Diabetes

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Diabetes: o que é, tipos, sintomas e remédios
DOENÇA
Diabetes: o que é, tipos, sintomas e remédios
A doença é caracterizada pela falta de insulina no organismo, o que causa o aumento do
nível de glicose no sangue.
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Especialista consultadoDra. Andressa HeimbecherEndocrinologia e MetabologiaCRM
123579/SP
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (2004). Concluiu no
ano de 2008 a Residência em Clínica...
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Escrito porGabriela MaracciniAnalista Editorial


Graduada em Jornalismo pela PUC-SP, com experiência na cobertura e produção de
conteúdos sobre saúde, bem-estar, maternidade, alimentação e fitness.
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Atualizado em 21 de setembro de 2022Publicado em 28 de julho de 2011

O que é Diabetes?

O diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento do açúcar no sangue devido
à falta ou má absorção de insulina. A condição também é conhecida como diabetes
mellitus.
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A insulina é produzida no pâncreas e é responsável por transformar as moléculas de


glicose em energia. Quando esse hormônio está em falta, ou quando não está agindo
corretamente, ocorre o aumento de açúcar no sangue e, consequentemente, o diabetes.
A falta ou mau funcionamento da insulina pode ter origem genética, mas também ser
causada por hábitos pouco saudáveis, como alimentação inadequada, principalmente com
consumo excessivo de carboidratos e açúcar, além de sedentarismo.

O Brasil é o sexto país com maior incidência de diabetes no mundo e o primeiro na


América Latina, segundo o Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federação
Internacional de Diabetes (IDF). Atualmente, são 15,7 milhões de pessoas adultas com
essa condição. A estimativa é que, até 2045, a doença afete 23,2 milhões de adultos
brasileiros. Entenda mais sobre o diabetes a seguir.

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Tipos

O diabetes mellitus é um conjunto de doenças com uma característica em comum: o


aumento da concentração de glicose no sangue, relacionado com a menor produção de
insulina no organismo. Por isso, existem diversos tipos de diabetes, que diferem de
acordo com a causa. São eles:
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 Diabetes tipo 1: acontece quando a produção de insulina pelo pâncreas é
insuficiente devido a um defeito do sistema imunológico em que os
anticorpos atacam as células que produzem esse hormônio. É o tipo menos
comum e surge desde o nascimento;
 Diabetes tipo 2: afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, de modo
que o paciente pode apresentar resistência aos efeitos da insulina ou não
produzir insulina suficiente para manter um nível de glicose normal. É o tipo
mais comum, afetando cerca de 90% das pessoas com diabetes, e está, na
maioria das vezes, relacionado a maus hábitos alimentares;
 Pré-diabetes: ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos
que o normal, mas ainda não são caracterizados como diabetes tipo 2.
Nesse caso, o paciente tem potencial para desenvolver a doença, portanto,
é um sinal de alerta, principalmente para pessoas com fatores de risco,
como sobrepeso, obesidade e hipertensão;
 Diabetes gestacional: é o aumento da resistência à ação da insulina na
gestação, levando ao aumento nos níveis de glicose no sangue
diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após
o parto. A causa exata ainda não é conhecida, mas envolve mecanismos
relacionados à resistência à insulina pela produção de hormônios.
Leia mais: Diabetes tipo 1 e 2: você sabe qual é a diferença?
Há, ainda, tipos de diabetes que são decorrentes de defeitos genéticos associados a outras
doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser:

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 Diabetes por defeitos genéticos da função da célula beta;


 Diabetes por defeitos genéticos na ação da insulina;
 Diabetes por doenças do pâncreas exócrino,
como pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística e outros;
 Diabetes por defeitos induzidos por drogas ou produtos químicos, como
diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos e outros.

Também existe o diabetes insípidus , que, apesar do nome parecido, não tem relação com
o diabetes mellitus. Trata-se de um distúrbio de controle de água no organismo, no qual os
rins não conseguem reter adequadamente a água que é filtrada, levando ao aumento no
volume de urina diária.
Sintomas

Os sintomas de diabetes costumam aparecer em diferentes momentos da vida,


dependendo do tipo. Por exemplo, o diabetes tipo 1 pode se manifestar em qualquer idade,
mas é mais comum ser diagnosticado em crianças, adolescentes ou adultos jovens.
Já o diabetes tipo 2 é mais comum em adultos acima de 45 anos, com sobrepeso ou
obesidade, mas também pode ocorrer com qualquer pessoa em qualquer idade. O diabetes
gestacional, como o próprio nome sugere, se manifesta durante a gravidez.

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Veja, a seguir, os principais sintomas de diabetes:

 Vontade frequente de urinar;


 Fome excessiva;
 Excesso de sede;
 Mudanças de humor;
 Náuseas e vômitos;
 Alteração visual (visão embaçada);
 Formigamento nos pés.

Quer saber mais? Confira quais são todos os sintomas de diabetes !


Diagnóstico

O diagnóstico de diabetesnormalmente é feito por meio de três exames, sendo eles:


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 Glicemia de jejum: é um exame que mede o nível de açúcar no sangue no


momento em que é feito, servindo para monitorização do tratamento de
diabetes. Os valores de referência ficam entre 70 a 99 miligramas de
glicose por decilitro de sangue (mg/dL);
 Hemoglobina glicada: é o exame que avalia a fração da hemoglobina,
proteína dentro do glóbulo vermelho, que se liga à glicose. Os valores da
hemoglobina glicada irão indicar se você está ou não com hiperglicemia,
iniciando uma investigação para o diabetes. Os valores normais para
pessoas sadias variam entre 4,5% e 5,7%;
 Curva glicêmica: é o exame que mede a velocidade com que seu corpo
absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é
feita a medida das quantidades da substância em seu sangue após duas
horas da ingestão. Os valores de referência são menos de 100 mg/ dl em
jejum, e 140 mg/dl após duas horas. Um resultado maior que 200 mg/dl é
considerado suspeito para diabetes.
Tratamento

O tratamento para diabetes tem como objetivo controlar a glicose presente no sangue


do paciente, evitando que a concentração de açúcar apresente picos ou quedas ao longo do
dia. Dessa forma, é possível aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e evitar
complicações mais graves.
Veja a seguir o tratamento indicado para cada tipo de diabetes:

Tratamento para diabetes tipo 1

O principal tratamento para diabetes tipo 1 é a aplicação da insulina, por via injetável.
Esse uso deve ser diário, com o objetivo de aumentar a concentração desse hormônio no
organismo, já que o pâncreas não está o produzindo normalmente.
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A insulina deve ser aplicada diretamente no tecido subcutâneo (camada de células de


gordura na pele). Os melhores locais para a aplicação de insulina são o abdômen
(barriga), coxa (frente e lateral externa), braço, região da cintura e glúteo (superior ou
lateral). Veja, a seguir, como aplicar a insulina corretamente:

Além da aplicação da insulina, é recomendado manter uma alimentação saudável e bem


planejada para evitar picos de glicose no sangue. A prática de atividades físicas também é
essencial. Em alguns casos, é possível que o médico receite medicamentos via oral para o
tratamento.

Tratamento para diabetes tipo 2

O tratamento para diabetes tipo 2inclui mudanças de hábitos, como a prática de


exercícios físicos, que ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue controlados,
planejamento da dieta, redução do consumo de alimentos açucarados e carboidratos
simples, além da verificação de glicemia.
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Em alguns casos, é preciso fazer o uso de medicamentos para diabetes tipo 2. É o caso de:

 Inibidores da alfaglicosidase: são medicamentos que impedem a digestão e


absorção de carboidratos no intestino;
 Sulfonilureias: Estimulam a produção pancreática de insulina pelas células
beta do pâncreas, tem alto potencial de redução de A1C (até 2% em
média), mas podem causar hipoglicemia;
 Glinidas: nateglinida e repaglinida, via oral. Agem também estimulando a
produção de insulina pelo pâncreas.
Quando os medicamentos não são suficientes para controlar a glicose, ou quando não são
uma opção no tratamento, é possível aplicar insulina como parte do tratamento.

Tratamento para pré-diabetes

Na maior parte dos casos, o tratamento para pré-diabetes se inicia com as orientações
para modificação de hábitos de vida: dieta com redução de calorias, gorduras saturadas e
carboidratos, principalmente os simples, além do estímulo à atividade física.
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Em alguns casos, o médico responsável poderá optar, junto com o paciente, por iniciar
tratamento com medicação para prevenir a evolução para o diabetes.

Tratamento para diabetes gestacional

O tratamento para diabetes gestacional visa diminuir os níveis de açúcar na corrente


sanguínea, a fim de evitar prejuízos no desenvolvimento do bebê. O primeiro passo é a
verificação constante do açúcar no sangue durante a gestação, de quatro a cinco vezes por
dia (de manhã em jejum e após as refeições). O açúcar no sangue também deve ser
acompanhado durante o parto.
Além disso, a dieta específica para mulheres com diabetes gestacional é importante para
controlar o açúcar no sangue e evitar o ganho de peso. Em conjunto à alimentação
saudável, a atividade física regular tem um papel fundamental no bem-estar e no controle
da glicose no sangue.

