UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

Escola Politécnica Unisinos – São Leopoldo

Teoria Eletromagnética – Prof. Diefferson

PROVA DO GRAU B
Professor
Diefferson Rubeni GABARITO

P1.
A lei de Gauss afirma que "
𝜖 0 𝑬® · 𝑑 𝒔® = 𝑄 envolvida
𝑆
A distribuição de carga apresenta simetria cilíndrica. Portanto, o campo elétrico dever ser cilindricamente simétrico,
ou seja, ele é radial e sua intensidade depende da distância 𝑑 até o centro da distribuição de carga: 𝑬® = 𝐸 (𝑑) 𝑟.
ˆ Em
cada caso, utilizaremos uma superfície gaussiana na forma de um cilindro com raio 𝑑 e altura 𝐿.

• Quando 0 < 𝑑 < 1 m, a carga envolvida pela gaussiana é

𝑄 envolvida = 0

Além disso,
" ¨ ˆ 𝐿 ˆ 2𝜋
𝜖 0 𝑬® · 𝑑 𝒔® = 𝜖 0 𝐸 (𝑑) 𝑟ˆ · 𝑑𝑠𝑟 𝑟ˆ = 𝜖0 𝐸 (𝑑) 𝑑𝑑𝜙𝑑𝑧 = 𝜖0 𝐸 (𝑑) (2𝜋𝑑𝐿) = 2𝜋𝜖0 𝑑𝐿𝐸 (𝑑)
𝑆 𝑧=0 𝜙=0

Portanto, "
𝜖 0 𝑬® · 𝑑 𝒔® = 𝑄 envolvida ⇒ 2𝜋𝜖0 𝑑𝐿𝐸 (𝑑) = 0 ⇒ 𝐸 (𝑑) = 0
𝑆
Ou seja,
𝑬® (0 < 𝑟 < 1 m) = 0𝑟ˆ

• Quando 1 m < 𝑑 < 3 m, a carga envolvida pela gaussiana é

˚
𝑄 envolvida = 𝜌 𝑣 𝑑𝑣 ′
ˆ 𝐿 ˆ 2𝜋 ˆ 𝑑
𝑉

= 𝜌 𝑣0 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝜙𝑑𝑧
𝑧=0 𝜙=0 𝑟=1
ˆ 𝐿 ˆ 2𝜋 ˆ 𝑑
= 𝜌 𝑣0 𝑑𝑧 𝑑𝜙 𝑟 𝑑𝑟
𝑧=0 𝜙=0 𝑟=1
2 𝑑
 
𝑟
= 𝜌 𝑣0 (𝑧) 0𝐿 (𝜙) 20 𝜋
2 1
𝑑2 1
 
= 𝜌 𝑣0 (𝐿) (2𝜋) −
2 2
 
= 𝜌 𝑣0 𝐿𝜋 𝑑 2 − 1

Além disso,
" ¨ ˆ 𝐿 ˆ 2𝜋
𝜖 0 𝑬® · 𝑑 𝒔® = 𝜖 0 𝐸 (𝑑) 𝑟ˆ · 𝑑𝑠𝑟 𝑟ˆ = 𝜖0 𝐸 (𝑑) 𝑑𝑑𝜙𝑑𝑧 = 𝜖0 𝐸 (𝑑) (2𝜋𝑑𝐿) = 2𝜋𝜖0 𝑑𝐿𝐸 (𝑑)
𝑆 𝑧=0 𝜙=0

Portanto,
"
𝜌 𝑣0 𝑑 2 − 1
 

® 2
𝜖0 𝑬 · 𝑑 𝒔 = 𝑄 envolvida ⇒ 2𝜋𝜖 0 𝑑𝐿𝐸 (𝑑) = 𝜌 𝑣0 𝐿𝜋 𝑑 − 1 ⇒ 𝐸 (𝑑) =
®
𝑆 2𝜖 0 𝑑

1
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Ou seja,
𝜌 𝑣0 𝑟 2 − 1


𝑬® (1 m < 𝑟 < 3 m) = 𝑟ˆ
2𝜖0 𝑟

• Quando 𝑑 > 3 m,
˚
𝑄 envolvida = 𝜌 𝑣 𝑑𝑣 ′
ˆ 𝐿 ˆ 2𝜋 ˆ 3
𝑉

= 𝜌 𝑣0 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝜙𝑑𝑧
𝑧=0 𝜙=0 𝑟=1
ˆ 𝐿 ˆ 2𝜋 ˆ 3
= 𝜌 𝑣0 𝑑𝑧 𝑑𝜙 𝑟 𝑑𝑟
𝑧=0 𝜙=0 𝑟=1
3
𝑟2

