Código de Postura de Teresina
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O PREFEITO MUNICIPAL DE TERESINA, Estado do Piau Fao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: TTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 Este Cdigo contm medidas de polcia administrativa de competncia do municpio em matria de higiene e ordem pblica, costumes locais, bem como de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e prestadores de servios, estatuindo as necessrias relaes entre o poder pblico local e os muncipes, visando disciplinar o exerccio dos direitos individuais para o bem-estar geral. TTULO II DA HIGIENE PBLICA CAPTULO I DA COMPETNCIA Art. 2 Os servios regulares de limpeza urbana, coleta, transporte e disposio do lixo, capina e varrio, lavagem e higienizao das vias e demais logradouros pblicos devem ser executados diretamente pela Prefeitura Municipal ou por prestadores de servios, mediante concesso e sob superviso e coordenao da administrao municipal. CAPTULO II DA HIGIENE E CONSERVAO DOS LOGRADOUROS PBLICOS Art. 3 Para preservar a esttica e higiene pblica, fica vedado: I - lavar roupas ou animais em logradouros pblicos; II - banhar-se em chafarizes, fontes ou torneiras pblicas; III - fazer varrio de lixo do interior das residncias, estabelecimentos comerciais ou industriais, terrenos ou veculos, jogando-o em logradouros pblicos; IV - colocar, nas janelas das habitaes ou estabelecimentos, vasos e outros objetos que possam cair nos logradouros pblicos; V - pintar, reformar ou consertar veculos ou equipamentos nos logradouros pblicos; VI - derramar nos logradouros pblicos leo, graxa, cal e outros produtos capazes de afetar-lhes a esttica e a higiene; VII - varrer lixo ou detritos slidos de qualquer natureza para os ralos dos logradouros pblicos; VIII - admitir o escoamento de guas servidas das residncias, pontos comerciais e industriais para a rua, quando por esta passar a rede de esgotos; IX - obstruir caixas pblicas receptoras, sarjetas, valas e outras passagens de guas pluviais, bem como reduzir sua vazo; X - depositar lixo, detritos, animais mortos, material de construo e entulhos, mobilirio usado, material de podas, resduos de limpeza de fossas, leos, graxas, tintas e qualquer material ou sobras em logradouros pblicos, terrenos baldios e margens e leitos dos rios e lagoas. CAPTULO III DO LIXO Art. 4 Entende-se por lixo o conjunto heterogneo de resduos slidos provenientes das atividades humanas que, segundo a natureza dos servios de limpeza urbana, so classificados em: I - lixo domiciliar; II - lixo pblico; III - resduos slidos especiais. 1 Considera-se lixo domiciliar, para fins de coleta regular, aquele produzido pela ocupao de imveis pblicos ou particulares, residenciais ou no, acondicionado na forma estabelecida em regulamento. 2 Considera-se lixo pblico aquele resultante das atividades da limpeza urbana em passeios, vias e locais de uso pblico e aquele de recolhimento dos resduos depositados em cestos pblicos. 3 Consideram-se resduos slidos especiais aqueles cuja produo diria exceda o volume ou peso fixado para a coleta regular ou os que, por sua composio qualitativa ou quantitativa, requeiram cuidados especiais no acondicionamento, coleta,
transporte ou destinao final. Art. 5 O lixo deve ser acondicionado em recipientes adequados, de acordo com a sua classificao. Pargrafo nico. A coleta dos resduos provenientes de hospitais, casas de sade, sanatrios, ambulatrios e similares deve ser feita em veculos com carrocerias fechadas, nas quais conste a indicao lixo hospitalar, devendo o destino final ser determinado pela administrao municipal atravs de ato prprio do Poder Executivo. Art. 6 No permitida a queima de lixo na rea urbana, bem como dar outro destino que no seja a apresentao para coleta. Art. 7 Os veculos de transporte de lixo, resduos, terra, agregados, adubos, e qualquer material a granel devem trafegar com carga rasa, limitada borda da caamba ou com lona protetora, sem qualquer derramamento, devendo, ainda, ter o equipamento de rodagem limpo, antes de atingir a via pblica. Art. 8 O transporte de ossos, sebos, vsceras, resduos de limpeza ou de esvaziamento de fossas e outros produtos pastosos ou que exalem odores desagradveis somente podero ser transportados em veculos com carrocerias fechadas. Art. 9 Os estabelecimentos comerciais deverm dispor internamente, para uso pblico, de recipiente para recolhimento de lixo em pequena quantidade. Art. 10. obrigatria a colocao de lixeiras destinadas exclusivamente coleta de pilhas e baterias de energia de quaisquer tipos pelos estabelecimentos comerciais que as vendem. Pargrafo nico. As lixeiras devem ficar em local de fcil acesso e visualizao dos clientes dos estabelecimentos, de preferncia prximas entrada, e devem conter um aviso com os dizeres: LIXO TXICO - pilhas e baterias. Art. 11. O recolhimento dos acumuladores de energia fica sob responsabilidade dos distribuidores e fabricantes, que devem dar destinao adequada aos dejetos, de preferncia reciclagem, ficando expressamente proibido o envio desses resduos ao aterro municipal. Art. 12. Os estabelecimentos comerciais que vendem pneus de veculos devem receber os pneus usados que os compradores quizerem deixar e dar a destinao adequada. Art. 13. Os estabelecimentos comerciais que vendem lmpadas devem receber as lmpadas usadas e dar a destinao adequada. Art. 14. A administrao municipal deve informar e cobrar dos estabelecimentos o cumprimento desta lei, nos procedimentos de fiscalizao a de emisso de alvars. CAPTULO IV DOS TERRENOS NO EDIFICADOS Art. 15. Compete ao proprietrio do imvel ou ao seu ocupante, a execuo e conservao de passeios, muros e cercas. Art. 16. Todo proprietrio de terreno urbano no edificado fica obrigado a mant-lo capinado, drenado, murado e em perfeito estado de limpeza, evitando que seja usado como depsito de lixo, detritos ou resduos de qualquer natureza. Pargrafo nico. Na inobservncia do disposto deste artigo, o proprietrio deve ser notificado para promover os servios necessrios, conforme prazos e formas estabelecidos na notificao. Art. 17. Todo e qualquer terreno, edificado ou no, localizado em via pavimentada, deve ser, obrigatoriamente, dotado de passeio em toda a extenso da testada do lote e fechado em todas as suas divisas. 1 Os passeios sero executados de acordo com especificaes tcnicas fornecidas pelo rgo municipal competente, que observar, obrigatoriamente, o uso de material liso e antiderrapante no leito, sem obstculos de qualquer natureza, exceto os indispensveis e de utilidade pblica, previstos oficialmente. 2 proibida a execuo, na rea urbana do Municpio, de cerca de arame farpado ou similar, no alinhamento frontal, a menos de dois metros de altura em referncia ao nvel de passeio. 3 Os responsveis pelos terrenos de que trata o caput deste artigo, tero prazo mximo de noventa dias, aps notificados, para execuo dos passeios, e prazo de cento e oitenta dias, aps notificao, nos casos de vias que tiverem efetivamente concluda sua pavimentao. 4 Os responsveis pelo terreno enquadrados no caput deste artigo, que possurem passeios deteriorados, sem a adequada manuteno, sero notificados, para no prazo mximo de sessenta dias executarem os servios determinados. 5 Ficar a cargo da Prefeitura a reconstruo ou conserto de passeios ou muros, afetados por alteraes de nivelamento e das guias, ou por estragos ocasionados pela arborizao dos logradouros pblicos, bem como o conserto necessrio decorrente de modificao do alinhamento das guias ou dos logradouros pblicos. 6 Ao serem notificados pela Prefeitura a executar o fechamento de terrenos e outras obras necessrias, os proprietrios que no atenderem notificao ficaro sujeitos, alm da multa correspondente, ao pagamento do custo dos servios feitos pela
Prefeitura, acrescido de vinte por cento, a ttulo de administrao. CAPTULO V DA CONSERVAO E LIMPEZA DAS CALADAS Art. 18. Os proprietrios devem manter limpas as caladas relativas aos respectivos imveis. Art. 19. Constituem atos lesivos conservao e limpeza das caladas: I - depositar, lanar ou atirar direta ou indiretamente nas caladas, papis, invlucros, ciscos, cascas, embalagens, resduos de qualquer natureza, confetes e serpentinas, ressalvadas quanto aos dois ltimos a sua utilizao nos dias de comemoraes pblicas especiais; II - distribuir manualmente, ou lanar nas caladas, papis, volantes, panfletos, folhetos, comunicados, avisos, anncios, reclames e impressos de qualquer natureza; III - realizar trabalhos que impliquem em derramar leo, gordura, taxa, tinta, combustveis, lquidos de tintura, nata de cal, cimento e similares nos passeio e no leito das vias; IV - realizar reparo ou manuteno de veculos e ou equipamentos sobre caladas; V - varrer lixo ou detritos slidos de qualquer natureza para as caladas; VI - descarregar ou vazar guas servidas de qualquer natureza; VII - praticar qualquer ato que prejudique ou impea a execuo da varrio ou de outro servio da limpeza urbana; VIII - colocar lixo nas caladas fora do horrio de recolhimento da coleta regular e dos padres de higiene e acondicionamento adequados; IX - depositar, lanar ou atirar direta ou indiretamente quaisquer outros resduos no relacionados nos incisos anteriores. CAPTULO VI DAS OBRAS E SERVIOS NOS PASSEIOS, VIAS E LOGRADOUROS PBLICOS Art. 20. Nenhuma obra, qualquer que seja a sua natureza, pode ser realizada, em vias e logradouros, sem a prvia e expressa autorizao da administrao municipal. 1 O disposto neste artigo compreende todas as obras de construo civil, hidrulicas e semelhantes, inclusive servios auxiliares e complementares, reconstruo, reforma, reparo, acrscimos e demolies, mesmo quando realizados pelos concessionrios dos servios de gua, esgoto, energia eltrica e comunicaes, ainda que entidades da administrao indireta, federal e estadual. 2 O executor da obra obrigado a apresentar Prefeitura, para aprovao, o respectivo projeto, dispensvel este apenas nos casos de reparo. 3 O Poder Executivo Municipal pode celebrar convnio com as concessionrias ou permissionrias de servios pblicos, visando liberao antecipada de suas obras. Art. 21. Todos os responsveis por obras ou servios nos passeios, vias e logradouros pblicos, quer sejam entidades contratantes ou agentes executores, so obrigados a proteger esses locais mediante a reteno dos materiais de construo, dos resduos escavados e outros de qualquer natureza, estocando-os convenientemente, sem apresentar transbordamento. Pargrafo nico. Os materiais e resduos de que trata este artigo sero contidos por tapumes ou por sistema padronizado de conteno e acomodados em locais apropriados e em quantidades adequadas imediata utilizao, devendo os resduos excedentes ser removidos pelos responsveis, obedecidas s disposies e regulmentos estabelecidos. Art. 22. Durante a execuo de obras ou servios nos passeios, vias e logradouros pblicos, os responsveis devem manter limpas as partes reservadas ao trnsito de pedestres e veculos, mediante o recolhimento de detritos e demais materiais. Art. 23. S permitido preparar concreto e argamassa nos passeios pblicos mediante a utilizao de caixas apropriadas. Art. 24. Os responsveis pelas obras concludas de terraplenagem, construo ou demolio, devem proceder, imediatamente, remoo do material remanescente, assim como limpeza cuidadosa dos passeios, vias e logradouros pblicos atingidos. Pargrafo nico. Constatada a inobservncia, o responsvel deve ser notificado para proceder limpeza no prazo fixado pela notificao. CAPTULO VII DAS FEIRAS LIVRES E DOS VENDEDORES AMBULANTES Art. 25. Nas feiras livres instaladas em logradouros pblicos, os feirantes so obrigados a manter varridas e limpas as reas de localizao de suas barracas e as de circulao adjacentes, inclusive as faixas limitadas com o alinhamento dos imveis ou muros divisrios. Art. 26. Aps o encerramento das atividades dirias, os feirantes devem proceder varrio das reas utilizadas, recolhendo e acondicionando adequadamente os resduos e detritos de qualquer natureza, para fins de coleta e transporte pela Prefeitura Municipal ou concessionria. Art. 27. Os feirantes devem manter, em suas barracas, recipientes adequados para o recolhimento de detritos e lixo de menor
