Antibacterianos III

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ANTIBACTERIANOS parte III

Prof. Gilson Allain Teixeira


QUINOLONAS
QUINOLONAS
Mecanismo de ação
- Inibição das enzimas topoisomerase II (DNA
girase) e topoisomerase IV bacterianas,
modificando a estrutura do DNA

- Ação bactericida
QUINOLONAS

 Primeira geração: Ácido nalidíxico


 Segunda geração: Norfloxacina / Ofloxacina
/Ciprofloxacina
 Terceira geração: Levofloxacina
 Quarta geração: Moxifloxacina / Gemifloxacina

A partir da segunda geração são chamadas


fluorquinolonas.
As de terceira e quarta geração são chamadas
Quinolonas respiratórias
QUINOLONAS
Ação antimicrobiana

 Primeira geração: Ácido nalidíxico


- Ação principal contra Gram-negativos (enterobactérias)
causadoras de infecções urinárias (E. coli, Proteus mirabilis) e
gastrintestinais (Shigela, Salmonela, etc).
QUINOLONAS
Ação antimicrobiana

Segunda geração: Norfloxacina /Ofloxacina /Ciprofloxacina

Todos do grupo:
- Enterobactérias gram-negativas causadoras de infecções urinárias (E.
coli, Proteus mirabilis, Klebsiella, Yersinia, Citrobacter) e
gastrintestinais (Shigela, Salmonela, etc)

Ciprofloxacina:
- Pseudomonas aeruginosa
- Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitides
- Chlamidia trachomatis
- Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis
- Ação moderada sobre MSSA
QUINOLONAS
Ação antimicrobiana

Segunda geração: Norfloxacina /Ofloxacina /Ciprofloxacina


São indicadas clinicamente, portanto:

 Todas do grupo:
o Infecções urinárias baixas e diarreias infecciosas

 Ciprofloxacina:
o Infecções urinárias altas (pielonefrites)
o Infecções por P. aeruginosa (primeira escolha por via oral atualmente),
incluindo otite externa maligna e fibrose cística em crianças.
o Osteomielites e infecções de partes moles (incluindo pé diabético) – devido
a ótima penetração óssea
o Uretrites e infecções pélvicas por gonococos e chlamidia
o Infecções respiratórias por H. influenzae e M catarrhalis em pacientes com
DPOC
o Profilaxia de meningites por N. meningitides e H. influenzae
QUINOLONAS
Ação antimicrobiana

Segunda geração: Norfloxacina /Ofloxacina /Ciprofloxacina

Observações:
- A ofloxacina possui ação contra Micobactérias típicas e atípicas, sendo
alternativa para tratamento da tuberculose e hanseníase.
- As quinolonas de segunda geração não possuem ação contra Streptococcus
pneumoniae.
QUINOLONAS
Ação antimicrobiana

Terceira geração: Levofloxacina (quinolona respiratória)

o Mesmo espectro das quinolonas de segunda geração (ciprofloxacina),


porém com menor ação contra Pseudomonas aeruginosa
o Boa ação contra Streptococcus pneumoniae e bactérias intracelulares
(Mycoplasma pneumoniae, Chlamidia pneumoniae, Legionella)

o Dessa forma, pelo espectro de ação contra Pneumococos, Haemophilus


influenzae e bactérias intracelulares são indicadas nas infecções
respiratórias altas e pneumonias típicas e atípicas
QUINOLONAS
Ação antimicrobiana

Quarta geração: Gemifloxacina e Moxifloxacina (quinolonas respiratórias)

o Mesmo espectro das quinolonas de terceira geração (levofloxacina),


porém com menor ação contra Pseudomonas aeruginosa

o Passam a apresentar ação anaerobicida (principalmente contra


Bacteroides fragilis), sendo também indicadas em infecções intra-
abdominais supurativas.

o Assim como as quinolonas de terceira geração, devido ao espectro de


ação contra Pneumococos, Haemophilus influenzae e bactérias
intracelulares são indicadas nas infecções respiratórias altas e
pneumonias típicas e atípicas
QUINOLONAS

Efeitos adversos
- Náusea, dor abdominal e vômitos
- Efeitos sobre o SNC - Cefaleia e tonturas, sonolência ou
insônia e crises convulsivas – efeitos dose-dependentes
- Artrites, tendinites e rupturas tendinosas (fluorquinolonas)

- Observação: Devido à lesão articular, que poderia interferir no


crescimento ósseo, o uso das fluorquinolonas durante muitos anos
foi totalmente contraindicado na gestação e na faixa etária pediátrica.
Trabalhos mais recente, contudo, não evidenciaram que as
fluorquinolonas em doses terapêuticas provocassem alterações
articulares em crianças. Dessa forma, podem ser usadas em casos
particulares em crianças e gestantes, como nas infecções por P.
aeruginosa.
SULFONAMIDAS
SULFONAMIDAS
Mecanismo de ação
- Nas bactérias o ácido di-hidrofólico é sintetizado a partir do
ácido para-aminobenzoico (PABA) por ação da enzima di-
hidropteroato sintetase. As sulfonamidas são análogos
sintéticos do PABA, competindo pela enzima di-hidropteroato
sintetase e consequentemente inibindo sua ação. Sem
formação do ácido di-hidrofólico não há síntese de DNA.