= 𝜌 𝑣0 (𝑧) 0𝐿 (𝜙) 20 𝜋
2 1
 
9 1
= 𝜌 𝑣0 (𝐿) (2𝜋) −
2 2
= 8𝜌 𝑣0 𝐿𝜋

Além disso,
" ¨ ˆ 𝐿 ˆ 2𝜋
𝜖 0 𝑬® · 𝑑 𝒔® = 𝜖 0 𝐸 (𝑑) 𝑟ˆ · 𝑑𝑠𝑟 𝑟ˆ = 𝜖0 𝐸 (𝑑) 𝑑𝑑𝜙𝑑𝑧 = 𝜖0 𝐸 (𝑑) (2𝜋𝑑𝐿) = 2𝜋𝜖0 𝑑𝐿𝐸 (𝑑)
𝑆 𝑧=0 𝜙=0

Portanto, "
4𝜌 𝑣0
𝜖 0 𝑬® · 𝑑 𝒔® = 𝑄 envolvida ⇒ 2𝜋𝜖0 𝑑𝐿𝐸 (𝑑) = 8𝜌 𝑣0 𝐿𝜋 ⇒ 𝐸 (𝑑) =
𝑆 𝜖0 𝑑
Ou seja,
4𝜌 𝑣0
𝑬® (𝑟 > 3 m) = 𝑟ˆ
𝜖0𝑟

P2.
Seguindo o Exemplo 7.1, podemos escrever

tan 𝜃 baixo 𝜖 baixo

=
tan 𝜃 cima 𝜖 cima

Assim,
   
tan 𝜃 1 𝜖1 𝜖1 3𝜖0
= ⇒ 𝜃 1 = arctan tan 𝜃 0 = arctan tan 45º ≈ 71, 57º
tan 𝜃 0 𝜖0 𝜖0 𝜖0
   
tan 𝜃 2 𝜖2 𝜖2 5𝜖0
= ⇒ 𝜃 2 = arctan tan 𝜃 1 = arctan tan 71, 57º ≈ 78, 69º
tan 𝜃 1 𝜖1 𝜖1 3𝜖0
   
tan 𝜃 3 𝜖3 𝜖3 7𝜖0
= ⇒ 𝜃 3 = arctan tan 𝜃 2 = arctan tan 78, 69º ≈ 81, 87º
tan 𝜃 2 𝜖2 𝜖2 5𝜖0

P3.
a) De acordo com a lei de Ampère, ˛
® · 𝑑𝒍 = 𝐼envolvida
𝑯

Seguindo o Exemplo 9.1, o campo gerado pelo fio é

® = 𝐼 𝜙ˆ = 20 𝜙ˆ ≈ 10 𝜙ˆ
𝑯
2𝜋𝑟 2𝜋𝑟 𝜋𝑟

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b) Na região onde o laço se encontra, podemos escrever

® = 𝜇0 10 (−𝑥)
𝑩® = 𝜇0 𝑯 ˆ =−
10𝜇0
𝑥ˆ
𝜋𝑟 𝜋𝑦

Logo, o fluxo do campo é

¨
Φ𝐵 = 𝑩® · 𝑑 𝒔®
ˆ 𝑧0 +0,3 ˆ 0,2  
10𝜇0
= −
𝑥ˆ · 𝑑𝑦𝑑𝑧 𝑥ˆ
𝑧=𝑧0 𝑦=0,05 𝜋𝑦
ˆ 𝑧0 +0,3 ˆ 0,2
10𝜇0 1
=− 𝑑𝑧 𝑑𝑦
𝜋 𝑧=𝑧0 𝑦=0,05 𝑦
10𝜇0
=− 𝑧0 +0,3
[𝑧] 𝑧=𝑧 0
[ln |𝑦|] 0,2
𝑦=0,05
𝜋
10𝜇0
=− (0, 3) (ln 0, 2 − ln 0, 05)
𝜋  
3𝜇0 0, 2
=− ln
𝜋 0, 05
3𝜇0
= − ln 4
𝜋

c) A força eletromotriz induzida é nula porque não existe variação temporal do fluxo magnético.