volume. Art. 28. Os vendedores ambulantes devem conduzir recipientes adequados para o recolhimento de detritos e lixo de menor volume, evitando que usurios sujem os logradouros pblicos. CAPTULO VIII DA HIGIENE DAS HABITAES Art. 29. As residncias urbanas e suburbanas devem receber pintura externa e interna e, sempre que necessrio, devem ser restauradas as suas condies de asseio, higiene e esttica. Art. 30. vedado conservar gua parada nos quintais ou ptios dos prdios situados na zona urbana. Pargrafo nico. As providncias para o escoamento em terrenos particulares competem aos respectivos proprietrios. Art. 31. As habitaes multifamiliares devem dispor de instalao coletora de lixo, convenientemente disposta, perfeitamente vedada e dotada de dispositivo para limpeza e lavagem. Art. 32. Nenhum prdio atendido pelas redes de abastecimento d'gua e servios de esgotos pode ser habitado sem que disponha dessas utilidades e seja provido de instalaes sanitrias. Pargrafo nico. Nos prdios no atendidos pela rede de esgotos, devem ser construdos sumidouros ou filtros biolgicos. TTULO III DA POLCIA DE COSTUMES, SEGURANA E ORDEM PBLICA CAPTULO I DA ORDEM E SOSSEGO PBLICO Art. 33. No so permitidos banhos em locais perigosos de rios, crregos, represas ou lagoas. Art. 34. Os proprietrios de estabelecimentos comerciais so responsveis pela manuteno da ordem dos mesmos. Art. 35. proibida a venda de bebidas alcolicas a menores de 18 anos de idade. Art. 36. vedado o pichamento de casas, igrejas, muros, ou qualquer inscrio indelvel em outras superfcies quaisquer. Pargrafo nico. No deve ser observada a proibio quando o proprietrio do imvel autorizar a pichao. Art. 37. vedado afixar cartazes, anncios, cabos ou fios nas rvores dos logradouros pblicos, salvo em datas festivas ou ocasies especiais, com o expresso consentimento da administrao municipal. Art. 38. Para impedir ou reduzir a poluio proveniente de sons ou rudos excessivos, cabe administrao municipal sinalizar convenientemente as reas prximas a hospitais, clnicas, maternidades, casas de sade, escolas e bibliotecas. Art. 39. A partir das 22 horas so expressamente vedados, independentemente de medio de nvel sonoro, os rudos produzidos por: I - veculos com equipamento de descarga aberto ou silencioso adulterado ou defeituoso; II - carrocerias semi-soltas; III - anncios ou propaganda a viva voz, na via pblica; IV - instrumentos musicais, aparelhos receptores de rdio e televiso, gravadores e similares ou, ainda, viva voz, em residncias, edifcios de apartamentos, vilas ou conjuntos residenciais, de modo a incomodar a vizinhana, provocando desassossego, intranqilidade ou desconforto; V - bombas, morteiros, foguetes, rojes, fogos de estampido, armas de fogo e similares; VI - apitos ou silvos de sirenes de fbricas, cinemas ou estabelecimentos, por mais de 30 segundos consecutivos, espaados de duas horas, no mnimo, e das 22 s 7 horas; VII - batuques e outros divertimentos congneres que perturbem a vizinhana, sem prvia licena da Prefeitura Municipal; VIII - buzinas a ar comprimido ou similares. Pargrafo nico. No se incluem nas proibies deste artigo: I - os tmpanos, sinetas ou sirenes dos veculos de assistncia, corpo de bombeiros e polcia, quando em servio; II - as vozes ou aparelhos usados na propaganda eleitoral, de acordo com a legislao prpria; III - os apitos das rondas e guardas policiais; IV - as manifestaes em festividades religiosas, comemoraes oficiais, reunies desportivas, festejos tpicos, carnavalescos e juninos, passeatas, desfiles, fanfarras, bandas de msica, desde que se realizem em horrios e local previamente autorizados pelo rgo municipal competente; V - os apitos, buzinas ou outros aparelhos de advertncia de veculos em movimento, dentro do perodo compreendido entre 7 e 22 horas; VI - a propaganda sonora feita atravs de veculos automotores, mediante prvia autorizao da Prefeitura Municipal, e
observadas as condies estabelecidas na licena; VII - os explosivos empregados nas demolies, desde que detonados em horrios previamente deferidos pelo rgo municipal competente. Art. 40. So vedados os rudos ou sons, excepcionalmente permitidos no pargrafo nico do artigo anterior, na distncia mnima de duzentos metros de hospitais ou quaisquer estabelecimentos de sade, bem como de escolas, bibliotecas, reparties pblicas e igrejas, em horrio de funcionamento. Art. 41. Nas igrejas, conventos e capelas, os sinos s podem tocar para indicar as horas e anunciar a realizao de atos religiosos, em horrios determinados. Art. 42. permitida, independentemente da zona de uso, horrio e rudo que produza, toda e qualquer obra de emergncia, pblica ou particular que, por sua natureza, objetive evitar colapso nos servios de infra-estrutura da cidade ou risco de integridade fsica da populao. Art. 43. As mquinas e aparelhos que, a despeito da aplicao de dispositivos especiais, no apresentarem diminuio sensvel das perturbaes, podem funcionar a critrio da Prefeitura Municipal. Art. 44. No so permitidos sons provocados por criao, tratamento e comrcio de animais que venham a incomodar a vizinhana. CAPTULO II DOS DIVERTIMENTOS PBLICOS Art. 45. Para efeito desta Lei, considera-se divertimento pblico os que se realizarem nos logradouros pblicos ou recinto fechados, de acesso ao pblico, cobrando-se ou no ingressos. Art. 46. Nenhum divertimento pblico pode ser realizado sem prvia licena do rgo municipal competente. 1 O requerimento de licena para funcionamento de qualquer casa de diverso e/ou ambiente para competio ou apresentaes de espetculos ou eventos, ser instrudo com: I anlise e aprovao prvia dos rgos municipais competentes, quanto a localizao, acessos e eventuais interferncias na operao do sistema virio local, ordem, ao sossego e tranqilidade da vizinhana; II a prova de terem sido satisfeitas as exigncias regulamentares referentes ao zoneamento, construo, adequao acstica, higiene do edifcio e segurana dos equipamentos e mquinas, quando for o caso, e s normas do Cdigo de Proteo Contra Incndios. 2 As exigncias do 1 no atingem as reunies de qualquer natureza, sem entrada paga, realizadas nas sedes de clubes, entidades profissionais ou beneficentes, bem como as realizadas em residncias; 3 A licena de funcionamento ser expedida pelo prazo previsto para a durao do evento; 4 As atividades citadas no caput deste artigo s podero ser licenciadas depois de vistoriadas todas as suas instalaes pelos rgos competentes. Art. 47. Em todas as casas de diverses pblicas devem ser observadas as seguintes disposies para funcionamento: I - as salas de entrada e as de espetculo devem ser mantidas higienicamente limpas; II - as portas e os corredores para o exterior devem ser conservadas sempre livres de grades, mveis ou quaisquer objetos que possam dificultar a retirada, em caso de emergncia; III - todas as portas de sada, inclusive as de emergncia, devem ser encimadas pela inscrio luminosa "sada", legvel distncia; IV - todas as portas de sada, inclusive as de emergncia devem abrir-se de dentro para fora; V - os aparelhos de renovao de ar devem ser mantidos em perfeito funcionamento; VI - so obrigatria instalaes sanitrias separadas para homens e mulheres, dotadas de exaustores, quando no houver ventilao natural; VII - precaues necessrias para situaes de incndio e pnico, conforme normas pertinentes; VIII - bebedouros automticos de gua filtrada em perfeito estado de funcionamento; IX - durante os espetculos, deve-se conservar as portas abertas, tanto as internas como as externas, vedadas apenas com cortinas, quando internas; X - as dependncias devem ser dedetizadas anualmente e sempre que necessrio, devendo o comprovante de dedetizao ser afixado em local visvel ao pblico; XI - o mobilirio deve ser mantido em perfeito estado de conservao. Art. 48. Para o funcionamento de cinemas, alm das exigncias estabelecidas no artigo anterior, devem ser observadas as seguintes disposies: I - os aparelhos de projeo devem ficar em cabines de fcil sada, construdas com materiais incombustveis; II - no interior das cabines, no podem existir mais pelculas que o necessrio s sesses de cada dia e, ainda assim, devem ser depositadas em recipiente especial, incombustvel, hermeticamente fechado, que no seja aberto por mais tempo que o
indispensvel ao servio. Art. 49. A administrao municipal pode negar licenas a empresrios de programa ou de shows artsticos que no comprovem, prvia e efetivamente, idoneidade moral e capacidade financeira para responderem por eventuais prejuzos causados ao pblico, a particulares e aos espectadores, em decorrncia de culpa ou de dolo. Art. 50. A armao de circos, boliches, acampamentos, parques de diverso e similares pode ser permitida em locais previamente determinados pela administrao municipal. Pargrafo nico. A autorizao das atividades de que trata este artigo deve ser concedida por prazo de at trinta dias, podendo ser renovada por mais trinta dias, a critrio da administrao municipal. Art. 51. Ao conceder a autorizao para a armao de circos, boliches, acampamentos, parques de diverso e similares, a administrao municipal deve estabelecer as restries que julgar convenientes, no sentido de assegurar a ordem, a segurana dos divertimentos e o sossego da vizinhana. Art. 52. Os circos e parques de diverso, embora autorizados, s podem ser franqueados ao pblico depois de vistoriados em todas as suas instalaes pelas autoridades competentes, visando principalmente segurana do pblico em geral. Art. 53. Em todas as casas de diverso, circos ou salas de espetculos, os programas anunciados devem ser integralmente executados, no podendo o espetculo iniciar-se em hora diversa da marcada. 1 Em caso de modificao do programa ou do horrio ou, ainda, da suspenso do espetculo, o empresrio deve devolver aos espectadores que assim o desejarem o preo integral das entradas em prazo no superior a quarenta e oito horas. 2 As disposies do presente artigo aplicam-se inclusive s competies em que se exija o pagamento das entradas. Art. 54. Fica o contratante responsvel pelo espetculo, obrigado a publicar o dia, a hora e o local do evento com antecedncia mnima de 48 horas. Art. 55. Os bilhetes da entrada no podem ser vendidos por preo superior ao anunciado, nem em nmero excedente lotao do teatro, estdio, ginsio, cinema, circo ou sala de espetculo. Art. 56. No podem ser emitidas licenas para a realizao de jogos ou diverses ruidosas em locais mais prximos que duzentos metros de hospitais, casas de sade, maternidades e clnicas. Art. 57. Em todas as casas de diverso, circos ou salas de espetculo, devem ser reservados lugares para as autoridades policiais e municipais encarregadas da fiscalizao. Art. 58. Na localizao de estabelecimentos de diverses noturnas, a Prefeitura Municipal deve ter sempre em vista o sossego e o decoro da populao. Art. 59. Os outro meio de regulamentos e por particulares promotores de divertimentos pblicos, de efeitos competitivos, que demandam o uso de veculos ou qualquer transporte pelas vias pblicas, devem apresentar, para aprovao da administrao municipal, os planos, itinerrios, bem como comprovar idoneidade financeira para responder por eventuais danos causados por eles ou aos bens pblicos ou particulares.
Art. 60. expressamente vedado, durante os festejos carnavalescos, atirar substncias que possam molestar os transeuntes. Art. 61. A concesso de alvars de funcionamento para parques de diverses, fica condicionado, alm das demais formalidades legais, apresentao de engenheiro registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Piau, que assuma a responsabilidade tcnica pela montagem e bom funcionamento das suas instalaes, visando garantir a segurana e conforto dos usurios. CAPTULO III DA UTILIZAO DOS LOGRADOUROS PBLICOS SEO I DA OCUPAO DOS LOGRADOUROS PBLICOS Art. 62. A Prefeitura Municipal pode permitir a ocupao de passeios pblicos com mesas, cadeiras ou outros objetos, consideradas as seguintes exigncias: I - ocupao do passeio limitada testada do estabelecimento; II - trnsito pblico livre com faixa de passeio de largura no inferior a um metro e vinte centmetros; III - observncia das condies de segurana; e IV - outras exigncias julgadas necessrias, a critrio do rgo municipal competente. Pargrafo nico. O pedido de licena para colocao das mesas deve ser acompanhado de uma planta do estabelecimento, indicando a testada, a largura do passeio e o nmero e disposio das mesas e cadeiras.
