Relatório 7 Bioqui
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CARACTERIZAÇÃO DE LIPÍDEOS
PRESIDENTE PRUDENTE
15 / 05 – 2023
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
OBJETIVOS 5
PARTE EXPERIMENTAL 5
RESULTADOS E DISCUSSÃO 8
CONCLUSÕES 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16
1. INTRODUÇÃO
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Figura 1 - Empacotamento nas conformações trans e cis, respectivamente
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Figura 2 - Reação de esterificação entre os ácidos graxos e o glicerol.
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivos gerais
● Essa prática tem como objetivo demonstrar a caracterização de lipídeos
3. PARTE EXPERIMENTAL
3.2 Reagentes:
- Solução clorofórmica de colesterol 1%;
- Ácido sulfúrico concentrado;
- Solução padrão de colesterol a 0,2% em ácido acético glacial;
- Reagente cromogênico (anidrido acético 220 mL + ácido acético glacial
200 mL + ácido sulfúrico concentrado 30 mL);
- Soro humano
- Óleo vegetal de soja, de canola e de girassol;
- Solução alcoólica de KOH a 10%;
- Ácido Clorídrico;
- Solução saturada de NaCl;
- KOH 1M;
- Cloreto de cálcio a 5%;
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- Acetato de chumbo a 1%;
- Bissulfato de potássio sólido;
- Clorofórmio;
- Solução de iodo clorofórmica a 1%.
3.3 Experimental
3.1- Esteróides: Caracterização e dosagem do colesterol
a) Reação de Salkowski (qualitativa)
Em um tubo de ensaio seco colocou-se 1 mL de solução clorofórmica de
colesterol e adicionou-se 1 mL de ácido sulfúrico concentrado e foi feito uma
observação qualitativa da mudança de coloração.
Fonte: RAMOS, K. F.
Após a homogeneização dos tubos, foram levados ao banho maria a 37ºC por
20 minutos e depois ao espectrofotômetro para fazer as leituras das absorbâncias
com o filtro vermelho em 660 nm.
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dos solventes. Em um 4º tubo colocou-se 5 mL de água destilada e transferiu a
solução contida no tubo 3, agitou-se e observou possíveis mudanças. Foi preparado
um 5º tubo para servir de comparação com o quarto tubo, nele foi adicionado 5 mL
de água destilada e 1 mL de éter.
3.2.2. Saponificação:
Em um tubo de ensaio grande foi adicionado 1 mL de óleo vegetal de soja e 2
mL de solução alcoólica de KOH a 10%, aqueceu-se em banho de água fervente
durante 8 minutos e adicionou-se 10 mL de água destilada agitou-se com bastão de
vidro continuando o aquecimento por 10 minutos.
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O tubo contendo sabão obtido na etapa anterior, foi dividido em duas partes
(tubo 1 e tubo 2). Ao tubo 1 adicionou-se 4 gotas de cloreto de cálcio a 5% e ao tubo
2 foi adicionado 4 gotas de acetato de chumbo a 1%, agitou-se e observou-se.
d) Formação de acroleína:
Em um tubo de ensaio foi adicionado uma “ponta de espátula” de bissulfato
de potássio sólido e 5 gotas de óleo de soja e foi aquecido em chama direta até o
desprendimento da acroleína perceptível pelo odor característico.
e) Adição de iodo:
Em 3 tubos de ensaio enumerados foram adicionados, respectivamente, 1 mL
de óleo de canola, 1 mL de óleo de soja e 1 mL de óleo de girassol. O conteúdo de
cada tubo foi diluído com 2 mL de clorofórmio. Preparou-se um controle
representado pelo tubo número 4 com 2 mL de clorofórmio e adicionou-se 3 gotas
de solução de iodo clorofómica a 1% em cada tubo, agitou-se e observou-se a
coloração formada. Deixou-se em repouso na estante e acompanhou-se a
descoloração das soluções e foi anotado o tempo de descoloração para cada tubo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4. 1 Esteróides: Caracterização e dosagem do colesterol
Os lipídios são uma classe biológica amplamente encontrada, tendo como
característica principal a insolubilidade em água, sendo assim, solúveis na presença
de solventes orgânicos. Os lipídios possuem quatro subclasses, sendo os
fosfolipídios e os esteróis possuindo a função estrutural; os ácidos graxos e os
triglicerídeos são moléculas de reservas energéticas nos animais e vegetais
(NELSON & COX, 2004).
Os esteróides são um grupo de compostos biológicos dos lipídeos
responsáveis pela função estrutural nas membranas das células eucariontes, sua
característica estrutural é a presença de quatro anéis fusionados, sendo três com
seis carbonos e um com cinco, o colesterol (Figura 4) é o principal esterol, com
diversas funções, entre elas, age como um precursor para síntese de hormônios e
atua como detergente no intestino, emulsificando as gorduras da dieta.(NELSON &
COX, 2004).
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Figura 4: Estrutura do colesterol
Fonte:Autoria própria
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luz na região do espectro visível da cor azul, por isso há a leitura de absorbância
com o aparelho espectrofotômetro calibrado a 660 nm (FISCHER, S. M. et al,1983).
Vale ressaltar que a mistura é levada banho-Maria com a temperatura de
37ºC, para evitar a desnaturação do colesterol, a mistura tem que ir a temperatura
para que haja a formação do produto final colorido e quebrando as ligações
químicas do colesterol permitindo assim a formação de policíclicos conjugados de
coloração azul (RIBEIRO, V. R.; PAES, M. S.; FIORIN, B. C,2009).