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Caso uma dieta acompanhada de exercícios não seja suficiente, a gestante pode precisar
de injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue. Alguns médicos prescrevem
também medicamentos via oral para controlar o açúcar no sangue. Por fim, é importante
monitorar o crescimento e desenvolvimento do bebê por meio de ultrassons e outros
testes.

Dieta para diabetes

Seguir uma dieta para diabetes é uma das principais formas de controlar a doença. A
alimentação deve ser baseada na redução do consumo de açúcar e de carboidratos simples,
como pães e massas. O consumo de frutas e sucos também deve ser controlado, já que o
excesso pode aumentar o nível de açúcar no sangue.
Entre os alimentos considerados proibidos, estão também bebidas açucaradas, como
refrigerantes e sucos industrializados, e bebidas alcóolicas.

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Saiba mais: Dieta para diabetes: dicas de alimentação, mitos e cardápio


Medicamentos

Existem diferentes tipos de remédio para diabetes. Na consulta, o médico dirá qual o
medicamento mais indicado para cada caso, bem como a dosagem correta e a duração do
tratamento. Confira, a seguir, os remédios diabetes mais populares:
 Azukon MR;
 Cloridrato de metformina (como Glifage XR);
 Glifage;
 Galvus;
 Glibenclamida;
 Januvia;
 Victoza.
Tem cura?

O diabetes não tem cura. Entretanto, a doença pode ser totalmente controlada através do
tratamento adequado e de outros cuidados que o paciente deve seguir.
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Se a pessoa desenvolve a doença de forma secundária, devido ao uso contínuo de


corticoides, obesidade mórbida e alcoolismo, por exemplo, é possível que os níveis de
açúcar no sangue se normalizem com o controle dessas condições. Isto, muitas vezes, é
visto como uma cura.
Porém, caso a pessoa volte a ganhar peso ou retome os hábitos alcoolistas, o diabetes
pode voltar a aparecer. Por isso, é importante fazer o devido acompanhamento com
especialistas e seguir o tratamento adequadamente para alcançar uma melhor qualidade de
vida.
Prevenção

Para quem quer saber como prevenir diabetes, uma série de hábitos devem fazer parte da
rotina, principalmente entre os pacientes que têm histórico familiar da doença ou que
estão com pré-diabetes. É o caso de:
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 Manter o peso adequado;


 Não fumar;
 Controlar a pressão arterial;
 Evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas;
 Praticar atividade física regular.

Convivendo (Prognóstico)

Pacientes com diabetes devem ser orientados a:

 Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões (vale a
pena usar um espelho para visualizar as plantas dos pés todos os dias);
 Manter uma alimentação saudável;
 Utilizar os medicamentos prescritos, seguindo à risca as dosagens
indicadas pelo médico;
 Praticar atividades físicas;
 Manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações
médicas.

Leia mais: Diabetes: Oito maneiras de controlar a vontade de comer doces


Além disso, algumas medidas são essenciais para controlar o diabetes. Cortar o cigarro é
uma delas, já que o tabagismo, quando associado à doença, multiplica em até cinco vezes
o risco de infarto. Isso acontece porque as substâncias presentes no cigarro ajudam a criar
acúmulos de gordura nas artérias, bloqueando a circulação.

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Consequentemente, o fluxo sanguíneo fica mais e mais lento, até o momento em que a
artéria entope. Além disso, fumar também contribui para a hipertensão no paciente com
diabetes. Veja, a seguir, como o cigarro e o álcool podem afetar a doença:

Complicações possíveis

Quando não tratado de maneira correta, o diabetes pode causar danos à saúde. Isso
acontece porque os níveis de açúcar no sangue ficam elevados por muito tempo,
prejudicando o funcionamento de vários órgãos. Entre as principais complicações do
diabetes, estão:
Arteriosclerose

A arteriosclerose  é caracterizada pelo endurecimento e espessamento da parede das


artérias. Isso faz com que o fluxo sanguíneo seja prejudicado.
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Pé diabético

O pé diabético consiste em uma série de alterações que podem ocorrer nos pés do
paciente com diabetes não controlado. Essa condição pode evoluir para um quadro
uma úlcera (ferida) e gangrena (morte do tecido corporal).
Nefropatia diabética

A nefropatia diabética  é uma doença que consiste nas alterações nos vasos sanguíneos
dos rins, acarretando em uma perda de proteína pela urina. O órgão pode reduzir a sua
função lentamente, mas de forma progressiva até a sua paralisação total.
Retinopatia diabética

A retinopatia diabética é uma condição caracterizada por lesões que aparecem na retina
do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da
acuidade visual.
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Neuropatia diabética

A neuropatia diabética  é um distúrbio nervoso causado pelo diabetes. Com o passar do


tempo, pessoas com a doença podem sofrer danos nos nervos, podendo apresentar
sintomas como formigamento ou dormência, dores, desequilíbrio, enfraquecimento
muscular, traumatismo, pressão baixa e distúrbios digestivos.
Outras complicações do diabetes

Além das complicações listadas acima, o diabetes pode favorecer outras condições, como
infarto do miocárdio, AVC e hipertensão. Isso acontece porque a alta concentração de
glicose no sangue prejudica a circulação, aumentando a pressão arterial.

O excesso de glicose também pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o


risco da pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. A causa por trás dessa
condição é que a hiperglicemia prejudica o funcionamento dos glóbulos brancos, que são
responsáveis pelo combate a vírus, bactérias e outros microorganismos.

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Saiba mais: Veja de forma mais detalhada todas as complicações do diabetes


Referências

Ministério da Saúde
Andressa Heimbecher, médica endocrinologista titular na Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia e membro ativo da Endocrine Society, CRM 123579

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Danilo Höfling, médico endocrinologista e doutor em ciências pela Faculdade de


Medicina da Universidade de São Paulo Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia, CRM 55221

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Milena Teles, médica endocrinologista do Fleury Medicina e Saúde, CRM CE 14016

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Cleide Sabino, médica endocrinologista do Laboratório Pasteur

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………
Diabetes mellitus
grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis elevados de glicose no sangue durante um longo
período de tempo

 Língua
 Descarregar PDF
 Vigiar
 Editar
Diabetes mellitus, ou simplesmente diabetes, é um grupo de doenças metabólicas em
que se verificam níveis elevados de glicose no sangue durante um longo intervalo de
tempo.[6] Os sintomas da elevada quantidade de glicose
incluem polaquiúria (necessidade frequente de urinar) e aumento da sede (polidipsia) e
da fome (polifagia). Quando não é tratada, a diabetes pode causar várias complicações.
[1] Entre as complicações agudas estão a cetoacidose, coma hiperosmolar
hiperglicémico ou morte.[7]Entre as complicações a longo prazo estão doenças
cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, doença renal crónica, úlceras no
pé e retinopatia diabética.[1]
Diabetes mellitus

Círculo azul, símbolo universal da diabetes

Especialidade Endocrinologia

Sintomas Micção frequente, sede excessiva, fome


excessiva[1]

Complicações Cetoacidose diabética, coma hiperosmolar


hiperglicémico, doenças
cardiovasculares, acidente vascular
cerebral, doença renal crónica, úlceras no pé[2][1]
Tipos Diabetes do tipo 1, diabetes do tipo 2, diabetes
gestacional

Método de Níveis elevados de glicose no sangue[1]


diagnóstico

Tratamento Dieta saudável, exercício físico[1]

Medicação Insulina, metformina[1][3]

Frequência 415 milhões (8,5%)[4][1]

Mortes 1,5–5 milhões/ano[5][4]