Art. 63. Depende de prvia autorizao do rgo municipal competente a instalao nas vias e logradouros pblicos de: I - caixas coletoras de correspondncias; II - caixas bancrias eletrnicas; III - relgios, esttuas, monumentos, comprovando-se a sua necessidade ou seu valor artstico ou cvico; IV - postes de iluminao; V - hidrantes; VI - telefones pblicos comunitrios; VII - linhas telegrficas e telefnicas; e VIII - cabines para policiamento. Art. 64. Para permitir a realizao de eventos, a armao de coretos, palenques, circos, barracas e similares em logradouros pblicos, a administrao municipal pode exigir depsito em dinheiro de, no mximo, R$ 3.000,00 (trs mil reais), reservado para eventuais gastos com reforma e / ou limpeza do logradouro. 1 Sempre que necessrio, fica o Conselho de Desenvolvimento Urbano - CDU, autorizado a alterar o valor do depsito, ou vincul-lo a indexador oficial do Municpio ou indexador oficial equivalente. 2 O depsito deve ser restitudo integralmente se no houver necessidade de limpeza especial ou reparos, devendo a restituio ocorrer no prazo mximo de dois dias aps a vistoria no local pela administrao municipal. 3 Havendo necessidade de reparos, devem ser deduzidas da quantia depositada as despesas relativas aos servios. 4 O limite do depsito no isenta os responsveis de cobrir a eventual diferena entre os custos dos prejuzos para o Poder Pblico e a quantia estipulada como depsito, se esta no for suficiente para cobrir os danos. SEO II DO TRNSITO PBLICO Art. 65. O trnsito livre, tendo a sua regulamentao por objetivo manter a ordem, a segurana e o bem-estar dos transeuntes e da populao em geral. Art. 66. vedado embaraar ou impedir, por qualquer meio, o livre trnsito de pedestres em passeios e praas e de veiculos nas ruas, avenidas, estradas e caminhos pblicos, salvo quando da realizao de obras pblicas, feiras livres e operao que visem estudar o planejamento de trfego, definidas pela Prefeitura Municipal, ou quando exigncias policiais o determinarem. Pargrafo nico. Sempre que houver necessidade de interromper-se o trnsito, deve ser colocada sinalizao adequada e visvel, conforme prvia autorizao. Art. 67. Compreendem-se, na proibio do artigo anterior, o depsito de quaisquer materiais, inclusive de construo, nas vias pblicas e o estacionamento de veculo sobre passeios ou caladas. 1 Aps a descarga, o responsvel tem seis horas para remover o material para o interior dos prdios e terrenos. 2 Quando, comprovadamente, no houver nenhuma possibilidade de depositar-se os materiais no interior dos prdios e terrenos, admitida a descarga e permanncia deles nas vias pblicas, desde que se ocupe, no mximo, metade do passeio, por trs de tapumes, deixando a outra metade limpa e livre para a passagem dos pedestres. 3 Se o passeio for estreito, no permitindo a montagem de tapumes, pode-se usar todo o passeio, desde que: I - sejam colocados protetores de corpos, utilizando 1,50 m da pista de rolamento, desde que a Prefeitura Municipal no seja contrria, por motivos tcnicos, utilizao da pista de rolamento para passagem de pedestres. II - sejam respeitadas as normas tcnicas de sinalizao definidas pela Prefeitura Municipal. Art. 68. vedado, nas vias pblicas: I - conduzir animais ou veculos em velocidade excessiva; II - conduzir animais bravios sem a necessria precauo; III -atirar substncias que possam incomodar os transeuntes; IV - pintar faixas de sinalizao de trnsito, ainda que junto ao rebaixo do meio-fio, com finalidade de indicar garagem, sem prvia autorizao ou em desacordo com as normas tcnicas; e V - danificar ou retirar a sinalizao de impedimento de trnsito ou advertncia de perigo. Art. 69. A administrao municipal deve impedir o trnsito de qualquer veculo ou meio de transporte que possa ocasionar danos a logradouros pblicos, perturbar a tranqilidade ou poluir o ar. Art. 70. Os pontos de estacionamento de veculos de aluguel, para transporte de passageiros ou no, so determinados pela administrao municipal. SEO III DOS VECULOS DE TRANSPORTES COLETIVOS OU DE CARGA Art. 71. Alm das disposies estabelecidas pela legislao municipal especfica, os servios de transporte coletivo urbano devem obedecer s prescries desta seo.
Art. 72. vedado aos veculos de transportes coletivos ou de carga trafegarem com peso superior ao fixado em sinalizao, salvo licena prvia da Prefeitura Municipal, a quem cabe providenciar tal sinalizao. Art. 73. vedado transportar, em um mesmo veculo, explosivos e inflamveis. Art. 74. Nos veculos de transporte de inflamveis ou de explosivos, no permitido conduzir-se outras pessoas, alm do motorista e dos ajudantes. Art. 75. Constitui infrao a este Cdigo o motorista recusar-se a exibir documentos fiscalizao, quando exigidos, assim como no atender s normas, determinaes ou orientaes da fiscalizao. Art. 76. Cabe ao Executivo Municipal fixar local e horrio de funcionamento das reas de carga e descarga, bem como de outros tipos de estacionamento em vias pblicas. SEO IV DA LOCALIZAO E FUNCIONAMENTO DE TRAILERS Art. 77. Para os efeitos desta Lei, entende-se por trailer todo equipamento construdo em fibra de vidro, chapas de ferro, zinco ou similar, montado sobre eixos ou suportes, mveis ou fixos, destinado venda a varejo de sucos e congneres, refrigerantes, salgadinhos, sanduches, cigarros, sorvetes e picols, bolos, doces, tortas e similares, desde que satisfeitas as exigncias legais. Art. 78. A instalao e funcionamento de trailers em logradouros pblicos s se efetiva em locais previamente autorizados pelo rgo municipal competente, atravs de termo de permisso revestido das seguintes caractersticas: I - ato unilateral; II - a ttulo precrio; III - no oneroso municipalidade; e IV - exclusivo pessoa fsica. Art. 79. A atividade permitida, relatina ao funcionamento do trailer deve ser executada em nome do permissionrio, por sua conta e risco, sempre nas condies e requisitos estabelecidos em Lei. Pargrafo nico. A permisso no gera privilgio, nem assegura exclusividade ao permissionrio, sendo acompanhado sempre de um "Termo de Compromisso" do permissionrio com exigncias peculiares a cada um. Art. 80. A solicitao do termo de permisso para explorao do comrcio varejista em trailers deve ser apresentada ao rgo municipal competente, anexando-se os seguintes documentos: I - croquis do local pretendido em duas vias; II - croquis ou planta do projeto do trailer; III - fotocpia da identidade e do CIC do interessado; e IV - comprovao de propriedade do trailer; Pargrafo nico. O permissionrio no pode ter dbito junto Prefeitura Municipal. Art. 81. O processo para concesso do termo de permisso d-se em duas etapas, sendo a primeira referente prqualificao e a segunda referente liberao do termo. 1 A pr-qualificao compe-se de protocolo, anlise dos documentos, vistoria preliminar da rea solicitada e parecer aprovativo do vistoriador. 2 A liberao do termo de permisso compe-se do parecer do gerente, da autorizao do dirigente do rgo, da vistoria final, da definio do termo de compromisso, do cadastramento, da quitao das taxas e, por ltimo, da expedio do termo. Art. 82. Quando da vistoria preliminar da rea solicitada, devem ser observados os seguintes aspectos: I - tipo de local pretendido; II - dimenses e aspecto esttico e urbanstico do trailer, visando a compatibilizao com a rea pretendida; III - acesso, manobras e estacionamento de veculos e trfego de pedestres, de modo a no obstruir o trnsito dos passeios nem prejudicar a visibilidade; IV - viabilidade da utilizao de mesas e cadeiras, considerando-se os incisos I, II e III, deste artigo. Art. 83. A permisso deve ter validade de um ano, podendo ser renovada, observado o cumprimento desta Lei. Art. 84. No permitida a instalao e funcionamento de trailers: I - sob abrigo de parada de nibus;
II - nos passeios regerentes aos prdios de hospitais, escolas, templos religiosos, museus, reparties pblicas e instituies militares; III - sobre reas ajardinadas das praas e passeios pblicos; IV - em caladas de largura inferior a trs metros; V - em reas que venham, de alguma forma, a comprometer a segurana e o sossego pblico. Art. 85. Junto a trailers permissionados no permitido construir ou instalar anexos como bases fixas em alvenaria ou concreto, depsitos de qualquer espcie e cadeiras fixas, ou qualquer outro tipo de construo ou cobertura agregada. Pargrafo nico. permitida a instalao de sanitrios e de toldos ou similares, a critrio do permissionante e dentro dos padres indicados por este. Art. 86. No permitido, em hiptese alguma, utilizar mais que dez conjuntos de mesas com quatro cadeiras. Art. 87. Deve ser revogada a permisso que, a qualquer momento, possa vir a ocasionar, a critrio da administrao municipal, prejuzo ao bem comum e/ou ao interesse pblico, no cabendo ao permissionrio, qualquer tipo de indenizao por parte da municipalidade. Art. 88. A transferncia do "Termo de Permisso", s possvel com prvia autorizao da administrao municipal, desde que satisfeitas as exigncias legais e regulamentares e depois de decorridos dois anos de efetivo funcionamento do trailer. Art. 89. No caso de falecimento do permissionrio, a transferncia pode ser autorizada, na ordem sucessiva, ao cnjuge sobrevivente ou, na falta ou desistncia deste, a um(a) filho(a) maior de dezoito anos, ao pai, me ou ao irmo. Pargrafo nico. Para obter o direito de sucesso, nos termos deste artigo, o interessado deve requer-lo, no prazo de noventa dias da data do falecimento do permissionrio, comprovando sua condio de sucessor e, se for o caso, a desistncia daqueles que o precedem. Art. 90. proibida a locao ou sublocao do trailer. Pargrafo nico. Tal atitude implica no imediato cancelamento da licena. Art. 91. So obrigaes daqueles que exercem atividades nos trailers: I - cumprir a presente lei, bem como todas as leis e posturas municipais; II - usar de urbanidade e respeito para com o pblico; III - acatar as ordens da equipe de controle e fiscalizao da atividade; IV - manter o trailer e a rea circunvizinha em completo estado de asseio e higiene; V - conservar e armazenar em locais apropriados os alimentos destinados comercializao, observando-se a temperatura ideal para cada tipo de produto; VI - portar carteira de sade atualizada; VII - usar uniforme (bata, gorros e sapatos), no servio de atendimento ao pblico; VIII - usar material descartvel no atendimento ao pblico; IX - manter recipientes adequados para a coleta do lixo interno e externo; X - manter extintor de fogo em local visvel e de fcil acesso, e em perfeito estado de funcionamento, assim como atender as demais normas de segurana indicadas por rgos envolvidos. Art. 92. So proibies para aqueles que exercem atividades nos trailers: I - instalar ou colocar o equipamento em local diferente do autorizado e/ou ocupar rea maior do que a permitida; II - utilizar equipamento sem a devida vistoria ou modificar o que foi aprovado; III - impedir ou dificultar o trnsito nas vias e logradouros, com colocao de mesas e cadeiras, bancos, muretas, grades ou exposio de mercadorias; IV - vender bebidas alcolicas destiladas; V - expor ou vender qualquer mercadoria no especificada. VI - apresentar msica ao vivo ou mecnica, em horrio e volume que perturbem o sossego pblico ou infrinja as leis do municpio; VII - promover outras atividades que venham a perturbar a ordem e o sossego pblico; VIII - jogar lixo proveniente das atividades executadas no trailer nos logradouros pblicos e/ou imediaes; IX - suspender a atividade permissionada por mais de noventa dias consecutivos, sem aviso prvio ao rgo fiscalizador e sem motivo justificvel a critrio do poder permissionante, independentemente do pagamento da taxas devidas. Art. 93. A transgresso de qualquer artigo desta Lei Complementar, especialmente quanto s obrigaes e proibies, pode ser punida com penalidade que vo desde a advertncia, multas, apreenso de equipamentos e acessrios, at suspenso temporria ou definitiva do termo de permisso, incluindo-se a apreenso e recolhimento do prprio trailer pelo poder permissionante.
