Artigo: Educacional

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Revista

Práxis
Educacional e-ISSN 2178-2679

ARTIGO
https://doi.org/10.22481/praxisedu.v15i34.5635

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: ANÁLISE DA AVALIAÇÃO DE SISTEMA E A


NECESSIDADE DE LEGITIMIDADE POLÍTICA

INSTITUTIONAL EVALUATION: ANALYSIS OF SYSTEM EVALUATION AND THE


NEED FOR POLITICAL LEGITIMACY

EVALUACIÓN INSTITUCIONAL: ANÁLISIS DE LA EVALUACIÓN DE SISTEMA Y


LA NECESIDAD DE LEGITIMIDAD POLÍTICA

Claudia Pereira de Pádua Sabia


Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Brasil

Resumo: A avaliação de larga escala percorreu um longo caminho desde a década de 1.990 e apesar
das críticas e das contradições que a temática envolve vem sendo ampliado o debate em torno de seus
resultados, formatos e consequências de sua implementação na sala de aula. As avaliações de sistema
vêm informando desde suas primeiras edições que a aprendizagem não está ocorrendo na educação
básica de nossas escolas do país. O estudo tem como objetivo refletir sobre os resultados da avaliação
externa pelos atores da escola na avaliação institucional visando sua utilização para o planejamento
pedagógico. É a avaliação institucional que possibilita a legitimidade política dos dados
disponibilizados na avaliação externa através da negociação entre “os que fazem a escola”. Embora a
ênfase neste trabalho sobre a avaliação institucional tenha sido sob o ângulo da reflexão dos resultados
da avaliação de sistema, ressaltamos a necessidade de outros indicadores qualitativos elencados pelo
coletivo que contribua para o resgate da finalidade da escola. A metodologia utilizada são as pesquisas
bibliográfica e documental. Como resultados, apresentamos o crescimento das pesquisas de avaliação
para o apoio pedagógico, o aprimoramento dos Boletins Pedagógicos elaborados pelas Secretarias
Estaduais de Educação, além de algumas iniciativas como o PIP – Plano de Intervenção Pedagógica e
o Monitoramento da Aprendizagem.

Palavras-Chave: Avaliação de larga escala. Avaliação Institucional. Sistema Nacional de Avaliação.

Abstract: Large-scale evaluation has come a long way since the 1990s and despite the criticisms and
contradictions that the issue involves, the debate about its results, formats and consequences of its
implementation in the classroom has been broadened. The system evaluations have been informing
from their first editions that the learning is not happening in the basic education of our schools of the
country. The study aims to reflect on the results of the external evaluation by the school actors in the
institutional evaluation aiming its use for pedagogical planning. It is the institutional evaluation that
allows the political legitimacy of the data available in the external evaluation through negotiation
between "those who do the school". Although the emphasis in this work on institutional evaluation has
been to reflect the results of the system evaluation, we emphasize the need for other qualitative
indicators listed by the collective that contribute to the recovery of the purpose of the school. The

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methodology used is bibliographical and documentary research. As a result, we present the growth of
evaluation surveys for pedagogical support, the improvement of the Pedagogical Bulletins prepared by
the State Secretariats of Education, as well as some initiatives such as the PIP - Pedagogical
Intervention Plan and the Monitoring of Learning.

Keywords: Large scale evaluation. Institutional Evaluation. National Evaluation System.

Resumen: La evaluación a gran escala ha recorrido un largo camino desde la década de 1.990 ya pesar
de las críticas y de las contradicciones que la temática involucra se viene ampliando el debate en torno
a sus resultados, formatos y consecuencias de su implementación en el aula. Las evaluaciones de
sistema vienen informando desde sus primeras ediciones que el aprendizaje no está ocurriendo en la
educación básica de nuestras escuelas del país. El estudio tiene como objetivo reflexionar sobre los
resultados de la evaluación externa por los actores de la escuela en la evaluación institucional visando
su utilización para la planificación pedagógica. Es la evaluación institucional que posibilita la
legitimidad política de los datos disponibles en la evaluación externa a través de la negociación entre
"los que hacen la escuela". Aunque el énfasis en este trabajo sobre la evaluación institucional ha sido
bajo el ángulo de la reflexión de los resultados de la evaluación del sistema, resaltamos la necesidad de
otros indicadores cualitativos enumerados por el colectivo que contribuya al rescate de la finalidad de
la escuela. La metodología utilizada son las investigaciones bibliográfica y documental. Como
resultados, presentamos el crecimiento de las investigaciones de evaluación para el apoyo pedagógico,
el perfeccionamiento de los Boletines Pedagógicos elaborados por las Secretarías Estaduales de
Educación, además de algunas iniciativas como el PIP - Plan de Intervención Pedagógica y el
Monitoreo del Aprendizaje.

