Importancia Autoavaliacao Gestao Curso Sist Info Facul Projecao
Importancia Autoavaliacao Gestao Curso Sist Info Facul Projecao
Importancia Autoavaliacao Gestao Curso Sist Info Facul Projecao
Faculdade Projeção
Faculdade Projeção
EIXO III: Impactos da CPA
Resumo
O artigo busca demonstrar quais foram as principais contribuições da autoavaliação para
a gestão do curso de Sistemas de Informação da Faculdade Projeção. A avaliação é
entendida como um poderoso instrumento de gestão e utilizada como estratégia
institucional. Este artigo é uma análise acerca do impacto da autoavaliação na gestão de
cursos superiores em especial no curso de Sistemas de Informação da Faculdade
Projeção. Os objetivos foram analisar os impactos da autoavaliação na Gestão do Curso
de Sistemas de Informação da Faculdade Projeção de Taguatinga, compreendendo como
se dá o processo de autoavaliação do SINAES; apresentando como ocorre o processo de
autoavaliação após a implementação do SINAES e principalmente compreender como
na Escola de Tecnologia os resultados da autoavaliação contribuíram na gestão do curso
de Sistemas de Informação. A metodologia partiu da problemática levantada, que
consistiu na investigação acerca dos impactos da autoavaliação na gestão de um curso,
neste caso o curso de Sistemas de Informação da Faculdade Projeção, tentando
demonstrar como a utilização dos resultados da autoavaliação colaborou positivamente
na gestão do curso a ponto de gerar resultados positivos nas avaliações externas. Foi
realizada uma revisão na literatura sobre Avaliação Institucional, os antecedentes ao
SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, bem como do próprio
SINAES. De acordo com um dos autores pesquisados “a avaliação institucional é um
instrumento capaz de dar um retorno à sociedade acerca das instituições de ensino
superior, apontando aspectos que podem ser aperfeiçoados”. A identificação destes
“aspectos que podem ser aperfeiçoados”, fez com que a Faculdade Projeção, venha
mantendo um processo contínuo de autoavaliação institucional desde 2005, o que
permitiu verificar dados do curso tendo por base o período que culminou com a
divulgação do primeiro CPC do curso 2008 e o último CPC do curso em 2011. Para
garantir a devida articulação com o PDI da IES o Programa de Avaliação Institucional
da Faculdade Projeção – PAIP tem por objetivo principal: manter na Faculdade
Projeção um processo permanente de avaliação institucional, sistemático e confiável, de
forma que estes dados contribuam com a instituição para que ela possa diagnosticar, em
todos os seus setores e ou segmentos, as oportunidades de melhorias no processo
educacional. Por meio de alguns dados extraídos dos relatórios de autoavaliação foi
possível demonstrar que a autoavaliação na IES não é e nem pode ser apenas um
instrumento regulador, mas sim, um eficaz instrumento de gestão, capaz fazer com que
o processo de autoconhecimento da IES, contribua significativamente para a gestão do
curso, em busca da qualidade do ensino. Em consonância com os estudiosos da área foi
possível demonstrar que um processo de autoavaliação contínuo e permanente, é capaz
de contribuir positivamente na gestão do curso, pois a autoavaliação é uma ferramenta
eficaz na busca pela excelência e qualidade dos cursos ofertados pela IES.
1
Introdução
Neste sentido em 2004 a Lei 10861 que institui o sistema de avaliação da educação superior
com objetivo de fazer cumprir o princípio de oferta de ensino de qualidade garantida em nosso
texto constitucional.
Art.1º§1º O SINAES tem por finalidade a melhoria da qualidade da educação
superior, bem como o aprofundamento dos compromissos e
responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da
valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do
respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da
identidade institucional.
1
Avaliação de Cursos de Graduação
2
A autoavaliação institucional como um dos componentes estruturantes do SINAES foi prescrita
na Lei 10861/2004 para ser desenvolvida em todas as Instituições de Educação Superior (IES)
brasileiras, como etapa obrigatória do processo global de regulação e avaliação desse nível
educacional (QUEIROZ, 2011). Neste trabalho buscar-se-á demonstrar que a autoavaliação não
é apenas um componente estruturante do SINAES, mas um eficaz instrumento de gestão do
curso. O curso de Sistemas de Informação foi um dos cursos que apresentou em 2010 um plano
de melhorias, aprovado pela Comissão Própria de Avaliação – CPA da Instituição, ao MEC,
tendo em vistas o resultado alcançado no Conceito Preliminar de Curso2, (2008) divulgado em
2009, ou seja, “sem conceito (SC)”. O objeto deste trabalho serão as ações e os impactos da
autoavaliação a partir dos resultados oficiais. Como os resultados da autoavaliação
influenciaram nos planos e planejamentos do curso na busca de resultados satisfatórios? De que
forma os trabalhos realizados pela CPA contribuíram para a melhoria na gestão do curso? O
Projeto Político do Curso (PPC) de Sistemas de Informação 2010 ressalta que,
E partindo dos documentos oficiais, da dinâmica de Gestão da Escola de Tecnologia3 que será
possível demonstrar se há contribuições positivas a partir dos resultados emitidos após a
autoavaliação institucional e em especial, a gestão do curso de Sistemas de Informação. O
objetivo principal foi analisar os impactos da autoavaliação na Gestão do Curso de Sistemas de
Informação da Faculdade Projeção de Taguatinga. Tendo por objetivos específicos:
Compreender como se dá o processo de autoavaliação do SINAES; Apresentar como ocorre o
processo de autoavaliação após a implementação do SINAES; Compreender como se dá o
processo de autoavaliação na Faculdade Projeção; Compreender como na Escola de Tecnologia
os resultados da autoavaliação contribuiu na gestão do curso de Sistemas de Informação.
