejuízo gramatical nem
semântico, uma vez que o termo “mecanismos linguísticos” expressa
ideia de modo e admite tal preposição. Veja-se a oração reescrita: “(...)
que é criado por mecanismos linguísticos...”.
62
Regência Verbal e Nominal
63
Marcos Pacco
29. ERRADO. A inserção da preposição não causa alteração nas relações se-
mânticas entre os termos da oração nem desrespeito às regras gramaticais
de regência do período. Observe-se que, assim como na questão anterior,
o substantivo ideia exige complemento nominal. E são duas as orações
que exercem essa função: “a ideia de que o lucro de um pode ser o pre-
juízo do outro e que cada um deve defender os próprios interesses”.
O autor fez uma opção estilística de suprimir a preposição que precederia
o conectivo oracional da segunda oração, evitando, assim, uma repetição
desnecessária. Entretanto, como já se viu anteriormente, repetição não é
erro. Logo, poder-se-ia proceder à inserção do conectivo “de” sem preju-
ízo gramatical ou semântico.
64
4
Capítulo
Crase
65
Marcos Pacco
7. Pelo fato de “associado” (ℓ.3) exigir que seu complemento seja regido
pela preposição a, pode ser empregado o sinal indicativo de crase em “a
outra cultura”.
66
Crase
67
Marcos Pacco
“No início, Michael não gostava de treinar, mas aos poucos as coisas
começaram a mudar. Aos 11 anos, ele resolveu parar de tomar pílulas
para controlar a hiperatividade.”
14. Se a locução “aos poucos” (ℓ.1) fosse trocada por uma outra com palavra
feminina, o emprego da crase seria obrigatório, como em às pressas as
coisas começaram a mudar.
1 “Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos
quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca
foram tão bonitas, embora tão poucas. (...). Às vezes, eles discutiam
na hora do jantar; na verdade, minha mãe brigava com ele, que ficava
5 calado; se ela não parava de brigar, ele se levantava da mesa e saía
para a rua.”
68
Crase
69
COMENTÁRIOS
Crase
70
Crase
71
Marcos Pacco
72
Crase
20. CERTO. Nota-se claramente que o vocábulo condição poderia ser in-
serido imediatamente após a contração “à”. Portanto, tal palavra esta su-
bentedida.
73
Sintaxe do Período
5
Capítulo
Simples
75
Marcos Pacco
6. A oração “Administrar essa cota de água doce” (ℓ.4) exerce função sin-
tática de sujeito.
7. O trecho “um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima incompleta
dos combustíveis” (ℓ.2-3) exerce a função de aposto.
9. O nome “Jean Ziegler” (ℓ.2) está entre vírgulas por constituir um vocativo.
76
Sintaxe do Período Simples
12. No trecho “Os números são semelhantes aos relacionados aos furtos,
roubos e ameaças”, o termo “números” é predicativo do sujeito.
77
Marcos Pacco
15. A oração “que um bem é fundamental” (ℓ.1) exerce a mesma função sin-
tática que “todas as outras liberdades” (ℓ.4).
16. Na linha 1, a expressão “os dados frios” é objeto direto do verbo “mos-
tram”.
17. Pelos sentidos do texto, depreende-se que, no trecho “de modo que as
ferramentas de busca o situem, sempre, entre os primeiros da lista” (ℓ.2-3),
o termo sublinhado, que é complemento do verbo situar, está empregado
em referência a “Um analista de palavra-chave” (ℓ.1).
78
Sintaxe do Período Simples
19. As expressões “em parceria” (ℓ.2) e “com o apoio” (ℓ.3) exercem a fun-
ção sintática de adjunto adverbial de companhia e, por isso, podem ser
substituídas, sem prejuízo do sentido, por juntamente.
