Cartilha Desigualdade de Gênero
Cartilha Desigualdade de Gênero
Cartilha Desigualdade de Gênero
24/11/2015
Volume 1, Edição 1
Se você tem 20 anos de idade em 2015, suas chances de ver a igualdade de gênero no
mercado de trabalho em todo o mundo são pequenas. Segundo a previsão do Fórum
Econômico Mundial, será preciso esperar até 2095 para que isso aconteça, caso o ritmo
das transformações continue o mesmo.
Esse livreto tem por objetivo a conscientização da igualdade de gênero, visto que a
comunidade mundial ainda no século XXI convive com um percentual elevado de
desigualdade entre gêneros no mercado de trabalho. Apesar da constante mudança desse
cenário, esta acontece a passos curtos, o que nos torna os responsáveis por essa
diferença, portanto, cabe a nos cidadãos a conscientização para que a partir da prática
mudemos esta realidade.
3. Introdução
A presente cartilha visa contribuir com os estudos sobre gênero nas organizações, tendo
em vista que a promoção da igualdade efetiva entre homens e mulheres constitui um dos
principais desafios da gestão contemporânea, dadas as barreiras que impedem a
ascensão das mulheres a cargos diretivos, resultando no fenômeno do “teto de vidro”
(MOURÃO; GALINKIN,
2007; CAPPELLE et al.,
2004). O fenômeno Teto de
Vidro propõe um modelo de
discriminação, que supõe que a
produtividade feminina é
menor que a capacidade de
produção dos homens, uma
vez que, estes estão em plena e
pronta capacidade de criação e
inovação das tarefas exigidas
pelo mercado. Dessa forma, as
mulheres são subestimadas no cenário organizacional e passam a travar uma batalha
para a sua inclusão e permanência no mercado de trabalho. Percebe-se então que, a
carreira feminina é dificultada por aspectos socioculturais não muito perceptíveis,
relacionados ao gênero, e não à qualificação e competência da mulher. O Teto de Vidro
traz à tona às barreiras invisíveis enfrentadas por profissionais do gênero feminino que
buscam estabilidade no setor corporativo. Tais barreiras invisíveis são advindas da
cultura e da sociedade e que perpassam ao mundo dos negócios.Para que a haja a
conscientização da importância e da valorização da mulher no mercado de trabalho, é
necessário, antes, a definição de gênero para que, em seguida, seja possível analisar e
compreender a participação feminina atual no mercado de trabalho e, logo após,
discorrer acerca do feminino criam dificuldades para ascensão das mulheres visto que,
culturalmente, a sociedade atribui à mulher o papel de única responsável pelas
atividades domésticas, o que dificulta sua atuação profissional.
4. Gênero
Muitas vezes confundido como sexo, o conceito de gênero vai mais além, considerando
que as diferenças existentes entre homens e mulheres são uma construção social e
cultural, sendo assim o gênero representa as imagens e significados atribuídos a cada
sexo, e como estes se relacionam.
Portanto, a mulher deve ser considerada uma parceira nas questões tanto sociais quanto
profissionais, visto que sua força se traduz no emocional quando gera e educa os filhos
e edifica o lar, sendo compreensiva com todas as questões do marido e de toda a família.
Cabral e Diaz (1999) ressaltam que as questões relativas à mulher são tratadas sob o
termo de gênero construído socialmente, o que busca compreender as relações
estabelecidas entre homens e mulheres, os papéis que cada um assume na sociedade e as
relações de poder estabelecidas entre eles.
5. Desigualdade entre gênero – uma análise pelo
mundo
O estudo ainda aponta a Islândia como o país com a menor desigualdade de gênero. A
Islândia é uma nação onde as mulheres têm o mesmo acesso que os homens à educação
e saúde e têm mais chances de participar plenamente na economia e política do país.
Completando o topo da lista de países com o maior índice de igualdade entre homens e
mulheres estão os vizinhos da Islândia: Finlândia, Noruega e Suécia.
Na América Latina e no Caribe, os três países com melhor desempenho na região são
Nicarágua, Cuba e Equador, que figuram entre os 25 primeiros países do ranking geral.
O Brasil, em um ano permaneceu na 62ª posição sem sofrer nenhuma alteração.
"O abismo entre os sexos em áreas como saúde e educação na região reduziu
consideravelmente. Agora, esses países estão prontos para decolar em termos de
igualdade no trabalho e participação na política", diz Saadia Zahidi.
Ainda segundo o Fórum Econômico Mundial, na Europa, os países do norte têm bons
índices de desigualdade entre homens e mulheres, isso se deve em parte a políticas
destinadas a ajudar as mulheres a encontrar um bom nível de equilíbrio entre suas
atividades de trabalho e as atividades da vida familiar. No sul da Europa a diferença
entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda é alta, ou seja, a participação das
mulheres economicamente ativas no mercado de trabalho é consideravelmente inferior a
participação dos homens.
As Filipinas, na Ásia, se destaca como o país mais igualitário, no que diz respeito à
economia há um nível alto de participação feminina. Entretanto, a China ocupa a 69ª
posição no ranking geral, à frente da Índia, em 101º sua baixa posição no ranking se
deve a baixas pontuações nos quesitos saúde, educação além da economia.
Brasil
O país em 2015 ocupa a 71ª colocação na lista. Em 2013, ocupava a 62ª posição.
O número de filhos também mudou. Em 1980, a média era de 4 filhos por mulher, em
2015 este número se reduziu para um a dois filhos. Segundo o IBGE, a média de filhos
pode variar em função dos inúmeros processos sociais em que as mulheres estão
inseridas como: urbanização, modernização da sociedade em seus aspectos culturais,
econômicos e sociais; difusão de meios anticonceptivos, oscilações da renda familiar,
mudanças dos padrões de consumo.
6. Conclusão
Talvez os brasileiros não assistam o país mudar tanto ao ponto de frequentar os maiores
índices de igualdade entre gêneros, como Finlândia, Noruega, Suécia e outros, talvez
essa ocupação seja uma utopia, mas de maneira alguma isso é um motivo para que a
sociedade em geral se levante e lute em prol de um bem – estar coletivo.