000865332
000865332
000865332
FRANCA
2015
LÍVIA MARINHO DE MOURA
FRANCA
2015
Moura, Lívia Marinho.
A Política previdenciária brasileira : estudo sobre a inserção
da mulher no sistema de seguridade à luz da Lei nº 12.470/2011 /
Lívia Marinho Moura.– Franca : [s.n.], 2015.
214 f.
BANCA EXAMINADORA
Presidente:__________________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Helen Barbosa Raiz Engler
1º Examinador:______________________________________________________
Prof. Dr. Pedro Geraldo Saad Tosi - UNESP/Franca - SP
2º Examinador:______________________________________________________
Prof. Dr. Ivan Aparecido Manoel - UNESP/Franca - SP
3º Examinador:______________________________________________________
Prof. Dr. José Alfredo de Pádua Guerra - UNI/FACEF - SP
4º Examinador:______________________________________________________
Prof. Dr. Hélio Braga Filho - UNI/FACEF - SP
A Deus, pela vida, por minha existência, pela perfeição de cada um dos meus
sentidos e por utilizá-los para o que considero útil, bom, construtivo; porque tenho fé,
esperança na vida e crença em uma humanidade e sociedade não melhor (não
desejo parecer piegas) mas que se respeite, que tenha consciência que a harmonia
só será possível a partir da mudança efetiva em cada um de nós.
Ao meu companheiro, amigo e esposo Antônio Carlos, pela paciência, pelo amor,
pela compreensão e posteriormente pela certeza de melhores caminhos, que serão
trilhados por nós dois.
Aos meus filhos, Letícia e Bruno, já maiores que eu, e que ainda me parecem tão
crianças, obrigada por estarem sempre perto de mim, por me motivarem, nunca
reclamaram do tempo que dedico ao estudo, à pesquisa, ao contrário, sempre
percebi admiração nos seus olhos.
À minha mãe, cuja influência acadêmica sempre foi o meu Norte, obrigada por
sempre me “obrigar” a estudar, por me transmitir essa noção de construção e
aprimoramento pessoal.
Ao meu amigo Mateus, pelo seu espírito sempre presente, calmo, sereno, sempre
me confortando com o seu “-Fica tranquila”.
Aos colegas das Agências da Região do Bolsão, pela colaboração com a pesquisa.
À minha orientadora e amiga Profª. Drª. Helen que me acolheu desde a graduação,
foi a primeira vez que soube e entendi o verdadeiro significado da acolhida.
Pela transmissão e socialização do conhecimento.
Da empatia, da educação e da doçura, que ao contrário do que muitos pensam,
andam de mãos dadas com o conhecimento.
Pela confiança em mim depositada, por respeitar minha pesquisa, meu ponto de
vista, minha vontade de gritar e querer fazer com que as pessoas vejam por meio
das minhas palavras aquilo que a mídia, ou nenhum meio mostra, agradeço muito,
pois sei que entendia e entende minhas aflições.
Que Deus, em sua infinita sabedoria proporcione a você e sua família todo esse
amor que você me dedicou esses anos todos.
A nossa crença na realidade da vida e na realidade do
mundo não são, com efeito, a mesma coisa. A
segunda provém basicamente da permanência e da
durabilidade do mundo, bem superiores às da vida
mortal. Se o homem soubesse que o mundo acabaria
quando ele morresse, ou logo depois, esse mundo
perderia toda a sua realidade, como a perdeu para os
antigos cristãos, na medida em que estes estavam
convencidos de que as suas expectativas
escatológicas seriam imediatamente realizadas. A
confiança na realidade da vida, pelo contrário,
depende quase exclusivamente da intensidade com
que a vida é experimentada, do impacte com que ela
se faz sentir.
Esta intensidade é tão grande e a sua força é tão
elementar que, onde quer que prevaleça, na alegria
ou na dor, oblitera qualquer outra realidade mundana.
Já se observou muitas vezes que aquilo que a vida
dos ricos perde em vitalidade, em intimidade com as
«boas coisas» da natureza, ganha em refinamento,
em sensibilidade às coisas belas do mundo. O facto é
que a capacidade humana de vida no mundo implica
sempre uma capacidade de transcender e alienar-se
dos processos da própria vida, enquanto a vitalidade
e o vigor só podem ser conservados na medida em
que os homens se disponham a arcar com o ônus, as
fadigas e as penas da vida.
Hannah Arendt, in 'A Condição Humana'
MOURA, Lívia Marinho. A política previdenciária brasileira: estudo sobre a
inserção da mulher no sistema de seguridade à luz da Lei nº 12.470/2011. 2015. 214
f. Tese (Doutorado em Serviço Social) - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais,
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Franca, 2015.
RESUMO
A presente Tese tem como proposta de sua elaboração a análise da proteção social
e previdenciária, no cotidiano de algumas mulheres que vivem na região do Bolsão
Sul-mato-grossense, no Estado do Mato Grosso do Sul (MS). A proposta do estudo
perpassa pela reflexão, amparada pela análise empírica, de como se concretiza o
acesso aos benefícios previdenciários, no conjunto dos critérios estabelecidos pela
Lei nº 12.470, de 31 de agosto de 2011. A elaboração da pesquisa tem como
amparo legal a Constituição Federal, especificamente a Seguridade Social,
assegurada na Carta Magna garante em seus artigos 201 a 204 as políticas de
Previdência e Assistência Social, pautas estabelecidas como referência para
deferimento ou indeferimento dos benefícios e direitos previdenciários. A Lei em
questão, polêmica desde sua formulação, associada ao controverso universo
Previdenciário se apresenta como tema de estudo e ampla fonte de pesquisa. O
recorte local, realizado na Região do Bolsão Sul-mato-grossense, visa a perspectiva
local, onde milhares de brasileiros buscam os benefícios previdenciários como
alternativa ao desemprego e outras inúmeras situações de vulnerabilidade presente
no cotidiano dos brasileiros, em especial àqueles que se dedicam aos trabalhos
domésticos, unicamente nos âmbitos de suas residências, pertencentes às famílias
de Baixa Renda, de acordo com parâmetros do Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome. Esse público, de acordo com dados da pesquisa, é
majoritariamente composto por mulheres, cuja condição social, pessoal, familiar e
profissional é precária, o que dificulta uma trajetória de inserção no mercado de
trabalho, entre outros progressos em direção à uma realidade de autonomia e
emancipação. O que propicia e incita uma construção reflexiva que avalie e entenda
o contexto de seguridade instituído no Brasil.
RESUMEN
ABSTRACT
This thesis has the purpose of its preparation the analysis of social protection and
social security, daily for some women living in the Bag End South Mato Grosso
region in the state of Mato Grosso do Sul (MS) - Brazil. The purpose of the study
permeates through reflection, supported by empirical analysis of how it operates
access to social security benefits, the set of criteria established by Law 12,470 of
August 31, 2011. The development of research is legal support to the Federal
Constitution specifically Social Security, assured the Constitution guarantees in its
articles 201-204 of the Social Security policies, guidelines established as a
reference for deciding on benefits and social security rights. The law in question,
controversy since its formulation, coupled with the controversial universe Social
Security itself as subject of study and extensive research source. The site cut held
in the Region of the Bulge South Mato Grosso, aimed at local perspective, where
thousands of Brazilians seek pension benefits as an alternative to unemployment
and other numerous situations of this vulnerability in the Brazilian daily life,
especially those who are dedicated the housework, and only in areas of their
homes belonging to families of low income, according to the parameters of the
Ministry of Social Development and Hunger Alleviation. This audience, according
to survey data, is mostly in place by women, whose social condition, personal,
family and work is precarious, hindering the insertion trajectory in the labor
market, among others progress toward a reality of autonomy and empowerment.
What promotes and encourages a reflective construction to assess and
understand the security context established in Brazil.
CAPÍTULO 1
A ASSISTÊNCIA SOCIAL: NECESSIDADE OU ADAPTAÇÃO? ............................ 31
1.1 Pobreza e proteção social na conjuntura capitalista ..................................... 32
1.2 Um breve contexto político do Brasil .............................................................. 34
1.3 A contenção da pobreza e a ideologia: “o que permanece por fazer”? ............... 50
1.4 Perspectivas de reconhecimento do direito ou estratégias políticas? ........ 64
CAPÍTULO 2
A PROTEÇÃO SOCIAL NA REALIDADE BRASILEIRA ......................................... 74
2.1 A Previdência Social: percurso histórico........................................................ 75
2.2 O Regime Geral de Previdência Social: entre o direito e a seletividade ...... 89
2.3 Benefícios previdenciários: constituição de uma outra mentalidade? ........ 97
2.4 Benefício Assistencial: superação da ajuda, da seletividade e do direito? ... 105
CAPÍTULO 3
ALTERAÇÕES CONTEMPORÂNEAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL .......................... 110
3.1 Lei nº 12.470: outro contexto de confirmação da pobreza? ........................ 111
3.2 O acesso às garantias da Lei ......................................................................... 118
3.3 A efetivação do discurso ou mais um engodo? ........................................... 124
3.4 Medidas provisórias: mais supressão de garantias e direitos? ................ 141
ANEXOS
ANEXO A - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP ....................................... 175
ANEXO B - AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA PELA INSTITUIÇÃO ....................... 177
ANEXO C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ................ 178
ANEXO D - LEI Nº 12.470, DE 31 DE AGOSTO DE 2011 ..................................... 179
ANEXO E - PROJETO DE LEI Nº 497, DE 1975 .................................................... 183
ANEXO F - PROJETO DE LEI Nº 845, DE 1975 .................................................... 185
ANEXO G - PROJETO DE LEI Nº 1.475, DE 1975 ................................................ 187
ANEXO H - PROJETO DE LEI Nº 5.773, DE 2005................................................. 190
ANEXO I - PROJETO DE LEI Nº 5.933, DE 2005 .................................................. 201
ANEXO J - PROJETO DE LEI Nº 598, DE 2007 .................................................... 208
ANEXO L - LEI Nº 13.135, DE 17 DE JUNHO DE 2015......................................... 210
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
20
pesquisadora, nas quais fica evidenciado que a maioria dos donos de casa são do
sexo feminino; o trabalho doméstico ainda é exercido majoritariamente por mulheres
e divisão das tarefas domésticas entre homens e mulheres ainda não ocorre nos
ambientes domésticos.
Quando as mulheres se inserem no mercado de trabalho e na vida
pública, quando ocorre mediante necessidade financeira, este processo se dá de
maneira subalternizada, na maioria das vezes subordinadas às figuras masculinas
que as percebem como opção a ocupações e salários desprezados pelos homens,
ou seja, precarizadas moral, ocupacional e financeiramente.
