O Que É Gestão Financeira

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O que é gestão financeira?

A gestão financeira pode ser definida como o conjunto de atividades e ações


que visam planejar, controlar e analisar os recursos financeiros de uma
empresa.
Na prática, ela envolve a administração de despesas fixas e
variáveis, investimentos, empréstimos, lucros, financiamentos e valor
patrimonial. Além disso, as suas ações implicam no planeamento,
acompanhamento e análise para garantir equilíbrio entre entrada e saída
de recursos, a fim de orientar os próximos passos da forma mais produtiva
possível.
Nesse sentido, ela está relacionada com três premissas principais:
 custos, despesas, recebimentos e pagamentos na ponta do lápis;
 contas a pagar e a receber funcionando em sintonia;
 o que é da empresa, é da empresa.

Por que uma boa gestão financeira é importante


para construtoras?

Se você trabalha na área da gestão financeira, com toda a certeza já esbarrou


com alguns dados essenciais relacionados a esse âmbito. Eles funcionam
como indicadores, os quais fornecem uma resposta prática e rápida sobre a
atual administração da empresa e seus possíveis pontos de melhora. Confira
às quatro principais:
 Como estão nossos indicadores financeiros?
 Estamos realmente operando no prejuízo?
 Quanto temos em créditos a receber?
 Quais ações podemos tomar para alcançar melhorias?
A avaliação desses indicadores financeiros e suas respetivas respostas é
essencial para compreender a situação atual da empresa, saber para onde ela
está caminhando e identificar se você deve continuar nesse caminho ou tomar
medidas para melhorar os resultados e impedir uma crise ainda maior.

Nesse sentido, olhar apenas para o fluxo de caixa não é suficiente para indicar
o sucesso ou fracasso nos resultados. A sobra de um mês não serve como
parâmetro para avaliar a empresa como um todo. Para ter uma compreensão
geral é preciso ir além e avaliar todos os fatores do andamento financeiro.
Afinal, somente com uma boa gestão financeira é possível saber se a
construtora está operando no lucro ou no prejuízo.

O fortalecimento e a saúde de um negócio estão, então, diretamente


relacionados ao quão eficiente é a gestão dos recursos. Portanto, é
necessário prestar muita atenção nesse quesito, tendo em vista que uma
empresa sem uma gestão financeira eficiente está fadada ao fracasso  e pode
entrar em falência.

Quais são os principais desafios financeiros das


construtoras?

Orçamentistas, engenheiros e gestores sabem bem como é difícil manter uma


obra perfeitamente dentro do previsto e orçado. A baixa produtividade e os
imprevistos fazem com que os gastos e o tempo sejam normalmente maiores
que o estipulado nas obras da construção civil e isso encarece todo o projeto.
Sendo assim, um dos principais desafios financeiros enfrentados por
empresas de construção é manter o caixa sempre positivo.
Além disso, normalmente, as operações envolvem valores muito altos, o que
deixa a gestão financeira ainda mais complexa.
Portanto, dentro desse ramo um dos maiores desafios é encontrar
orçamentos compatíveis com os valores estabelecidos pelos clientes no
contato inicial. Desse modo, se torna mais simples não ultrapassar os valores
desejados, mas ainda assim concluir a obra da maneira idealizada. 

O que uma construtora deve fazer para manter as


finanças equilibradas?

Então, chegamos ao ponto que você realmente quer saber aqui. O que afinal
você, como gestor, precisa fazer para melhorar a gestão financeira para
construtora.
Para explicar melhor essa ação fundamental, preparamos algumas dicas
simples que vamos listar de forma bem direta. Confira a seguir! 

1. Tenha um cronograma de construção alinhado ao


orçamento de obra
Isso significa listar as etapas da construção e determinar qual valor será
gasto em cada uma delas. Essa ação é importante para ajudar a empresa a
prever os períodos de maiores desembolsos. 
Permitindo, assim que todas as atitudes necessárias sejam tomadas com
antecedência, para que sempre haja dinheiro em caixa. E mesmo que esse já
seja um hábito na sua empresa é crucial checar o grau de eficiência do
sistema que você está usando para o cruzamento desses dados.

2. Faça o lançamento de contas a pagar


A apropriação de custos visa lançar contas a pagar, com o objetivo de
contabilizar os valores empregados na obra e identificar os erros. Esse
hábito é fundamental para corrigir as falhas ainda durante a execução da obra,
evitando os gastos extras excessivos. Ou seja, minimiza a perda da margem de
lucro ou prejuízo.
3. Realize a conciliação bancária
Este ponto nada mais é que comparar o saldo que a empresa tem na conta
do banco com o controle financeiro realizado internamente, com base no
controle de pagamentos e recebimentos.
O objetivo é verificar se existe alguma inconsistência entre os registros, que
devem ser idênticos.
Possíveis divergências devem ser analisadas e corrigidas imediatamente. Pois,
podem indicar um prejuízo futuro para a empresa. 
Por exemplo, a compra de um material que foi feita na correria e ainda não foi
registrada ou uma mão de obra extra, que não estava no planeamento
financeiro inicial.

