Cartilha de Proteção Respiratória Contra Agentes Biológicos para Trabalhadores de Saúde

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Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos


para Trabalhadores de Saúde
Preserve a sua saúde ao cuidar da saúde dos outros.
Esta cartilha apresenta boas práticas de proteção respiratória, que devem ser
aplicadas por aqueles que desejam preservar sua saúde no exercício de suas
atividades profissionais.
Esclarece uma dúvida muito comum na área da Saúde: Em que situação se deve
usar um equipamento de proteção respiratória?
Leia, entenda e comece a aplicar!
Diretoria Colegiada
Dirceu Raposo de Mello
Diretor-Presidente

Cláudio Maierovitch P. Henriques


Franklin Rubinstein
Maria Cecília Martins Brito
Victor Hugo Costa Travassos da Rosa
Diretores

Beatriz Mac Dowell Soares


Chefe do Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de Notificação e Investigação em
Vigilância Sanitária

Maria da Graça Sant’ Anna Hofmeister


Chefe da Unidade de Tecnovigilância
Elaboração:
Adriana Gregorcic
Antonio Vladimir Vieira
Cássia Regina Paula Paz
Daniela Moraes Pinto
Denis Souza
Ester Bergsten
Fabiana Vieira Pereira
Lucila Marcomini
Maria Glória Vicente
Mariana P. Verotti
Maurício Torloni
Osny F. Camargo
Sideneo W. T. Rios
Sílvia Helena de A. Nicolai

Colaboração:
Damásio Macedo Trindade – HCPA/SMO – POA/RS
Maria da Graça Sant’ Anna Hofmeister
Milton Elias Ferreira Jr
Rosemary S. I. Zamataro
Serafin Estevez Costa

Instituições envolvidas
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa
Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual - CB-32/ABNT
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho –
FUNDACENTRO
Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Serviço de Medicina Ocupacional
SUMÁRIO

Siglário .............................................................................................................. 4
Apresentação .................................................................................................... 5

1. Introdução .............................................................................................. 6
2. Objetivo .................................................................................................. 7
3. Perguntas e Respostas ......................................................................... 7
3.1. Conceitos Básicos ..................................................................................... 7
3.2. Medidas de Prevenção ............................................................................. 11
3.3. Proteção Respiratória ...........................................................................… 12
3.4. Programa de Proteção Respiratória (PPR) .............................................. 25
4. Tipos de Equipamentos de Proteção Respiratória em Serviços de
Saúde .............................................................................……………..... 28
4.1. Equipamentos de Proteção Respiratória Purificadores de Ar ........... 29
4.1.1 Equipamentos de Proteção Respiratória Purificadores de Ar Não
Motorizados ............................................................................................ 32
4.1.2 Equipamentos de Proteção Respiratória Purificadores de Ar
Motorizados ............................................................................................ 35
4.2. Equipamentos de Proteção Respiratória de Adução de Ar com Pressão
Positiva ...................................................................................................... 35
5. Referências Bibliográficas ................................................................... 38
6. Glossário .............................................................................................. 39

Anexo 1 – Classificação de risco de agentes biológicos .............................. 44


Anexo 2 – Conteúdo Mínimo de um Programa de Proteção Respiratória
(PPR) .............................................................................................. 58
Anexo 3 – Exemplo de Certificado de Aprovação para peça semifacial
filtrante PFF2 ................................................................................. 59
Anexo 4 – Procedimentos para Realização do Ensaio de Vedação
Qualitativo ...................................................................................... 60
Anexo 5 – Limpeza e Higienização dos Equipamentos de Proteção
Respiratória ..................................................................................... 64
Anexo 6 – Quadro Comparativo das Diferentes Máscaras Utilizáveis pelos
Trabalhadores de Saúde ............................................................... 66
SIGLÁRIO

μm – micrometro
ABHO – Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CA – Certificado de Aprovação
CB-32 – Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual da ABNT
CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
CDC – Centers for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção
de Doença)
EPI – Equipamento de Proteção Individual
EPR – Equipamento de Proteção Respiratória
FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
MS – Ministério da Saúde
NBR – Norma Brasileira
NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health
NR-6 – Norma Regulamentadora no 6
PFF – Peça semifacial filtrante
Portaria MS – Portaria do Ministério da Saúde
PPR – Programa de Proteção Respiratória
RDC/Anvisa – Resolução da Diretoria Colegiada/Agência Nacional de Vigilância
Sanitária
RE/Anvisa – Resolução Especial/Agência Nacional de Vigilância Sanitária
SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SRAG (SARS) – Síndrome Respiratória Aguda Grave
TB – Tuberculose
APRESENTAÇÃO

Esta cartilha enfoca a proteção respiratória dos Trabalhadores de Saúde contra


agentes biológicos. Foi elaborada pela Anvisa, Comissão de Estudos de
Equipamentos de Proteção Respiratória do CB-32/ABNT, FUNDACENTRO e
especialistas na área, para subsidiar consultas rápidas por Trabalhadores de Saúde.
Também pode constituir material de apoio para treinamentos. Deve ser considerada,
no entanto, como um recurso complementar e não um substituto do Programa de
Proteção Respiratória (PPR), o qual é exigido legalmente pelo Ministério do Trabalho
e Emprego. Seu conteúdo não abrange informações sobre a proteção contra
agentes químicos presentes nos serviços de saúde. A proteção respiratória contra a
inalação desses agentes deverá seguir as recomendações contidas no Programa de
Proteção Respiratória da FUNDACENTRO.
O uso de Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR) por profissionais que atuam
em Serviços de Saúde é uma estratégia importante para prevenir doenças como a
tuberculose, o sarampo, a varicela, a hantavirose, a gripe aviária causadas por
agentes biológicos, cuja principal forma de transmissão é a via aérea.
Considerando-se a dinâmica das doenças na população e os avanços
tecnológicos, esta cartilha será aprimorada na medida do aprofundamento do
conhecimento da situação epidemiológica das doenças de transmissão respiratória,
bem como da disponibilidade dos instrumentos para a prevenção e o controle
dessas doenças.
1. INTRODUÇÃO

Apesar das doenças transmissíveis não serem, na atualidade, a principal


causa de mortalidade no Brasil, este grupo de doenças ainda ocupa papel de
destaque no que se refere à morbidade. Constituem um problema de saúde pública
no Brasil e no mundo e, por isso, vêm exigindo a utilização de medidas de controle
de ordem geral e, secundariamente, de ordem individual. Dentre as medidas de
ordem individual, destaca-se o uso de Equipamentos de Proteção Respiratória
(EPR), indicados para prevenção de disseminação de alguns agentes de
transmissão por via respiratória, como o Bacilo de Koch, o vírus do sarampo e o
vírus da SRAG/SARS, para citar alguns exemplos. O Trabalhador de Saúde, pela
própria característica de suas atividades, tem contato direto com pacientes e
portadores de diferentes agentes etiológicos, tornando-se mais vulnerável à infecção
por esses agentes.
No caso da tuberculose (TB), por exemplo, um programa efetivo de controle
de infecção pelo bacilo requer a identificação, isolamento e tratamento das pessoas
com TB ativa. Estes objetivos são alcançados pela aplicação hierárquica de medidas
de controle que incluem, o uso de medidas administrativas para reduzir o risco da
exposição a pessoas que possuem TB ativa; o uso de controles de engenharia para
prevenir a disseminação e reduzir a concentração das gotículas e aerossóis
infectantes e o uso de EPR em áreas e/ou procedimentos onde haja o risco de
exposição ao bacilo. A adoção destas recomendações do Centers for Disease
1
Control and Prevention tem reduzido a morbidade e a mortalidade entre pacientes
e Trabalhadores de Saúde nos Estados Unidos.
Esta cartilha inclui somente informações relativas ao uso de EPR, uma das
medidas de proteção individual. O seu conteúdo não é conflitante com o das Normas
Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho, das quais aborda aspectos
práticos das exigências nelas contidas. Também, estas recomendações devem ser
entendidas como parte integrante das normas técnicas que visam à prevenção e
controle de doenças de transmissão respiratória no âmbito dos Serviços de Saúde.
O objetivo desta cartilha é fornecer orientações ao Trabalhador de Saúde
sobre especificação, uso correto, limitações da proteção, guarda, manutenção e
descarte de EPR utilizado para proteção contra a inalação de agentes biológicos,
bem como sobre as exigências legais relativas ao uso desses equipamentos.

Parte da cartilha foi elaborada na forma de perguntas e respostas,


organizadas de acordo com os seguintes assuntos: 1. Conceitos Básicos, 2.
Proteção Respiratória e 3. Programa de Proteção Respiratória (PPR). A descrição,
as características e as limitações dos diversos tipos de EPR são apresentadas no
item 4 desta cartilha.

1. CONCEITOS BÁSICOS

1. Quem é considerado Trabalhador de Saúde?


Trabalhador de Saúde é todo o trabalhador que se insere direta ou indiretamente na
prestação de serviços de saúde, no interior dos estabelecimentos de saúde ou em
atividades de saúde, podendo deter ou não formação específica para o desempenho
de funções referentes ao setor. O vínculo de trabalho com atividades no setor saúde,
independentemente da formação profissional ou da capacitação do indivíduo, é o
aspecto mais importante na definição de Trabalhador de Saúde. ²

2. Como pode ocorrer a exposição aos agentes biológicos dispersos por via
aérea?
O doente ou portador, quando fala, tosse ou espirra, dispersa agentes etiológicos de
doenças de transmissão aérea. Deste modo, qualquer pessoa pode ser exposta a
esses agentes quando em contato com o doente ou portador, ao entrar em
ambientes contaminados, ou ainda ao realizar procedimentos nestas pessoas.

3. Quais as vias de transmissão dos patógenos?


As principais vias de transmissão são a via de contato e a via respiratória. Esta
cartilha está direcionada para as patologias e os mecanismos de proteção das
doenças de transmissão respiratória (por gotículas e aerossóis).

Figura 1: Pessoa expelindo gotículas e aerossóis

Fonte: http://www.vaccineinformation.org/photos/flu_iac001.jpg

4. Qual é a diferença entre gotículas e aerossóis?


As gotículas têm tamanho maior que 5 μm e podem atingir a via respiratória alta, ou
seja, mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal. Nos aerossóis, as
partículas são menores, permanecem suspensas no ar por longos períodos de
tempo e, quando inaladas, podem penetrar mais profundamente no trato respiratório.
Existem doenças de transmissão respiratória por gotículas e outras de transmissão
respiratória por aerossóis, as quais requerem modos de proteção diferentes. ¹; ³

5. O que são doenças de transmissão respiratória por gotícula?


São aquelas que ocorrem pela disseminação de gotículas (partículas maiores do que
5 μm), geradas durante tosse, espirro, conversação ou na realização de diversos
procedimentos tais como: inalação, aspiração, etc. Veja alguns exemplos no Quadro
1.

Quadro 1. Algumas doenças transmitidas por gotículas, segundo o tipo de transmissão e o período
de isolamento.

Infecção/Condição/Microrganismo Tipo de Transmissão Período de Isolamento


Adenovírus em lactente e pré-escolar Gotículas + contato Durante o período da doença
Caxumba Gotículas Até 09 dias após o início da
Tumefação.
Coqueluche Gotículas Durante 5 dias após o início
do tratamento antimicrobiano
adequado.
Difteria Faríngea Gotículas Até o resultado negativo de
duas culturas de secreção de
nasofaringe, em meio
específico, em dias
diferentes.
Epiglotite (Haemophylus influenzae) Gotículas Até concluir o período de 24
horas de terapêutica eficaz.
Faringite por Streptococcus do Grupo A Gotículas Até concluir o período de 24
em lactente e pré-escolar horas de terapêutica eficaz.
Escarlatina por Streptococcus do Grupo Gotículas Até concluir o período de 24
A em lactente e pré-escolar horas de terapêutica eficaz.
Pneumonia por Streptococcus do Grupo Gotículas Até concluir o período de 24
A em lactente e pré-escolar horas de terapêutica eficaz.
Infecção Gotículas Durante o período da doença
Por Influenza A, B, C
Meningite por Haemophylus influenzae Gotículas Até concluir o período de 24
(suspeita ou confirmada) horas de terapêutica eficaz.
Meningite por Neisseria meningitidis Gotículas Até concluir o período de 24
(suspeita ou confirmada) horas de terapêutica eficaz.
Menigococcemia Gotículas Até concluir o período de 24
horas de terapêutica eficaz.
Doença crônica em Imunossupremido Gotículas Durante a internação.
por Parvovírus B19.
Crise aplástica transitória ou de células Gotículas Durante 7 dias.
vermelhas por Parvovírus B19.
Peste Pneumônica Gotículas Até concluir o período de 3
dias de terapêutica eficaz.
Pneumonia por Adenovírus Gotículas + contato Durante o período da doença
Pneumonia por Haemophylus influenzae Gotículas Até concluir o período de 24
em lactentes e crianças de qualquer horas de terapêutica eficaz.
idade
Pneumonia Menigocóccica Gotículas Até concluir o período de 24
horas de terapêutica eficaz.
Pneumonia por Mycoplasma Gotículas Até concluir o período de 24
(pneumonia atípica primária) horas de terapêutica eficaz.
Rubéola Gotículas 7 dias do início do rash
cutâneo.
Fonte: ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Monografia - Precauções e Isolamento. São Paulo: 2003. 4

6. O que são doenças de transmissão respiratória por aerossóis?


São aquelas que ocorrem pela disseminação de partículas menores do que 5 μm,
geradas durante tosse, espirro, conversação ou na realização de diversos
procedimentos, entre os quais pode-se citar a broncoscopia, a indução de escarro, a
nebulização ultra-sônica, a necropsia, etc. Veja alguns exemplos no Quadro 2.