Há mais de 200 anos, alguns dos mais eminentes cientistas sociais têm
buscado uma definição da pobreza. Há divergências consideráveis entre os
diferentes conceitos de pobreza, o que dificulta a compreensão do suposto
nexo conceitual entre pobreza e direitos humanos. Nos estudos sobre
pobreza, este termo tem sido empregado, em geral, de três formas: pobreza
com base na renda; como privação de capacidades e, por fim, pobreza
como equivalente à exclusão social. (COSTA, F. D., 2008, p. 92).
Entre os anos de 1964 e 1967, foi tomada uma série de medidas para
resolver a crise. As políticas econômicas estavam mais rigorosas e visavam a
acabar com a inflação. Em 1967 a política adotada foi a de aceleração do
crescimento através de créditos às indústrias automobilísticas, a elevação e
estruturação dos preços e de tarifas dos serviços de utilidade pública.
Após 1964, a proteção social no Brasil foi marcada pelos serviços
prestados pelas empresas e suas entidades empresariais (Senai2 e Sesi3),
procedentes da década de 1940; pela previdência social pública e pela rede
filantrópica, para atender as demandas do mercado vigente, pois forma e qualifica os
recursos humanos, na perspectiva de aumento e melhoria da produção.
1
“A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da
classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade exigindo seus reconhecimentos
como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social,
da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a agir outros tipos de intervenção
mais além da caridade e da repressão.” (IAMAMOTO; CARVALHO, 2005, p. 77).
2
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) foi fundado em 1942 quando o País
atravessava uma fase crítica de seu desenvolvimento, em decorrência do segundo conflito mundial.
Decretado o estado de beligerância, mobilizaram-se recursos naturais e humanos para o novo e
poderoso surto de industrialização. A carência de mão de obra qualificada constituía um dos pontos
fracos de economia nacional, pois o único sistema de ensino industrial existente em grande escala
era a rede de escolas oficiais, com seus cursos de tempo integral e de duração de quatro anos. Sua
contribuição não atendida às necessidades da indústria por motivos diversos, entre os quais o
regime de frequência e duração dos cursos, a idade de admissão dos alunos, o elevado índice de
evasão escolar, a rigidez do sistema e a falta de vivência das situações de produção industrial.
(NOSCHESE apud IAMAMOTO, 2007, p. 257).
3
O Serviço Social da Indústria (Sesi) foi oficializado em 1946, durante o período de elaboração da
nova constituição. Partem da constatação das dificuldades do pós-guerra e da premissa do dever
do Estado em concorrer, não só diretamente, como incentivar e estimular a cooperação das classes
em iniciativas tendentes a promover o bem-estar, além da consideração de que a Confederação
Nacional da Indústria dispõe-se, com recursos próprios, proporcionar assistência social e melhores
condições de habitação, nutrição, higiene ao operário e, dessa forma, desenvolver o esforço de
solidariedade entre empregados e empregadores (IAMAMOTO, 2007, p. 268).
39
O golpe militar de 1964 tem sido debatido sob diversas perspectivas. Uma
delas levanta a possibilidade de ter sido financiado e articulado pelos EUA.
Skidmore (1975) descarta como pouco plausível essa possibilidade,
apostando que ele seria resultante das lutas entre as forças políticas que
pressionavam pelo controle do estado desde 1945. Considera, entretanto,
que alguns fatos dão base a esta hipótese, como a inegável preocupação
que os EUA apresentavam com uma possível “guinada esquerdista” no
Brasil, ao mesmo tempo em que foi também um fato a rapidez do
reconhecimento do governo norte-americano em relação ao novo governo
instaurado após o golpe. (SANTOS, J. S., 2012, p. 86).
4
[...] no dia 13 de dezembro de 1968, ocorreu a publicação do Ato Institucional n° 5. Visto como uma
das maiores arbitrariedades da época, o novo decreto permitia ao presidente estabelecer o recesso
indeterminado do Congresso Nacional e de qualquer outro órgão legislativo em esfera estadual e
municipal, cassar mandatos e suspender os direitos políticos de qualquer cidadão por dez anos.
Além disso, poderia ser realizado o confisco dos bens daqueles que fossem incriminados por
corrupção.
Não bastando isso, o AI-5 suspendia as garantias individuais ao permitir que o habeas corpus
perdesse a sua aplicação legal. A partir de então, autoridades militares poderiam prender e coagir
os cidadãos de forma arbitrária e violenta. Logo após a publicação do AI-5, vários jornalistas e
políticos foram lançados na cadeia. Tempos mais tarde, o presidente Costa e Silva se dirigiu à
nação dizendo que tal ato fora necessário para que a corrupção e a subversão fossem combatidas,
e a democracia resguardada (SOUSA, 2013).
42
Em relação aos direitos políticos, foi mantida a proibição de voto aos não
alfabetizados. Em 1970 foi instalada a censura prévia a jornalistas, livros e aos
demais meios de comunicação. Diante dessa postura autoritária e arbitrária,
qualquer reação contraria ao governo era tratada com extremismo e violência.
Muitos foram torturados, mortos e desaparecidos.
Esse processo foi [...] sob a tradição ditatorial, pois, embora originado
determinado da mobilização pelas “Diretas Já!“, o governo João Figueiredo
determinou, [...], eleições via colégio eleitoral. Esse processo trouxe para o
novo governo candidatos civis e de oposição aos militares, Tancredo Neves
e José Sarney. (COUTO, 2010, p. 141).
46
5
Ação para garantir o acesso de uma pessoa a informações sobre ela que façam parte de arquivos
ou bancos de dados de entidades governamentais ou públicas. Também pode pedir a correção de
dados incorretos. (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 2013).
49
Segundo Couto (2010), o avanço que vem coopera, com mais relevância
às realidades brasileiras e, consequentemente, responde às expressões da questão
social no contexto das especificidades nacionais, foi o sistema de seguridade social,
consubstanciado no artigo 194 da CF, coligado às políticas de saúde, de previdência
social e de assistência social.
Este artigo estabelece que “[...] a seguridade social compreende um
conjunto interligado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade,
destinadas a assegurar os direitos referentes à saúde, à previdência e à assistência
social” (BRASIL, 1988). Além disso, em seu parágrafo único, esse mesmo artigo
determina que:
Nos artigos que se seguem, até o 204, fica definido como o tripé da
seguridade deverá ser constituído: em caráter de universalidade para as coberturas
e o atendimento6 pela política de saúde, ficando garantido o acesso como direito de
todos e dever do Estado; a previdência será devida mediante contribuição, enquanto
a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição.
Assim, é possível afirmar que a política de seguridade social proposta tem
como ponto de vista um sistema de proteção integral ao cidadão, protegendo-o com
assistência médica, previdência e assistência social, na velhice e nos diferentes
imprevistos que a vida lhe apresentar.
6
O inciso I, do artigo 194, que trata dos objetivos da seguridade, preconiza a universalidade na
cobertura e no atendimento de todas as políticas; o fato de cada uma possuir algumas
“condicionalidades”, no caso da previdência, a contribuição, e da Assistência, a situação de
vulnerabilidade e pobreza, não descaracteriza o caráter universal dessas políticas.
51
Nesse contexto:
No período que vai de 1990 a 1992, podem ser apontados [...] do governo
Collor a sua decisão de intervir na economia por meio dos planos Collor I e
Collor II, a abertura do mercado brasileiro e o caráter populista, clientelista e
assistencialista dos programas sociais de seu governo. (COUTO, 2010,
p.145).
7
Uma definição comum nos manuais é a de que ele envolve responsabilidade estatal no sentido de
garantir o bem-estar básico dos cidadãos. Esta definição passa ao largo da questão de saber se as
políticas sociais são emancipadoras ou não; se ajudam a legitimação do sistema ou não; se
contradizem ou ajudam o mercado; e o que realmente significa "básico"? Não seria mais apropriado
exigir de um welfare state que satisfaça mais que nossas necessidades básicas ou mínimas?
(ESPING-ANDERSEN, 1991, p. 98).
52
salário mínimo mensal, desde que não receba nenhum benefício previdenciário do
INSS, ou de outro regime de previdência, e que possam comprovar renda mensal
familiar inferior a ¼ do salário mínimo por pessoa.
Contudo a sucessão política continua e, em 1993, após o impeachment
de Collor, Itamar Franco assumiu o governo. Quando da posse do cargo de
Presidente do Brasil, Itamar encontrou a área social totalmente desarticulada. E
assim criou a Assessoria para Assuntos Sociais, ligada à Presidência, para articular
os setores sociais do governo (DURHAM, 2010).
Sendo assim o terceiro setor ganhou mais visibilidade na década de 1990,
isso porque o Estado delega parte da responsabilidade para a sociedade civil,
principalmente relacionada às situações de garantia de direitos sociais, que
aprofunda sua função como “comitê executivo da burguesia”, apoiando
financeiramente as empresas.
O Programa Macroeconômico “Plano Collor I”, teve, como características
centrais, o confisco dos ativos financeiros e o congelamento de preços e salários.
Em relação ao campo social, o período caracterizou-se por mecanismos que
indicaram no sistema de proteção social, desmontando-o principalmente em relação
à seguridade social.
Logo após dois anos de seu mandato foi acarretado ao presidente Collor
um processo de Impeachment, com inúmeras denúncias de corrupção em seus anos
de governo. A era Collor teve um inigualável fim, que marcou a história da
democracia política brasileira.
De acordo com Couto (2010), para concluir a gestão governamental do
período de 1990 e 1994, assumiu o vice-presidente Itamar Franco, cujo governo
centrou sua atenção novamente no projeto econômico, buscando conter o déficit
público e a inflação. Como estratégia para tal intenção, foi projetado, na esfera
econômica, o Plano Real, sob a coordenação do então ministro da Fazenda,
Fernando Henrique Cardoso. Com esse plano, o governo buscou atingir um conjunto
de metas.
Essas metas, tanto no período do governo Itamar Franco como no
subsequente, principalmente no que se refere às políticas sociais, entraram em
choque com o caráter universalista e de direito social previsto na Constituição
Federal de 1988.
58
2003 a 2006 tornou-se prioridade daquele governo. O Programa “Fome Zero” visava
à erradicação da fome e da exclusão social (DURHAM, 2010).
Em 2003, Lula inicia seu governo, ligado aos setores políticos de
esquerda e aos movimentos sociais. O novo presidente, ainda na campanha
eleitoral, já dera passos em direção ao centro, ampliando seu apoio entre as classes
médias urbanas e na comunidade internacional.
Para dar vazão a análise dos mínimos sociais, se faz necessário expor e
aprofundar as diferentes e possíveis interpretações acerca dos mesmos, para um
melhor entendimento e aproveitamento à discussão.
Sobre essas diferentes interpretações, é válido citarmos o artigo 1º da
LOAS, “A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de
Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através
de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública da sociedade, para garantir
o atendimento às necessidades básicas”, e refletir sobre esses mínimos como
garantia de atendimentos às necessidades básicas.
