Apostila para Concursos - Direito Constitucional Completo
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Princípios Fundamentais
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
O art. 60, § 4º, cita as cláusulas pétreas explícitas, mas a doutrina (os autores que escre-
vem Direito Constitucional) coloca os princípios fundamentais como cláusula pétrea implícita.
É comum que estudantes de concurso público gostem de gravar mnemônicos, principalmente
em relação a esse assunto. No entanto, as provas têm demonstrado que não basta esses
"macetes" e "dicas", pois elas têm ido além em relação aos assuntos, ou seja, é importante
saber o mnemônico, mas também os assuntos conexos a essas "dicas".
Cláusulas pétreas são o conteúdo mais relevante da CF, que não poderia ser extirpado do
texto constitucional. A seguir, será apresentado o Texto constitucional e, logo após, os comen-
tários e conteúdos pertinentes ao texto.
TEXTO CONSTITUCIONAL
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios
e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
ANOTAÇÕES
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Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
O Art. 1º trata dos Fundamentos da RFB, conforme apresentado nos incisos. Parece
algo muito simples, mas as bancas têm ido muito além da letra fria da Lei, em relação a
esse assunto. Sobre esse assunto, por exemplo, pode ser perguntado a forma de Estado, as
formas de Governo ou os sistemas de Governo, conforme descritos a seguir.
• Formas de Estado:
– Unitário;
5m
– Federação;
– Confederação.
• Formas de Governo:
– República;
– Monarquia.
• Sistemas de Governo:
– Presidencialismo;
– Parlamentarismo.
De todos os itens acima, confederação é o único que o Brasil não foi. Nosso país foi um
Estado unitário até 1891 e é uma federação desde então.
Para o Direito constitucional, as datas históricas nem sempre correspondem, pois utiliza-
-se as datas em acordo com as constituições. A proclamação da República se deu em 15 de
novembro de 1889, e o Brasil se tornou uma federação somente 2 anos depois. A 1ª Constitui-
ção brasileira, de 1824, adotava a monarquia; só nos tornamos república na 2ª Constituição,
de 1891. 1889 é a data do marco histórico; por isso a divergência.
Além disso, nosso sistema foi o parlamentarismo tanto no Brasil Império quanto no inter-
valo entre 1961/1963, um pequeno período que antecedeu o golpe militar de 1964. Desde
1963, nosso sistema é o presidencialismo.
No parlamentarismo há 2 chefes: um de Estado e um de governo. No nosso caso, Tan-
credo Neves era o primeiro ministro e João Goulart era o presidente da República.
ANOTAÇÕES
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Esses pontos foram desenvolvidos pela doutrina, que explica e comenta as leis. Caem em
provas, embora não seja a letra fria da Constituição.
Importante também saber que a escolha da forma de governo pressupõe algumas carac-
trísticas. A República tem algumas características que se contrapõem às da monarquia,
por exemplo.
• Monarquia:
– Vitaliciedade: se a pessoa não abdicar do trono, o regente fica no cargo até morrer.
Um exemplo é a rainha da Inglaterra, que reina há décadas;
– Hereditariedade; a escolha não é feita pelo povo;
10m
– Irresponsabilidade perante o povo.
• República:
– Temporariedade;
– Eletividade; a escolha é feita por meio de eleições;
– Responde perante o povo.
A monarquia não respondia perante o povo, respondia perante Deus; ele era escolhido
por Deus. Existe uma expressão em inglês, segundo o qual The king can do no wrong, cuja
tradução é “o rei não pode errar”.
Se houver a possibilidade de o governante responder perante o povo, explicam-se mais
claramente as hipóteses de impeachment (traduzido livremente como impedimento). No Brasil
houve duas histórias recentes de impeachment: Fernando Collor e Dilma Rousseff. O impedi-
mento é o crime de responsabilidade que não é uma infração criminal, penal; é uma infração
de natureza política.
Vamos dissecar agora alguns pontos do art. 1º:
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SO – CI – DI – VA – PLU
As bancas costumam dizer que a dignidade da pessoa humana tem uma função muito
abstrata e que não está expressamente na CF; mas ela está no art. 1º. Hoje em dia fala-se
muito nesse princípio por conta de um movimento chamado neoconstitucionalismo, que coloca
a pessoa humana no centro do sistema e faz surgir, a partir daí, uma série de consequências.
Ex. 1: existe uma súmula vinculante que todo brasileiro conhece, que é a que proíbe o
uso de algemas em presos, em regra, pois é algo constrangedor e que ofende a dignidade da
pessoa humana. Então com base nesse princípio é que foi editada essa SV n. 11. Algemas só
podem ser utilizadas em caso de perigo, de resistência ou de fuga – o mnemônico é PRF. A
dignidade da pessoa humana vai além e se espalha em várias outras circunstâncias.
Ex. 2: hoje em dia são permitidos o casamento e a união estável entre pessoas do mesmo
sexo. Um dos fundamentos que o STF usou foi justamente o da dignidade da pessoa humana.
Ex. 3: a respeito das pesquisas com células-tronco embrionárias. Certa vez uma questão
de prova dizia que o princípio da felicidade guarda íntima relação com a dignidade da pessoa
humana. Essa frase foi retirada de um julgamento da pesquisa com células-tronco, em que o
STF disse que, se para a pessoa ter uma vida plena, digna e feliz, ela puder fazer uso de pes-
quisas de tratamentos médicos que melhorem sua condição de vida, a pesquisa com células-
-tronco é permitida. Esse julgamento foi muito relevante, pois se contrapuseram a justiça e a
religião. Os religiosos dizem que a vida é desde a concepção e o uso de células-tronco acaba
destruindo os fetos. Isso gerou uma briga e prevaleceu a ciência, que permite seu uso.
30m
Em suma, voltando-se ao mnemônico anterior, a RFB possui soberania. Os entes que com-
põem nossa República (União, estados, DF e municípios) têm tríplice autonomia: financeira, admi-
nistrativa e política (FAP).
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No DF existem empresas de transporte por aplicativo (Uber, 99 Pop, Cabify etc.). Alguns
municípios fizeram lei municipal proibindo transporte de passageiros por aplicativo. O STF
entendeu que essa proibição por lei municipal ofende, viola o princípio da livre iniciativa e da
liberdade econômica.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Aragonê Fernandes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS II
A presente aula ainda trata sobre os princípios fundamentais da CF, que aparecem do
art. 1º ao 4º. O art. 1º é estudado de forma separada, pois tem junto a si toda uma carga
de teoria. Passaremos a tratar dos artigos seguintes. Em relação ao Art. 2º, pode ser que
seja cobrada a letra fria da Lei, mas pode ser que se adentre a doutrina ou a história sobre
o assunto.