79
COMENTÁRIOS
Sintaxe do Período Simples
80
Sintaxe do Período Simples
81
Marcos Pacco
82
Sintaxe do Período Simples
83
Sintaxe do Período
6
Capítulo
Composto
85
Marcos Pacco
7. A expressão “A despeito da” (ℓ.1) pode, sem prejuízo para a correção gra-
matical e as informações originais do período, ser substituída por qual-
quer uma das seguintes: Apesar da, Embora haja, Não obstante a.
86
Sintaxe do Período Composto
10. Em “Cada vez que eu tentava reconciliar-me com ela” (ℓ.1), a expressão
“Cada vez que” pode ser substituída por À medida que, sem alteração
de sentido.
12. Em “Porém, mal experimentava a ilusão (...) a minha pobre alma acabru-
nhada” (ℓ.1-4), o termo “mal” é empregado com sentido temporal.
87
Marcos Pacco
17. Por causa das ocorrências da conjunção “e” no mesmo período sintático,
o conectivo “assim como” (ℓ.4) tem a dupla função de marcar a relação
de adição entre as orações e deixar clara a hierarquia das relações semân-
ticas.
88
Sintaxe do Período Composto
19. As orações que precedem a forma verbal “é” (ℓ.3) constituem o sujeito
que leva esse verbo para o singular.
89
Marcos Pacco
1
“O caso de Chico Mendes foi relatado pela conselheira Sueli Bellato.
Emocionada, ela disse ter lido muito sobre o seringueiro morto para,
então, encadear os argumentos que a fizeram acatar o pedido de
reconhecimento e indenização interposto por Izalmar Mendes. Chico
5
Mendes foi vereador em Xapuri, onde nasceu, e se firmou como
crítico de projetos governamentais de graves consequências ambien-
tais, como a construção de estradas na região amazônica.”
27. No trecho “Minha mãe costumava aparecer na loja, para ver se alguma
sirigaita andava por lá” (ℓ.1), a oração iniciada pela preposição “para”
expressa finalidade.
90
Sintaxe do Período Composto
28. O termo “para que” (ℓ.3) estabelece uma relação de finalidade entre ora-
ções do período.
“... Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história,
os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite
abrir o presente para a construção de futuros possíveis.”
91
COMENTÁRIOS
Sintaxe do Período Composto
1. ERRADO. A locução “já que” equivale a uma vez que, visto que, pois e
porque. Dessa forma, possui valor causal e não comparativo. São exem-
plos de conjunções comparativas: que, do que, quanto mais, quanto menos.
92
Sintaxe do Período Composto
93
Marcos Pacco
10. ERRADO. A expressão “Cada vez que” introduz orações com ideia tem-
poral; já a expressão “à medida que” introduz ideia de proporção, e não
de tempo. Gramaticalmente, seria possível substituir uma pela outra sem
que se causasse erro gramatical. Entretanto, haveria alteração semântica.
94
Sintaxe do Período Composto
95
Marcos Pacco
96
Sintaxe do Período Composto
com o chefe; É ela que vai nos dar a notícia. A partícula de realce não in-
troduz nenhum tipo de oração. Logo, as orações destacadas no enunciado
da questão não exercem a mesma função.
97
Marcos Pacco
próprio aceitará que um termo lhe restrinja o sentido, uma vez que a res-
trição é inerente a ele. Ou seja, o substantivo próprio já possui um caráter
particularizante, que o diferencia dos substantivos comuns. Portanto, ma-
joritariamente, as orações adjetivas que se refiram a substantivos próprios
terão caráter explicativo, esclarecedor.
27. CERTO. A oração “para ver se alguma sirigaita andava por lá” classifi-
ca-se contextualmente como oração subordinada adverbial final. Portan-
to, expressa ideia de finalidade. Deve-se ressaltar que “para” não é uma
conjunção. As orações geralmente são introduzidas por conjunção, e não
preposição. Quando isso ocorre, a oração subordinada recebe, além da
classificação habitual, a denominação de reduzida de infinitivo, de ge-
rúndio ou de particípio. No caso, a oração em destaque receberá o nome
de oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo.
