Lei 5579/79
Lei 5579/79
Lei 5579/79
Artigo 1 - O serviço de limpeza pública tem por finalidade manter limpa a área urbana do
Município, mediante coleta, transporte e destinação final do lixo.
Artigo 2 - Para os efeitos desta lei, lixo é conjunto heterogêneo constituído por materiais sólidos
residuais, provenientes de atividades humanas.
I - resíduo domiciliares;
V - restos de limpeza e podação de jardins, desde que caibam em recipientes de 100 litros;
Parágrafo único - Os volumes estabelecidos neste artigo em seus incisos V, VI, VII, serão os
máximos tolerados por dia de coleta.
III - a raspagem e remoção de terra, areia e material carregado pelas águas pluviais para as vias e
logradouros públicos pavimentados;
IV - a capinação do leito de ruas e a remoção do produto resultante, assim como a irrigação das
vias e logradouros públicos não pavimentados, dentro da área urbana;
VII - a destinação final dos resíduos para aterros sanitários, incineradores, usinas de tratamento e
outros fins.
Artigo 5 - A execução dos serviços de limpeza pública da competência da Prefeitura poderá ser
realizada diretamente ou por terceiros, observadas as prescrições legais próprias.
Artigo - 6º - Mediante o pagamento do preço de serviço público fixado pelo Executivo, poderá a
Prefeitura proceder a remoção do seguinte lixo:
II - móveis, colchões, utensílios, sobras de mudanças e outros similares, cujos volumes excedam
o limite fixado no artigo 3º, inciso VII;
III - restos de limpeza e de podação que excedam o volume de 100 (cem) litros por dia de coleta;
IV - resíduos industriais ou comerciais de volume superior a 100 (cem) litros por dia de coleta, e
Artigo 7 - A seu critério, a Prefeitura poderá não realizar a remoção prevista no artigo 6º,
indicando, neste caso, por escrito, o local do destino do lixo a que se refere aquele artigo, bem
como do abaixo discriminado, cabendo ao munícipe interessado todas as providências, inclusive
as despesas com a remoção e destino final:
IV - materiais radioativos.
Artigo 8 - É proibido jogar lixo em terrenos baldios, boca de lobo, bueiros, valetas de escoamento,
poço de visita e em outras partes do sistema de água pluviais, inclusive rios, córregos e lagos.
Artigo 10 - É proibido acumular lixo com o fim de utilizá-lo ou removê-lo para outros locais que
não os estabelecidos pela Prefeitura.
Artigo 11 - A Prefeitura, a seu critério, poderá executar os serviços de remoção do lixo acumulado
a que se refere o artigo anterior, cobrando o custo correspondente em dobro.
III - materiais resultantes de tratamento ou processo diagnóstico que tenham entrado direto com
pacientes, como curativos, compressas, etc.;
Parágrafo único - Exceto nos casos previstos neste artigo, não será permitida a instalação ou
uso de incineradores, para queima de lixo, em residências, edifícios, estabelecimentos comerciais
ou industriais e outros.
Artigo 13 - Todo prédio que vier a ser construído ou reformado deverá ser dotado, seja qual for a
sua destinação, de abrigo para recipientes de lixo, situado no alinhamento da via pública, segundo
modelo, localização e especificações exigidas pelos órgãos competentes, que deverão liberar
após vistoria, prédios para fins de "habite-se", no que diz respeito ao abrigo para recipientes de
lixo.
Artigo 15 - Todo lixo previsto no artigo 7º, ou qualquer outro material que for encaminhado ao
destino final indicado pela Prefeitura, estará sujeito ao pagamento de preço de serviço público
fixado pelo Executivo.
Artigo 16 - A varrição dos prédios e dos passeios a eles fronteiros, deve ser recolhida em
recipientes, sendo proibido encaminhá-la para a sarjeta ou leito da rua.
Artigo 17 - Qualquer ato que dificulte ou impeça a execução da varrição ou de outros serviços de
limpeza pública, sujeitará o infrator às sanções previstas na tabela anexa à presente lei.
§ 3º - Os serviços de limpeza previstos neste artigo poderão ser executados pela Prefeitura, a seu
critério, cobrando o custo correspondente, em dobro.
Artigo 19 - Todos os estabelecimentos comerciais deverão dispor, internamente, de recipientes
para lixo em quantidade adequada e instalados em locais visíveis.
Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se aos vendedores ambulantes que poderão ter
suas mercadorias apreendidas pela ausência de recipientes.
Artigo 20 - É proibido expor ou depositar nos passeios, canteiros, jardins, logradouros públicos e
outras áreas, quaisquer materiais, mercadorias, objetos, mostruários, cartazes, materiais de
construção, entulho, terra ou resíduos de qualquer natureza, sob pena de apreensão dos mesmos
e pagamento das despesas de remoção em dobro, além das sanções previstas.
