Em Busca de Boas Praticas de UX Writing - v2021
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PREFÁCIO
Nos meus muitos anos de UX, por diversas vezes tive o desprazer de me
deparar com muitas situações em que a pessoa usuária congela por alguns (às
vezes muitos) segundos tentando decifrar uma mensagem na tela ou ainda, se
perguntando o que pode acontecer quando ela clicar num botão ou link. Os
exemplos vão desde um 'premir a tecla x' até um botão com um termo comum,
porém cujo significado não reflete o que acontece naquela etapa do processo.
Boa leitura!
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Contei essa história durante minha palestra em Porto Alegre. Logo após a
plateia se recuperar de uma crise de riso coletiva, sugeri qual poderia ser a solução
– que não me parecia ser uma loucura –, e fechei o raciocínio com uma pergunta:
- Sei que é uma informação pequena, apenas sete caracteres, mas um
adesivo poderia ter facilitado a minha vida. Se estamos aqui para pensar a
Experiência do Usuário, o Design não existe para melhorá-la? Por que não, então?
Todos concordaram. Em silêncio.
COMO LER ESTE LIVRO
Acredito que a leitura deve ser, antes de tudo, um prazer.
Por isso, procurei dar a cada conteúdo deste livro uma função bem
definida, assim como busquei deixar clara a maneira com que ele foi estruturado.
A ideia é que a obra tenha a profundidade e a objetividade de um trabalho
acadêmico, mas ao mesmo tempo seja simples e fácil de ler.
A introdução, “Admirável mundo novo (de novo)”, tem a função não
apenas de ser um resumo, mas uma visão geral sobre o tema do livro para facilitar
o entendimento do que será visto adiante.
Cada capítulo pretende destrinchar os caminhos que nos trouxeram ao UX
Writing. Após cada um deles, eu exercito a capacidade de transformar cada texto
em um conteúdo ainda mais claro, conciso e útil. Ou seja, aplico o que o próprio
UX Writing nos ensina.
Também após alguns dos capítulos, você encontrará textos adicionais, que
funcionam como o “Saiba mais” de um site. A proposta é estimular que o leitor vá
além do que acabou de ler.
E, como este livro procura atender tanto o meio acadêmico como o
profissional de mercado, a bibliografia que serviu como fonte para a escrita é
apresentada ao final de cada capítulo.
Além de ter a função de embasar o que acabou de ser lido, é também mais
uma forma de estimular que você não pare por aqui – que este livro seja apenas
a primeira entre várias de suas visitas à área fascinante da escrita para interfaces
digitais.
Boa leitura :-)
Bruno Rodrigues
Para meu avô João, que nunca conheci – e dedicou boa parte da vida
à educação
Entender o que se passa na mente dos usuários é uma das questões que
mais instigam Samuel Stenberg, de Umeå, norte da Suécia, que trabalha com
redação para produtos digitais e dedica o tempo livre à pesquisa de UX Writing.
“Qual seria a palavra exata para se inserir em uma página, aquela que
realmente irá auxiliar na navegação do visitante? Mais: será que ele teria
paciência para ler um parágrafo até o fim? Ninguém ainda sabe, vamos admitir”,
escreve Stenberg em um de seus primeiros textos para o site colaborativo
Medium, para onde escreve a cada nova descoberta feita a partir dos testes que
aplica.
Samuel Stenberg foi buscar na neurologia e na biologia respostas para
estas questões, e mergulhou a fundo nos estudos do cérebro desenvolvidos por
Robert Sapolsky, autor de Memórias de um primata”, de 2001. Stenberg se
baseou principalmente nos estudos de Sapolsky publicados no livro Comporte-
se: A biologia humana no nosso melhor e pior, lançado em inglês em 2017 com
o título Behave: The Biology of Humans at Our Best and Worst.