Metodologia
2
Conceito Preliminar de Curso = O CPC é uma média de diferentes medidas da qualidade de um curso. As medidas
utilizadas são: o Conceito Enade (que mede o desempenho dos concluintes), o desempenho dos ingressantes no
Enade, o Conceito IDD e as variáveis de insumo. O dado variáveis de insumo – que considera corpo docente,
infraestrutura e programa pedagógico – é formado com informações do Censo da Educação Superior e de respostas
ao questionário socioeconômico do Enade.
3
Escolas Superiores de Curso, integram os cursos de graduação com identidades comuns, da seguinte forma: a)
Escola de Formação de Professores – Cursos de História e Geografia; b) Escola de Negócios – Cursos de
Administração, Ciências Contábeis, Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propagando e
Tecnologia em Logística; c) Escola de Tecnologia da Informação – Curso de Sistemas de Informação, Tecnologia
em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia em Redes de Computadores. As Escolas são espaços de
aprendizagem para um novo perfil de profissionais, sendo oportuno fazer desta estrutura uma oportunidade de
crescimento, visto que este modelo será o grande diferencial da Faculdade Projeção. (PDI,2008-2012)
3
livros e artigos científicos. A opção por este tipo se fez necessária para embasar o trabalho que
se pautou, destacando as questões relevantes acerca da temática abordada, desde o histórico
acerca da avaliação institucional, bem como levantamento de conceitos de renomados
estudiosos na área. Outro tipo utilizado foi análise documental, que segundo Gil(2008) a
pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou
que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa, neste trabalho foram
utilizados resultados do CPC do curso de 2008 e 2011, divulgados pelo INEP bem como os
planos de melhoria e resultados divulgados pela CPA. Além de pesquisa bibliográfica e análise
documental foi aplicado um questionário aos últimos gestores do Curso de Sistemas de
Informação e o Diretor anterior da Escola, professores Elvis Roberto Barreto e Thales José
Salomão B. de Souza, respectivamente. A FACULDADE PROJEÇÃO, credenciada por meio
da Portaria MEC nº 501 de 13/04/2000, iniciou suas atividades em 16/08/2000, está localizada
na Área Especial 5/6, Setor C Norte em Taguatinga-DF. A Faculdade Projeção surgiu de uma
experiência acumulada após 23 anos (1977-2000) dedicados à prestação de serviços na área
educacional, da educação infantil ao ensino médio, no Colégio Projeção. Constitui-se numa
instituição de ensino, pesquisa e extensão, em todos os níveis e ramos, voltada para a realidade
do país e, em especial, para o Distrito Federal e região do “Entorno”, de direito privado, com
fins lucrativos, regida pelo Estatuto da entidade Mantenedora, por seu Regimento Geral, pela
legislação em vigor e por valores e crenças que lhe conferem uma identidade própria. Como
comunidade acadêmica está voltada ao desenvolvimento da pessoa humana e do conhecimento
científico e cultural, integrada por dirigentes, professores, alunos, pessoal técnico-administrativo
e de apoio, e de órgãos suplementares, ou organismos da comunidade na qual se insere4.
Atualmente a Faculdade Projeção de Taguatinga possui 10 cursos divididos por Escola: São
eles: Escola de Negócios, cursos: Administração, Tecnólogo em Logística, Comunicação Social
e Ciências Contábeis; Escola de Tecnologia: Sistemas de Informação, Tecnólogo em Análise e
Desenvolvimento de Sistemas, Tecnólogo em Redes de Computadores; Escola de Ciências
Jurídicas e Sociais: Direito; Escola de Formação de Professores: História-Licenciatura e
Geografia- Licenciatura. O Curso Bacharelado em Sistemas de Informação da Faculdade
Projeção foi autorizado em 2006, conforme Portaria nº30, de 22 de maio de 2005, publicada em
24/05/2006, iniciando seu funcionamento no 2º semestre de 2006. A existência do curso de
Bacharel em Sistemas de Informação na Faculdade Projeção Taguatinga se justifica pela
necessidade de atendimento a demandas, principalmente regionais, tais como: a)O grande
número de empresas públicas e privadas sediadas no Distrito Federal; b) elevado poder
aquisitivo de Brasília; c)posição física estratégica: o Polo de desenvolvimento da Indústria da
Informação do Distrito Federal. Por tudo isso, verifica-se que a localização geográfica da
Faculdade Projeção (Taguatinga) é a mais coerente possível com o futuro do crescimento do
Distrito Federal, seja em termos de ocupação do espaço urbano, seja em termos populacionais,
não se considerando, ainda, o mesmo tipo de expansão que se vem processando na região
Centro-Oeste. Atualmente o curso faz parte de um dos cursos integrantes da Escola de
Tecnologia, cujo Diretor é o professor Elvis Barreto. Até o 2º semestre de 2012, apresentava um
contingente de 504 alunos5.