Quadro 2. Algumas doenças transmitidas por aerossóis, segundo o tipo de transmissão e o período
de isolamento.
Infecção/Condição/Microrganismo Tipo de Transmissão Período de Isolamento
Herpes Zoster disseminado ou Contato + Aerossóis Até todas as lesões se
localizado (em imunossupremidos) tornarem crostas (secas)
Sarampo Aerossóis Durante o período da doença
Síndrome Respiratória Aguda Grave Contato + Aerossóis Durante o período da doença
Tuberculose Pulmonar (suspeita ou Aerossóis Até 3 exames BAAR
confirmada) negativos ou 2 semanas de
terapêutica eficaz.
Tuberculose Laríngea (suspeita ou Aerossóis Até 3 exames BAAR
confirmada) negativos ou 2 semanas de
terapêutica eficaz.
Varicela Contato + Aerossóis Até todas as lesões
tornarem-se crostas
Fonte: ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR.
Monografia - Precauções e Isolamento. São Paulo: 2003. 4

7. Quais medidas de precaução são indicadas para doenças transmitidas por


gotículas?
Quando a proximidade com o paciente for igual ou inferior a um metro, deve ser
utilizada, no mínimo, a máscara cirúrgica. Para melhor definição de rotina, orienta-se
que seja utilizada máscara cirúrgica sempre que entrar em contato com o paciente.
Outras medidas de precaução devem ser utilizadas:
• Internação do paciente: Quarto privativo ou, caso não seja possível, em
quarto de paciente com infecção pelo mesmo microrganismo (coorte); a
distância mínima entre os leitos deve ser de um metro.
• Transporte de paciente: Limitado, mas quando necessário, utilizar máscara
cirúrgica no paciente.
• Visitas: Restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem.3
8. Quais medidas de precaução são indicadas para doenças transmitidas por
aerossóis?
No caso dos aerossóis, as partículas podem se dispersar por longas distâncias e,
por isso, deve ser utilizado equipamento de proteção respiratória durante todo o
período que o Trabalhador de Saúde estiver em contato com o paciente.
Outras medidas de precaução devem ser utilizadas:
• Internação do paciente: Quarto privativo com pressão negativa; filtragem do
ar com filtros de alta eficiência (caso seja reabsorvido para o ambiente); seis a
doze trocas de ar por hora, manter as portas do quarto sempre fechadas.
Caso a instituição não tenha quartos com estas características, manter o
paciente em quarto privativo, com as portas fechadas e janelas abertas,
permitindo boa ventilação.
• Transporte de paciente: Limitado, mas quando necessário, utilizar máscara
cirúrgica no paciente.
• Visitas: Restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem. 3

9. Que tipos de medidas administrativas existem para evitar a transmissão de


doenças por via respiratória?
O primeiro passo é a identificação rápida da patologia, seguida de isolamento do
paciente, quando necessário, e tratamento adequado. Para cada patologia existe um
período de transmissão próprio. Exemplos:
• Pacientes com tuberculose pulmonar e/ou laríngea, adequadamente tratados,
não transmitem o bacilo após aproximadamente duas semanas de tratamento.
Outro importante meio de reduzir a disseminação da tuberculose é pela
implantação de sistema de ventilação e controle adequados.
• A antibioticoterapia adequada erradica o bacilo diftérico da orofaringe de 24 a 48
horas após a sua introdução, na maioria dos casos.

A meningite por Haemophilus influenza sorotipo B (Hib) e por meningococo
(Neisseria meningitidis) deixam de ser transmitidas após 24 a 48 horas de
antibioticoterapia adequada. 5

10. O que é um procedimento de alto risco de exposição para o Trabalhador de


Saúde?
Para a definição de procedimento de alto risco devem-se considerar
simultaneamente três aspectos: a patogenicidade do agente biológico, a quantidade
do mesmo disperso no ambiente e as condições de dispersão deste agente no local.
• Em relação à patogenicidade, deve-se levar em consideração a classificação
de risco dos agentes biológicos (Anexo 1) 6. No caso de agentes em que a
patogenicidade não é conhecida, considera-se o agente biológico como de
risco 3. 6
• Quanto à quantidade de aerossóis de agentes biológicos gerados no
procedimento envolvido, deve-se classificar como procedimentos de alto risco
aqueles que geram elevada quantidade de aerossol do patógeno, tais como a
broncoscopia, a entubação, a aspiração nasofaríngea, os cuidados em
traqueostomia, a fisioterapia respiratória e a necropsia envolvendo tecido
pulmonar.
• Em relação às condições de dispersão do agente biológico, é necessário
considerar um ambiente com dimensões reduzidas e mal ventilado como de
maior risco do que um de grandes dimensões e bem ventilado.

11. Quais medidas devem ser adotadas quando o Trabalhador de Saúde ficou
exposto sem proteção à pessoa infectada por agentes transmissíveis por
gotículas?
Esta situação deve ser tratada como de uma transmissão direta, que é a
transferência direta e imediata de agentes infecciosos a uma porta de entrada
receptiva no hospedeiro (trabalhador de saúde), que pode ser a mucosa oral e/ou
nasal.

As medidas iniciais a serem adotadas pelo trabalhador de saúde frente a uma


exposição ocupacional sem proteção são:

- Identificar a doença de transmissão respiratória por gotícula que o paciente é


portador e, a partir de então, adotar as medidas preventivas indicadas (Ex.: Para
meningite, coqueluche, difteria, rubéola as medidas estão descritas no Guia de
Vigilância Epidemiológica, disponível na página do Ministério da Saúde na internet
– www.saude.gov.br/svs);
- Avaliar o grau de risco de exposição considerando-se a patogenicidade e a
quantidade do agente disperso no ambiente;

- Verificar se o paciente já iniciou tratamento e há quanto tempo ou se é virgem de


tratamento.

12. Quais medidas devem ser adotadas quando o Trabalhador de Saúde ficou
exposto sem proteção à pessoa infectada por agentes transmissíveis por
aerossóis?
A transmissão aérea ocorre quando há a disseminação por aerossóis até a porta de
entrada de um hospedeiro suscetível, onde são inalados. Essas partículas são
pequenas (menores que 5 μm) e permanecem em suspensão no ar por longos
períodos de tempo.

As medidas iniciais a serem adotadas pelo trabalhador de saúde frente a uma


exposição ocupacional sem proteção:

- Identificar a doença de transmissão respiratória por aerossol que o paciente é


portador e, a partir de então, adotar as medidas preventivas indicadas (Ex.: Para
sarampo e tuberculose as medidas estão descritas no Guia de Vigilância
Epidemiológica, disponível na página do Ministério da Saúde na internet –
www.saude.gov.br/svs);

- Verificar se o paciente já iniciou tratamento e há quanto tempo ou se é virgem de


tratamento;

- Avaliar o grau de risco de exposição considerando-se a patogenicidade e a


quantidade do agente disperso no ambiente.

13. Como o Trabalhador de Saúde pode se proteger contra a inalação de


agentes químicos (poeiras, névoas, fumos, gases e vapores) existentes nos
locais de trabalho?
A proteção contra a inalação desses agentes é obtida por meio da seleção e uso dos
equipamentos de proteção respiratória adequados, seguindo-se as orientações
contidas na publicação Programa de Proteção Respiratória da FUNDACENTRO. 7
2. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

14. O que é um Equipamento de Proteção Respiratória (EPR)?


É um Equipamento de Proteção Individual (EPI), que visa a proteção do usuário
contra a inalação de agentes nocivos à saúde. 7

15. O que é um Equipamento de Proteção Individual (EPI)?


É todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a prevenir
riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador. Para ser
comercializado, todo EPI deve ter Certificado de Aprovação (CA), emitido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme estabelecido na Norma
Regulamentadora no 06 do MTE. 8

16. O que é Certificado de Aprovação (CA)?


É um documento emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que certifica que o
EPI satisfaz os requisitos mínimos de qualidade estabelecidos em Norma Técnica
(por exemplo: NBR/ABNT). A certificação é feita mediante relatório de ensaios
emitido por um laboratório credenciado pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
dentre os quais, a FUNDACENTRO. O CA deve ser solicitado pelo estabelecimento
para aquisição de todos os EPI, dentre eles os EPR. 8

17. O que é uma peça semifacial filtrante (PFF)?


É um equipamento de proteção individual (EPI) que cobre a boca e o nariz,
proporciona uma vedação adequada sobre a face do usuário, possui filtro eficiente
para retenção dos contaminantes atmosféricos presentes no ambiente de trabalho
na forma de aerossóis (Figura 2). Em ambiente hospitalar, para proteção contra
aerossóis contendo agentes biológicos, a PFF deve ter uma aprovação mínima
9; 3
como PFF2 (Ver Quadro 4 do item 4.1.1). A PFF também retém gotículas.
Algumas PFF são resistentes ainda à projeção de fluídos corpóreos.
Figura 2: Peça semifacial filtrante (PFF)

18. Qual PFF é equivalente à N95?


A máscara conhecida como N95 refere-se a uma classificação de filtro para
aerossóis adotada nos EUA e equivale, no Brasil, à PFF2 ou ao EPR do tipo peça
semifacial com filtro P2 (Figura 11), pois ambos apresentam o mesmo nível de
proteção. A PFF2 é usada também para proteção contra outros materiais
particulados, como poeiras, névoas e fumos, encontrados nos ambientes de trabalho
das áreas agrícola e industrial. 10

19. Por que a PFF2 é recomendada tanto para proteção contra aerossóis
contendo agentes biológicos quanto para proteção contra outros materiais
particulados?
Porque a captura, pelo filtro da PFF2, tanto de partículas não biológicas (poeiras,
névoas e fumos) como de microorganismos (esféricos, cilíndricos, filamentosos) na
forma de aerossóis depende dos parâmetros físicos da partícula (tamanho e forma),
não sendo importante se a mesma é “viva” ou não.

20. O que é uma máscara cirúrgica e qual sua indicação de uso?


A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca.
É indicada para:
• proteger o Trabalhador de Saúde de infecções por inalação de gotículas
transmitidas à curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos
corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias;
• minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo
próprio Trabalhador de Saúde ou pelo paciente em condição de transporte.
Deve ser utilizada sempre que o Trabalhador de Saúde entrar em quarto de paciente
com patologias de transmissão respiratória por gotículas (veja alguns exemplos no
Quadro 1).
É importante destacar que a máscara cirúrgica:
• NÃO protege adequadamente o usuário de patologias transmitidas por aerossóis
(veja alguns exemplos no Quadro 2), pois, independentemente de sua
capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara; 11
• NÃO é um EPR. 8

21. Por que a PFF2 possui Certificado de Aprovação e a máscara cirúrgica


não?
A PFF2, por ser um EPI, recebe um Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, após ser submetida a ensaios específicos de
desempenho, conforme Normas de Equipamentos de Proteção Respiratória da
ABNT. A máscara cirúrgica não é um EPI e, portanto, não possui Certificado de
Aprovação.

22. Por que usar um EPR contra aerossóis?


A correta utilização de um EPR reduz a possibilidade de o Trabalhador de Saúde se
contaminar com agentes biológicos dispersos no ambiente na forma de aerossóis
potencialmente causadores de doenças (ver Quadro 2). O Quadro 3 mostra o EPR
recomendado para alguns aerossóis.

Quadro 3. Alguns agentes biológicos dispersos na forma de aerossóis e os EPR recomendados para
prevenção das patologias associadas.

Agente Etiológico Patologia a ser prevenida EPR Recomendado*

• PFF2 ou PFF3
• EPR motorizados ou com
Mycobacterium tuberculosis Tuberculose linha de ar comprimido para
procedimentos de alto risco

PFF3 ou EPR purificadores
de ar com peça semifacial e
Hantavírus Hantavirose filtro classe P3

EPR purificadores de ar
motorizados com filtros de
classe P3 para
procedimentos de alto risco
• PFF2 ou PFF3
• EPR motorizado com peça
Bacillus anthracis Antraz facial inteira e filtro de classe
P3 para procedimentos de
alto risco
• PFF2 para procedimentos
de isolamento de rotina
• EPR com fator de proteção
Coronavírus SRAG/SARS mais elevado (EPR
motorizado ou peça facial
inteira com filtro P2) para
certos procedimentos com
grande geração de
aerossóis
Vírus da influenza - cepa H5N1 Gripe Aviária • PFF2 ou PFF3
• EPR motorizados ou com
linha de ar comprimido para
procedimentos de alto risco
Fonte: COLTON, C.E., WEBER, R.A., Respirator Filter Collection Efficiency and US Respirator
Recommendations for Biological Aerosols: A Review. In: INTERNATIONAL SOCIETY FOR
RESPIRATORY PROTECTION CONFERENCE, 12th., Yokohama, Japão, 2004. ABSTRACTS BOOK
& SESSION PLANNER. Japão: ISRP, 2004. N039. Disponível em
http://www.isrp.com.au/isrpcom/journal/jp_abstracts/colton.htm 12
*
Ver item 4.

23. Quais as exigências para aquisição de um EPR contra agentes biológicos


para uso do Trabalhador de Saúde?
O EPR deve possuir Registro na ANVISA/MS (RDC 185, 2001) 13. Por ser um EPI, o
EPR deve possuir também o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério
do Trabalho e Emprego 8.

24. Como reconhecer um EPR certificado pelo MTE?


O EPR com Certificado de Aprovação (CA) deve apresentar gravado no seu próprio
corpo o número do CA, o lote e/ou data de fabricação e o nome do fabricante ou
importador. Também deve estar acompanhado de Instruções e Limitações de Uso. 8

25. Existem outros tipos de EPR?


Sim. Existem vários tipos e classes de EPR aprovados pelo Ministério do Trabalho e
Emprego. Quanto ao modo de funcionamento existem dois tipos:
• Purificadores de Ar: EPR no qual o ar ambiente contaminado, antes de ser
inalado, passa através de filtro que retém o aerossol presente;
• Adução de Ar: EPR que fornece ao usuário, por meio de uma mangueira, ar de
qualidade respirável proveniente de uma atmosfera independente do ambiente
como, por exemplo, de cilindros de ar comprimido ou de compressor. 14; 10

Os diversos tipos de EPR que podem ser utilizados pelo Trabalhador de Saúde
estão descritos e ilustrados no item 4 desta cartilha.

26. Como o Trabalhador de Saúde deve proceder para se proteger,


simultaneamente, contra a inalação de agentes biológicos transmitidos por
aerossóis e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que atinjam o
rosto do usuário?
Neste caso, deve-se utilizar proteção para ambos os tipos de risco: EPR adequado
ao agente biológico e anteparo do tipo protetor facial ou EPR resistente à projeção
de fluidos corpóreos e óculos de segurança.

27. Em que situações a PFF2 deve ser utilizada para a realização de


procedimentos em centros cirúrgicos?
A PFF2 deve ser utilizada quando houver risco de exposição do Trabalhador de
Saúde a patógenos transmitidos por aerossol durante o procedimento.

28. Que PFF2 deve ser usada para a realização de procedimentos em centros
cirúrgicos?
É indicada a PFF2 sem válvula de exalação.
A PFF2 com válvula de exalação facilita a saída do ar exalado, permitindo, também,
a saída de perdigotos e, portanto, não deve ser usada quando há a necessidade de
se trabalhar em campo estéril. O uso de uma máscara cirúrgica sobreposta à PFF2
com válvula de exalação reduz a saída de perdigotos. A máscara cirúrgica,
entretanto, não deve comprimir a PFF2 de modo a prejudicar a selagem da mesma
no rosto.