28. CERTO. Compare-se esta questão com a anterior. Veja-se que a ideia de
finalidade está presente nos dois períodos. Na questão anterior, a oração
é introduzida apenas por “para” (preposição); já nesta questão, a oração
“para que o Programa de Acessibilidade para Transportes Coletivos e de
Passageiros seja eficaz” é introduzido pela locução conjuntiva “para que”,
que introduz ideia de finalidade. Locuções são conjuntos de palavras (ge-
ralmente introduzidas por preposição) que têm valor de uma só. Locuções
conjuntivas, portanto, têm valor de uma só conjunção. Observe-se que em
“para que” o segundo elemento é uma conjunção. As orações subordina-
das que são introduzidas por conjunção ou locução conjuntiva recebem a
denominação de desenvolvidas.
98
Sintaxe do Período Composto
99
7
Capítulo
Pontuação
101
Marcos Pacco
4. No trecho “de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religião (caso
quisesse uma), de escolher minhas convicções políticas” (ℓ.1-3), a vírgula
é empregada para separar termos que exercem a mesma função sintática.
“Toda empresa tem uma cultura, uma personalidade, uma cara. Essa
cultura acaba impressa nas pessoas que trabalham ali.”
“O DNA Paulistano, série de pesquisas realizadas, no ano passado,
pelo Datafolha, revelou fatias surpreendentemente elevadas de
pessoas que, nas diversas regiões da cidade, costumam caminhar até
o trabalho”
102
Pontuação
10. A expressão “Carlos Lupi” (ℓ.2) está entre vírgulas por tratar-se de aposto
explicativo.
“Meu tio José Ribeiro, pai destas primas, foi o único, de cinco irmãos,
que lá ficou lavrando a terra e figurando na política do lugar.”
11. No trecho “Meu tio José Ribeiro, pai destas primas, foi o único, de cinco
irmãos” (ℓ.1), “pai destas primas” é uma oração explicativa e, por isso,
está separada por vírgulas.
12. Na linha 5, logo após a palavra “assunto”, a vírgula foi empregada para
isolar o vocativo subsequente.
103
Marcos Pacco
16. A vírgula logo após “investidores” (ℓ.3) é utilizada para separar orações
coordenadas.
17. A vírgula que precede a conjunção “e” (ℓ.2) indica que esta liga duas
orações de sujeitos diferentes; mas a retirada desse sinal de pontuação
preservaria a correção e a coerência textual.
104
Pontuação
18. Na linha 2, o emprego de vírgulas – uma antes de “e” e outra após “se-
gundo” – justifica-se, de acordo com as normas de pontuação da língua
portuguesa, respectivamente, pelo fato de as orações apresentarem o mes-
mo sujeito – “Relatório” – e pela ocorrência de uma exemplificação, in-
troduzida por “como”.
19. No trecho “Vivia envolvido com ‘sirigaitas’, como minha mãe as chamava,
e com fracassos comerciais crônicos” (ℓ.1-2), é facultativo o emprego da
vírgula antes da conjunção coordenada “e”.
105
Marcos Pacco
22. O segmento “que dinamizam suas economias” (ℓ.3) constitui oração su-
bordinada adjetiva restritiva e, por isso, não vem precedido de vírgula.
106
Pontuação
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva
e concentrada no espaço.
26. Se o poeta tivesse resolvido colocar uma vírgula logo após “chão”, em
“Não colhas no chão o poema que se perdeu” (v.11), o trecho continuaria
correto e sem alterações de cunho semântico, porque essa vírgula seria
apenas enfática.
27. Na linha 1, a oração adverbial “quando ele deixa de ser silenciado” está
isolada por vírgulas devido ao fato de ter sido deslocada de sua posição
na ordem direta.
107
Marcos Pacco
1 “A terra era grave como a íbis pousada numa só pata, pensativa como
a esfinge, circunspecta como as múmias, dura como as pirâmides;
não tinha tempo nem maneira de rir.”