Referencial Teórico
No Brasil a inserção de processos avaliativos como categoria central nas políticas públicas da
educação superior, nas décadas de 1980 e de 1990, teve como fulcro orientador a lógica
neoliberal influenciada pelos ideais economicistas de Friederick Hayek e Milton Friedman6
(QUEIROZ, 2011). Com a queda do regime militar no Brasil, o Ensino Superior viveu um
momento muito especial, marcado por mudanças sociais, políticas e econômicas, sabendo-se
que o ensino superior é o grande berço de ideias teria de ter assegurada a qualidade, por ser um
4
Texto extraído do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação.
5
Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação
6
Apud. Estes autores defendiam a retirada da responsabilidade parcial do Estado como promotor dos serviços sociais,
incentivando a competitividade no mercado (QUEIROZ, 2011).
4
lugar de formação de indivíduos e principalmente produção de técnicas e conhecimento, pois
em países que têm como objetivo o crescimento e a modernidade o foco principal é a educação
(SINAES, 2009). De um lado um país que acabara de sair de um sistema ditatorial e de outro
uma necessidade de modernizar-se, sendo assim, uma das formas é modernizar e aprimorar a
educação superior, que no período anterior foi alvo da repressão militar, consequentemente,
marcada por um retrocesso. Neste contexto a criação de instrumentos visando melhorar a
prestação da educação superior é balizada por alguns argumentos, o principal deles a
necessidade de estar assegurado um ensino de qualidade, a adequada distribuição de recursos e a
própria necessidade de expansão do sistema (SINAES, 2009). Na década de 1990, o Brasil
definiu um conjunto de mudanças para gerar o que se chamou de Reforma do Estado. Foram
implementadas iniciativas voltadas para a promoção de mudanças no aparato burocrático, cujo
objetivo central era imprimir eficiência ao setor público (OLIVEIRA, 2006). Neste período o
tema ganhou relevância, principalmente, por causa da adoção de diversos programas nacionais
que contemplariam os diferentes níveis e modalidades de educação. Nas últimas décadas a
avaliação institucional como política pública educacional ganhou destaque, principalmente a
partir da promulgação da Lei 10861/2004 (LEI DO SINAES)7. Que nasce a partir de uma
proposta que busca assegurar, entre outras coisas, a integração das dimensões internas e
externas, particular e global, somativo e formativo, quantitativo e qualitativo e os diversos
objetivos e objetos da avaliação (SINAES, 2009). Avaliação é um termo corriqueiro, seja de
maneira formal ou espontânea, a indústria, como exemplo mais comum, fez amplo uso da
avaliação, com intuito de apreciar resultados das ações de formação e capacitação, seja para
seleção de trabalhadores ou como meio de racionalizar custos na gestão. Entretanto é no meio
educacional, principalmente, que ela ganha notoriedade. Seja no processo ensino aprendizagem,
seja nos processos de gestão. A avaliação institucional é um instrumento capaz de dar um
retorno à sociedade acerca das instituições de ensino superior, apontando aspectos que podem
ser aperfeiçoados, e principalmente indicando as alternativas para a superação destas
fragilidades (DIAS SOBRINHO, 2005). A avaliação produz efeitos sociais, com papel
fundamental na democratização e ou autonomia universitária, bem como instrumento
governamental de controle das instituições pertencentes ao sistema. O papel essencial da
avaliação, segundo Tyler, é averiguar até que ponto os objetivos educacionais traçados estão
sendo alcançados pelo currículo e pelas práticas pedagógicas, ou seja, a determinação do grau
em que “mudanças comportamentais estão ocorrendo” (TYLER, 1976:98). A avaliação
institucional é intrínseca a melhoria da qualidade educacional, para Dias Sobrinho (1996), a
qualidade é uma construção social e histórica, dinâmica e plural. “A qualidade não está nos
fragmentos, na separação, mas sim na integração, nas relações de conjuntos”, devendo-se ainda,
combinar critérios públicos e claros de excelência, cientificidade e relevância social. Com a
extinção do Conselho Federal de Educação, surge o PARU – Programa de Avaliação da
Reforma Universitária, com objetivo de avaliar a Reforma Universitária, implantada por meio
da Lei 5540/68, e produzir um diagnóstico com o propósito de estabelecer ações, visando
mudanças nas instituições e no sistema de ensino superior (QUEIROZ, 2011). A criação deste
programa sofreu influências do setor de pós-graduação stricto sensu brasileiro, assim ressalta,
(DIAS SOBRINHO, 2000). O Grupo Gestor do PARU considerou as instituições como unidade
de análise e destacou o papel da avaliação. A avaliação, nesse Programa, foi entendida como
uma forma de conhecimento sobre a realidade, como uma metodologia de pesquisa que
permitiria não só obter os dados, mas também permitia fazer “uma reflexão sobre a prática”.
Assim, o PARU, com a finalidade de realizar uma pesquisa de avaliação sistêmica, recorreu à
“avaliação institucional” e considerou a “avaliação interna” como procedimento privilegiado.
