Rota 1
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DESIGN
AULA 1
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CONTEXTUALIZANDO
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TEMA 1 – O QUE É ARTE: INDAGAÇÕES
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Tendo a arte como “prazer”, recorremos aos seus sinônimos: “estado de
satisfação dos sentidos ou da mente; alegria, contentamento, júbilo” (Michaelis,
2020). Percebe-se um caráter de resultado, uma resposta de nosso sistema
cognitivo na construção de um “juízo de valor”. No entanto, poderia ser
precipitado afirmar que o fim da pintura de uma paisagem marinha, seu vir a ser,
seja somente a alegria ou satisfação que ela nos proporciona. Afinal, “buscar o
objetivo e o fim da arte no prazer que ela nos produz seria um conceito tão
elementar quanto pensar que o fim da alimentação está no prazer em comer. O
prazer em ambos os casos é um elemento acessório” (Tolstói, 2020, p. 18).
Aparte de todas as significações que uma obra de arte possua, tomemos
o proposto pelo historiador da arte Ernst Hans Josef Gombrich (1909-2001): “[...]
não existe arte, e sim artistas, e estes, em momentos passados, desenhavam
com terra em paredes de cavernas, e hoje compram suas próprias tintas e criam
cartazes para expor em tapumes”. Dessa forma, poderíamos então desqualificar
o trabalho de um artista que não nos seja familiar? Ou preterir um quadro
abstrato por outro que nos represente melhor a realidade da natureza? Mesmo
na afirmativa de tais questões, é preciso ter em mente que teríamos um
julgamento individual, próprio, e não universal. É nesse ponto que o estudo da
história da arte se faz essencial, no entendimento que devemos explorar a arte
(no sentido de descobrir) também pelo seu contexto espaço-temporal, refletindo
que “a arte pode significar coisas muito diferentes e em tempos e lugares
diferentes” (Gombrich, 1981, p. 5).
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Como colocado por Myers (2005), no pós-modernismo, a “crítica do que
é ou não arte, ou o que é ou não boa arte, se expõe como uma resposta
defensiva de ‘ameaça à arte’, no caso do kitsch e da cultura de massa”. Todavia,
tanto pela abrangência geográfica (Américas, Ásia, Oceania e África) quanto
pela diversidade cultural e material produzida por esses povos, não podemos
diminuir sua relevância na história da linguagem visual. Aconselhamos, assim, a
leitura do texto A Arte dos Povos sem História, da antropóloga Sally Price,
disponível online no livro Arte Primitiva, de Franz Boas, assim como visitas a
museus locais e virtuais com acervos destinados a estas culturas.
Fonte: thipjang/Shutterstock.
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Notamos o uso de contornos escuros na definição das formas e de
preenchimentos coloridos, sombreamentos e contrastes vivos na composição
dos volumes. Quanto aos motivos para tais representações, os historiadores
(Gombrich, 1981; Proença, 1995; Monterado, 1978) referem-se normalmente a
rituais mágicos em que o homem exerceria certo tipo de poder sobre o animal,
questão essa que atravessa a história da arte na pré-história e antiguidade, a
pouca diferenciação entre o que é real – neste caso, o animal – e sua imagem –
o poder das imagens.
Outra técnica encontrada nessas cavernas é a pintura das silhuetas das
mãos ou “mãos em negativo”. Atribui-se à técnica a utilização de canudos, por
onde eram soprados pigmentos produzidos a partir de óxidos minerais, carvão,
vegetais e sangue de animais. Já as pequenas esculturas do paleolítico
aparecem em ossos, chifres ou calcário e retratam figuras femininas corpulentas,
como a Vênus de Willendorf, encontrada na Áustria.
Fonte: frantic00/Shutterstock.
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Figura 3 – Pinturas na caverna de Malgura, Bulgária
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Figura 4 – Círculo de pedras de Stonehenge
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Figura 5 – Afrescos no templo de Hatshepsut
Fonte: Kokhanchikov/Shutterstock.
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Figura 6 – Estátua da deusa Serket: exposição Tutankhamun, em Genebra
Fonte: mountainpix/Shutterstock.
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Figura 7 – Hieróglifos em baixo-relevo: paredes do templo de Dendera
TEMA 4 – A MESOPOTÂMIA
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Figura 8 – Metalurgia em bracelete: Dario I (aproximadamente 518 a.C.)
Fonte: DroneHero29/Shutterstock.
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Figura 9 – Relevos esculpidos da caçada a um leão
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Figura 10 – Afresco em Creta: civilização minóica
Fonte: the_pictures_of_life/Shutterstock.
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No período Minóico Médio, a cultura micênica retrata na arquitetura as
tradições dos povos da mesopotâmia em construções comuns para as pessoas,
e não para grandes deuses, sem a presença de estátuas e raros relevos, e com
cúpulas que não utilizavam de arcos de sustentação, mas pedras dispostas de
forma horizontal criando níveis entre a linha inferior e superior, como na Tumba
dos Atrídas (Monterado, 1968; Proença, 1996). Novamente, as invasões típicas
da época com mudanças no controle apagaram parte dos registros dessa
civilização, trazendo novamente fortificações e temas bélicos e rudes.
É possível encontrar parte do acervo da cultura do mar Egeu, assim como
outras coleções envolvendo as escavações arqueológicas da cultura grega
antiga, no site do National Archaeological Museum.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
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Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=PktUzdnBqWI>. Acesso em: 1 mar. 2020.
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Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7mrj6wcOrVY>. Acesso em: 1 mar. 2020.
3
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ctkgr2QjC7w>. Acesso em: 1 mar. 2020.
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Em seguida, você deverá responder:
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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SOUZA, C. D. A arte geométrica grega: considerações sobre a análise dos
motivos figurados do repertório iconográfico geométrico argivo (c. 900 a 700
a.C.). Calíope: Presença Clássica, Rio de Janeiro, n. 29, p. 61-95, 2015.
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