(....)
5 “— Temos coisa melhor do que esses tratados, interrompia Stroibus.
Trago uma doutrina, que, em pouco, vai dominar o universo; cuido
nada menos que em reconstituir os homens e os Estados, distribuindo
os talentos e as virtudes.
108
Pontuação
34. Os sinais de ponto e vírgula são empregados, nas linhas 5, 8 e 11, para
separar os termos de uma enumeração, os quais são modificados por
expressões ou orações separadas por vírgulas.
109
Marcos Pacco
37. Na linha 1, a oração “O recado é claro” poderia ser seguida por dois
pontos, em vez do ponto-final, procedendo-se à devida alteração da letra
maiúscula de “As”. Nesse caso, se respeitariam as regras de pontuação,
visto que o trecho subsequente é um esclarecimento, uma explicação.
110
Pontuação
43. A função exercida pelo termo “para substituir os dois” (ℓ.2) permite que
as vírgulas que o delimitam sejam substituídas por duplo travessão ou por
sinal de parênteses, sem que isso resulte em prejuízo à coerência textual
ou à correção gramatical.
44. Na linha 2, o travessão poderia ser substituído por vírgula, sem prejuízo
para a correção gramatical do período.
111
Marcos Pacco
“Esse papel é pesado. Por isso, quando entra ele em crise – quando
minha liberdade de escolher amorosa ou política ou profissional-
mente resulta em sofrimento –, posso aliviar-me procurando uma
solução que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto.”
112
Pontuação
113
COMENTÁRIOS
Pontuação
114
Pontuação
115
Marcos Pacco
14. ERRADO. No trecho “Há um preconceito que parece ser mais resistente
do que os outros, o linguístico”, o termo destacado classifica-se sintatica-
mente como aposto – termo de natureza explicativa que equivale a outro
termo substantivo da oração. A vírgula, portanto, introduz um aposto. É
de se notar que o termo preconceito ficou subentendido. Mas a questão
está errada por afirmar que “um verbo” ficou elíptico e que essa seria a
justificativa para o uso da vírgula, como na frase “A formiga é trabalha-
dora; a cigarra (é) cantora”.
15. ERRADO. Sabe-se que o conectivo pois expressa valor conclusivo quan-
do deslocado na oração (intercalado ou no final), equivalendo a portanto.
Caso fosse transposto para o início da oração (seu lugar normal), adqui-
riria o valor semântico de causa ou explicação e equivaleria a porque.
Ora, explicação e conclusão são ideias totalmente diversas. Note-se que
tal mudança prejudicaria a coerência da argumentação (a lógica textual),
uma vez que alteraria profundamente relação semântica entre este e o
parágrafo anterior. Veja-se uma comparação:
116
Pontuação
20. CERTO. Deve-se notar que o conectivo “onde” introduz uma oração su-
bordinada adjetiva explicativa e que tais orações são obrigatoriamente se-
paradas por vírgulas, travessões ou parênteses. No texto analisado, foram
utilizados travessões. O uso das vírgulas em substituição a eles não causa
prejuízo gramatical nem prejuízo para as informações do texto, apesar de
implicar perda do realce sugerido pelos travessões.
117
Marcos Pacco
23. ERRADO. As vírgulas utilizadas nas orações citadas deixam claro que
se trata de orações com caráter explicativo, e não restritivo. O conectivo
“que”, no contexto, é um pronome relativo, conectivo que introduz ora-
ções subordinadas adjetivas. Existem dois tipos de orações subordinadas
adjetivas; as restritivas e as explicativas. Uma diferença básica entre elas
é o uso de vírgula: as explicativas devem ser separadas por tal sinal de
pontuação; as restritivas não.
118
Pontuação
28. CERTO. Aqui se nota uma questão característica do CESPE. Não é co-
mum se encontrar na tradição gramatical regra que recomende o uso da
vírgula quando uma oração estiver no gerúndio. Nota-se que, contextual-
mente, de fato a vírgula deve ser empregada para realçar o deslocamento
de tal oração, mas não há uma regra que afirme ser o gerúndio um caso
obrigatório de emprego de vírgula.
