Anais Do Curso Neurociências Da Visão 2021
Anais Do Curso Neurociências Da Visão 2021
Anais Do Curso Neurociências Da Visão 2021
FUNDAMENTOS,
DESENVOLVIMENTO, ESTIMUAÇÃO
E REABILITAÇÃO VISUAL
Coordenadoria
Marcelo Fernandes Costa
Revisão
Marcelo Fernandes Costa
Leonardo Dutra Henri
C838
Anais do curso Neurociências da Visão: fundamentos, desenvolvimento, estimulação e reabilitação visual, v.1 /
vários autores; coord. Marcelo Fernandes Costa. Leonardo Henriques Dutra – 1. Ed. – São Paulo, SP, 2022.
Requisitos de sistema: Kindle, Adobe Digital Editions Modo de acesso: World Wide Web.
ISBN: 978-65-00-57725-9
CDD 612.84
SUMÁRIO
5
Neurociências da Visão: Fundamentos, Desenvolvimento, Estimulação e Reabilitação Visual
Trabalhos de Conclusão de Curso 2021
Resumo:
Crianças com Síndrome do Zika Vírus (SCZ) apresentam alterações significativas nos componentes de
desempenho ocupacional, que impactam na sua funcionalidade e participação social nas áreas ocupacionais como,
brincar, contexto escolar e nas atividades de vida diária (AVD’s), três áreas de abrangência mais comum no
contexto da infância. Estudos mostraram que alterações do sistema visual são comumente encontradas nas crianças
com SCZ, mesmo que sem microcefalia. O objetivo principal deste estudo verificar o quanto as dificuldades
visuais bem como as de manipulação manual impactam no desempenho para o brincar e nas AVD’s de crianças
com a Síndrome Congênita do Zika, utilizando como medidas a Avaliação da Visão Funcional para Crianças
(AVF) e a Classificação da Habilidade Manual (MACS). Todas as crianças do estudo apresentaram alterações da
visão funcional e da habilidade manual. Nenhuma criança classificada nível V do MACS, teve de boa função
(68%-89%) à normal (90%-100%) para as funções visuais verificadas na AVF, exceto a fixação visual, porém
com predomínio de nenhuma/pouca função (0%-22%). O estudo pôde concluir que as crianças com SCZ
apresentaram prejuízos importantes nas habilidades da visão funcional e pobre qualidade de suas habilidades
manuais. Estas alterações impactam negativamente na participação destas crianças para o brincar e realizar as
atividades de vida diária, dois contextos importantes do desempenho ocupacional na vida da criança.
Consideramos fundamental que crianças com diagnóstico de SCZ sejam encaminhadas precocemente para
avaliação terapêutica ocupacional e avaliação da visão funcional.
1
Neurociências da Visão: Fundamentos, Desenvolvimento, Estimulação e Reabilitação Visual
Trabalhos de Conclusão de Curso 2021
Cristiane A. Moran¹, Victor Seabra Lima Prado Costa2, Letícia Oliveira Marx3
¹ Docente do Departamento de Ciências da Saúde e do Programa de Pós-Graduação em Ciências
da Reabilitação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Araranguá, Santa Catarina,
Brasil. E-mail: [email protected]
2
Estudante de graduação do Curso de Medicina do Departamento de Ciências da Saúde da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Araranguá, Santa Catarina, Brasil. E-mail:
[email protected]
3
Estudante de graduação do Curso de Medicina do Departamento de Ciências da Saúde da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Araranguá, Santa Catarina, Brasil. E-mail:
[email protected]
Resumo:
Introdução: A estimulação visual precoce possibilita o desenvolvimento da capacidade funcional da visão de recém-
nascidos (RNs) em unidades de terapia intensiva neonatal (UTINs), onde a permanência prolongada causa privação de
estímulos, podendo acarretar em dificuldade de maturação sensorial. No entanto, ainda há uma lacuna sobre os tipos
de protocolos de intervenção visual nas UTINs e os benefícios clínicos envolvidos com sua utilização. Objetivo:
Avaliar os benefícios clínicos da aplicação de protocolos de estimulação visual com RNs internados em UTINs,
considerando a funcionalidade da visão, tempo e tipos de estimulação visual. Método: Esta revisão sistemática foi
realizada de acordo com as recomendações do PRISMA. A última busca foi conduzida em 8 de março de 2022 nas
seguintes bases: PubMed, EMBASE, CINAHL e BVS. Os estudos primários que preenchiam os critérios de inclusão
baseados na estratégia PICOS tiveram seus dados sistematizados em planilhas e uma síntese narrativa foi realizada