4. Controle as despesas, custos, recebimentos e


pagamentos
O fluxo de caixa é de suma importância na gestão financeira para construtora.
Embora nem todos os gestores têm uma relação amigável com essa prática,
seja por falta de conhecimento ou tarefas acumuladas.
O fluxo de caixa consiste em controlar o saldo entre o que é recebido e os
pagamentos que são realizados. Essa análise implica em acompanhar a falta
ou o excesso de recursos financeiros no caixa da construtora.
Dessa forma, é fundamental para antever quando estará no vermelho e por
quanto tempo precisará operar nessas condições. E, assim, ter tempo para
organizar suas operações para alcançar resultados positivos ao final do
empreendimento.
5. Realize a análise do demonstrativo de resultados
(DRE)
Esse relatório indica quais foram as receitas e despesas da construtora
dentro de um determinado período. 
É um documento obrigatório para todas as empresas, estabelecido pela Lei
nº 11.638/07. E uma ferramenta importante para fazer a análise de
performance ao longo tempo, servindo de comparativo com períodos passados
e atuais. 
Sendo interessante o acompanhamento para verificar se a construtora está
conseguindo ter mais retorno financeiro ou se o lucro está reduzindo com
o tempo.

Outras ações importantes da gestão financeira para


construtora:
Partindo desses 5 pontos principais que listamos acima, a gestão financeira
também deve estar atenta a outras ações fundamentais, como:
 gestão ativa das cobranças e pagamentos;
 constante monitoramento e gestão do capital de giro;
 controle da emissão e organização de notas fiscais;
 apuração e acompanhamento periódico dos resultados;
 administração dos estoques.

Como iniciar a gestão financeira na prática?


Como você pode perceber, existem diversos fatores que podem ajudar
a estruturar uma gestão financeira para construtoras. No entanto, na
prática, a implementação desses conceitos pode ser complicada, tendo em
vista que eles envolvem uma mudança geral na cultura organizacional da
empresa. 
Sendo assim, ao decidir alterar o formato de administração de uma construtora,
vale ficar atento as seguintes dicas: 
 O primeiro passo deve ser entender a situação geral da companhia,
descobrir a real quantidade de capital de giro ativo e como ele está
distribuído;
 Compreender se no momento a construtora está fechando o mês com
lucros ou perdas;
 Oferecer treinamentos específicos para os colaboradores dessa área,
para que eles compreendam qual será o novo formato de trabalho;
 Manter um acompanhamento rígido da mudança e das respetivas novas
demandas implementadas;
 Colher relatórios sobre o novo período de gestão e, a partir deles,
entender o quão positivas foram as mudanças.

Quais indicadores financeiros devem ser


acompanhados?
Quando o assunto é setor financeiro, cinco tipos de indicadores devem
ser avaliados.

 liquidez: avalia a capacidade de cumprimento das obrigações em um


curto período;
 estrutura de capital e endividamento: analisam o nível de dívida utilizado
para gerar lucro, em longo prazo;
 de lucratividade e rentabilidade: indicam o lucro da construtora em
relação ao patrimônio;
 valor de mercado: mensuram o valor do negócio comparado ao preço da
ação;
 de atividade: ajuda a medir o período de conversão das contas em
vendas ou entradas e saídas de caixa.

Veja alguns exemplos:


 índice de lucratividade: analisa a relação entre o lucro líquido da
empresa e o valor das vendas.
Índice de Lucratividade = (Lucro Líquido / Receita Total) x 100
 margem de contribuição: informa qual valor de sobra em cada serviço
vendido, deduzidos os custos e despesas variáveis.
Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas
Variáveis)

 índice de endividamento geral (IEG): está relacionado ao balanço


patrimonial e informa o percentual dos bens e direitos comprometidos
com as obrigações.
Índice de Endividamento Geral = (Passivo / Ativo) * 100
 margem líquida: indica o lucro em relação às vendas.
Margem Líquida = (Lucro Líquido/Vendas) x 100

 ponto de equilíbrio: aponta a receita mínima que a construtora precisa


ter para pagar todos os custos e despesas. Ou seja, informa o mínimo
que precisa ser produzido para ao menos ficar no “zero a zero”.
Ponto de Equilíbrio = Despesas Fixas / Margem de Contribuição

 índice de inadimplência: implica diretamente no crescimento da


empresa. Portanto, deve se manter o mais baixo possível.
Índice de Inadimplência = (Vendas Não Recebidas no Período / Vendas
Recebidas no Período) x 100

Há ferramentas para melhorar a gestão financeira


de uma construtora?
Em tempos de digitalização, a tecnologia pode se tornar uma forte aliada na
organização, otimização e eficiência de qualquer empresa.
Além das ferramentas mais operacionais, direcionadas à gestão de obras
propriamente, por exemplo, as que auxiliam a fazer elaboração de
orçamentos assertivos, cronograma físico-financeiro e cronograma de
obra, ainda existem aquelas que são mais voltados para a gestão financeira,
que é nosso foco aqui.

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