A Regra É Não Ter Regras - Reed Hastings
A Regra É Não Ter Regras - Reed Hastings
A Regra É Não Ter Regras - Reed Hastings
9
• Empresas baseadas na inovação precisam dar liberdade aos
9 Aplicabilidade seus funcionários;
9 Inspiração • Não ter regras implica que todos estejam cientes dos
10 Inovação processos e consequências;
• Feedbacks são muitos importantes para o desempenho de
10 Impacto nos resultados
todos os profissionais;
8 Estrutura • Os CEOs devem ser o maior exemplo na inserção de novas
práticas na empresa;
• A cultura corporativa deve ser adaptada às diversas culturas
do mundo.
Essa obra é indicada para empresários, CEOs, empreendedores iniciantes ou qualquer pessoa do
mundo dos negócios que queira conhecer uma cultura corporativa baseada na liberdade e confiança.
O livro também pode ser muito bem aproveitado por pessoas comuns interessadas em saber como
funcionam empresas que não trabalham com regras ou regimentos.
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Visão geral do livro
Reed Hastings inicia com um relato do dia em que procurou a Blockbuster para a proposta de um negócio,
envolvendo a compra da Netflix pelo mesmo, tudo pensado para ir de encontro com a tendência de chegada
da internet.
John Antioco, CEO da Blockbuster na época, recusou fortemente a proposta, entrando em 2010 em falência
atropelado pela chegada das novas tecnologias.
Essa situação impulsionou Reed a colocar as suas próprias ideias em prática. E mais do que isso, o fez criar
um negócio no qual as pessoas estariam acima dos processos, o que foi a chave do seu sucesso.
Hoje, a Netflix se tornou um serviço de streaming com mais de 180 milhões de assinantes em mais de 190
países, com a cultura de que a regra é não ter regras.
Como tudo isso aconteceu? É o que Reed vai ensinar.
Primeiros passos
Reed fundou sua empresa Pure Software em 1991, na qual tentou promover a liberdade e criatividade dos
funcionários, aplicando regras apenas quando algo passasse dos limites. O resultado foi uma baixa
adaptabilidade ao mercado e o fechamento da empresa em 1997.
Assim, o autor buscou levar para seu próximo empreendimento a verdadeira liberdade e inovação e não a
prevenção de erros e construção de regimentos.
Para chegar a esse ponto, existem dois elementos iniciais a serem trabalhados:
1. Desenvolver a densidade de talentos: trabalhar apenas com os funcionários mais preparados e demitir
os demais;
2. Estimular a sinceridade: aprofundar a cultura do feedback.
Com esses dois elementos seria possível finalmente reduzir o controle e começar a abolir certas regras em
prol da liberdade com responsabilidade.
Nesse ponto do livro “A Regra é Não Ter Regras” é ensinado a importância de ter um ambiente de trabalho
baseado na excelência.
Com a crise que atingiu a empresa em 2001, foi necessário que Hastings demitisse muitos funcionários, o que
o preocupou em relação à reação dos outros colaboradores.
Porém, após a demissão, Reed notou que as pessoas estavam cada vez mais produtivas e criativas. Foi quando
percebeu que isso era propiciado pela densidade de talento, que agora estava maior, não por ter contratado
mais talentos, mas por ter ficado apenas com os melhores.
Isso acontece porque pessoas de alto talento prosperam muito mais quando cercadas por outras de tamanha
capacidade, ao serem contagiadas pela alegria de talento e colaboratividade, em contrapartida, apresentam
desempenho inferior quando cercadas por outras com talento mediano.
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A Cultura do Feedback
Reed Hastings ao iniciar uma tentativa de trazer sinceridade ao ambiente de trabalho, notou que isso
também aumentava a densidade de talento de sua empresa.
Dar e receber feedbacks faz com que se aprenda mais rápido, se tornando mais eficaz, mesmo que a
recepção humana às críticas negativas ainda seja baixa.