30. ERRADO. A primeira vírgula citada faz par com a outra vírgula que
intercala o termo “eventualmente” (termo que funciona como adjunto ad-
verbial deslocado). Sua substituição implicaria erro porque não se pode
intercalar um termo com vírgula e travessão ao mesmo tempo.
“Atualmente, não temos certeza, já não estamos tão certos, pois o conflito
de ideologias fez com que indagássemos sobre o que quer dizer uma
interpretação...”
119
Marcos Pacco
34. CERTO. Observe que o trecho citado contém uma enumeração, introdu-
zida por dois pontos. São termos principais dessa enumeração: o “arquite-
to da informação”, o “cientista do exercício”, o “gerente de diversidade”
e o “farmacoeconomista”. Cada um desses termos é seguido por uma
expressão adjetiva, separada por vírgula. O ponto e vírgula demarca, cla-
ramente, as partes principais da enumeração.
120
Pontuação
41. ERRADO. O travessão, assim como os dois pontos, pode ser usado para
introduzir explicações ou enumerações. Logo, a permuta de um por outro,
no contexto, não causaria erro gramatical.
44. CERTO. Sabe-se que o travessão tem a função de introduzir uma explica-
ção. No contexto, introduz uma explicação para o trecho “Essas perguntas
estão na raiz do que se pode chamar de pauta de vanguarda do Supremo
121
Marcos Pacco
Tribunal Federal”. Observe-se que o uso de travessão não teve por objetivo
intercalar a expressão “ou seja”, e sim introduzir todo o trecho subsequente.
A substituição desse travessão por vírgula não implicaria erro gramatical,
mas enfraqueceria o realce dado à explicação. Entretanto, como a questão
não mencionou este último fato, a substituição está correta.
122
Pontuação
123
8
Capítulo
Partícula Se
125
Marcos Pacco
126
Partícula Se
127
Marcos Pacco
14. A conjunção “Se” (ℓ.2) inicia uma oração que apresenta uma condição
para a realização do que se afirma na oração principal.
15. O emprego de “se” em “se esses juízes” (ℓ.2-3) tem valor condicional.
128
COMENTÁRIOS
Partícula Se
3. ERRADO. Para que haja sujeito indeterminado é necessário que haja im-
pessoalidade da linguagem, ou seja, não se explicite o autor da ação, do
processo verbal ou que não se explicite o sujeito. No texto, percebe-se
claramente que o sujeito é a expressão “a preocupação com o isolamento
das regiões do país...”. A partícula se, nesta questão, classifica-se como par-
tícula apassivadora. Observe-se que a expressão “começou a se manifestar”
pode ser substituída por começou a ser manifestada (voz passiva analítica).
129
Marcos Pacco
10. ERRADO. A partícula “se” não é exigida pela regência do termo “o país”,
uma vez que tal termo não pede complemento. A partícula “se”, neste con-
texto, classifica-se como parte integrante do verbo e contribui para que o
verbo “sair” tenha um sentido diferente do habitual, ou seja, passe a ter
o sentido de lograr êxito, conseguir um objetivo etc. Isso nada tem a ver
com regência.
130
Partícula Se
13. ERRADO. A substituição sugerida não provoca erro gramatical nem in-
coerência entre os argumentos do texto. A conjunção “Se”, contextualmen-
te, se classifica como concessiva e tem o mesmo valor de embora. Note-
-se que no texto a expressão “Ao mesmo tempo em que” também estaria
correta; não teria exatamente o mesmo sentido de concessão, mas não pro-
vocaria incoerência. Observe-se que incoerência é falta de lógica. O texto
continua lógico, apesar de poder haver uma pequena alteração semântica.