TEXTO CONSTITUCIONAL
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
História, política e direito andam de mãos dadas e estão sempre lado a lado. Na época
da Revolução Francesa e dos iluministas, Montesquieu falava que o poder era um só; mas
para que se possa organizar melhor o poder público (Estado), ele sugeriu uma divisão tripar-
tite: Executivo, Legislativo e Judiciário. Esses 3 poderes deveriam trabalhar em harmonia,
de modo que cada um tivesse funções principais e secundárias e nenhum se sobrepusesse
aos demais.
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Montesquieu dizia que cada poder tem sua função principal (típica) e também exerce fun-
ções secundárias (atípicas); ou seja, todo mundo faz tudo:
15m
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O julgamento do STF a respeito da súmula do nepotismo, por exemplo, nasceu para veri-
ficar a validade de uma resolução editada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
TEXTO CONSTITUCIONAL
Uma dica que alguns alunos utilizam para memorizar para provas é: quando o verbo esti-
ver no infinitivo, é parte do art. 3º. Mas nem sempre funciona, pois a banca pode elaborar uma
20m
questão falando, por exemplo, que a construção de uma sociedade livre, justa e solidária é um
objetivo fundamental, o que está correto.
Esses objetivos são normas programáticas, metas a serem alcançadas. Um bom mnemô-
nico para memorizá-los é CON – GA – PRO – ER – RE, com as iniciais de cada verbo dos
incisos acima.
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TEXTO CONSTITUCIONAL
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social
e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
de nações.
ATENÇÃO
Algumas provas modificam o parágrafo único, dizendo que essa busca por integração é dos
povos da América do Sul, por exemplo.
25m
Dois incisos que têm caído com muita frequência em provas são o VIII e o X.
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Princípios Fundamentais II
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Asilo político é menor que refúgio político. Asilo político é dado em caso de perseguição
política; já o refúgio é dado em caso de perseguição política, sexual, religiosa, étnica etc. A
concessão de asilo político é ato administrativo discricionário; a concessão de refúgio é ato
administrativo vinculado.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
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O ponto da Constituição que mais costuma cair em provas de concursos é o Título II, que
trata dos Direitos e Garantias Fundamentais e vai do art. 5º (o maior da nossa CF) ao 17.
Relatividade
•
Não há direito absoluto. Um importante doutrinador internacional, Norberto Bobbio, tem
um livro clássico chamado A Era dos Direitos. Para ele, existem 2 direitos absolutos: o direito
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de não ser torturado e o direito de não ser escravizado. Entretanto, não é esse entendimento
5m
que prevalece no cenário interno, na jurisprudência do STF ou nas bancas de concursos. Se
não há direito absoluto, é claramente possível haver choque entre direitos constitucionais.
Ex. 1: diariamente nos noticiários vemos informações sobre a vida de pessoas famosas.
Entram em choque aí os direitos de liberdade de expressão e de intimidade da vida privada.
Não existe hierarquia entre normas da Constituição; em caso de choque entre normas origi-
nárias (que constam na CF desde seu nascimento), nenhuma delas será considerada incons-
titucional. Muito se fala que é preciso, então, adotar a regra da ponderação, como em uma
balança; no caso concreto, vê-se qual tem o peso maior.
Ex. 2: o programa Pânico na TV tinha uma brincadeira de perseguir pessoas famosas para
fazê-las calçarem a “sandália da humildade”. A atriz Carolina Dieckmann foi tão importunada
por eles que entrou com uma ação judicial pedindo um mandado de distanciamento de pelo
menos 100 metros. Os rapazes do programa então colocaram em uma escada grande, como
a dos bombeiros, um megafone e chinelos, abrindo-a por mais de 100 metros até à janela do
apartamento da atriz, pedindo pelo megafone que ela os calçasse. Eles foram depois multados
pela justiça. Nesse caso, de um lado havia o direito dela de intimidade da vida privada, e do
outro o deles de liberdade de expressão. Até pessoas públicas como a atriz ou um político têm
10m
direito à intimidade da vida privada, mesmo que em um grau menor que um cidadão comum.
Ex. 3: uma pessoa sabe que uma revista irá publicar uma matéria contra ela dentro de
alguns dias. De acordo com o STF, se a pessoa entrar na justiça para que a matéria não seja
divulgada e a revista não vá para as bancas, tem-se uma forma de censura prévia. Não há hie-
rarquia entre os direitos fundamentais; mas, no conflito entre eles, a liberdade de expressão
tem prioridade e, se for o caso, a pessoa pode agir depois com o Poder Judiciário responsabi-
lizando o veículo de comunicação criminalmente, por responsabilidade civil etc.
Imprescritibilidade
•
A pessoa não perde o direito de agir. De acordo com o Código Civil, os direitos da pessoa
à personalidade (à honra, ao nome) são imprescritíveis, em regra. Entretanto o direito à pro-
priedade é uma exceção.
Ex.: a pessoa tem um sítio nos arredores de Brasília ao qual não vai há 20 anos, encon-
trando-se o local "abandonado". Passado esse tempo, ela decide ir lá e, ao chegar, depara-se
com uma família ali morando. Nessa situação, há a chamada usucapião.
15m
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• Inalienabilidade
Em regra, não é possível vender; mas alguns têm repercussão econômica e é possível
a venda. O próprio professor, por exemplo, abre seu direito de imagem e direito autoral para
a Gran Cursos explorar economicamente. O mesmo acontece com um jogador de futebol ou
mesmo os participantes do Big Brother Brasil. Em geral, essa venda tem prazo, é algo tempo-
rário, restrito e determinado.
• Irrenunciabilidade
A pessoa não pode, por exemplo, abrir mão de sua vida. É possível abrir mão da integri-
dade física ao permitir, por exemplo, que um médico-cirurgião faça uma cirurgia plástica. No
exemplo apresentado anteriormente, do sítio abandonado, a pessoa renunciou do seu direito
de propriedade, sofreu a prescrição com a usucapião.
Ex.: na França, um anão trabalhava em um circo. Em uma das atrações, ele era usado
como uma bala de canhão. Representantes dos direitos humanos intercederam, mas o anão
dizia que era o trabalho dele. Entretanto, mesmo que a pessoa concorde, as regras trabalhis-
tas não permitiam. O direito fundamental à vida é irrenunciável.
20m
• Historicidade
O § 2º do art. 5º da CF indica que os direitos ali previstos não excluem outros que possam
ser incorporados. As pessoas têm direitos fundamentais e esses vão evoluindo com o passar
do tempo, sendo incorporados ao longo da história. Em 1215, na magna carta do rei João Sem
Terra, quando nasce a ideia de devido processo legal, os direitos fundamentais eram diferen-
tes dos que existem hoje.