Palabras clave: Evaluación a gran escala. Evaluación Institucional. Sistema Nacional de Evaluación.

Introdução

Iniciamos nosso estudo apresentando a conceituação da avaliação de larga escala


implementada no país a partir da década de 1.990. Conforme Werle (2010),

[...] a avaliação de larga escala é um procedimento amplo e extensivo,


envolvendo diferentes modalidades de avaliação, realizado por agências
reconhecidas pela especialização técnica em testes e medidas, abrangendo
um sistema de ensino, ou seja, todas as escolas de um determinado nível ou
série deste sistema, mesmo que utilizando procedimentos amostrais, na
maior parte das vezes voltada predominantemente para o foco da
aprendizagem dos alunos e com a finalidade de obter resultados
generalizáveis ao sistema. Portanto, a avaliação de larga escala sempre é
uma avaliação externa às instituições escolares. (WERLE, 2010, p. 22).

Consideramos que a avaliação de larga escala percorreu um longo caminho desde a


década de 1.990 e apesar das críticas e das contradições que a temática envolve vem sendo
ampliado o debate em torno de seus resultados, formatos e consequências de sua
implementação na sala de aula.

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O estudo tem como objetivo refletir sobre os resultados da avaliação externa pelos
atores da escola na avaliação institucional visando sua utilização para o planejamento
pedagógico. A metodologia utilizada são as pesquisas bibliográfica e documental.
Para desenvolver este estudo, optamos por iniciar com breve retrospectiva histórica da
implementação do sistema nacional de avaliação e a criação das avaliações de larga escala no
Brasil. Na sequência abordar a avaliação institucional como uma etapa indispensável para a
escola coletivamente refletir sobre seus objetivos de modo a reorientar suas ações.

Sistema Nacional de Avaliação

Na gestão de Fernando Henrique Cardoso, teve início a Reforma do Estado e foram


aprovadas a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB/1996 (Lei nº 9.394/96) e
demais legislações complementares que propiciaram a implementação do sistema nacional de
avaliação da educação no Brasil.
Oliveira (1999) nos esclarece o direcionamento da reforma do Estado afirmando que:

[...] o Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE) propõe,


em 1995, uma reforma pela qual o Estado é revisto, uma vez que este ‘deixa
de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social, pela
via da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de promotor
e regulador desse desenvolvimento’. Nesse sentido são explicadas as
privatizações que vêm ocorrendo, uma vez que se pretende ‘ transferir para o
setor privado as atividades que podem ser controladas pelo mercado’, além
de propor a ‘descentralização para o setor público não estatal de execução de
serviços que não envolvem o exercício do poder do Estado, mas devem ser
subsidiados pelo Estado, como é o caso dos serviços de educação, saúde,
cultura e pesquisa científica. (OLIVEIRA, 1999, p.71)

O MARE está contido numa composição mais ampla de reformas neoliberais. Para
Silva (1995, p.45), se quisermos compreender as estratégias que o projeto neoliberal no Brasil
tem reservada para a educação “é importante compreender que esse processo é parte de um
seguimento internacional mais amplo”. Para o autor, o projeto neoliberal busca a redefinição
da educação em termos de mercado, ou seja, tem como eixo orientador o próprio mercado.
Sob outra perspectiva, Horta Neto (2015) informa também a importância do Plano
Diretor da Reforma do Estado, destacando que

Neste Plano estão indicadas algumas diretrizes que influenciariam


determinantemente o processo educacional brasileiro. Dentre elas, podemos
citar a descentralização, como uma nova visão para a gestão das instituições
públicas, balizadas pelo princípio da eficiência, autonomia e participação

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social; esta última considerada como fator de “melhoria da qualidade e


eficiência na prestação do serviço público”(BRASIL/MARE, 1995ª,p.5)
Uma outra questão que ganha relevância no Plano é a qualidade dos serviços
prestados pelo Estado. (HORTA NETO, 2015, p.102).