131
Concordância Verbal
9
Capítulo
e Nominal
133
Marcos Pacco
4. A forma verbal “eram” (ℓ.2) está no plural porque concorda com sujeito
composto.
134
Concordância Verbal e Nominal
135
Marcos Pacco
13. Na linha 1, a forma verbal “vem” está no singular porque concorda com
o pronome demonstrativo “o”.
14. A forma verbal “seria” (ℓ.1) está flexionada no singular para concordar
com “ciência” (ℓ.2).
136
Concordância Verbal e Nominal
“Tinha a impressão de viver continuamente suspenso no limite de dois
reinos – ser uma criança semimorta unida em laço misterioso a um
espectro nostálgico. A criança tinha medo da treva; o espectro da
luz. Uma e outro aspiravam à morte e, simultaneamente, receavam-na.”
137
Marcos Pacco
22. Assinale a opção correta com relação à concordância verbal na frase apre-
sentada.
a. Alguns políticos podem serem cassados.
b. Alguns de nós resolveram sair.
c. Devem haver muitos casos sem solução.
d. Os Estados Unidos da América ainda é a maior economia ocidental.
e. Tratavam-se de assuntos muito importantes.
138
Concordância Verbal e Nominal
27. Em VII, o substantivo entre parênteses, por estar ligado, pelo sentido,
à palavra “dificuldades”, deveria ter sido flexionado no plural, para que
fosse estabelecida a concordância nominal no trecho.
“Os seres humanos, nas culturas orais primárias, não afetadas por
qualquer tipo de escrita, aprendem muito, possuem e praticam uma
grande sabedoria, porém não “estudam.”
139
Marcos Pacco
35. A forma verbal “afastou” (ℓ.3) está no singular porque concorda com
“Tesouro Nacional” (ℓ.1)
140
COMENTÁRIOS
Concordância Verbal e Nominal
5. CERTO. A gramática diz que o sujeito composto deve levar o verbo para
o plural. Entretanto, se o sujeito composto estiver posposto, a concordân-
cia pode ser feita apenas com o núcleo mais próximo ou com todos os
núcleos. Na questão, o sujeito da forma verbal “destaca-se” é a expres-
são “a limitação da jornada diária para seis horas, a obrigatoriedade de
141
Marcos Pacco
7. CERTO. A regra diz que, se o sujeito for formado por expressões par-
titivas (a maioria de..., grande parte de..., a maior parte de..., boa parte
de..., grande número de..., a minoria de...), o verbo pode concordar com
o núcleo dessas expressões ou com o termo preposicionado subsequente.
No texto em questão, a concordância tanto pode ser feita com “maioria”
quanto com “leitores”. Caso se opte pela concordância com “leitores”,
todos os verbos deverão ser alterados. Como tal palavra é masculina, o
particípio “atormentada” deverá ser alterado para o gênero masculino.
Paralelismo diz respeito a padrão. Ocorre geralmente em enumeração de
termos ou orações. Como, na questão, há dois verbos se referindo ao mes-
mo sujeito, ambos devem seguir o padrão de número (plural).
142
Concordância Verbal e Nominal
10. ERRADO. Assim como na questão anterior, a oração “Só se dará pros-
seguimento...” representa a voz passiva sintética. Sabe-se que em tal voz
o sujeito é o termo que funcionaria como objeto direto, no caso “pros-
seguimento”. Como esse termo está no singular, o verbo também deverá
ficar no singular. Observe-se que o examinador tenta induzir o candidato
ao erro, levando a estabelecer a concordância com o complemento prepo-
sicionado “aos pedidos”.
11. ERRADO. Em primeiro lugar, não tem nada a ver a explicação da impes-
soalidade do verbo haver. Não é essa impessoalidade que permitirá afir-
mações generalizadas. Em segundo lugar, a expressão sugerida – “Mas
também outras necessidades provém” – não é uma frase nominal, pois
contém verbo. Em terceiro lugar, a concordância de “necessidades” com
“provém” estaria incorreta, uma vez que o substantivo está no plural e o
verbo no singular (com acento agudo, singular; com acento circunflexo,
plural). O verbo vir e suas formas derivadas recebem acento circunfle-
xo no plural do presente do indicativo : eu venho, tu vens, ele vem, nós
vimos, vós vindes, eles vêm/ eu provenho, tu provéns, ele provém, nós
provimos, vós provindes, eles provêm.