O STF recebeu uma ação chamada Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamen-
tal – ADPF na ocasião de uma paralisação do WhatsApp por decisão judicial, que alegava que
o direito fundamental à internet estava sendo violado. O acesso à internet virou um preceito
fundamental, mesmo que não haja qualquer menção na CF/1988; ou seja, o rol previsto é
aberto e permite que outros sejam implementados com o passar do tempo.
25m
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Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
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Dados: pessoas físicas e jurídicas possuem. Vida: pessoa jurídica não possui. Liberdade:
pessoa jurídica não tem locomoção. Não cabe um habeas corpus para pessoa jurídica, mas
cabem habeas data e mandado de segurança.
• Extensão a estrangeiros?
Sim, no que couber, tanto para estrangeiros quanto para apátridas.
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Dentro da Teoria Geral dos Direitos Fundamentais, não é possível fugir de um assunto que
é muito importante: a evolução dos direitos fundamentais.
ATENÇÃO
Aqui se faz necessário um alerta: existe aquilo que é focado na doutrina, sobre evolução dos
direitos fundamentais, e existe aquilo que é cobrado nas provas.
De modo uniforme, CESPE, FCC, FGV, CONSULPLAN etc. perguntam sobre esse tema
de um modo muito peculiar, que é trazendo, basicamente, três gerações ou três dimensões
sobre os direitos fundamentais.
• A burguesia explorava os plebeus, tinha muito dinheiro, produzia riqueza, mas man-
dava/repassava para a nobreza e para o clero.
• A Revolução Francesa foi feita pela burguesia. Esta queria continuar a explorar os ple-
5m
beus e não mandar mais dinheiro para nobreza e clero.
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É o momento em que nasce o primeiro ideal: liberdade (1789). Esse ideal está ligado
a uma atuação negativa do Estado.
• Entre 1914 e 1918, aconteceu a 1ª Guerra Mundial, que ocorreu, basicamente, na
Europa. Quando terminou a 1ª Grande Guerra, a Europa estava destruída, devastada.
O Estado que tinha ficado de fora na época da Revolução Francesa teve que voltar para
atuar. Nesse momento era preciso uma atuação positiva do Estado. É quando nasce o
Welfare State (Estado do Bem-Estar Social).
• Os direitos sociais nascem em 1917, no México. Este não é um país de tanto relevo
no cenário internacional de Direito Constitucional. E por que nasce no México? Por
causa de uma Encíclica Papal – uma carta escrita pelo Papa. A Encíclica Papal cha-
mada Rerum Novarum (Novo Tempo).
10m
Obs.: o Papa não é só uma influência religiosa; é também uma influência política.
• O Papa escreveu a encíclica Rerum Novarum afirmando que era chegado um novo
tempo; o Estado precisava intervir, precisava assegurar direitos sociais para os cida-
dãos. E o México, por ser um país muito católico, foi o primeiro a lançar direitos sociais
dentro da sua Constituição.
• Em 1918, no Áustria; em 1919, na Alemanha: direitos sociais nas Constituições (Kelsen).
• 1970 – Direitos de Fraternidade. É pensar no coletivo. Aqui surgem os direitos difusos,
coletivos, individuais homogêneos, transindividuais, metaindividuais.
É só fechar o olho e pensar: todo mundo precisa disso? Então é direito de 3ª Geração.
– Quem é consumidor? Todo mundo, sem exceção.
– Quem precisa de um meio ambiente equilibrado para as presentes e futuras gera-
ções? Todo mundo.
Pode ser consumidor, meio ambiente, aposentadoria. Tudo isso pode entrar aqui.
Nos direitos de fraternidade, começa-se a se pensar no princípio da solidariedade.
• É dentro da ideia de princípio da solidariedade, de fraternidade que – por exemplo – foi
declarada constitucional, foi declarada a validade da contribuição dos inativos quando,
em 2003 – EC n. 41/2003 –, a Reforma da Previdência colocou para servidores púbicos
a obrigatoriedade de contribuir mesmo após a aposentadoria.
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Foi para o STF e a alegação que se tinha era que a EC n. 41/2003 feria, ofendia o direito
adquirido. No STF prevaleceu por 9 x 2 o placar de que era válida a contribuição dos inativos
dentro dessa premissa de que todo mundo precisa se sacrificar um pouquinho para não faltar
dinheiro para as próximas gerações.
RELEMBRANDO
Liberdade – 1789
Igualdade – 1917
Fraternidade – 1970
Obs.:
• Art. 5º da CF e direitos políticos.
• Atuação negativa do Estado.
15m
2ª Geração/Dimensão: “Igualdade” – Welfare State ou Estado do Bem-estar Social (direi-
tos sociais, culturais e econômicos)
Obs.:
• Atuação positiva do Estado.
• Art. 6º ao art. 11; art. 193 ao 232 (CF).
ATENÇÃO
– Estado do bem-estar social: quando a Europa estava devastada era preciso fazer frente a
essa necessidade e regular as relações entre patrão e empregado para evitar, para coibir um
excessivo agir por parte do patrão. É aí que vem a implementação de direitos sociais.
– A primeira Constituição do Brasil a tratar de direitos sociais foi a de 1934. O Presidente
Getúlio Vargas era chamado “pai dos pobres”, porque ele trouxe muitos direitos sociais.
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Entretanto não era um movimento exclusivo do Vargas, era um movimento do mundo e que
aconteceu em 1917 no México e 1919 na Europa. Vargas apenas se encaixou no seu tempo
histórico.
– A primeira Constituição do Brasil foi em 1824; a segunda, em 1891. Nessas ninguém falava
em direitos sociais. A próxima foi em 1934. Então o que aconteceu é que Vargas encaixou
em um momento histórico e não porque ele era o pai dos pobres; era um movimento mundial
de trazer direitos sociais para a Constituição.
ATENÇÃO
Em regra, as bancas param na 3ª geração/Dimensão.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
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TEXTO CONSTITUCIONAL
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
5m brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Princípio da Igualdade
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
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A ideia de igualdade material foi desenvolvida por Aristóteles. No direito brasileiro, na rea-
lidade brasileira, o primeiro a trazer a ideia de Aristóteles foi Rui Barbosa;
Igualdade formal significa dar tratamento igual a todo mundo; todo mundo no mesmo
“balaio”. Acontece que tratar todo mundo da mesma forma às vezes acaba gerando uma desi-
gualdade. Se não tratar as pessoas de forma diferente é que nasce a desigualdade.
Igualdade em sentido material (também chamada de Aristotélica) significa tratar os iguais
de maneira igual; e os desiguais de maneira desigual, igualando-os na medida de sua desi-
gualdade. A ideia é equilibrar no direito o que a vida desequilibrou.