Classificação e recursos externos

CID-10 E10 — E14

CID-9 250

CID-11 465177735

MedlinePlus 001214

eMedicine med/546emerg/134

MeSH D003920

 Leia o aviso médico 

A diabetes é o resultado quer da produção insuficiente de insulina pelo pâncreas, quer


da resposta inadequada das células do corpo à insulina produzida.[8] Existem três tipos
principais de diabetes:[1]
 A diabetes mellitus tipo 1 resulta da produção de quantidade insuficiente de insulina
pelo pâncreas. Este tipo era anteriormente denominado "diabetes insulino-dependente".
As causas são desconhecidas.[1]
 A diabetes mellitus tipo 2 tem origem na resistência à insulina, uma condição em que as
células do corpo não respondem à insulina de forma adequada. [1] À medida que a
doença avança, pode também desenvolver-se insuficiência na produção de insulina.
[9] Este tipo era anteriormente denominado "diabetes não insulino-dependente". A
principal causa é peso excessivo e falta de exercício físico.[1]
 A diabetes gestacional é a condição em que uma mulher sem diabetes apresenta níveis
elevados de glicose no sangue durante a gravidez.[1]
Tanto a prevenção como o tratamento da diabetes consistem em manter uma dieta
saudável, praticar regularmente exercício físico, manter um peso normal e abster-se
de fumar. Em pessoas com a doença, é importante controlar a pressão arterial e manter a
higiene dos pés. A diabetes do tipo 1 deve ser tratada com injeções regulares de
insulina.[1] A diabetes do tipo 2 pode ser tratada com medicamentos por via oral como
metformina e glibenclamida, com ou sem insulina.[5] Tanto a insulina como alguns
medicamentos por via oral podem causar baixos níveis de glicose no sangue.[10] Em
pessoas obesas com diabetes do tipo 2, a cirurgia de redução do estômago pode ser uma
medida eficaz.[11] A diabetes gestacional geralmente resolve-se por si própria após o
nascimento do bebé. No entanto, se não for tratada durante a gravidez pode ser a causa
de várias complicações para a mãe e para o bebé.[12]
Estima-se que em 2015 cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo tivessem
diabetes.[4] Cerca de 90% dos casos eram diabetes do tipo 2,[13][14] o que corresponde a
8,3% da população adulta.[14] A doença afeta em igual proporção mulheres e homens.
[15]Em 2014, a tendência sugeria que a prevalência continuaria a aumentar.[16] A
diabetes aumenta pelo menos duas vezes o risco de morte prematura.[1] Entre 2012 e
2015, a diabetes foi a causa de entre 1,5 e 5 milhões de mortes anuais.[5][4] Estima-se
que em 2014 o custo económico global da doença tenha sido de 612 mil milhões
de dólares.[17]
Etimologia
O termo latino "diabetes" tem origem no vocábulo grego διαβήτης, por sua vez derivado
do verbo διαβαίνω, que significa «passar através».[18][19] Proveniente do latim, o
termo mellitus significa «aquilo que contém mel; doce como o mel», numa referência ao
excesso de glicose presente na urina do portador da doença.[20]
Quanto ao gênero da palavra diabetes, em português é possível usar igualmente o
masculino ("o diabetes"), como o feminino ("a diabetes").[21][22] Já a palavra "diabete",
sem a letra "s" final, é uma «forma não preferencial» segundo o Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa.[23]
Neste verbete, por questão de uniformização, optou-se pelo gênero feminino, isso é, "a
diabetes".

Classificação
O diabetes tipo 1 é mais comum em jovens menores de 30 anos e o tipo 2 é mais comum em
maiores de 45 anos e obesos. Ambos são mais comuns em mulheres. [24]

Carnes, ovos e laticínios devem ser consumidos com moderação, pois possuem proteínas que,
em excesso, também alteram a glicemia e sobrecarregam os rins, além de possuírem
muitas gorduras saturadase colesterol ruim.[25]

Deve-se consultar um nutricionistapara organizar a dieta melhor recomendada para seu caso.

O termo "diabetes", geralmente, se refere à diabetes mellitus, mas existem muitas outras
condições, mais raras, também denominadas como "diabetes". A diabetes
insípida (insípida significa "sem gosto" em Latim), é uma doença rara, na qual há menor
alteração na glicose do organismo porém com sintomas semelhantes aos da diabetes
mellitus. Esta diabetes pode ser causada por danos aos rinsou à glândula pituitária.
Diabetes mellitus tipo 1
Ver artigo principal: Diabetes mellitus tipo 1

No caso da diabetes mellitus tipo 1, esta aparece quando o sistema imunitário do doente
ataca as células beta do pâncreas. A causa desta confusão ainda não foi definida, apesar
de parecer estar associada a casos de constipações e outras doenças. O tipo de
alimentação, o estilo de vida etc. não têm qualquer influência no aparecimento deste
tipo de diabetes.
Normalmente, se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza por um déficit de
insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos autoimunes
ou idiopáticos. Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1, a qual se
apresenta mais frequentemente entre jovens e crianças. Este tipo de diabetes se conhecia
como diabetes mellitus insulino-dependente ou diabetes infantil. Nela, o corpo produz
pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem receber injeções
diárias de insulina. A quantidade de injeções diárias é variável em função do tratamento
escolhido pelo endocrinologista e também em função da quantidade de insulina
produzida pelo pâncreas. A insulina sintética pode ser de ação lenta ou rápida: a de ação
lenta é ministrada ao acordar e ao dormir (alguns tipos de insulina de ação lenta, porém,
são ministradas apenas uma vez por dia) ; a de ação rápida é indicada logo antes de
grandes refeições. Para controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três
fatores: a insulina, a alimentação e o exercício.
Sobre a alimentação é preciso ter vários fatores em conta. Apesar de ser necessário
algum rigor na alimentação, há de lembrar que este tipo de diabetes atinge
essencialmente jovens, e esses jovens estão muitas vezes em crescimento e têm vidas
ativas. Assim, o plano alimentar deve ser concebido com isso em vista, uma vez que
muitas vezes se faz uma dieta demasiado limitada para a idade e atividade do doente.
Para o dia a dia, é desaconselhável a ingestão de carboidratos de ação rápida (sumos,
bolos, cremes) e incentivado os de ação lenta (pão, bolachas, arroz, massa...) de modo a
evitar picos de glicemia.

Resultados contraditórios têm sido relatados sobre os benefícios da atividade física no


controle metabólico desses pacientes. Ainda controverso também é o tipo de exercício
(aeróbica ou treinamento resistido), alimentação antes do exercício e dose de insulina
mais benéfico neste grupo. A prática de exercícios pode agravar
a cetose e hipoglicemia porém diminuem os riscos de problemas cardíacos e melhoram
o controle glicêmico e o perfil lipídico especialmente em jovens.[26] (Mais informações
sobre exercícios e diabetes tipo 1) Nas grandes cidades existem academias
especializadas em pacientes com problemas de saúde e que podem ajudar na escolha e
monitoração correta da prática dos exercícios para diabéticos.
Diabetes mellitus tipo 2
Ver artigo principal: Diabetes mellitus tipo 2

Antigamente chamada de "diabetes não insulinodependente" ou "diabetes tardio", tem


mecanismo fisiopatológico complexo e não completamente elucidado. Parece haver
uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à
insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. As células beta do pâncreas
aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba
por levar as células beta à exaustão.

Desenvolve-se frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a


associação com a obesidade e idosos. Vários fármacos e outras causas podem, contudo,
causar este tipo de diabetes. É muito frequente a diabetes tipo 2 associada ao uso
prolongado de corticoides, frequentemente associado à hemocromatose não tratada.

Diabetes gestacional
Ver artigo principal: Diabetes gestacional

O aumento da produção de hormônios, principalmente do lactogênio placentário, pode


prejudicar a ação da insulina materna. [27]

A diabetes gestacional também envolve uma combinação de secreção e responsividade


de insulina inadequados, assemelhando-se à diabetes tipo 2 em diversos aspectos. Ela se
desenvolve durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do
bebê. Embora possa ser temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do
feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional
desenvolvem diabetes tipo 2 mais tardiamente na vida.
A diabetes mellitus gestacional (DMG) ocorre em cerca de 2% a 7% de todas
as gravidezes. Ela é temporária e completamente tratável mas, se não tratada, pode
causar problemas com a gravidez, incluindo macrossomia fetal(peso elevado do bebê ao
nascer), malformações fetais e doença cardíaca congênita. Ela requer supervisão médica
cuidadosa durante a gravidez. Os riscos fetais/neonatais associados à DMG incluem
anomalias congênitas como malformações cardíacas, do sistema nervoso central e de
músculos esqueléticos. A insulina fetal aumentada pode inibir a produção de surfactante
fetal e pode causar problemas respiratórios. A hiperbilirrubinemia pode causar a
destruição de hemácias. Em muitos casos, a morte perinatal pode ocorrer, mais
comumente como um resultado da má profusão placentária devido a um prejuízo
vascular.
Outros tipos
Outros tipos de diabetes <5% de todos os casos diagnosticados:

A: Defeito genético nas células beta;


B: Resistência à insulina determinada geneticamente;
C: Doenças no pâncreas;
D: Causada por defeitos hormonais;
E: Causada por compostos químicos ou fármacos;
F: Infecciosas (rubéola congênita, citamegalovírus e outros);
G: Formas incomuns de diabetes imuno-mediadas (síndrome do "Homem Rígido",
anticorpos anti-insulina e outros);
H: Outras síndromes genéticas algumas vezes associadas com diabetes (síndrome de
Down; síndrome de Klinefelter, síndrome de Turner, síndrome de Wolfram, ataxia de
Friedreich, coreia de Huntington, síndrome de Laurence-Moon-Biedl, distrofia
miotônica, porfiria, síndrome de Prader-Willie outras).
Sinais e sintomas

Aumento da sede é um dos sintomas de hiperglicemia [28]

A tríade clássica dos sintomas da diabetes:


 poliúria (aumento do volume urinário);
 polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos);
 polifagia (apetite aumentado).