Figura 3: Peça semifacial filtrante sem válvula de exalação e com válvula de exalação

29. Que EPR deve ser utilizado em procedimentos com alto risco de exposição
para o Trabalhador de Saúde, tais como broncoscopia e necropsia envolvendo
tecido pulmonar?
Deve-se utilizar um EPR com nível de proteção respiratória maior do que o atribuído
às PFF. Alguns exemplos destes são os EPR de pressão negativa com peça facial
inteira, os motorizados, ou os de linha de ar comprimido de pressão positiva com
peça semifacial ou facial inteira 11 (ver item 4).

30. Que PFF deve ser utilizada pelo Trabalhador de Saúde durante a
assistência e o transporte de pacientes com doenças transmissíveis por
aerossol?
Recomenda-se que o Trabalhador de Saúde utilize a PFF2 durante a assistência e o
transporte dos pacientes com doenças transmissíveis por aerossol. Já os pacientes
em condição de transporte devem utilizar máscaras cirúrgicas. 15

31 . O que o Trabalhador de Saúde deve fazer se o seu EPR sair do lugar


enquanto cuida de um paciente agitado, portador de doença transmissível por
aerossol?
O Trabalhador de Saúde deve se afastar com calma, e recolocar o EPR o mais
rápido possível. Deve comunicar o fato ao pessoal da CCIH que decidirá sobre as
medidas a serem tomadas de acordo com cada caso.

32. Qual a seqüência recomendada para a retirada do EPR, outros EPI e demais
paramentações?
A seqüência da retirada da luva, gorro, propé, capa, proteção facial e do EPR deve
ser definida pela CCIH e/ou SESMT e dependerá do tipo de patógeno. Uma
sugestão de seqüência para colocação e retirada dos EPI e demais paramentações
está disponível no site http://www.cdc.gov/ncidod/sars/pdf/ppeposter1322.pdf

33. Como o Trabalhador de Saúde deve proceder para colocar uma PFF no
rosto?
As etapas para a colocação da PFF no rosto estão indicadas na Figura abaixo:
Figura 4: Etapas para colocação da PFF no rosto: a) Segurar o respirador com a pinça nasal próxima
à ponta dos dedos deixando as alças pendentes; b) Encaixar o respirador sob o queixo; c) Posicionar
um tirante na nuca e o outro sobre a cabeça; d) Ajustar a pinça nasal no nariz; e) Verificar a vedação
pelo teste de pressão positiva (ver pergunta 50).

34. Existe a possibilidade de migração dos patógenos retidos na camada


filtrante para a parte interna da PFF2?
Agentes biológicos não podem se mover através de filtros ou válvulas por eles
mesmos, ou seja, não têm mobilidade própria. Quando partículas são coletadas em
um meio filtrante, estas ficam fortemente presas ao filtro. O simples ato de respirar
através da camada filtrante não parece ser capaz de ocasionar o deslocamento das
partículas capturadas neste filtro. Assim, os agentes biológicos permanecerão
presos no material do filtro onde foram capturados.
No entanto, o manuseio de PFF2 contaminada ou usada pode transportar patógenos
para seu lado interno. Daí, a necessidade de lavar as mãos ao manusear a PFF2 e
ao sair da área contaminada. Se houver o risco de transmissão por contato, é mais
apropriado o descarte da PFF2 imediatamente após o uso. 16; 17

35. Como o Trabalhador de Saúde deve proceder para retirar do rosto a PFF
contaminada por patógenos?
No caso de patógenos que não requerem precauções de contato, ou seja, cuja
principal via de transmissão é a respiratória, como, por exemplo, o Bacilo de Koch, a
retirada da PFF contaminada do rosto do usuário deve seguir as etapas indicadas na
Figura 5.

Figura 5: Etapas para retirada da PFF do rosto para patógenos que não requerem precauções de
contato: a) Segurar a PFF comprimida contra a face, com uma das mãos, para mantê-la na posição
original. Retirar o tirante posicionado na nuca (tirante inferior) passando-o sobre a cabeça; b)
Mantendo a PFF em sua posição, retirar o outro tirante (tirante superior), passando-o sobre a cabeça;
c) Remover a PFF da face sem tocar a sua superfície interna com os dedos e guardá-la ou descartá-
la.
Nota: A guarda ou descarte devem obedecer aos procedimentos recomendados pela CCIH e/ou
SESMT.

Quando se consideram, entretanto, patologias cuja via de transmissão por contato


também é importante, como por exemplo, a SARS, varicela e Herpes Zoster, a PFF
contaminada deve ser retirada do rosto do usuário de acordo com o procedimento
indicado na Figura 6.

Figura 6: Etapas para a retirada da PFF do rosto para patologias que requerem precauções de
contato: a) Segurar e remover o elástico inferior; b) Segurar e remover o elástico superior; c)
Remover a PFF segurando-a pelos elásticos, sem tocar em sua parte frontal externa, descartando-a.

Nota: O descarte deve obedecer aos procedimentos recomendados pela CCIH e/ou SESMT.

36. Por quanto tempo os patógenos sobrevivem na camada filtrante de uma


PFF?
Os patógenos retidos nas fibras do material filtrante podem não se multiplicar, mas
sobrevivem por diversos dias. Bactérias que formam esporos têm maior viabilidade
de sobrevivência nas fibras do material, do que as formas vegetativas. O tempo de
sobrevivência dos patógenos na PFF depende do microorganismo retido, do material
filtrante (fibras sintéticas, celulose) e das condições de guarda da PFF. 18; 19; 20

37. Por quanto tempo pode-se usar uma PFF2 antes de descartá-la?
A PFF2 pode ser reutilizada pelo mesmo usuário enquanto permanecer em boas
condições de uso (com vedação aceitável e tirantes elásticos íntegros) e não estiver
suja ou contaminada por fluidos corpóreos. O manuseio inadequado, entretanto,
pode transportar patógenos da superfície externa do filtro para a parte interna,
reduzindo a vida útil da PFF.
Para patologias transmitidas também por contato, não é recomendado o reuso da
PFF.
Para definir a freqüência de troca da PFF2 deve-se considerar o tipo de patógeno, o
tempo de exposição e as características do ambiente (tamanho da área física, tipo
de ventilação, etc.). A CCIH, SESMT ou setor responsável deve preparar
procedimentos operacionais sobre guarda, reuso, e descarte. 11; 16

38. Quais os cuidados que devem ser dispensados ao EPR?


As PFF devem ser inspecionadas e guardadas pelo usuário, mas quando estiverem
em mau estado de conservação ou sujas ou contaminadas por fluidos corpóreos
devem ser descartadas.
Os EPR reutilizáveis devem ser inspecionados visualmente e guardados pelo próprio
usuário. Estes EPR devem sofrer inspeção, limpeza, higienização e manutenção de
acordo com as instruções do fabricante. Os filtros substituíveis, quando reutilizados,
devem se recolocados na posição original, tomando-se o cuidado de não inverter as
faces interna e externa. A execução desses procedimentos pode ser atribuída ao
próprio usuário ou centralizada em uma só pessoa dentro da instituição ou setor.

39. Os EPR devem ser inspecionados e limpos?


A PFF deve ser inspecionada antes de cada uso, devendo ser descartada se estiver
amassada, danificada ou visivelmente suja (como acontece ao se realizarem
procedimentos geradores de gotículas, nos quais pode haver projeção de fluidos
corpóreos), mas não deve ser limpa ou higienizada, pois é descartável.
Os demais tipos de EPR devem ser inspecionados, limpos, higienizados e
esterilizados de acordo com as instruções de uso do fabricante e conforme os
procedimentos de desinfecção definidos pela CCIH.
Atualmente, não existem métodos de esterilização aceitáveis para PFF ou filtros
substituíveis, pois este procedimento pode afetar o seu desempenho.

40. Como proceder para guardar a PFF?


Recomenda-se colocá-la em embalagem individual não hermética, de forma a
permitir a saída da umidade (por exemplo, embalagem plástica perfurada). Não é
recomendável o uso de embalagem de papel ou de outro material que absorva
umidade ou sirva de substrato para a proliferação do patógeno.

41. Como proceder para descartar o EPR?


O descarte da PFF e dos filtros substituíveis deve obedecer aos procedimentos
recomendados pela CCIH e/ou SESMT, os quais são baseados nas orientações
descritas no plano de gerenciamento de resíduos sólidos de saúde. 21

42. O EPR pode ser usado por mais de uma pessoa?


A PFF e os EPR com peças semifacias com filtro somente devem ser usados por
uma mesma pessoa. Os EPR motorizados ou de adução de ar podem ser utilizados
por mais de uma pessoa, mas devem ser limpos e higienizados antes de sua
utilização pelo outro. As orientações sobre a limpeza e higienização devem ser
definidas pela CCIH e/ou SESMT. O Anexo 5 apresenta o procedimento de limpeza
e higienização preconizado pelo PPR da FUNDACENTRO. 7

43. Um EPR pode ser reutilizado?


As PFF podem ser reutilizadas pela mesma pessoa enquanto estiverem em bom
estado, isto é, com vedação aceitável, tirantes elásticos íntegros e não estiverem
sujas ou contaminadas por fluidos corpóreos. O EPR com filtros substituíveis e os
demais tipos podem ser reutilizados, mas devem ser limpos e higienizados de
acordo com as instruções do fabricante e da CCIH e/ou SESMT. 11; 19
44. Quando se pode utilizar uma máscara cirúrgica sobre uma PFF?
Nos casos em que se deseja prolongar a vida útil da PFF, reduzir a sujidade da
mesma ou evitar a eliminação de gotículas pela PFF com válvula, durante seu uso
em um campo estéril.

45. Pode-se colocar uma máscara cirúrgica embaixo de uma PFF, para que
esta possa ser utilizada novamente por um outro Trabalhador de Saúde?
Não, pois nesta situação a PFF não veda adequadamente o rosto do usuário.

46. O que fazer se o EPR estiver desconfortável?


Todo EPI causa algum nível de desconforto. No entanto, após um período inicial de
adaptação, este não deve provocar desconforto excessivo. Se o desconforto for
intolerável, deverão ser consultados para a disponibilização de alternativas, a CCIH
e/ou o SESMT e/ou o setor responsável.

47. Como ter certeza de que uma PFF oferece vedação eficiente no rosto?
Alguns fabricantes disponibilizam tamanhos e formatos variados de PFF. Além disso,
existe diferença de tamanhos entre fabricantes. Por isso, é importante que o
estabelecimento forneça a PFF de tamanho e formato mais adequado para o rosto
de cada usuário, selecionando-a através da realização do Ensaio de Vedação Facial
(Anexo 4). Para rostos muito pequenos, é difícil encontrar uma PFF que vede bem.
Uma alternativa para minimizar este problema pode ser o uso de EPR motorizados
(ver fotos no item 4). A CCIH e/ou o SESMT e/ou o setor responsável deve auxiliar o
Trabalhador de Saúde a encontrar a PFF mais adequada. 7; 10; 14

48. O que é um Ensaio de Vedação Facial?


O Ensaio de Vedação é um teste usado para selecionar o tamanho e o formato do
EPR adequados ao rosto de cada usuário. Emprega-se um agente químico (por
exemplo, sacarina – de gosto doce – ou bitrex, de sabor amargo) que é disperso no
ambiente, para verificar se o usuário percebe a sua presença no interior do EPR
(Figura 7). Este ensaio deve ser repetido anualmente, e refeito cada vez que houver
mudança de modelo e/ou tamanho do EPR. O procedimento simplificado para
realização deste ensaio consta no Anexo 4 desta cartilha. 7; 10

capuz

nebulizador

PFF2

Figura 7: Ensaio de Vedação Facial com sacarina ou Bitrex

49. No dia-a-dia, como o Trabalhador de Saúde deve proceder para ter certeza
de que o EPR está bem ajustado ao seu rosto?
Toda vez que colocar ou ajustar o EPR no rosto, o Trabalhador de Saúde deve
seguir as instruções de colocação fornecidas pelo SESMT ou pelo fabricante e
realizar uma Verificação de Vedação antes de entrar na área contaminada. Todos os
usuários devem ser devidamente treinados para realizar este procedimento. 7; 10

50. O que é a Verificação de Vedação?


A Verificação de Vedação é um teste rápido feito pelo próprio usuário com a
finalidade de se verificar se o EPR foi colocado na posição correta no rosto. Essa
verificação pode ser feita pelo teste de pressão positiva, conforme mostra a Figura 8,
ou consultando as instruções de uso fornecidas pelo fabricante e que acompanham
o produto. 7; 10
Figura 8 Verificação de vedação pelo teste de pressão positiva: cobrir a PFF com as mãos em
concha sem forçar a máscara sobre o rosto e soprar suavemente. Ficar atento a vazamentos
eventuais. Se houver vazamentos o respirador está mal colocado ou o tamanho é inadequado. A
vedação é considerada satisfatória quando o usuário sentir ligeira pressão dentro da PFF e não
conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona de vedação com o rosto.

51. O EPR proporciona proteção para quem usa barba e/ou bigode?
Não. A presença de pêlos faciais na zona de contato da peça facial com o rosto
(barba, bigode, costeletas, ou mesmo barba de alguns dias por fazer) permite a
penetração de patógenos na zona de selagem do rosto, reduzindo drasticamente
sua capacidade de proteção.
O EPR purificador de ar motorizado (ver item 4 desta cartlha) com cobertura das
vias respiratórias sem vedação facial (sem capuz ou touca) oferece, neste caso,
melhor proteção do que as peças semifaciais ou facial inteira. O Programa de
Proteção Respiratória (PPR) dos Serviços de Saúde deve proibir a utilização de EPR
por usuário de barba e bigode. 7; 10

3. PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR)

52. O que é um Programa de Proteção Respiratória (PPR)?


É um conjunto de medidas práticas e administrativas que devem ser adotadas por
todos os Serviços de Saúde onde for necessário o uso de EPR (Anexo 2). É
obrigatório desde 15 de agosto de 1994 por meio da Instrução Normativa no 1, de
11/04/94, do Ministério do Trabalho e Emprego. 7

53. Por que é importante a adoção de um PPR nos Serviços de Saúde?


Porque o PPR define, dentre outras rotinas, o EPR adequado, limitações da
proteção, o modo correto de uso, manutenção e guarda do equipamento,
monitoramento do uso do EPR; treinamento dos usuários em proteção respiratória e
monitoramento do risco de inalação de contaminantes no ar.