Exemplo: ao pensar em um concurso público que tem cotas de vagas para PCD (Pessoa
com Deficiência) – A nota de corte dessa cota, normalmente, é mais baixa. Por que existe
reserva de vagas para eles? Porque, em regra, a vida para eles é mais difícil. Então, a cota
funciona como uma compensação, tratando o desigual com a nota de corte mais baixa. É como
se fosse uma chance a mais de ele entrar. É equilibrado no direito, o que a vida desequilibrou.
Cotas para PCD, normalmente, não geram muita discussão. Mas ao falar em cotas raciais
há muitas discussões especialmente decorrentes da miscigenação do povo brasileiro. No
10m
entanto existe uma questão indiscutível: os negros é que foram escravizados no país.
Em 2014, no âmbito federal nasce uma lei estabelecendo que haveria reserva de 20% das
vagas para negros no âmbito do executivo federal. Por que não valia para todas as esferas de
governo? Por conta da autonomia. Quando isso foi questionado no STF, este entendeu pela
validade da lei e estendeu para toda a esfera federal (Executivo, Legislativo, Judiciário, MPU,
TCU, CGU, Forças Armadas etc.). Municípios e estado precisaram propor as próprias leis.
• Você concordar ou não com as cotas para negros não está em discussão.
• O critério da autodeclaração é válido, assim como são válidas as comissões fazendo o
controle para saber se alguém está tentando ou não burlar a regra.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
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Exemplo – UNB
15m
Quem está aqui é o indivíduo da ampla concorrência. Observe que ele tem nota maior do
que na cota, mas está fora.
• Foi dentro dessa premissa, dentro dessa discussão que chegou ao STF para saber se
as cotas nas universidades feriam o critério meritocrático.
Por unanimidade o STF decidiu que pode ter cota em universidade e centro de pesquisa,
porque, de um lado, está se prestigiando o critério meritocrático – entram os melhores da
ampla concorrência e os melhores das cotas –; do outro lado está se prestigiando a ideia da
igualdade material – dando oportunidade para o pessoal que está na cota.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra-
sileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade [...].
É para todos que estejam no Brasil, não apenas que residem (moram).
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
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Não. Sem emprego, como ele vai ter direito aos benefícios da execução? O STF entende
que mesmo nessas condições o estrangeiro em situação irregular tem direito aos benefícios
da execução.
Voltando-se ao Texto Constitucional...
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
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Ao tratar de direito sucessório, o Código Civil tratava de formas diferentes a pessoa que
vinha do casamento e a pessoa que vinha da união estável.
No casamento = Cônjuge
Na união estável = Companheiro(a)
O cônjuge sobrevivente tinha mais direitos do que o companheiro sobrevivente. Essa dife-
renciação estava disposta no art. 1.790 (Código Civil). Esse artigo foi considerado inconstitu-
cional pelo STF. Hoje, tanto do casamento quanto da união estável, o direito sucessório traz
os mesmos direitos para quem sobrevive.
Para o STJ, a candidata que está amamentando tem direito à 2ª chamada do curso
de formação.
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preparada e ministrada pelo professor Aragonê Fernandes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos II
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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
CF/88:
Art. 5º (…)
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
O princípio da reserva legal exige lei em sentido estrito, formal. A legalidade tem viés mais
amplo, ou seja, pode-se fazer qualquer coisa, desde que não haja norma proibindo.
No art. 62, § 1º, da CF, institui-se que é vedada a edição de medida provisória em direito
penal, de modo que não há margem para que seja editada uma MP em direito penal. Não há
diferenciação em relação à MP ser benéfica ou maléfica ao acusado. O dispositivo mencio-
nado foi adicionado por meio da EC 32/2001.
ANOTAÇÕES
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Em 2000, o STF entendeu que a MP benéfica ao réu poderia ser editada; enquanto a
MP maléfica ao acusado não poderia. Assim, em relação às normas prejudiciais, não há que
se falar em edição de MP, bem como em relação às normas benéficas. Entretanto, em se
tratando provas discursivas, deve-se considerar que a doutrina – de certa forma – permite a
edição de MP benéfica ao réu.
5m
O STF entende que o exame psicotécnico é válido e não pode ser questionado se estiver
previsto em lei e no edital, tiver critérios objetivos de correção e possibilidade de recurso na
via administrativa.
PEGADINHA DA BANCA
A banca costuma tentar confundir o candidato usando palavras como “prescinde” para
induzi-lo ao erro. O exame psicotécnico precisa de lei, logo ele não prescinde (não dis-
pensa) de lei.
10m
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Tatuagens
No Estado do Rio Grande do Sul uma lei ambiental permitia o sacrifício de animais em
rituais religiosos, citando os rituais de matriz africana. Entretanto, outras religiões também
fazem o sacrifício de animais. Prevaleceu o entendimento do STF de que é válido o sacrifício
de animais em rituais religiosos, independentemente do consumo da carne e de a religião ser
de matriz africana.
20m
ANOTAÇÕES
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Exemplo: uma pessoa se recusa a cumprir o serviço militar obrigatório por convicções
filosóficas. Nesse caso, institui-se a prestação alternativa de desempenho da função de por-
teiro do Ministério da Justiça pelo período de um ano. Haverá, portanto, a privação de um
direito, pois houve recusa de cumprimento da prestação alternativa.
Em geral, as bancas trazem o entendimento de que o não cumprimento da prestação
alternativa acarreta perda dos direitos políticos.
25m
Algumas religiões são sabatistas (ex.: adventista, judeu ortodoxo), isto é, guardam o
sábado. Por isso, há dificuldades em aplicar provas aos sábados e fazer com que um ser-
vidor trabalhe aos sábados durante seu estágio probatório ou mesmo depois de adquirida
a estabilidade. Devido a essa problemática, o STF entendeu que é possível a aplicação de
provas em datas ou horários distintos, devendo se considerar a razoabilidade, a preservação
da igualdade entre candidatos e o ônus à Administração – que não pode ser desproporcional.
A Administração deve decidir de forma fundamentada.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos II
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Se uma pessoa sabe que uma matéria contra ela será publicada em determinada revista,
ela pode não pedir que a revista não vá para as bancas. Segundo o STF, isso caracterizaria
censura prévia e uma medida excepcionalíssima. Só seria possível impedir que a revista vá
para as bancas se ficar comprovado de forma incontestável que se trata de uma notícia falsa.
Portanto, em regra, deve-se prestigiar a reportagem, a liberdade de expressão.
ANOTAÇÕES
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Por outro lado, após publicada a reportagem, nada impede que seja pedido o ressarci-
mento por dano moral e dano material na esfera cível. Além disso, é possível buscar a pena-
lização na esfera penal, bem como a reparação e o direito de resposta.
Disque-Denúncia
O disque-denúncia permite o anonimato para proteger aquele que faz a denúncia. A veda-
ção ao anonimato se aplica àquele que acusa outra pessoa, por exemplo. Por isso, mesmo
nas manifestações, não é permitido o uso de máscaras.