Nesse sentido, o PARU, foi o precursor das experiências de avaliação posteriores no país
7
Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá outras providências . www.planalto
[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.861.htm
5
(PAIUB, SINAES-CEA) inaugurando a concepção de avaliação formativa e emancipatória,
pois, conforme Cunha (1997, p. 23), ”apesar de originário na CAPES (cujo sistema de avaliação
tinha viés quantitativista), o enfoque da pesquisa era avesso ao tecnicismo dominante no
Ministério da Educação” (BARREYRO e ROTHEN, 2008). Sua desativação ocorreu em 1984,
ou seja, um ano após sua criação, e por isto, não se constituiu em recomendações técnicas ou
legais para viabilizar-se como modelo de avaliação da educação superior. Não há como falar
em sistema de avaliação sem antes referendar suas origens e os processos que possivelmente
foram desencadeadores do atual sistema. Um deles é o PAIUB - Programa de Avaliação
Institucional das Universidades Brasileiras, que em 1993 surge sustentado no princípio da
adesão voluntária das universidades, o Paiub concebia a autoavaliação como etapa inicial de um
processo que, uma vez desencadeado, se estendia a toda a instituição e se completava com a
avaliação externa (SINAES, 2009). A proposta conceitual e metodológica do PAIUB surgiu de
um empreendimento da ANDIFES8, com participação de outras entidades brasileiras, e em
1993, a proposta foi acolhida e editada pelo MEC como política para o ensino superior. O
núcleo central da proposta do PAIUB (PAIUB, 1993; ANDIFES, 1993) estabelece que a
avaliação seja um processo descentralizado, participativo, aberto, criativo, voltado para uma
reflexão crítica e para a redefinição de grandes objetivos acadêmicos e institucionais, que
contemple informações quantitativas e qualitativas, sem caráter punitivo ou de premiação. E
ainda, que promova a melhoria contínua da qualidade, que esteja relacionado ao processo de
planejamento da instituição, que seja permanente e enfatize o ensino de graduação, abrangendo
as questões de ordem administrativa e de gestão da Universidade (PALHARINI). Embora sua
experiência tenha sido curta, conseguiu dar legitimidade à cultura da avaliação e promover
mudanças visíveis na dinâmica universitária. Embora tenha recebido ampla adesão das
universidades brasileiras, seu ritmo foi afetado em sua implementação pela interrupção do apoio
do MEC desde o início do governo anterior, transformando-se em um processo de avaliação
meramente interno as instituições, com consequente impacto negativo sobre o ritmo do seu
desenvolvimento (SINAES, 2009). A proposta de implantação da cultura de avaliação
permanente, e outras características, assemelha-se em alguns aspectos ao sistema atual de
avaliação. Em 1995, com o advento da Lei nº 9131/95 e posteriormente da Lei nº9394/96, foram
instituídos novos meios de avaliação, o principal dele, o ENC – Exame Nacional de Cursos,
popularmente conhecido como Provão – realizado por concluintes dos cursos de graduação; o
questionário sobre as condições do ensino oferecido e condições socioeconômicas do aluno; a
Análise das Condições de Ensino (ACE); a Avaliação das Condições de Oferta (ACO); e a
avaliação institucional dos Centros Universitários. Diante da magnitude de tais instrumentos o
MEC recorreu à comissões compostas por especialistas de diversas áreas do meio acadêmico.
Comparando-o ao PAIUB percebeu-se que a preocupação agora seria o resultado, o aprendizado
do aluno, o foco era o curso, em sua dimensão de ensino, baseando-se pura e simplesmente na
seguinte lógica, qualidade do curso é igual qualidade do aluno (SINAES, 2009). No entanto,
em 2003, um estudo produzido pela Comissão Especial de Avaliação, indicava que o Exame
Nacional de Cursos – ENC (Provão) era desvinculado de outros processos avaliativos, sendo
que a divulgação de resultados se dava por via da mídia, enfatizando principalmente
comparações entre as instituições (OLIVEIRA, 2006). Desta forma não havia como se falar em
qualidade do ensino, pois desconsiderava tudo o que era institucional, gestão institucional,
docentes, perfil discente, e outros fatores e apenas o que havia sido agregado ao aluno era
considerado. Todo este contexto possui uma importância crucial na política de avaliação
vigente, pois o que traz a atual Lei do SINAES é uma evolução em todos estes processos,
principalmente, quando propõe a articulação de vários instrumentos tendo como meta principal
a concepção de uma educação de qualidade, seja ela pública ou privada ou de outro segmento. É
um sistema que combina regulação e avaliação educativa, propondo avaliação externa e externa,
que compartilha responsabilidades, tanto do Estado quanto das Instituições, mas, sobretudo
propõem-se a prestar contas à população, e principalmente, o respeito ao princípio
constitucional que garante que “o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios
(...)VII – garantia de padrão de qualidade”.
8
Associação Nacional de Instituições Federais de Ensino Superior.