O autor citado complementa que o Plano propõe ainda a implantação de uma


sistemática de avaliação, a partir da construção de indicadores de desempenho.
Além da implementação da Reforma do Estado, as reformas educacionais iniciadas
nesta década foram recomendadas por vários organismos internacionais. Torres (2001), ao
fazer um balanço dos dez anos da Conferência Educação para Todos, ocorrida em Jontien
(Tailândia) em 1990, analisa que:

[...] a uniformização da política educativa em escala global está vinculada ao


crescente peso dos organismos internacionais no projeto e na execução da
política educativa nos países em desenvolvimento. Isso vale particularmente
para o Banco Mundial, o sócio mais forte da Educação para Todos, que
liderou o cenário educativo na década de 1990. (TORRES, 2001, p.79)

Segundo a autora citada, o pacote de reforma educativa recomendado aos países em


desenvolvimento, principalmente para a reforma da educação primária inclui: empréstimos e
assessoria técnica da banca internacional para o diagnóstico, delineamento e execução da
reforma; primazia da análise econômica na definição de problemas e das prioridades; ênfase
na educação básica (e transferência dos recursos do ensino superior); “foco na pobreza” e nas
políticas de compensação ou de “discriminação positiva” para os grupos mais desfavorecidos
ou em “risco”; reforma administrativa como prioridade, elemento central e articulador, e
papel secundário da reforma curricular e pedagógica; descentralização da gestão e da
autonomia da instituição escolar; ênfase na avaliação do rendimento escolar e na implantação
de sistemas nacionais de avaliação de resultados; ênfase na tecnologia educativa, dentre
outras.
Cabe reiterar, à ênfase na avaliação do rendimento escolar e na implantação dos
sistemas nacionais de avaliação dos resultados “recomendados” na Conferência citada, em
que o Banco Mundial foi seu patrocinador principal.
De acordo com Bonamino e Franco (2015) a origem do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (SAEB):

Relaciona-se com demandas do Banco Mundial (BM) referentes à


necessidade de desenvolvimento de um sistema de avaliação do impacto do
Projeto, segmento Educação, no âmbito do VI Acordo MEC/Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento -BIRD (Brasil, 1988). Tal
demanda ainda, aliada ao interesse do MEC em implementar um sistema

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amplo da avaliação da educação, levou a iniciativas que redundaram na


criação do sistema nacional de Avaliação do Ensino Público de 1º Grau –
SAEP. (BONAMINO; FRANCO, 2015, p.110)

Os autores citados informam ainda que, em 1988, houve uma aplicação piloto do
SAEP nos estados do Paraná e Rio Grande do Norte para testar a pertinência e adequação dos
instrumentos e procedimentos. Entretanto, dificuldades financeiras impediram o
prosseguimento do projeto.
Conforme Bauer (2010), muitos dos programas de avaliação foram desenvolvidos a
partir de 1995, quando a V Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo
aprovou o Programa de Cooperação para o Desenvolvimento de Sistemas Nacionais de
Avaliação da Qualidade da Educação em San Carlos de Bariloche.
O contexto do desenvolvimento da avaliação de sistemas no Brasil é explicitado por
Bonamino (2002):

No final dos anos 80, o reconhecimento da inexistência de estudos que


mostrassem mais claramente o atendimento educacional oferecido à
população e seu peso sobre o desempenho dos alunos dentro do sistema
escolar conduziu as primeiras experiências de avaliação de primeiro grau.
Já nos anos 90, o sistema de avaliação da educação básica passa a inserir-se
em um conjunto mais complexo de inter-relações, em cujo interior operam
o aprofundamento das políticas de descentralização administrativa,
financeira e pedagógica da educação, um novo aparato legal e uma série de
reformas curriculares. (BONAMINO, 2002, p.15-16).

Para esta autora, a lógica do desenvolvimento dos sistemas de avaliação se baseava na


preocupação com os índices e a qualidade dos serviços educacionais e pela necessidade de um
gerenciamento eficaz dos recursos disponíveis para a educação, valorizavam as informações
obtidas por meio de aplicação de testes aos alunos como suporte à tomada de decisões na área
educacional.
Portanto, a implantação do sistema nacional de avaliação aliava-se perfeitamente ao
novo papel do estado “avaliador ou regulador”. A avaliação de programas e sistemas
educacionais começa a exercer função de controle sobre os serviços educacionais e prestação
de contas tanto ao Estado quanto à sociedade.
O estudo de Gatti (2015) indica também a preocupação do Ministério da Educação
com os primeiros resultados dos processos de avaliação realizados no final da década de 1980,
pois os mesmos eram “muito aquém do esperado”. Cabe reiterar a análise da autora, de que

