A Arte Da Filosofia
A Arte Da Filosofia
A Arte Da Filosofia
LÍNGUAS E HUMANIDADES
FILOSOFIA DA ARTE
FILOSOFIA
11ºLH2
Índice
• Introdução
• O que é a arte?
• A diferença entre a estética e a filosofia da arte
• Diferenciar as teorias filosóficas da arte
• Representação: teoria mimética da arte e teoria representativa
• Expressão: teoria expressiva
• Formalização: teoria formalista
• Teoria institucional da arte
• Teoria histórica da arte
• Como pode ser definida a arte
• Conclusão
Introdução
Neste trabalho vamos abordar as características da filosofia da arte, vamos
apresentar as suas teorias, as críticas das mesmas e as suas objeções. Vamos
perceber o que é arte e se a mesma pode ser definida.
O que é a arte?
Modo de produção de beleza/ algo que fixa a nossa atenção e a nossa
sensibilidade estética, e que pode ser considerado como belo ou não. Questões
para definir o que é arte:
• Quais as características que os objetos e as expressões humanas devem ter
para serem considerados artísticos?
• Existe uma definição universal de arte?
• O conceito de arte pode ser sequer definido?
Para responder a estas perguntas, vários filósofos procuraram encontrar critérios
para definir o que é, ou não é a arte, originando diversas teorias filosóficas da
arte.
Estética e a Filosofia da arte
Existem duas áreas de conhecimento da filosofia, entre elas a Estética e a Filosofia
da Arte.
A Estética ocupa-se de todos os problemas e experiências ligados à nossa relação
com objetos belos (incluindo também o sublime e outras categorias estéticas),
sejam naturais, sejam artísticos.
A Filosofia da Arte é por uns encarada como uma subdivisão da estética, por
outros como uma disciplina diferente, embora com elementos comuns àquela,
ocupa-se do âmbito artístico.
Teorias filosóficas da arte
TEORIA REPRESENTACIONISTA
Numa tentativa de melhorar a teoria de Platão, alguns filosofos consideram a arte
algo mais do que uma imitação, mas sim, representação, assim se:
Toda a imitação é uma representação então, nem toda a representação é uma
imitação.
O conceito de arte aplica se a obras que a imitação exclui.
Teoria expressiva
Segundo esta teoria parece que a arte tem também algo que ver com o criador,
com o artista. Existem várias versões da teoria, sendo as mais relevantes a de
Tolstoi (1828-1910) e de R. G. Collingwood (1889-1943). Mas a teoria aparece
como uma resposta à teoria da representação que perdurou durante séculos e
ainda hoje é usada até no senso comum.
A teoria de Collingwwod:
Collingwwod considera que a arte é a expressão de sentimentos, mas a sua função
é clarificar sentimentos indefinidos do artista, com recurso à imaginação.
Os sentimentos começam por parecer confusos e precisam de ser clarificados.
O elemento novo desta afinação é o da Imaginação. Assim: “Um objeto é uma
obra de arte se e somente se além de ser um artefacto, exprime com imaginação
emoções do artista."
Assim:
A arte é expressão clarificadora de sentimentos.
A teoria envolve os seguintes aspetos:
1.O artista tem de sentir algo.
2.O público tem de sentir o mesmo.
3.Tem haver com a autenticidade por parte do artista.
4.O artista deve tentar clarificar os sentimentos expressos.
5.A transmissão de sentimentos tem de ser intencional.
Vantagens da teoria:
• Oferece um critério valorativo: uma obra é de arte apenas se expressas as
emoções e essas são compreendidas pelo público.
• Oferece um critério de classificação.
• Mas também está de acordo com o que muitos artistas pensam ser a arte.
Críticas:
• Inacessibilidade dos estados emocionais e mentais do artista.
• O artista nem sempre sente o que a obra exprime
• Existe arte inexpressiva
• Propriedades não essenciais – os críticos e interpretes conseguem ver
propriedades ou sentidos que o artista não colocou lá.
• Alguns artistas não tiverem como intenção a expressão de sentimentos.
Teoria formalista
Clive Bell foi o crítico que desenvolveu esta teoria e defende que a emoção
estética que um espectador apresenta pelas obras de artes é relacionado com
uma característica que tais obras devem possuir, a forma significante. Esta
característica é mais evidente nas artes visuais, enquanto nos outros tipos de arte
torna-se mais subjetivo. A forma significante nas artes visuais consiste
basicamente no conjunto de cores, linhas e formas, e a função com a que a obra
foi feita nada tem a ver com o conceito de arte. Esta foi concebida para despertar
interesse ao espectador. Esta propriedade apenas é reconhecida pelos críticos
mais sensíveis. Logo, segundo a teoria, algo somente pode ser considerado arte
se provocar emoção estética, resultado da forma significante, ao seu observador.
Objeções:
• A forma significante não é uma condição suficiente para algo ser
considerado arte.
• A emoção estética pode ser provocada por outras coisas para além da arte.
• A existência de objetos considerada arte que não se distinguem
visualmente de outros que não o são por não serem distintos na forma.
• Não existe um método para decidir entre relações incompatíveis em relação
à arte.
Esta teoria não pode ser refutada já que depende do ponto de vista de cada crítico
sensível.
Teoria institucional da arte
Esta teoria defendida por Georgie Dickie considera que existem dois aspetos
comuns a todas as obras de arte (a classificação e a valoração).
Dikie defende que não se pode encontrar uma definição para o conceito de arte,
em sentido, classificativo, generalizado características de sistemas artísticos
particulares.
Esta teoria dá privilégio metodologicamente o contexto cultural a estrutura da
definição de Dikie de forma a verificar como ela agencia o conceito e o valor da
arte. Depois questionaremos o papel criativo poético de modo justificar o seu
modo valorativo.
O primeiro aspeto define que todas as obras de arte são artefactos (um artefacto
é um objeto que tenha sido modificado ou trabalhado através da intervenção
humana).
Toda as obras de arte possuem o estatuto de arte que lhe é atribuído por alguém.
O estatuto de apreciação é atribuído por pessoas ligadas ao mundo da arte.
Essa teoria enfatiza a importância da comunidade de conhecedores de arte na
definição e ampliação dos limites daquilo que pode ser chamado de arte.
Dickie define a obra de arte como um artefacto que possui um conjunto de
aspetos que lhe conferem o estatuto de candidato à apreciação das pessoas da
instituição do mundo da arte.
Criticas:
Há duas objeções principais à teoria institucional. A primeira é que ou os
entendidos em arte decidem o que deve ser considerado uma obra de arte com
base em razões ou o fazem arbitrariamente. Se eles o fazem com base em razões,
essas razões constituem uma teoria da arte que não é a teoria institucional.
A teoria institucional é viciosamente circular. Obras de arte são definidas como
objetos que são aceitos como tais pelas pessoas que entendem de arte; e as
pessoas que entendem de arte são definidas como as que aceitam certos objetos
como sendo obras de arte.