Art. 94. Para renovao do termo de permisso, o interessado deve requer-la, at trinta dias aps o vencimento, acarretando o atraso em penalidades que vo desde multas at a no renovao do termo. SEO V DAS BANCAS DE JORNAIS, REVISTAS E LIVROS Art. 95. A instalao de bancas destinadas venda de jornais e revistas em logradouros pblicos est condicionada prvia permisso de uso pela Prefeitura Municipal. Art. 96. As permisses de que trata o artigo anterior devem ser outorgadas na seguinte conformidade: I - dois teros mediante processo licitatrio, a qualquer cidado habilitado; II - um tero, atravs de processo licitatrio, a portadores de necessidades especiais desprovidos de recursos necessrios subsistncia. 1 O procedimento licitatrio de que trata o inciso I, deste artigo, deve versar sobre o preo anual a ser pago pelo permissionrio e, em caso de igualdade de propostas, a permisso deve ser concedida mediante sorteio pblico. 2 Para os fins previstos no inciso II, deste artigo, e sem embargo a apresentao dos documentos referidos nos incisos I, II, III e IV, do art. 97, desta Lei Complementar, deve ser ouvido, tambm, o rgo municipal competente, quando necessrio comprovao da falta de condies e carncia de recursos do invlido permanente. 3 A invalidez permanente pode ser comprovada com a apresentao de percia mdica, feita perante o Instituto Nacional da Seguridade Social - INSS, ou mdico perito designado pela Prefeitura para apurao da invalidez. Art. 97. Para a licitao de que trata os incisos I e II, do art. 96, desta Lei Complementar, os interessados devem apresentar os seguintes documentos: I - prova de identidade; II - demais documentos exigidos pela legislao de licitaes e permisses vigentes poca da licitao; III - projeto da banca com suas dimenses; IV - planta do local onde pretende instalar a banca. Art. 98. Pode ser concedido a permisso de trs pontos a um mesmo permissionrio, sendo dois em uma mesma regio ou zona da cidade e outro em regio ou zonas diferente. Art. 99. Cabe Prefeitura Municipal, em nome do interesse pblico, renovar ou transferir a banca do local de nstalao, designando, no prazo de 60 (sessenta) dias, um novo local, de preferncia circunvizinho, adequado ao funcionamento da atividade, mantidos os direitos do permissionrio. Art. 100. O modelo, as dimenses e os locais de instalao das bancas devem ser aprovados pela Prefeitura Municipal, observadas as disposies e dimenses seguintes: I - comprimento mximo de 5,50 m (cinco metros e cinqenta centmetros); II - largura mxima de 3,00 m (trs metros); III - altura mxima de 3,00 m (trs metros); IV - distncia mnima de 10,00 m (dez metros) da esquina; V - distncia mnima de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros) do meio fio; VI - distncia mnima de 3,00 m (trs metros) de entrada e sada de veculos; VII - distncia de 2,00 m (dois metros) do eixo da copa da rvore. 1 No permitida a colocao de bancas em caladas com largura inferior a 3,00 m (trs metros). 2 A largura da banca no pode exceder a 50% (cinqenta por cento) da largura da calada. 3 A rea mxima permitida de 16,50 m2 (dezesseis metros e cinqenta centmetros quadrados), incluindo-se o uso de acessrios expositores necessrios ao empreendimento. Art. 101. permitida a transferncia de permisso para instalao de bancas de revistas e jornais, mediante a ausncia do permissionrio e prvia aprovao da Prefeitura Municipal, a quem satisfaa s exigncias legais e regulamentais. Art. 102. So direitos da permissionante: I - fiscalizar a permissionria periodicamente, sem prvio aviso, para verificar o perfeito cumprimento do contrato de permisso de uso de rea pblica; II - rescindir o contrato de permisso, a qualquer tempo, caso a permissionria no observe o cumprimento das clusulas contratuais ou de leis, decretos e regulamentos que tratem da permisso de uso de rea pblica; III - receber, apurar e solucionae as queixas e reclamaes dos usurios. Art. 103. So obrigaes da permissionante: I - observar o fiel cumprimento do contrato;
II - zelar pela boa qualidade dos servios, designando fiscais para o adequado controle e fiscalizao; III - exercer a autoridade normativa, na execuo do contrato, no mbito de sua competncia. Art. 104. So direitos do permissionrio: I - indicar o seu substituto, mediante comunicado ao sindicato dos vendedores de jornais e revistas do Piau, nas hipteses da ausncia por frias, licena ou motivo justificvel; II - expor, vender jornais, revistas, livros culturais, guias, figurinos, almanaques, peridicos editados com intervalo de um ano, cartes postais, cigarros, cartes telefnicos, lbum de figurinhas, cartelas de brinquedos, bombons, bilhetes de loterias, lpis, canetas, cadernos, chaveiros e sobrecartas. III - colocar cartazes em molduras acrlicos na parte traseira da banca ou em um de seus lados de interesse educativo, cultural e artstico, sem qualquer exclusividade ou fornecimentos a anunciantes, mediante prvia autorizao da permissionante, observadas, ainda, as exigncias de ordem legal tributria a que estiver sujeita essa forma de publicidade, podendo a municipalidade ocupar 20% (vinte por cento) do espao da banca para divulgar informaes educativas, tursticas e culturais; IV - colocar luminosos indicativos, apenas na parte superior da banca, atendendo aos padres legais e aps o pagamento da respectiva taxa. Art. 105. So obrigaes do permissionrio: I - observar o fiel cumprimento do contrato, observando as disposies regulamentares do servio e as clusulas contratuais da permisso, obedecendo, ainda, as leis, decretos e regulamentos que tratem da permisso de uso da rea pblica; II - ser a nica responsvel, perante terceiros, pelos atos praticados pelo seu pessoal e pelo uso do material, eximindo-se a permissionante de quaisquer reclamaes ou indenizaes, na vigncia do contrato. III - ser a nica responsvel pelos danos materiais ou pessoais causados aos empregados ou a terceiros; IV - estar regulamente registrado junto Prefeitura Municipal, bem com os seus empregados, devendo ser apresentados, alm da prova da permisso de uso, os respectivos documentos de identidade; V - afixar em local visvel a licena para instalao e funcionamento da banca; VI - ser responsvel pelo uso da rea, inclusive conservando o local e rea adjacentes, em boas condies higiene e limpeza; VII - manter indicativo do local, de acordo com as normas estabelecidas e mediante pagamento das taxas incidentes no sendo permitida outra espcie de publicidade na rea concedida, VIII - apresentar bom aspecto esttico, de acordo com os padres previamente aprovados; IX - ocupar exclusivamente o lugar destinado pela permissionante; X - no prejudicar o trnsito livre nos passeios; XI - no prejudicar a visibilidade de condutores de veculos, quando instaladas nas intersees de vias, conforme prvia autorizao da Prefeitura Municipal. Art. 106. vedado ao permissionrio: I - expor propaganda referente a material pornogrfico; II - distribuir, expor, vender ou trocar qualquer material no provado pela permissionante, III - vender a menores ou violar invlucros de publicaes nocivas ou atentatrias moral; IV - utilizar rvores, postes, caixotes, tbuas, encerrados, toldos, abas ou laterais para aumentar a banca, excluda aquelas que servem de proteo contra as intempries; V - transferir a atividade a terceiros, sem prvia autorizao; VI - ocupar passeios, muros ou paredes com exposio de mercadorias; VII - alugar o ponto a terceiros; VIII - conservar material inflamvel ou explosivo; IX - atirar, nas reas de trnsito ou de circulao, detritos ou mercadorias avariadas; X - portar qualquer espcie de arma; XI - fazer uso de bebidas alcolicas durante os horrios de funcionamento; XII - realizar quaisquer mudanas e/ou reformas na rea objeto do contrato, sem o prvio consentimento por escrito da permissionante; XIII - exibir ou depositar as publicaes no solo ou em caixotes; XIV - aumentar ou modificar o modelo da banca aprovado pela permissionante, XV - mudar o local da instalao de banca, sem prvia autorizao; XVI - instalar mesas, cadeiras ou qualquer outro meio fsico para desenvolver atividades afins, na rea objeto da permisso. 1 A permissionria no pode a qualquer ttulo, ceder, no todo ou em parte a rea, objeto da presente permisso, nem alugar ou sublocar a terceiros, nem transferir, sob pena de resciso do contrato e consequentemente sua excluso do referido estabelecimento comercial; 2 A inobservncia ou descumprimento de quaisquer das clusulas por parte do permissionrio implica na resciso do contrato, no cabendo ao permissionrio qualquer direito indenizao ou ressarcimento por benfeitorias realizadas. 3 A mesma sano deve ser aplicada quele que desistir em favor de terceiros, com o objetivo de lucro. SEO VI DAS CAAMBAS ESTACIONRIAS
Art. 107. A colocao, permanncia, utilizao e transporte de caambas estacionrias em vias e logradouros pblicos dependem de prvio licenciamento e so fiscalizados pelo Executivo Municipal, nos termos desta Lei. Art. 108. Para efeitos desta lei, so adotadas as seguintes definies: I - caamba estacionria - mobilirio destinado coleta de terra e entulho proveniente de obra, construo, reforma ou demolio de qualquer natureza; II - resduos da construo civil - conhecidos comumente como entulho, so aqueles provenientes de construes, reformas, reparos e demolies de obras de construo civil e os resultantes da preparao e escavao de terrenos, como tijolos, blocos cermicos, concreto em geral, solo, rocha, madeira, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfltico, vidros, plsticos, tubulaes e fiao eltrica; III - resduos volumosos - resduos originrios dos domiclios, constitudos basicamente por material volumoso no coletado pelos equipamentos compactadores, como mveis e equipamentos domsticos inutilizados, grandes embalagens e peas de madeira, resduos vegetais e outros; IV - transportadores - pessoas jurdicas encarregadas da coleta e do transporte dos resduos entre as fontes geradoras e as reas de deposio; V - obra: realizao de aes sobre terreno que implique alterao do seu estado fsico original, agregando-se ou no a ele uma edificao; e VI - Responsvel tcnico - o tcnico registrado junto ao rgo federal fiscalizador do exerccio profissional e ao rgo municipal competente, atuando, individual ou solidariamente, como autor do projeto ou outro responsvel tcnico pela obra. Art. 109. As caambas estacionrias e os veculos destinados ao transporte devem ser licenciados anualmente. Pargrafo nico. A unidade licenciada deve ser o conjunto de um caminho e quinze caambas estacionrias. Art. 110. Para a obteno da licena, deve ser apresentado, junto ao ato de solicitao: I - alvar de funcionamento da empresa; II - licena ambiental da empresa; III - licena ambiental prvia para uso da rea de despejo dos resduos coletados; IV - certido negativa de dbitos junto a Fazenda Pblica Municipal; V - certido negativa de dbitos junto a Receita Federal; VI - certido negativa de dbitos junto a Fazenda Estadual; VII - indicao da rea de guarda das caambas, a ser vistoriada pela SDU competente. 1 Para a obteno da licena podem ser requeridos tambm outros documentos que o rgo municipal competente julgar necessrios, considerando-se o impacto urbano e ambiental da realizao do servio e o resguardo do interesse pblico. 2 A taxa anual de licenciamento da unidade mencionada no pargrafo nico do artigo anterior de R$ 180,00 (cento e oitenta reais). 3 Pode ser feito licenciamento separado para cada caamba, com taxa anual de R$ 10,00 (dez reais). 4 Sempre que necessrio, fica o Conselho de Desenvolvimento Urbano - CDU, autorizado a alterar os valores das taxas, ou vincul-las a indexador oficial do Municpio ou indexador oficial equivalente. Art. 111. A concesso de licena para colocao, permanncia, utilizao e transporte de caambas estacionrias deve ser concedida a todas as empresas que solicitarem o licenciamento junto ao Executivo Municipal, desde que obedecidas as exigncias desta Lei Complementar e demais normas regulamentadoras do servio. 1 Fica o Executivo Municipal obrigado a realizar licitao para a concesso do servio pblico de que trata esta Lei Complementar, quando o nmero de empresas licenciadas atingir o limite de 10 (dez) empresas licenciadas em atividade no Municpio. 2 Atingido o limite indicado no pargrafo anterior, o Poder Executivo Municipal tem prazo de um ano para realizar o procedimento licitatrio relativo concesso do servio. Art. 112. As empresas transportadoras de resduos que possuam unidades licenciadas devem ser cadastradas, conforme regulamentao do Executivo Municipal. Pargrafo nico. O Poder Executivo Municipal deve dar publicidade anual relao das empresas cadastradas, como determinado no caput deste artigo. Art. 113. As caambas estacionrias devem observar as especificaes e requisitos a seguir estabelecidos: I - possuir dimenses externas mximas de at 2,80 m (dois metros e oitenta centmetros) de comprimento, 1,80m (um metro e oitenta centmetros) de largura e 1,40m (um metro e quarenta centmetros) de altura, com capacidade mxima de 5m (cinco metros cbicos); II - ser pintada em cores vivas, sinalizada com material refletivo nas faces anterior, posterior, laterais e bordas, na forma a ser regulamentada pelo Executivo Municipal, de modo a permitir a rpida visualizao diurna e noturna a, pelo menos, 40,00 m (quarenta metros) de distncia;