Outros sintomas importantes incluemː[28]


 perda de peso;
 visão turva;
 cetoacidose diabética;
 síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica.

Pode ocorrer perda de peso. Estes sintomas podem se desenvolver bastante rapidamente


no tipo 1, particularmente em crianças (semanas ou meses) ou pode ser sutil ou
completamente ausente — assim como pode se desenvolver muito mais lentamente —
no tipo 2. No tipo 1 pode haver também perda de peso (apesar da fome aumentada ou
normal) e fadiga. Estes sintomas podem também se manifestar na diabetes tipo 2 em
pacientes cuja doença é mal controlada.
Problemas de visão atingem 40% dos diabéticos insulinodependentes e e 20% dos
diabéticos não insulinodependentes. Sendo mais comum em mulheres e entre os 30 aos
65 anos. Caso não seja tratado pode causar catarata, glaucoma e cegueira. Depois de 10
anos de doença, problemas de visão atingem 50% dos pacientes e depois de 30 anos
atingem 90%.[29]
Causas

Infecção virais podem desencadear respostas auto-imunes que resultam no diabetes mellitus tipo
1[30]

No Brasil, 40% têm excesso de peso e 10 a 15 % têm obesidade[31] e o aumento do tecido
gorduroso leva à produção exagerada de substâncias que interferem com a ação da insulina
produzida pelo pâncreas.[32]

Existem várias causas para a diabetesː[33]


 Defeitos genéticos no funcionamento da célula β (beta):
o Transmissão autossômica dominante de início precoce ('Maturity Onset
Diabetes of the Young')[34]
o Mutações no DNA mitocondrial
 Defeitos genéticos no processamento de insulina ou ação da insulina
o Defeitos na conversão pró-insulina

o Mutações de gene responsável pela produção de insulina


o Mutações de receptor da insulina
 Poliendocrinopatia por mutações do gene regulador da autoimunidade (AIRE) [35]
 Defeitos do pâncreas exócrino
o Pancreatite crônica
o Pancreatectomia
o Neoplasia do pâncreas
o Fibrose cística
o Hemocromatose
o Pancreatopatia fibrocalcular
 Endocrinopatias
o Excesso de hormônio do crescimento(acromegalia)
o Síndrome de Cushing
o Hipertireoidismo
o Feocromocitoma
o Glucagonoma
 Infecções virais
o Infecção por citomegalovírus
o Infecção pelo Coxsackievirus B4
 Drogas
o Glicocorticoides
o Hormônio da tireoide
o Agonista beta-adrenérgicos

Fatores de risco
Os principais fatores de risco para a diabetes mellitus sãoː[28]
 Idade acima de 45 anos;
 Obesidade (>120% peso ideal ou índice de massa corporal Ž 25 kg/m²);
 História familiar de diabetes em parentes de 1° grau;
 Diabetes gestacional ou macrossomia prévia;
 Hipertensão arterial sistêmica;
 Colesterol HDL abaixo de 35 mg/dl e/ou triglicerídeos acima de 250 mg/dl;
 Alterações prévias da regulação da glicose;

Fatores genéticos

Insulite, uma infiltração inflamatória das ilhotas de Langerhans (no pâncreas), que precede o
desenvolvimento do diabetes autoimune

Ambos os tipos 1 e 2 têm fatores genéticos importantes, sendo o principal fator


desencadeante de 20-30% dos casos de tipo 1 e de 5-10% dos casos de diabetes tipo 2.
Geralmente essa predisposição genética resulta em disfunção do pâncreas na produção
de insulina. O tipo 1 é desencadeado mais cedo, atingindo crianças e adolescentes
(principalmente por volta dos 10 aos 14 anos), justamente pelo fator genético. Pode ter
tanto origem monogênica (um único gene defeituoso em áreas centrais da produção de
insulina) quanto poligênica (vários genes em áreas secundárias). Os estudos indicam por
volta de 20 genes responsáveis mas apenas 13 foram comprovados.[36][37]
Estudos indicam que cerca de 12% da população ocidental possui um ou mais genes
favoráveis ao desenvolvimento de diabetes.[38]
A diabetes tipo 2 (diabetes mellitus tipo 2) também tem um fator genético, ocorrendo
simultaneamente em 50 a 80% dos gêmeos idênticos e 20% dos não idênticos. Entre
os Pima (nativos americanos do Arizona) 50% da população desenvolve a Diabetes
Mellitus tipo 2 enquanto em certos grupos orientais atinge menos de 1%.[39] Porém, é
importante lembrar que mesmo com uma genética favorável, hábitos saudáveis servem
para prevenir e adiar o aparecimento dessa doença que acomete geralmente apenas os
obesos, hipertensos e dislipidêmicos (que compreendem de 90-95% de todos os casos).
[40]
Fisiopatologia

O diabetes é resultado de um defeito na secreção de insulina e/ou em sua recepção pelas células
beta no pâncreas

As células beta produzem insulina quando a glicose está alta, por exemplo, depois de digerir
carboidratos, e as células alfa produzem glucagon quando a glicose está baixa, por exemplo,
durante o jejum ou em situação estressante.

O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio denominado insulina.


Este hormônio é responsável pela regulação da glicemia (glicemia: nível de glicose no
sangue). Para que as células das diversas partes do corpo humano possam realizar o
processo de respiração aeróbica (utilizar glicose como fonte de energia), é necessário
que a glicose esteja presente na célula. Portanto, as células possuem receptores de
insulina (tirosina quínase) que, quando acionados "abrem" a membrana celular para a
entrada da glicose presente na circulação sanguínea. Uma falha na produção de insulina
resulta em altos níveis de glicose no sangue, já que esta última não é devidamente
dirigida ao interior das células.
Visando manter a glicemia constante, o pâncreas também produz outro hormônio
antagônico à insulina, denominado glucagon. Ou seja, quando a glicemia cai, mais
glucagon é secretado visando restabelecer o nível de glicose na circulação. O glucagon é
o hormônio predominante em situações de jejum ou de estresse, enquanto a insulina tem
seus níveis aumentados em situações de alimentação recente.
Como a insulina é o principal hormônio que regula a quantidade de glicose absorvida
pela maioria das células a partir do sangue (principalmente células musculares e de
gordura, mas não células do sistema nervoso central), a sua deficiência ou a
insensibilidade de seus receptores desempenham um papel importante em todas as
formas da diabetes mellitus.

Grande parte do carboidrato dos alimentos é convertido em poucas horas


no monossacarídeo glicose, o principal carboidrato encontrado no sangue. Alguns
carboidratos não são convertidos. Alguns exemplos incluem a frutose que é utilizada
como um combustível celular, mas não é convertida em glicose e não participa no
mecanismo regulatório metabólico da insulina / glicose; adicionalmente, o carboidrato
celulose não é convertido em glicose, já que os humanos e muitos animais não têm vias
digestivas capazes de digerir a celulose.
A insulina é liberada no sangue pelas células beta (células β) do pâncreas em resposta
aos níveis crescentes de glicose no sangue (por exemplo, após uma refeição). A insulina
habilita a maioria das células do corpo a absorverem a glicose do sangue e a utilizarem
como combustível, para a conversão em outras moléculas necessárias, ou para
armazenamento. A insulina é também o sinal de controle principal para a conversão da
glicose (o açúcar básico usado como combustível) em glicogênio para armazenamento
interno nas células do fígado e musculares. Níveis reduzidos de glicose resultam em
níveis reduzidos de secreção de insulina a partir das células beta e na conversão reversa
de glicogênio a glicose quando os níveis de glicose caem.
Níveis aumentados de insulina aumentam muitos processos anabólicos (de crescimento)
como o crescimento e duplicação celular, síntese proteica e armazenamento de gordura.
Se a quantidade de insulina disponível é insuficiente, se as células respondem mal aos
efeitos da insulina (insensibilidade ou resistência à insulina), ou se a própria insulina
está defeituosa, a glicose não será administrada corretamente pelas células do corpo ou
armazenada corretamente no fígado e músculos. O efeito dominó são níveis altos
persistentes de glicose no sangue, síntese proteica pobre e outros distúrbios metabólicos,
como a acidose.
Quando a concentração de glicose no sangue está alta (acima do limiar renal), a
reabsorção de glicose no túbulo proximal do rim é incompleta, e parte da glicose é
excretada na urina (glicosúria). Isto aumenta a pressão osmótica da urina e
consequentemente inibe a reabsorção de água pelo rim, resultando na produção
aumentada de urina (poliúria) e na perda acentuada de líquido. O volume de plasma
perdido será reposto osmoticamenteda água armazenada nas células do corpo,
causando desidratação e sede aumentada.
Quando os níveis altos de glicose permanecem por longos períodos, a glicose causa
danos ao sistema circulatório da retina, levando a dificuldades de visão conhecidas
como retinopatia diabética. A visão borrada é a reclamação mais comum que leva ao
diagnóstico de diabetes; o tipo 1 deve ser suspeito em casos de mudanças rápidas na
visão, ao passo que o tipo 2 geralmente causa uma mudança mais gradual.
Cetoacidose diabética
Ver artigo principal: Cetoacidose diabética