para a apresentação dos resultados. Resultados: Um total de 7 estudos foram incluídos. Notou-se que as intervenções
conduzidas utilizavam protocolos de estimulação multissensorial (incluindo a visão), com foco em diversos benefícios
clínicos e funcionais, tais como: aumento da taxa de amamentação com leite humano, melhora do comportamento
organizado de sucção, ganho de peso, melhor desenvolvimento neuromotor. Conclusão: As intervenções
multissensoriais realizadas com RNs internados em UTINs são capazes de provocar um notável benefício em
parâmetros clínicos e funcionais, como a alimentação, o ganho de peso e o desenvolvimento neuromotor. Dados sobre
intervenções exclusivamente visuais são ainda escassos na literatura científica.
Silvia Chuffi¹
¹ Ortoptista no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, Joinville, SC, Brasil. E-mail:
[email protected]
Resumo:
Esta é uma análise revisional de artigos que tratam da determinação de um ponto mais estável de fixação em pacientes
com perda de visão central e seus resultados com treinamento de biofeedback ou outras possíveis formas de treinamento
de leitura. Foi considerada a possibilidade de uma plasticidade neural de adaptação e rearranjo de fixação em pacientes
adultos e, fundado nisto, revista a aplicação do exame de microperimetria como ferramenta de estudo mais precisa para
definir um local de fixação mais estável e analisada a possibilidade de definição do PRL (preferential retinal locus)
dissociado da microperimetria para treinamento de um ponto mais estável de fixação.
A falta de acessibilidade ao exame de microperimetria e o treinamento com biofeedback ainda representam um dado
limitante. Assim, estabelecer protocolos de treinamento visual que possibilitem a manutenção de resultados do
treinamento com biofeedback e/ou a necessidade de estabelecer protocolos deste treinamento para leitura que
possibilitem a melhora da fixação tanto para manutenção dos resultados quanto para a viabilização propriamente dita de
uma fixação mais estável é um desafio ao qual devemos nos atentar e continuar as pesquisas e testes de modo que o
tratamento deve ser individualizado e apoiado por questionários, tal como VFQ-25, que norteiam as dificuldades e
necessidades essenciais de cada paciente colaborando com o desenvolvimento de protocolos norteadores de um método
de treinamento mais eficaz.
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Neurociências da Visão: Fundamentos, Desenvolvimento, Estimulação e Reabilitação Visual
Trabalhos de Conclusão de Curso 2021
Resumo:
A deficiência visual é uma das deficiências associadas mais comuns as crianças com encefalopatia crônica não
progressiva na infância (ECNPI). Nos últimos anos, houve uma conscientização da importância de se classificar a
funcionalidade associada a ECNPI. O Sistema de Classificação da Visão Funcional (SCVF), foi desenvolvido com
base na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) e em conceitos de participação das funções associadas ao
comprometimento visual. Nosso objetivo foi relacionar a avaliação funcional com a classificação funcional. No estudo
participaram 44 crianças com idade média de 27 meses (dp= 24, 21 do sexo masculino). Todas realizaram tratamento
oftalmológico adequado e fazem acompanhamento no Ambulatório de Estimulação Visual Precoce do Setor de Baixa
Visão e Reabilitação Visual da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp. As medidas de replicabilidade mostrarm
alta concordância entre as duas aplicações em todas medidas realizadas na testagem de avaliação funcional – AVFC,
As classificações do VFCS realizadas pelos primeiro e segundo aplicadores também mostraram alto índice de
concordância (X²= 0,0388; p= 0,997).Encontramos uma correlação inversamente proporcional entre o score ordinal de
classificação da VFCS com os tempos de fixação para raquete quadriculada (R= -0,504; p= 0,012) e para fixação da
raquete com face (R= -0,556; p= 0,006). A correlação entre os tempos de fixação para a raquete quadrada e raquete de
face foi diretamente proporcional (R= 0,876; p< 0,001). Os dados apontam que a AVFC é mais sensível para descrever
comportametos sutis, mostrando que dentro de cada nível definido pelo SCVF podem haver variações de
comportamento e habilidades.