III - no lado externo das caambas, devem constar, em espao no inferior de 1,00 m (um metro) de comprimento por 0,60 m (sessenta centmetros) de altura, em letras de forma, nome, endereo e telefone da empresa, bem como, nmero do cadastramento, nmero da caamba, e nmero de telefone do rgo municipal competente para fiscalizao dos servios. IV - conter o material depositado de tal forma que este no exceda as bordas laterais e superior da caamba, durante todo o perodo de armazenamento e transporte. V - ser dotada, durante o transporte de materiais, de sistema de cobertura adequado, de modo a impedir contedo superior capacidade e, ainda, a queda dos materiais durante o transporte. 1 Fica proibido o armazenamento e transporte de materiais orgnicos, perigosos e nocivos sade por meio de caambas. 2 Fica proibida qualquer inscrio, propaganda ou publicidade nas caambas, alm da identificao determinada no inciso III deste artigo. Art. 114. As caambas devem ser colocadas: I - prioritariamente, no recuo frontal ou lateral da testada do imvel do contratante dos servios; II - no sendo possvel o atendimento do disposto no inciso anterior, as caambas s podem ser colocadas nas vias pblicas com estacionamento permitido para veculos, devendo ser dispostas longitudinalmente ao meio fio, observando a distncia mnima de 0,30 m (trinta centmetros) e mxima de 0,50 m (cinqenta centmetros) de afastamento do meio-fio, de forma a no obstruir a passagem das guas pluviais; III - em ruas com at 7,00 m (sete metros) e mo nica, s permitida a colocao de uma caamba do lado direito da rua a cada quadra; IV - em ruas com at 11,00 m (onze metros) e mo dupla, permitida a colocao apenas de um dos lados da rua, a cada quadra. Art. 115. A permisso para colocao e permanncia de caambas nas vias com estacionamento rotativo dependem de prvia autorizao do rgo municipal gestor do transporte e trfego que, nestes casos, pode estabelecer condies especiais para o estacionamento de caambas. Art. 116. expressamente proibido o uso de via pblica para guardar caambas que no estejam sendo usadas para coleta de resduos da construo civil e volumosos, sendo o prazo de permanncia de cada caamba em vias pblicas de, no mximo, cinco dias corridos, compreendendo os dias de colocao e retirada do equipamento, exceto nos locais de estacionamento rotativo pago, caso em que o rgo municipal gestor do transporte e trfego pode reduzir ou estender o prazo, para atender s necessidades locais. Pargrafo nico. Quando no estiverem sendo utilizadas para a coleta de resduos de construo ou volumosos, as caambas estacionrias devem ser depositadas em local adequado, a ser indicado por ocasio do credenciamento. Art. 117. Fica proibida a colocao de caambas nas seguintes situaes: I - nas esquinas, a menos de 5,00 m (cinco metros) do bordo do alinhamento da via transversal; II - nos locais onde o estacionamento e / ou a parada de veculos for proibido pelas regras gerais de estacionamento, conforme estabelecido pelo Cdigo de Trnsito Brasileiro - CTB, institudo pela Lei Federal n 9.503, de 23 de setembro de 1997; III - nos locais onde o estacionamento e / ou a parada de veculos sofrerem restries ou proibies estabelecidas por sinalizao vertical de regulamentao; IV - nos locais onde existir regulamentao de estacionamentos especiais (txi, caminho, pontos e terminais de nibus, farmcia, deficientes fsicos e outros); V - nas vias e logradouros onde ocorrerem feiras livres ou eventos autorizados, nos dias de realizao dos mesmos; VI - nos locais onde houver faixas de pedestres, linhas de reteno, sinalizao horizontal de canalizao (zebrado ou sargento); VII - no interior de qualquer espao virio delimitado por prismas de concreto ou taches, ou, ainda, sobre pintura zebrada; VIII - sobre poos de visita ou impedindo acesso a equipamentos pblicos; IX - nos trechos de pista em curva, planos, em aclive ou declive, onde a caamba no seja visvel a pelo menos 40,00 m (quarenta metros) para os condutores de veculos que se aproximem; X - em locais sem incidncia direta de luz artificial, pblica ou dispositivos luminosos prprios, que garanta a identificao visual da caamba a pelo menos 40,00 m (quarenta metros), tanto nos dias de chuva como no perodo noturno; XI - em reas de circulao exclusiva de pedestres, praas e reas verdes; Pargrafo nico. Em ruas com menos de 5,80 m (cinco metros e oitenta centmetros) de largura, de meio-fio a meio-fio, permitida a colocao de caambas, utilizando-se 50% do passeio e 50% da via pblica, desde que obedecidas as seguintes condies: I - seja resguardado o limite mnimo de 1,20 m (um metro e vinte centmetros) de passeio pblico livre para a passagem de pedestres; II - seja colocada a caamba de modo a no impedir a livre passagem das guas pluviais ou desvi-las de seu curso adequado; e III - tenha parecer prvio do rgo municipal gestor do transporte e trfego aprovando a colocao da caamba; Art. 118. Em qualquer circunstncia, as caambas devem preservar a passagem de veculos e de pedestres na via pblica em condies de segurana.
Art. 119. Para a colocao, retirada e transporte das caambas, a empresa prestadora dos servios deve utilizar caminho dotado de equipamento guindaste, ou brao mecnico, cabendo ao seu condutor a observncia das regras do Cdigo de Trnsito Brasileiro CTB, bem como das normas locais de circulao e estacionamento e demais disposies vigentes. Art. 120. Os resduos de construo e volumosos coletados e transportados pelas caambas somente podem ser destinados a reas licenciadas pelo rgo municipal competente. 1 Caso a empresa no apresente local permitido por lei e aprovado pelo rgo municipal competente para depsito dos resduos, quando da sua solicitao de cadastramento, a sua deve ser solicitao indeferida; 2 O depsito de resduos em local inapropriado ou em discordncia com o aprovado quando do seu cadastramento, acarreta na perda da licena e multa prevista na legislao ambiental, por dano ao meio ambiente. 3 O Executivo Municipal deve publicar anualmente a relao das reas cadastradas, indicadas para a destinao dos resduos de construo e volumosos. Art. 121. Os geradores de resduos de construo e volumosos e o responsvel tcnico pela obra que contratarem os servios de que trata esta lei, so obrigados a utilizar somente as empresas cadastradas. 1 Os geradores de resduos de construo e volumosos e o responsvel tcnico pela obra respondem solidariamente com a empresa coletora e transportadora pela correta destinao dos resduos e colocao de caambas estacionrias. 2 A empresa coletora deve fornecer ao usurio comprovante identificando a correta destinao dos resduos. Art. 122. Quaisquer danos ao patrimnio pblico, ao pavimento, ao passeio, sinalizao, ou a outros equipamentos urbanos que venham a ser causados pela colocao, permanncia ou remoo das caambas em logradouros pblicos, so de exclusiva responsabilidade da empresa transportadora, que deve arcar com os respectivos custos de substituio, execuo e reinstalao. 1 So tambm de exclusiva responsabilidade da empresa prestadora de servios os danos eventualmente causados a terceiros. 2 O ressarcimento dos custos de substituio, execuo e reinstalao de equipamentos urbanos, passeios, pavimentao ou sinalizao danificados pela colocao, permanncia ou remoo de caambas estacionrias em logradouros pblicos deve ser feito mediante implementao de multa equivalente aos danos, sendo efetivado atravs de DATM (Documento de Arrecadao Tributria). 3 A valorao dos danos ocasionados, deve ser realizada pelo rgo municipal competente competente, tomando-se por base os custos de recuperao dos equipamentos urbanos danificados. 4 A no quitao do DATM (Documento de Arrecadao Tributria Municipal), no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, implica na inscrio da empresa no Cadastro da Dvida Ativa do municpio, no valor da multa aplicada, inclusos os acrscimos legais devidos. Art. 123. A Administrao Municipal, por razes de interesse pblico, pode, a qualquer momento, solicitar ou providenciar diretamente a remoo de caambas estacionadas nas vias pblicas, sem nus para o poder pblico. Art. 124. Para os servios terceirizados de coleta e remoo de resduos slidos, aplicam-se, no que forem cabveis, as prescries deste Cdigo. Art. 125. As atuais empresas proprietrias de caambas estacionrias que efetuam coleta de entulho tm prazo de sessenta dias para se adequarem s exigncias desta lei, contados de sua publicao. Art. 126. Aps o prazo estabelecido no artigo anterior, as empresas infratoras devem ser notificadas, multadas e, tambm, devem ter as caambas estacionrias apreendidas e seus alvars de funcionamento suspensos. Art. 127. A desobedincia ou no observncia das regras estabelecidas, implica, sucessivamente, na aplicao das seguintes penalidades: I - advertncia por escrito, notificando-se o infrator a sanar a irregularidade, no prazo de 48 (quarenta e oito horas), contadas da notificao, sob pena de multa; II - no sanada a irregularidade, deve ser aplicada multa, com vencimento em trinta dias a contar da data de autuao, sendo procedida tambm apreenso do equipamento, ficando sua liberao condicionada ao pagamento das multas e das despesas de remoo e estadia; III - em caso de reincidncia, a multa deve ser aplicada em valor dobrado; IV - persistindo a irregularidade, mesmo aps a imposio da multa em dobro, o alvar de funcionamento da empresa e a licena para o servio de coleta e remoo de resduos so suspensos por trinta dias, para que sejam sanadas as irregularidades e pagas as multas e indenizaes devidas; V - decorrido o prazo de trinta dias sem a regularizao da situao, o alvar de funcionamento da empresa e a licena para o servio de coleta e remoo de resduos so cassados, com a conseqente interdio da atividade, se necessrio, com uso da fora policial. SEO VII DOS CORETOS E PALANQUES
Art. 128. permitida a armao de palanques provisrios em logradouros pblicos para comcios polticos e festividades cvicas, religiosas ou de carter popular, mediante prvia autorizao da admistrao municipal. Pargrafo nico. A autorizao deve ser solicitada com, pelo menos, trs dias teis de antecedncia. Art. 129. A autorizao de localizao de coretos e palanques deve ser concedida somente se: I - no perturbarem o trnsito; II - forem providos de instalao eltrica e iluminao adequada, quando da utilizao noturna; III - no prejudicarem o calamento nem o escoamento de guas pluviais; IV - os responsveis pelos eventos comprometerem-se a remov-los no prazo de vinte e quatro horas, a contar do encerramento das atividades. Pargrafo nico. Aps o prazo estabelecido no inciso IV, deste artigo, a Prefeitura Municipal pode remover o coreto ou palanque, dando ao material o destino que entender e cobrando dos responsveis a multa e as despesas de remoo. SEO VIII DAS BARRACAS Art. 130. Nas festas de carter pblico ou religioso, podem ser instaladas barracas provisrias, mediante autorizao prvia da administrao municipal. Pargrafo nico. A autorizao deve ser solicitada com, pelo menos, trs dias teis de antecedncia. Art. 131. A autorizao para instalao de barracas deve ser concedida somente se: I - apresentarem bom aspecto esttico e tiverem rea mxima de 6 m2 (seis metros quadrados); II - tiverem afastamento mnimo de 3,00 m (trs metros) de qualquer edificao e de outras barracas; III - ficarem fora da faixa de rolamento do logrardouro pblico e distarem dos pontos de estacionamento de veculos, 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros); IV - forem armadas a uma distncia mnima de 200 m (duzentos metros) de escolas, quando o horrio de funcionamento das barracas coincidir com o da escola; V - os responsveis pelo evento comprometerem-se a observar os horrios de funcionamento fixados pela Prefeitura Municipal; VI - no forem localizadas em reas ajardinadas. Art. 132. Quando as barracas forem destinadas venda de refrigerantes e alimentos, devem ser obedecidas as disposies relativas higiene dos alimentos e mercadorias expostas venda. Art. 133. Nos festejos juninos, no podem ser instaladas barracas provisrias para a venda de fogos de artifcio. Art. 134. No caso do proprietrio da barraca modificar o comrcio para o qual foi autorizado, sem prvia anuncia da Prefeitura Municipal, a barraca deve ser desmontada, independentemente de notificao, no cabendo ao proprietrio direito a qualquer indenizao por parte da municipalidade, nem esta qualquer responsabilidade por danos advindos do desmonte. Art. 135. A Prefeitura Municipal pode autorizar o estacionamento de caminhes destinados venda de frutas, desde que seus responsveis atendam s seguintes condies: I - permaneam com seus caminhes estacionados no local, entre 8 e 18 horas; II - no faam exposies de mercadorias fora dos caminhes; III - conservem limpos os logradouros pblicos, mediante o recolhimento dos detritos em vasilhames adequados. SEO IX DOS SERVIOS EXECUTADOS NOS LOGRADOUROS PBLICOS Art. 136. Nenhum servio ou obra que altere o nvel do calamento ou precise escavar logradouros pblicos pode ser executado sem prvia licena da Prefeitura Municipal. Art. 137. A recomposio do calamento deve ser feita pelos interessados e fiscalizada pela Prefeitura Municipal, assim como a remoo dos restos de materiais e objetos utilizados. Pargrafo nico. Os responsveis pela obra ou servio devem reparar quaisquer danos conseqentes da execuo de servios nos logradouros pblicos. Art. 138. A inobservncia, pelos responsveis, do disposto no artigo anterior e seu pargrafo nico, ocasiona a paralisao imediata do servio ou da obra que esteja sendo executada. Art. 139. A Prefeitura Municipal pode estabelecer o horrio para realizao dos servios, se estes ocasionarem transtornos ao
trnsito de pedestres ou de veculos nos horrios normais de trabalho. Pargrafo nico. As empresas ou particulares autorizados a executar servios ou obras no leito dos logradouros pblicos so obrigados a amplantar a sinalizao de advertncia. Art. 140. A Prefeitura Municipal pode estabelecer outras exigncias ao licenciar obras nos logradouros pblicos, tendo em vista resguardar a segurana, a salubridade e o sossego pblico. Art. 141. expressamente vedado: I - transitar ou estacionar veculos nos trechos das vias pblicas interditadas para a execuo de obras; II - inserir quebra-molas, redutores de velocidades ou afins no leito das vias pblicas, sem autorizao prvia da Prefeitura Municipal. Pargrafo nico. O veculo encontrado em via interditada para obras deve ser apreendido e transportado para o depsito municipal, respondendo seu proprietrio pelas respectivas despesas. CAPTULO IV DA FABRICAO, COMRCIO, TRANSPORTE, EMPREGO E DEPSITO DE INFLAMVEIS E EXPLOSIVOS Art. 142. No interesse pblico, a Prefeitura Municipal deve fiscalizar, supletivamente, as atividades de fabricao, comrcio, transporte, emprego e depsito de inflamveis e explosivos. Art. 143. So considerados inflamveis: I - fsforo e materiais fosforados; II - gasolina e demais derivados do petrleo; III - teres, lcoois, aguardentes e leos em geral; IV - carburetos, alcatro e materiais betuminosos e lquidos; V - toda e qualquer outra substncia cujo ponto de inflamabilidade seja inferior a cento e trinta e cinco graus centgrados (135C). Art. 144. So considerados explosivos: I - fogos de artifcios; II - nitroglicerina, seus compostos e derivados; III - plvora e algodo-polvora; IV - espoletas e estopins; V - fulminados, cloratos, formiatos e congneres; VI - cartuchos de guerra, caa e mina. Art. 145. proibido: I - fabricar explosivos sem prvia licena das autoridades federais competentes; II - manter depsitos de substncias ou de explosivos sem atendimento s exigncias legais quanto construo, localizao e segurana; III - depositar ou conservar, nos logradouros pblicos, mesmo provisoriamente, inflamveis e explosivos; IV - queimar fogos de artifcio, bombas, buscaps, morteiros ou outros fogos perigosos nas ruas, praas, caladas e praas de esportes ou em janelas e portas que se abram para os logradouros; V - soltar bales; VI - fazer fogueiras nos logradouros pblicos, sem prvia autorizao da Prefeitura Municipal. Pargrafo nico. A proibio de que trata o inciso IV, deste artigo, p dera ser suspensa em dias de regozijo pblico ou festividades religiosas de carter tradicional, comcios e recepes polticas, situaes nas quais a Prefeitura estabelece as exigncias necessrias segurana pblica. Art. 146. A capacidade de armazenagem dos depsitos de explosivos deve variar em funo das condies de segurana da cubagem e da arrumao interna, ressalvadas outras exigncias estabelecidas pelo rgo federal competente. Art. 147. Aos varejistas permitido conservar em cmodo apropriado, armazns e lojas, a quantidade de material inflamvel ou explosivo fixada pela Prefeitura Municipal, na respectiva licena, desde que no ultrapasse a venda provvel de 15 dias. Art. 148. Os fogueteiros e exploradores de pedreiras podem manter depsitos de explosivos correspondentes ao consumo de trinta dias, desde que os depsitos estejam localizados a uma distncia mnima de 250 m (duzentos e cinqenta metros) da habitao mais prxima e a 150 m (cento e cinqenta metros) de ruas e estradas. Pargrafo nico. Se as distncias a que se refere o "caput" deste artigo forem superiores a 500 m (quinhentos metros), permitido o depsito de maior quantidade de explosivos.