6
Em 2003, na gestão do presidente Lula, foi instituída uma Comissão denominada Comissão
Nacional de Avaliação da Educação Superior, cuja competência central foi a de coordenar e
supervisionar o Sinaes, assegurando o adequado funcionamento da avaliação, para apresentar
uma proposta de modificação do sistema de avaliação, vigente na época. O auge deste trabalho
foi a culminância da Lei 10861 publicada em 14 de abril de 2004, que criou o sistema Nacional
de Avaliação da Educação Superior - SINAES (OLIVEIRA, 2006) O SINAES está
fundamentado nas avaliações institucional, de cursos e de estudantes. A Avaliação Institucional,
interna e externa, considera 10 dimensões, conforme Art. 3º da Lei 10861/2004:
9
São expedidas portarias indicando quais os cursos irão participar no ano.
10
www.inep.gov.br – acessado em 15/11/2012
7
Uma proposta coerente deve levar em conta que os diferentes modos e
mecanismos de avaliação implicam mudanças peculiares na cultura
acadêmica, no trabalho docente, na gestão das instituições, nas definições
curriculares, sobretudo, na estruturação da educação superior. Para fazer
frente a essa complexidade, exige-se a construção de uma cultura avaliativa
de caráter permanente e formativo, capaz de oferecer subsídios para a tomada
de decisões, na perspectiva da qualidade do ensino. Significa implantar um
processo de reflexão coletiva que suplante a aceitação dos dados como um
fim em si mesmos e que de mais relevo ao significado das informações
colhidas pela avaliação. É o significado que faz prevalecer a finalidade da
avaliação [...] (FONSECA, OLIVEIRA, AMARAL, 2008 , Apud.(Bertagna,
2010))
11
A Portaria nº 2.051, de 9 de julho de 2004, regulamenta os procedimentos da avaliação do SINAES
8
É possível a partir desta constatação que os resultados da autoavaliação são muito mais amplos,
ou seja, é uma verdadeira prestação de contas à sociedade. Atualmente percebe-se que o
impacto da exigência de avaliação contínua e permanente é o grande diferencial, fazendo com
que as instituições e o MEC pudessem dar o destaque devido à avaliação, principalmente, há
uma evolução no sistema quando se verifica a articulação entre o PDI – Plano de
Desenvolvimento Institucional, o Projeto Pedagógico Institucional, os Projetos Pedagógicos do
Cursos com a Autoavaliação Institucional (SILVA,2003). A autoavaliação não resolverá todos
os problemas da instituição, e este também não é o seu sentido, mas contribui para sinalização
de quais são os problemas e sinaliza alternativas mais eficazes de solução, é um processo global,
no qual se revisa o que foi planejamento e é possível construir-se continuamente, considerando,
principalmente, sua missão e o contexto sociocultural a qual está inserida (SANCHES e
RAPHAEL, 2006). Para Silva (2003) os processos de avaliação executados pelo MEC e pelas
próprias IES têm sido a face mais visível dos impactos provocados pela LDB no âmbito das
instituições de ensino e, neste cenário, surge a figura do Coordenador de Curso que tem se
revelado de fundamental importância na implantação e manutenção de um ensino de qualidade.
Além de exigir qualidade no ensino, os resultados da avaliação são utilizados para fins de
renovação de reconhecimento de cursos e recredenciamento das instituições, colocando
responsabilidades ainda maiores sobre os ombros do gestor acadêmico - o Coordenador de
Curso. Para o mesmo autor o crescimento e a expansão do ensino superior privado exige que a
gestão esteja baseada em planos estratégicos e principalmente, pedagógicos, e claro, neste
processo o coordenador do curso é peça fundamental. A melhoria da qualidade do ensino e a
conseqüente construção de um marco diferencial em uma instituição de ensino, passam
obrigatoriamente por parâmetros que vão além das competências acadêmicas do coordenador de
curso e demais dirigentes universitários. Com certeza, os tempos são outros e a gestão
acadêmica deve se profissionalizar, buscando a eficiência que se requer para um ensino de
elevada qualidade e competitivo no cenário (Silva, 2003). Independente da terminologia
utilizada, para alguns, coordenador de curso, para outros, diretor de departamento, o
coordenador do curso deve ser o gestor do seu curso, tendo um papel muito mais complexo.