Figura 6: Reação de Liebermann-Burchard, tubos da esquerda para
direita 6 a 1
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Com os dados obtidos foi plotado um gráfico sem a utilização do primeiro
tubo, sendo o branco e o último tubos, sendo o de concentração desconhecida, com
os dados obtidos a partir da plotagem do gráfico e a utilização da equação
(Y=BX+A) foi possível determinar a concentração do último tubo.
𝑋 = 0, 16 𝑚𝐿
Sabendo que em 0,1 mL há 0,2 mg de padrão de colesterol
0,2 𝑥 0,16
𝐶6 = 0,1
𝐶6 = 0, 32 𝑚𝑔/𝑚𝐿
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4.2.1 Adição do iodo
O teste de adição de iodo foi o primeiro a ser realizado a fim de determinar
entre as três amostras, qual o óleo é o mais rico em ácidos graxos, os
triacilglicerídeos são moléculas que possuem três ácidos graxos ligados ao glicerol
por meio de esterificação, portanto, a partir da adição do iodo que reage com as
cadeias insaturadas gerando a coloração avermelhada se assemelhando ao rosa
(Figura 8), portanto o tubo que demorará o maior tempo para perder a coloração
será aquele com maior cadeias insaturadas de ácidos graxos presente em sua
solução (YU, B. et al., 2018).
Figura 8: Coloração da adição de iodo, da esquerda para direita do
tubo 1 ao tubo 4
4.2.2 Solubilidade:
Os triglicerídeos, dentro das classes dos lipídios, podem ser classificados
como os mais apolares de a alta quantidade de presença de ácidos graxos não
ionizáveis, portanto, tendo baixa afinidade com a água. Por outro lado, os
triglicerídeos são solúveis em solventes orgânicos como etanol e éter, devido às
suas similaridades físicas em relação à polaridade que permite a dissolução dos
compostos lipídicos (BERG, J. M. et al.,2018).
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Figura 9: Teste de solubilidade com água, etanol e éter respectivamente
O quinto tubo, usado como controle, mostra que a água e o éter são
imiscíveis quando colocados em contato devido suas diferenças de polaridade,
fazendo assim com que seja observado duas fases distintas quando ambos estão no
tubo. Analogamente, como no tubo quatro foi adicionado a água a solução contendo
éter e óleo de soja foi possível observar a formação de duas fases distintas
novamente, porém neste caso uma emulsão se fez presente. Isso ocorre devido ao
fato de que nesta emulsão está contida gordura, a qual liga sua parte polar da
cadeia as moléculas de água e a parte apolar ao éter, fazendo assim com que a
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emulsão apareça no ponto limiar entre a separação da água e do éter no tubo de
ensaio.
4.2.3 Saponificação:
A saponificação é um processo que ocorre entre um éster, ácidos graxos em
meio alcalino, justificando a utilização do hidróxido de potássio na solução
preparada. O óleo de soja possui alta concentração de triglicerídeos e
consequentemente ácidos graxos, o meio alcalino reage como um catalisador
gerando um produto de emulsificação, a temperatura é importante para auxiliar a
dissolução dos reagentes necessários (PAULA, S. O. de et al, 2010).
Figura 10: Reação genérica de saponificação
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/reacao-saponificacao.htm
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A adição de uma base forte como o KOH na presença de gordura é um
processo antigo muito utilizado para a produção de sabão (CAREY, 2011). Dessa
forma, os triésteres de glicerol presentes no óleo após a interação com a base forte
e a água quente, fonte de calor para a reação, dão origem aos sais de potássio de
ácidos carboxílicos de cadeia longa, os denominados ácidos graxos (CAREY, 2011).
A reação geral do processo de saponificação está representada abaixo (figura 11):
Figura 11 - Processo reacional de saponificação
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Figura 12 - Tubo com sabão após adição de cloreto de cálcio 5% e agitação.
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Figura 14 - Tubo com sabão e solução de acetato de chumbo.
5. CONCLUSÕES
Ao final dessa prática, os objetivos foram concluídos com sucesso, foi
possível realizar a caracterização de lipídeos através dos experimentos. No primeiro
procedimento através da Reação de Salkowski foi feito uma análise qualitativa onde
observamos através da coloração avermelhada a presença do colesterol, quanto
maior intensidade da cor vermelha, indica mais presença do colesterol. Já na prática
da Reação de Liebermann-Burchard, foi possível quantificar a quantidade de
colesterol através de cálculos de uma análise quantitativa.
Em um outro experimento conseguimos identificar qual óleo era mais rico em
ácidos graxos, a partir da adição do iodo que reage com as cadeias insaturadas
acaba gerando a coloração avermelhada ou rosa, portanto o tubo que demorará o
maior tempo para perder a coloração será aquele com maiores cadeias insaturadas
de ácidos graxos presente em sua solução.
No experimento posterior foi possível observar que a solubilidade dos sabões
podem ser alterada pela adição de cloreto de sódio, com a presença desse sal vai
ocorrer uma redução na solubilidade provinda da competição dos íons do sabão com
os íons do cloreto de sódio formando um precipitado. Em um teste para verificar a
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formação de sais insolúveis foi possível notar que a adição de cloreto de cálcio,
ocorreu a formação de um complexo entre o cálcio e o sabão formando mais
espuma, já ao adicionar acetato de chumbo, não houve formação de complexos e
assim não teve o aparecimento de espumas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERG, J. M. et al. Bioquímica. 7. ed. Porto Alegre: Artmed,2018
CAREY, F. A.. Química Orgânica - Volume 2. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011. 2 v.
LEE, John David. Química Inorgânica não tão concisa. 1. ed. São Paulo: Edgard
Blucher, 2003.
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