Art. 149. A porta de entrada de depsito de inflamveis e explosivos e seu interior devem ser sinalizados na forma estabelecida pelas normas especficas. Art. 150. Os depsitos, assim como os postos de abastecimento de veculos, armazns a granel ou quaisquer imveis onde existir armazenamento de explosivos ou inflamveis, sero dotados de instalao para combater o fogo e de extintores portveis em quantidade e disposio adequadas s exigncias das normas especficas em vigor. CAPTULO V DOS LOCAIS DE CULTO Art. 151. As igrejas, templos ou casas de culto franqueados ao pblico devem ser conservados limpos, iluminados e arejados. Art. 152. As igrejas, templos e casas de culto no podem, com suas cerimnias, cnticos e palmas funcionar aps s 22 horas, com exceo das datas festivas. Art. 153. As igrejas, templos e casas de culto no podem perturbar a vizinhana com barulho excessivo que de alguma forma dificulte o desenvolvimento das atividades normais, inclusive no perodo diurno. CAPTULO VI DA PUBLICIDADE EM GERAL Art. 154. A explorao dos meios de publicidade nos logradouros pblicos, bem como nos lugares de acesso comum, depende de prvia licena da Prefeitura Municipal, sujeitando-se o interessado ao pagamento da respectiva taxa. 1 Incluem-se, na obrigatoriedade deste artigo, os anncios que, embora apostos em terrenos prprios de domnio privado, forem visveis ao pblico. 2 Incluem-se, ainda, na obrigatoriedade deste artigo, a propaganda falada em lugares pblicos feita por meio de amplificadores de voz, alto-falante e propagandistas, assim como por sinetas ambulantes. Art. 155. A propaganda ou publicidade em edifcios ou em zonas especiais de proteo disciplinada pela legislao especfica. Art. 156. So meios de publicidade as indicaes por "outdoors", inscries, letreiros, tabuletas, dsticos, emblemas, programas, quadros, legendas, painis, placas, faixas, anncios e mostrurios, luminosos ou no, feitos por qualquer modo,processo ou engenho, suspensos, distribudos, afixados ou pintados em paredes, muros, tapumes, caladas, fachadas, estruturas portantes, metlicas ou no. Art. 157. A licena de publicidade ou propaganda deve ser requerida ao rgo municipal competente, instrudo o pedido com a apresentao dos seguintes documentos: I - requerimento padro, onde conste: a) nome e C.N.P.J. da empresa; b) nmero da inscrio municipal; c) indicao dos locais em que sero colocados, pintados ou distribudos; d) especificao da publicidade; e) nmero de cadastro imobilirio do imvel, no qual ser instalado o leiteiro ou anncio; f) assinatura do representante legal. II - documentao comprobatria de propriedade, contrato de locao ou permisso de uso do imvel onde ser instalada a publicidade; III - projeto de instalao contendo: a) especificao dos materiais a ser empregado; b) dimenses; c) altura em relao ao nvel do passeio; d) disposio em relao fachada, ou ao terreno; e) comprimento da fachada do estabelecimento, ou da testada do terreno; f) sistema de fixao; e g) sistema de iluminao, quando houver. IV - termo de responsabilidade tcnica ou ART - Anotao de Responsabilidade Tcnica, quando for o caso, quanto segurana da instalao e fixao, assinado pela empresa fabricante instaladora e pelo proprietrio da publicao. Pargrafo nico. Em se tratando de painel luminoso ou similar, alm dos documentos elencados no caput deste artigo devero
ser apresentados: a) projeto do equipamento composto de planta de situao, vistas frontal e lateral com indicao das dimenses e condies necessrias para sua instalao; e b) "lay-out da rea do entorno. Art. 158. permitida a realizao de propagandas indicativas de atividade desenvolvida no local, desde que sejam: I - afixadas na frente de lojas ou sobrelojas de edifcios comerciais, na frente de edificaes destinadas ao uso institucional, de prestao de servios ou industriais, devendo ser dispostas de forma a no interromperem linhas acentuadas pela alvenaria ou pelo revestimento, nem cobrirem placas de numerao, nomenclaturas e outras indicaes oficiais de logradouros; II - colocadas de forma a no produzirem reflexos luminosos diretos nos vos dos pavimentos superiores do edifcio, em se tratando de anncios de iluminao fixa em edifcio de utilizao mista; III - dispostas perpendicularmente ou com inclinaco sobre fachadas do edifcio ou paramento de muros situados no alinhamento dos logradouros, desde que no fiquem instaladas no pavimento trreo sob marquise, nem possuam balano que exceda a 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros), quando colocadas acima do primeiro pavimento; IV - posicionadas na frente de edifcios comerciais, inclusive em muretas que fechem balces e sacadas, desde que no resultem em prejuzo da esttica da fachada e do logradouro; V - posicionadas na frente de lojas ou sobrelojas de galerias internas, constituindo salincia com altura no inferior a 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros), no devendo o balano exceder a 1,20 m (um metro e vinte centmetros); VI - posicionadas na frente de lojas e sobrelojas sobre os passeios dos logradouros pblicos, sem marquise, em altura no inferior a 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros), no devendo o balano exceder a 1,20 m (um metro e vinte centmetros). Art. 159. As placas com letreiros podero ser utilizadas, quando confeccionadas em metal, vidro, plsticos, acrlico ou material adequado, nos seguintes casos: I - para identificao de profissional liberal, nas respectivas residncias, escritrios e consultrios, mencionando apenas o nome do profissional, a profisso ou especializao e o horrio de atendimento, com dimenses mximas de sessenta vezes sessenta centmetros (60 x 60cm); II - para indicao de profissionais responsveis por projeto e execuo de obra, com seus nomes, endereos, nmero de registros no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura-CREA, nmero de obra, nas dimenses exigidas pela legislao vigente e colocadas em local visvel, sem ocasionar perigo aos transeuntes. Art. 160. As decoraes especiais de fachadas de estabelecimentos comerciais podem ser feitas por ocasio de comemoraes cvicas e festividades tradicionais, desde que no constem nas mesmas quaisquer referncias comerciais, salvo a denominao do estabelecimento, a juzo da Prefeitura Municipal. Art. 161. vedada a colocao de quaisquer meios de publicidade: I - sobre as marquises, avanando sobre o espao da pista de rolamento das vias; II - quando excederem a duas formas de publicidade para o mesmo estabelecimento, em seu local de funcionamento; III - quando prejudicarem: a) as fachadas de edificaes; b) os aspectos da paisagem urbana; c) a visualizao de edificaes de uso pblico, bem como de edificaes consideradas patrimnio arquitetnico, artstico ou cultural do municpio, qualquer que seja o ponto tomado como referncia; d) os panoramas naturais. IV - nas praas, nas caladas e nos muros pblicos, ou qualquer outro mobilirio urbano, exceto quando estiverem vinculados a placas de identificao de logradouros ou similar de interesse pblico; V - nos muros, muralhas e grades externas de parques e jardins pblicos, bem como nos balastres das pontes e pontilhes e outros equipamentos urbanos; VI - em arborizao, posteamento pblico, abrigos instalados nos pontos de txi ou de passageiros de tranportes coletivos; VII - meios-fios, leitos de ruas, em quaisquer obras pblicas; VIII - em qualquer parte de cemitrios, templos religiosos, estabelecimentos de ensino, bibliotecas, hospitais, casas de sade, maternidades, sanatrios e edifcios pblicos; IX - nos bancos dos logradouros pblicos; X - quando prejudicarem a passagem de pedestres e a visibilidade dos veculos; XI - quando obstrurem ou reduzirem o vo das portas, janelas e respectivas bandeiras; XII - quando, pela sua natureza, provocarem aglomeraes prejudiciais ao trnsito; XIII - que contenham dizeres ou indicaes desfavorveis a indivduos, crenas e instituies; XIV - que contenham incorrees de linguagem. Art. 162. So vedados os anncios: I - confeccionados em material que no ofeream segurana, exceto os que forem para uso no interior dos estabelecimentos; para a distribuio a domiclio, ou para afixao nos locais indicados pela Prefeitura Municipal;
II - aderentes, colocados nas fachadas dos prdios, paredes e muros, salvo licena da Prefeitura Municipal, ou nos locais indicados pela mesma para tal, III - colocados ao ar livre, com base em espelhos; IV - afixados nas faixas que atravessam a via publica, salvo licena da Prefeitura Municipal; V - em placas colocadas sobre os passeios pblicos. Art. 163. Os anncios luminosos, devem ser colocados a uma altura mnima de dois metros e meio do nvel do passeio. Art. 164. Toda e qualquer entidade que fizer uso de faixa e painis afixados em locais pblicos deve remov-los at setenta e duas horas aps o encerramento dos atos que ensejam o uso de tais faixas. Art. 165 facultativa s diverses, teatros, cinemas e outros, a colocao de cartazes de programas e de cartazes artsticos na sua parte externa, desde que colocados em lugar prprio e se referirem s diverses por ela exploradas. Art. 166. Considera-se outdoor, para efeitos deste Cdigo, todo painel publicitrio fixo, construdo em material rgido, destinado colagem de folhas que, aps montadas, constituem-se em um cartaz. Art. 167. vedada a instalao de outdoors na rea central da cidade, inclusive em terrenos particulares, exceto em carter temporrio, a critrio da Prefeitura Municipal. Art. 168. A instalao de outdoor, placas e painis no diretamente relacionados com o local onde funciona a atividade deve ser feita de acordo com os seguintes critrios: I - um conjunto de painis deve ter, no mximo, 4 (quatro) unidades; II - cada conjunto deve manter, em relao a qualquer outro conjunto ou engenho, uma distncia mnima de 50 m (cinqenta metros); III - a rea mxima de um quadro ou painel de 30 m2 (trinta metros quadrados); IV - o comprimento mximo de um quadro ou painel de 10 m (dez metros); V - proibida a instalao de painis superpostos; VI - proibida a instalao de painis em pontos que prejudiquem a sinalizao de trnsito ou que desviem a ateno dos condutores de veculos; e VII - proibido o corte de rvores para implantao de painis de publicidades. 1 Cada conjunto, de um a quatro painis, deve ser objeto de uma licena. 2 Um quadro com duas faces de exposio considerado como dois quadros, para fins de licenciamento e tributao. 3 Os terrenos com engenhos devem ser mantidos limpos e drenados pelas empresas de publicidade licenciadas, sob pena de cassao da respectiva licena. Art. 169. Os "outdoors", placas e painis encontrados em desacordo com o que determina o artigo anterior devem ser transferidos para outro local por seus proprietrios, de acordo com determinao da Prefeitura Municipal. 1 A Prefeitura Municipal deve notificar o proprietrio, concedendo um prazo de, at, trinta dias teis para a remoo do material. 2 No sendo cumprida a determinao do pargrafo anterior, o material deve ser retirado e apreendido pela Prefeitura Municipal, ficando seus proprietrios sujeitos s sanes cabveis e ao pagamento do custo dos servios feitos pela Prefeitura, acrescido de vinte por cento, a ttulo de administrao. Art. 170. Os outdoors, placas e painis devem receber um nmero de cadastramento e a plaqueta de identificao da firma que os explora, quando for o caso. Art. 171. Os dispositivos de publicidade devem ser conservados em boas condies, renovados ou consertados sempre que tais providncias sejam necessrias ao bom aspecto e segurana dos mesmos. Art. 172. Havendo a destruio total ou parcial do equipamento em razo de mau tempo, sinistro ou ato praticado por terceiros, ficam os seus proprietrios obrigados a reconstituir a parte estragada, substituir o equipamento ou retirar o material no prazo de quarenta e oito horas aps o ocorrido. Art. 173. As modificaes de dizeres, bem como da localizao de anncios e letreiros esto sujeitos emisso de nova licena. 1 Fica dispensada a exigncia contida no caput deste artigo, quanto modificao de dizeres, quando se tratar de anncio, que por suas caractersticas apresente periodicamente alteraes de mensagem, tais como "outdoor", painel eletrnico ou similar. 2 As empresas de publicidade ficam obrigadas a manter os equipamentos de veiculao de publicidade, "outdoors", painis eletrnicos ou similares, em bom estado de conservao, devendo mant-los sempre com boa esttica visual. 3 Para preservar a boa esttica visual, os "outdoors" no devem ser mantidos com papeis soltos ou rasgados. Art. 174. Toda e qualquer propaganda com publicidade deve oferecer condies de segurana ao pblico, bem como observar as caractersticas e funes definidas no projeto arquitetnico de construo aprovadas pela Prefeitura Municipal, de forma que no as prejudiquem.