OBS: O sulfametoxazol é usado em associação ao Trimetoprim,


que possui como mecanismo de ação a inibição da enzima di-
hidrofolato redutase, responsável pela transformação do ácido
di-hidrofólico em ácido tetra-hidrofólico (forma ativa).

Ação bacteriostática
SULFONAMIDAS
SULFONAMIDAS

- Sulfametoxazol-trimetoprim (co-trimoxazol) – oral ou EV

- Sulfadiazina - tópico ou oral


SULFONAMIDAS
Ação antimicrobiana

Sulfametoxazol-trimetoprim
 Profilaxia e tratamento de infecções por Pneumocystis jiroveci
 Ação contra enterobactérias gram negativas, sendo indicadas como
alternativa nas infecções do trato urinário baixo e gastrintestinais
(salmonelose, shigelose etc)
 Ação contra Haemophilus e Pneumococos, sendo indicadas como
alternativa nas infecções de vias áreas superiores

Sulfadiazina
 Tratamento da toxoplasmose (em associação à pirimetamina)
 A sulfadiazina de prata tópica é indicada comumente na prevenção de
infecções em pacientes queimados
SULFONAMIDAS
OBSERVAÇÕES:
- O uso de sulfonamidas para o tratamento de infecções
das vias aéreas e das vias urinárias diminuiu
substancialmente nos últimos anos devido a alta
resistência bacteriana a essas substâncias.
- As sulfas já foram utilizadas nas infecções causadas por S.
aureus, Neisseria menigitides e ghonorroeae, dentre
outros, contudo a alta resistência atual não mais permite
o uso seguro em tais situações.
SULFONAMIDAS
Efeitos adversos
- Reações alérgicas cutâneas - desde formas mais simples
até formas mais graves (como síndrome de Steven-
Johnson)
- Toxicidade hematológica
NITROIMIDAZÓLICOS
(Metronidazol)
NITROIMIDAZÓLICOS
 Metronidazol

 Ação antibacteriana e antiparasitária

Mecanismo de ação
- Interagem com o DNA bacteriano, formando complexos que
inibem a sua replicação, inativando-o. Com isso impedem a
síntese de proteína e enzimas, provocando morte celular.
NITROIMIDAZÓLICOS

Ação antimicrobiana
• Usado para tratar grande variedade de infecções por
anaeróbios, como abscesso cerebral, infecções de partes
moles, osteomielite, infecções orais e dentárias, infecções
intra-abdominais (apendicite supurada, abscesso hepático
etc).
- Droga de escolha para o tratamento da colite
pseudomembranosa causada pelo Clostridium difficile.

Efeitos adversos
- cefaléia, náuseas, secura e gosto metálico na boca
- Efeito dissulfiran-like
GLICOPEPTÍDEOS
GLICOPEPTÍDEOS

Mecanismo de ação
- Inibição da síntese de peptidoglicanos da
parede celular

Vancomicina
Teiclopanina
GLICOPEPTÍDEOS

Ação antimicrobiana
- Infecções por estafilococos resistentes a
oxacilina

Efeitos adversos
- Reações alérgicas
LIPOPEPTÍDEOS
LIPOPEPTÍDEOS
 Daptomicina

Mecanismo de ação
- Modificação da polaridade da membrana celular bacteriana,
provocando sua destruição

Ação antimicrobiana
• Infecções causadas por Staphylococcus aureus resistentes à
oxacilina, vancomicina e linezolida

• Observação: A daptomicina não está indicada nas infecções


pulmonares por ser inativada pelo surfactante.

Efeitos adversos
- Dores musculares
POLIMIXINAS
POLIMIXINAS

 Polimixina B
 Colistina (Polimixina E)

Mecanismo de ação
- Interagem com fosfolipídios da membrana celular bacteriana,
rompendo-a e provocando morte celular (ação bactericida)
POLIMIXINAS

Ação antimicrobiana
• Infecções por Gram-negativos multirresistentes adquiridos no
ambiente hospitalar (principalmente Pseudomonas
aeruginosa)
• Não possui ação contra gram-positivos

Efeitos adversos
- Nefrotoxicidade
- Neurotoxicidade - fraqueza muscular, parestesias, tonturas

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