Para tal análise, consideremos aqui uma dupla interpretação ao mínimo
social expressado na lei, sendo a primeira, a referência à provisão de bens, serviços
e direitos ao se falar de mínimos, e a segunda, com as necessidades a serem
providas, exaltando o atendimento a necessidades básicas.
65
[...] para que a provisão social prevista na LOAS seja compatível com os
requerimentos das necessidades que lhe dão origem, ela tem que deixar de
ser mínima ou menor, para ser básica, essencial, ou precondição à
gradativa otimização da satisfação dessas necessidades. Só então será
possível falar em direitos fundamentais, perante aos quais todo cidadão é
titular, e cuja concretização se dá por meio de políticas sociais
correspondentes.
implantação do salário mínimo em 1940, que apesar de ter como objetivo a garantia
de melhores condições no acesso à alimentação, saúde, educação, habitação e
vestuário, seu valor irrisório tem sido, desde então, consumido pelos elevados
índices de inflação e tentativas de ajuste da economia nacional.
Apesar de aprovado em 16 de dezembro de 1991, o projeto do senador
Suplicy, (que permaneceu desde 1993, na Câmara dos Deputados, na Comissão de
Finanças e Tributação, com parecer favorável do deputado Germano Rigotto),
acabou arquivado no Congresso Nacional e diversas outras propostas de projetos
semelhantes passaram a tramitar no Congresso.
Desta forma, o governo do então Presidente Fernando Henrique Cardoso,
acabou por acatar a proposta de autoria do deputado Nelson Marchezan (PSDB-
RS), denominado de Programa de Garantia de Renda Mínima “para toda criança na
escola” criado em 1997, que em meio a algumas modificações, foi regulamentado
em 1998 e implementado no segundo semestre de 1999.
Nos anos de 1995 e 1996, foi grande o número de projetos de lei que
tramitaram na Câmara Federal dos Deputados e no Senado Federal, propondo a
criação de Programas de Transferência de Renda com características dos
programas Renda Mínima, que já haviam sido implantados nos municípios de
Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Santos (SP) e em Brasília (DF).
A partir disso, o ano de 1995 foi um marco no contexto do sistema de
proteção social, momento em que, “[...] esses programas são entendidos como
transferência monetária a famílias ou a indivíduos, transferência está, na maioria dos
programas, associada a exigências de contrapartida no campo da educação, da
saúde e do trabalho.” (SILVA, M. O. S., 2008a, p. 54).
Os programas em destaque acima citados, Programa de Garantia de
Renda Familiar Mínima (PGRFM) de Campinas e o Programa Bolsa Escola de
Brasília, incorporavam pontos que faltavam ao PGRM elaborado pelo senador
Suplicy.
Esses pontos seriam a referência da família enquanto unidade
beneficiária e a articulação entre a transferência de renda com a política de
educação. O regulamento apresentado pelo PGRFM de iniciação do atendimento
pelos mais idosos, também foi criticado por Camargo, e levantava a questão da
possibilidade de os programas dessa natureza incentivarem o trabalho informal, ou
seja, sem carteira assinada.
69
Em um cenário de
9
A OIT foi criada em 1919, como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra
Mundial. Fundou-se sobre a convicção primordial de que a paz universal e permanente somente
pode estar baseada na justiça social. É a única das agências do Sistema das Nações Unidas com
uma estrutura tripartite, composta de representantes de governos e de organizações de
empregadores e de trabalhadores. A OIT é responsável pela formulação e aplicação das normas
internacionais do trabalho (convenções e recomendações). As convenções, uma vez ratificadas por
decisão soberana de um país, passam a fazer parte de seu ordenamento jurídico. O Brasil está
entre os membros fundadores da OIT e participa da Conferência Internacional do Trabalho desde
sua primeira reunião. (ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2015).
78
10
Na Alemanha Otto von Bismarck introduziu uma série de seguros sociais, de modo a atenuar a
tensão existente nas classes trabalhadoras: em 1883, foi instituído o seguro-doença, custeado por
empregados, empregadores e do Estado (MARTINS, 2006, p. 4).
86
11
O Plano Beveridge, de 1941, da Inglaterra, também veio a propor um programa de prosperidade
política e social, garantindo ingressos suficientes para que o indivíduo ficasse acobertado por certas
contingências sociais, como a indigência, ou quando, por qualquer motivo, não pudesse trabalhar.
Lorde Beveridge dizia que a segurança social deveria ser prestada do berço ao túmulo (MARTINS,
2006, p. 5).
87
Código Descrição
Fonte: Dados do Ministério da Previdência Social. Elaborada por Lívia Marinho de Moura
• a dona de casa;
• o síndico de condomínio quando não remunerado;
• o estudante;
• o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
• aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
• o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de
1990, quando não remunerado e desde que não esteja vinculado a qualquer
regime de Previdência Social;
• o bolsista e o estagiário que prestam serviço a empresa de acordo com a
Lei nº 6.494/77;
• o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de
especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no
exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência
social;
• o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado
a qualquer regime de previdência social;
• o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime
previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional;
• o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto, que,
nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou
mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou
entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria.
(MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2015d).
93
Código Descrição
12
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem
remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação
compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar
serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. (Art.15, Lei nº
8.213/91).
98
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o
caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em
gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e
ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da
verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a
cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-
se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se
ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à
aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por
motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
Art. 43. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia
imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§
1º, 2º e 3º deste artigo.
§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de
incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez
será devida: (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
a) ao segurado empregado, a contar do trigésimo primeiro dia do
afastamento da atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o
afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta
dias; (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99); (Vide Medida
Provisória nº 664, de 2014).
b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte
individual, especial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade
ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem
mais de trinta dias. (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
o
§ 2 Durante os primeiros trinta dias de afastamento da atividade por
motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o
14
salário. (Lei 8213/91).
14
BRASIL, 1991.
15
Existe uma concepção popular que se a pessoa trabalha por pouco tempo em uma empresa “suja a
carteira”, na verdade a única situação onde o percurso profissional do trabalhador fica
comprometido é nos casos de demissão por justa causa; na verdade um dia de trabalho
formalizado, junto ao INSS pode representar a manutenção da qualidade de segurado, a segurança
em casos de acidente, de morte ou de prisão do segurado (considerando as devidas alterações
realizadas na MP nº 664, no trabalho), além disso, o período de contribuição realizado no mês
nunca é perdido, sempre é somado aos outros períodos, tanto para cumprimento de carências,
como para contabilização no tempo necessário para aposentadoria.
100
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do
segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: (Redação dada
pela Lei nº 9.528, de 1997)
I - do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; (Incluído pela Lei
nº 9.528, de 1997)
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso
anterior; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Incluído pela Lei nº
9.528, de 1997)
§ 1º Não terá direito à pensão por morte o condenado pela prática de crime
doloso de que tenha resultado a morte do segurado. (Incluído pela Medida
Provisória nº 664, de 2014)
§ 2º O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício
da pensão por morte se o casamento ou o início da união estável tiver
ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício,
salvo nos casos em que: (Incluído pela Medida Provisória nº 664, de 2014).
101
A família, muitas vezes, tem como única fonte de renda o salário do titular
do benefício, que uma vez, privado da liberdade, não terá condição de trabalho e,
consequentemente, de prover o sustento de seus dependentes, mesmo que quando
em liberdade seu salário tenha sido superior ao teto determinado; assim sendo,
várias são as ações interpostas junto à Justiça Federal para que seja concedido o
benefício.
menor de quatorze anos, ou aos enteados e tutelados (sendo que estes deverão
comprovar a situação de dependência).
Destarte, o valor do salário-família será de R$ 37,18, por filho de até 14
anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 725,02. Já para o
trabalhador que receber de R$ 725,02 até R$1.089,72, o valor do salário-família por
filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$
26,20. (Portaria Interministerial MPS/MF nº 13, de 9 de Janeiro de 2015 - DOU de
12/1/2015).
O Auxílio-acidente decorre da indenização ocasionada por lesão
permanente, situação em que a capacidade laboral do contribuinte fica
comprometida, concedido para o segurado em gozo de auxílio-doença acidentário,
ou previdenciário; nessa modalidade de benefício são contemplados o empregado, o
trabalhador avulso e o segurado especial.
Consequentemente, estão excluídos deste tipo de cobertura
previdenciária o empregado doméstico, os contribuintes individual e facultativo; o
valor do benefício corresponde a cinquenta por cento do valor recebido estando em
auxílio doença e pode ser cumulativo com outros benefícios previdenciários (exceto
a aposentadoria por invalidez e auxílio-doença recorrente da lesão).
O benefício de auxílio-acidente, em caso específico, preserva a qualidade
de segurado do preceptor, que pode, sem prejuízo dos valores, exercer atividades
laborais quaisquer, sendo que o valor do benefício será somado aos salários de
contribuição para o cálculo do valor médio de aposentadoria, quando for o caso.
Outros são os benefícios previdenciários, contudo não são o foco maior
da pesquisa, entretanto, cabe ressaltar que para todos os benefícios elencados cabe
o pagamento de abono anual (décimo terceiro salário): “Será devido abono anual ao
segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-
acidente, aposentadoria, salário maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão.”
(Art. 120 do Decreto nº 3.048/1999) (BRASIL, 1999a).
Majoração é pago às pessoas aposentadas por invalidez, e somente
nessa modalidade de benefício, que precisem da ajuda de terceiros, cabe a
indenização, situação na qual é realizado um acréscimo de vinte e cinco por cento
do salário que o aposentado recebe, para fazer jus ao benefício é necessário
requerimento prévio e exame médico pericial que confirme a dependência ou
incapacidade agravada.
104
O valor de benefício pago era de meio salário mínimo, o que foi alterado
com a Constituição Federal de 1988, passando a vigorar que nenhum valor do
benefício pago pela Previdência Social, em substituição ao salário da pessoa
inserida no mercado de trabalho, seria inferior a um salário mínimo.
A Carta Magna, garante ainda em seu texto da Assistência Social, que
será garantido o valor de um salário mínimo, às pessoas nas mesmas condições
exigidas para o recebimento da renda mensal vitalícia, de acordo com a lei; que foi
publicada em 1993, conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
Várias pessoas ainda recebem o benefício de renda mensal vitalícia,
contudo com as devidas correções de valores; de acordo com Vianna (2014, p.33)
“[...] as novas exigências são menos rígidas do que aquelas previstas na Lei nº
6.179/74.” Ainda assim, somente em 1995, sete anos após a promulgação da
Constituição Federal de 1988, foi concedido o novo benefício, ou ainda, Benefício de
Prestação Continuada (BPC).