Art. 175. Cessadas as atividades do anunciante ou a finalidade da propaganda ou publicidade, como estabelecido na licena da Prefeitura Municipal, deve ser retirado, pelo anunciante, todo e qualquer material referente propaganda ou publicidade no prazo de dez dias da data do encerramento. Pargrafo nico. O no cumprimento do disposto no "caput" deste artigo implicar na retirada do material por parte da Prefeitura Municipal, o qual ser devolvido ao proprietrio aps pagamento das multas devidas, assim como das despesas efetuadas,acrescidas em 20% (vinte por cento). Art. 176. No caso de anncios, propagandas, letreiros e publicidades j existentes e em desacordo com este Cdigo, a Prefeitura Municipal deve fazer a notificao necessria, determinando o prazo para retirada, reparao, limpeza ou regularizao. Pargrafo nico. Expirado o prazo estipulado na notificao, a Prefeitura deve executar os servios necessrios, cobrando dos responsveis as despesas efetuadas acrescidas de 20% (vinte por cento), sem prejuzo das multas devidas. CAPTULO VII DOS ELEVADORES Art. 177. Os elevadores no dotados de comando automtico, instalados em hotis, edifcios de escritrios, consultrios ou de uso misto, devem funcionar permanentemente com ascensoristas treinados. Pargrafo nico. exigido do ascensorista no transportar passageiros em nmero superior lotao e no abandonar o elevador sem entreg-lo a outro ascensorista que o substitua. Art. 178. O proprietrio ou responsvel pelo edifcio que j tenha "habite-se" deve comunicar, anualmente, Prefeitura Municipal, at o dia 31 de dezembro, o nome da empresa encarregada da conservao dos elevadores e apresentar o certificado de comprovao da inspeo. 1 A empresa conservadora deve comunicar, por escrito, Prefeitura Municipal a recusa do proprietrio ou responsvel em providenciar reparos becessrios correo de irregularidades e defeitos na instalao que comprometam sua segurana. 2 Sempre que houver substituio de empresa conservadora, a nova empresa responsvel deve comunicar tal ocorrncia Prefeitura Municipal, no prazo de dez dias. 3 Os elevadores em precrias condies de segurana devem ser interditados at que sejam reparados. Art. 179. vedado fumar ou conduzir, em elevador, cigarros ou assemelhados acesos, devendo tal proibio estar escrita em local visvel. Art. 180. Somente permitido o uso de elevadores de passageiros para o transporte de cargas, uniformemente distribudas e compatveis com a sua capacidade, antes das 7h 30m, e aps as 20 horas, ressalvados os casos de urgncia, a critrio da administrao do edifcio. TTULO IV DO FUNCIONAMENTO DO COMRCIO, DA INDSTRIA E DE PRESTADORES DE SERVIOS CAPTULO I DO LICENCIAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS SEO I DA LICENA DE LOCALIZAO Art. 181. Nenhum estabelecimento comercial, industrial ou prestador de servio pode funcionar sem a prvia licena de localizao, concedida pela Prefeitura Municipal, quando observadas as disposies deste Cdigo e demais normas legais e regulamentares pertinentes e efetuado o pagamento dos tributos devidos. Pargrafo nico. Estabelecimentos onde se exeram atividades sem a devida licena devem ser fechados. Art. 182. A licena de localizao concedida pela Prefeitura Municipal quando da abertura da empresa, da mudana de endereo e, tambm, quando da mudana do ramo de atividade. Art. 183. O requerimento para concesso do alvar de localizao deve, quando no obedecer a modelos padronizados pela Prefeitura Municipal, especificar com clareza: I - o nome ou razo social da firma; II - o ramo do comrcio ou da indstria, ou tipo de servio a ser prestado; III - o local onde o requerente pretende exercer a atividade. Art. 184. O alvar de localizao poder ser cassado:
I - quando for instalado negcio diferente do requerido; II - como medida preventiva a bem da higiene, da moral, do sossego e da segurana publica; III - por solicitao de autoridade competente, provados os motivos que a fundamentam; Pargrafo nico. Cassado o alvar, o estabelecimento deve ser imediatamente fechado. Art. 185. Para efeito de fiscalizao, o proprietrio do estabelecimento deve colocar o alvar em local visvel e o exibi-lo autoridade competente sempre que esta o exigir. Art. 186. O exerccio do comrcio ambulante e as atividades dos feirantes dependem sempre de licena especial, que deve ser concedida de conformidade com as normas pertinentes. Pargrafo nico. Para efeito de fiscalizao, o licenciado deve colocar o alvar em local visvel e o exibi-lo autoridade competente sempre que esta o exigir. Art. 187. vedado aos feirantes e vendedores ambulantes: I - estacionar nas vias pblicas e em outros logradouros fora dos locais previamente determinados pela Prefeitura Municipal; II - impedir ou dificultar o trnsito nos logradouros pblicos. SEO II DA LICENA DE FUNCIONAMENTO Art. 188. Para ser concedida licena de funcionamento, a edificao e as instalaes de todo e qualquer estabelecimento comercial, industrial ou prestador de servio devem ser previamente vistoriadas pelos rgos competentes,especialmente quanto s condies de higiene e segurana, qualquer que seja o ramo de atividade a que se destinam. Art. 189. A licena para o funcionamento de vages de lanches, aougues, padarias, confeitarias, bares, restaurantes, hotis, penses e outros estabelecimentos congneres ser sempre precedida de exame no local e de aprovao da autoridade sanitria competente. Pargrafo nico. A licena para o funcionamento de hotis, penses, casas de diverses e congneres depende, ainda, da apresentao de alvar fornecido pela autoridade policial competente. Art. 190. O alvar de funcionamento deve ser concedido sempre por prazo determinado, devendo ser renovado anualmente, sob pena de interdio do estabelecimento, alm da cobrana das multas devidas. SEO III DOS DEPSITOS DE FERROS-VELHOS Art. 191. Somente permitida a instalao de estabelecimentos destinados a depsito, compra ou venda de ferros-velhos, fora do centro da cidade. Pargrafo nico. A concesso de licena de funcionamento est condicionada a que o terreno seja cercado por muros de alvenaria ou concreto, com altura mnima de 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros). Art. 192. Nos depsitos, as peas devem estar devidamente organizadas, a fim de que no se prolifere a ao de insetos e roedores. Art. 193. vedado aos estabelecimentos destinados a depsito, compra ou venda de ferros-velhos: I - expor material nos passeios, bem como afix-los nos muros e paredes; II - permitir a permanncia, nas vias publicas, de veculos destinados ao comrcio de ferro-velho. Art. 194. Se for constatada alguma irregularidade na instalao dos depsitos referidos no artigo anterior, os infratores sero notificados para procederem aos reparos apontados, no prazo de 15 dias. SEO IV DA AFERIO DOS APARELHOS Art. 195. Os estabelecimentos comerciais ou industriais so obrigados, antes do incio de suas atividades, a submeter aferio os aparelhos ou instrumentos de medida, utilizados em suas transaes comerciais, de acordo com as normas estabelecidas pelo INMETRO. CAPTULO II DO HORRIO DE FUNCIONAMENTO Art. 196. Cabe exclusivamente ao Executivo Municipal, a determinao dos horrios de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, observados os preceitos da legislao federal que regula a durao do contrato e as
condies de trabalho. Pargrafo nico. O funcionamento do comrcio, indstria e servios de Teresina poder ser definido atravs de acordo e conveno coletiva de trabalho, devidamente homologados por ato do Executivo. Art. 197. Mediante ato especial, o Prefeito Municipal pode limitar o horrio de funcionamento dos estabelecimentos quando: I - homologar conveno feita pelos estabelecimentos que acordarem em horrio especial para seu funcionamento, desde que esta conveno seja adotada, no mnimo, por trs quartas partes dos estabelecimentos atingidos; II - atender s requisies legais e justificativas das autoridades competentes sobre estabelecimentos que perturbem o sossego ou ofendam o decoro pblico, ou reincidam nas infraes da legislao do trabalho. 1 Homologada a conveno de que trata o inciso I deste artigo, os estabelecimentos nela compreendidos so obrigados a cumprir seus dispositivos. 2 No caso de prestadores de servios de bares, restaurantes, churrascarias, traileres, casas de shows e similares, tero suas atividades noturnas encerradas, de domingo a quinta-feira, s 2h (duas horas), e na sexta-feira, no sbado e na vspera de um feriado, funcionaro at s 3h (trs horas). 3 VETADO 4 Os estabelecimentos previstos no pargrafo segundo no estaro sujeitos limitao no seu horrio de funcionamento na vspera do dia de natal e do ano novo, nem no perodo carnavalesco, este compreendido entre o sbado e a tera-feira de carnaval. Art. 198. As farmcias devem seguir o esquema de planto nos dias teis, sbados, domingos e feriados, segundo escala fixada por decreto do executivo municipal, consultados os proprietrios de farmcia e drogarias locais. 1 O planto de farmcias e drogarias compreende o horrio entre 7 horas do dia de escala e 7 horas do dia seguinte, perfazendo o total de 24 horas de funcionamento. 2 Quando fechadas, as farmcias devem afixar porta uma placa com a identificao dos estabelecimentos de planto, constando o nome e o endereo dos mesmos. Art. 199. Na ausncia de dispositivo legal que fixe horrios limites para funcionamento de estabelecimentos, estes podem funcionar nos horrios que lhes for convenientes, respeitada a legislao federal que regula o assunto. TTULO V DAS INFRAES E PENALIDADES CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 200. Constitui infrao toda ao ou omisso contrria s disposies deste Cdigo. Art. 201. considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger ou auxiliar algum a praticar infrao e, ainda, os encarregados da execuo das leis que, tendo conhecimento da infrao, deixarem de autuar o infrator. CAPTULO II DAS PENALIDADES Art. 202. Sem prejuzo das sanes cabveis, de natureza civil ou penal, as infraes devem ser punidas, alternativa ou cumulativamente, com as penalidades de: I - advertncia ou notificao preliminar; II - multa; III - apreenso de produtos; IV - inutilizao de produtos; V - proibio ou interdio de atividade, observada a legislao federal a respeito; e VI - cancelamento do alvar de licena de localizao e funcionamento do estabelecimento. Art. 203. A pena, alm de impor a obrigao de fazer ou desfazer, pecuniria e consiste em multas, de R$ 50,00 (cinqenta reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), de acordo com Portaria da Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenao SEMPLAN, com tabela aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano - CDU. Pargrafo nico. Sempre que necessrio, fica o Conselho de Desenvolvimento Urbano - CDU, autorizado a vincular os valores das multas a indexador oficial do Municpio ou indexador oficial equivalente. Art. 204. As multas devem ser impostas em grau mnimo, mdio ou mximo. Pargrafo nico. Na imposio da multa, e para gradu-la, considera-se:
I - a maior ou menor gravidade da infrao; II - as circunstncias atenuantes ou agravantes da infrao; e III - os antecedentes do infrator, com relao s disposies deste Cdigo. Art. 205. As multas impostas pelo descumprimento ou no observncia das regras estabelecidas neste Cdigo, devem ser pagas atravs de DATM (Documento de Arrecadao Tributria), com vencimento em trinta dias, a contar da data de autuao. Art. 206. A multa deve ser judicialmente executada se, imposta de forma regular e pelos meios hbeis, o infrator no a satisfizer no prazo legal. 1 A multa no paga no prazo legal deve ser inscrita em dvida ativa. 2 Os infratores que estiverem em dbito de multa no podem receber quaisquer quantias ou crditos que tiverem com a Prefeitura Municipal, participar de licitaes, celebrar contratos ou termos de qualquer natureza, ou transacionar a qualquer ttulo com a administrao municipal. Art. 207. Nas reincidncias, as multas devem ser aplicadas em dobro. Pargrafo nico. Reincidente o que violar preceito deste Cdigo por cuja infrao j tiver sido autuado e punido. Art. 208. As penalidades no isentam o infrator da obrigao de reparar o dano resultante da infrao, na forma do que estiver disposto na legislao vigente. Art. 209. A desobedincia ou no observncia das regras estabelecidas neste Cdigo constitui crime continuado, conforme o Cdigo Penal Brasileiro, o que implica sucessivamente na aplicao das penalidades, at que seja sanada a irregularidade autuada. Pargrafo nico. A autuao de irregularidades pela desobedincia ou no observncia das regras estabelecidas neste Cdigo, podem ser feitas a cada trinta dias, se persistir a irregularidade. Art. 210. Os dbitos decorrentes de multas no pagas nos prazos legais, devem ser atualizados, conforme prescries do Cdigo Tributrio do Municpio de Teresina. Art. 211. A apreenso consiste na tomada dos objetos que constituem prova material de infrao aos dispositivos estabelecidos. Art. 212. Nos casos de apreenso, o material apreendido deve ser recolhido ao depsito da Prefeitura Municipal. 1 Quando o material apreendido no puder ser recolhido ao depsito da Prefeitura Municipal, ou quando a apreenso se realizar fora da cidade, o material pode ser depositado em mos de terceiros, ou do prprio detentor, se idneo, observadas as formalidades legais. 2 O material apreendido deve ser devolvido somente depois de pagas as multas devidas e de a Prefeitura Municipal ser indenizada das despesas realizadas com a apreenso, o transporte e o depsito. 3 No caso de no ser retirado no prazo de setenta e duas horas, o material apreendido deve ser doado a instituies de assistncia social ou vendido em hasta publica pela Prefeitura Municipal, sendo aplicada a importncia apurada na indenizao das multas e despesas de que trata o pargrafo anterior e entregue qualquer saldo ao proprietrio, mediante requerimento devidamente instrudo e processado. 4 Prescreve em um ms o direito de retirar o saldo da coisa vendida em hasta pblica e, depois desse prazo, o saldo ficar em depsito para ser distribudo, a critrio do Prefeito Municipal, s instituies de assistncia social. 5 No caso de material ou mercadoria perecvel, o prazo para reclamao ou retirada ser de vinte e quatro horase, quando esse prazo expirar, se as referidas mercadorias ainda se encontrarem prprias para o consumo, podem ser doadas s instituies de assistncia social e, no caso de deteriorao, devem ser inutilizadas. Art. 213. Da apreenso lavra-se auto que deve conter a descrio das coisas apreendidas e a indicao do lugar onde ficaro depositadas. Art. 214. Quando o infrator incorrer, simultaneamente, em mais de uma penalidade constante de diferentes dispositivos legais, aplica-se cada pena, separadamente. Art. 215. So penas disciplinares: I - advertncia; II - repreenso; III - suspenso; e IV - demisso. Art. 216. Devem ser punidos com penalidade disciplinar, de acordo com a natureza e a gravidade da infrao: I - os servidores que se negarem a prestar assistncia ao muncipe, quando por este solicitada, para esclarecimento das normas consubstanciadas neste Cdigo;
II - os agentes fiscais que, por negligncia ou m f, lavrarem autos sem obedincia aos requisitos legais, de forma a lhes acarretar nulidade; III - os agentes fiscais que, tendo conhecimento de infrao, deixarem de autuar o infrator. Art. 217. As penalidades de que trata o artigo anterior devem ser impostas pelo Prefeito Municipal mediante representao do chefe do rgo onde estiver lotado o servidor e sero devidas depois de condenao em processo administrativo. CAPTULO III DA NOTIFICAO PRELIMINAR Art. 218. Verificando-se infrao a este Cdigo e sempre que no implicar em prejuzo iminente para a comunidade, expedese contra o infrator notificao preliminar, estabelecendo-se um prazo para que este regularize a situao. 1 O prazo para a regularizao da situao arbitrado pelo responsvel pelo rgo, no ato da notificao, no excedendo trinta dias. 2 Decorrido o prazo estabelecido sem que o notificado tenha regularizado a situao, lavrado o auto de infrao. 3 No caber Notificao Preliminar, devendo ser imediatamente autuado o infrator, pego em flagrante. Art. 219. A Notificao Preliminar deve ser feita em formulrio prprio, aprovado pela Prefeitura Municipal de Teresina, do qual fica cpia com o ciente do notificado ou algum de seu domiclio. Art. 220. A notificao preliminar deve conter os seguintes elementos: I - nome do notificado ou denominao que o identifique; II - dia, ms, ano, hora e lugar da lavratura; III - prazo para regularizar a situao; IV - assinatura do notificante. 1 Quando o autuado no se encontrar no local da infrao ou se recusar a dar o ciente, tal recusa ser anotada na Notificao Preliminar pela autoridade responsvel pela lavratura, devendo ser assinada por duas testemunhas. 2 No caso de o infrator ser analfabeto, fisicamente impossibilitado ou incapaz na forma da lei, o agente fiscal deve indicar o fato no documento, ficando assim justificada a falta de assinatura do infrator. CAPTULO IV DO AUTO DE INFRAO Art. 221. Auto de infrao o instrumento por meio do qual a autoridade municipal caracteriza a violao das disposies deste Cdigo. Art. 222. motivo de lavratura de auto de infrao qualquer violao s disposies deste Cdigo que chegar ao conhecimento do Prefeito Municipal, de outra autoridade municipal, ou de qualquer que presenciar a violao, devendo a comunicao ser acompanhada de prova ou testemunha. Pargrafo nico. Recebida a comunicao, a autoridade competente ordena, sempre que couber, a lavratura do auto de infrao. Art. 223. So autoridades competentes para lavrar o auto de infrao e arbitrar multas, os fiscais e outros funcionrios para isso designados ou cuja atribuio lhes caiba por forma da lei ou regulamento. Art. 224. So autoridades competentes para confirmar os autos de infrao e arbitrar multas o Prefeito Municipal e os seus secretrios ou substitutos em exerccio. Art. 225. Nos casos em que se constate perigo iminente para a comunidade, o auto de infrao deve ser lavrado, independentemente de notificao preliminar. Art. 226. O auto de infrao, lavrado com preciso e clareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras, deve: I - mencionar o local, dia, ms, ano e hora da lavratura; II - referir-se ao nome do infrator ou denominao que o identifique; III - descrever o fato que constitui a infrao e as circunstncias pertinentes, indicar o dispositivo legal ou regular violado e fazer referncias notificao preliminar que consignou a infrao, quando for o caso. IV - conter a intimao ao infrator para pagar as multas devidas ou apresentar defesa e provas nos prazos previstos; V - conter a assinatura de quem o lavrou. 1 As omisses ou incorrees do auto de infrao no acarretam sua nulidade, quando do processo constarem elementos suficientes para a determinao da infrao e do infrator. 2 A assinatura no constitui formalidade essencial validade do auto de infrao, no implica em confisso, nem a sua recusa agravar a pena. 3 Se o infrator, ou quem o representa, no puder ou no quiser assinar, deve-se mencionar tal circunstncia no auto de
infrao. Art. 227. O auto de infrao pode ser lavrado cumulativamente com o de apreenso, hiptese em que deve conter, tambm, os elementos deste. Art. 228. Nos casos em que, dependendo das caractersticas da infrao, no couber notificao preliminar, os agentes fiscais podem dispens-la e lavrar o auto de infrao, procedendo conforme este captulo. CAPTULO V DO PROCESSO DE EXECUO Art. 229. O infrator tem o prazo de sete dias, contados da data da lavratura do auto de infrao, para apresentar defesa, devendo faz-la em requerimento dirigido Prefeitura Municipal, facultada a anexao de documentos, que ter efeito suspensivo da cobrana de multas ou da aplicao de penalidades. 1 No cabe defesa contra notificao preliminar. 2 O dirigente do rgo competente ou seu substituto em exerccio tem dez dias para proferir sua deciso. Art. 230. Julgada improcedente, ou no sendo a defesa apresentada no prazo previsto, imposta multa ao infrator, o qual deve ser intimado a pag-la no prazo de cinco dias. Art. 231. O autuado deve ser notificado da deciso do dirigente do rgo competente ou seu substituto legal: I - sempre que possvel, pessoalmente, mediante entrega de cpia da deciso proferida, contra recibo; II - por carta, acompanhada de cpia da deciso com aviso de recebimento datado e firmado pelo destinatrio ou algum de sua residncia; III - por edital publicado em jornal local ou publicao no Dirio Oficial do Municpio, se desconhecida a residncia do infrator ou este recusar-se a receb-la. Art. 232. Da deciso do dirigente do rgo competente ou substituto legal cabe recurso ao Prefeito Municipal, a ser interposto no prazo de cinco dias a contar do recebimento da deciso. Art. 233. O autuado deve ser notificado da deciso do Prefeito Municipal, conforme o procedimento descrito no art. 231, deste Cdigo. Art. 234. Quando a pena, alm da multa, determinar a obrigao de fazer ou refazer qualquer obra ou servio, o infrator deve ser intimado a cumprir essa obrigao, fixando-se o prazo mximo de at trinta dias para o incio do seu cumprimento e prazo razovel para a sua concluso. Pargrafo nico. Desconhecendo-se o paradeiro do infrator, f-se a intimao por meio de edital publicado na imprensa local ou afixado em lugar pblico, na sede do Municpio. TTULO VI DAS DISPOSIES FINAIS Art. 235. Esta Lei Complementar entrar em vigor 30 (trinta) dias aps a sua publicao. Art. 236. Revogam-se as disposies em contrrio e, em especial, as seguintes Leis e Decretos: Lei n 1.895, de 15 de junho de 1987; Lei n 1.940, de 16 de agosto de 1988; Decreto n 1.308, de 01 de setembro de 1989; Lei n 2.207, de 28 de maio de 1993; Lei n 2.289, de 17 de marco de 1994; Lei n 2.529, de 28 de maio de 1997; Lei n 2.684, de 26 de junho de 1998; Lei n 2.709, de 15 de outubro de 1998; Lei n 2.777, de 12 de maio de 1999; Decreto n 4.080, de 04 de junho de 1999; Lei n 2.898, de 12 de abril de 2000; Lei n 2.973, de 16 de janeiro de 2001; Lei n 3.236, de 30 de outubro de 2003 e Lei n 3.252, de 24 de dezembro de 2003. Gabinete do Prefeito Municipal de Teresina, em 11 de janeiro de 2007. SLVIO MENDES DE OLIVEIRA FILHO Prefeito de Teresina Esta Lei Complementar foi sancionada e numerada aos onze dias do ms de janeiro do ano dois mil e sete. MRIO NICOLAU BARROS Secretrio Municipal de Governo