Stenberg deixa claro que pinçou entre “as toneladas de informações
fascinantes” que há em “Behave”, aquelas que se relacionam diretamente à
linguagem, ao uso das palavras e seu entendimento. Assim, chegou a conclusões
bastante curiosas, na verdade conjecturas, que valem ser ouvidas – afinal, há
muito a descobrir no campo do UX Writing.
“Há palavras que devem ser escolhidas em função do cerebelo, outras em
função do córtex frontal”, explica Stenberg. “Não é tão complexo quanto parece:
quando passamos por uma experiência pela primeira vez – aprender a dirigir um
automóvel, por exemplo –, é o córtex frontal que é acionado para lidar com a
situação”, ele descreve em seu texto.
Isso ocorre justamente porque é a área do cérebro que lida com fatos dos
mais diversos – afinal, lidamos com várias pequenas e grandes situações novas a
cada dia –, o córtex frontal é repleto de neurônios “generalistas”. Em suma, é a
área do cérebro que mais trabalha, justamente por estar na linha de frente. É,
digamos assim, a que mais se cansa.
Qual a relação deste “cansaço” com a escolha de palavras?
Imagine-se abrindo um app pela primeira vez: se a comunicação não
acontecer de imediato, se não for criada uma empatia com o usuário rapidamente,
há o risco de ele não ser contextualizado e fechar o aplicativo.
A ponte com o usuário, nestes casos, é feita antes de tudo com a escolha de
palavras certas, estejam elas em uma frase curta de abertura ou nos itens do
menu.
Uma vez que o usuário passa a ter domínio da situação – assim como não
nos perdemos mais em um shopping center após algumas visitas –, entra em cena
o cerebelo, a área do cérebro que age quando o terreno em que estamos já é
conhecido.
O cerebelo é a área do cérebro que recebe solicitações quando passamos
pelas etapas iniciais, básicas para qualquer orientação, e a comunicação não
precisa mais ser tão genérica. Palavras de amplo alcance, portanto, não são tão
essenciais neste cenário. Mas, como sempre haverá novos “visitantes”, o contato
inicial precisa sempre ser claro e direto, assim como a escolha de uma palavra ou
expressão.
A PROMESSA DO PRAZER
UM CICLO DE MUDANÇAS
INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
À PROCURA DE ACERTOS
Bibliografia recomendada
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. Acumular conhecimentos
No mercado digital, quanto mais restritivo um MBA ou curso de pós-
graduação, menor a chance de os conhecimentos adquiridos valerem, de fato,
para alavancar a carreira. Este cenário não é apenas característico da
Comunicação Digital: qualquer mercado oferece estas ‘pegadinhas’. A não ser que
você tenha optado por dedicar sua vida profissional à ‘rebimboca da parafuseta’,
jamais faça um ‘MBA Executivo em Rebimboca da Parafuseta’. O efeito colateral
é você chegar à conclusão de que precisa fazer outro curso, mais abrangente.
Fique atento aos modismos, portanto. ;-)
CAPÍTULO 1
SOBRE USUÁRIO, USO E UTILIDADE
Em busca de boas práticas em UX Writing, logo surge um impasse: afinal,
o que deseja um usuário? O que motiva um leitor? O que faz com que alguém
consuma – ou não – uma informação?
Imersos no turbilhão do meio digital, só seremos capazes de compreender
a nova realidade de consumo de conteúdo se criarmos mecanismos que nos
obriguem a olhar para trás na escadaria da Comunicação Social e que nos forcem
a observar o processo com distanciamento.
Como diz o nome, o UX Writing – a escrita voltada para a experiência do
usuário – parte da premissa de que lidamos aqui com a proposta de criar uma
escrita que proporcione um nível de excelência na experiência de absorção de
informação nunca antes oferecida ao usuário, independentemente da plataforma.
Seria uma tarefa hercúlea, se não percebermos que a escrita está inserida
em um universo bem mais amplo, a gestão de conteúdo, e que apenas olhando ao
redor é que conseguiremos compreendê-lo.