Conforme Rodrigues e Zambrano(2006), atuar como coordenador de curso superior é ser mais
que mediador entre alunos e professores, é reconhecer as necessidades da área em que atua e
tomar decisões que possam beneficiar toda a comunidade escolar, é atender as exigências legais
do Ministério da Educação, gerir e executar o projeto político-pedagógico do curso, operar
novas tecnologias, avaliar o trabalho dos docentes, estar comprometido com a missão, crença e
valores da instituição, estar atento às mudanças impostas pelo mercado de trabalho a fim de
adequar e modernizar o curso com foco na garantia de qualidade é gerir equipes e processos,
pensando e agindo estrategicamente, colaborando com o desenvolvimento dos alunos e com o
crescimento da instituição em que trabalha (TAVARES, 1997)12. O atual contexto do ensino
privado no país, principalmente o competitivo, faz com que a gestão e o trabalho do
coordenador sejam diferenciais de qualidade. O instrumento de avaliação de curso13 estabelece
alguns indicadores imprescindíveis no tocante ao perfil do coordenador do curso: atuação do
coordenador, neste caso considerando os seguintes aspectos: gestão do curso, relação com os
docentes e discentes e representatividade nos colegiados superiores; Experiência profissional, de
magistério superior e de gestão acadêmica do (a) coordenador (a): Regime de trabalho do (a)
coordenador (a) do curso. No entanto, os requisitos previstos no instrumento não preenchem
todos os requisitos necessários de um gestor de curso no contexto atual. Para Edson Franco
(2002), são quatro as funções de um coordenador de curso ideal: funções políticas; funções
gerenciais; funções acadêmicas; funções institucionais. No que diz respeito às funções
políticas, o coordenador deve representar o seu curso, interna e externamente, deve ser
referência na área profissional do seu curso, devendo construir seu reconhecimento e visto como
liderança, característica essencial para o sucesso do curso. O autor estabelece diversas
atribuições no âmbito destas funções, tais como: o Coordenador de Curso deve ser um “fazedor
12
Apud texto Isabel Rodrigues
13
http://download.inep.gov.br/educacao_superior/avaliacao_cursos_graduacao/instrumentos/2012/instrumento_com_a
lteracoes_maio_12.pdf
9
do marketing”, ou seja, deve dominar por inteiro as ―diferenças essenciais de seu curso, o
diferencial que ele procurará sempre ressaltar em relação aos cursos concorrentes. O
Coordenador deve ser responsável pela vinculação do curso com os anseios e desejos do
mercado, deve também sintonizar-se, ao lado dos professores, com as atividades de iniciação
científica ou de pesquisa e com as atividades de extensão. Em relação às funções gerenciais o
Coordenador deve ser o responsável pela supervisão das instalações físicas, laboratórios e
equipamentos do Curso, apesar de serem consideradas funções administrativas, o coordenador
deve se interar destas questões de modo que a atividade fim não fique comprometida. O
Coordenador deve ser também o responsável pela indicação da aquisição de livros, materiais
especiais e assinatura de periódicos necessários ao desenvolvimento do Curso. O Coordenador
deve ser responsável pelo estímulo e controle da frequência docente. O Coordenador deve ser
responsável pelo estímulo e controle da frequência discente. O Coordenador deve ser
responsável pela indicação da contratação de docentes e, logicamente, pela indicação da
demissão deles; O Coordenador deve ser responsável pelo processo decisório de seu Curso; O
Coordenador deve ser responsável pela adimplência contratual dos alunos de seu Curso. As
funções acadêmicas sempre fizeram parte do cotidiano do coordenador de curso, no entanto, são
elencadas pelo autor uma a uma ressaltando sua importância, o Coordenador é o responsável
pela elaboração e execução do Projeto Pedagógico do seu curso, deve cuidar sempre para que o
Projeto esteja atualizado, esta será uma ação conjunta do Coordenado com o Núcleo Docente
Estruturante – NDE, o autor não fala deste núcleo, pois o texto foi escrito em 2002 e a exigência
do NDE é a partir de 2008. O Coordenador deve ser responsável pela qualidade e pela
regularidade das avaliações desenvolvidas em seu Curso, principalmente, avaliação do corpo
docente, que em conjunto com a avaliação discente deve compor o perfil de cada professor. O
Coordenador deve cuidar: das atividades complementares em seu Curso; iniciação científica e
de pesquisa entre professores e alunos; orientação e acompanhamento dos monitores;
engajamento de professores e alunos em programas e projetos de extensão universitária;O
Coordenador de Curso deve ser responsável pelos estágios supervisionados e não
supervisionados. Dentre as elencadas é necessário que seja ressaltado aqui a atribuição de cuidar
da avaliação do curso, neste caso tanto as avaliações internas, quanto as avaliações externas, in
loco e ENADE. Quanto às funções institucionais estas revelam um caráter mais interno da
conduta e desempenho do Coordenador de Curso, enquanto as funções políticas retratam a
relação do Coordenador de Curso, com a sociedade. Dentre as atribuições ligadas às funções
institucionais o autor cita as seguintes: o coordenador deve ser responsável pelo sucesso dos
alunos no ENADE; acompanhamento dos egressos; pela empregabilidade dos alunos; e
responsável pelo reconhecimento de seu curso no MEC. Após elencadas as funções que devem
fazer parte do dia a dia do coordenador de curso, vê-se que, a função é muito complexa, e que a
melhor designação, quando ele consegue alcançar a maioria destas atribuições, seria gestor do
curso. Cabendo ao gestor do curso a função acadêmica de se utilizar dos insumos produzidos
pela CPA no processo de melhoria da gestão do seu curso.