[...] as avaliações de rendimento escolar realizadas entre 1988-1991


trouxeram o impacto dos baixos resultados médios, muito aquém do

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esperado, que repercutiram tanto no Ministério, como nas Secretarias de


Educação e na mídia, criando nas instituições públicas interesse pelos
processos avaliativos. [...] Estes primeiros estudos abrangentes de alunos e
escolas serviram de base para a implantação do SAEB – Sistema de
Avaliação da Educação Brasileira. (GATTI, 2015, p.44)

A partir das previsões legais (Lei 9.394/96 e demais legislações complementares e/ou
regulamentadoras), foi criado o Sistema Nacional da Educação Básica (SAEB), em nível
nacional, desde o ano de 1990. Nesta década foi criado ainda, o Exame Nacional de Cursos
(ENC) para avaliar os cursos superiores em 1996 (atual ENADE), e o Exame Nacional do
Ensino Médio (ENEM) em 1998. Destacamos também que nesta década vários estados
brasileiros implementam seus sistemas de avaliação.
Retomando, as avaliações em larga escala, em nível nacional, destacamos que em
2005, foi criado a ANRESC - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar, conhecida como
Prova Brasil, através do desmembramento do SAEB.
O sistema nacional de avaliação buscava em um primeiro momento um diagnóstico
geral dos sistemas de ensino. A partir da Prova Brasil, buscou-se estabelecer relações com
cada uma das escolas participantes da rede, ao divulgar os resultados de cada escola
participante, bem como, a divulgação do indicador IDEB - Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica. Criado em 2007, este indicador pondera os resultados da Prova Brasil e os
indicadores de desempenho captados pelo censo escolar (evasão, aprovação e reprovação). O
IDEB varia de zero a dez, desdobrável por estado e município e redes de ensino e escola.
A criação do IDEB ocorreu neste ano quando o Ministério da Educação e Cultura –
MEC lançou o Plano de Desenvolvimento da Educação. Tal plano foi lançado
concomitantemente ao Decreto nº 6.094/2007, que instituiu o “Plano de Metas Compromisso
Todos pela Educação”.
Após este breve histórico da implantação do sistema nacional de avaliação, citamos
alguns autores (as) como Barreiros (2002), Arelaro (2007), Freitas (2007), Fischer (2010),
Bonamino; Souza (2012), Santos; Sabia (2015) que teceram críticas as avaliações de larga
escala sob diferentes perspectivas.
Entretanto, apesar das críticas e dos limites das avaliações de larga escala,
consideramos as avaliações externas necessárias, pois, as mesmas vêm informando desde suas
primeiras edições que a aprendizagem não esta ocorrendo na educação básica de nossas
escolas do país. Portanto, identificamos uma evolução das pesquisas em avaliação
educacional considerável nos últimos trinta anos e os estudos, bem como eventos importantes

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sobre este tema vêm enfatizando a necessidade de aperfeiçoamentos, redirecionamentos e


informações complementares visando sua utilização para o planejamento pedagógico.
Para ilustrar nossa afirmação, buscamos apoio em Gatti (2014), que mencionando
sobre a Teoria de Resposta ao Item (TRI), utilizada em várias avaliações de sistema, relata
que não tem sido feito um questionamento mais profundo se esse procedimento é adequado
para todas as situações, apenas adere-se.

Não se levanta a questão relevante sobre a contribuição pedagógica para as


escolas dessa escala, no formato divulgado, e também não se faz
considerações sobre a perda de informações educacionais importantes como,
por exemplo, a análise dos erros em uma perspectiva curricular, que muito
informam sobre caminhos cognitivos e contribuem para planejamentos
pedagógicos. Poderíamos pensar menos em comparações e pensar mais
em contribuições. Diversificar os modelos adotados, especialmente em
estados e municípios, poderia trazer outras informações pedagógicas, mais
aderentes às localidades e com mais significado para os professores,
diretores, os pais, contribuindo mais diretamente para planejamento de
ensino. (GATTI, 2014, p.22-23) (grifo meu)