Tal como uma matrioska – a colorida bonequinha russa de madeira que
contém várias dentro de si – o conceito de conteúdo não existiria sem as outras
matrioskas que o abrigam: os conceitos de usuário, uso e utilidade. Afinal, ao
usuário cabe o uso que, por sua vez, pressupõe utilidade – a mesma utilidade que
acolhe o conceito de conteúdo.
Para compreendermos o longo caminho que nos trouxe ao UX Writing é
preciso estudar mais atentamente estes conceitos.
Comecemos pelo fim, pela menor das matrioskas, a utilidade.
OS SENTIDOS DO USUÁRIO
Bibliografia recomendada
✓ ERTHAL, Ana. A comunicação multissensorial: compreendendo
modos de sentir. Rio de Janeiro: E-papers, 2018.
✓ JEVONS, William Stanley. A teoria da economia política. São Paulo:
Abril Cultural, 1987.
✓ KALBACH, Jim. Mapeamento de experiências: um guia para
criar valor por meio de jornadas, blueprints e diagramas. Rio
de Janeiro: Alta Books, 2017.
✓ NORMAN, Donald A. Design emocional: por que adoramos (ou
detestamos) os objetos do dia-a-dia. Rio de Janeiro: Rocco, 2008.
✓ WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas. São Paulo: Nova
Cultural, 1991.
Bibliografia recomendada
O POSSÍVEL E O IDEAL
APLICANDO TESTES
CONTEÚDO E EXPECTATIVA
Bibliografia recomendada
Bibliografia recomendada
✓ “Você gostaria de viver numa casa cujo quarto de dormir foi pintado
numa horrível combinação de marrom e roxo? Provavelmente não, mas
você pode gastar muito mais tempo olhando para elementos de interface
do seu software favorito do que olhando para seu quarto de dormir”
Jakob Nielsen
No formato de UX Writing
O ELO PERDIDO DA INTERFACE MÓVEL
. O surgimento dos celulares e, logo após, dos smartphones, com sua
capacidade de acessar a web com a mesma desenvoltura que nossos
computadores pessoais, pediu um repensar do que havia sido dito e testado
sobre a informação para o meio digital.
. Naquele momento ficava claro que o smartphone logo seria visto como
o ‘elo perdido’ entre as primeiras décadas do comportamento do conteúdo on-
line e o novo momento que surgia.
. Três aspectos possuíam relevância no estudo desta nova forma de
acessar e consumir informação digital:
o Dimensões dos aparelhos
A revolução do smartphone, portanto, não está apenas no
fato de ele ser portátil, mas do usuário acostumar-se a
acessá-lo em movimento. Sua utilidade maior justifica-se
pelo uso ao caminhar pelas ruas, dentro dos escritórios, em
casa – afinal, diferentemente do tablet, por exemplo, o
smartphone cabe na palma de nossas mãos.
o Estímulos audiovisuais
Sejam ruídos comuns como os de motores de automóveis,
sons de lojas, conversas entre pessoas que cruzam o nosso
caminho, apelos visuais de vitrines, sinais luminosos ou
qualquer tipo de elemento gráfico que nos chame atenção,
fato é que basta sairmos na rua para acessarmos um
mundo de informações que irão competir com o que vemos
na tela de um smartphone.
o Formato do conteúdo
Precisaria, então, a informação retrabalhar sua forma de
apresentação em telas pequenas e portáteis para ter a
relevância necessária capaz de competir com tantos
estímulos audiovisuais? Esta questão é um norteador para
os caminhos que têm se mostrado propícios à aplicação das
técnicas de UX Writing em produtos digitais atualmente.
CAPÍTULO 7
PROFUNDO OU SUPERFICIAL?
Da mesma forma que acontece em outras interfaces, os conceitos que
vimos de uso e utilidade também têm influência na maneira com que os usuários
consomem conteúdos no meio móvel.