106
É sabido por todos que uma parcela significativa da nossa população dedica
maior parte das horas (segundo estudos em torno de 50 horas semanais) e
dias de suas vidas para atividades que até há pouco a sociedade não
reconhecia como “produtivas”. As mães que cuidam de seus filhos, as avós
que cuidam dos netos, as esposas que cuidam dos lares, as viúvas
impossibilitadas de trabalhar pelos afazeres domésticos, as desquitadas ou
divorciadas que se vêem com tarefas e responsabilidades multiplicadas.
Enfim, são inúmeros casos comprovados de mulheres (e mesmo de alguns
homens em casos isolados), que exercem atividades essenciais para a sua
família e para o conjunto da sociedade, mas não recebem a correspondente
reconhecimento coletivo quando passam a ter o direito à aposentadoria. (PL
5.933/2005, p. 4).
112
Uma outra razão para sua justeza é que a população a ser atendida são
mulheres que pertencem a famílias de baixa renda, e assim, esse benefício
tem um caráter redistributivo, contribuindo para a elevação da renda
familiar, tal como as atuais aposentadorias rurais. Finalmente, se coloca o
argumento Coordenação de Comissões Permanentes de que este projeto
de inclusão social teria um forte componente de gênero, corrigindo
desigualdades históricas e conferindo autonomia na velhice às atuais
mulheres donas de casa, hoje dependentes dos maridos e/ou dos filhos e
parentes. (PL nº 5.933/2005, p. 5-6).
mensal junto ao INSS, que é de cinco por cento sobre o salário de contribuição,
tendo como preceito o não recebimento de nenhuma remuneração dessas pessoas,
não podem ter “renda própria”.
Entre outras fontes análogas, são consideradas como renda, por esse
entendimento, em sua grande maioria os benefícios são indeferidos.
Entretanto, na concessão de benefícios para FBR, de maneira muito
contraditória, o cadastro é obrigatório; em mais uma circunstância, políticas
“beveridianas” e “bismarckianas” se confundem e perturbam ainda mais o
entendimento dos segurados, uma vez que contribuem, ao pleitear o benefício
querem a concessão.
Fica muito clara a exigência não só da contribuição, como é feita para que
se tenha o direito dos benefícios previdenciários, mas a comprovação de critérios
específicos de pobreza a serem confirmados pelo cadastro de atendimento em
políticas sociais.
116
A contribuição realizada por este segurado facultativo (de baixa renda) será
validada com a base do CadÚnico e identificada no Cadastro Nacional de
Informações Sociais (CNIS) para disponibilização aos sistemas PRISMA e
SABI, bem como para os demais sistemas corporativos. (Memorando-Circular
Conjunto n° 26/DIRBEN/DIRAT/INSS).
Situação semelhante ocorre quando o sujeito exerce atividade rural, que por
muitos anos não houve a proteção da legislação previdenciária e de maneira
equivocada a atividade ficava em condição de menosprezo, gerando assim um
sentimento vexatório por parte do trabalhador ao se declarar lavrador.
As atividades informadas, assim como os dados pessoais constantes do
CNIS e do CadÚnico são declaratórias e de inteira responsabilidade do segurado,
assim como a atualização dessas informações, que no caso do cadastro assistencial
117
deve, obrigatoriamente, ser atualizado a cada dois anos, o previdenciário sempre que
houver alteração na condição de atividade laboral ou pessoal do interessado.
Contudo, tanto na previdência, como na assistência a população em geral
não tem esse costume, raramente fazem atualizações, nem mesmo quando se mudam
de endereço, cidade ou atividade laboral; fato que muitas vezes é motivo de
indeferimento dos benefícios, ou não validação da condição de baixa renda.
As participantes da pesquisa demonstram pouco ou nenhum conhecimento
sobre a lei, não entendem os critérios e em muitos momentos procuram advogados,
entendem que por “conhecerem” melhor leis, poderão viabilizar o acesso:
Não isso aí eles mesmos falaram pra mim, que depois de um ano eu tinha
carência também, se eu precisasse e eu ainda perguntei pros meninos lá e se
acontecer de eu operar e precisar? Aí tem a carência do INS, a senhora vai
passar pelo médico perito aí a senhora vai ficar encostada, o tempo que o
médico pedir, se for um mês, dois mês, três mês, o que for preciso... aí foi
aonde que eu tava nessa fiança, que eu ia conseguir entendeu?
Agora já diz que não. (RUTE).
Não! Eu achava que eu conhecia, mas aí quando eu fui procurar fazer a licença
maternidade eu não consegui, então assim, não consegui, então assim eu tive
que pagar uma diferença lá pra “mim” conseguir receber “ce” entendeu? Por
isso que eu achava que eu conhecia, mas na verdade eu não conhecia.
Fui orientada a pagar, porque era um benefício que se por acaso eu precisasse
um dia fazer uma cirurgia, licença maternidade, quando eu fosse me aposentar
lá pela frente eu conseguiria com um salário mínimo.
Eu nem sabia disso aí. Eu fui descobrir isso aí depois que eu dei entrada.
Me senti bem humilhada, porque paguei uma coisa durante três anos e sete
meses, aí eu fui dar entrada e não tinha direito, por que? Porque eu recebia o
bolsa família, aí a moça falou que quem recebe o bolsa família não é baixa
renda... aí eu falei: - Então quer dizer que eu paguei uma coisa durante três
anos e sete meses e eu não tenho direito de receber? E ele falou que por
aquele que eu pagava eu não tinha direito, aí eu tive que pagar mais dez
meses, naquele com valor de oitenta e dois reais, ele pediu pra mim pagar pra
eu conseguir receber, senão eu não recebia.
Por isso que eu falei: - Eu não vou pagar mais!
Sei lá, acho que eu nem “tô” pensando mais no futuro. (ANA).
Se eu pudesse “vortá” pro lixão eu voltava pro lixão, porque eu gosto de ter
meu dinheirinho pra comprar as coisas quando dá vontade de comer.
Se fosse para mim e eu tivesse um dinheiro meu e aí eu fosse pra pagar no
INSS para receber, lógico que eu pagaria, porque aí eu sabia que ele “tava”
pagando porque eu “tava” pagando, que ele ia me dar porque eu “tava”
pagando; hoje só pode viver na vida quem tem dinheiro. O certo era vim uns
moedor e matar todos os pobres, pra ficar só os ricos. (MARIA)
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado no Sistema Único de Informações de Benefícios
(SUIBE) da Previdência Social por meio da rede interna de computadores da AGU/ Dataprev.
benefícios aos quais entende ter direito e não for deferido o seu pedido, saberá se
preenchia ou não as exigências, também regulamentadas pela lei.
5.000.000
4.000.000
2011
3.000.000 2012
2013
2.000.000
2014
1.000.000
0
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado no Sistema Único de Informações de Benefícios
(SUIBE) da Previdência Social por meio da rede interna de computadores da AGU/ Dataprev.
80%
70%
60%
Auxílio-doença
50%
Salário Maternidade
40%
Aposentadoria por idade
30% Pensão por morte
20%
10%
0%
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado no Sistema Único de Informações de Benefícios
(SUIBE) da Previdência Social por meio da rede interna de computadores da AGU/ Dataprev.
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado no Sistema Único de Informações de Benefícios
(SUIBE) da Previdência Social por meio da rede interna de computadores da AGU/ Dataprev.
aposentadoria por idade; caso haja contribuições anteriores aos períodos validados,
serão somados para a complementação da carência de quinze anos ou cento e
oitenta contribuições.
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado no Sistema Único de Informações de Benefícios
(SUIBE) da Previdência Social por meio da rede interna de computadores da AGU/ Dataprev.
70%
60%
50%
40% Deferidos
Indeferidos
30%
20%
10%
0%
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado no Sistema Único de Informações de Benefícios
(SUIBE) da Previdência Social por meio da rede interna de computadores da AGU/ Dataprev.
Eu nem sei como te falar... por que? Eu acho que eles deviam ter ajudado,
porque vai indo “pra” três anos que eu venho contribuindo, e eu tirava daqui
(aponta a boca) pra poder pagar, entendeu? Que era esse dinheiro da Bolsa
Família, que eu venho tirando R$39,00 “pra” poder pagar lá. Porque começou
eu acho que era vinte e sei, aí foi aumentando, todo ano aumenta, agora “tá”
com R$39,00; então eu tiro da boca, pra mim comer, pra contribuir, agora na
hora que eu preciso eu não “tô” tendo. Você entendeu?
O que que falaram “pra” mim? Que não tem esse dinheiro, que não pega de
volta, não tem devolução, então eu falei: - Quer dizer que eu tô tirando da boca
perdido, pra passar pro INS? Porque “pra” mim fica difícil você entendeu?
Porque não é nada, não é nada...é R$39,00?
127
Mas faz falta! Já é um dinheiro do que?! De pagar uma luz, uma água dentro de
casa.
Agora cheguei nele, foi aprovado, depois não, não foi aprovado mais... eu não
pude né ir lá porque eu “tô” operada, foi meu irmão e meu marido que disse: -
nem pra aposentar serve.
Agora como que eu pago uma coisa e depois não serve nem pra poder
aposentar? Então eu “tava” pagando em vão?!?! Olha aí eu falei não: - Vou
querer um outra perícia, que eu passei pelo médico de tirar os pontos,
conversei com ele e ele falou: - Não! Você precisa, explique o caso pra eles que
falou: - Não. Você precisa ter resguardo.
Falei: - Doutor, mas como? Que eu vou guardar a dieta dois meses? Sendo
que agora tem essa nora minha, que ela tem essas crianças, só que não é todo
dia também que ela pode “tá” aqui me ajudando, aí eu dependo da ajuda dos
outros; passa um varre uma casa, passa outro lava uma louça, porque eu não
posso nem chegar perto de fogão pra esquentar uma comida pra comer.
(RUTE).
Eu não “tô” recebendo por esse benefício, eu paguei, perdi tudo; eu perdi tudo!
Eles não me deram o direito, nem que eu fizesse setenta e dois anos que eu
não aposentaria, eles fizeram algo comigo muito horrível, porque “eles colocou”
eu como doente com três meses que eu “tava” pagando e eu não “troxe”
nenhum atestado pra eles, quando eu procurei que eu fiquei realmente doente,
que me deu “astrose”, artrite, bico de papagaio; que o médico falou que eu não
tinha condição de trabalhar...eu já tinha um ano e meio pago, foi a primeira
perícia que eu fiz.