O segredo para isso é falar de maneira branda e calma, evidenciando que o funcionário ainda pertence
aquele lugar e não será demitido por isso, demonstrando que é apenas uma ajuda.
Diretrizes dos 4As para o feedback:
Elimine os regimentos
Hoje não se pode mais medir eficiência pela quantidade de horas trabalhadas, mas sim pelos projetos que
são realizados e a qualidade dos mesmos.
Comece a trazer liberdade aos seus funcionários eliminando as políticas de férias, apenas oriente
verbalmente datas em que seria aconselhável não tirar ou a quantidade de pessoas por vez. Lembre-se de
dar o exemplo tirando muitas férias por ano.
Essa prática faz com que os colaboradores escolham trabalhar da maneira que mais traz eficiência e possam
descansar e voltar mais criativos e inovadores na época em que precisarem.
Após isso, elimine as burocracias de despesas e viagem. Isso fará com que os funcionários ajam em prol da
sua marca, e passem a pensar com mais responsabilidade e confiança.
Quando ambas as políticas forem utilizadas de modo a tirar vantagem da companhia, demita os
funcionários, isso ensinará aos demais o que não deve ser feito.
Após ter explicado como inserir a liberdade na empresa, Reed Hastings se preocupa em salientar como fazer
a manutenção saudável dessa prática.
De acordo com os autores, atentar-se ao salário é uma iniciativa necessária para manter os melhores
talentos trabalhando por você.
Algumas vezes investir em um funcionário excepcional com um ótimo salário pode ser menos trabalhoso e
mais eficiente do que investir em várias pessoas medianas com valor mediano na mesma ocupação.
O livro “A Regra é Não Ter Regras” aponta que oferecer bônus nunca é a melhor solução para a contratação.
Ao oferecer um salário maior do que a média, sem bônus por meta, o funcionário se sente mais seguro e
confortável com relação aos problemas domésticos e tem mais tempo para ser inovador no trabalho.
Ainda, invista tempo em saber qual o valor atual do seu funcionário no mercado, para manter o pagamento
maior do que a média, para assim reter esse talento na sua equipe.
Tenha a divisão de cargos operacionais e criativos, para que possa remunerar os operacionais com a média
e aos criativos com valores acima do mercado.
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Não trabalhe com segredos
Algumas informações dentro de uma companhia podem ser altamente confidenciais, que quando vazadas
causam grandes problemas. Porém, um bom gestor deve estar preparado para lidar com essas situações.
Manter um ambiente de trabalho totalmente transparente é sempre a melhor solução, e para que isso
aconteça a iniciativa também deve ser do CEO, compartilhando de coisas pequenas a grandes.
Para iniciar a cultura de transparência, duas coisas são importantes:
Garantir transparência na instituição faz com que os colaboradores tenham sentimento de dono e realizem
suas ações e projetos com mais responsabilidade.
Além disso, os funcionários passam a realizar mais tarefas por conta própria, já que não há a necessidade de
parar para pedir informações. Ainda, essa confiança depositada gera um sentimento de pertencimento e
comprometimento.
Entretanto, de acordo com Reed, é importante estar preparado para caso as informações vazem saber tomar
as devidas atitudes.
É relatado no livro “A Regra é Não Ter Regras” que, deixar a aprovação de projeto e decisões focadas em
uma única pessoa limita a inovação e desacelera o crescimento.
Por isso, na Netflix, Reed aposta na tomada de decisões individuais, onde a proposta não precisa passar
por um chefe.
Entretanto, para validá-la, quatro passos são necessários:
1. Estimular o debate ou compartilhar a ideia: comente com as pessoas para ouvir diferentes pontos de
vista;
2. Testar o projeto: analise a exequibilidade e funcionalidade;
3. Aposte (ou não) na execução do projeto: você é responsável por continuar ou não com a ideia;
4. Comemore se funcionar, exponha o erro se der errado: caso não funcione, esteja pronto para explicar
a todos o que foi que falhou.