Mas é o uso que fazemos destes conteúdos, em especial, que tem um
impacto maior neste contexto.
Quando criadas para o meio móvel – processo que ainda está em seus
primeiros dias – as informações que buscamos via smartphone são justamente
aquelas criadas para atender às características mais básicas do meio, ou seja, são
conteúdos que precisamos acessar porque estamos em movimento; não
queremos parar.
Em suma, o momento do uso é o principal parâmetro. O foco é o
imediatista; a entrega de informações e a solução de problemas não podem ser
deixadas para depois.
Eis um ponto relevante: não que os conteúdos móveis não existam ou não
possam ser acessados através de nossos computadores pessoais, mas as situações
que os demandam tornam sua facilidade de acesso o grande diferencial – afinal,
os smartphones estão literalmente nas palmas de nossas mãos.
Um bom exemplo deste cenário foi a criação dos aplicativos, marco da
transformação provocada pelo uso do meio móvel, com sua forma de acesso
facilitada às informações e ao modo como elas são apresentadas.
Neste cenário, parâmetros como formatação do conteúdo e clareza,
essenciais para a boa gestão do conteúdo de quaisquer interfaces, têm uma
relevância ainda maior.
Afinal, ainda mais importante do que o momento do uso, é a forma com
que consumimos o conteúdo que mais impacta a produção do conteúdo móvel.
A facilidade que a mobilidade do smartphone nos traz ao acessar à web de
qualquer lugar é o que caracteriza o uso deste meio, mas coloca nossa necessidade
de informações em outro patamar.
Imagine-se na rua: celular em punho, procurando por uma informação ao
mesmo tempo simples e prática – quando irá começar uma campanha de
vacinação, por exemplo.
Estamos em movimento, cercados por diversos estímulos audiovisuais que
não apenas nos pedem, mas nos exigem atenção ao mesmo tempo em que vamos
acessar um conteúdo via smartphone.
Nessa situação, os dados mais relevantes precisam estar na ‘superfície’ da
informação; aqueles que respondem às tradicionais questões jornalísticas
básicas: o quê, quem, como, quando, onde e por quê.
Contudo, serão os parâmetros de gestão de conteúdo de formatação e
clareza os mais exigidos pelo usuário, o que não acontece em outras interfaces.
O ideal, para o usuário do meio móvel, não é deparar-se com o ‘texto
corrido’, com seus parágrafos de introdução, desenvolvimento e conclusão. Pois,
vale lembrar mais uma vez, neste momento o usuário está em movimento,
cercado por fortes estímulos audiovisuais, clamando por dispersão.
O que se espera, neste instante, é um conteúdo formatado de uma maneira
simples e direta, que privilegie a essência da informação: itens substituindo
parágrafos; poucas palavras resumindo longas sentenças; a objetividade
liderando a elaboração da informação.
É o dado, menor pedaço e essência da informação, tomando a frente na
comunicação com o usuário.
Fosse outra situação, sentados em casa ou no escritório, em ambientes com
estímulos audiovisuais controlados, poderíamos nos dar ao luxo de acessar, por
acaso ou vontade, conteúdos longos e detalhados – mas, no cenário da
mobilidade, é a formatação privilegiando o dado e a clareza exigida da informação
quem dá as cartas.
Bibliografia recomendada
✓ “O que está na xícara é água, não chá, mesmo que um químico não possa
distingui-lo do conteúdo atual da xícara. De um ponto de vista, as xícaras
contêm as mesmas coisas; de outro, coisas diferentes”
Noam Chomsky
No formato de UX Writing
PROFUNDO OU SUPERFICIAL?
. Quando criadas para o meio móvel, as informações que buscamos via
smartphone são aquelas criadas para atender às características mais básicas
do meio, ou seja, conteúdos que precisamos acessar porque estamos em
movimento.
