Fabulas de Esopo
Fabulas de Esopo
Fabulas de Esopo
— Tenho pena de você —, disse uma vez a lebre à tartaruga: — obrigada a andar
com a tua casa às costas, não podes passear, correr, brincar, e livrar-te de teus
inimigos.
— Olá! camarada, disse-lhe a lebre, não te canses assim! Que galope é esse?
Olha que eu vou dormir um pouquinho.
– Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de
guardar comida para o inverno?
Falou a cigarra:
– Para falar a verdade, não tive tempo. Passei o verão todo cantando!
Falaram as formigas:
– Bom... Se você passou o verão todo cantando, que tal passar o inverno
dançando?
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata.
Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que
fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não
conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o
leão.
— Eu estou a beber mais abaixo, por isso não te posso turvar a água.
Respondeu o cordeiro:
— Nesse tempo, Senhor, ainda eu não era nascido, não tenho culpa.
— Sim, tens — replicou o lobo —, que estragaste todo o pasto do meu campo.
— Mas isso não pode ser — disse o cordeiro —, porque ainda não tenho dentes.
O lobo, sem mais uma palavra, saltou sobre ele e logo o degolou e comeu.
A outra rã respondeu:
– O boi.
A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que arrebentou.
- Bons dias, meu amo, disse; quanto folgo de o ver assim belo e nédio. Certo
entre o povo aligero não há quem o iguale. Dizem que o rouxinol o excede,
porque canta; pois eu afirmo que V. Exa. não canta porque não quer; se o
quisesse, desbancaria a todos os rouxinóis.
Ufano por se ver com tanta justiça apreciado, o corvo quis mostrar que também
cantava, e logo que abriu o bico, caiu-lhe o queijo. A raposa o apanhou, e, safa,
disse:
- Adeus, Sr. Corvo, aprenda a desconfiar das adulações, e não lhe ficará cara a
lição pelo preço desse queijo.
Eis que ela encontra um lobo e ele, demonstrando solidariedade, lhe oferece
ajuda no parto.
Mas a porca, que não era boba nem nada, desconfiou das boas intenções do lobo
e lhe disse que ela não precisava de ajuda, que preferia parir sozinha, pois era
muito envergonhada.
Assim, o lobo ficou sem ação e foi embora. A porca pensou bem e resolveu
procurar outro lugar onde pudesse dar à luz aos seus filhotinhos sem correr o
risco de ter um predador por perto.
A cegonha, é claro, pode tomar a sopa colocando seu bico da jarra, mas a raposa
não alcançava o líquido, conseguindo apenas lamber a parte de cima.
Moral da história: Não faça para os outros o que você não gostaria que
fizessem com você.
A mosca e o mel
Havia um pote de mel em cima da mesa e, ao lado dele, algumas gotas caíram.
Uma mosca foi atraída pelo cheiro do mel e começou a lamber e lamber. Ela
estava muito satisfeita, fartando-se do alimento açucarado.
Passou muito tempo se deliciando, até que sua perna se prendeu. A mosca então
não conseguiu voar e acabou morrendo presa no melado.