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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo - Lei 10.261/68�������������������������������������2
Das Proibições (Continuação)�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Das Responsabilidades�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo


Lei 10.261/68
Das Proibições (Continuação)
Art. 243 – É proibido ainda, ao funcionário:
I – fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como representante
de outrem;
II – participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou de sociedades co-
merciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Governo do Estado, sejam por
este subvencionadas ou estejam diretamente relacionadas com a finalidade da repartição ou serviço em que
esteja lotado (contudo, é admitida a participação do funcionário em sociedades em que o Estado seja
acionista, bem assim na direção ou gerência de cooperativas e associações de classe, ou como seu sócio);
III – requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou outros favores semelhantes,
federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria;
IV – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas, estabelecimentos
ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalidade da
repartição ou serviço em que esteja lotado (contudo, é admitida a participação do funcionário em
sociedades em que o Estado seja acionista, bem assim na direção ou gerência de cooperativas e
associações de classe, ou como seu sócio);
V – aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República;
VI – comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas condições mencionadas no item II deste
artigo, podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário;
VII – incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público (neste inciso,
em particular, devemos nos atentar ao disposto no Art. 37, inciso VII, da Constituição Federal: o
direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. Segundo o STF,
até que seja editada essa lei específica, a greve no serviço público rege-se, no que couber, pela lei
vigente no setor privado – Lei 7.783/89);
VIII – praticar a usura;
IX – constituir – se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer repartição
pública, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;
X – receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no estrangeiro,
mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou fiscalização de qualquer natureza;
XI – valer – se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividade estranha às funções ou
para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito; e
XII – fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte (aqui também vale a observação da regra
disposta no Art. 37, inciso VI, da Constituição Federal: é garantido ao servidor público civil o
direito à livre associação sindical);
Parágrafo único – Não está compreendida na proibição dos itens II e VI deste artigo, a participação do
funcionário em sociedades em que o Estado seja acionista, bem assim na direção ou gerência de coopera-
tivas e associações de classe, ou como seu sócio.
Art. 244 – É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens imediatas de parentes, até segundo grau,
salvo quando se tratar de função de confiança e livre escolha, não podendo exceder a 2 (dois) o número de
auxiliares nessas condições. (grifo nosso)

Das Responsabilidades
A responsabilidade civil do servidor, aplicada em caso de danos patrimoniais, é subjetiva, isto é,
apenas se configura caso ele tenha agido com dolo ou culpa.
Art. 245 – O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda
Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Parágrafo único – Caracteriza – se especialmente a responsabilidade:


I – pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou por não prestar
contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos, regimentos, ins-
truções e ordens de serviço;
II – pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais sob sua
guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
III – pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros docu-
mentos da receita, ou que tenham com eles relação; e
IV – por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual.
Os crimes contra a Administração Pública praticados por funcionários públicos são tratados nos
Arts. 312 ao 327 do Código Penal. No caso do Estatuto, estudamos apenas as infrações administrativas.
O Estatuto prevê a possibilidade de desconto em caso de aquisição de materiais em desacordo
com as disposições legais e regulamentares.
No caso de indenização à Fazenda Estadual, a reposição do prejuízo causado será feita de uma
única vez nos casos de desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos
prazos legais. Nos demais casos, é admitido o parcelamento, caso em que o desconto não excederá a
décima parte (10%) do valor dos vencimentos ou da remuneração.
Art. 246 – O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regulamentares,
será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, poden-
do-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Art. 247 – Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma só
vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar
recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Art. 248 – Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser desconta-
da do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte do valor destes.
Parágrafo único – No caso do item IV do parágrafo único do Artigo 245, não tendo havido má-fé, será
aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
Art. 249 – Será igualmente responsabilizado o funcionário que, fora dos casos expressamente previs-
tos nas leis, regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas estranhas às repartições, o desempenho de
encargos que lhe competirem ou aos seus subordinados.
Art. 250 – A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade civil ou
criminal que no caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado, na forma dos arts.
247 e 248, o exame da pena disciplinar em que incorrer.
§ 1º – A responsabilidade administrativa é independente da civil e da criminal.
§ 2º – Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e vantagens
devidas, o servidor absolvido pela Justiça, mediante simples comprovação do trânsito em julgado de
decisão que negue a existência de sua autoria ou do fato que deu origem à sua demissão
§ 3º – O processo administrativo só poderá ser sobrestado para aguardar decisão judicial por despacho
motivado da autoridade competente para aplicar a pena.
A Constituição Estadual de São Paulo, no Art. 131 prevê: O Estado responsabilizará os seus servi-
dores por alcance e outros danos causados à Administração, ou por pagamentos efetuados em desacor-
do com as normas legais, sujeitando-os ao sequestro e perdimento dos bens, nos termos da lei.
A Constituição Estadual de São Paulo, em seu artigo 136, assegura: O servidor público civil
demitido por ato administrativo, se absolvido pela Justiça, na ação referente ao ato que deu causa à
demissão, será reintegrado ao serviço público, com todos os direitos adquiridos.
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Exercícios
01. Escrevente Técnico Judiciário apresenta recurso de multa de trânsito, recebida por seu esposo,
perante o Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo – DETRAN.
De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, a conduta
descrita é
a) permitida, pois o funcionário pode, excepcionalmente, ser procurador ou servir de inter-
mediário perante qualquer repartição pública, quando se tratar de interesse de cônjuge ou
parente até segundo grau.
b) proibida, pois ao funcionário público é vedado peticionar perante qualquer repartição
pública, não podendo requerer, representar, pedir reconsideração ou recorrer de decisões,
ainda que em nome próprio.
c) proibida, pois o funcionário público pode exercer o direito de petição perante quaisquer re-
partições públicas, mas somente em nome próprio, não podendo representar terceiros.
d) indiferente ao Estatuto, que nada prevê em relação à possibilidade do funcionário público
peticionar, em nome próprio ou de terceiros, perante repartições públicas.
e) permitida, pois o Estatuto expressamente permite que o funcionário público exerça o direito
de petição em nome próprio ou de qualquer terceiro.
02. Considere a seguinte situação hipotética:
Funcionário público comete erro de cálculo, o que leva ao recolhimento de valor menor do que o
devido para a Fazenda Pública Estadual. A responsabilização prescrita pelo Estatuto dos Funcioná-
rios Públicos Civis do Estado de São Paulo, nesse caso, determina que
a) o funcionário seja obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado, sem
prejuízo das sanções penais cabíveis.
b) haja instauração de processo administrativo disciplinar e, comprovado o prejuízo, seja aplicada a
pena de demissão, independentemente de ter agido o funcionário com má-fé ou não.
c) seja o caso remetido aos juízos civil e criminal, aguardando a resolução de ambos para
decidir acerca da conduta administrativa cabível.
d) o valor do prejuízo seja apurado e descontado do vencimento ou remuneração mensal, não
excedendo o desconto a 30% (trinta por cento) do valor desses.
e) não tendo havido má-fé, seja aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, a de suspensão.
03. Em relação aos deveres, proibições e responsabilidades do servidor público, é correto afirmar que
a) é seu dever guardar sigilo sobre assuntos da repartição, o que o impede de representar aos
superiores sobre as irregularidades de que tiver conhecimento no exercício de suas funções.
b) ele é proibido de participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou indus-
triais, ou de sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas
com o Governo do Estado.
c) em caso de desfalque aos cofres públicos, o servidor poderá repor a importância do prejuízo
causado em parcelas que não excedam à 10ª (décima) parte do vencimento ou remuneração.
d) para ser responsabilizado administrativamente, o servidor deverá ser condenado criminal-
mente, por decisão transitada em julgado.
e) ele pode exercer emprego ou função em empresas, estabelecimentos ou instituições que
tenham relações com o Governo, em matéria que se relacione com a finalidade da repartição
ou serviço em que esteja lotado, desde que fora do horário de trabalho.
Gabarito
01 - A
02 - E
03 - B
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