Pacientes (geralmente os com diabetes tipo 1) podem apresentar também cetoacidose


diabética, um estado extremo de desregulação metabólica caracterizada pelo cheiro de
acetona na respiração do paciente, respiração de Cantani (uma respiração rápida e de
amplitude aumentada), poliúria, náusea, vômito e dor abdominal e qualquer um dos
vários estados de consciência alterados (confusão, letargia, hostilidade, mania, etc). Na
cetoacidose diabética severa, pode ocorrer o coma (inconsciência), progredindo para
a morte. De qualquer forma, a cetoacidose diabética é uma emergência médica e requer
atenção de um especialista.
Um estado raro, porém igualmente severo, é o coma hiperosmolar não cetótico, que é
mais comum na diabetes tipo 2, e é principalmente resultante da desidratação devido à
perda de líquido corporal. Frequentemente o paciente têm ingerido quantidades imensas
de bebidas contendo açúcar, levando a uma desidrataçãoem decorrência da perda de
líquido.
Em pacientes que utilizam hipoglicemiantes ou insulina podem ocorrer crises
de hipoglicemia se não houver alimentação adequada, uma vez que continua sendo
possível a absorção de glicose pelas células. Os sintomas predominantes são confusão
mental, agitação ou letargia, sudorese e perda de consciência. Aos primeiros sinais deve
ser tentada administração oral de solução doce, mas não sendo possível deverá ser
tratado como uma emergência médica e ser medicado com glucagon ou glicose
endovenosa.
Complicações

Caso não limpe, cuide bem e esteja atento para ferimentos nos pés, os danos podem levar a
necessidade de amputação

As complicações da diabetes são muito menos comuns e severas nas pessoas que
possuem os níveis glicêmicos (de açúcar no sangue) bem controlados, mantendo-os
entre 70 e 100 mg/dl em jejum.[41][42]
As complicações causadas pela diabetes se dão basicamente pelo excesso de glicose no
sangue, sendo assim, existe a possibilidade de glicosilar as proteínas além de retenção
de água na corrente sanguínea, e retirada da mesma do espaço intercelular.

Complicações agudas
 Cetoacidose diabética
 Cegueira
 Coma hiperosmolar não cetótico (cerca de 14% dos casos)
 Hiperglicemia
 Coma diabético
 Amputação
 Miíase

Complicações crônicas
 Placas de gordura no sangue (Aterosclerose);
 Danos na retina (Retinopatia diabética);
 Hipertensão (por aumento de H2O no sangue, além da glicosilação irregular
do colágeno e proteínas das paredes endoteliais o que pode causar tromboses e coágulos
por todo o sistema circulatório);
 Tromboses e coágulos na corrente sanguínea;
 Problemas dermatológicos (por desnaturação de proteínas endoteliais);
 Síndrome do pé diabético;
 Problemas renais como insuficiência renalprogressiva (atinge 50% dos pacientes com
DM tipo 1);[43]
 Problemas neurológicos, principalmente no pé, como perda
de sensibilidade e propriocepção;
 Problemas metabólicos generalizados;
 Fator de risco à periodontite.

A frequência de problemas cardíacos como acidente vascular cerebral (AVC) e ataque


cardíaco são entre 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes. Os fatores de risco dos
problemas crônicos são: hipertensão arterial, alteração do metabolismo das gorduras
(aumento do colesterol ruim, aumento dos triglicérides e redução do colesterol
bom), tabagismo, obesidade, pouca atividade física e presença
de microalbuminúria (proteína na urina).[44]
Diagnóstico

O diagnóstico do diabetes normalmente é feito com base na verificação das alterações da


glicose no sangue em jejum e após ingestão de grandes doses de açúcar em dois dias diferentes.

Para realizar o teste confirmatório do Diabetes o paciente deve permanecer em jejum de


8h (é permitido beber água) antes da primeira coleta de sangue. Em seguida deve-se
ingerir 75 g de glicose anidra (ou 82,5 g de glicose monoidratada), dissolvidas em 250-
300 ml de água, em no máximo 5 minutos. Uma nova coleta de sangue é feita 2 horas
após a ingestão de glicose. Durante a espera o paciente não pode fumar e deve
permanecer em repouso.[28]
A diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente, e é
diagnosticada ao se demonstrar qualquer um dos itens seguintesː[28]
 Nível plasmático de glicose em jejum de 8h maior ou igual a 126 mg/dL (7,0 mmol/l)
em duas ocasiões.
 Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l duas horas
após ingerir uma dose de 75g de glicose anidra em duas ocasiões (prova de tolerância à
glicose oral).
 Nível plasmático de glicose aleatória igual ou superior a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l
associados a sinais e sintomas típicos de diabetes.
 Níveis de hemoglobina glicada iguais ou superiores a 6,5%.

Não é necessário fazer o reteste caso o paciente já possua os sintomas característicos.


Caso o nível de glicose esteja entre 140 e 200 após a ingestão da glicose anidra é
diagnosticado uma tolerância à glicose diminuída, conhecida como pré-diabetes e que
exige que o paciente faça atividade física regular, perca peso e reduza muito seu
consumo de carboidratos para não desenvolver diabetes. O mesmo vale para pessoas
com nível de glicose no sangue em jejum entre 110 e 126, sendo assim diagnosticados
com glicose plasmática de jejum alterada.[28]
Caso a paciente esteja grávida, um nível de glicose acima de 110 em jejum ou de 140
após ingerir 75g de glicose já é suficiente para indicar diabetes gestacional.[28
Prevenção

Quanto melhor o apoio social melhor será o controle glicêmico, a qualidade de vida e menor o
número de complicações do diabético.[45]