35m
Chegou ao STF uma situação em que um religioso estava ofendendo outras religiões.
Para isso, ele pregava desmoralizando outras religiões. O STF entendeu que tal situação
configurava discurso de ódio e era possível a responsabilização penal. Portanto, a liberdade
de expressão não é um valor absoluto, logo, admite exceção, a exemplo do hate speech.
A denúncia anônima, por si só, não pode deflagrar toda a persecução penal. Quando é
feita a denúncia apócrifa, cabe à autoridade policial fazer as diligências preliminares.
40m
Direito ao Esquecimento
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos III
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Texto Constitucional
Obs.: a Constituição fala em dano moral, material e à imagem, no entanto o dano estético
tem aparecido com frequência em provas.
• Formas de ressarcimento:
– O ressarcimento pode ser através da tutela ressarcitória (em dinheiro) ou através da
tutela inibitória (impedimento da continuidade do ato).
ANOTAÇÕES
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos III
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Texto Constitucional
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial;
Para as provas que cobrarem a Nova Lei de Abuso, vale o que está na Lei n. 13.869/2019.
Para as provas de Direito Constitucional, pode-se usar uma mescla entre os critérios físi-
cos e o critério legal.
20m
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos III
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Inviolabilidade de Domicílio
De acordo com o STF, não se pode presumir a má-fé dos policiais. Em regra, é necessário
que haja uma justificativa por parte dos policiais, com fundados indícios da prática criminosa.
Do contrário, a entrada poderá, sim, ser considerada abuso de autoridade.
• O cheiro de droga e a autorização para ingresso em domicílio:
25m
– O cheiro da droga é indício de prática delitiva e permite a entrada de policiais na
residência.
• A relativização do ingresso no período noturno por ordem judicial:
– É permitido o ingresso à noite para os casos em que seja necessária a colocação de
escuta ambiental.
Obs.: somente deve ser considerada essa possibilidade se o item da questão conduzir a ela.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV
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INVIOLABILIDADE DE SIGILOS
CF/1988
Art. 5º (…)
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
Quebrar o sigilo das comunicações telefônicas é mais difícil do que quebrar os demais
sigilos. CPI pode quebrar o sigilo da correspondência, das comunicações telegráficas e
de dados, mas não pode quebrar o sigilo das comunicações telefônicas. Mesmo no Poder
Judiciário, a quebra do sigilo das comunicações telefônicas não se aplica a qualquer processo,
apenas à investigação criminal. Assim, diante da investigação de um ato de improbidade, por
exemplo, não é possível quebrar o sigilo das comunicações telefônicas.
O sigilo de dados se refere aos dados bancários, fiscais e telefônicos. O sigilo dos dados
telefônicos se refere ao extrato da conta, isto é, para quem a pessoa ligou e quem ligou para
ela. O sigilo das comunicações telefônicas se refere à interceptação telefônica e à escuta.
• Pode quebrar qualquer um dos sigilos, desde que o faça de forma fundamentada. A
quebra do sigilo das comunicações telefônicas só se dá na esfera criminal, na fase de
investigação ou de instrução.
• Inexistência de direito absoluto.
– De um lado, tem-se a intimidade e a privacidade das pessoas. De outro lado, tem-se
o poder-dever do Estado de reprimir a prática de crimes.
• A quebra é sempre medida excepcional.
ANOTAÇÕES
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV
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Prevalece a orientação de que o Ministério Público não pode quebrar sigilos, devendo
requerer a providência ao Poder Judiciário.
ATENÇÃO
O MP poderia ter acesso a contas pertencentes à Prefeitura, independentemente de
autorização judicial, porque nesse caso o poder público seria o titular da conta. Como se
tratam de contas públicas, há a incidência do princípio da publicidade. Se as contas fossem
do Prefeito, deveria haver o pedido de autorização na justiça.
Embora possua os chamados poderes implícitos, os TCs não podem quebrar sigilos,
devendo requerer a providência ao Poder Judiciário.
ANOTAÇÕES
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV
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ATENÇÃO
Chegou na jurisprudência do STF um mandado de segurança contra o TCU, impetrado
pelo BNDES, o qual é uma instituição pública de fomento, incentivo à atividade econômica.
O BNDES emprestou grande quantia de dinheiro ao grupo JBS/FRIBOI. Quando o Tribunal
de Contas da União viu a grande quantia emprestada, pediu o contrato para fiscalizar.
O BNDES argumentou que havia o sigilo do contrato. O STF afirmou que a quebra de
sigilo não era possível, mas há a possibilidade de requisição/acesso, pelo TCU, de
informações constantes no contrato.
15m
O STF entende que entre 1988 e 1996, como não havia lei, não era possível fazer a
quebra do sigilo das comunicações telefônicas.
25m
ANOTAÇÕES
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IV
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos V
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Classificação da Norma
A classificação tradicional das normas do direito constitucional foi criada por José Afonso
da Silva, que fala de normas de eficácia plena, contida e limitada. Segundo ele, a norma de
eficácia limitada se desdobra em: de princípio institutivo e de caráter programática. Normal-
mente, o examinador coloca quatro normas no edital: plena, contida, limitada e programática.
O XIII do art. 5º da Constituição é o dispositivo mais cobrado como exemplo de norma de
eficácia contida.
A norma de eficácia contida é aquela que nasce com aplicabilidade direta, imediata e
integral. Essa norma será integral até ser contida. Para exercer algumas atividades profissio-
nais, a lei traz requisitos. A regra é a liberdade, a desnecessidade. Porém, quando a atividade
desenvolvida tiver potencial de lesividade para a população, são necessários requisitos, a
exemplo do exercício da medicina e da advocacia.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos V
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos V
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Uma mulher engravidou, mas o pai da criança não quer pagar pensão. A mãe da criança
entra judicialmente buscando pensão para a criança. O direito é da criança, mas está sendo
buscado pela mãe, sua representante. A mãe busca direito alheio em nome alheio.
Na representação processual, a parte age em nome alheio buscando interesse alheio. Na
substituição, a parte age em nome próprio em defesa de interesse alheio.
Exemplo:
Os juízes do DF têm uma associação chamada AMAGIS. Um juiz entende que tem direito
a receber um valor retroativo. Ele pode entrar sozinho, assim como os demais juízes, na
justiça ou pode pedir para associação entrar para todos eles. A associação pode entrar em
forma de representação processual ou de substituição processual.
Na representação, a Constituição exige que a associação pegue autorização expressa
dos associados, porque a associação age em nome alheio. Nesse caso, não basta a previ-
são no estatuto social. Por outro lado, quando houver substituição processual, não é exigida
a autorização expressa, porque a associação age em nome próprio.
