Transtornos Do Humor 2017
Transtornos Do Humor 2017
Transtornos Do Humor 2017
Transtornos Depressivos
1)Definição
2) Epidemiologia
I) Depressão Grave
Quadro depressivo no qual a pessoa apresenta vários dos sintomas depressivos de
forma marcante, angustiante e com muita gravidade, com a perda da autoestima e ideias de
desvalia ou culpa. As ideias e os atos suicidas são comuns com grave risco de suicídio e
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observa-se em geral uma série de sintomas somáticos (dores, inapetência, desnutrição, etc.).
Pode apresentar sintomas psicóticos de alucinações, ideias delirantes, de uma lentidão
psicomotora ou de estupor de uma gravidade tal que todas as atividades sociais normais
tornam-se impossíveis.
Caso: Janaína, 20 anos, casada, mora com a família do marido. Ela atirou óleo de cozinha
quente no rosto do marido e então ateou fogo em si mesma. Foi levada à emergência para
tratamento das queimaduras e então encaminhada para avaliação psiquiátrica. Três meses
antes a esposa de seu cunhado tinha se matado da mesma maneira. Janaína tinha
testemunhou o suicídio e ficara gravemente chocada. Desde aquele dia tinha perdido o
interesse por sua casa, mal falava com as pessoas isolava-se o mais que podia. Parecia
fatigada, dormia mal e seu apetite diminuiu. Nos últimos dias antes de se queimar não tinha
comido nem falado com ninguém. O incidente ocorreu enquanto ela preparava a comida, o
que sempre fazia naquela hora do dia. As pessoas da família disseram que ela atirou o óleo
em seu marido sem qualquer aviso e sem razão aparente. Tinha se casado aos 17 anos, o
marido era 5 anos mais velho e era dependente de maconha e sofria de tuberculose. Após o
casamento mudou-se com o marido na casa onde viviam com os pais dele e dois de seus
irmãos e suas esposas. Ela não estava muito satisfeita com o casamento e referia que o
relacionamento sexual com o marido não era satisfatório. Apesar disto tinha um bom
relacionamento com a família do marido. Na entrevista ela estava prostrada na cama e
parecia aterrorizada. Após muita insistência, falou que era um fardo para a nova família, que
merecia morrer e que foi a cunhada (falecida) que mandou ela atirar óleo no marido e em si
mesma.
Caso: Joana, viúva de 50 anos. Após a morte do marido, há 10 meses, vendeu sua
casa e mudou-se para um apartamento alugado. Foi encaminhada para avaliação por ter se
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tornado cada vez mais deprimida após a morte do marido por linfoma maligno, após ter
ficado doente por 3 meses. Ele foi internado no hospital para fazer radioterapia e
quimioterapia, que não deram resultado, e nunca mais voltou para casa. Joana sofreu com a
morte do marido, mas conseguiu cuidar do enterro, bem como de outras questões com
relação a ela mesma, incluindo a venda da casa e mudança para o apartamento. Este ficava
num bairro desconhecido e ela sentia-se terrivelmente só. Tentou manter contato com filhos e
amigos, mas acabou por parar de sair. Tornou-se cada vez mais deprimida, especialmente
nas quatro últimas semanas antes da avaliação. Sentia-se muito infeliz e não tinha interesse
por coisa alguma. As atividades cotidianas tornaram-se insuportáveis e era incapaz de fazer
qualquer serviço doméstico. Sentia-se doente, com sensações de queimação nos olhos. Estava
inquieta e não conseguia relaxar, dizia que era como se houvesse uma faixa apertada em
volta de sua cabeça. Seu sono estava perturbado, acordava muito cedo, comia mal e havia
perdido quase sete quilos em três meses. Começou a pensar que sua própria morte seria um
alívio, mas não pensava seriamente em suicídio por causa da dor que isto causaria aos filhos.
Grave depressão que se inicia após o parto, usualmente num período de 30 dias.
Geralmente ocorre em mulheres que possuíam alguma pré-disposição emocional e/ou
genética. Apresenta insônia grave, labilidade e fadiga, tentativas de suicídio, crenças
homicidas e delirantes acerca do bebê, falta de cuidado e alimentação para com o bebê.
Necessita de intervenção de urgência e acompanhamento intensivo. Necessário
acompanhamento durante próximas gestações, pois é grande a possibilidade de apresentar o
quadro novamente após novo parto.
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4) Tratamentos
Psicoterapia:
- Insight ( Depressão moderada e leve)
- Apoio (Depressão grave e pós-parto)
1) Definição
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2) Epidemiologia
- 1% da população.
- Homens = mulheres.
- Início ao redor dos 30 anos.
- Maior probabilidade com antecedentes familiares de quadros afetivos.