Resultados e Discussões
10
autoavaliação em 2008 a 2010 e por fim o terceiro ciclo, iniciando em 2011 a 2013. O Programa
de Avaliação Institucional da Faculdade está previsto em seu PDI,
Para garantir a devida articulação com o PDI da IES o Programa de Avaliação Institucional da
Faculdade Projeção – PAIP tem por objetivo principal: manter na Faculdade Projeção um
processo permanente de avaliação institucional, sistemático e confiável, de forma que estes
dados contribuam com a instituição para que ela possa diagnosticar, em todos os seus setores e
ou segmentos, as oportunidades de melhorias no processo educacional, e assim tenha dados
concretos que fomentem melhorias e, consequentemente, tenha garantida a excelência na
prestação dos serviços (PAIP, 2010). A Comissão Própria de Avaliação da Faculdade foi
instituída em 2004, não possui a formação original, no entanto, foi ampliada para 02 membros
representantes de cada segmento. É a responsável pela coordenação dos trabalhos na IES, sua
coordenadora possui dedicação exclusiva aos trabalhos e um assistente para dar apoio
operacional aos trabalhos. A autoavaliação institucional no âmbito do curso está inserida no
Programa de Avaliação Institucional da Faculdade, é um processo que por meio da emissão de
seu relatório de autoavaliação anual, bem como a pesquisa de “Avaliação da Prática docente”,
realizada semestralmente, oferecem os gestores dos cursos insumos para as tomadas de decisão,
e principalmente a elaboração de planos de melhoria e do planejamento do curso. Todos os anos
os gestores responsáveis pelo curso têm de apresentar um plano contemplando melhorias com
objetivo de sanar questões, que por meio do relatório de autoavaliação tenham se demonstrado
frágeis, principalmente, as questões apontadas por alunos e professores, na pesquisa de
satisfação e opinião, parte integrante da autoavaliação. Para poder demonstrar quais foram as
contribuições da CPA no processo de gestão do curso em busca das melhorias, foram analisados
os relatórios da CPA de 2008 a 2012, onde a pesquisa de satisfação respondida pelos alunos traz
indicativos que um processo de autoavaliação, que se utiliza dos resultados na construção de
planos e projetos, consegue além de melhorar a qualidade do curso, na maioria das vezes
alcançar a satisfação do próprio corpo de aluno. Analisando os planos de melhoria da Escola e,
em especial, do curso, foi possível destacar que, as questões propostas atendem as questões
apontadas pelos alunos no relatório de autoavaliação. E este se torna um dos instrumentos na
construção de planos de melhoria. Um dos principais documentos elaborados pela escola foi o
plano de melhorias anexado no sistema e-mec em 2010, em atendimento à determinação por não
ter obtido a época nenhum conceito, ou seja, “sem conceito” ou “SC”. Cabe ressaltar que o
curso não obteve conceito por não haver alunos concluintes. Mesmo não sendo um resultado
insatisfatório, também não era considerado positivo, pois “SC” teria de postar planos de
melhoria aprovados pela Comissão Própria de Avaliação. A gestão do curso tendo por base os
resultados da autoavaliação, bem como dos indicadores publicados pelo MEC, destacou
algumas prioridades estratégicas tendo por meta a melhoria na qualidade do curso. As ações
direcionadas no plano de melhoria objetivavam o alcance de conceito 4,0 no ENADE e CPC 3,0
no próximo ciclo, metas para 2011. O documento previa as seguintes prioridades: a) Revisar e
atualizar o Projeto Pedagógico do curso; b) Elevar o percentual de mestres e doutores no Curso
para 80%; c) Investir na capacitação docente, com o apoio da Escola de Formação de
Professores do Grupo Projeção; d) Profissionalizar a gestão e a capacidade de resposta da
Coordenação do Curso; e) Reforçar a atuação do Laboratório de Desenvolvimento de Soluções
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em TI e implantar o Escritório de Governança em TI; f) Atualizar e modernizar os laboratórios
disponíveis para o curso; g) Ampliar atividades extraclasses: palestras, eventos, pesquisas,
visitas técnicas, viagens de estudos nacionais e internacionais. No decorrer destes 04 (quatro)
anos a coordenação do curso passou a estabelecer estratégias de cumprimento das ações que
pudessem garantir as metas estabelecidas para 2011. Durante este tempo a coordenação
apresentou à CPA documentos comprobatórios das ações realizadas, relatórios, fotos e outros,
fizeram parte do arcabouço apresentado, garantindo que as ações previstas seriam cumpridas.