25m
A decisão só beneficia quem estava na associação no momento do ajuizamento. Assim,
quem entra depois não tem direito ao benefício.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos VI
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ATENÇÃO
Não confundir BO com denúncia, pois denúncia é o nome técnico de uma peça que o
Ministério Público vai propor.
Obs.: há alguns anos, cobrava-se para emitir certidões negativas (nada consta). Atualmen-
te, essas certidões não são mais cobradas, pois o Conselho Nacional de Justiça de-
cidiu que, por ser um direito de certidão, não poderia ser cobrado. O Poder Público
tomou para si o cartório e com isso, a cobrança foi extinta.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos VI
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Muitas pessoas, no Brasil, são indigentes e só se descobre que nunca tiveram um docu-
mento formal de identificação quando são presos pelo cometimento de um crime.
Aqueles que não possuem documento formal de identificação não conseguem benefícios
do governo, pois ele não existe formalmente.
TEXTO CONSTITUCIONAL
O PULO DO GATO
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos VI
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TEXTO CONSTITUCIONAL
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condena-
tória;
Esse dispositivo tem vários nomes, que podem variar de concurso para concurso.
Pode ser chamado de Princípio da Presunção de Inocência (mais comum), Princípio do
Estado de Inocência, Princípio da Não Culpabilidade.
Estudaremos dois dispositivos do Código de Processo Penal que ajudarão no entendi-
mento da matéria:
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e funda-
mentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude
de condenação criminal transitada em julgado.
• Flagrante
• Prisão cautelar:
– Preventiva;
– Temporária;
• Em virtude de condenação criminal transitada em julgado
Essa foi uma mudança de 2019, feita pelo Congresso Nacional e envolve o julgamento
de prisão em segunda instância.
10m Como não traz escrito Prisão em segunda instância, haverá a fundamentação de decisão
do Supremo Tribunal Federal que é o esquema do “tira casaco, coloca casaco”.
Trabalharemos, abaixo, o conceito de possibilidade de prisão após o julgamento em
segunda instância.
ANOTAÇÕES
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos VI
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Na CF, temos que ninguém é culpado antes do trânsito em julgado. Mas em 1991, houve
a decisão do Supremo que consta no quadro acima (28.06.1991).
Ser possível fazer a execução provisória da pena significa que, depois que se julgou na
primeira e segunda instâncias, com condenação em ambas, expede-se mandado de prisão
e se prende o indivíduo.
Houve o julgamento pelo juiz e a condenação. Entretanto, o indivíduo respondia o pro-
cesso em liberdade. Recorreu-se ao tribunal de justiça que manteve a condenação (o indiví-
duo estava recorrendo em liberdade).
O indivíduo foi condenado a 10 anos (roubo) e o juiz permitiu que ele respondesse ao
processo em liberdade. Se isso ocorre, não havia fundamento para a prisão cautelar.
Quando se entra com recurso de apelação, esse recurso é dotado de efeito suspen-
sivo (mesmo condenado, o indivíduo pode responder em liberdade). A partir daqui, quando
o Tribunal de Justiça manteve a condenação, em regra, o processo acaba, devido ao duplo
grau de jurisdição. É possível, excepcionalmente, que se consiga subir para o STJ (recurso
especial) e para o STF (recurso extraordinário). Entretanto, ambos os recursos (especial e
extraordinário) são sem efeito suspensivo.
Se há o feito suspensivo, ao se entrar com o recurso, o efeito (condenar o indivíduo a 10
anos e prisão) será suspenso. Ao se julgar no Tribunal de Justiça, pode-se, ainda, subir, mas
ao entrar como recurso, não haverá efeito suspensivo.
ANOTAÇÕES
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Esse era o fundamento que o Supremo Tribunal Federal usava e usou no caso do ex-pre-
sidente Lula (quando o então juiz Sérgio Moro condenou Lula, houve recurso ao TRF – crime
federal, que aumentou a pena e decretou a prisão de Lula, pois o ex-presidente ainda poderia
ir ao STJ e STF, mas os recursos que seriam utilizados não suspenderiam a execução.
15m Em 2009, há a primeira mudança (vide quadro, 05/05/2009): o trânsito em julgado preci-
sava ser aguardado devido ao Princípio da presunção de Inocência (que está na CF, que se
sobrepõe ao Código).
Em 2016 há nova mudança (vide quadro, 17/02/2016), voltando-se ao entendi-
mento original.
Em 2019, ocorre outra mudança (vide quadro, 24/10/2019), na qual precisa-se aguardar
o trânsito. Isso é o que vale atualmente.
Por que isso ocorre? Porque a ação declaratória de constitucionalidade veio para dizer
se aquele dispositivo do Código de Processo Penal (283 – CPP) era ou não para ser confir-
mado. O STF confirmou o dispositivo feito pelo Congresso: ou se prende em flagrante (não
era o caso), ou se prende em prisão preventiva ou temporária (não era o caso) ou somente
quando a condenação transitar em julgado. Logo, todos os que estavam presos, mas não
havia fundamento para a preventiva, puderam responder em liberdade.
Exemplos: Suzane von Richthofen e o casal Nardoni não responderam em liberdade
porque havia fundamentação para a prisão preventiva; havendo essa fundamentação, pode-
-se prender a qualquer momento (antes ou depois da segunda instância).
O que prevalece hoje no Supremo Tribunal Federal é que se não houver flagrante, pre-
ventiva ou trânsito em julgado, não se pode expedir mandado de prisão somente pelo fato de
se ter julgado à segunda instância.
A exceção é o tribunal do júri, devido à soberania dos veredictos. Nesse caso, vale a
regra específica
Art. 492. Em seguida, o presidente (juiz do Tribunal do Júri) proferirá sentença que:
I – no caso de condenação:
(...)
e) mandará o acusado recolher-se (se vinha solto) ou recomendá-lo-á à prisão em que se
encontra (se vinha preso), se presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de con-
denação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução
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provisória das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do
conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos;
20m
Tudo aquilo que precisa haver fundamentação para a preventiva ou somente no trânsito
em julgado, aqui não prevalece se a condenação for acima de 15 anos. Acima de 15 anos, o
sujeito vai preso, não importando se vinha preso ou solto. Ele ficará preso até o final. Isso se
dá porque o júri é soberano (sua decisão não mudará). Vale recurso, mas o indivíduo recor-
rerá estando preso.
O PULO DO GATO
Não se esquecer de que, nesse caso, a condenação é referente a uma pena igual ou
superior a 15 anos.
Segundo a CF, ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado da sen-
tença penal condenatória.
Se o sujeito tem inquéritos ou ações penais em andamento, não se pode aumentar a
pena, nem sob o argumento de reincidência, nem sob o argumento de maus antecedentes,
pois vale a presunção de inocência. Até o trânsito em julgado da sentença penal condenató-
ria, o sujeito é primário e de bons antecedentes.