. Em suma, o momento do uso é o principal parâmetro. O foco é o
imediatista; a entrega de informações e a solução de problemas não podem ser
deixadas para depois.
. Mais importante do que o momento do uso, é a forma com que
consumimos o conteúdo que mais impacta a produção do conteúdo móvel.
. Imagine-se na rua: celular em punho, procurando por uma informação
ao mesmo tempo simples e prática. Estamos em movimento, cercados por
diversos estímulos audiovisuais que não apenas nos pedem, mas nos exigem
atenção ao mesmo tempo em que vamos acessar um conteúdo via smartphone.
. Nessa situação, os dados mais relevantes precisam estar na ‘superfície’
da informação; aqueles que respondem às ancestrais questões jornalísticas
básicas: o quê, quem, como, quando, onde e por quê.
. Contudo, serão os parâmetros de gestão de conteúdo de formatação e
clareza os mais exigidos pelo usuário, o que não acontece em outras interfaces.
. O que se espera, neste instante, é um conteúdo formatado de uma
maneira simples e direta, que privilegie a essência da informação: itens
substituindo parágrafos, poucas palavras resumindo longas sentenças, a
objetividade liderando a elaboração da informação.
Para ir além do assunto
CONTEÚDO LONGO, CONTEÚDO CURTO: CADA UM EM SEU
LUGAR
✓ "Ainda que os resultados atuais indiquem que a leitura em papel deva ser
preferida à leitura on-line, não é realista recomendar que se evitem os
dispositivos digitais”
Maryanne Wolf
No formato de UX Writing
SOBRE O ‘T’ DE CONTEÚDO
. Hoje o usuário tem duas interfaces – assim como suas vantagens – à
disposição: a praticidade do acesso à informação móvel e o tempo maior que
dedicamos em nossos computadores pessoais à criação de conhecimento.
. Novamente, o filtro aqui é o uso e a utilidade que o usuário deseja aplicar
ao conteúdo.
. Para estudar a relação entre essas interfaces, imaginemos uma letra ‘t’
maiúscula – um ‘T’ –, e que seu topo, horizontal, represente a interface móvel,
enquanto o restante, vertical, simbolize nosso acesso às interfaces maiores de
desktops e notebooks.
. A haste vertical simboliza as camadas de sites e portais a que temos
acesso via computadores pessoais, em ambientes reservados, em situações
confortáveis e/ou estáticas, como em casa ou no escritório. Profundos em suas
camadas e criados com este intuito, os sites e portais são propícios para a
construção de conhecimento: página a página, de acordo com a necessidade do
usuário, ele navega recolhendo informações, muitas vezes indo além das
camadas iniciais, em busca do que, em conjunto, lhe proporcione o
conhecimento que deseja elaborar.
. A haste horizontal do ‘T’ simboliza a interface móvel, morada dos
aplicativos que acessamos via smartphone. É o cenário da multiplicidade de
apelos intensos, visuais e auditivos que nos cerca, estimulando a dispersão.
Superficiais, os aplicativos – como poucas telas de conteúdo – são ideais para
oferecer informação direta e objetiva que entregue dados úteis e, desta forma,
esclareça rapidamente uma dúvida ou resolva uma questão – seja uma consulta
a um sistema ou a compra de um produto. Aqui, não há necessidade de
profundidade, pelo contrário: o que se deseja está na superfície.
. O avanço para a Comunicação Social no que tange a este ‘T’ de conteúdo
não está em reafirmar que existem dois sistemas de gestão da informação
diversos, mas que os usuários desejam essa coexistência. Por vezes, queremos
apenas uma informação simples; em outras ocasiões, procuramos criar
conhecimento.
Para ir além do assunto
PARA (A) SUA INFORMAÇÃO
Bibliografia recomendada
Bibliografia recomendada
✓ "A dura realidade é que, ao preterir a pesquisa, uma empresa está assumindo
um risco que pode ser bem alto, de investir em um produto (o que significa
altos custos com infraestrutura e pessoas por um período considerável) que
pode ser um fracasso quando lançado, gerando, no mínimo, uma alta dose de
retrabalho e/ou de chamados de suporte."