54. Quem é encarregado do PPR?


É uma pessoa indicada pelo empregador ou responsável pela administração do
Serviço de Saúde, devidamente capacitada, com conhecimentos de proteção
respiratória e que tenha habilidades para desenvolver todos os aspectos do
programa.
Essa pessoa deve, entre outras atribuições, preparar os Procedimentos Escritos
sobre: a) EPR indicado para os diferentes procedimentos e atividades desenvolvidas
pelo Trabalhador de Saúde; b) treinamento de usuários; c) ensaios de vedação; d)
distribuição do EPR; e) limpeza, inspeção, higienização, manutenção e guarda do
EPR; f) definir itens na avaliação médica relativos ao uso de EPR (avaliação das
condições fisiológicas e psicológicas dos candidatos a usuários) e g) auditoria. 7

55. É preciso se submeter a uma avaliação médica antes de usar um EPR?


Antes de ser definida uma atividade ou procedimento que exija o uso do EPR, o
empregador, além do exame periódico, deve verificar se o candidato tem condições
de utilizar o EPR. Tal procedimento requer atenção a restrições como claustrofobia,
rinite, deformidades faciais, asma, doenças cardiovasculares, dentre outras. Para
esta avaliação, o médico deve consultar o Anexo 6 da publicação Programa de
Proteção Respiratória – Recomendações, Seleção e Uso de Respiradores da
FUNDACENTRO (disponível no site da FUNDACENTRO, em publicações:
www.fundacentro.gov.br.). 7

56. É necessário receber treinamento sobre como usar o EPR?


Sim. Todos os usuários devem ser orientados sobre a necessidade do uso do EPR e
dos riscos potenciais associados ao não cumprimento das recomendações. O
treinamento deve incluir, no mínimo:
• Natureza, extensão e perigos específicos devidos à presença de agentes
biológicos nos locais, atividades e procedimentos desenvolvidos no Serviço de
Saúde;
• Descrição de riscos específicos de infecção por agentes biológicos entre as
pessoas expostas e o respectivo tratamento;
• Descrição dos controles de engenharia, práticas de trabalho e razões do porquê
elas não eliminam o risco e necessitam da proteção respiratória individual;
• Explicação do porquê foi selecionado um determinado tipo de EPR, suas
limitações e características funcionais e como deve ser feita a sua manutenção,
higienização e guarda;
• Instruções de como realizar a inspeção, a colocação no rosto, a verificação da
vedação na face, os ajustes necessários e de como usar corretamente aquele
tipo de EPR;
• Instruções de como reconhecer qualquer falha de funcionamento do EPR. 7

57. Quem distribui o EPR ao usuário?


O PPR do Serviço de Saúde deve definir o local e os procedimentos administrativos
para o usuário receber ou substituir o EPR. 7

58. Quem verifica se o PPR está funcionando?


O Administrador do PPR deve auditar ao menos anualmente o programa em vigor no
seu Serviço de Saúde. 7

59. Que tipos de registro devem ser mantidos pelo administrador do PPR para
fins legais?
Com a finalidade de evidenciar a existência do PPR, o administrador deve manter
um registro para cada usuário no qual conste a data, o tipo e o conteúdo do
treinamento recebido, a avaliação do resultado obtido (se realizada) e o nome do
instrutor. Também é necessário registrar a entrega do EPR aos usuários, a
substituição do equipamento, assim como, os dados do EPR aprovado para cada
usuário no ensaio de vedação (modelo, tamanho e fabricante). 7

60. O que fazer se o EPR apresentar problemas ou se houver dúvidas sobre o


PPR?
O Administrador do PPR da instituição deve ser capaz de resolver todos os
problemas ou questões associadas ao uso dos EPR. Se precisar de mais
informações, ele deve consultar a Divisão de Equipamentos de Segurança da
FUNDACENTRO (www.fundacentro.gov.br) ou a Anvisa (www.anvisa.gov.br),
quando se tratar de dúvidas sobre o registro do produto ou a utilização nos serviços
de saúde.

4. TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA EM


10; 22
SERVIÇOS DE SAÚDE

Neste item, são apresentadas informações técnicas sobre alguns tipos de


EPR que podem ser utilizados nos Serviços de Saúde em situações rotineiras e em
casos especiais. Com isso, procura-se auxiliar o Trabalhador de Saúde a escolher,
entre uma variedade de tipos, formatos e tamanhos, o EPR mais adequado para
algumas situações de risco e o que se ajusta melhor e mais confortavelmente ao seu
rosto.
Quanto ao princípio de funcionamento, os EPR dividem-se em dois grupos:
EPR purificadores de ar e EPR de adução de ar. Os modelos mais simples de EPR,
que são os mais freqüentemente utilizados pelo Trabalhador de Saúde, são os do
tipo purificadores de ar. Os mais sofisticados, são os do tipo de adução de ar,
indicados para procedimentos em que se necessita de um nível de proteção
respiratória maior do que o oferecido pelos purificadores de ar. No Anexo 6 é
apresentado um quadro resumo com as características dos vários tipos de EPR e de
máscara cirúrgica utilizados pelos Trabalhadores de Saúde.

4.1. EPR PURIFICADORES DE AR

Neste tipo de EPR, o ar ambiente contaminado é obrigado a passar pelo filtro


que retém o aerossol presente. É constituído por uma cobertura das vias
respiratórias e um ou mais filtros para aerossóis. A cobertura das vias respiratórias
pode ser uma peça semifacial (Figuras 9, 10 e 11), facial inteira (Figuras 12 e 13),
touca (Figura 14) e capuz (Figura 15). Alguns modelos possuem válvula de inalação
e/ou exalação, que direcionam o fluxo do ar conforme a fase do ciclo respiratório. A
válvula de exalação (Figura 10) deixa sair o ar expirado pelo usuário para o meio
ambiente. Durante a fase de inspiração, a válvula de exalação fica fechada,
obrigando o ar que será inspirado a passar pelo filtro. A válvula de inalação, fechada
durante a fase de expiração, impede que o ar saturado de umidade proveniente do
ar expirado, atinja o material filtrante.
Existem modelos “não motorizados” (Figuras 9, 10, 11 e 12) e “motorizados”
(Figuras 13, 14 e 15). Nos “não motorizados”, o ar ambiente atravessa o material
filtrante durante a inalação pela ação pulmonar do usuário, ao passo que, nos
“motorizados”, o motor, acionado por bateria elétrica, movimenta uma ventoinha que
obriga o ar a atravessar continuamente o filtro que retém o aerossol.
Os EPR com filtros substituíveis são reutilizáveis. No entanto, antes de cada
uso, a parte externa do filtro deve ser inspecionada. Se o filtro estiver danificado ou
sujo, deve ser trocado.
Os EPR com peça semifacial e filtros substituíveis não motorizados (Figura
11) proporcionam o mesmo nível de proteção do que as PFF, mas exigem cuidados
de manutenção e higienização. As PFF, além de apresentarem custo inicial muito
baixo, dispensam esses cuidados.
Como a peça facial inteira veda melhor o rosto do que a peça semifacial, os
EPR com peça facial inteira apresentam um nível de proteção respiratória maior do
que aqueles com peça semifacial. Além disso, os EPR com peça facial inteira
proporcionam proteção aos olhos.

PFF2

Figura 9: EPR purificador de ar com peça semifacial filtrante (PFF) sem válvula de exalação
óculos de
segurança

PFF2

válvula de
exalação

Figura 10: EPR purificador de ar com peça semifacial filtrante (PFF) com válvula de exalação

(Obs: os óculos de segurança não fazem parte do EPR)

óculos de
segurança

filtros
substituíveis de
classes P2 ou P3

Figura 11: EPR purificador de ar com peça semifacial e filtros substituíveis de classes P2 ou P3 aos
pares (Obs: os óculos de segurança não fazem parte do EPR)

filtros
substituíveis de
classes P2 ou P3
Figura 12: EPR purificador de ar com peça facial inteira e filtros substituíveis de classes P2 ou P3
aos pares

peça facial
inteira

filtros traquéia

bateria

motor

Figura 13: EPR purificador de ar motorizado com cobertura das vias respiratórias tipo “peça facial
inteira”
touca

traquéia

anteparo tipo
protetor facial

unidade filtrante:
motor + filtros

Figura 14: EPR purificador de ar motorizado com cobertura das vias respiratórias tipo “touca” com
anteparo tipo protetor facial

traquéia

capuz

unidade filtrante:
motor + filtros

Figura 15: EPR purificador de ar motorizado com cobertura das vias respiratórias tipo “capuz”

4.1.1. EPR Purificadores de Ar Não Motorizados

Nas peças semifaciais filtrantes (PFF) o próprio filtro constitui a cobertura das
vias respiratórias (Figuras 16, 17 e 18). Podem ser das classes PFF1, PFF2 e PFF3,
conforme a porcentagem de aerossol de teste que atravessa o filtro (Quadro 4). A
proteção proporcionada por uma PFF3 é maior do que a de uma PFF2. Esta oferece
mais proteção do que a PFF1.
Figura 16: Peça semifacial filtrante (PFF) com formato dobrável

óculos de
segurança

PFF2

Figura 17: Peça semifacial filtrante (PFF) com formato de concha


(Obs: os óculos de segurança não fazem parte do EPR)

óculos de
segurança

PFF2

Figura 18: Peça semifacial filtrante (PFF) com formato bico de pato
(Obs:os óculos de segurança não fazem parte do EPR)

Os modelos com válvula de exalação (Figura 10) são mais confortáveis do


que aqueles sem válvula (Figura 9), pois a maior parte do ar expirado, quente e
úmido, sai pela válvula, não aquecendo e umedecendo a camada filtrante. As PFF
sem válvula de exalação retêm os contaminantes presentes no ar ambiente e,
também, no ar exalado pelo usuário.

Quadro 4: Porcentagem do aerossol de teste (NaCl1) que atravessa a camada filtrante da PFF
(Penetração)
Classe da PFF Penetração (%)
PFF 1 20
PFF 2 6
PFF 3 3
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira. Norma Brasileira
13698 – Equipamento de Proteção Respiratória – Peça semifacial filtrante para partículas -
Especificação. Rio de Janeiro:ABNT,1996. 9
1
Estudos atuais sobre a filtração de partículas inertes com poeiras (NaCl) e com microorganismos de
diversos tamanhos e formatos (esféricos, cilíndrico, filamentosos) demonstram que a penetração
das partículas no filtro depende dos parâmetros físicos da partícula, não sendo importante se a
mesma é “viva” ou não.

O EPR com filtro substituível (Figuras 11 e 12) utiliza filtro de classe P1, P2 e
P3, classificados, também, de acordo com a porcentagem de aerossol de teste que
atravessa o filtro.23
Todos os EPR com filtros substituíveis e alguns modelos de PFF (Figura 10)
possuem válvula de exalação. Como esta válvula permite a saída do ar expirado
pelo usuário para o meio ambiente, estes EPR não devem ser usados quando o
Trabalhador de Saúde estiver trabalhando em campo estéril, como num centro
cirúrgico.
Para proteção contra agentes biológicos na forma de aerossóis, geralmente
são utilizadas as PFF2 ou EPR com filtros P2 e, em casos especiais, as PFF3 ou
EPR com filtros P3. As PFF1 não são recomendadas para uso contra agentes
biológicos. Existem PFF2 e PFF3 resistentes à projeção de fluidos corpóreos.
A máscara conhecida como N95 refere-se a uma classificação de filtro para
aerossóis adotada nos EUA e equivale, no Brasil, à PFF2 ou ao EPR do tipo peça
semifacial com filtro P2 (Figura 11).

4.1.2. EPR Purificadores de Ar Motorizados


Estes EPR utilizam uma ventoinha movida por motor elétrico, o qual obriga o
ar a atravessar um filtro de alta eficiência. Fornecem ar purificado, de modo
contínuo, para a peça facial (Figura 13), touca (Figura 14), capuz (Figura 15), em
quantidade superior à da demanda do usuário. Desta forma, em qualquer fase do
ciclo respiratório, gera-se uma pressão positiva dentro da peça facial, ou seja, uma
pressão maior do que a pressão ambiente, fazendo com que todo o vazamento de ar
que ocorra, seja para fora. Não são verdadeiramente EPR de pressão positiva, pois
quando o filtro está muito entupido ou a bateria com pouca carga, a pressão dentro
da peça facial pode ficar menor do que a pressão do ambiente, favorecendo a
penetração de contaminantes para dentro da cobertura das vias respiratórias.
Estes EPR devem ser usados quando os do tipo semifacial filtrante (PFF) ou
com filtro substituível não motorizado não proporcionam proteção adequada, por se
tratar de uma situação de alto risco para o usuário. A CCIH deve identificar as
situações e os procedimentos que possam exigir o uso de um EPR com nível de
proteção respiratória maior. Os EPR motorizados que utilizam peça semifacial
permitem o uso simultâneo de anteparo tipo protetor facial para proteção adicional
contra a projeção de fluidos corpóreos.
Os EPR motorizados (Figuras 13, 14 e 15) permitem que gotas e partículas
menores, geradas pelo Trabalhador de Saúde que os utiliza, escapem para o
ambiente, aumentando o potencial de contaminação do campo cirúrgico.