Consideramos que as avaliações externas deveriam ser utilizadas para orientar o


trabalho do professor e sua prática docente, num processo de ação-reflexão-ação. De acordo
com Oliveira (2011, p. 137) as avaliações externas parecem ter sido desenhadas muito mais
com o objetivo de produzir informações para os gestores de redes educacionais “do que para
ajudar os professores a analisarem os resultados buscando rever seus métodos de ensino e
práticas de avaliação”.
Diante do contexto apresentado, enfatizamos a necessidade das avaliações de larga
escala ter significado para os professores, e, portanto, questionamos: como a avaliação de
larga escala poderia contribuir para o planejamento pedagógico dos professores? E os
gestores, discutem os resultados da avaliação de larga escala com os demais segmentos
(professores, alunos, funcionários e pais) na avaliação institucional da escola?
A partir destes questionamentos, abordaremos no próximo tópico, a avaliação
institucional.

Avaliação Institucional

Retomando os questionamentos que fizemos neste estudo, entendemos que a escola


deve utilizar os resultados das avaliações externas para repensar suas ações, ou seja, se
autoavaliar. A autoavaliação é uma das etapas previstas na elaboração do projeto político

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pedagógico - PPP. O PPP deve ser construído com a participação de todos os atores da escola,
proporcionando o comprometimento com seus objetivos.
Freitas et al. (2012) corrobora nossa afirmação, “ [...] a referência para a avaliação
institucional está no projeto político pedagógico da escola. Ele reflete compromissos do
coletivo”. O autor ainda define o PPP,

[...] por projeto político-pedagógico entendemos uma proposta de trabalho


da escola elaborada coletivamente que orienta (e responsabiliza) a ação de
seus atores, bem como formaliza demandas ao poder público e cria as
condições de trabalho adequadas na escola. É portanto, um instrumento vivo
e dinâmico que pauta compromissos bilaterais, onde o protagonismo é da
escola. (FREITAS et al, 2012, p.40)

Destacamos também a definição de Veiga (1998). para quem

[...] o projeto político-pedagógico explicita os fundamentos teórico-


metódicos, os objetivos, o tipo de organização e as formas de implementação
e avaliação da escola. As modificações que se fizerem necessárias resultam
de um processo de discussão, avaliação e ajustes permanentes do projeto
pedagógico. (VEIGA, 1998. p.13)_

Portanto, a avaliação institucional é necessária para que os objetivos do PPP sejam


reavaliados, revistos e novas ações e direcionamentos sejam implantados.
É na implementação da sua avaliação institucional com a participação dos segmentos
da escola que a mesma irá elencar os indicadores que serão considerados para identificar se os
objetivos da escola estão sendo atingidos ou não, e o que fazer diante deste diagnóstico.
Cabe destacar as definições da avaliação institucional conforme os seguintes autores:

[...] um processo de busca de compreensão da realidade escolar, com o fim


de subsidiar a tomada de decisão quanto ao direcionamento das intervenções,
visando ao aprimoramento do trabalho escolar. Como tal, a avaliação
compreende a descrição, interpretação e o julgamento das ações
desenvolvidas, resultando na definição de prioridades a serem
implementadas e rumos a serem seguidos, tendo como referência princípios
e finalidades estabelecidos no projeto da escola, ao tempo em que subsidia a
sua própria definição. (SOUSA, 1995, p.63)

[...] Avaliação institucional é um processo global, continuo e sistemático,


competente e legítimo, participativo, que pode envolver agentes internos e
externos na formulação de subsídios para melhoria da qualidade da
instituição escolar. (FERNANDES; BELLONI, 2001, p. 23).
Um projeto que permite o balanço dos rumos da instituição em busca de
qualidade. Como processo, a avaliação institucional constitui um serviço
prestado a sociedade na medida em que os participantes da instituição
possam repensar seus compromissos e metas, modos de atuação e finalidades
de suas práticas e de sua missão. (LEITE, 2005, p.23).