Falaram pra mim que era da doméstica né? Que era baixa renda e como era
baixa renda, e como era baixa renda e como eu não tinha condição foi o que eu
achei, que eu abracei pra pagar, porque eu fazia “bico” pra pagar, porque eu
não tinha ninguém que me sustentava, eu já venho doente há mais de vinte
anos, porque na realidade eu sou diabética há mais de vinte anos só que isso
aí não atrapalhava eu trabalhar, aí o que atrapalhou eu trabalhar foi que atacou
as juntas, os joelhos; então aí não tinha condição mais de eu trabalhar, aí foi
quando eu procurei, aí quando eu fui aqui na assistente social porque eles só
falavam pra mim, eu fazia perícia e eles falavam pra mim assim, que ... era falta
de contribuição e eu não entendia;
Porque falta de contribuição? Porque falavam pra mim que com quatro meses,
se caso eu precisasse encostar, que eu podia encostar, no dia que eu fiz o
cadastro aí pra pagar e aí não teve jeito, eu sei que não teve jeito; aí quando
eu vim na assistente social aqui a assistente social foi lá mexer nos papeis foi
que eu fiquei sabendo que eles tinham colocado eu como doente já com três
meses pago, falei: - eu não fiz isso, eu não trouxe nenhum atestado, o atestado
que eu trouxe foi pra marcar a perícia, eu já tinha um ano e meio parece, um
ano e meio ou mais pago. (ANA).
Peguei o papel e levei lá no advogado, ele falou assim: - nós vamos tocar essa
causa pra frente, falei pra ele ir no sindicato, mas ele não foi; ficou esse tempo
todo lá e agora veio a notícia que eu não “tava” aposentada, que eu não tinha
direito.
A minha menina foi lá falar com o advogado e eles falaram que eu não tinha
prestado conta ao governo. Não teve uma pessoa que prestou mais conta ao
governo do que eu; eu plantava arroz, meu pai plantava, era carroceiro, vivemo
a vida trabalhando, sofrendo, plantando e colhendo para todos comerem e eu
128
não devo conta ao governo, eu tinha que estar cadastrada num papel desse aí
batido, se não fosse no papel batido então não vale nada, então sou morta, sou
neutra pro governo, como de fato até os trinta anos eu era morta, porque eu tirei
os meus documentos com trinta anos. (MARIA).
Achava que estava pagando como todo mundo, comprei o carnê e paguei,
quando fiquei sabendo que as pessoas não estavam recebendo fui no INSS, a
menina que me atendeu falou: - Isso é furado, compensa a senhora pagar os
oitenta reais! Perguntei do que já tinha pagado e ela disse: - Perdeu! Fiquei
muito brava, com muita raiva, hoje eu sei que posso pagar a diferença, mas
com o quê? Quase não tinha os trinta e seis reais que eu pagava, como vou
pagar a diferença de quase dois anos? (DEBORA)
O que me disseram é que eu tinha que ter ido na Assistente Social, fazer o
que? Nem sabia que era assim que funcionava, paguei mais de um ano e
ninguém avisa antes? Devia ter uma reunião, falar no jornal, na rádio, de
alguma forma a população tinha que ser avisada, depois que já pagamos avisar
é tarde! Sem contar que não devolvem, não temos como encostar e nem
podemos pegar de volta o que pagamos? Isso não está certo! O INSS só corta,
recebe e corta todo mundo! Como vou fazer, já velha, doente, não aposento e
nem encosto?! Os filhos moram longe, todos tem filhos e mulher pra sustentar,
não tem como me ajudar. (ABIGAIL).
NPC (Não possui cadastro – CAD); RFS (Renda Familiar Superior); PRP (Possui Renda
Própria); CAD DESAT (Cadastro Desatualizado).
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado no Sistema Único de Informações de Benefícios
(SUIBE) da Previdência Social por meio da rede interna de computadores da AGU/ Dataprev.
129
em 98% dos municípios brasileiros, muitos desconhecem seus serviços, suas ações
e não entendem a relação Previdência/Assistência:
Eu acho que é “pra” ajudar o pessoal necessário, que precisa mais que
necessita, que nem eu mesmo não posso falar nada mal deles, porque sempre
tão me ajudando, então eu jamais, não tenho o que falar. Coisa “pra” comer:
uma cesta, um kit cesta, então sobre isso aí eu não tenho o que reclamar não.
Eu sempre vou uma vez por mês né?!, sempre “pra” pegar um kit cesta, ainda
mais quando a coisa aperta aqui porque meu marido também tá
desempregado, parado; essa menina que tá aqui é minha nora, o marido dela
também tá desempregado. Aí o que que eu faço? Eu vejo que tá acabando
tudo eu tenho que correr lá né? Depender de pedir ajuda “pro” outros. Porque
eu vivo mais assim, dependendo dos outros, porque se não, não tem nem
como comer né? Porque é meu caso, eu pegava esses R$77,00do Bolsa
Família aí você vê...faz o que com esse dinheiro? Eu fumo, aí vem luz, vem
água, vem o gás e comer com o que? (RUTE)
“Pra” mim uma coisa era uma coisa, outra coisa, outra coisa... o CRAS vou
mais pra cesta, habitação, as vezes algum curso, palestra...tão sempre fazendo
bastante coisa, quando a gente precisa elas visitam, as vezes mudam a
Assistente, mas são sempre boazinhas, mas nunca mexeram com
aposentadoria, eu tenho o NIS, mas não sabia que servia pra aposentar,
achava que era só pra cesta e Bolsa Família. (DEBORA).
Não entendo nada! Eu achava que não tinha nada a ver... (REBECA).
Também quase nada, eu fui agora, passando por essa dificuldade, de não
estar tendo nenhum ganho, aí minha irmã falou assim: - vamos no CRAS,
vamos ver o que pode ser feito, o que pode te ajudar porque você tá doente!
Precisa sobreviver a tudo isso, e tá sem condição.
Aí nós fomos, no CRAS. Fui atendida por uma pessoa, assistente social
também que me falou que eu preciso juntar uns documentos “pra” ir lá, pra
ver se eu tenho condição pra receber uma ajuda, porque eu não tenho
ganho de lugar nenhum, porque eu estou sobrevivendo com meus irmãos e
meus filhos.
Quando me vi nessa situação, de não ter onde recorrer, aí me falaram da
assistência, inclusive assim, eu não tinha nem conhecimento, nem da rede
131
Nem eu sei te explicar, que eu não sei fia o que fazer, que vai indo o que
que vai fazer? Todo mundo parado que só come porque você sabe que só
vai comer, porque a boca não para, e “veve” como? Por que se eu consigo
encostar pelo menos dinheiro “pra” me manter eu sei que tem, e assim
parado sem poder trabalhar?
Porque se eu tivesse boa “pra” trabalhar aí não, arrumava um servicinho,
uma faxina aí, o que eu ganhasse tava bom, mas eu não posso, eu não
tenho como trabalhar. E você vê que até “pra” homem trabalho hoje tá
difícil; porque meu marido anda com meu menino e não acha um dia de
serviço, nem de servente, nem por dia, aí faz o que?
E eu não tenho de onde tirar “pra” você fazer um dinheiro entendeu? “Pra”
mim fica complicado... (RUTE).
Não sei, não sei porque eu tô devendo pra banco tem um empréstimo que
eu tirei no banco e eu tô devendo, tô devendo meu cartão de crédito que eu
também pagava, me mantinha o mês... vai pagando e usando...não sei,
esse é o último recurso. Se ele voltasse a trabalhar pelo menos, talvez ele
continuaria mandando a pensão, mas também não sei, a crise que o mundo
tá enfrentando...
Se ele vai conseguir hoje, amanhã ou depois; mas aí vou ter que continuar
assim, sacrificando meus filhos, que cada um tem a sua família, ajudar a
sobreviver.
De melhora, principalmente na minha saúde, e que eu possa receber essa
ajuda nesse momento agora, que é o que eu preciso, nem que seja
temporariamente, que não seja uma coisa que você vai receber para o resto
da vida, mas temporariamente, nesse momento que eu mais preciso,
porque as coisas amanhã ou depois podem mudar.
Eu tenho muita fé, muita esperança. (ESTER).
Eu acho que tem, pra não enganar o povo, pra não enganar o povo, a
verdade é sempre a verdade, porque traze a gente com ilusão que nem eu
fui iludida assim... eu senti na minha pele, porque eu gastei algo que eu não
podia gastar, porque era meu alimento, o que eu ganhava era questão de
duzentos reais pra baixo, então era meu alimento, ainda porque eu achei
uma professora que me fez favor que eu cozinhava pra ela nos feriados, ela
não se importou porque eu não enxergava bem, se caísse um cabelo, uma
coisa eu não podia nem tirar, isso foi até uma caridade que ela fez pra mim,
então ela pagava esse INS pra mim e eu cozinhava pra ela; então se eles
trabalhassem junto, de acordo com a verdade, não iludia o coitado do velho,
porque não é nada, mas eu perdi uma base de uns dois anos e meio desse
pagamentinho pouco, mas já era um saco de arroz, um saco de açúcar, um
feijão...um óleo, que tava tirando de mim.
Eu senti assim um nada (choro) eu não era nada! Eu vinha aqui e voltava
chorando, eles diziam: - você não contribuiu! Não me senti nada “fia”... esta
foi a verdade do que aconteceu comigo e ainda me sinto porque meus olhos
estão cegos, tá quase cegando meus olhos...não vejo você, mas uma
nuvem na frente, não sei definir quem é você. Eu tinha esperança, eu tinha
a esperança que um dia eles me recompensassem, porque você quer um
retorno, tudo o que você tá pagando você quer um retorno. Mas eu acho
que a verdade tem que estar acima de tudo, não iludir o coitado que vem
aqui, porque ele vem com a esperança e é triste tirar a esperança de um
véio, porque o véio volta a ser criança, viveu uma vida que passou, não teve
como economizar nada, a esperança dele é retornar na velhice, nem que
seja “pra” ir pro asilo, porque até pro asilo você só vai se tiver salário, se
não, não recebe. Eu acho que a Dilma também errou lançando esse plano,
porque já que não foi aceito pelo INS, ela não deveria ter lançado esse
plano porque isso aí prejudicou, isso é roubo, eu falo que é roubo porque eu
133
não dei, eu paguei; então eu não tenho estudo “pra” falar pra você um outro
meio de falar. (ANA).
dezembro de 2014, o valor deveria ser de R$ 2.975,55, valor quase quatro vezes
maior que o vencimento mínimo determinado no País.
100
90
80
70 100
60 Total de benefícios
requeridos
50
40 Benefícios parcialmente
validados
30
39
20
10
0
Período de 2011 a 2014
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado em informações da Seção de Administração de
Informações de Segurado (SAIS) – Gerência Executiva (GEX) do INSS Campo Grande.
135
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado em informações da Seção de Administração de
Informações de Segurado (SAIS) – Gerência Executiva (GEX) do INSS Campo Grande.
100
90
80
100
70
60
Feminino
50
Masculino
40
30
20
10
0
0
Período 2011 a 2014
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado em informações da Seção de Administração de
Informações de Segurado (SAIS) – Gerência Executiva (GEX) do INSS Campo Grande.