O PULO DO GATO
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos VII
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Ou seja, para favorecer o réu, a norma penal pode retroagir. Já se for para prejudicar o
réu, então não é possível.
Sobre o tema, é importante analisar alguns pontos importantes e que são cobra-
dos em prova.
A Lei Complementar n. 135/2010, também conhecida como Lei da Ficha Limpa, impe-
dia que alguns candidatos pudessem se eleger. No entanto, ela poderia ser aplicada a fatos
anteriores?
O professor cita, como exemplo, o Governador do DF conhecido como Roriz. Após per-
manecer por anos como Governador, Roriz foi eleito como Senador. Todavia, em 2007, por
conta de alguns escândalos de corrupção envolvendo o seu nome, Roriz renunciou ao man-
dato de Senador para escapar de um processo de cassação.
Ocorre que a Lei Complementar n. 135/2010 traz um dispositivo que diz serem inelegí-
veis aqueles que renunciarem ao mandato para escapar de um processo de cassação.
No caso de Roriz, como a renúncia foi em 2007, seria possível considerá-lo inelegível,
mesmo que a Lei seja de 2010?
De acordo com o entendimento do STF, como a Lei Complementar n. 135/2010 não se
trata de norma penal, é possível aplicá-la a fatos anteriores.
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PROVAS ILÍCITAS
CF/1988, Art. 5º
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
É importante perceber que o texto da constituição não fez diferença entre as provas ilíci-
tas e as provas ilegítimas, que são gênero das chamadas provas inadmitidas.
No entanto, é importante lembrar que tanto as ilícitas quanto as ilegítimas não são aceitas
pela CF/1988.
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TRIBUNAL DO JÚRI
CF/1988
Art. 5º
XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
A plenitude de defesa traz um espectro mais amplo do que a ampla defesa. No entanto,
apesar de ser pleno, esse direito de defesa não é absoluto, conforme será estudado
mais adiante.
O sigilo das votações teve uma modificação dentro da norma infraconstitucional, pois, há
algum tempo, passou-se a não abrir todos os votos dos jurados, até mesmo por uma questão
de segurança. Hoje são abertos os votos dos jurados até que quatro deles, ou seja, a maioria,
seja pelo sim ou pelo não.
A soberania dos veredictos é diferente da imutabilidade, assunto que será abordado
mais adiante.
A CF/1988 dispõe que o júri tem competência para julgar os crimes dolosos contra a vida,
contudo não delimita quais são esses crimes.
Nesse sentido, são crimes dolosos contra a vida:
• Homicídio;
• Aborto;
• Infanticídio;
• Instigação, auxílio ou induzimento ao suicídio.
O feminicídio é uma espécie de homicídio qualificado, em que o agente mata a vítima em
razão do sexo feminino.
5m
Por se tratar de um homicídio qualificado, o crime de feminicídio vai a júri popular.
Vale lembrar que feminicídio é diferente de femicídio, pois o segundo é o assassinato de
uma mulher. Já o feminicídio é o assassinato de uma pessoa por ela ser do sexo feminino.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos VIII
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Competência
Ao Tribunal do Júri compete julgar os crimes dolosos contra a vida e os crimes conexos.
O crime culposo, em princípio, não é julgado pelo júri.
Um crime conexo é aquele que tem alguma relação com o crime principal. Exemplo: uma
pessoa mata alguém e esconde o cadáver. Nesse caso, o crime de ocultação de cadáver não
é considerado crime doloso contra a vida, mas sim um crime contra o respeito aos mortos.
Todavia, ao julgar o homicídio, como a ocultação de cadáver estava conexa, os jurados
também irão julgá-lo.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos VIII
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos VIII
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Desporto
No art. 217, a CF/1988 dispõe que o Judiciário não admitirá ações relacionadas a com-
petições desportivas sem o prévio exaurimento na Justiça Desportiva, que é uma instância
administrativa de cunho forçado.
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preparada e ministrada pelo professor Aragonê Nunes Fernandes.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IX
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Texto Constitucional
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegura-
dos o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
O inciso LV trata do devido processo legal, do contraditório e ampla defesa, garantidos nos
processos judiciais e administrativos.
ATENÇÃO
Não há que se falar em contraditório e ampla defesa em inquérito policial, pois este é
procedimento inquisitorial.
DIREITO DE DEFESA
– PAD Penal: aberto na execução penal (ex.: nos casos em que o preso é liberado, mas
não retorna ao presídio).
- Duas punições: perda de 1/3 dos dias remidos ou regressão de regime.
ANOTAÇÕES
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IX
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Súmula Vinculante 14
– A defesa tem acesso aos elementos de prova já documentados.
20m
Texto Constitucional
PENAS PROIBIDAS
• Banimento
– Expulsão de brasileiro do território nacional. O banimento de estrangeiro é permitido.
ANOTAÇÕES
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos IX
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• Trabalhos Forçados
• Cruéis
– Ex.: Prisões em contêiner
• De Caráter Perpétuo
– Limite de pena e benefícios da execução penal:
- Pacote anticrime alterou o limite de 30 para 40 anos.
- Suponha-se que um indivíduo entre em um cinema e mate as 20 pessoas que lá
estiverem. Apesar de matar as 20 pessoas e ter, teoricamente, uma pena acumu-
lada em 400 anos, a duração máxima da pena deverá ser de 40 anos.
25m
- Para que esse agente tenha direito aos benefícios da execução penal (ex.: regime
semiaberto), deverá cumprir a porcentagem calculada com base na pena total, ou
seja, nos 400 anos.
Em resumo, pode-se concluir que os benefícios da execução penal devem ser calculados
sobre a pena total. O agente, portanto, não terá os benefícios da execução penal.
– Duração da medida de segurança:
Súmula 527/STJ: A duração máxima da medida de segurança não poderá ultrapassar a pena abs-
tratamente prevista.
30m
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos X
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CF/1988
Art. 5º
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores
e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
Exemplo: uma pessoa roubou um iPhone cujo valor era de R$ 10 mil. Todavia, o autor do
roubo tinha uma boa condição financeira, sendo o seu patrimônio de R$ 100 mil.
Após o julgamento, o autor foi condenado a uma pena de 5 anos e 4 meses de reclusão,
ao pagamento de 13 dias multa e ao dever de ressarcir a vítima no valor de R$ 10 mil.
Todavia, após cumprir um mês de prisão, o condenado acabou morrendo.
Nesse caso, os 5 anos e 3 meses que restam da pena de reclusão não passarão para os
seus herdeiros. Essa previsão foi inserida na CF/1988, pois houve um momento na história
em que a pena privativa de liberdade passava para os herdeiros.
A pena de multa é considerada uma pena pecuniária, porém também não passará para
os herdeiros, pois é considerada pena.