Os riscos de complicações em ambos tipos de diabetes podem ser reduzidos com


mudanças na dieta e atividades físicas regulares. Os portadores de tolerância diminuída
à glicose (TDG) e glicemia de jejum alterada (GJA) devem fazer uma dieta rígida,
praticar atividade física pelo menos 3 vezes por semana e, quando necessário e
aprovado, usar remédios para evitar complicações.[46]Atividades físicas, dieta rígida e
perda de peso entre os grupos de risco diminuem o risco de desenvolvimento do
Diabetes tipo 2 pela metade.[47]
A prática de exercícios físicos traz benefícios como a melhor utilização do oxigênio
pelo organismo, aumento da captação da glicose pelo músculo e aumento da
sensibilidade celular à insulina a partir das primeiras semanas e que dura enquanto eles
estiverem sendo regularmente. Com a insulina sendo usada de forma mais eficaz o
portador de diabetes passa a precisar de doses menores para queimar a glicose extra.[48]
Em pessoas com pré-diabetes tipo 2, o uso de baixas doses de rosiglitazona (2 mg)
e metformina (500 mg) reduz em cerca de 66% o risco de desenvolver diabetes e causa
poucos efeitos adversos.[49]
Prevenção do diabetes tipo 1
É possível detectar fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 1 utilizando
auto anticorpos contra múltiplos antígenos pancreáticos. Existe uma correlação
significativa entre a presença de dois ou mais auto anticorpos e o desenvolvimento de
diabetes mesmo em indivíduos sem parentes diabéticos (90% dos casos).
[50] Tratamentos com imunossupressores
como azatioprina, corticoesteróides e ciclosporina, permitem a diminuição da dose
necessária de reposição insulínica porém são poucos efetivos a longo prazo e ao
suspender o uso dos imunossupressores além de causarem efeitos colaterais.[51]
Cientistas da Universidade de Maryland descobriram uma proteína, chamada
de zonulina, que é produzida em grandes quantidades nas pessoas com doenças
autoimunes. Esta superprodução leva numa cadeia de reações à destruição das células
beta. Os pesquisadores testaram em ratos uma substância que inibe a ação da zonulina,
evitando a progressão das lesões nas células beta pancreáticas. Este inibidor,
denominado experimentalmente de AT-1001 agora está sendo testado em humanos.[52]
Prevenção das complicações
Quanto melhor o controle, menor será o risco de complicações. Desta maneira, a
educação do paciente, compreensão e participação é vital. Os profissionais da saúde que
tratam diabetes também tentam conscientizar o paciente a se livrar certos hábitos que
sejam prejudiciais à diabetes. Estes incluem ronco, apneia do
sono, tabagismo, colesterol elevado (controle ou redução da dieta, exercícios e
medicações), obesidade (mesmo uma perda modesta de peso pode ser benéfica), pressão
sanguínea alta (exercício e medicações, se necessário) e sedentarismo.
Recomenda-se manter um peso saudável, e ter no mínimo 3 horas de exercício por
semana, não ingerir muita gordura, e comer uma boa quantidade de fibras e grãos.
Embora os médicos não recomendem o consumo de álcool, uma revisão sistemática de
2004 [53] indica que o consumo moderado de álcool pode reduzir o risco.
Dieta
A dieta diabética enfatiza a variedade na alimentação, com um consumo elevado de
alimentos in natura e minimamente processados e reduzido daqueles com grandes
quantidades de sal, açúcar e gorduras saturadas. É importante prestar atenção nos
métodos de preparo, priorizando os cozidos no vapor, assados ou grelhados, bem como
na distribuição adequada das refeições.[54]
Segundo estudo de Oliveira e Saito (1989), alguns vegetais brasileiros, podem ser
empregados no tratamento da Diabetes Mellitus (DM), o uso de plantas medicinais
empregadas no auxilio do tratamento do diabetes vem sendo utilizado há muito tempo.
Dentre esses vegetais estão o agrião, alcaçus do Brasil, cajueiro, carqueja amarga,
cebola, erva pombinha ou quebra pedras, estevia, hera terrestre, jambolão, pata-de-vaca,
pau-ferro, ricinus, sálvia e sucupira.[55]
Na pesquisa, Janebro e colaboradores (2008), utilizaram a farinha da casca de maracujá
amarelo (Passiflora edulisf. Flavicarpa Deg.), que possui grande quantidade de pectina,
buscando avaliar seu efeito no peso corporal, nos níveis de glicemia e lipídicos dos
diabéticos do estudo.[56]
Segundo Janebro e colaboradores (2008) em seu estudo, observaram que a glicemia de
jejum obtiveram uma diminuição, quando utilizada a suplementação com a casca do
maracujá amarelo já nas quatro semanas do estudo nos pacientes com diabetes. Ou seja,
terapias não medicamentosas no tratamento de diabetes também mostram efeito, sendo
utilizadas em pacientes que possuem seu metabolismo de forma descompensada ou
mesmo os que o tem controlado, de acordo o estudo.[56]
A redução da glicemia de jejum nos pacientes, segundo ensaio clínico mostraram bom
resultado após 30 e 60 dias quando realizado tratamento com a farinha da casca do
maracujá. De acordo Janebro e colaboradores (2008), esse resultado obtido
possivelmente pode ser explicado devido o efeito das fibras contida no maracujá, como
a pectina, fazendo com que retarde o esvaziamento gástrico causando no indivíduo uma
sensação de saciedade e também retardando o tempo de absorção de carboidratos. Outro
fator importante que a pectina traz é que o gel formado, este pode formar complexo com
os sais biliares, promovendo a excreção do colesterol, que neste caso pode auxiliar em
tratamento de doenças cardiovasculares, obesidade, dislipidemias e na DM.[56]
Na medicina chinesa tradicional, têm sido utilizadas 82 plantas como medicamentos
para o tratamento do diabetes. Essas plantas utilizadas em sua maioria apresentam
atividade hipoglicemiante, quando submetidas à análise farmacológica e ainda tem
elementos químicos que podem ser utilizados como amostra para futuros
hipoglicemiantes. (LI et al., 2004 apud Negri, 2005)[57]
Em relação aos legumes e verduras, no estudo de Brito, Buzo e Salado (2009) mostrou-
se que 67,47% dos pacientes submetidos informaram que consomem diariamente, pois
acreditam que esses alimentos são importantes, fazendo com o que auxiliam no controle
glicêmico.[58]
Segundo a Organização Mundial de saúde, a dieta dos portadores de diabetes é algo de
suma importância, pois é um fator que ajuda manter os níveis glicêmicos dentro dos
padrões estabelecidos.(RIQUE; SOARES; MEIRELLES, 2002 apud Brito; Buzo e
Salado, 2009).[58]
Tratamento

Aparelho médico para administração automática e frequente de insulina

A diabetes mellitus é uma doença crônica, sem cura por tratamentos convencionais, e
sua ênfase médica deve ser necessariamente em evitar/administrar problemas
possivelmente relacionados à diabetes, a longo ou curto prazo.
O tratamento é baseado em cinco conceitos:

 Conscientização e educação do paciente, sem a qual não existe aderência;


 Alimentação e dieta adequada para cada tipo de diabetes e para o perfil do paciente;
 Vida ativa, mais do que simplesmente exercícios;
 Medicamentos:
o Hipoglicemiantes orais;
o Insulina.
 Monitoração dos níveis de glicose e hemoglobina glicada.

É extremamente importante a educação do paciente, o acompanhamento de sua dieta,


exercícios físicos, monitoração própria de seus níveis de glicose, com o objetivo de
manter os níveis de glicose a longo e curto prazo adequados. Um controle cuidadoso é
necessário para reduzir os riscos das complicações a longo prazo.

Isso pode ser alcançado com uma combinação de dietas, exercícios e perda de peso (tipo
2), várias drogas diabéticas orais (tipo 2 somente) e o uso de insulina (tipo 1 e tipo 2 que
não esteja respondendo à medicação oral). Além disso, devido aos altos riscos
associados de doença cardiovascular, devem ser feitas modificações no estilo de vida de
modo a controlar a pressão arterial[59]e o colesterol, se exercitando mais, fumando
menos e consumindo alimentos apropriados para diabéticos, e se necessário, tomando
medicamentos para reduzir a pressão.
O uso de bombas de insulina pode ajudar na administração regular de insulina, porém
tem custo elevado quando comparadas as seringas comuns. Outras opções incluem as
canetas de insulina e os injetores de insulina a jato.

Tratamento do diabetes mellitus tipo 2 por cirurgia

Um estudo feito por médicos franceses publicado na ScienceDirect,[60] confirmou o que


médicos já haviam observado, a cirurgia de redução de estômago (gastroplastia) usada
no tratamento da obesidade mórbida ajuda a controlar a diabetes mellitus tipo 2, um
estudo mais aprofundado feito por Francesco Rubino,[61] levou à criação de uma
cirurgia no intestino que tem alta eficiência no tratamento da diabetes tipo 2 para
pessoas não obesas.
Hipoglicemiantes orais
Ver artigo principal: Hipoglicemiante

Atualmente, dispomos de 8 classes diferentes para o tratamento medicamentoso do


diabetes, cada uma dessas classes agindo em pontos distintos da complexa
fisiopatologia do diabetes. São elasː[62]
 Biguanidas: seu principal representante é a metformina. Atua sobretudo aumentando a
sensibilidade periférica à insulina e inibindo a formação de açúcar hepático no sangue
(gliconeogênese). É a primeira medicação de escolha nos esquemas terapêuticos.
 Sulfonilureiais: agem estimulando a secreção pancreática de insulina. Apresentam alta
potência porém com muito riso de causarem hipoglicemias. Nesse grupo estão incluídos
a gliclazida, glimepirida e glibenclamida por exemplo.
 Inibidores da alfa-glicosidase: pouco utilizada atualmente sendo o único representando
no Brasil a acarbose. Atua no intestino delgado retardando a absorção dos carboidratos.
 Glitazonas: assim como a metformina, as glitazonas agem aumentando a sensibilidade
periférica e hepática à ação da insulina. Seu principal representante é a pioglitazona.
 Glinidas: nesse grupo estão a nateglinida e a repaglinida. Assim como as sulfonilureiais,
aumentam a secreção de insulina através do fechamento de canais de K-ATP, porém
com sítio de ligação diferente. Apresentam maior eficácia para diminuir a glicemia pós-
prandial.
 Inibidores da dipeptidil dipeptisase-4(DPP4): representam uma classe mais moderna de
tratamento pois estimulam a secreção de insulina de modo glicose dependente. Essas
medicações, representadas pela vildagliptina, sitagliptina, linagliptina e saxagliptina são
potentes inibidores da enzima DPP-4. Essa enzima inativa o GLP-1, que é um hormônio
secretado pelas células enteroendócrinas do intestino e estimula a secreção de insulina.
São medicações de alta potência, baixos índices de efeitos colaterais e risco mínimo de
hipoglicemias.
 Análogos do péptido 1 similar ao glucagon(GLP1): atuam estimulando a secreção de
insulina de maneira glicose-dependente, além de inibirem o glucagon, retardarem o
esvaziamento gástrico, aumentando a saciedade e reduzindo o apetite. Portanto, além de
muito potentes no controle glicêmico, contribuem para perda de peso. A essa classe
pertencem o exenatide, o lixisenatida e o liraglutide, esta última droga também liberada
e aprovada para o tratamento da obesidade. Recentemente chegou ao mercado brasileiro
a dulaglutida (Trulicity®). Trata-se do primeiro análogo de GLP1 de uso semanal.
 Inibidores do cotransportador sódio-glicose tipo 2 (SGLT2): são as medicações mais
modernas para o tratamento do diabetes tipo 2. Foram consideradas revolucionárias pois
possuem um mecanismo de ação até então não explorado na fisiopatologia do diabetes:
o rim. Tais medicações como a dapaglifozina, empaglifozina e canaglifozina propiciam
um aumento da excreção renal de glicose.