Resumo:
O estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre estudos na área de tempo de fixação visual para a face no transtorno
do espectro autista. A fixação visual já está presente em recém-nascidos a termo, entre uma semana e 15 semanas de
idade apresentam fixação para formas, faces e padrões complexos e sobre a sua relevância para o desenvolvimento da
interação social. Foi realizada uma busca em bases de dados eletrônica nacional e internacional, PubMed, BVS, Lilacs,
Scielo e Cochrane Library, os critérios para a inclusão foram os últimos 5 anos de publicação, e este deveria relacionar
o tema da pesquisa sobre o tempo fixação visual a face no transtorno do espectro autista. Encontramos 93 artigos, foram
excluídos 66 artigos, por serem indexados em bases de dados repetidas, ou relatar sobre outras funções e diagnósticos,
como também pesquisas com animais. Mais estudos precisam ser realizados, porque encontramos muitos vieses quando
falamos fixação visual para a face relacionando-se as emoções como também aos objetos de interesse, bem como
compreender as estruturas anatômicas e morfológicas cerebral desses indivíduos, pois correlacionam-se diretamente com
as questões práticas da reabilitação.
Palavras-Chave: Fixação visual, fixação ocular, face, fixação facial, rastreamento ocular,
Transtorno do Espectro Autista.
Resultados Discussão
Dentre os 27 artigos encontrados 26 artigos Uma meta-analise realizada no ano de 2021,
utilizaram fotos ou vídeos com pessoas humanas abordando 75 artigos relacionados ao tema de
para o experimento, discorrendo que os rastreamento ocular, que tinham como objetivo
indivíduos com TEA, não apresentam avaliar a faixa etária e a cultura nos padrões
diferenças para realizar as primeiras fixações, atípicos do TEA. Este artigo examina o papel da
no entanto o tempo de duração é menor do que idade e da cultura no padrão de alterações no
nos grupos controles, com achados de olhar em indivíduos com TEA. Os resultados
preferencia do olhar para a região da boca mostram um padrão atípico de processamento
correlacionado com o seu nível verbal, como do olhar sobre faces em TEA, que é estável em
também apresentam o escaneamento do rosto de todas as idades e culturas, enquanto o aumento
forma mais aleatória. Outro fator que interfere do olhar na boca emerge modelado pela cultura
na fixação é a presença de distratores como e à medida que indivíduos com TEA
figuras geométricas e objetos aleatórios durante envelhecem. Os achados fornecem uma visão do
presentes nas cenas dos vídeos. Videos com desenvolvimento dos padrões de olhar presentes
canções conhecidas chamaram mais atenção dos no espectro autista em diferentes culturas (Wang
participantes com TEA. Ainda utilizando o et al., 2020).