4.2. EPR DE ADUÇÃO DE AR COM PRESSÃO POSITIVA

Os EPR deste tipo funcionam com ar de qualidade respirável proveniente de


uma fonte estacionária (compressor ou bateria de cilindros com ar comprimido) que
chega, através de uma mangueira, até a peça semifacial ou facial inteira (Figura 19),
de acordo com a demanda respiratória do usuário. Possuem uma válvula de
exalação com uma mola que garante que a pressão dentro da peça facial seja
sempre maior do que a pressão ambiente em qualquer fase do ciclo respiratório.
Desta forma, qualquer vazamento de ar que ocorra na cobertura das vias
respiratória será direcionado para fora.
Estes EPR devem ser utilizados quando os do tipo PFF ou peca facial com
filtro substituível não motorizado não proporcionam um grau de proteção adequada.
A CCIH deve fazer uma avaliação dos riscos para identificar situações e
procedimentos, que possam exigir o uso de EPR com nível de proteção respiratória
maior. Quando empregados com peça semifacial, permitem o uso simultâneo de
anteparo tipo protetor facial para proteção adicional contra a projeção de fluidos
corpóreos.
Este tipo de EPR permite que gotas e partículas menores, geradas pelo
Trabalhador de Saúde que os utiliza, escapem para o ambiente e aumentem o
potencial de contaminação do campo cirúrgico.

peça facial inteira com


válvula de exalação de
pressão positiva

mangueira de
suprimento de ar
comprimido válvula de
demanda

Figura 19: EPR de adução de ar tipo linha de ar comprimido de demanda com pressão positiva e
com peça facial inteira
5- BIBLIOGRAFIA

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Care Workers. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention, 1995,
Publication n. 96-102.
12. COLTON, C.E., WEBER, R.A., Respirator Filter Collection Efficiency and US
Respirator Recommendations for Biological Aerosols: A Review. In:
INTERNATIONAL SOCIETY FOR RESPIRATORY PROTECTION
CONFERENCE, 12th., Yokohama, Japão, 2004. ABSTRACTS BOOK &
SESSION PLANNER. Japão: ISRP, 2004. N039. (Asian Section ISRP -Twelfth
Conference of The International Society for Respiratory Protection –
November 9th. – 12th., 2004 – Yokohama, Japan – Abstracts Book & Session
Planner). Disponível em
http://www.isrp.com.au/isrpcom/journal/jp_abstracts/colton.htm
13. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n.º 185, de 22 de
outubro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico que consta no anexo desta
Resolução, que trata do registro, alteração, revalidação e cancelamento do
registro de produtos médicos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA. Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 24 de outubro de 2001.
14. TORLONI, M., Proteção Respiratória e Respiradores, J. Pneumol., v. 21,
p.48-54, 1995.
15. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. NIOSH. Guide to
the Selection and Use of Particulate Respirators Certified Under 42 CFR 84.
Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention 1996, Publication n. 96-
101.
16. JOHNSON, B.; WINTERS, D.R.; SHREEVE, T.R. e COFFEY, C.C.,
Respirator Filter Reuse Test using the Laboratory Simulant Mycobacterium
tuberculosis (H37RA strain), J. Am. Biol. Saf. Assoc., v. 3, p.105-116, 1998.
17. QIAN, Y.; WILLEKE, K.; GRINSHPUN, S.; DONNELLY, J. Performance of
N95 Respirators: Reaerosolization of Bacteria and Solid Particles. Am. Ind.
Hyg. Assoc. Journal, v. 58, p.876-884, 1997.
18. REPONEN, T.A., WANG, Z., WILLEKE, K. e GRINSHPUN, S.A., Survival of
Mycobacteria on N95 Personal Respirators, Infect. Control Hosp. Epidemiol.,
v. 20, p.237-241, 1999.
19. BROSSEAU, L.M., McCULLOUGH, N.V. e VESLEY, D., Bacterial Survival on
Respirator Filters and Surgical Masks, J. Am. Biol. Saf. Assoc., v. 2, p.232-
243, 1997.
20. WANG, Z., REPONEN, T.A. e WILLEKE, K., Survival of Bacteria on
Respirator Filters, Aerosol Sci. Tech., v.30, p.167-173, 1997.
21. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n.º 306, de 7 de
dezembro de 2004. Dispõe sobre o plano de gerenciamento para resíduos
sólidos de saúde
22. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. NIOSH. TB
Respiratory Protection Program in Health Care Facilities - Administrator’s
Guide. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention 1999. Disponível
em www.cdc.gov/niosh/99-143.html
23. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira.
Norma Brasileira 13697 – Equipamentos de Proteção Respiratória – Filtros
Mecânicos. Rio de Janeiro: ABNT,1996.
6- GLOSSARIO

Agentes biológicos: microorganismos geneticamente modificados ou não, as


culturas de células; os parasitas; as toxinas e os prions.

Ambiente: espaço fisicamente determinado para o desenvolvimento de atividade(s),


caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas. Um ambiente pode se
constituir de uma sala ou de uma área.

Aerossol: suspensão de partículas de tamanho menor do que 5 μm, que podem


permanecer suspensas no ar e ser dispersas a longas distâncias.

Ar respirável: ar adequado para a respiração. O ar comprimido utilizável nos EPR


de adução de ar deve apresentar conteúdo de oxigênio variando entre 19,5% a
23,5% em volume, quantidade máxima de óleo ou hidrocarbonetos condensados de
5 mg/m3 nas condições normais de temperatura e pressão, quantidade máxima de
monóxido de carbono de 10 ppm e de dióxido de carbono de 1000 ppm, não pode
conter água no estado líquido e se possuir odor, este não deve ser pronunciado.

Capuz: componente de um Equipamento de Proteção Respiratória que envolve a


cabeça e o pescoço, podendo cobrir parte dos ombros.

Certificado de Aprovação: documento emitido pelo Ministério do Trabalho e


Emprego, que certifica que o EPI satisfaz os requisitos mínimos de qualidade
definidos em Norma Técnica (penetração do aerossol de teste através do filtro,
resistência à respiração, etc.).

Cobertura das vias respiratórias: parte do Equipamento de Proteção Respiratória


que cobre as vias respiratórias do usuário. Pode ser uma peça facial, capuz.

Contaminação: Ação ou momento pelo qual uma pessoa, um animal ou um


elemento (ambiente, ar, terra, alimento) se converte em veículo mecânico de
disseminação de um agente patógeno.
Desinfecção: processo de destruição de microrganismos na forma vegetativa, com
exceção de esporos, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos. Esta
terminologia pode ser aplicada tanto para artigos e materiais, como para ambiente.

Ensaio de vedação: teste utilizado para selecionar o tamanho e formato do


Equipamento de Proteção Respiratória adequados ao rosto de cada usuário.

Equipamento de Proteção Individual (EPI): dispositivo de uso individual destinado


a prevenir riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador.

Equipamento de Proteção Respiratória (EPR): Equipamento de Proteção


Individual que visa à proteção do usuário contra a inalação de agentes nocivos à
saúde.

EPR de adução de ar: Equipamento de Proteção Respiratória que funciona com ar


de qualidade respirável proveniente de uma fonte estacionária externa (compressor
ou bateria de cilindros com ar comprimido), que chega por meio de uma mangueira
até a cobertura das vias respiratórias.

EPR purificador de ar: Equipamento de Proteção Respiratória no qual o ar


ambiente, antes de ser inalado, passa através de filtro que retém o aerossol
presente.

EPR purificador de ar motorizado: Equipamento de Proteção Respiratória no qual


o motor, acionado por bateria elétrica, movimenta uma ventoinha que obriga o ar a
atravessar continuamente o filtro que retém o aerossol.

EPR purificador de ar não motorizado: Equipamento de Proteção Respiratória no


qual o ar ambiente, pela ação pulmonar do usuário durante a inalação, atravessa o
material filtrante.
Filtro: parte do Equipamento de Proteção Respiratória destinada a purificar o ar
inalado.

Fluidos corpóreos: líquidos ou gases expelidos pelo corpo (tais como vômito,
fezes, urina e sangue).

Guarda (de EPR): armazenamento temporário do EPR já utilizado, para uso futuro,
efetuado pelo próprio usuário.

Gotículas: partículas maiores do que 5 μm.

Higienização: processo que envolve a limpeza e a desinfecção das superfícies


fixas, equipamentos , mobiliários que compõe as diferentes unidades de saúde.

Limpeza: procedimento de remoção de sujidade e detritos para reduzir a carga


microbiana. A limpeza deve preceder os procedimentos de desinfecção ou de
esterilização.

Máscara Cirúrgica: barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca, indicada
para: a) proteger o Trabalhador de Saúde de infecções por inalação de gotículas
transmitidas à curta distância e projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que
possam atingir as vias respiratórias do Trabalhador de Saúde; b) minimizar a
contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio
Trabalhador de Saúde. A máscara cirúrgica não é um EPI e, portanto, não possui
Certificado de Aprovação.

Máscara N95 (N95): Equipamento de Proteção Respiratória purificador de ar


certificado nos EUA, que possui eficiência de filtração de 95%, testada com aerossol
de NaCl. No Brasil, é equivalente à PFF2 ou ao Equipamento de Proteção
Respiratória do tipo peça semifacial com filtro P2.

Micrometro (μm): unidade de comprimento correspondente à milésima parte do


milímetro.
Norma: padrão que estabelece requisitos mínimos de qualidade e desempenho de
um Equipamento de Proteção Respiratória.

Patogenicidade: capacidade de um agente biológico de causar doença em um


hospedeiro susceptível.

Patógeno: microrganismos capazes de produzir enfermidade em circunstancias


apropriadas

Peça facial: parte do Equipamento de Proteção Respiratória que cobre as vias


respiratórias, podendo, ou não, proteger os olhos.

Peça facial inteira: parte do Equipamento de Proteção Respiratória que cobre a


boca, o nariz e os olhos.

Peça semifacial: parte do Equipamento de Proteção Respiratória que cobre a boca


e o nariz e se apóia sob o queixo.

Peça semifacial filtrante: Equipamento de Proteção Respiratória que cobre a boca


e o nariz, proporciona uma vedação adequada sobre a face do usuário, possui filtro
eficiente para retenção dos contaminantes atmosféricos presentes no ambiente de
trabalho na forma de aerossóis.

PFF2: Equipamento de Proteção Respiratória certificado no Brasil, que cobre a boca


e o nariz, proporciona uma vedação adequada sobre a face do usuário, possui filtro
com eficiência mínima de 94% testada com aerossol de NaCl. É equivalente à N95.
Existem PFF2 resistentes à projeção de fluidos corpóreos.

Reprocessamento: processo de limpeza e desinfecção ou esterilização a ser


aplicado a produtos para saúde, que garanta a segurança na sua utilização,
incluindo o controle da qualidade em todas as suas etapas.
Resíduos de Serviços de Saúdes (RSS): resíduos resultantes das atividades
exercidas pelos Serviços de Saúde, classificados de acordo com regulamento
técnico da Anvisa.

Saúde do trabalhador: conjunto de atividades que se destina, por meio das ações
de vigilância epidemiológica e sanitária, à promoção e proteção da saúde dos
trabalhadores, assim como visa à recuperação e à reabilitação da saúde daqueles
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.

Serviços de Saúde: qualquer edificação destinada à prestação de assistência à


saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência,
pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

Trabalhador de Saúde: todo trabalhador que se insere direta ou indiretamente na


prestação de serviços de saúde, no interior dos estabelecimentos de saúde ou em
atividades de saúde, podendo deter ou não formação específica para o desempenho
de funções referentes ao setor. O vínculo de trabalho no setor de atividade de
saúde, independentemente da formação profissional ou da capacitação do indivíduo,
é o mais importante na definição de Trabalhador de Saúde.

Verificação de Vedação: teste rápido realizado pelo próprio usuário com a


finalidade de verificar se o Equipamento de Proteção Respiratória foi colocado na
posição correta no rosto.
Anexo 1 6
Classificação de risco de agentes biológicos

ANEXO I da NR 32

Os agentes biológicos são classificados em:


Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de
causar doença ao ser humano.
Classe de risco 2 : risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para
a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou
tratamento.
Classe de risco 3 : risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a
coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem
meios eficazes de profilaxia ou tratamento.
Classe de risco 4 : risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para
a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças
graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

ANEXO II da NR 32

Tabela de classificação dos Agentes Biológicos


1. Este anexo apresenta uma tabela de agentes biológicos, classificados nas classes de risco 2, 3 e 4, de
acordo com os critérios citados no Anexo I. Para algumas informações adicionais, utilizamos os seguintes
símbolos:
A : possíveis efeitos alérgicos
E: agente emergente e oportunista
O: agente oncogênico de baixo risco
O+: agente oncogênico de risco moderado
T : produção de toxinas
V : vacina eficaz disponível
(*): normalmente não é transmitido através do ar
“spp”: outras espécies do gênero, além das explicitamente indicadas, podendo constituir um risco para
a saúde.
Na classificação por gênero e espécie podem ocorrer as seguintes situações:
a) no caso de mais de uma espécie de um determinado gênero ser patogênica, serão assinaladas as mais
importantes, e as demais serão seguidas da denominação “spp“, indicando que outras espécies do
gênero podem ser também patogênicas. Por exemplo: Campylobacter fetus, Campylobacter jejuni,
Campylobacter spp.
b) quando uma única espécie aparece na tabela, por exemplo, Rochalimaea quintana, indica que
especificamente este agente é patógeno.

2. Na classificação dos agentes considerou-se os possíveis efeitos para os trabalhadores sadios. Não foram
considerados os efeitos particulares para os trabalhadores cuja suscetibilidade possa estar afetada, como
nos casos de patologia prévia, medicação, transtornos imunológicos, gravidez ou lactação.