P4.
a) Se não há correntes superficiais, as condições de contorno para o campo magnético são dadas pelas Eqs. (10.2)
e (10.5)

® 1𝑛 = 𝜇2 𝑯
𝜇1 𝑯 ® 2𝑛
® 1𝑡 = 𝑯
𝑯 ® 2𝑡

® 1𝑛 = 𝐻1𝑧 𝑧ˆ e 𝑯
A partir da figura, notamos que 𝑛ˆ 2 = +𝑧ˆ. Assim, 𝑯 ® 1𝑡 = 𝐻1𝑥 𝑥ˆ + 𝐻1𝑦 𝑦ˆ . Portanto,

® 1𝑛 = 𝜇2 𝑯
® 2𝑛 ⇒ 𝑯
® 2𝑛 = 𝜇1 ® 𝜇1 ® 2𝑛 = 𝜇1 𝐻1𝑧 𝑧ˆ
𝜇1 𝑯 𝑯1𝑛 = 𝐻1𝑧 𝑧ˆ ⇒ 𝑯
𝜇2 𝜇2 𝜇2

® 2𝑡 = 𝑯
𝑯 ® 1𝑡 = 𝐻1𝑥 𝑥ˆ + 𝐻1𝑦 𝑦ˆ ⇒ 𝑯
® 2𝑡 = 𝐻1𝑥 𝑥ˆ + 𝐻1𝑦 𝑦ˆ

Portanto,
® 2 = 𝐻1𝑥 𝑥ˆ + 𝐻1𝑦 𝑦ˆ + 𝜇1 𝐻1𝑧 𝑧ˆ
𝑯
𝜇2
b)

® 2 = 𝐻1𝑥 𝑥ˆ + 𝐻1𝑦 𝑦ˆ + 𝜇1 𝐻1𝑧 𝑧ˆ

𝑯
𝜇2
𝜇0
= 2𝑥ˆ + 0 𝑦ˆ + 4𝑧ˆ
4𝜇0
= 2𝑥ˆ + 0 𝑦ˆ + 1𝑧ˆ

P5.
a) A onda se propaga na direção do eixo 𝑦 positivo

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b) Observando a forma da onda, notamos que

 +  12𝜋
𝐸  =
𝑥0
5
𝜔 = 108
1
𝛽=
2
A velocidade da onda é
𝜔 108
𝑢= = = 2 × 108 m/s
𝛽 1/2
c) O campo magnético correspondente é dado pela Eq. (12.55)

® = 1 𝒌ˆ × 𝑬®
𝑯
𝜂𝑐

onde 𝒌ˆ é o vetor uniário na direção de propagação da onda e 𝜂 𝑐 é a impedância intrínseca

√︂
𝜇
𝜂𝑐 =
𝜖𝑐

Como o material é não magnético, 𝜇 = 𝜇0 . Sendo não condutor, 𝜖 𝑐 = 𝜖 = 𝜖𝑟 𝜖 0 . Para determinar o valor de 𝜖,
utilizamos a Eq. (12.29) com 𝛽 = 1/2:
( "√︂ # ) 12
𝜇𝜖  𝜎 2
𝛽=𝜔 1+ +1
2 𝜖𝜔
1 n 𝜇 𝜖 𝜖 h√︁ i o 12
0 𝑟 0
= 108 1 + 02 + 1
2 2
1 n 𝜖𝑟 𝜇0 𝜖 0 o 21
= 108 (2)
2 2
1 8√ √
= 10 𝜖𝑟 𝜇0 𝜖 0
2  
1 8√ 1
= 10 𝜖𝑟
2 𝑐
 
1 8√ 1
= 10 𝜖𝑟
2 3 × 108
1 1√
= 𝜖𝑟
2 3
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9
𝜖𝑟 = = 2, 25
4

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Portanto,

® = 1 𝒌ˆ × 𝑬®
𝑯
𝜂𝑐
   
1 12𝜋 8 1
= √︃ 𝒚ˆ × − cos 10 𝑡 − 𝑦 𝒙ˆ
𝜇0 5 2
2,25𝜖0
 
12𝜋 1 1
=− √︃ cos 108 𝑡 − 𝑦 ( 𝒚ˆ × 𝒙)
ˆ
5 1 𝜇0 2
1,5 𝜖0
 
12𝜋 1 8 1
=− cos 10 𝑡 − 𝑦 (− 𝒛ˆ)
5 23 120𝜋 2
 
3 8 1
= cos 10 𝑡 − 𝑦 𝒛ˆ
100 2