Controle glicêmico
Pacientes com diabetes precisam controlar e monitorar seus níveis de glicose no sangue
constantemente, como parte do tratamento da doença. Isso vale tanto para pacientes que
fazem o uso de insulina, como para os que não fazem.

O automonitoramento, por meio de medidores de glicose portáteis, é um dos principais


componentes do gerenciamento da doença.

Com esse controle, os pacientes conseguem entender melhor o impacto da alimentação,


da atividade física, dos medicamentos e também começam a reconhecer, tratar e
prevenir episódios de hipo ou hiperglicemia.
A falta de controle e as oscilações extremas nos níveis de glicemia, tanto para baixo
(hipoglicemia) como para cima (hiperglicemia) causam, em longo prazo, uma série de
consequências graves no organismo.
Embora proporcione uma série de benefícios comprovados, o automonitoramento nem
sempre é feito da forma adequada. Uma revisão de estudos de países da América Latina
descobriu que somente 74% dos pacientes com diabetes tipo 1 e 38,5% dos
pacientes tipo 2 são usuários de medidor de glicemia.[63]
O automonitoramento continua sendo um dos principais métodos para fornecer
informação imediata e útil entre os intervalos das consultas médicas sobre como a
pessoa está lidando com seu controle glicêmico e pode permitir que o paciente decida
sobre seu estilo de vida.

Quando os pacientes medem sua glicemia, eles recebem imediatamente o retorno do


resultado do seu estilo de vida e tratamento médico e que pode ser usado tanto pelo
paciente quanto pelo médico para avaliar e modificar todos os aspectos do tratamento. O
automonitoramento também aumenta a autonomia e a adesão ao tratamento pelo
paciente.

Os principais benefícios do automonitoramento com glicosímetros


(medidores de glicemia)
 Educa e "fortalece/dá poder" aos pacientes diabéticos.
 Aumenta a habilidade de reconhecer, tratar e prevenir hipoglicemia e hiperglicemia.
 Oferece resposta imediata sobre o impacto do estilo de vida (alimentação e rotina de
exercícios) e dos medicamentos administrados.
 Permite ao paciente e ao profissional de saúde modificar o tratamento em tempo real.
 Aumenta a adesão ao tratamento.
 Ajuda no controle da a doença e em conjunto com tratamento medicamentoso tem
potencial de reduzir A1C (hemoglobina glicada).

Controle do diabetes: checar, controlar, consumir e cuidar


Estima-se que hoje quase 25 milhões de pessoas na América Latina sejam diabéticas,
sendo que metade desses pacientes está no Brasil.[64]
Somente 36% dos pacientes com o tipo 2 da doença e 21% do tipo 1 conseguem
controlar os níveis glicêmicos.[63]
Em média, um terço deles deixa de seguir as recomendações médicas um ano após o
diagnóstico. A falta de controle da doença, decorrente dos maus hábitos de vida,
acarreta em longo prazo em uma série de consequências para o organismo. Sem o
controle adequado das taxas de glicose, aumentam as chances de complicações
cardiovasculares, renais, oculares, entre outras.

Pacientes diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer


um infarto ou derrame do que uma pessoa que não tenha a doença.[65] Da mesma forma,
65% dos pacientes estão em risco de ter ou já têm algum grau de disfunção renal,
condição que triplica o risco de eventos cardiovasculares.[66] As consequências do
diabetes incluem ainda disfunção sexual (presente em 60% dos homens com a doença),
alterações oculares como retinopatia e risco de cegueira, e ainda problemas de
circulação nos membros inferiores.
Quatro passos para o controle efetivo do diabetes
 Checar – Verificando regularmente o nível de glicoseː
o O objetivo de medir diariamente o nível de açúcar no sangue é de obter
informação detalhada sobre estes níveis em diferentes momentos do dia;
o Essa informação poderá ajudar o paciente e a equipe médica a fazer algumas
modificações relacionadas à ingestão de alimentos, atividade física,
medicação e estresse, já que são de grande importância no tratamento diário;
o Estes momentos diários ajudarão a melhorar o controle da glicemia e motivar
o paciente a tomar ações para prevenção de complicação do diabetes.

 Controlar – controlando a diabetesː


o Controlar a diabetes significa evitar níveis baixos (hipoglicemia) e altos
(hiperglicemia) de açúcar no sangue e alcançar um controle diabético a longo
prazo através de um nível A1Caceitável;
o O controle do diabetes deve ser feito com o uso de medicamentos prescritos
pelo médico, com medição do nível de açúcar regularmente e obtendo
experiências e informações sobre o controle do diabetes.

 Consumir – alimentando-se com comida saudávelː


o Ter diabetes não significa que o paciente não poderá mais experimentar
alimentos saborosos e muito menos que a dieta será feita de refeições com
"gosto ruim";
o Para o paciente ter uma boa alimentação, é necessário conhecer os diferentes
grupos de alimentos, o impacto no nível de açúcar e o tamanho correto das
porções.

 Cuidar – cuidando do corpo e da menteː


o Açúcar em excesso no sangue por muito tempo pode causar problemas de
saúde relacionados ao diabetes;
o Este nível alto de açúcar pode fazer mal a muitas partes do corpo, como o
coração, vasos sanguíneos, olhos, extremidades e rins;
o Adicionar pequenos momentos para o cuidado, como atividade física, poderá
significar muito para diminuir o risco de problemas de saúde relacionados à
doença.
Plantas de uso medicinal
Foram identificados atualmente, que mais de 800 tipos de plantas são utilizados no
tratamento do DM (Saxena et al., 2004).[67]Vários estudos científicos avaliaram a ação
de plantas medicinais sobre a diabetes, resultados relevantes foram encontrados:
 Abacate (Persea americana): Uma revisão sistemática dos benefícios do abacate em
doenças metabólicas publicada em 2017 na revista Phytotherapy Research revelou que
o consumo do abacate tem importante impacto no controle do diabetes mellitus tipo 2.
O estudo mostrou que o monossacarídeo D-manno-heptulose presente no abacate
exerceu efeito hipoglicemiante em mulheres com diabetes mellitus tipo 2, além de ter
reduzido os níveis de insulina no sangue e ter controlado o apetite. Também revelou que
o consumo do extrato obtido pela fervura da semente do abacate exerceu esses mesmos
efeitos em ratos diabéticos, além de ter atenuado os danos causados pela diabetes
mellitus tipo 2 nos hepatócitos. In vitro, o extrato das folhas e das cascas do abacate
também demonstraram efeitos importantes na inibição da α-amilase e da α-glicosidase,
enzimas que degradam carboidratos e que atuam no surgimento e agravamento da
doença. [68]