3. Para a classificação correta dos agentes utilizando-se esta tabela, deve-se considerar que:
a) a não identificação de um determinado agente na tabela não implica em sua inclusão automática na
classe de risco 1, devendo-se conduzir, para isso, uma avaliação de risco, baseada nas propriedades
conhecidas ou potenciais desses agentes e de outros representantes do mesmo gênero ou família.
b) os organismos geneticamente modificados não estão incluídos na tabela.
c) no caso dos agentes em que estão indicados apenas o gênero, devem-se considerar excluídas as
espécies e cepas não patogênicas para o homem.
d) todos os vírus isolados em seres humanos, porém não incluídos na tabela, devem ser classificados na
classe de risco 2, até que estudos para sua classificação estejam concluídos.
Classificação
AGENTES BIOLÓGICOS Notas
(grupos)
Bactérias
Acinetobacter baumannii (anteriormente Acinetobacter calcoaceticus) 2
Actinobacillus spp 2
Actinomadura madurae 2
Actinomadura pelletieri 2
Actinomyces gerencseriae 2
Actinomyces israelii 2
Actinomyces pyogenes (anteriormente Corynebacterium pyogenes) 2
Actinomyces spp 2
Aeromonas hydrophyla 2
Amycolata autotrophica 2
Archanobacterium haemolyticum (Corynebacterium haemolyticum) 2
Bacillus anthracis 3
Bacteroides fragilis 2
Bartonella (Rochalimea) spp 2
Bartonella bacilliformis 2
Bartonella henselae 2
Bartonella quintana 2
Bartonella vinsonii 2
Bordetella bronchiseptica 2
Bordetella parapertussis 2
Bordetella pertussis 2 V
Borrelia anserina 2
Borrelia burgdorferi 2
Borrelia duttonii 2
Borrelia persicus 2
Borrelia recurrentis 2
Borrelia spp 2
Borrelia theileri 2
Borrelia vincenti 2
Brucella abortus 3
Brucella canis 3
Brucella melitensis 3
Brucella suis 3
Burkholderia mallei (Pseudomonas mallei) 3
Burkholderia pseudomallei (Pseudomonas pseudomallei) 3
Campylobacter coli 2
Campylobacter fetus 2
Campylobacter jejuni 2
Campylobacter septicum 2
Campylobacter spp 2
Cardiobacterium hominis 2
Chlamydia pneumoniae 2
Chlamydia trachomatis 2
Chlamydia psittaci (cepas aviárias) 3
Clostridium botulinum 3 T
Clostridium chauvoei 2
Clostridium haemolyticum 2
Clostridium histolyticum 2
Clostridium novyi 2
Clostridium perfringens 2
Clostridium septicum 2
Clostridium spp 2
Clostridium tetani 2 T, V
Corynebacterium diphtheriae 2 T, V
Corynebacterium equi 2
Corynebacterium haemolyticum 2
Corynebacterium minutissimum 2
Corynebacterium pseudotuberculosis. 2
Corynebacterium pyogenes 2
Corynebacterium renale 2
Corynebacterium spp 2
Coxiella burnetii 3
Dermatophilus congolensis 2
Edwardsiella tarda 2
Ehrlichia sennetsu (Rickettsia sennetsu) 2
Ehrlichia spp 2
Eikenella corrodens 2
Enterobacter aerogenes/cloacae 2
Enterococcus spp 2
Erysipelothrix rhusiopathiae 2
Escherichia coli (todas as cepas enteropatogênicas, enterotoxigênicas,
2
enteroinvasivas e detentoras do antígeno K 1)
Escherichia coli, cepas verocitotóxicas (por exemplo O157:H7 ou O103) 3 (*), T
Francisella tularensis (tipo A) 3
Haemophilus ducreyi 2
Haemophilus equigenitalis 3
Haemophilus influenzae 2
Helicobacter pylori 2
Klebsiella oxytoca 2
Klebsiella pneumoniae 2
Klebsiella spp 2
Legionella pneumophila 2
Legionella spp 2
Leptospira interrogans (todos os sorotipos) 2
Listeria monocytogenes 2
Listeria ivanovii 2
Moraxella spp 2
Mycobacterium asiaticum 2
Mycobacterium avium/intracellulare 2
Mycobacterium bovis (exceto a cepa BCG) 3 V
Mycobacterium chelonae 2
Mycobacterium fortuitum 2
Mycobacterium kansasii 2
Mycobacterium leprae 2
Mycobacterium malmoense 2
Mycobacterium marinum 2
Mycobacterium paratuberculosis 2
Mycobacterium scrofulaceum 2
Mycobacterium simiae 2
Mycobacterium szulgai 2
Mycobacterium tuberculosis 3 V
Mycobacterium xenopi 2
Mycoplasma caviae 2
Mycoplasma hominis 2
Mycoplasma pneumoniae 2
Neisseria gonorrhoeae 2
Neisseria meningitidis 2 V
Nocardia asteroides 2
Nocardia brasiliensis 2
Nocardia farcinica 2
Nocardia nova 2
Nocardia otitidiscaviarum 2
Nocardia transvalensis 2
Pasteurella multocida 2
Pasteurella multocida tipo B (amostra buffalo e outras cepas virulentas) 3
Pasteurella spp 2
Peptostreptococcus anaerobius 2
Plesiomonas shigelloides 2
Porphyromonas spp 2
Prevotella spp 2
Proteus mirabilis 2
Proteus penneri 2
Proteus vulgaris 2
Providencia alcalifaciens 2
Providencia rettgeri 2
Providencia spp 2
Pseudomonas aeruginosa 2
Rhodococcus equi 2
Rickettsia akari 3 (*)
Rickettsia australis 3
Rickettsia canada 3 (*)
Rickettsia conorii 3
Rickettsia montana 3 (*)
Rickettsia prowazekii 3
Rickettsia rickettsii 3
Rickettsia siberica 3
Rickettsia tsutsugamushi 3
Rickettsia typhi (Rickettsia mooseri) 3
Salmonella arizonae 2
Salmonella enteritidis 2
Salmonella typhimurium 2
Salmonella paratyphi A, B, C 2 V
Salmonella typhi 2 (*), V
Salmonella spp 2
Serpulina spp 2
Shigella boydii 2
Shigella dysenteriae 2
Shigella flexneri 2
Shigella sonnei 2
Staphylococcus aureus 2
Streptobacillus moniliformis 2
Streptococcus pneumoniae 2
Streptococcus pyogenes 2
Streptococcus suis 2
Streptococcus spp 2
Treponema carateum 2
Treponema pallidum 2
Treponema pertenue 2
Treponema spp 2
Vibrio cholerae (01 e 0139) 2
Vibrio parahaemolyticus 2
Vibrio vulnificus 2
Vibrio spp 2
Yersinia enterocolitica 2
Yersinia pestis 3 V
Yersinia pseudotuberculosis 2
Yersinia spp 2
Vírus
Herpesvirus de cobaias 2 O
Shope fibroma virus 2 O
Vírus da Doença hemorrágica de coelhos 4
Vírus da Enterite viral de patos, gansos e cisnes 4
Vírus da Febre catarral maligna de bovinos e cervos 4
Vírus da Hepatite viral do pato tipos 1, 2 e 3 4
Vírus da Leucemia de Hamsters 2 O
Vírus da Leucose Bovina Enzoótica 2 O
Vírus da lumpy skin 4
Vírus do Sarcoma Canino 2 O
Vírus do Tumor Mamário de camundongos 2 O
Vírus Lucke (vírus de rãs) 2 O
Adenoviridae 2
Adenovirus 1 aviário - Vírus CELO 2 O
Adenovirus 2 - Vírus Símio 40 (Ad2-SV40) 2 O+
Adenovirus 7 - Vírus Símio 40 (Ad7-SV40) 2 O
Arenaviridae:
* Complexos virais LCM-Lassa (arenavírus do Velho Continente)
Vírus Lassa 4
Vírus da coriomeningite linfocítica (cepas neurotrópicas) 3
Vírus da coriomeningite linfocítica (outras cepas) 2
* Complexos virais Tacaribe (arenavírus do Novo Mundo):
Vírus Amapari 2
Vírus Flechal 2
Vírus Guanarito 4
Vírus Junin 4
Vírus Latino 2
Vírus Machupo 4
Vírus Paraná 2
Vírus Pichinde 2
Vírus Sabiá 4
Astroviridae 2
Birnavirus: incluindo Picobirnavirus, Picotrinavirus 2
Bunyaviridae:
Vírus Belém 2
Vírus Mojuí dos Campos 2
Vírus Pará 2
Vírus Santarém 2
Vírus Turlock 2
* Grupo Anopheles A
Vírus Arumateua 2
Vírus Caraipé 2
Vírus Lukuni 2
Vírus Tacaiuma 2
Vírus Trombetas 2
Vírus Tucurui 2
* Grupo Bunyamwera
Vírus Iaco 2
Vírus Kairi 2
Vírus Macauã 2
Vírus Maguari 2
Vírus Sororoca 2
Vírus Taiassuí 2
Vírus Tucunduba 2
Vírus Xingu 2
* Grupo da encefalite da Califórnia
Vírus Inkoo 2
Vírus La Crosse 2
Vírus Lumbo 2
Vírus San Angelo 2
Vírus Snow hare 2
Vírus Tahyna 2
* Grupo Melão
Vírus Guaroa 2
Vírus Jamestown Canyon 2
Vírus Keystone 2
Vírus Serra do Navio 2
Vírus South River 2
Vírus Trivittatus 2
* Grupo C
Vírus Apeu 2
Vírus Caraparu 2
Vírus Itaqui 2
Vírus Marituba 2
Vírus Murutucu 2
Vírus Nepuyo 2
Vírus Oriboca 2
* Grupo Capim
Vírus Acara 2
Vírus Benevides 2
Vírus Benfica 2
Vírus Capim 2
Vírus Guajará 2
Vírus Moriche 2
* Grupo Guamá
Vírus Ananindeua 2
Vírus Bimiti 2
Vírus Catú 2
Vírus Guamá 2
Vírus Mirim 2
Vírus Moju 2
Vírus Timboteua 2
* Grupo Simbu
Vírus Jatobal 2
Vírus Oropouche 2
Vírus Utinga 2
Caliciviridae:
Vírus da Hepatite E 2 (*)
Vírus Norwalk 2
Outros Caliciviridae 2
Coronaviridae:
Vírus humanos, gastroenterite de suínos, hepatite murina, Coronavirus
2
bovinos, peritonite infecciosa felina, bronquite infecciosa aviária, Coronavirus
de caninos, ratos e coelhos
Filoviridae:
Vírus Ebola 4
Vírus de Marburg 4
Flaviviridae:
Vírus Bussuquara 2
Vírus Cacipacoré 2
Vírus da Dengue tipos 1-4 2
Vírus da Encefalite B japonesa 3 V
Vírus da Encefalite da Austrália (Encefalite do Vale Murray) 3
Vírus da Encefalite da primavera-verão russa 4 V, (a)
Vírus da Encefalite de São Luís 2
Vírus da Encefalite da Europa Central 4 (*), V, (a)
Vírus da Febre amarela 3 V
Vírus da Febre hemorrágica de Omsk 4 (a)
Vírus da Floresta de Kyasanur 4 V, (a)
Vírus da Hepatite C 2 (*)
Vírus do Nilo Ocidental 2
Vírus Ilhéus 2
Vírus Kunjin 2
Vírus Powassan 3
Vírus Rocio 3
Vírus Sal Vieja 3
Vírus San Perlita 3
Vírus Spondweni 3
Hantavirus:
Vírus Andes 3
Vírus Dobrava (Belgrado) 3
Vírus Hantaan (Febre hemorrágica da Coréia) 3
Vírus Juquitiba 3
Vírus Prospect Hill 2
Vírus Puumala 2
Vírus Seoul 3
Vírus Sin Nombre 3
Hepadnaviridae:
Vírus da hepatite B 2 (*), V
Vírus da hepatite D (Delta) 2 (*), V, (b)
Herpesviridae:
Citomegalovirus 2
Herpes simplex vírus tipos 1 e 2 2
Herpesvirus de Ateles (Rhadinovirus) 3
Herpesvirus de Saimiri (Rhadinovirus) 3
Herpesvirus humano 7 (HHV7) 2
Herpesvirus humano 8 (HHV8) 2
Herpesvirus simiae (vírus B) 4
Herpesvirus varicellazoster 2
Vírus da Doença de Marek 2 O
Vírus Epstein-Barr 2 O
Vírus linfotrópico humano B (HBLV-HHV6) 2
Nairovirus:
Vírus da Febre hemorrágica da Criméia/Congo 4
Vírus Hazara 2
Oncornavirus: Vírus C e D 3
Orthomyxoviridae:
Vírus da Influenza tipos A, B e C 2 V (c)
Ortomixovirus transmitidos por carrapatos: Vírus Dhori e Thogoto 2
Papovaviridae:
Polyoma virus 2 O
Shope papilloma virus 2 O
Vírus BK e JC 2
Vírus do Papiloma bovino 2 O
Vírus do Papiloma humano 2
Vírus Símio 40 (SV40) 2
Paramyxoviridae:
Pneumovirus 2
Vírus da Cachumba 2 V
Vírus da Doença de Newcastle (amostras não-asiáticas) 2
Vírus da Parainfluenza tipos 1 a 4 2
Vírus do Sarampo 2 V
Vírus Nipah 2
Vírus Respiratório Sincicial 2
Parvoviridae:
Parvovirus humano (B 19) 2
Phlebovirus:
Uukuvirus 2
Vírus Alenquer 2
Vírus Ambé 2
Vírus Anhangá 2
Vírus Ariquemes 2
Vírus Belterra 2
Vírus Bujarú 2
Vírus Candirú 2
Vírus de Toscana 2
Vírus Icoarací 2
Vírus Itaituba 2
Vírus Itaporanga 2
Vírus Jacundá 2
Vírus Joa 2
Vírus Morumbi 2
Vírus Munguba 2
Vírus Nápoles 2
Vírus Oriximina 2
Vírus Pacuí 2
Vírus Serra Norte 2
Vírus Tapará 2
Vírus Toscana 2
Vírus Turuna 2
Vírus Uriurana 2
Vírus Urucuri 2
Picornaviridae:
Poliovirus 2 V
Rinovirus 2
Vírus Coxsackie 2
Vírus da Aftosa com seus diversos tipos e variantes 4
Vírus da Conjuntivite Hemorrágica Aguda (AHC) 2
Vírus da Hepatite A (enterovirus humano tipo 72) 2 V
Vírus ECHO 2
Poxviridae:
Parapoxvirus 2
Poxvirus de caprinos, suínos e aves 2
Vírus Buffalopox 2 (d)
Vírus Cotia 2
Vírus Cowpox (e relacionados isolados de felinos domésticos e animais
2
selvagens)
Vírus da varíola (major, minor) 4 V
Vírus da varíola alastrim 4
Vírus da varíola do camelo 4
Vírus do Nódulo dos ordenhadores 2
Vírus Molluscum contagiosum 4 V
Vírus Monkeypox (varíola do macaco) 3
Vírus Orf 2
Vírus Vaccinia 2
Vírus Whitepox ("vírus da varíola") 4 V
Vírus Yatapox: Tana 2
Vírus Yatapox: Yaba 2 O+
Reoviridae:
Coltivirus 2
Orbivirus 2
Orthoreovirus tipos 1, 2 e 3 2
Reovirus isolados na Amazônia dos Grupos Changuinola e Corriparta 2
Rotavirus humanos 2
Vírus Ieri 2
Vírus Itupiranga 2
Vírus Tembé 2
Retroviridae:
HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana 3 (*)
Rous Sarcoma Virus 2 O
Vírus da Leucemia de Gibões (GaLV) 2 O+
Vírus da Leucemia de murinos 2 O
Vírus da Leucemia de ratos 2 O
Vírus da Leucemia Felina (FeLV) 2 O+
Vírus da Leucose Aviária 2 O
Vírus do Sarcoma de murinos 2 O
Vírus do Sarcoma de Símios (SSV-1) 2 O+
Vírus do Sarcoma Felino (FeSV) 2 O+
Vírus Linfotrópicos das células T humana (HTLV-1 e HTLV-2) 3 (*)
Vírus Símio Mason-Pfizer 2 O
Vírus SlV 3 (*), (e)
Rhabdoviridae:
Vírus Aruac 2
Vírus da Raiva 3 V, (*)
Vírus Duvenhage 2
Vírus Inhangapi 2
Vírus Xiburema 2
* Grupo da Estomatite Vesicular
Vírus Alagoas VSV-3 2
Vírus Carajás 2
Vírus Cocal VSV-2 2
Vírus Indiana VSV-1 2
Vírus Juruna 2
Vírus Marabá 2
Vírus Maraba VSV-4 2
Vírus Piry 2
* Grupo Hart Park
Vírus Hart Park 2
Vírus Mosqueiro 2
* Grupo Mussuril
Vírus Cuiabá 2
Vírus Marco 2
* Grupo Timbó
Vírus Chaco 2
Vírus Sena Madureira 2
Vírus Timbó 2
Togaviridae:
* Alfavirus
Vírus Aurá 2
Vírus Bebaru 2
Vírus Chikungunya 2 (*)
Vírus da Encefalomielite equina americana ocidental 2 V
Vírus da Encefalomielite equina americana oriental 2 V
Vírus da Encefalomielite equina venezuelana 3 V
Vírus do Bosque Semliki 2
Vírus do Rio Ross 2
Vírus Mayaro 2
Vírus Mucambo 2 (*)
Vírus Onyongnyong 2
Vírus Pixuna 2
Vírus Una 2
Outros alfavirus conhecidos 2
* Rubivirus: Vírus da Rubéola 2 V
* Pestivirus: Vírus da Diarréia Bovina 2
Prions: agentes não classificados associados a encefalopatias
espongiformes transmissíveis
Agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), scrapie e outras
3 (*), (f)
doenças animais afins
Agente da Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) 3 (*)
Agente da Insônia Familiar Fatal 3 (*)
Agente da Síndrome de Gerstmann-Sträussler-Scheinker 3 (*)
Agente do Kuru 3 (*)
Parasitas
Acanthamoeba castellani 2
Ancylostoma ceylanicum 2
Ancylostoma duodenale 2
Angiostrongylus cantonensis 2
Angiostrongylus costaricensis 2
Angiostrongylus spp 2
Ascaris lumbricoides 2 A
Ascaris suum 2 A
Babesia divergens 2
Babesia microti 2
Balantidium coli 2
Brugia malayi 2
Brugia pahangi 2
Brugia timori 2
Capillaria philippinensis 2
Capillaria spp 2
Clonorchis sinensis 2
Clonorchis viverrini 2
Coccidia spp 2
Cryptosporidium parvum 2
Cryptosporidium spp 2
Cyclospora cayetanensis 2
Cysticercus cellulosae (cisto hidático, larva de T. sollium) 2
Dactylaria galopava (Ochroconis gallopavum) 2
Dipetalonema streptocerca 2
Diphyllobothrium latum 2
Dracunculus medinensis 2
Echinococcus granulosus 2 (*)
Echinococcus multilocularis 2 (*)
Echinococcus vogeli 2 (*)
Emmonsia parva var. crescens 2
Emmonsia parva var. parva 2
Entamoeba histolytica 2
Enterobius spp 2
Exophiala (Wangiella) dermatitidis 2
Fasciola gigantica 2
Fasciola hepatica 2
Fasciolopsis buski 2
Fonsecaea compacta 2
Fonsecaea pedrosoi 2
Giardia lamblia (Giardia intestinalis) 2
Giardia spp 2
Heterophyes spp 2
Hymenolepis diminuta 2
Hymenolepis nana 2
Isospora spp 2
Leishmania brasiliensis 2 (*)
Leishmania donovani 2 (*)
Leishmania major 2
Leishmania mexicana 2
Leishmania peruviana 2
Leishmania spp 2
Leishmania tropica 2
Leishmanla ethiopica 2
Loa loa 2
Madurella grisea 2
Madurella mycetomatis 2
Mansonella ozzardi 2
Mansonella perstans 2
Microsporidium spp 2
Naegleria fowleri 2
Naegleria gruberi 2
Necator americanus 2
Onchocerca volvulus 2
Opisthorchis felineus 2
Opisthorchis spp 2
Paragonimus westermani 2
Plasmodium cynomolgi 2
Plasmodium falciparum 2 (*)
Plasmodium malariae 2
Plasmodium ovale 2
Plasmodium spp (humano e símio) 2
Plasmodium vivax 2
Sarcocystis suihominis 2
Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii) 2
Scedosporium prolificans (inflatum) 2
Schistosoma haematobium 2
Schistosoma intercalatum 2
Schistosoma japonicum 2
Schistosoma mansoni 2
Schistosoma mekongi 2
Strongyloides spp 2
Strongyloides stercoralis 2
Taenia saginata 2
Taenia solium 2 (*)
Toxocara canis 2
Toxoplasma gondii 2
Trichinella spiralis 2
Trichuris trichiura 2
Trypanosoma brucei brucei 2
Trypanosoma brucei gambiense 2
Trypanosoma brucei rhodesiense 2 (*)
Trypanosoma cruzi 2
Wuchereria bancrofti 2
Fungos
Acremonium falciforme 2 E
Acremonium kiliense 2 E
Acremonium potronii 2 E
Acremonium recifei 2 E
Acremonium roseogriseum 2 E
Alternaria anamorfo de Pleospora infectoria 2 E
Aphanoascus fulvescens 2 E
Aspergillus amstelodami 2 E
Aspergillus caesiellus 2 E
Aspergillus candidus 2 E
Aspergillus carneus 2 E
Aspergillus flavus 2
Aspergillus fumigatus 2
Aspergillus glaucus 2 E
Aspergillus oryzae 2 E
Aspergillus penicillioides 2 E
Aspergillus restrictus 2 E
Aspergillus sydowi 2 E
Aspergillus terreus 2 E
Aspergillus unguis 2 E
Aspergillus versicolor 2 E
Beauveria bassiana 2 E
Blastomyces dermatitidis (Ajellomyces dermatitidis) 2 A
Candida albicans 2 A
Candida lipolytica 2 E
Candida pulcherrima 2 E
Candida ravautii 2 E
Candida tropicalis 2
Candida viswanathii 2 E
Chaetoconidium spp 2 E
Chaetomium spp 2 E
Chaetosphaeronema larense 2 E
Cladophialophora bantiana (Xylophora bantiana, Cladosporium bantianum ou
2
C. trichoides)
Cladophialophora carrioni (Cladosporium carrioni) 2
Cladosporium cladosporioides 2 E
Coccidioides immitis 3 A
Conidiobolus incongruus 2 E
Coprinus cinereus 2 E
Cryptococcus neoformans 2
Cryptococcus neoformans var. gattii (Filobasidiella bacillispora) 2 A
Cryptococcus neoformans var. neoformans (Filobasidiella neoformans var.
2 A
neoformans)
Cunninghamella geniculata 2 E
Curvularia pallescens 2 E
Curvularia senegalensis 2 E
Cylindrocarpon tonkinense 2 E
Drechslera spp 2 E
Emmonsia parva var. crescens 2
Emmonsia parva var. parva 2
Epidermophyton floccosum 2 A
Epidermophyton spp 2
Exophiala (Wangiella) dermatitidis 2
Exophiala moniliae 2 E
Fonsecaea compacta 2
Fonsecaea pedrosoi 2
Fusarium dimerum 2 E
Fusarium nivale 2 E
Geotrichum candidum 2 E
Hansenula polymorpha 2 E
Histoplasma capsulatum duboisii 3
Histoplasma capsulatum var capsulatum (Ajellomyces capsulatus) 3
Lasiodiplodia theobramae 2 E
Madurella grisea 2
Madurella mycetomatis 2
Madurella spp 2
Microascus desmosporus 2 E
Microsporum aldouinii 2 A
Microsporum canis 2 A
Microsporum spp 2 A
Mucor rouxianus 2 E
Mycelia sterilia 2 E
Mycocentrospora acerina 2 E
Neotestudina rosatii 2
Oidiodendron cerealis 2 E
Paecilomyces lilacinus 2 E
Paecilomyces variotti 2 E
Paecilomyces viridis 2 E
Paracoccidioides brasiliensis (na fase de esporulação apresenta maior risco
2
de infecção)
Penicillium chrysogenum 2 E
Penicillium citrinum 2 E
Penicillium commune 2 E
Penicillium expansum 2 E
Penicillium marneffei 2 A
Penicillium spinulosum 2 E
Phialophora hoffmannii 2 E
Phialophora parasitica 2 E
Phialophora repens 2 E
Phoma hibernica 2 E
Phyllosticta ovalis 2 E
Phyllosticta spp 2 E
Pneumocystis carinii 2
Pyrenochaeta unguis-hominis 2 E
Rhizoctonia spp 2 E
Rhodotorula pilimanae 2 E
Rhodotorula rubra 2 E
Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii) 2
Scedosporium prolificans (inflatum) 2
Schizophyllum commune 2 E
Scopulariops acremonium 2 E
Scopulariops brumptii 2 E
Sporothrix schenckii 2
Stenella araguata 2 E
Taeniolella stilbospora 2 E
Tetraploa spp 2 E
Trichophyton rubrum 2
Trichophyton spp 2
Trichosporon capitatum 2 E
Tritirachium oryzae 2 E
Volutella cinerescens 2 E