13. CERTO. A gramática diz que, se o sujeito for o pronome relativo que, o
verbo deve concordar com o termo antecedente do pronome. No caso, o
antecedente é o pronome demonstrativo “o”, que equivale ao demonstra-
tivo aquilo. Como esse pronome está no singular, o verbo também deve
ficar no singular.
14. ERRADO. No período, a forma verbal “seria” fica no singular para con-
cordar com o sujeito oracional: “teorizar, pesquisar, comunicar, nem pro-
duzir ciência.” A regra diz que se o sujeito de um verbo for outra oração
(como no caso), o verbo deve ficar no singular, mesmo que o sujeito ora-
cional seja composto. Encontra-se, facilmente, o sujeito oracional, pergun-
tando-se: O que seria possível? Resposta: “teorizar...”
143
Marcos Pacco
144
Concordância Verbal e Nominal
21. CERTO. Uma regra diz que nas construções em que os núcleos do
sujeito são unidos pela conjunção ou, o verbo pode ir para o plural se
não houver ideia de exclusão. Outra regra afirma que sujeitos formados
pela expressão UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO e UM OU
OUTRO estabelecem concordância facultativa com o verbo (singular
ou plural). Portanto, no texto, a substituição de “aspiravam” por aspirava
manteria a correção gramatical.
145
Marcos Pacco
25. CERTO. Tem-se aí uma questão que cobra concordância verbal e nomi-
nal ao mesmo tempo. De fato, a forma verbal “impõem” está no plural
para estabelecer concordância com o termo “As ruas”. Em relação ao uso
do pronome “lhes”, observe-se que ele poderia ser substituído por a elas,
em referência aos substantivos “sinuosidade” e “asperezas”.
146
Concordância Verbal e Nominal
28. CERTO. A regra diz que, se um adjetivo estiver posposto a dois subs-
tantivos, pode concordar com o mais próximo ou com os dois no gênero
predominante. Portanto, caso “internacionais” estivesse no singular, es-
taria correto, pois, gramaticalmente, estabeleceria concordância apenas
com “segurança”. Entretanto, não ficaria claro se tal adjetivo estaria se
referindo semanticamente tanto a “paz” quanto a “segurança”. Portanto,
a construção ficaria comprometida por falta de clareza.
147
Marcos Pacco
148
10
Capítulo
Colocação Pronominal
149
Marcos Pacco
6. No trecho “se ela não parava de brigar” (ℓ.2), o pronome “se” está ante-
posto ao sujeito devido à presença do advérbio de negação.
Art. 1.º Os pedidos dever-se-ão ser requeridos nos exatos termos dos
partidos.
150
Colocação Pronominal
10. Assinale a opção em que a frase apresentada está correta quanto à coloca-
ção pronominal, conforme o padrão escrito da língua portuguesa.
a. Não procure-me amanhã, estarei muito ocupado.
b. Quando ligarem-me, diga que não estou.
c. Me chame ao terminar a tarefa que começou
d. Aqui ela trabalha muito, porque se busca a excelência.
151
COMENTÁRIOS
Colocação Pronominal
2. ERRADO. Não se pode iniciar uma oração com pronomes átonos. Como
o verbo está no futuro do presente e no início da oração, a mesóclise se
torna obrigatória. Observe-se que só ocorre mesóclise se o verbo estiver
no futuro do presente ou do pretérito e se não houver fator de atração.