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A avaliação institucional da escola consiste em um processo sistemático,


abrangente e contínuo de observação, coleta e análise de dados, interpretação
e julgamento da realidade e prática escolares, em seus desdobramentos e
interações, tendo como objetivo contribuir para a melhoria contínua do
trabalho educacional e seus resultados. (LUCK, 2012, p.39)

Ao tomar esses conceitos como referência, concebemos a avaliação institucional


como um processo sem fim, contínuo, de busca constante na melhoria do ensino que
pressupõe e exige predisposição a mudança, visando à escola como um todo, levando em
consideração os olhares de seus agentes.
Acrescentamos ainda, a definição de Dias Sobrinho (2003, p.177) de que a “avaliação
educacional é uma prática social orientada, sobretudo, para produzir questionamentos e
compreender os efeitos pedagógicos, éticos, sociais, econômicos do fenômeno educativo
[...] ”.
Desse modo, consideramos a avaliação institucional como um instrumento de
potencialidade para a escola se apropriar da avaliação externa, conjugando-a com outros
indicadores qualitativos que lhe permitam “olhar para si mesma”, exercer sua autonomia,
resgatando a finalidade da escola e não sendo “arrastada” e ficando a mercê apenas dos
indicadores externos quantitativos. Mas também buscando compreender o que os mesmos
estão indicando, indispensáveis para a tomada de decisões.
A partir de nossas colocações, vislumbramos a potencialidade da avaliação
institucional, embora conscientes de seus limites e que sua elaboração coletiva seja uma tarefa
complexa.
Grochoska (2013), em seu estudo sobre o processo de autoavaliação institucional
desenvolvido numa escola de educação básica da região metropolitana de Curitiba-PR,
afirma que

[...] ao final (ou seria início?) desse processo, o aspecto a ser levantado é a
inclusão da autoavaliação institucional no Projeto Político-Pedagógico e no
Regimento da Instituição. Muitas escolas até contemplam esse item em seus
documentos ou encaminhamentos; no entanto, percebe-se que ainda são
poucas as instituições que, de fato, concretizam essa prática de forma
emancipatória para a tomada de decisão e melhoria do espaço escolar.
(GROCHOSKA, 2013, p.109)

Esta informação da autora é também apontada por Freitas et al. (2012) que relata em
pesquisa recente convidaram duzentos e cinquenta escolas para participar do esforço coletivo
de desenvolvimento de avaliação institucional e apenas dez escolas se apresentaram.

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Entretanto, apesar das pesquisas apontarem um número considerável de escolas que


elaboram a avaliação institucional buscando apenas atender as exigências burocráticas;
julgamos que a sua elaboração é indispensável como instrumento para viabilizar a
aprendizagem dos alunos.
Os sistemas estaduais exigem a elaboração do PPP em períodos determinados de
tempo. Conforme mencionado, a avaliação institucional (autoavaliação) deve fazer parte do
PPP. Traçando um paralelo com o ensino superior, além da avaliação externa Exame Nacional
de Desempenho dos Estudantes (ENADE), foi criada em 2004, à Lei SINAES – Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior. Esta lei obriga as instituições de ensino
superior a criar uma comissão interna de avaliação, denominada CPA. A referida Lei
estabelece todas as dimensões da instituição que devem ser avaliadas e encaminhadas ao
Ministério da Educação e Cultura – MEC.
Na Educação Básica, a avaliação institucional foi também recomendada no atual Plano
Nacional da Educação aprovado em junho de 2014 (Brasil, 2014). Destacamos as seguintes
estratégias do Plano:

7.3. constituir, em colaboração coma União, os Estados, o Distrito Federal e


os Municípios, um conjunto nacional de indicadores de avaliação
institucional com base no perfil do alunado e do corpo de profissionais da
educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos
pedagógicos disponíveis, nas características de gestão e em outras dimensões
relevantes, considerando as especificidades das modalidades de
ensino.(BRASIL, 2014)
7.4 induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação
básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem
as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração do
planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a
formação continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento
da gestão democrática. (BRASIL, 2014).

Consideramos que deve a mesma deva ser buscada pelos gestores, não meramente
para atender à legislação, mas porque a avaliação institucional é fundamental e necessária
para atingir os objetivos educacionais.
Portanto, a avaliação institucional, pode ter também um papel de mediação entre a
avaliação de sistema e a avaliação da aprendizagem. Identificamos a necessidade da avaliação
institucional, ou seja, o coletivo da escola, analisar os resultados da avaliação de sistema,
debruçar-se sobre estes dados, validá-los e encontrar formas de encaminhamento ao professor,
de modo a oferecer subsídios à avaliação em sala de aula.