recurso da face 5 estudos realizaram
experimentos com a face relacionada a emoção, A maioria dos estudos foi feito com cenas,
observamos melhores resultados em sendo fotos ou vídeos curtos, onde os
experimentos que utilizaram recursos como a participantes assistiram de forma passiva
técnica de estimulação craniana e a medicação através de uma tela, conectados a um
oxitocina. Em relação a medicação também equipamento rastreador ocular com objetivo de
encontramos experimentos com o bemetanide medir as primeiras fixações, bem como qual
os dados apoiam a disfunção inibitória e parte do rosto fixavam mais, olhos ou boca. A
exitatória no autismo, e o uso desta medicação análise do tempo de fixação indica que as
se mostrou eficaz aumentando o tempo de crianças com TEA exibem um olhar distinto ao
fixação corroborando com o processamento olhar para rostos, passando significativamente
social. Alguns artigos utilizaram outra linha de mais tempo na boca e menos nos olhos. (Sadria
pesquisa, como estudo morfológicos de et al., 2019).
estruturas cerebelares e dois destes relatam o
Alguns estudos discorrem sobre movimentos do
efeito de medicação, atuando como mediador
corpo do ator sendo este também um viés onde
para o aumento da fixação visual a face humana.
observaram que é comum que os participantes
Estes estudos relatam experimentos realizados direcionem o olhar para esta região, como
com indivíduos totalizando 1931 participantes, também relatam que onde tinham cenas de
sendo 952 indivíduos diagnosticados com TEA, interação, aumentaram a atenção nas cenas de
que cumpriram os critérios de inclusão para o comunicação em comparação ao contexto não
diagnóstico, e 976 indivíduos do grupo controle. comunicativo para ambos. Os participantes com
Porém alguns estudos não relatam a quantidade TEA mantém um menor grau na comunicação e
de indivíduos que participaram do experimento. escaneamento facial, persistindo a preferência
Destas amostras estão classificados crianças, em olhar para as mãos do examinador e os
adolescente e adultos, a maioria do sexo brinquedos que eram apresentados no vídeo
masculino, como alguns estudos ressaltaram por (Parish et al., 2019). Outros estudos trouxeram
ter um maior número de incidência. que os participantes com TEA fazem menos
fixações em rostos emocionais do que seus pares
em comparado com o desenvolvimento típico, e
a duração de sua primeira fixação em rostos
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Trabalhos de Conclusão de Curso 2021
emocionais é equivalente à sua primeira fixação apenas para a tarefa baseada em tela, mas não na
em rostos neutros (Bochet et al., 2020), esta tarefa com a interação ao vivo, como também
pesquisa ressalta este dado de que participantes que passaram menos tempo olhando
com TEA diferiram quanto à proporção das personagens e formas quando apresentado estes
primeiras fixações na face. (Del Bianco et al., estímulos, mais um maior tempo olhando para a
2018). Porém esta pesquisa sustenta que o parede. (Higuchi T et al., 2017).
tempo médio de observação e o tempo de
observação proporcional para os rostos Também foram realizados outros estudos que
diferiram entre os grupos, o tempo de olhar indicaram que os participantes mostraram mais
proporcional para os rostos foi dependente da interesse no rosto do robô do que no rosto do
tarefa apenas no grupo TEA. (Del Bianco et al., humano, mas passaram mais tempo olhando
2018 ). Indivíduos com TEA também diminui a para o alvo e não alvos na condição humana.
atenção ao olhar com detratores geométricos (Cao W, 2019)
(Kwon, MK et al., 2019).