“período de graça”, o benefício pode ser requerido pelo marido; a regra também é
válida para casais homoafetivos, contudo, se ambos estiverem vinculados à
Previdência, independentemente do tipo de contribuição, só será concedido o
benefício a uma das partes adotantes do processo.
100
90
80
100
70
60
Feminino
50
Masculino
40
30
20
10
0
0
Período 2011 a 2014
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado em informações da Seção de Administração de
Informações de Segurado (SAIS) – Gerência Executiva (GEX) do INSS Campo Grande.
100
90
80
70
60 91
Feminino
50
Masculino
40
30
20
10
9
0
Período 2011 a 2014
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado em informações da Seção de Administração de
Informações de Segurado (SAIS) – Gerência Executiva (GEX) do INSS Campo Grande.
140
100
90
80
70 100
60
Feminino
50
Masculino
40
30
20
10
0
0
Período 2011 a 2014
Fonte: Elaborado por Lívia Marinho de Moura, baseado em informações da Seção de Administração de
Informações de Segurado (SAIS) – Gerência Executiva (GEX) do INSS Campo Grande.
16
Medida Provisória é um dispositivo que integra o ordenamento jurídico brasileiro, que é reservada
ao presidente da República e se destina a matérias que sejam consideradas de relevância ou
urgência pelo Poder Executivo. Tal "ferramenta" jurídica é regulada de forma exclusiva pelo artigo
62 da Constituição Federal em vigor, que determina:
"Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional, que,
estando em recesso, será convocado extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas
em Lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo o Congresso nacional disciplinar
as relações jurídicas delas decorrentes." (SANTIAGO, 20--b]).
142
anos, para recebimento da pensão de acordo com a faixa etária do requerente, isso
é, quanto mais jovem for o beneficiário (seja este homem ou mulher), por menos
tempo terá direito à pensão do cônjuge, esposo (a), de acordo com a tabela
Menor de 21 anos 03
Entre 21 e 26 anos 06
Entre 27 e 29 anos 10
Entre 30 e 40 anos 15
Entre 41 e 43 anos 20
Fonte: Lei nº 13.135, de 17 de julho de 2015. Elaborada por Lívia Marinho de Moura - (Anexo L).
17
Fator previdenciário foi instituído por Projeto de Lei, desde 1999, trata-se de um fator, uma fórmula
multiplicativa, que quando aplicado ao valor dos benefícios previdenciários que leva em conta o
tempo de contribuição, a idade do segurado e a expectativa de vida; aplicado nos casos em que a
pessoa já completou a integralidade das contribuições (30 anos mulher e 35 anos o homem), mas
que em comparação à expectativa de vida divulgada pelo IBGE, ainda é jovem; dessa maneira,
quanto mais jovem o requerente, maior será o desconto em seu salário de benefício.
144
relação às outras esferas das políticas sociais e do Serviço Social, deve estar
pautado na dimensão ético-política da profissão.
O trabalho de assessoria, mais do que a socialização das informações
previdenciárias, exige a realização permanente de análise de conjuntura, tanto da
realidade vivenciada pela população, como do momento político e contextos gerais
das políticas com as quais irá interagir; observando os limites e possibilidades
técnico-institucionais de ações e intervenções.
A interlocução com as outras políticas, mesmo as que parecem mais
distantes do circuito socioassistencial, é necessária e urgente. Pensar que as
esferas de proteção social caminham de maneira isolada é o primeiro passo para a
concretização do não acesso, do afastamento da condição de Estado Democrático
de Direito e da efetivação da cidadania.
A assessoria no contexto previdenciário tem como função prática
instrumentalizar os profissionais do Serviço Social e de outras áreas, os movimentos
sociais, as instituições governamentais e organizações da sociedade civil; em função
de uma construção de ideários que possam colaborar com a formulação de
sugestões para a implementação das ações previdenciárias, assim como na
elaboração de novas propostas para as ações da Seguridade Social, para tanto é
necessário:
seguida pelo Assistente Social, tendo em vista que o conhecimento aprofundado das
referências, propicia um melhor desvelamento da realidade e, a partir de então, a
concreta direção a ser tomada.
Ante ao exposto, à luz do art. 21, § 2º, inciso II, alínea “b”, c/c o § 40, do
mesmo dispositivo, conclui-se que:
a) a alíquota de 5% sobre o menor valor mensal do salário de
contribuição é destinada aos segurados facultativos que preencham aos
seguintes requisitos. a) não possuir renda própria. b) dedicação exclusiva
ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência. c) pertencer à família de
baixa renda assim considerada. c1) inscrita no CadÚnico [...]
b) a expressão sem renda [...] deve ser tomada em sua acepção literal,
razão pela qual o segurado facultativo, para fins previstos nesse dispositivo,
18
não pode ter qualquer tipo de renda própria, [...].
18
Parecer n. 100/2011/CGMBEN/PFE-INSS/PGF/AGU, documento cedido pela Advocacia Geral da
União.
155
contribuiu com a alíquota reduzida, a não ser que efetue a complementação das
contribuições, que nesse caso poderá ser parcelado, com as devidas correções.
O interessado não poderá simplesmente solicitar a validação dos
períodos pagos junto ao INSS, somente serão validadas as contribuições mediante
requerimento dos benefícios previdenciários aos quais faz jus na modalidade de
contribuição FBR, assim sendo, a pessoa poderá solicitar um auxílio-doença sem
nunca ter sofrido de nenhuma doença, enfermidade ou incapacidade, apenas para
que sejam validadas as contribuições, o que aumentaria, ainda mais, as filas de
atendimento na Previdência Social.
São muitas as situações, condições diversas de acesso e diferentes
necessidades e contextos da população, para serem contemplados com uma política
única, consubstanciada na edição da lei referida, e que, notadamente, não previu
essas especificidades no momento de sua elaboração, o que não deixa de ser uma
ironia, dado o tempo imenso de tramitação da lei até a aprovação final e sanção
presidencial; o que reflete a mentalidade errônea da gestão pública na realidade
brasileira e da impropriedade da vivência da esfera pública no Brasil.
Em relação aos benefícios pleiteados, a maior incidência de
requerimentos é o do auxílio-doença, que de acordo com estatísticas divulgadas
pela Dataprev, atinge em média 60% de taxa de indeferimento do total de benefícios
pleiteados.
No caso específico de contribuinte FBR o setor administrativo pode
averiguar o resultado da perícia médica, tendo sido deferido o pedido orientam o
segurado, se possível, efetuar a complementação das contribuições e
posteriormente a procurarem o atendimento nas APS para que se concretize o
processo de concessão.
As medidas provisórias publicadas nos últimos seis meses pretendiam
mudanças concretas, visando uma economia e equilíbrio nas contas da Previdência,
assim como um alinhamento para os requerimentos; contudo, a pressão
empresarial, assim como social, reverteu vários itens que foram excluídos da MP nº
664, que estava relacionada à previdência social.
Ainda assim, algumas alterações foram mantidas, entre elas, uma
envolvendo parcela da população cuja maioria, 87% (de acordo com último Anuário
Estatístico da Previdência Social), é composta por mulheres, e a medida determina
períodos de recebimento vinculados à idade, sem considerar grupo familiar, histórico
156
______. O caracol e sua concha: ensaios sobre a nova morfologia do trabalho. São
Paulo: Boitempo, 2005.
ARAÚJO, Elias Tavares. Perícia médica. In: ASSAD, José Eberiemos (Coord.).
Desafios éticos. Brasília, DF: Conselho Federal de Medicina, 1993. Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/des_etic/24.htm>. Acesso em: 10
mar. 2015.
______. Política social: fundamentos e história. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
______. Fundamentos de política social. In: MOTA, Ana Elizabete et al. (Org.).
Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. 4. ed. São Paulo: Cortez,
2009. Disponível em: <http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto1-
1.pdf>. Acesso em: 28 set. 2014.
CASTRO, Ieda. Enfim...O SUAS é Lei. São Paulo, jul. 2011. Disponível em:
<http://www.vermelho.org.br/prosapoesia/noticia/159094-61>. Acesso em: 18 set.
2014.
MARQUES, Maria Inês Corrêa. UFBA na memória: 1946-2006. 2005. 388f. Tese
(Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da
Bahia, Salvador, 2005. Disponível em:
<https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/11705/1/Maria%20Ines%20Marques.pdf>.
Acesso em: 22 out. 2014.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. São Paulo: Atlas, 2006.
______. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis:
Vozes, 2000.
PIRES, Vanessa. Pesquisa revela que 97% dos brasileiros tem o hábito de “deixar
para última hora”. Correio de Uberlândia, Uberlândia, 4 dez. 2012. Cidade e região.
Disponível em: <http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/pesquisa-
revela-que-97-dos-brasileiros-tem-o-habito-de-deixar-para-ultima-hora/>. Acesso em:
11 fev. 2015.
172
ROCHA, Sonia. Pobreza no Brasil: afinal do que se trata? Rio de Janeiro: Ed. FGV,
2006.
SILVA, Maria Lucia Lopes da. Previdência social no Brasil: (des) estruturação do
trabalho e condições para sua universalização. São Paulo: Cortez, 2012.
TIEGHI, Ana Luiza. Aposentadoria deve ser pensada com cuidado. Revista Espaço
Aberto, São Paulo, ed. 158, mar. 2014. Disponível em:
<http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=aposentadoria-deve-ser-pensada-com-
cuidado>. Acesso em: 22 fev. 2015.
FACULDADE DE CIÊNCIAS
HUMANAS E SOCIAIS - UNESP
- CAMPUS DE FRANCA
DADOS DO PARECER
Número do Parecer: 1.152.348
Data da Relatoria: 29/07/2015
Apresentação do Projeto:
O projeto foi apresentado de modo coerente com as normas da pesquisa científica.
Objetivo da Pesquisa:
Estão redigidos de forma clara e com possibilidade de execução.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Foram levantados os riscos e os cuidados, bem como os benefícios esperados com a pesquisa.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
--
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Estão de acordo com as regras da Resolução 196.
Recomendações:
--
Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
--
Situação do Parecer:
Aprovado
Página 01 de 02
176
FACULDADE DE CIÊNCIAS
HUMANAS E SOCIAIS - UNESP
- CAMPUS DE FRANCA
Continuação do Parecer: 1.152.348
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
Considerações Finais a critério do CEP:
O coordenador aprova ad referendum do Colegiado o parecer do relator.
Assinado por:
Helen Barbosa Raiz Engler
(Coordenador)
Página 02 de 02
177
NOME DO PARTICIPANTE:
DATA DE NASCIMENTO: __/__/___. IDADE:____
DOCUMENTO DE IDENTIDADE: TIPO:_____ Nº_________ SEXO: M ( ) F ( )
ENDEREÇO: ________________________________________________________
BAIRRO: _________________ CIDADE: ______________ ESTADO: _________
CEP: _____________________ FONE: ____________________.