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Como nos relata Freitas et al. (2012, p.65), “o simples envio ou disponibilização de
dados em um site não terá um mecanismo seguro de reflexão sobre os mesmos. Os dados
podem ter legitimidade técnica, mas lhes faltará legitimidade política”.
Essa legitimidade política só será conquistada a partir da negociação com “os que
fazem a escola”, ou seja, através dos vários atores que a compõem e constroem coletivamente
sua avaliação institucional.
Em relação, a reflexão sobre os dados da avaliação de sistema, Brooke e Cunha
(2015), informa que as Secretarias tentam suprir esta lacuna emitindo materiais informativos
que tentam traçar um diagnóstico do nível de aprendizagem dos alunos. Os autores destacam
dois materiais: Boletins Pedagógicos e Relatórios.
Cabe explicitar o objetivo dos mesmos e a quem se destina:

a) Boletins Pedagógicos, que seguem um formato próprio para o


consumo do professor e disponibiliza, em meio a informações
padronizadas, resultados específicos da escola; e b-) Relatórios,
destinados aos gestores, que resumem de forma mais técnica os
resultados da rede. Juntamente com essas práticas de divulgação,
observam diversas estratégias para formação continuada de
professores com base nos resultados da avaliação para facilitar a
compreensão dos Boletins ou remediar problemas comuns.
(BROOKE; CUNHA, 2015, p.359).

Os autores informam ainda que mesmo com a evolução da qualidade dos Boletins
Pedagógicos e em alguns casos, a criação de um dia específico para estudo coletivo do
material devolutivo pela escola, “a divulgação dos resultados não redunda automaticamente
na sua apropriação por parte dos professores”. (BROOKE; CUNHA, 2015, p.360)

Considerações Finais

Diante do exposto, consideramos um desafio, a reflexão dos resultados da avaliação de


sistema pelos atores da escola em sua avaliação institucional objetivando a apropriação dos
mesmos como subsídios aos professores em sala de aula. Este processo contribuiria para, a
partir da análise aprofundada dos Boletins Pedagógicos, elaborar um diagnóstico e
reorganizar as atividades, reorientar ações e rever os instrumentos utilizados na avaliação da
aprendizagem.
Apesar da divulgação dos Boletins Pedagógicos contendo os resultados da avaliação de
larga escala, o problema central segundo Brooke e Cunha (2015) reside nas inúmeras

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dificuldades dos professores para entender as matrizes de referência dos testes, associá-los aos
conteúdos ministrados e trabalha-los em sala de aula.
Os autores citados apresentam o chamado Monitoramento da Aprendizagem, como
exemplo do que vem sendo realizado na cidade de Belo Horizonte/MG. Este processo
compreende ações voltadas aos alunos como reforço escolar, bem como ações de formação
docente, em que os professores recebem informação específica e acompanhamento constante
da Secretaria Municipal de Educação. Mencionam ainda o PIP – Plano de Intervenção
Pedagógica, que vendo realizado pela Secretaria da Educação do estado de Minas Gerais.
(BROOKE; CUNHA, 2015)
Outras pesquisas recentes apontam este direcionamento da avaliação para o apoio
pedagógico (SOARES, 2015; SANTOS; CIASCA, 2015; ARAÚJO E OLIVEIRA; SILVA,
2015; BARRETO, 2015; BAUER, 2015; SILVA; NUNES, 2015).
Finalizamos, parafraseando Freitas et al (2012), de que é a avaliação institucional que
possibilita a legitimidade política dos dados disponibilizados na avaliação externa através da
negociação entre “os que fazem a escola”. Destacamos que a ênfase neste estudo da avaliação
institucional foi sob o ângulo da reflexão dos resultados da avaliação de sistema para
monitorar/apoiar a aprendizagem dos alunos. Entretanto, ressaltamos a necessidade de outros
indicadores qualitativos elencados pelo coletivo que contribua para o resgate da finalidade da
escola, ou seja, que a avaliação institucional, propicie a reflexão “para além dos conteúdos”,
buscando o desenvolvimento de valores, de consciência dos direitos e deveres, e da
emancipação e autonomia dos sujeitos.

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SOBRE A AUTORA:

Claudia Pereira de Pádua Sabia


Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP),
Campus de Marília, Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), Departamento de
Administração e Supervisão (DASE). Vinculada ao Grupo de Pesquisa Organizações &
Democracia. E-mail: [email protected] ou [email protected]
http://orcid.org/0000-0001-8173-6420

Recebido em: 04 de julho de 2018


Aprovado em: 17 de agosto de 2019
Publicado em: 17 de setembro de 21019

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