Fontes: 1. Brasil (2004) Diretrizes Gerais para o trabalho em contenção com material biológico. Série A:
Normas e Manuais Técnicos. Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos,
Brasília: Ministério da Saúde, 60p.
2. UE (2000) Council Directive 2000/54/EC. OJ L 262, 17.10.2000, 21p.
3. ABSA (2005) Risk Group Classification for Infectious Agents. http://www.absa.org/resriskgroup.html,
acessado em 11 de julho de 2005.
(a) Encefalites transmitidas por carrapatos.
(b) O vírus da hepatite D é patogênico apenas na presença de infecção simultânea ou secundária causada pelo
vírus da hepatite B. Assim, a vacinação de pessoas que não sejam portadoras do vírus da hepatite B também
imuniza contra a hepatite D (Delta).
(c) Apenas para os tipos A e B.
(d) Dois vírus estão identificados: um é o buffalopox tipo e o outro é uma variante do vírus Vaccinia.
(e) Até o momento não há evidência de doença em seres humanos causada por retrovírus de origem símia.
Como precaução, recomenda-se nível de contenção 3 para o trabalho com este agente.
(f) Até o momento não há evidência de infecções em seres humanos causadas pelos agentes responsáveis pela
encefalite espongiforme bovina. No entanto, recomenda-se o nível de contenção 2, no mínimo, para o trabalho
com este agente em laboratório.
Anexo 2 7
Conteúdo mínimo de um Programa de Proteção Respiratória (PPR)

Um PPR deve ser implantado, administrado e periodicamente reavaliado em


Serviços de Saúde, se for efetuada alguma atividade que exija a utilização de EPR.
O PPR, além de conter a política da Instituição sobre o uso de EPR, deve incluir
Procedimentos Escritos sobre, no mínimo, os seguintes itens:
• Práticas permitidas sobre o uso de EPR, incluindo a proibição de barba por
usuários
• Administração do programa
• Tipos de EPR indicados nas diferentes atividades
• Ensaios de vedação adotados
• Treinamento em proteção respiratória
• Limpeza, inspeção, higienização, guarda e manutenção dos EPR
• Definir itens na avaliação médica relativos ao uso de EPR (Consultar o Anexo 6
da publicação Programa de Proteção Respiratória da Fundacentro)
• Monitoramento do uso (quem acompanha o uso correto e a obediência às
recomendações do PPR)
• Monitoramento do risco
• Avaliação do programa
Anexo 3
Exemplo de Certificado de Aprovação para peça semifacial filtrante PFF2

Certificação de Aprovação
Nº do CA: XXXXX Nº do Processo:
Data de Emissão: Validade:
Tipo do Equipamento:
RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR TIPO PEÇA SEMIFACIAL FILTRANTE
PARA PARTÍCULAS PFF2
Natureza:
Nacional
Descrição do Equipamento:
RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR DE SEGURANÇA, TIPO PEÇA
SEMIFACIAL FILTRANTE PARA PARTÍCULAS, COM FACES EXTERNA E
INTERNA NA COR XXXX, COM FORMATO TIPO XXX. O RESPIRADOR POSSUI
DOIS TIRANTES ELÁSTICOS E NA PARTE SUPERIOR EXTERNA, UMA TIRA
DE MATERIAL METÁLICO MOLDÁVEL. REF.: ZZ PFF2 (TAMANHO YY).

Dados Complementares
Norma:
NBR 13698/1996.

Fabricante: AAAA
Aprovado:
PROTEÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS DO USUÁRIO CONTRA POEIRAS, NÉVOAS E
FUMOS.
Observação: Não Informado.

Laudo/Atenuação
Tipo do Laudo:
Laboratório
Laboratório:
FUNDACENTRO / SP
Número Laudo: Data do Laudo: Não Informado
XXXXXXX
Responsável: Não Informado Registro Profissional: Não Informado
Anexo 4 7
Procedimentos para realização do Ensaio de Vedação Qualitativo

Todo usuário de PFF2 ou qualquer outro EPR com peça semifacial deve ser
submetido a um ensaio de vedação qualitativo, ou quantitativo, para confirmar se o
EPR, já aprovado na verificação de vedação (Figura 8), veda o suficiente no rosto.
Os EPR com peça facial inteira devem ser submetidos ao ensaio quantitativo.
Neste anexo, será apresentado um resumo do ensaio de vedação qualitativo.
Uma descrição mais detalhada dos ensaios de vedação permitidos encontra-se no
Anexo 5 do PPR da FUNDACENTRO. 7
Nos ensaios qualitativos (Figura 20) recomendados pelo MTE, o Trabalhador
de Saúde utilizando o EPR a ser ensaiado, é exposto à névoa de um agente de teste
com sabor característico: doce (sacarina) ou amargo (Bitrex) enquanto realiza
exercícios padronizados fora da área de risco. Como o filtro do EPR retém a névoa,
se o usuário, durante os testes, detectar o sabor destes agentes, é porque o
respirador não está vedando suficientemente bem e deve ser procurado outro
tamanho, modelo ou formato de EPR. Somente devem ser submetidos a este teste,
os usuários que conseguirem detectar o sabor destes agentes em baixas
concentrações quando submetidos ao ensaio de acuidade de paladar.
O equipamento necessário para os ensaios de vedação e acuidade está
disponível no mercado e consta de um capuz, com diâmetro aproximado de 30 cm e
altura de 40 cm, como mostrado na Figura 20 e de dois nebulizadores, sendo um
para ensaio de acuidade do paladar e o outro para o ensaio de vedação.
A solução de sacarina utilizada no ensaio de vedação pode ser preparada
dissolvendo-se 83 g de sacarina sódica (pró-análise) em 100 mL de água destilada
morna e a utilizada no ensaio de acuidade de paladar, dissolvendo-se 0,83 g de
sacarina sódica (pró-análise) em 100 mL de água destilada morna. Uma outra forma
de se preparar esta última solução, consiste em diluir 1 mL da solução usada no
ensaio de vedação em 100 mL de água destilada. No caso do Bitrex, a solução para
o ensaio de acuidade do paladar pode ser obtida dissolvendo-se 13,5 mg de Bitrex
em 100 mL de solução aquosa a 5 % de cloreto de sódio (5 g de cloreto de sódio
puro dissolvidos em 95 mL de água destilada). Já para a obtenção da solução de
Bitrex para o ensaio de vedação, deve-se dissolver 337,5 mg de Bitrex em 200 mL
de solução aquosa morna de cloreto de sódio a 5 % (10 g de cloreto de sódio puro
em 190 mL de água destilada).
A pessoa que conduz os ensaios de vedação deve saber preparar as
soluções de ensaio, conduzir os procedimentos de modo correto, reconhecer os
ensaios inválidos, e garantir que o equipamento esteja em boas condições de uso.
O equipamento de teste para o ensaio qualitativo deve estar limpo, em boas
condições de funcionamento, de modo que opere dentro dos parâmetros para os
quais foi projetado.
O ensaio de vedação deve ser repetido anualmente ou toda vez que o usuário
apresentar alteração de condição que interfira na selagem: variação de 10 % ou
mais de peso, aparecimento de cicatriz na área de vedação, perda de dente, prótese
ou cirurgia reconstrutiva.