§ 1º - O disposto neste artigo aplica-se a veículos abandonados na via pública por mais de 5
(cinco) dias consecutivos.
§ 2º - No caso de depósito nos passeios as sanções previstas neste artigo só serão aplicadas se o
infrator, regulamente notificado, não fizer a remoção por sua conta, no prazo de 48 horas.
Artigo 21 - É proibido lançar ou atirar nas vias, praças, jardins, escadarias e quaisquer área ou
logradouros públicos, papéis, invólucros, ciscos, cascas, restos, resíduos, lixo de qualquer
natureza, bem como confete e serpentina, exceto este dois últimos, em dia de comemorações
especiais.
Artigo 23 - É proibido descarregar água servidas de qualquer natureza em vias, praças jardins,
escadarias, vielas, passagens de quaisquer área ou logradouros públicos.
§ 1º - Excluem-se da restrição deste artigo as águas de lavagem de prédios, cuja construção não
permita o escoamento para o interior desde que a lavagem e a limpeza de passeio sejam feitas
entre 22,00 horas e no perímetro central entre as 23,00 horas e 7,00 horas.
Artigo 24 - É proibido derramar óleo, gordura, graxa, líquido de tinturaria, nata de cal ou de
cimento, no passeio ou leito das vias e logradouros públicos, sob pena de suspensão de
funcionamento por cinco dias em se tratando de estabelecimento.
§ 1º - Poderá ser permitida a utilização do passeio para fins, desde que empregados caixas e
tablados apropriados, não ocupando mais de um terço de largura do passeio.
§ 2º - Além das sanções previstas neste artigo, ficarão o infrator e seu mandante, conforme o
caso, sujeitos à apreensão e remoção de material usado, sem prejuízos da obrigação da limpeza
do local e da reparação dos danos eventualmente causados.
§ 3º - Os serviços previstos no parágrafo anterior poderão ser executados pela Prefeitura, a seu
critério, cobrando em dobro, o custo correspondente.
Artigo 26 - O transporte, em veículos, de resíduos, terras, agregados, ossos, adubo, lixo curtido e
qualquer material a granel, deve ser executado de forma a não provocar derramamento na via
pública e poluição local, devendo ser respeitadas as seguintes exigências:
I - os veículos com terra, escória, agregados e materiais a granel deverão trafegar com carga rasa
limitada à borda da caçamba, sem qualquer coroamento, e ter seu equipamento de rodagem
limpo, antes de atingirem a via pública.
II - serragem, lixo curtido, adubo, fertilizante e similares deverão ser transportados, atendendo ao
previsto na alínea anterior e com cobertura que impeça seu espalhamento; e,
Parágrafo único - Durante a carga e descarga dos veículos, deverão ser adotadas precauções
para evitar prejuízos à limpeza das vias e logradouros públicos, devendo o morador ou
responsável pelo prédio ou pelos serviços providenciar imediatamente a retirada do material e a
limpeza do local, recolhendo todos os detritos, sob pena de aplicação, a qualquer dos dois das
sanções previstas neste artigo.
Artigo 27 - Em qualquer área ou terreno, assim como ao longo ou no leito de rios, canais,
córregos, lagos e depressões, é proibido depositar lixo, resíduos, detritos, animais mortos,
mobiliário usado, folhagens, material de podações, terra, resíduos de limpeza de fossas ou poços
absorventes, óleo, gordura, graxa, tintas e qualquer material ou sobras.
Artigo 28 - Os proprietários de terrenos não edificados são obrigados a zelar para que seus
imóveis não sejam usados como depósito de lixo, detritos ou materiais, sendo responsáveis por
quaisquer irregularidades que porventura ocorram, salvo se indicar por escrito os infratores.
Artigo 29 - Todo o proprietário de terrenos não edificados situados na zona urbana é obrigado a
mantê-los permanentemente limpos, capinados e drenados, de acordo com as exigências da
higiene e estética urbanas.
§ 2º - O prazo para o cumprimento das exigências deste artigo será de 10 (dez) dias, a contar da
data da notificação, prorrogável pelo mesmo prazo, a critério da Prefeitura.
Artigo 30 - É proibido riscar, borrar, pintar inscrições, escrever dístico, colocar cartazes ou
qualquer outro tipo de impressão nos locais abaixo discriminados:
II - estátuas e monumentos;
VI - colunas, paredes, muros, tapumes, edifícios e outros próprios públicos ou particulares, mesmo
quando de propriedade das pessoas e entidades direta ou indiretamente favorecidas pela
publicidade ou inscrições; e
VII - outros cartazes protegidos por licença municipal, exceto os pertencentes ao mesmo
interessado.