I - Mania
- Mania sem sintomas psicóticos: apresenta elevação do humor fora de proporção com a
situação do sujeito, podendo variar de uma jovialidade descuidada a uma agitação
praticamente incontrolável. Esta elação se acompanha de um aumento da energia, levando à
hiperatividade, um desejo de falar e uma redução da necessidade de sono. A atenção não pode
ser mantida, e existe grande distraibilidade. A pessoa apresenta frequentemente um aumento
da autoestima com ideias de grandeza e superestimativa de suas capacidades. A perda das
inibições sociais pode levar a condutas imprudentes, irrazoáveis, inapropriadas ou deslocadas.
Caso: Mário, 31 anos, operário. Foi trazido ao Pronto Socorro contra sua vontade por dois
de seus irmãos. Estes diziam que ele estava extremamente agitado, falando e movimentando-
se constantemente, sem que a família pudesse manejar a situação. Um mês antes tinha
começado a falar demais, embora não sobre um assunto em particular. A tagarelice era
combinada com “comportamentos inadequados”, que era embaraçoso para o resto da
família. Ela cantava canções maliciosas, dançava e dizia piadas obscenas. Este
comportamento era completamente diferente de seu caráter e ele também fazia coisa com
completa desconsideração das circunstâncias. Sua condição desenvolveu-se rapidamente e
ele dormia muito pouco, começou a comer excessivamente e estava constantemente em
movimento. A maior parte do tempo tinha um humor expansivo, ficando facilmente irritado e
agressivo. Na avaliação falava muito, sua atenção era fugaz, estava orientado quanto ao
tempo, lugar e a si mesmo e não tinha insight do fato de ter um problema psiquiátrico.
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- Mania com sintomas psicóticos: presença, além dos sintomas acima, ideias delirantes (em
geral de grandeza) ou de alucinações (em geral do tipo de voz que fala diretamente ao
sujeito), de agitação, de atividade motora excessiva e de fuga de ideias de uma gravidade tal
que o sujeito se torna incompreensível ou inacessível a toda comunicação normal.
Caso: Sra. Aide, 27 anos, casada. Enfermeira numa clinica pediátrica. Foi levada a
emergência pelo marido pois estava muito excitada e tagarela. Após uma discussão com o
marido a quatro dias atrás ela saiu revoltada de casa e foi para uma igreja e ficou lá rezando
a noite toda. Voltou para casa e ficou mais ainda perturbada, muito agitada, não conseguia
dormir, falava sem parar e recusava-se a comer. Ela recitava orações fervorosamente, mas
misturava algumas das palavras sem perceber. Falava sem parar principalmente sobre
religião, parando apenas para rezar nas quais acusava inúmeras pessoas de serem
pecadoras. Na entrevista, Aide estava bem vestida, parecia excitada e irritável, proferia
xingamentos agressivos. Falava muito e muitas vezes era difícil de acompanhar porque
falava rápido e mudava de assunto também muito rápido. Sentia-se superior aos outros e
dizia que os outros tinham ciúmes de sua voz e de sua beleza e que ouvia todo mundo afirmar
isto. Distraia-se com muita facilidade.
Caso: Pedro, 41 anos, pedreiro, casado. O quadro se iniciou aos 18 anos, acordou de
madrugada e permaneceu andando pela casa. Falava sozinho, perturbando os familiares. Na
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manhã seguinte, comprara diversas bicicletas, levando-as à garagem de sua casa para
desmontar e vender as peças. Chamou seus amigos para ajudá-lo, vindo a agredi-los
inesperadamente com um pedaço de pau. Passava as noites em claro, falava muito e
depressa, interpelando os passantes de maneira hostil e inadequada. Fora internado em
hospitais psiquiátricos por diversas vezes por este quadro, sendo que entre as internações
permanecia bem e sem sintomas. Apresentou alguns poucos episódios diferentes deste, com
duração de um a dois meses, onde apresentou lentificação psicomotora, ficava deitado o
tempos todo, não se alimentava, apresentava tristeza, falta de disposição. Estes episódios
foram menos frequentes dos que os de agitação. Desta vez chega ao Pronto Socorro
acompanhado da esposa. Ria muito, dizia estar muito feliz e disposto. Fazia piadas,
provocando riso daqueles que lhe rodeavam. Dizia ser um próspero fazendeiro, que havia
chegado em seu avião particular e que era esperado para negócios importantes. Dizia que
não sabia o que estava fazendo lá, pois tinha muitas fazendas e mais de 10 mil cabeças de
gado. Falava muito e depressa a ponto de não se entender o que dizia. A esposa dizia que
passava as noites acordado e dirigia-se aos familiares de maneira hostil e muitas vezes
agressiva.
4) Tratamentos
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REFERÊNCIAS
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