Cecilia Henriques, Denise Pilar e Elizete Ignácio
✓ “Qualquer bom design é um compromisso com necessidades e, se qualquer
uma dessas necessidades for ignorada ou negligenciada, não importa quão
“grande” seja o design, então eu falhei em meu trabalho”
Brad Nunnally
No formato de UX Writing
OS PRINCÍPIOS DO UX WRITING: SEMÂNTICA
. Como o objetivo da escrita para interfaces digitais é facilitar o contato
entre usuários e produtos criando uma comunicação cristalina, o estudo da
semântica dos públicos é um dos princípios centrais do UX Writing.
. Seja ao escolher o termo certo para um componente como um botão em
aplicativo (‘Comprar’), ao construir diálogos que sejam facilmente
compreendidos em roteiros para chatbots (‘Olá, em que posso ajudar?) ou ao
trabalhar uma informação objetiva ao longo de uma aula a distância (‘Resuma
o capítulo que você acabou de ler em um parágrafo’), estamos lidando com
semântica.
. Para entender como um público se comunica, é precioso mergulhar em
seu universo de escrita e de fala. Afinal, se o foco é perceber a linguagem natural
usada entre os públicos, o propósito aqui é o da coleta semântica, ou seja,
recolher termos que sejam constantemente utilizados no universo da
comunicação interpessoal.
. No UX Writing, o foco não é transpor para os produtos digitais o
universo semântico criado por empresas e marcas, pelo contrário: o objetivo
está exatamente na criação de um dicionário com palavras e expressões que seja
composto por palavras e expressões surgidas da comunicação constante com os
públicos. O que, em Biblioteconomia, dá-se o nome de Dicionário de Vocabulário
Controlado.
Para ir além do assunto
COMO MERGULHAR NA SEMÂNTICA DOS PÚBLICOS
Bibliografia recomendada
Bibliografia recomendada
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Ao longo deste livro procurei deixar claro que a tarefa de criar escrita para
produtos digitais extrapola a redação.
Aprender a escutar os públicos é, a meu ver, a melhor forma de regar as
sementes do UX Writing e vê-las crescer, e por isso acredito firmemente que esta
é uma atividade mais ligada a pesquisa – UX Research – do que a estratégia de
conteúdo.
É como acontece no Jornalismo: a redação é o produto final de uma
atividade cuja essência é a apuração.
Durante o processo de produção deste livro, e em busca de padrões que
ainda não encontrei, o material mais precioso a que tive acesso foram os
profissionais que atuam neste mercado nascente.
Por isso, para encerrar esta obra, convidei alguns profissionais que já são
considerados expoentes em UX Writing no Brasil para darem sua visão sobre o
futuro da área.
É gente nova, talentosa, e que aposta mais uma vez na História da
Comunicação Social e na palavra como um poderoso instrumento de criação de
laços os públicos.
Vamos ouvi-las, então.
COM A MÃO NA MASSA
Gente que faz o UX Writing acontecer
Ludmila Rocha
Comunicadora por natureza e por formação. Apaixonada por tudo o que
remete ao universo das interações humanas. Jornalista, graduada pela PUC
Brasília, e pós-graduada em Comunicação nas Redes Sociais pelo Centro
Universitário de Brasília. UX writer na Conta Azul, editora do blog Conta Azul
Design e colaboradora do podcast UXCOPY.CO, sobre o universo da UX Writing.
Há 12 anos trabalhando com Comunicação, possui experiências com produção de
conteúdo para Produto, para mídia impressa, além de social media e assessoria
de imprensa.
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
COMO VÊ O FUTURO
KILIAN, Crawford. Writing for the web. Canadá: Self-counsel Press, 2001.