Outros estudos discorrem que pessoas com TEA
Ao longo da pesquisa foi pontuado que os tivessem limiares típicos para julgamentos
indivíduos com TEA possuem padrões categóricos medo e confiança, sua
restritivos e possuem o interesse altamente fixo especificidade psicométrica para detectar
em uma gama estreita de objetos específicos, emoções em toda gama de intensidades foi
muitas vezes referidos como objetos reduzida, porém os padrões de fixação nos
circunscritos. Estas pesquisas ressaltam um viés estímulos eram típicos e não podiam explicar a
para o tempo de fixação, pois relatam o interesse redução da especificidade do julgamento
seletivo por determinados objetos encontrados emocional (Wang S et al., 2017) também
nos pacientes com TEA, demostrando maior utilizaram uma técnica especifica para avaliar
excitação ao visualiza-los. (Harrison A, Slane outros aspectos em relação as emoções Dynamic
MM, 2019; American Psychiatric Association Affect Recognition Evaluation (DARE) que
2013; Lam et al. 2008). Consistente com esses exige que um indivíduo reconheça uma das seis
achados, outra teoria desenvolvida para explicar emoções (raiva, nojo, medo, felicidade, tristeza
o prejuízo social no TEA sugere que, em vez de e surpresa), no vídeo de rosto através da
experimentar uma recompensa de atenção social observação em uma transição lenta, observaram
atenuada, objetos que se enquadram em um diferenças no tempo de resposta e nos
domínio de estímulos circunscritos podem movimentos oculares, mas não na precisão do
competir com a alocação de atenção e, portanto, reconhecimento, classifica as fixações oculares
distrair a atenção de estímulos sociais (Harrison com base em um conjunto abrangente de
A, Slane M.M, 2019). Reforçando outra linha de recursos que integram o desempenho da tarefa
pesquisa que rebate os testes padronizados, (Jiang et al., 2019).
sobre os estímulos de interesse circunscritos e
Em relação ao tempo de fixação um estudo
rostos não familiares.
discorreu sobre o experimento com o uso da
Ketelaars e colaboradores (2017) relatou a ocitocina intranasal (24UI). Os voluntários
especificidade visual das mulheres, relatando participaram do experimento duas vezes e com
sobre o tempo normal para a primeira fixação no intervalo de cerca de 2 semanas entre cada
rosto, mas menor duração de fixação no rosto tratamento/sessão (média ± sem = 14,86 ± 0,16
em mulheres com TEA houve prejuízos dias). Os resultados mostraram que o tempo
semelhantes na fixação à boca, olhos e outras gasto na visualização de estímulos sociais
áreas faciais dinâmicos e estáticos versus estímulos não
sociais foi negativamente associado ao traço de
Outro ponto a ressaltar é o comprometimento autismo e aumentou significativamente após a
que os participantes com TEA apresentam na oxitocina intranasal. Para estímulos faciais, a
participação em sala de aula. Alguns resultados oxitocina aumentou principalmente o olhar para
apontam diferenças entre os grupos no olhar
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Trabalhos de Conclusão de Curso 2021
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Resumo:
A Associação Internacional de Dislexia preconiza que: A dislexia é uma deficiência de aprendizagem específica de
origem neurológica. Caracterizada por dificuldades no reconhecimento de palavras preciso e fluente e por habilidades de
ortografia e decodificação, resultando um déficit fonológico de linguagem, muitas vezes inesperada em relação a outras
habilidades cognitivas. A metodologia utilizada para este estudo, foi uma pesquisa bibliográfica, onde foi pesquisada
várias fontes: Artigos nacionais e internacionais e monografias que discorriam sobre o tema, de modo que foi realizada
uma vasta leitura exploratória sobre dislexia, suas causas, manifestações, prevalência, diagnóstico e intervenções. Neste
trabalho será abordado resumo da história da dislexia, como se desenvolve, estratégias de diagnóstico e sua correlação
com o sistema visual, tendo como objetivo criar um protocolo de atendimento para os profissionais da área da saúde
visual, por fim foi concluído que as dificuldades de aprendizagem são muito abrangentes e complexas e que é
fundamental conhecer suas causas e implicações e que a elaboração do protocolo de atendimento visa colaborar com os
profissionais no diagnóstico.
descartar ou juntar as hipóteses para então estudos sobre a indústria automobilística. Gestão &
formular o diagnóstico da dislexia. Assim a Produção, 11(3), 275-288.
criança poderá ser encaminhada para American Psychiatric Association. DSM IV: Manual de
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Graefes Archives Clinical Experimental Ophthalmology.
246 (2008) 1769-1774.