Dos itens questionados aos discentes pela CPA, a coordenação do curso se utilizou como
insumos para seus planos de melhoria e planejamento principalmente dos seguintes dados: 1)
Serviços e Setores: a) Coordenação do Curso; b) Secretaria da Coordenação do Curso. 2)
Proposta Pedagógica: a) Proposta pedagógica do curso; b) Estrutura curricular do curso; c)
Bibliografia disponibilizada para cada disciplina do curso; d) Desenvolvimento dos conteúdos
de forma interdisciplinar; e) Perfil do profissional proposto pelo curso em relação ao exigido na
atuação profissional; f) Atividades de ensino oferecidas pela faculdade; g) Atividades de
extensão oferecidas pelo curso; h) Atividades de pesquisa oferecidas pelo curso; i) A avaliação
da aprendizagem utilizada nas diversas disciplinas; j) Preparação dos alunos para atuarem em
ambientes de trabalho exigentes e competitivos; l) Preparação do curso para o mercado de
trabalho; m) Reconhecimento do curso no mercado de trabalho; n) Divulgação do ENADE pela
faculdade, 3) Avaliação da Prática Docente14: a)O professor é pontual no início e no término das
aulas; b) O professor é assíduo; c) O professor disponibiliza material no 'blog' acadêmico
(intranet); d) O professor apresentou e explicou com clareza o plano de ensino da disciplina; e)
O professor segue o plano de ensino no decorrer do semestre; f) O professor elabora o
planejamento das aulas buscando integrar teoria e prática; g) O professor demonstra
conhecimento do conteúdo da disciplina que ministra; h) O professor usa uma linguagem clara
para apresentar e desenvolver a disciplina; i) O professor incentiva a participação dos alunos
fazendo com que o aluno expresse livremente suas ideias; j) O professor responde aos
questionamentos dos alunos de forma clara e objetiva; l) O professor demonstra ter um
relacionamento adequado com os estudante; m) O professor tem habilidade para administrar
conflitos em sala de aula; n) O professor demonstra comprometimento com o sucesso dos
alunos; o) O professor demonstra ser estudioso dos temas relacionados à sua área de atuação; p)
O professor incentiva atividades extras, tais como: pesquisas, saídas de campo, exposições,
visitas técnicas etc. q) O professor desenvolve o processo de avaliação de forma criteriosa e
compatível com o planejamento das aulas; r) O professor propõe provas que valorizam a
reflexão e o raciocínio mais do que a memorização; s) O professor corrige e discute a avaliação
realizada em sala; t) O professor entrega as notas e as divulga em tempo hábil; u) O professor
propõe atividades relacionadas à realidade do mercado de trabalho; v) O professor utiliza o
tempo da aula de forma produtiva; x) O professor demonstra comprometimento com o sucesso
da Faculdade. Os resultados segundo os gestores do curso serviram de base para que as metas
fossem estabelecidas. Em relação à coordenação do curso foi feito um trabalho de
profissionalização da gestão: Mapeamento de todos os processos da coordenação do Curso;
Identificação das causas da lentidão nas decisões e operações, gargalos e pontos para melhoria;
Estabelecendo as rotinas, com base nas funções e atribuições do cargo de coordenador; Fixando
prazos máximos para resposta às demandas de estudantes, professores e da própria direção;
Implantando um sistema de monitoramento, com indicadores de desempenho, acompanhamento
e controle; Promovendo ajustes nas rotinas, sempre que necessário. Todas as ações previstas
foram realizadas tendo em vista a melhoria da qualidade na gestão do curso, e analisando os
relatórios anuais da CPA, em relação à coordenação do curso, os itens avaliados pelos alunos
apresentaram os seguintes percentuais de satisfação, conforme Tabela 01:
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Semestralmente a CPA aplica a pesquisa de satisfação aos alunos acerca da prática docente, os resultados são
divulgados numa reunião denominada consenso, onde o Diretor Acadêmico, os Recursos Humanos, o Diretor da
Escola, o Coordenador do Curso, confrontam e discutem acerca da percepção dos alunos e também da avaliação feita
pelo Coordenador do Curso. As informações são disponibilizadas por meio do Sistema SPO – Sistema de Pesquisa de
Opinião, que por meio de gráficos e tabelas reúne as informações dos dois públicos – discentes e coordenação.
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Tabela 01 – Coordenação do Curso
Item 2008 2012
Relacionamento com os alunos 44% 68,8%
Gestão e funcionamento do curso 38,6% 65,4%
Horário de atendimento 32,6% 62,7%
Respostas aos problemas encaminhados 34,3% 65,4%
Fonte: Relatórios de autoavaliação CPA
A contribuição da CPA, principalmente, no que diz respeito a opinião dos alunos em relação a
gestão do curso se traduz em instrumentos de melhoria, capazes de identificar quais são os
pontos fortes, as fragilidades e as potencialidades do curso.
Considerações Finais
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do aluno, mas a construção dos processos de melhoria foi gradual e constante, trazendo ao final
de quatro anos um crescimento notório do curso e de seus resultados. Em consonância com os
estudiosos da área foi possível evidenciar que um processo de autoavaliação contínuo e
permanente, é capaz de contribuir positivamente na gestão do curso, pois a autoavaliação é uma
ferramenta eficaz na busca pela excelência e qualidade dos cursos ofertados pela IES.
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Referências
BARREYRO, G. B.; ROTHEN, José Carlos Para uma História da Avaliação da Educação
Superior Brasileira: Análise dos Documentos do PARU, CNRES, GERES e PAIUB acessado
em: 20/11/2012
Gil, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. Ed. São Paulo. Atlas, 2008.
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MABA, E. G.; MARINHO, Sidnei Vieira A Autoavaliação Institucional no Processo de
Tomada de Decisão em IES: Estudo de Caso das Faculdades SENAC/SC, Avaliação,
Campinas; Sorocaba, SP, v. 17, n. 2, p. 455-480, jul. 2012
PINTO, Marli Dias de Souza et al. Avaliação como Compromisso e Instrumento de Gestão
nas Instituições de Ensino Superior, Revista Inovação Uniemp, v. 10, n. 1, mar. 2005
Constituição Federal
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
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Lei 9394/96 http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=75723
http://www.redimovel.com.br/nisul/fase11/monog/Unidade%205.pdf
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/tek/n12/n12a11.pdf
http://www.unigranrio.br/unidades_adm/cpa/downloads/autoav-inst-ensino-sup-instr-gestao-
mary-galdino.pdf
http://www.anped.org.br/reunioes/23/textos/1117t.PDF
http://www.abmes.org.br/abmes/public/arquivos/publicacoes/ABMESCaderno8.pdf
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