Eu,
___________________________________________________________________,
declaro, para os devidos fins ter sido informado verbalmente e por escrito, de forma
suficiente a respeito da pesquisa: (título do projeto). O projeto de pesquisa será conduzido
por (nome do pesquisador), do Programa de Pós-Graduação em (nome do Programa),
orientado pelo Prof (a). Dr(a) (nome), pertencente ao quadro docente da Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de Ciências Humanas e
Sociais/UNESP/C.Franca. Estou ciente de que este material será utilizado para
apresentação de: (Monografia, Dissertação, Tese, Projeto (s), Relatório Trienal de
Atividades/Docente, etc.) observando os princípios éticos da pesquisa científica e seguindo
procedimentos de sigilo e discrição. [Descrição sumária do trabalho (+ou- três linhas)].
Fui esclarecido sobre os propósitos da pesquisa, os procedimentos que serão utilizados e
riscos e a garantia do anonimato e de esclarecimentos constantes, além de ter o meu direito
assegurado de interromper a minha participação no momento que achar necessário.
Franca, de de .
_____________________________________________.
Assinatura do participante
________________________________________(assinatura)
Pesquisador Responsável
Nome
Endereço:
Tel:
E-mail:
________________________________________(assinatura)
Orientador
Prof. (ª) Dr. (ª)
Endereço:
Tel:
E-mail:
E-mail:
179
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 12.470, DE 31 DE AGOSTO DE 2011.
Altera os arts. 21 e 24 da Lei no 8.212, de 24
de julho de 1991, que dispõe sobre o Plano
de Custeio da Previdência Social, para
estabelecer alíquota diferenciada de
contribuição para o microempreendedor
individual e do segurado facultativo sem
renda própria que se dedique exclusivamente
ao trabalho doméstico no âmbito de sua
residência, desde que pertencente a família
de baixa renda; altera os arts. 16, 72 e 77 da
Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, que
dispõe sobre o Plano de Benefícios da
Previdência Social, para incluir o filho ou o
Produção de efeito irmão que tenha deficiência intelectual ou
Conversão da Medida Provisória nº 529, demental como dependente e determinar o
2011 pagamento do salário-maternidade devido à
empregada do microempreendedor individual
diretamente pela Previdência Social; altera os
arts. 20 e 21 e acrescenta o art. 21-A à Lei
no 8.742, de 7 de dezembro de 1993 - Lei
Orgânica de Assistência Social, para alterar
regras do benefício de prestação continuada
da pessoa com deficiência; e acrescenta os
§§ 4o e 5o ao art. 968 da Lei no 10.406, de 10
de janeiro de 2002 - Código Civil, para
estabelecer trâmite especial e simplificado
para o processo de abertura, registro,
alteração e baixa do microempreendedor
individual.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Os arts. 21 e 24 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, passam a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 21. .....................................................................................................................................
§ 2o No caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo
de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário
de contribuição será de:
I - 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto
no inciso II, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou
equiparado e do segurado facultativo, observado o disposto na alínea b do inciso II deste
parágrafo;
II - 5% (cinco por cento):
180
PL 497/1975
Projeto de Lei
Situação: Arquivada
Identificação da
(As informações anteriores a 2001, ano de implantação do sistema e-Câmara, podem
Proposição estar incompletas.)
Autor Apresentação
FRANCISCO AMARAL - NI/NI 15/05/1975
Ementa
DA NOVA REDAÇÃO E ACRESCENTA PARAGRAFO AO ARTIGO 161 DA LEI ORGANICA DA
PREVIDENCIA SOCIAL, MODIFICADO PELA LEI Nº 5.890, DE 08 DE JUNHO DE 1973.
Explicação da Ementa
PARA PERMITIR AS DONAS-DE-CASA FILIAÇÃO AO INPS).
Indexação
FILIAÇÃO PREVIDENCIARIA, MULHER, DONA-DE-CASA, BENEFICIO,
AUTONOMO. INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDENCIA SOCIAL (INPS),
SEGURADO, MULHER.
Informações de Tramitação
Forma de apreciação Regime de tramitação
Proposição Sujeita à Apreciação do Ordinária
Plenário
Data Ação
11/11/1977 PLENÁRIO (PLEN)
PREJUDICADO PELA REJEIÇÃO DO PL. 154/75.
Tramitação
184
Data Andamento
15/05/1975 PLENÁRIO (PLEN)
• APRESENTAÇÃO DO PROJETO PELO DEP
FRANCISCO AMARAL. DCN1 16 05 75 PAG
2765 COL 01.
22/05/1975 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)
• DESPACHO AS CCJ, CTLS E CF.
PL 845/1975
Projeto de Lei
Situação: Arquivada
(As informações anteriores a 2001, ano de
implantação do sistema e-Câmara, podem estar
Identificação da Proposição incompletas.)
Autor Apresentação
MARCELO LINHARES - NI/NI 26/06/1975
Ementa
ALTERA A REDAÇÃO DO ARTIGO 161 DA LEI ORGANICA DA
PREVIDENCIA SOCIAL, INCLUINDO AS DONAS-DE-CASA COMO
CONTRIBUINTES FACULTATIVAS DO INPS, E DETERMINA OUTRAS
PROVIDENCIAS.
Indexação
MULHER, DONA-DE-CASA, CONTRIBUINTE FACULTATIVO,
APOSENTADORIA. INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDENCIA SOCIAL
(INPS), BENEFICIO. FILIAÇÃO FACULTATIVA, CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIARIA, SEGURADO.
Informações de Tramitação
Forma de apreciação Regime de tramitação
Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Ordinária
Data Ação
11/11/1977 PLENÁRIO (PLEN)
PREJUDICADO PELA REJEIÇÃO DO PL.
154/75.
Tramitação
186
Data Andamento
26/06/1975 PLENÁRIO (PLEN)
• APRESENTAÇÃO DO PROJETO PELO DEP
MARCELO LINHARES. DCN1 27 06 75 PAG 4905
COL 03.
04/08/1975 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)
• DESPACHO AS CCJ, CTLS E CF.
PL 1475/1975
Projeto de Lei
Situação: Arquivada
(As informações anteriores a 2001, ano de implantação do
Identificação da Proposição sistema e-Câmara, podem estar incompletas.)
Autor Apresentação
GAMALIEL GALVÃO - NI/NI 04/11/1975
Ementa
DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO DA PREVIDENCIA SOCIAL, EM
FAVOR DAS DONAS-DE-CASA.
Indexação
INCLUSÃO, FILIAÇÃO, SEGURADO FACULTATIVO, DONA DE
CASA, MULHER, (INSS), BENEFICIO PREVIDENCIARIO.
Informações de Tramitação
Forma de apreciação Regime de tramitação
Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Ordinária
Data Ação
02/03/1979 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)
ARQUIVADO (ARTIGO 116 DO REGIMENTO).
Tramitação
Data Andamento
04/11/1975 PLENÁRIO (PLEN)
• APRESENTAÇÃO DO PROJETO PELO DEP GAMALIEL GALVÃO.
DCN1 05 11 75 PAG 9896 COL 01.
10/11/1975 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)
• ANEXADO AO PL. 845/75, NOS TERMOS DO ART 71 DO
REGIMENTO INTERNO.
188
Tramitação
Andamento
04/11/1975 PLENÁRIO (PLEN)
• APRESENTAÇÃO DO PROJETO PELO DEP GAMALIEL
GALVÃO. DCN1 05 11 75 PAG 9896 COL 01.
10/11/1975 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)
• ANEXADO AO PL. 845/75, NOS TERMOS DO ART 71 DO
REGIMENTO INTERNO.
10/11/1975 PLENÁRIO (PLEN)
• LEITURA E REMESSA DA MATERIA A PUBLICAÇÃO. DCN1 11
11 75 PAG 10269 COL 03.
29/09/1976 COMISSÃO DE TRABALHO LEGISLAÇÃO SOCIAL (CTLS)
• APROVAÇÃO UNANIME DO PARECER FAVORAVEL DO DFP
OTAVIO CECCATO.
PL 5773/2005
Projeto de Lei
Aguardando Parecer do Relator na Comissão de Finanças e Tributação
Situação: (CFT)
Identificação
da Proposição
Autor Apresentação
Antonio Carlos Mendes Thame - PSDB/SP 18/08/2005
Ementa
Altera as Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, para disciplinar
o disposto no § 9º do art. 195 e no § 12 do art. 201 da Constituição Federal, com
a redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 05 de julho de 2005.
Explicação da Ementa
Regulamenta dispositivos da Constituição Federal de 1988 sobre o Sistema
Especial de Inclusão Previdenciária e o tratamento diferenciado para as micro e
pequenas empresas; fixa em dez por cento a alíquota de contribuição
previdenciária do trabalhador por conta própria e da dona de casa de baixa
renda e, em dois por cento, a incidente sobre a receita bruta, a alíquota da
microempresa e da empresa de pequeno porte não-optante do SIMPLES; define
o valor do benefício em um salário mínimo e reduz o período de carência.
Indexação
Alteração, Lei Orgânica da Seguridade Social, Lei de Benefícios da Previdência
Social, regulamentação, Constituição Federal, alíquota, contribuição
previdenciária, inclusão previdenciária, trabalhador autônomo, baixa renda, dona
de casa, trabalho doméstico, microempresa, pequena empresa, inexistência,
opção, (SIMPLES), redução, período, carência, recebimento, benefício
previdenciário, aposentadoria, valor, salário mínimo, comprovação, renda
familiar.
Informações de Tramitação
Forma de
apreciação Regime de tramitação
Proposição Prioridade
Sujeita à
Apreciação
Conclusiva
pelas
Comissões -
Art. 24 II
Despacho
atual:
Data Despacho
23/08/2005 Às Comissões de
Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio;
Seguridade Social e Família;
Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e
Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II
191
Data Ação
07/04/2015 Comissão de Finanças e Tributação (CFT)
Designado Relator, Dep. Silvio Torres (PSDB-SP)
Apensados
Apensados ao PL 5773/2005 (5)
PL 5866/2005; PL 5933/2005; PL 6169/2005; PL 6295/2005; PL 6366/2005
Comissão de Constituição e -
Justiça e de Cidadania (CCJC)
Tramitação
Data Andamento
18/08/2005 PLENÁRIO (PLEN)
• Apresentação do Projeto de Lei pelo Deputado
Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP).
23/08/2005 Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA)
• Às Comissões de
Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio;
Seguridade Social e Família;
Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e
Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)
- Art. 24, II
25/08/2005 COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES (CCP)
• Encaminhada à publicação. Publicação Inicial no
DCD de 26/8/2005 PÁG 42152 COL 02.
