Acordos Internacionais
Acordos Internacionais
Acordos Internacionais
*art. 84, inciso VIII, da CF/88, pelo qual compete privativamente ao Presidente
da República “celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional.” (7 FASES)
1) Fase da tratativa e negociação entre os países - Assessoria de Assuntos
Internacionais – AAINT (antes); Secretaria da Previdência (MF) e Ministérios das
Relações Exteriores. (Ex: Austrália, Reino Unido, Holanda, Angola, Irlanda, Líbano,
China, Síria, Ucrânia, Senegal e Noruega)
2) Fase da elaboração do texto – diplomatas (República Tcheca e Suécia,
previsão para conclusão em 2018)
FASES DO ACORDO INTERNACIONAL
- Tratam de direitos humanos com base no art. 5º, §3º, da CF/88: status
constitucional.
- Tratam de direitos humanos sem passar pelo crivo do art. 5º, §3º, da CF/88: status
supralegal.
- Não tratam de direitos humanos – status de lei ordinária.
* Década de 60:
Luxemburgo (vigor em 01.08.1967)
* Década de 70:
Itália (vigor em 05.08.1977)
Cabo Verde (vigor em 07.02.1979)
ACORDOS EM
VIGOR (BILATERAIS) * Década de 90:
Grécia (vigor em 01.09.1990)
Portugal (vigor em 25.03.1995)
Espanha (vigor em 01.12.1995)
Chile (vigor em 01.03.1996 – primeiro acordo)
ACORDOS EM VIGOR (BILATERAIS)
* Século XXI:
Chile (vigor em 01.09.2009 – segundo acordo)
Japão (vigor em 01.03.2012)
Alemanha (vigor em 01.05.2013)
Canadá (vigor em 01.08.2014)
França (vigor em 01.09.2014)
Bélgica (vigor em 01.12.2014)
Coréia (vigor em 01.11.2015)
Quebec (vigor em 01.10.2016)
Estados Unidos (vigor em 01.10.2018)
ACORDOS EM VIGOR (MULTILATERAIS)
* APSAI Curitiba (14.001.030) – End.: Rua João Negrão, nº 11, 6º andar – sala
605 Centro, Curitiba (PR) – CEP 80010-200. Tel.: (41) 3616-9385 / 3616-9382. E-
mail: [email protected]
- Coréia do Sul (International Center of National Pension Service).
- Iberoamericano, exceto países abrangidos pelo Mercosul (Florianópolis),
Chile (Recife) Portugal (São Paulo) e Espanha (Rio de Janeiro): Bolívia
(Autoridad de Fiscalización y Control de Pensiones y Seguros), Peru (Ministerio
de Trabajo y Promoción del Empleo), Equador (Instituto Equatoriano de
Seguridad Social) e El Salvador (Superintendencia de Pensiones de El
Salvador).
BENEFÍCIOS PREVISTOS
I - a dona-de-casa;
II - o síndico de condomínio, quando não remunerado;
III - o estudante;
IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando não
esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei nº 6.494, de 1977;
VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação,
mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de
previdência social;
IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de
previdência social;
FILIAÇÃO E EXTRATERRITORIALIDADE:
QUESTÃO DO SEGURADO FACULTATIVO
X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual
o Brasil mantenha acordo internacional; e (Redação dada pelo Decreto nº 7.054, de 2009)
XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço,
dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização
carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria.
§ 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de
pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem
vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.
§ 3º A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente a partir da
inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições
relativas a competências anteriores à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art. 28.
§ 4º Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não
tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, conforme o disposto no inciso VI do art. 13.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS
- Requerido por brasileiro no exterior (Ex: brasileiro residente em Santiago pretende aposentadoria
por idade no Brasil – APSAI Recife x Ministerio del Trabajo e Prevision Social
- Requerido por estrangeiro no Brasil (não se aplica o fluxo de acordos internacionais)
- Requerido por estrangeiro no exterior (Ex: português residente em Lisboa pretende aposentadoria
por invalidez no Brasil – APSAI SP x Centro Nacional de Pensões).
CLASSIFICAÇÃO DOS BENEFÍCIOS:
FLUXOS PARA REQUERIMENTO
- Requerido por brasileiro no Brasil (situação mais comum. Ex: brasileiro residente
em Campo Mourão/PR quer aposentadoria por idade no Brasil utilizando tempo
de contribuição no Japão – APSAI São Paulo x JPS)
• Exemplo 1: um segurado com DIB de uma aposentaria por idade em junho de 2014,
com 200 contribuições brasileiras no período decorrido.
• período decorrido – 240 meses (julho de 1994 até junho de 2014);
• período contributivo (contribuições brasileiras durante o período decorrido) – 200
contribuições;
• 60% do período decorrido – 144;
• conclusão – como segurado possui mais contribuições do que 60% do período decorrido, a
média aritmética simples será feita dos 80% maiores salários-de-contribuição, ou seja, 160..
RMI Teórica – Segunda Regra
• Exemplo 2: um segurado com DIB de uma aposentaria por idade em junho de 2014,
com 100 contribuições brasileiras no período decorrido.
• período decorrido – 240 meses (julho de 1994 até junho de 2014);
• período contributivo (contribuições brasileiras durante o período decorrido) – 100
contribuições;
• 60% do período decorrido – 144;
• conclusão – como segurado possui menos contribuições do que 60% do período
decorrido, ocorre média aritmética simples dos SC, sem exclusão de 20% menores.
RMI Teórica – Terceira Regra
• Nesta situação, a RMI teórica seria a média aritmética simples dos salários-de-
contribuição brasileiros corrigidos de 01.03.1970 a 01.03.1980, sem exclusão dos 20%
menores, com aplicação do fator previdenciário se fosse o caso. E, por fim, aplicar-se-
ia o coeficiente: na aposentadoria por idade do exemplo, 70% mais 1% para cada
grupo de 12 contribuições, até o limite de 100%.
RMI Teórica – Observações
• RMI teórica não pode ficar aquém do salário-mínimo (art. 649, §1º, IN 77/15).
• Art. 647, da IN 77/15: “para fins de fixação do Período Básico de Cálculo – PBC,
deve-se ter em consideração o tempo de contribuição realizado sob a legislação
brasileira”.
Exemplo anterior: brasileiro que reside na Argentina solicita benefício por totalização
brasileiro de aposentadoria por idade, com utilização de 10 anos de contribuição
para o sistema brasileiro - de 01.03.1970 a 01.03.1980 - e mais 5 anos vertidos ao
sistema argentino – 01.01.2010 a 01.01.2015.
Se, por exemplo, a RMI teórica fosse R$ 1.000,00, a RMI pro rata seria de R$ 666,00,
pois, de todo o período de contribuição, apenas 2/3 foram vertidos aos cofres da
previdência social brasileira.
* Pode ser inferior ao piso previdenciário (art. 35, §1º, e art. 42, parágrafo único,
Decreto 3.048/99), exceto quando vedado no próprio acordo internacional.