capuz

PFF2

nebulizador

Figura 20: Capuz e nebulizador utilizados nos ensaios de vedação qualitativo com névoa de sacarina
ou bitrex

PROCEDIMENTOS
1. Ensaio de acuidade do paladar
Para a realização deste ensaio, o usuário, sem a PFF2 no rosto, deve colocar
o capuz mostrado na Figura 20 e respirar pela boca. O operador do ensaio deve
nebulizar a solução diluída do agente de teste e verificar se o usuário consegue
detectar o sabor do agente em baixas concentrações. Caso o usuário não consiga
detectar o sabor de um dos agentes de teste, deve-se repetir o ensaio, utilizando-se
o outro agente.
2. Ensaio de vedação

O usuário que passou no ensaio de acuidade de paladar, deve colocar a


PFF2 no rosto, ajustar os tirantes e realizar o teste de pressão positiva. Se o usuário
julgar que o ajuste está correto, deve colocar o capuz mostrado na Figura 20 e
realizar cada exercício descrito adiante, durante um minuto , enquanto o operador do
ensaio nebuliza a solução mais concentrada de sacarina ou bitrex.
A pessoa submetida ao ensaio de vedação deve compreender que está
participando da escolha do EPR que menos o incomoda e, portanto, deve indicar os
que, embora vedando bem, causem desconforto inaceitável durante a realização do
ensaio.
Para cada usuário submetido ao ensaio, devem ser registrados o nome do
usuário, a data, o ensaio de vedação utilizado, as características do EPR aprovado
(fabricante, modelo, código e tamanho) e o nome do condutor do ensaio:

EXERCÍCIOS:
a) Respirar normalmente. O usuário de pé, em posição ereta com os braços
estendidos ao longo do corpo e olhando para frente, sem falar, deve respirar
normalmente.
b) Respirar profundamente. O usuário de pé, em posição ereta com os braços
estendidos ao longo do corpo e olhando para frente, deve respirar devagar e
profundamente, mas sem hiperventilar.
c) Mover a cabeça de um lado para o outro. O usuário de pé, sem sair do lugar,
deve mover a cabeça completamente, devagar de um lado para o outro. Manter
momentaneamente a cabeça parada em cada extremidade enquanto inala em cada
lado. Não deixar o respirador bater nos ombros.
d) Mover a cabeça para cima e para baixo. O usuário de pé, sem sair do lugar, deve
movimentar devagar a cabeça para cima e para baixo. Inalar somente enquanto a
cabeça estiver voltada para cima. Não deixar o respirador bater no peito.
e) Falar. Ler devagar um trecho indicado, ou falar de modo que o condutor do
ensaio ouça claramente, ou contar retroativamente a partir de 100.
f) Careta. Fazer careta, franzir a testa ou sorrir.
g) Curvar-se. O usuário deve tentar tocar os pés com as mãos. Este exercício deve
ser substituído por corrida lenta, no mesmo lugar, quando o ensaio de vedação não
permitir este movimento.
h) Respirar normalmente como no exercício a).

Se durante a realização de qualquer exercício o usuário perceber o sabor do


agente, o ensaio é suspenso e a PFF2 é considerada inadequada, devendo ser
escolhido um EPR de outro tamanho ou formato e o ensaio repetido.
Anexo 5 7
Limpeza e higienização dos equipamentos de proteção respiratória

As PFF não devem ser limpas e/ou higienizadas. Devem ser inspecionadas antes de
cada uso, devendo ser descartadas se estiverem amassadas, danificadas ou
visivelmente sujas (como acontece ao se realizar procedimentos geradores de
gotículas, nos quais possa haver projeção de fluidos corpóreos). Atualmente, não
existem métodos de esterilização aceitáveis para PFF ou filtros substituíveis.
Os demais EPR devem ser limpos e higienizados regularmente. Cada Serviço de
Saúde estabelece se a limpeza fica a cargo do usuário ou não. Alguns tipos de EPR
utilizados por mais de uma pessoa, como os de adução de ar, devem estar limpos e
higienizados antes de serem utilizados pelas demais pessoas, exigência extensiva
aos EPR empregados nos ensaios de vedação.

Procedimento de Limpeza e Higienização de EPR reutilizáveis conforme o


Anexo 3 do PPR da FUNDACENTRO 7:

a. Após remover os filtros, desmontar a peça facial, isto é, remover o diafragma de


voz, membrana das válvulas, válvulas e qualquer outro componente
recomendado pelo fabricante. Descartar, reparar ou substituir qualquer
componente com defeito.
b. Lavar a cobertura das vias respiratórias com uma solução aquosa morna de
detergente para limpeza normal (abaixo de 43oC), ou com solução recomendada
pelo fabricante. Usar uma escova de cerdas não metálicas para remover a
sujeira.
c. Enxaguar com água morna limpa (no máximo 43oC), preferivelmente água
corrente.
d. Quando o detergente não contém agente desinfectante, os componentes do EPR
devem ficar por 2 minutos numa das seguintes soluções:
• Solução de hipoclorito (50 ppm de cloro) preparada através da mistura de
aproximadamente 1 mL de água sanitária em 1 L de água fria ;
• Solução aquosa de iodo (50 ppm de iodo) preparada pela mistura de 0,8
mL de tintura de iodo (6 a 8 gramas de iodeto de amônia ou de iodeto de
potássio em 100 mL de álcool etílico a 45%) em 1 L de água fria;
• Outra solução disponível comercialmente recomendada pelo fabricante do
respirador, como, por exemplo, os sais quaternários de amônia.
e. Enxaguar bem os componentes com água morna (abaixo de 43oC),
preferivelmente em água corrente. Escorrer. É importante enxaguar bem, pois se
o desinfetante ou o detergente secarem na peça facial, poderão provocar
dermatite. Além disso, a não remoção completa destes agentes pode causar
deterioração da borracha ou provocar corrosão das partes metálicas.
f. Os componentes devem ser secos manualmente, com auxílio de um pano de
algodão seco que não solte fios.
g. Montar novamente a peça facial e recolocar os filtros, se necessário.
h. Verificar se todos os componentes do EPR estão funcionando perfeitamente.
Substituí-los quando necessário.
Nota: Dependendo do patógeno e do tempo de exposição, os procedimentos
normais de limpeza podem não ser suficientes, sendo necessária a adoção de
procedimentos específicos de descontaminação antes de se efetuar a limpeza e a
higienização.
Anexo 6
Quadro comparativo das diferentes máscaras utilizáveis pelos Trabalhadores de Saúde

Quadro 5: Características dos vários tipos de máscara utilizáveis por Trabalhadores de Saúde

TIPOS DE MÁSCARA INDICAÇÃO DE USO USO NÃO INDICADO VANTAGENS DESVANTAGENS INFORMAÇÕES
☺ ADICIONAIS
Para proteção Para proteção ☺ É leve e não NÃO protege Não é EPI;
Máscara cirúrgica contra a inalação de contra aerossóis restringe a mobilidade efetivamente o Vedação precária
patógenos trasmitidos contendo agentes do usuário; usuário de patologias no rosto.
por gotículas; biológicos. ☺ Oferece baixa transmitidas por
Sempre que o resistência à aerossóis.
Trabalhador de Saúde respiração;
estiver a curta ☺ Permite o uso de
distância do paciente. anteparo tipo protetor
facial sobre a
máscara.

30
TIPOS DE MÁSCARA INDICAÇÃO DE USO USO NÃO INDICADO VANTAGENS DESVANTAGENS INFORMAÇÕES
☺ ADICIONAIS
Para proteção A PFF2 com ☺ É leve e não Durante a fase de Pode estar
contra a inalação de válvula de exalação restringe a mobilidade inspiração, a disponível em
Peça semifacial
patógenos não deverá ser do usuário; quantidade de ar diversos formatos e
filtrante transmitidos por utilizada em trabalhos ☺ Por ser dentro da PFF2 tamanho,
(PFF2) aerossóis; em campo estéril; descartável, não diminui, gerando uma possibilitando a
Durante todo o Para procedimentos requer limpeza, pressão negativa, o escolha da PFF com
período em que o de alto risco, tais higienização e que pode provocar a formato e tamanho
Trabalhador de Saúde como broncoscopia manutenção; passagem de uma mais adequados para
estiver no ambiente ou necropsia, deve-se ☺ Oferece baixa pequena quantidade o rosto do usuário;
contaminado. utilizar um EPR com resistência à de ar ambiente Deve ser usada
nível de proteção respiração; contaminado pela enquanto estiver em
respiratória maior do ☺ Permite o uso de zona de selagem na perfeitas condições de
que a da PFF2. anteparo tipo protetor face do usuário. uso (limpa, e com
facial sobre a peça; boa vedação no
☺ É de baixo custo rosto).
comparada com
outros tipos de EPR.

31
TIPOS DE MÁSCARA INDICAÇÃO DE USO USO NÃO INDICADO VANTAGENS DESVANTAGENS INFORMAÇÕES
☺ ADICIONAIS
Para proteção Em trabalhos em ☺ EPR com vida útil Dificulta a Pode estar
contra a inalação de campo estéril, pois a maior. comunicação verbal disponível em
patógenos válvula de exalação do Trabalhador de diversos formatos e
EPR purificador de ar transmitidos por permite a fuga de Saúde; tamanhos,
não motorizado com aerossóis; partículas expelidas Durante a fase de possibilitando a
peça facial com filtros Durante todo o pelo usuário. inspiração, a escolha do mais
substituíveis período em que o quantidade de ar adequada para o
Trabalhador de Saúde dentro do EPR rosto do usuário;
estiver no ambiente diminui, gerando uma Os filtros devem
contaminado. pressão negativa, o ser trocados quando
que pode provocar a estiverem sujos por
passagem de uma fluidos corpóreos,
pequena quantidade danificados ou o EPR
de ar ambiente apresentar grande
contaminado pela resistência à
zona de selagem na respiração.
face do usuário. O EPR tipo peça
Deve sofrer facial inteira, possui
inspeção, limpeza, nível de proteção
higienização, reparos maior do que o EPR
de acordo com as tipo peça semifacial.
instruções do
fabricante.

32
TIPOS DE MÁSCARA INDICAÇÃO DE USO USO NÃO INDICADO VANTAGENS DESVANTAGENS INFORMAÇÕES
☺ ADICIONAIS
EPR purificador de ar Para proteção Em trabalhos em ☺ EPR com vida útil Dificulta a Os modelos sem
motorizado contra a inalação de campo estéril. A maior; comunicação verbal vedação facial podem
patógenos cobertura das vias ☺ Apresenta um nível do Trabalhador de ser usados por
transmitidos por respiratórias sem de proteção Saúde; pessoas com barba.
aerossóis em vedação facial (do tipo respiratória maior do Deve sofrer Os filtros devem
situações de grande capuz e touca) ou a que a PFF e as peças inspeção, limpeza, ser trocados quando
risco para o usuário; válvula de exalação faciais com filtro higienização, reparos estiverem sujos por
Durante todo o existente na peça substituíveis; de acordo com as fluidos corpóreos,
período em que o facial, permitem a ☺ Proporciona maior instruções do danificados ou o EPR
Trabalhador de Saúde fuga de partículas facilidade para fabricante; apresentar grande
estiver no ambiente expelidas pelo respirar e conforto do Alguns modelos resistência à
contaminado. usuário. que o EPR não podem ser respiração.
motorizado. volumosos; Como a peça
As baterias devem facial inteira veda
ser recarregadas e melhor no rosto do
inspecionadas, a fim que a peça semifacial,
de assegurar o fluxo o EPR com peça
correto de ar dentro facial inteira
da cobertura das vias apresenta um nível de
respiratórias. proteção respiratória
maior do que aquele
com peça semifacial.
O capuz e o capacete
apresentam o mesmo
nível de proteção
respiratória da peça
facial inteira.

33
TIPOS DE MÁSCARA INDICAÇÃO DE USO USO NÃO INDICADO VANTAGENS DESVANTAGENS INFORMAÇÕES
☺ ADICIONAIS
Para proteção Em trabalhos em ☺ Apresenta um nível Dificulta a Possui uma
contra a inalação de campo estéril, pois a de proteção comunicação verbal válvula de exalação
EPR de adução de ar patógenos válvula de exalação respiratória maior do do Trabalhador de com uma mola que
com linha de ar transmitidos por existente na peça que a PFF e as peças Saúde; garante que a pressão
comprimido e aerossóis em facial permite a fuga faciais com filtros Deve sofrer dentro da peça facial
pressão positiva situações de grande de partículas substituíveis não inspeção, limpeza, seja sempre maior do
risco para o usuário; expelidas pelo motorizadas; higienização, reparos que a pressão
Durante todo o usuário. ☺ Proporciona maior de acordo com as ambiente em qualquer
período em que o facilidade para instruções do fase do ciclo
Trabalhador de Saúde respirar e conforto do fabricante; respiratório. Desta
estiver no ambiente que o EPR não A mangueira de forma, qualquer
contaminado. motorizado. abastecimento de ar vazamento de ar que
restringe a ocorra na cobertura
movimentação do das vias respiratória
usuário; será direcionado para
Requer instalação fora.
e manutenção do
compressor de ar ou
uso de cilindros com
ar comprimido, bem
como cuidados
especiais com a
qualidade do ar.

34

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