25/08/2005 Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio
(CDEIC)
• Recebimento pela CDEIC.
Data Despacho
23/08/2005 Às Comissões de
Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio;
Seguridade Social e Família;
Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e
Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) - Art. 24, II
Pareceres,
Data de
Substitutivos Tipo de proposição Autor Descrição
apresentação
e Votos
PRL 1 CDEIC Parecer do Relator 10/03/2006 Joaquim Parecer do
=> PL Francisco Relator, Dep.
5773/2005 Joaquim
Francisco (PFL-
PE), pela
aprovação deste,
dos PL's
5866/2005,
5933/2005,
6169/2005,
6295/2005, e
6366/2005,
apensados, com
substitutivo.
SBT 1 CDEIC Substitutivo 10/03/2006 Joaquim Altera as Leis nº
=> PL Francisco 8.212 e 8.213,
5773/2005 ambas de 24 de
julho de 1991,
para disciplinar o
disposto no § 9º
do art. 195 e § 12
do art. 201 da
Constituição
Federal, com a
redação dada pela
Emenda
Constitucional nº
47, de 05 de julho
199
de 2005.
PAR 1 CDEIC Parecer de 05/04/2006 Comissão de Aprovado por
=> PL Comissão Desenvolvimento Unanimidade o
5773/2005 Econômico, Parecer.
Indústria e Parecer do
Comércio Relator, Dep.
Joaquim
Francisco (PFL-
PE), pela
aprovação deste,
dos PL's
5866/2005,
5933/2005,
6169/2005,
6295/2005, e
6366/2005,
apensados, com
substitutivo.
Comissão de Finanças e Tributação (CFT)
Pareceres,
Data de
Substitutivos Tipo de proposição Autor Descrição
apresentação
e Votos
PRL 1 CFT => Parecer do Relator 28/05/2009 Pepe Vargas Parecer do relator,
PL 5773/2005 Dep. Pepe
Vargas, pela
incompatibilidade
e inadequação
financeira e
orçamentária do
Projeto, dos PL's
nºs 5.866/05,
5.933/05,
6.169/05,
6.295/05 e
6.366/05,
apensados,.do
Substitutivo da
Comissão de
Desenvolvimento
Econômico,
Indústria e
Comércio e do
Substitutivo da
Comissão de
Seguridade Social
e Família.
PRL 2 CFT => Parecer do Relator 30/06/2010 Pepe Vargas Parecer do relator,
PL 5773/2005 Dep. Pepe
Vargas, pela
incompatibilidade
e inadequação
financeira e
orçamentária do
200
PL nº 5.773/05,
dos PL's nºs
5.866/05,
5.933/05,
6.169/05,
6.295/05 e
6.366/05,
apensados, do
Substitutivo da
Comissão de
Desenvolvimento
Econômico,
Indústria e
Comércio e do
Substitutivo da
Comissão de
Seguridade Social
e Família.
PRL 3 CFT => Parecer do Relator 17/08/2011 Pepe Vargas Parecer do
PL 5773/2005 Relator, Dep.
Pepe Vargas
(pendente de
análise)
PRL 4 CFT => Parecer do Relator 23/08/2011 Pepe Vargas Parecer do relator,
PL 5773/2005 Dep. Pepe
Vargas, pela
incompatibilidade
e inadequação
financeira e
orçamentária do
Projeto de Lei nº
5.773/05, dos PL's
nºs 5.866/05,
5.933/05,
6.169/05,
6.295/05 e
6.366/05,
apensados, do
Substitutivo da
Comissão de
Desenvolvimento
Econômico,
Indústria e
Comércio e do
Substitutivo da
Comissão de
Seguridade Social
e Família.
Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF)
201
DESPACHO:
APENSE-SE À(AO) PL-5773/2005.
APRECIAÇÃO:
Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II
PUBLICAÇÃO INICIAL
Art. 137, caput - RICD
Art. 1º. Fica instituído o sistema especial de inclusão previdenciária destinado aos
trabalhadores sem renda própria, que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.
Parágrafo Único. O sistema integrará a Previdência Social, devendo operar por meio dos
dispositivos constantes na presente Lei.
Art. 2º O sistema especial será gerido pela Previdência Social, baseado nas normas do
Regime Geral da Previdência Social, à exceção das disposições relativas a alíquotas e
carências previstas nesta Lei.
Parágrafo Único. Para os efeitos desta lei, entende-se por famílias de baixa renda aquelas
unidades familiares cuja renda mensal não ultrapasse o valor equivalente a dois salários-
mínimos.
Parágrafo Único. Para efeitos desta lei, não será computado como renda mensal os valores
recebidos por integrantes da família, a título de benefícios de assistência social para
portadores de deficiência ou de necessidades especiais.
202
Parágrafo Único. As idades acima serão reduzidas em 5 anos para indivíduos portadores
de doenças degenerativas.
Art. 6º Fica definido o seguinte escalonamento para cobrança de contribuições dos
participantes do presente sistema especial:
a) alíquota de zero por cento até dez anos a contar da data de aprovação da presente lei;
b) alíquota de dois por cento entre dez e quinze anos a contar da data de aprovação da
presente lei;
c) alíquota de três por cento a partir de quinze anos a contar da data de aprovação da
presente lei.
Art. 7º Os benefícios de que trata esta lei são pessoais e intransferíveis, mesmo na
hipótese de falecimento do beneficiário.
Art. 8º O Poder Executivo regulamentará periodicamente os mecanismos de comprovação
da condição de trabalho exclusivamente doméstico no âmbito de sua residência, tal como
previsto no art. 1º
Parágrafo Único. No caso de impossibilidade de apresentação de prova documental,
poderá ser aceita a comprovação testemunhal.
Art. 9º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA.
LUCI CHOINACKI
DEP. FEDERAL PT/SC
CONSTITUIÇÃO
DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
1988
...............................................................................................................................................
...
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
...................................................................................................................................................
.
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
...................................................................................................................................................
.
Seção III
Da Previdência Social
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de
baixa
renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou
companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º * Artigo, caput e incisos com
redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/1998.
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão
de
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os
casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
205
FIM DO DOCUMENTO
208
PL 598/2007
Projeto de Lei
Situação:Apensado ao PL 6985/2006
Identificação da Proposição
Autor Apresentação
Professora Raquel Teixeira - PSDB/GO 28/03/2007
Ementa
Dispõe sobre o sistema especial de inclusão previdenciária de trabalhadores e
trabalhadoras sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho
doméstico de sua residência e dá outras providências.
Explicação da Ementa
Regulamenta os parágrafos 12 e 13 do artigo 201 da Constituição Federal de 1988
(Emenda nº 47 - PEC Paralela da Previdência).
Indexação
Regulamentação, Constituição Federal, sistema, inclusão previdenciária, Regime
Geral da Previdência Social, trabalhador autônomo, dona-de-casa, renda familiar,
baixa renda, benefício previdenciário, salário mínimo, fixação, carência, alíquota,
contribuição previdenciária, limite de idade, segurado, redução, portador, doença
degenerativa.
Informações de Tramitação
Data Despacho
10/04/2007 Apense-se à(ao) PL-6985/2006.
Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas
Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação:
Prioridade
Documentos Anexos e Referenciados
Avulsos Legislação Citada Mensagens, Ofícios e
Requerimentos
(0)
Destaques (0) Histórico de Pareceres, Relatório de conferência
Substitutivos e Votos (0) de assinaturas
Emendas (0) Recursos (0)
Histórico de despachos Redação Final
(1)
Tramitação
Andamento
28/03/2007 PLENÁRIO (PLEN)
• Apresentação do Projeto de Lei pela Deputada Professora
Raquel Teixeira (PSDB-GO).
209
Data Despacho
10/04/2007 Apense-se à(ao) PL-6985/2006.
Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas
Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação:
Prioridade
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_imp?idProposicao=346381&ord=1&tp=com
pleta
210
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 13.135, DE 17 DE JUNHO DE 2015.
Altera as Leis no 8.213, de 24 de julho de
1991, no 10.876, de 2 de junho de 2004, no
8.112, de 11 de dezembro de 1990, e no
10.666, de 8 de maio de 2003, e dá outras
providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o A Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 15. ....................................................................
II - (VETADO);..........................................................................” (NR)
“Art. 16. ...................................................................
I - (VETADO); (Vigência)
III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento;
(Vigência)
................................................................................” (NR)
“Art. 26. .....................................................................
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)
anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator
que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
................................................................................” (NR)
“Art. 29. .....................................................................
§ 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12
(doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não
alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários-de-contribuição
existentes.
§ 11. (VETADO).
§ 12. (VETADO).
§ 13. (VETADO).” (NR)
“Art. 32. (VETADO).”
“Art. 60. ....................................................................
§ 5o Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor
próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação
das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá,
sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de
execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos
ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou
simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com:
I - órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (SUS);
II - (VETADO);
III - (VETADO).
§ 6o O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe
garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade.
211
§ 3o (Revogado).” (NR)
“Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela prática de crime de que tenha
dolosamente resultado a morte do servidor;
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo,
simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim
exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será
assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.” (NR)
“Art. 222. ...................................................................
III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido, o afastamento da
deficiência, em se tratando de beneficiário com deficiência, ou o levantamento da interdição,
em se tratando de beneficiário com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou
relativamente incapaz, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das
alíneas “a” e “b” do inciso VII;
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho ou irmão;
VI - a renúncia expressa; e
VII - em relação aos beneficiários de que tratam os incisos I a III do caput do art. 217:
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o servidor tenha vertido 18
(dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados
em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do servidor;
b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do pensionista
na data de óbito do servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável:
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade;
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade;
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade;
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade;
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.
§ 1o A critério da administração, o beneficiário de pensão cuja preservação seja motivada
por invalidez, por incapacidade ou por deficiência poderá ser convocado a qualquer
momento para avaliação das referidas condições.
§ 2o Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida no inciso III ou os prazos previstos
na alínea “b” do inciso VII, ambos do caput, se o óbito do servidor decorrer de acidente de
qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do
recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de
casamento ou de união estável.
§ 3o Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique
o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos,
correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser
fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea “b” do inciso VII
do caput, em ato do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, limitado o
acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.
§ 4o O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) ou ao
Regime Geral de Previdência Social (RGPS) será considerado na contagem das 18
(dezoito) contribuições mensais referidas nas alíneas “a” e “b” do inciso VII do caput.” (NR)
“Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá para
os cobeneficiários.
I - (Revogado);
II - (Revogado).” (NR)
“Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de pensão
deixada por mais de um cônjuge ou companheiro ou companheira e de mais de 2 (duas)
pensões.” (NR)
“Art. 229. ....................................................................
214