 Alho (Allium sativum): O alho possui um composto chamado alicina. A alicina, um


composto contendo enxofre e é responsável pelo seu odor pungente do alho e tem
demonstrado ter uma atividade hipoglicêmica significativa (Sheela e Augusti, 1992).
[69] Acredita-se que este efeito seja devido ao aumento do metabólico hepático,
aumento da liberação de insulina a partir de células beta pancreáticas e / ou efeito de
economia de insulina (Bever e Zahnd, 1979).[70] Aumento do glicogênio hepático e do
teor de aminoácidos livres, diminuição da glicemia em jejum e dos níveis de
triglicerídeos no soro em comparação com os controles de sacarose (Zacharlas et CLI,
1980).[71] O sulfóxido de s-allilcisteina(SSAC) o precursor de alicina e o óleo de alho, é
um aminoácido contendo enxofre, que controlou a peroxidação lipídica melhor do que
glibenclamida e insulina. Também melhorou condições diabéticas. SSAC também
estimulou a secreção in vitro de insulina a partir de células beta isoladas de ratos
normais (Augusti e Shella 1996).[72]Além de disto, o Allium sativum exibe atividades
antimicrobianas, anticancerígenas e cardio protetoras. [73]
 Aloe vera ou Aloés (Aloe vera ou também chamada de Aloe barbadensis e vulgarmente
"babosa"): Da planta aloés pode ser extraído dois produtos básicos: gel e látex. Aloe
vera gel é a polpa de folhas ou mucilagem, o látex de aloés, comumente referido como
suco de aloés, é um exsudato amarelo amargo dos túbulos pericíclicos logo abaixo da
pele externa das folhas. Os extratos de goma de aloés aumentam eficazmente a
tolerância à glicose em ratos normais e diabéticos (Farida et al., 1987). [74] O tratamento
da exsudação crônica, mas não única, de folhas de Aloe barbadensis mostrou efeito
hipoglicêmico em ratos com diabetes induzida por alloxan. Doses únicas, bem como
doses crônicas do princípio amargo da mesma planta também mostrou efeito
hipoglicêmico em ratos diabéticos. Sua ação de Aloe vera e seu princípio amargo é
através da estimulação da síntese e/ou liberação de insulina de células beta pancreáticas
(Ajabnoor, 1990).[75] Esta planta também tem uma atividade anti-inflamatória de uma
forma dependente da dose e melhora a cicatrização de feridas em ratos diabéticos
(Davns e Maro, 1989).[76] O gel processado de Aloe vera(GPA) quando administrado
oralmente durante 8 semanas reduziu a glicose no sangue circulante a um nível normal
em ratos com obesidade induzida por dieta. Os efeitos antidiabéticos de PAG foram
confirmados por teste de tolerância à glicose intraperitoneal. O GPA reduziu o nível de
glicose no sangue e diminuindo a resistência à insulina. A administração de GPA
também reduziu os níveis de triglicerídeos no fígado e plasma. Os exames histológicos
da almofada de gordura periepididimal mostraram que o PAG reduziu o tamanho médio
dos adipócitos (Kim et CLI., 2009,[77] Joseph e Raj, 2010a[78]).[73]
 Cebola (Allium cepa): Diversas frações solúveis em éter, bem como frações insolúveis
de pó de cebola seca, mostram atividade anti-hiperglicêmica em coelhos diabéticos
o Allium cepa é também conhecida por ter atividade antioxidante e hipo lipidêmica.
Administração de um aminoácido contendo enxofre de Allium cepa, sulfóxido de s-
metil-cisteína (SSMC) (200 mg/kg durante 45 dias) a ratos com diabetes induzida por
aloxano controlou significativamente a glicose no sangue assim como os lipídios no
soro e nos tecidos e normalizou as hexoquinase do fígado, glucose-6-fosfatase e HMG
co A redutase (Roman-Ramos et al., 1995, Kumari et al., 1995). [79][80] Quando os
pacientes diabéticos receberam dose oral única de 50 g de suco de cebola, este
controlou significativamente os níveis de glicose pós-prandial (Mathew e Augusti,
1975).[81][73]
 Canela (Cinnamomum zeylanicum): A canela possui propriedades semelhantes à
insulina, capazes de diminuir os níveis de glicose no sangue, bem como triglicérides e
colesterol, todos eles importantes especialmente para pacientes com diabetes tipo II.
Apenas metade de uma colher de chá de canela para a dieta diária de um diabético pode
reduzir significativamente os níveis de glicose no sangue. A administração oral de
extrato etanoico nas doses de 100, 150 e 200 mg/kg de peso, em ratos albinos com
diabete induzida por allxon, reduziu significativamente o seu nível de açúcar no sangue
em estudos agudos e subagudos (Mukul et al., 2008).[73][82]
 Coccinia (Coccinia indica): Extratos secos de Coccinia indica (500 mg/kg p.b.) foram
administrados a pacientes diabéticos durante 6 semanas. Estes extratos restauraram as
atividades da enzima lipoproteína lipase (LPL) que foi reduzida e glucose-6-fosfatase e
lactato desidrogenase que estavam aumentadas em diabéticos não tratados (Kamble et
al., 1998).[83] A administração oral de 500 mg/kg de folhas de C. indica apresentou
hipoglicemia significativa em cães com diabetes induzida por aloxan e aumento da
tolerância à glicose em cães normais e diabéticos (Ahad et al., 2010). [84][73]
 Berberi (Berberis lyceum): O Berberis lyceum(Berberidaceae) é um importante arbusto
tradicional, nativo do Paquistão e da Índia, mas também encontrado em outras partes do
mundo. Habitantes dessas áreas têm usado Berberis lyceum para o tratamento de
diabetes, feridas, ossos quebrados, úlceras e olhos doloridos. As raízes são de cor
amarelada, ricas em alcaloides (berberina, etc.) e outros fitoquímicos (Bailey e Day,
1989;[85] Leng et al., 2004[86]). Os pesquisadores Gulfraz et al. (2007)[87]investigaram
os efeitos antihiperglicêmicos de extratos aquosos e etanólico de Berberis lyceum em
ratos diabéticos e normais induzidos por alloxan e concluíram que o extrato de raiz
reduziu o nível de glicose sérica em ratos normais e diabéticos, porém os efeitos de
extratos de etanol de 100 mg/kg foram mais acentuadas em ratos com diabetes causada
por alloxan. Além disso, devido à presença de fitoquímicos anti-hiperglicêmicos
(berberina, etc.), as raízes de Berberis lyceum têm potencial para fornecer matérias-
primas para indústrias farmacêuticas (Gulfraz et al., 2007). [87]
 Jambolão ou "Jamelão" (Eugenia jambolana): Na Índia decocção de grãos de Eugenia
jambolana é usada como remédio caseiro para diabetes. Isso também forma um
componente importante de muitas formulações à base de plantas para diabetes. O efeito
anti-hiperglicémico do extrato aquoso e alcoólico bem como do pó liofilizado mostra
uma redução no nível de glucose no sangue. Isso varia de acordo com o nível de
diabetes. Na diabetes mellitus (açúcar plasmático > 180 mg/dL, observa-se uma redução
de 73,51%, enquanto que em diabetes moderada (açúcar plasmático > 280 mg/dL) e
grave (açúcar plasmático > 400 mg/dL) reduziu 55,62% e 17,72%, respectivamente
(Sheela e Augusti, 1992).[69] O extrato de polpa de jambolão mostrou a atividade
hipoglicêmica em ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina em até 30 min da
administração, enquanto que a semente da mesma fruta necessitou de 24 h. A
administração oral do extrato resultou num aumento dos níveis séricos de insulina em
ratos diabéticos. Verificou-se que a secreção de insulina era estimulada na incubação de
extracto de planta com ilhotas isoladas de Langerhans de animais normais bem como
diabéticos. Estes extratos também inibiram a atividade de insulinase a partir de fígado e
rim (Achrekar et al., 1991).[88] A administração do extrato etanólico de amêndoa de E.
jambolana a uma concentração de 100 mg kg/1 de b.wt. Diminuiu significativamente os
níveis de glicose no sangue, ureia sanguínea e colesterol, aumento da tolerância à
glicose e níveis de proteínas totais e glicogênio hepático e diminuiu as atividades de
glutamato oxaloacetato transaminase e glutamato piruvato transaminase em ratos
diabéticos experimentais (Ravi et al., 2004). [89]
 Ginkgo (Ginkgo biloba): Longamente utilizado na medicina tradicional chinesa, uma
espécie que sobreviveu na China há mais de 200 milhões de anos e agora cresce em
todo o mundo (Taylor e Thomas, 1993).[90] O extrato pode revelar-se útil para a
prevenção e tratamento de neuropatia diabética em estádio inicial. Foi demonstrado que
prevenir a retinopatia diabética. A dosagem do extrato padronizado para conter
flavoglicosídeos de ginkgo a 24% é de 40-80 mg três vezes por dia (Ahad et al., 2010).
[91]
 Manga (Mangifera indica): As folhas desta planta são usadas como um agente
antidiabético na medicina popular nigeriana, embora quando o extrato aquoso
administrado oralmente não altere o nível de glicose no sangue nem em ratos normais
nem em ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina. No entanto, a atividade
antidiabética foi observada quando o extrato e a glucose foram administrados
simultaneamente e também quando o extrato foi administrado aos ratos 60 min antes da
glicose. Os resultados indicam que o extrato aquoso de Mangifera indica possui
atividade hipoglicêmica. Isto pode ser devido a uma redução intestinal da absorção de
glicose (Aderibigbe et al., 1999).[92] Os extratos etanólicos de cascas de caule
reduziram gradualmente a absorção de glicose durante todo o período de perfusão em
ratos diabéticos tipo 2 (Bhowmilk et al., 2009).[93]
 Gymnema: A erva medicinal da Índia, Gymnema sylvestre R. Br. (Família:
Asclepiadaceae) é uma potencial alternativa natural aos meios químicos da regulação do
açúcar no sangue (Siddhiqui et al., 2000).[94] A palavra Gymnema é derivada de uma
palavra hindu Gurmar significado destruidor de açúcar e acredita-se que poderia
neutralizar o excesso de açúcar presente no corpo na Diabetes mellitus (Keshavamurthy
e Yoganarasimhan, 1990).[95] A planta é relatada para ser útil em pesquisas
etnobotânicas. Tem sido documentado que os habitantes da selva Irulas de Nagari Hills
do distrito de Arcot do Norte, Bombaim e Gujarat da Índia têm o hábito de mastigar
algumas folhas verdes de Gymnema sylvestre na parte da manhã, a fim de manter a
urina limpa e reduzir a glicosúria. Classes burguesas de Bombaim e Gujarat também
mastigar folhas frescas para o mesmo efeito. Em Bombaim e Madras, Vaids são
conhecidos para recomendar as folhas no tratamento da furunculose e diabetes. O suco
obtido a partir da raiz é usado para tratar vômitos e na disenteria e a pasta vegetal é
aplicada com leite materno para tratar a úlcera bucal (Kritikar e Basu, 1998; [96] Ekka e
Dixit, 2007[97]). Os ácidos gimnêmicos têm atividades antidiabéticas, anti-açúcar e anti-
inflamatórias.

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