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Neurociências da Visão: Fundamentos, Desenvolvimento, Estimulação e Reabilitação Visual
Trabalhos de Conclusão de Curso 2021
Resumo:
A maculopatia miópica constitui-se em uma das mais importantes causas globais de deficiência visual irreversível e
compromete a função visual central com prejuízo da estabilidade de fixação, menor acuidade visual e defeitos de
campo visual central. O indivíduo acometido necessita fazer uso de áreas retianas perimaculares à tentativa de fixação
de um alvo. A reabilitação visual deve ser instituída para a melhora funcional do indivíduo com perdas visuais
permanentes decorrentes desse padrão de lesão macular. As intervenções em reabilitação podem ser por meio de
auxílios especiais para melhora da resoluão visual (auxílios, ópticos, não ópticos e eletrônicos) e por meio de protocolos
de treinamento visual para melhor exploração de áreas retinianas perimaculares com maior função. O treinamento
visual por biofeedback com emprego do microperímetro é um dos principais avanços da reabilitação em oftalmologia
e o conhecimento dos diversos protocolos e seus desfechos auxiliará na tomada de condutas reabilitacionais.
Objetivos: estudar a reabilitação visual de pessoas com deficiência visual, secundária a maculopatia miópica, quanto
ao emprego do treinamento visual por biofeedback por meio do microperímetro, protocolos empregados e os
resultados obtidos. Métodos:Foi realizada pesquisa em base de dados quanto aos estudos compostos por população
com deficiência visual moderada ou grave (baixa visão), secundária a maculopatia miópica, submetida ao treinamento
visual por biofeedback em microperímetro e emprego de estímulos acústicos associados, ou não, a estímulos visuais.
A pesquisa considerou o intervalo de publicação dos estudos de 01/01/2000 a 01/04/2020. Discussão:O treinamento
visual por biofeedback por meio de microperímetro levou, nos estudos revistos, a melhora da função visual a partir dos
parâmetros de avaliação e acompanhamentos dos casos. Foram observados ganhos na estabilidade de fixação, melhor
reposicionamento do locus retiniano preferencial(PRL), maior valor de acuidade visual, maior velocidade de leitura.
No entanto,uniformidade dos protocolos de treinamento , desenhos dos estudos com randomização e maior população
estudada devem ser considerados para melhor evidenciar os efeitos do treinamento visual por biofeedback na
funcionalidade visual e na qualidade de vida de pessoas com deficiência visual secundária a maculopatia miópica.
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Neurociências da Visão: Fundamentos, Desenvolvimento, Estimulação e Reabilitação Visual
Trabalhos de Conclusão de Curso 2021
Resumo:
Realizamos uma revisão sistemática sobre o diagnóstico de testes psicofísicos, como sensibilidade ao contraste, interação
espacial lateral, deformidade radial hiperacuidade, visão de cores e reconhecimento facial em crianças com glaucoma.
Foi realizada uma busca nas bases de dados PUMED e LILACS, seguindo o protocolo PRISMA, e foram selecionados
todos os estudos de coorte transversal, prospectivo e de coorte retrospectivo, que envolveram participantes com menos
de 18 anos com glaucoma infantil e indivíduos controles. Não houve restrições de data de publicação, gênero ou etnia.
Usamos como teste de referência, perimetria, diâmetro corneano ou relação escavação-disco. Os resultados foram
extraídos, a qualidade dos dados foi analisada e descrita. A busca revelou 46 estudos, mas apenas um atendeu aos critérios
de inclusão. O estudo foi classificado como alto risco de viés, de acordo com o QUADAS-2. Mostrou uma diferença
significativa de sensibilidade ao contraste entre crianças glaucomatosas e não glaucomatosas em todas as frequências
espaciais. Não foi possível descrever as características de precisão deste teste neste estudo. Não há informações
científicas consistentes sobre a capacidade diagnóstica desses testes psicofísicos, previamente descritos como alterados
em pacientes glaucomatosos adultos e em crianças amblíopes.