Curso de Lógica
Curso de Lógica
CURSO DE LÓGICA
AULA VII
O TERMO.
1. Situação dos estudos das aulas anteriores. – Tratou-se já dos antepredicamentos, dos
predicáveis e das categorias, ou predicamentos. Todos esses problemas são relativos à lógica
material, porque não se subordinam diretamente ao problema da validade do discurso, mas ao
de sua certeza. Se eu raciocino:
esse raciocínio, com sua patente ingenuidade, é válido. No entanto, é certo que sua
conclusão é falsa. Por que é falso? Por causa da homonímia entre fins declarados (nominais,
institucionais) e fins intendidos.
Tome-se o raciocínio:
casa são um signo de que há muita gente, um cão de guarda é símbolo da irascibilidade. Há
sempre um signo, um signatum, ou significado e uma relação entre ambos, que pode ser
natural, consuetudinária (costumeira) ou convencional. A relação natural pode ser de várias
espécies: causal, como no caso da fumaça, de semelhança, como no caso do busto, de
analogia, como no caso do cão.
Uma memória também é um signo. Tenho no meu interior como que imagens que
representam coisas distintas de si. A memória de um antigo professor não é o mesmo que o
próprio professor, no entanto ela o representa. Os conceitos também são signos. Uma
característica dos conceitos é que eles representam uma pluralidade de coisas materiais ao
mesmo tempo; por exemplo: o conceito de água se refere a um número infinito de porções, ou
volumes de água.
6. Termo mental, oral e escrito. – Termo mental não é senão outro nome para o conceito,
que releva o seu aspecto de término, ou elemento da análise lógica. O termo mental distingue-
se do termo oral, que é o som vocal que o significa. Assim, o termo oral “faca” e o termo oral
“cuchillo” são termos orais distintos que significam o mesmo termo mental. O termo escrito,
por sua vez, é, ao menos na escrita alfabética, um signo do termo oral.