152
Colocação Pronominal
153
Domínio das Relações
11
Capítulo
Morfossintáticas,
Semânticas e Discursivas
155
Marcos Pacco
156
Domínio das Relações Morfossintáticas, Semânticas e Discursivas
13. Mas, quando esses dois fatos ocorrem ao mesmo tempo, na velocidade
em que vêm sendo observados no Brasil, a soma de seus efeitos é explo-
siva e precisa ser encarada com seriedade e planejamento.
15. Em estudo que acaba de ser divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econô-
micas Aplicadas (IPEA), ressalta-se o impacto das mudanças na distribui-
ção das faixas etárias da população brasileira.
157
Marcos Pacco
158
COMENTÁRIOS
Domínio das Relações Morfossintáticas,
Semânticas e Discursivas
159
Marcos Pacco
160
Domínio das Relações Morfossintáticas, Semânticas e Discursivas
de. Nessa forma, o artigo é obrigatório. Pode-se até não usar o artigo, mas
o adjetivo passaria ao grau comparativo de superioridade. Como exem-
plo, estaria correta a seguinte construção:
11. CERTO. O item não apresenta erro algum, seja de gramática seja de
construção textual. Não há o que comentar, uma vez que inexistem deta-
lhes que poderiam gerar dúvidas.
12. CERTO. Pode haver dúvidas quanto ao uso da construção “fugir à res-
ponsabilidade...”. Admite-se também a forma fugir da responsabilidade.
Ambas estariam corretas.
161
Marcos Pacco
15. CERTO. O item não apresenta erro algum, seja de gramática seja de
construção textual. Não há o que comentar, uma vez que, a nosso ver,
inexistem detalhes que poderiam gerar dúvidas.
17. CERTO. O item não apresenta erro algum, seja de gramática seja de
construção textual. Não há o que comentar, uma vez que inexistem deta-
lhes que poderiam gerar dúvidas.
19. CERTO. O item não apresenta erro algum, seja de gramática seja de
construção textual. Pode haver dúvidas em relação ao emprego da vírgula
que antecede a conjunção aditiva “e”. A gramática estabelece que a vírgu-
la pode ocorrer antes de tal conectivo em quatro situações:
a. para separar orações coordenadas com sujeitos diferentes;
b. para separar orações em que o conectivo e tenha valor adversativo;
c. para separar o polissíndeto (repetição reiterada e estilística de um co-
nectivo);
d. para se dar ênfase ao último termo ou à última oração de uma série
enumerativa.
162
Domínio das Relações Morfossintáticas, Semânticas e Discursivas
163
Acentuação e
12
Capítulo
Ortografia
1 CONSIDERANDO:
(...) Que o desafio do MERCOUL é colocar emprego de quali-
dade no centro das estratégias de desenvolvimento, para construir
instrumentos de intervenção relevantes para a inclusão social.
5 (...)
POR ISSO: OS MINISTROS DE TRABALHO, no marco da
CONFERÊNCIA REGIONAL DE EMPREGO convocada pela
Comissão Sociolaboral do MERCOSUL, DECLARAM:
(...)
165
Marcos Pacco
166
Acentuação e Ortografia
10. O acento gráfico em “pôde” (ℓ.2) obriga o leitor a situar a oração em que
tal forma verbal está inserida no tempo pretérito.
167
COMENTÁRIOS
Acentuação e Ortografia
4. ERRADO. A regra diz que usa-se S e não C/Ç nas palavras substantivas
derivadas de verbos com radicais em ND, RG, RT, PEL, CORR e SENT.
Alguns exemplos: pretender – pretensão / inverter – inversão / discorrer
– discurso / consentir – consensual. Portanto, a grafia correta seria sus-
pensão – suspeNDer.
168
Acentuação e Ortografia
169
Coleção
Questões COmentadas
Marcos Pacco
Cespe Cespe Cespe Cespe Cespe Cespe Cespe Cespe Cespe Cespe
Cespe Cespe
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Questões Comentadas
Gramática
Gramática
Gramática Gramática
Gramática
Gramática Gramática
Gramática
Gramática Gramática
Gramática
Gramática
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