O que será transmitido para os herdeiros será a obrigação de indenizar a vítima.
Se a pessoa que morreu não tiver deixado patrimônio, os sucessores não precisarão tirar
dinheiro do próprio bolso para ressarcir a vítima, pois a transferência dessa obrigação só vai
até o limite da herança. Logo, se não há herança, não há o que transferir.
5m
CF/1988
Art. 5º
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
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DIREITO DE HERANÇA
CF/1988
Art. 5º
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do “de cujus”;
Tratamento dado a bens de estrangeiros situados no país: regra benéfica aos her-
deiros brasileiros
Exemplo: um alemão se casou com uma brasileira e teve três filhos. No entanto, ao
morrer, esse alemão deixou bens no Brasil.
15m
Nesse caso, a sucessão dos bens que foram deixados pelo alemão pode seguir a lei bra-
sileira ou a lei alemã. A regra é que será utilizada a lei mais favorável aos herdeiros brasileiros.
Trata-se do chamado direito de preferência.
ATENÇÃO
A banca CESPE já perguntou em uma prova se o princípio do prélèvement é adotado no
Brasil, na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Introdução às Normas do Direito Bra-
sileiro (LINDB).O item estava correto, pois o chamado princípio do prélèvement se refere
justamente a essa ideia de que prevalece a regra mais benéfica aos herdeiros brasileiros.
DIREITO DE PROPRIEDADE
CF/1988
Art. 5º
XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos X
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Expropriação
A expropriação é a retirada da propriedade de:
• terras nas quais se cultive substâncias psicotrópicas; e
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos X
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Assim, a discussão que chegou ao STF foi se um ente público maior poderia requisitar
um bem de um ente público menor.
35m
No caso específico da requisição de bens de SP pela União, o STF entendeu que isso
não seria possível, pois o texto da Constituição traz expressamente a expressão “proprie-
dade particular”.
Assim, a regra é que um ente federativo não pode requisitar bens de um ente menor.
Todavia, isso será possível nas hipóteses de estado de sítio.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos XI
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XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura,
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
ATENÇÃO
A Constituição Federal não tipifica crimes, mas sim estipula mandados de criminalização.
• Regime prisional: a redação original previa o cumprimento integral da pena sob regime
fechado. Considerada inconstitucional, foi substituída por instrumento que previa apenas
o início do cumprimento da pena sob regime fechado. Atualmente, não se admite mais
essa hipótese, também inconstitucional e sendo vigente as disposições do art. 33, CP,
sendo o regime prisional diretamente depende da pena a ser cumprida;
ANOTAÇÕES
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos XI
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• (im)possibilidade
de o STF restringir os limites do decreto presidencial de indulto:
segundo o STF, o Presidente da República possui plena liberdade para elaboração
dos indutos, desde que sejam respeitados os limites impostos pela constituição.
15m
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;
ATENÇÃO
Apesar de ambas serem penas restritivas de liberdade, os regimes prisionais fechado,
semiaberto e aberto estão previstos na reclusão, enquanto na detenção se aplicam somente
dois regimes: o semiaberto e o aberto.
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Obs.: ainda que não utilize a nomenclatura em seu texto, o instrumento jurídico dispõe sobre
o golpe de estado.
Crimes Imprescritíveis
Racismo:
• inafiançabilidade: cabendo hipótese de liberdade provisória sem o pagamento
de fiança;
20m
• imprescritibilidade: o Estado (Poder Público) nunca perderá seu direito de punir;
• antissemitismo e antissionismo: produzir obra literária ofensiva a judeus, ato não
recebido pela liberdade de expressão;
• homofobia e transfobia: condutas equiparadas pelo Supremo Tribunal Federal ao
racismo na modalidade de racismo social.
ATENÇÃO
O racismo diz respeito a uma coletividade indeterminada, enquanto a injúria racial dispõe-se
sobre uma pessoa específica. Ambos são crimes imprescritíveis, sendo o racismo definido
desta forma pela própria constituição, enquanto a injúria racial tem sua imprescritibilidade
sustentada pelo STF/STJ (jurisprudência).
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos XI
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Princípio da Proporcionalidade/Razoabilidade
Para a maior parte da doutrina constitucional, a proporcionalidade se destaca frente a
razoabilidade, possuindo maior abrangência. Isso ocorre porque ela realiza a inclusão de três
subprincípios: adequação, necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito, a qual
corresponde a própria razoabilidade.
ATENÇÃO
• Princípio implícito: não constam diretamente dispostos na Constituição Federal;
• Aplicação: a proporcionalidade pode ser evidenciada em ambos os sentidos,
podendo ser negativa ou positiva. Ao caminhar para o exagero, a Constituição aborda
a “proibição de excesso” e, ao tratar da redução em excedente, cita a “proibição de
proteção insuficiente/deficiente”;
• Duas faces da mesma moeda: expressão que possui ligação com os dois caminhos
possíveis para a aplicação do princípio: positivo e negativo;
• Subprincípios: adequação, necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos XII
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ATENÇÃO
Cláusula pétrea pode ser modificada (acrescentar). Todavia, ela não pode ser modificada
quando existe tendência que tente aboli-la.
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do pro-
cesso e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos mem-
bros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifes-
tado adesão
Obs.: Em provas de concurso, deve-se estar atento à pergunta supracitada, cuja resposta é
o princípio da razoabilidade do processo.
5m
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Obs.: Nem todos os tratados internacionais que tratem de direitos humanos são considera-
dos emendas constitucionais e(ou) normas supralegais.
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos XII
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Obs.: O Pacto de San José da Costa Rica é o responsável por determinar a ilegalidade da
prisão de depositário infiel (norma supralegal).
ATENÇÃO
15m
Atualmente, para o STF a prisão do depositário infiel é ilícita. Todavia, ela não é
inconstitucional. Trata-se de norma de eficácia contida que nasce de maneira direta,
imediata, mas possivelmente não integral.
LXXVIII – […]
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifes-
tado adesão
Obs.: O Brasil não admite a extradição de brasileiro nato. Todavia, o Brasil aceita a entrega
de brasileiro nato para ser julgado no Tribunal Penal Internacional (Corte de Haia).
20m
LXXVIII – […]
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Obs.: Normas plena e contida têm aplicabilidade imediata. Contudo, normas limitada e pro-
gramática têm aplicabilidade mediata.
25m
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Direitos e Deveres Individuais e Coletivos XII
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§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regi-
me e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa
do Brasil seja parte.
Rol Exemplificativo de DF
30m
• Possibilidade de reconhecimento de novos direitos fundamentais.
• Extensão:
– Assegurados aos brasileiros, estrangeiros e apátridas que estão no território.
– PJ?
- Sim, no que couber!
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