Como chefe, esteja preparado para ver erros, acolher, ajudar a entender o que ocorreu no processo e
incentivar a continuidade do trabalho.
De acordo com Reed Hastings, o primeiro passo para expandir essa liberdade é focar na densidade de
talentos. Para isso é necessário que você esteja pronto para tomar decisões difíceis.
Fazer a sua equipe trabalhar como um time, com camaradagem, comprometimento e coesão é muito
importante.
Assim, ficará mais fácil aplicar o teste de retenção, que consiste em:
• Avaliar o desempenho de cada funcionário e refletir se você brigaria para mantê-lo na empresa;
• Auto-avaliar o seu desempenho no seu próprio cargo.
Esse capítulo do livro “A Regra é não Ter Regras” salienta que, se durante o teste de retenção você notar
que é necessário demitir um dos colaboradores, este deve ter ouvido com clareza e regularidade como
poderia melhorar antes de ser mandado embora.
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Ainda, é importante não se apegar a taxa de rotatividade da empresa, já que garantir que a pessoa mais
preparada ocupe o cargo correto custa menos do que a sua reposição.
Círculo de Feedback
Igualmente importante aos feedbacks contínuos é contar com uma ferramenta que estimule e expanda
essa cultura à todos.
Reed Hastings cita o exemplo do método que usa, o “Feedback 360”, uma prática que começou por escrito,
e convida a todos a deixar uma mensagem sobre qualquer membro da equipe anonimamente, ou não.
Hoje, o 360 é unanimemente nominal (de modo voluntário), e em muitas equipes acontece em reuniões
faladas.
Esse método reforça a cultura da crítica e abre espaço para a criação de um diálogo sobre experiência e
melhoria. Ainda, mostra que receber um feedback não é tão assustador e que acontece com todas as
pessoas da empresa.
É imprescindível ter um moderador forte para evitar que exageros aconteçam.
Levando em conta sua indústria e o seu objetivo é necessário decidir entre liderar com controle ou contexto.
Dessa forma, se o seu projeto busca reparar erros, lidere com controle, agora se ele se baseia em inovação
invista no contexto.
Liderar dessa maneira incentiva ideias originais, de modo que, ao lhes explicar o cenário, eles se encontram
livres para pensar fora da caixa e acertar, ou até mesmo errar.
Porém, se isso é o que você busca, invista não só no contexto, mas também no alinhamento.
Erin Meyer explica que uma equipe que tem o contexto claro e o propósito alinhado com o objetivo da
companhia não tem espaço para divergências.
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O que outros autores dizem a respeito?
Em “Inovação e Espírito Empreendedor”, o autor Peter Ferdinand Drucker defende a teoria de que
criatividade e inovação não são atos de genialidade, mas sim um estudo, uma busca e um planejamento que
exige disciplina para seguir passos sistemáticos. Ele considera que para inovar é necessário ter disciplina para
aplicar as técnicas certas.
Na obra “Seja Disruptivo!”, Jay Samit diz que ideias inovadoras têm o poder de transformar o mundo e
causar disrupção no sistema. Para que você desencadeie um perfil disruptivo, é necessário que você planeje
seus objetivos e seja suscetível a mudanças tanto internas quanto externas.
Em “A História da Airbnb”, a autora Leigh Gallagher cita os fundadores da empresa como exemplos de
empreendedores, pois eles se encorajam a melhorar e inovar. E a postura dos três fundadores reflete no
comportamento de todos os colaboradores da Airbnb, assim como cada empreendedor para sua empresa.
No decorrer dos capítulos da obra o autor instrui sobre técnicas de como iniciar a inserção da cultura
corporativa sem regras na sua empresa.
É importante que você siga os passos na ordem indicada no resumo, já que, trabalhar nesse ambiente de
liberdade requer uma preparação e uma atmosfera favorável, e pular alguns dos passos pode levar ao
fracasso dessa empreitada.
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