Artigo 32 - É proibido obstruir, com material de qualquer natureza, bocas de lobo, sarjetas,
valetas, valas e outras passagens de águas pluviais, bem como reduzir sua vazão.
Artigo 34 - É proibido realizar a triagem ou catação no lixo, de qualquer objeto, material, resto ou
sobra, mesmo de valor insignificante, seja qual for sua origem, sujeitando-se o infrator à
apreensão do produto da coleta e eventuais meios de transporte utilizados para tal fim.
Artigo 36 - Os feirantes que operam nas feiras de qualquer natureza, instaladas nas vias e
logradouros públicos, devem manter limpa a área de localização de suas barracas.
§ 1º - Considera-se área e localização de barraca de feirante aquela que abrange não somente o
lugar ocupado, mas também o espaço externo de circulação até as áreas divisórias laterais e
fronteiriças, além das partes confinantes com os alinhamentos de muros das vias e logradouros
públicos.
§ 2º - Em caso de não instalação de barraca, a responsabilidade pela limpeza de área livre será
transferida para os feirantes limítrofes.
Artigo 38 - Os feirantes deverão manter, individualmente, recipientes próprios para lixo, de acordo
com as normas e especificações adotadas em decreto.
Artigo 40 - O feirante que for multado duas vezes e vier a infringir novamente os dispositivos
desta lei, ficará sujeito às seguintes penalidades:
I - suspensão de atividades pelo prazo de cinco até quinze dias, dependendo da gravidade do
fato;
Artigo 41 - As multas previstas nesta lei serão aplicadas em dobro no caso de reincidência,
exceto aquelas cominadas por essa circunstância, bem como as referidas nos artigos 18,
parágrafo 1º e 2º, 19 e seu parágrafo único e 46.
Artigo 43 - Somente se aplicam as penalidades previstas nos artigos 9º, 10, 14 e 16, quando a
coleta de lixo oficial é regular e feita no mínimo de 3 (três) dias por semana.
Artigo 44 - As notificações, para o cumprimento desta lei, serão por edital publicado no jornal
oficial do Município, quando o proprietário ou o responsável se encontrar em lugar incerto e não
sabido.
Parágrafo único - O prazo para o atendimento das disposições de que trata este artigo será
contado a partir da data do recebimento da notificação ou 10 dez) dias após a publicação do
edital.
Artigo 45 - Enquanto os serviços de que trata o artigo 29 não forem executados, os proprietários
ficarão sujeitos a novas notificações e conseqüentes multas, obedecidos os prazos legais.
Artigo 46 - As multas aplicadas por infração dos dispositivos desta lei deverão ser recolhidas no
prazo de 20 (vinte) dias, a contar do recebimento do aviso para o respectivo pagamento.
Parágrafo único - As multas não pagas no prazo previsto neste artigo sofrerão acréscimos
previstos em lei.
Artigo 47 - As multas aplicadas em conformidade da legislação anterior, de que trata o artigo 29,
poderão ser canceladas, desde que executados os serviços e os proprietários o requeiram no
prazo de 30 (trinta) dias.
Artigo 48 - Os infratores das disposições desta lei, ficarão sujeitos à aplicação das multas
previstas na Tabela Anexa, sem prejuízo de outras sanções ora estatuídas ou estabelecidas em
legislação própria.
Artigo 49 - Entende-se por V.R. de que trata esta lei e sua Tabela Anexa o valor de referência
previsto na Lei Federal nº 6.205, de 29 de abril de 1975.
Artigo 50 - O Poder Executivo baixará decreto no prazo de 30 (trinta) dias, regulamentando esta
lei.
Artigo 51 - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das verbas
próprias dos orçamentos.
Artigo 52 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário e as Leis nºs 4.176, de 21 de novembro de 1973, e 5.386, de 20 de dezembro de 1977.
TABELA ANEXA À LEI N.º 5.579/79
MULTA
8º 2 V.R.
9º 0,5 V.R.
10 2 V.R.
16 1 V.R.
17 2 V.R.
17, § 1º 1 V.R.
17, § 2º 1 V.R.
19 2 V.R.
20 1 V.R.
21 1 V.R.
22 2 V.R.
23 1 V.R.
24 3 V.R.
25 3 V.R.
27 2 V.R.
31 2 V.R.
32 2 V.R.
33 2 V.R.
34 2 V.R.
35 4 V.R.
36 1 V.R./dia
37 1 V.R./dia
38 1 V.R./dia
39 1 V.R./dia
OBSREVAÇÃO