Associação de Polimorfismos em Genes de Citocinas Com A Proteção e Susceptibilidade À Infecção e Progressão Da Dengue
Associação de Polimorfismos em Genes de Citocinas Com A Proteção e Susceptibilidade À Infecção e Progressão Da Dengue
Associação de Polimorfismos em Genes de Citocinas Com A Proteção e Susceptibilidade À Infecção e Progressão Da Dengue
MACEIÓ/AL
2017
ANA CAROLINE MELO DOS SANTOS
MACEIÓ/AL
2017
À Deus para quem nada é impossível, a minha amada filha Ane Beatriz, a minha família e aos
meus amigos companheiros de todas as horas.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, primeiramente e acima de tudo, a quem devo minha vida e cada conquista e
por me iluminar em todos os caminhos trilhados e por sempre me trazer graças. É em Ti que
busco forças para superar cada obstáculo. Obrigada Senhor por ter ouvido minhas preces e ter
tornado realidade mais esta conquista. És a minha Fortaleza e minha luz.
A minha família que sempre me apoiou nos meus estudos e nas decisões tomadas, obrigada
por tudo.
A minha querida e amada filha Ane Beatriz pela paciência, carinho e compreensão nos
diversos momentos que precisei me ausentar.
A minha querida orientadora Prof.ª Drª. Elaine Virgínia Martins de Souza Figueiredo meus
sinceros agradecimentos pelo ensinamento, conselhos, oportunidade, pela acolhida, atenção,
confiança, dedicação, amizade e constante incentivo durante todo o desenvolvimento desta
pesquisa.
Ao meu co-orientador Prof. Dr. Tiago Gomes de Andrade pela compreensão, ensinamentos,
desenvolvimento crítico reflexivo e pelo apoio no desenvolvimento desta pesquisa.
Aos Profs. Drs. Carol de Sales Marques e Alexandre Urban Borbely pelas considerações
enriquecedoras feitas na qualificação do meu mestrado e por aceitarem compor a banca de
defesa.
Aos pacientes com dengue e os voluntários saudáveis que generosamente contribuíram com
as amostras de sangue para o seguimento deste estudo. Meus sinceros agradecimentos.
A Profª Msc. Karol Fireman de Farias pela paciência, dedicação, o ensinar, o escutar, o estar
perto, que desde a graduação tem me mostrado que és exemplo de docente compromissada
com os alunos e exemplo a ser seguido pelos outros.
A Profª Drª Verônica de Medeiros Alves pela elucidação diante do meu aprendizado em uma
nova metodologia ainda obscura na época.
Agradeço a Barbara Rayssa, Edilson Leite, Jean Moisés, Ailson Darlan, Alexandre Wendel,
Adriely Ferreira, Denise Macedo, Rubens Pereira, Susana Paiva e William Miguel por todo o
apoio, pelas buscas incessantes dos pacientes e pelas noites de sono em laboratório para
finalização desta pesquisa.
Aos meus colegas de pós-graduação Mayara, Luiz, Maria, Abel, Aline, Diego e Daniel pelo
enriquecimento como profissional, pelas risadas e pela amizade adquirida no decorrer do
mestrado.
Aos meus queridos amigos irmãos que adquiri na universidade Alex Sampaio, Elis Mayara,
Gilmar Ferreira, Imaculada Pereira, Jackson Santana, Jane Carla, Leilane Camila, Roberta
Oliveira e Reudson Douglas. Meu muito obrigado por todos os momentos de
companheirismo!!!
Dengue is the most prevalent arboviruses in the world. Several factors have been associated
with susceptibility to dengue, highlighting the genetics of the host immune system that may
predispose to clinical severity. Polymorphisms in immune response genes have been
associated with both protection and susceptibility to the development of dengue cases in
different populations. In this context, the objective of this research was to investigate the role
of genetic factors of the innate immune system in the infection and evolution of the dengue
pathogenesis. We conducted a study of the case-control which included 127 patients
diagnosed with dengue laboratory (78 with dengue fever and 49 with dengue hemorrhagic
fever) and 135 healthy controls. SNPs in the TNFA (-308), IL-10 (-819) and IFNG (+874)
genes were genotyped by real-time polymerase chain reaction (qPCR) and by ARMS-PCR.
For statistical analysis, the free online software SNPStats and the BioEstat version 5.0
software were used. The genotypic frequencies were tested for the Hardy-Weinberg
equilibrium and this was framed within the equilibrium standards as determined by the same.
There was no statistically significant difference in the allelic frequencies of the SNPs in the
TNFA (-308) and IFNG (+874) genes. However, the C allele of IL-10 (-819) was associated
with protection against the development of dengue hemorrhagic fever when compared to the
control group (OR with 95% CI = 0.56 [0.34 - 0.9]; p = 0.028). Statistically significant
difference was found between the genotypic distributions of the TNFA gene (-308) in the
dominant model (GA + AA vs GG) for protection against dengue fever, when compared to
the dengue fever group (OR with 95% CI = 0.45 [0.20 - 1.00], p = 0.043) with the control
group. The T/T genotype was significantly associated with dengue fever in the codominant
model (OR with 95% CI = 4.21 [1.45-12.25], p = 0.027) and recessive (OR with 95% CI =
3.82 [1.38-10.59], p = 0.0089). Interestingly, the C/T genotype in the overdominant model
(OR with 95% CI = 2.10 [1.01-4.38]; p = 0.047) was associated with progression to dengue
hemorrhagic fever. As for the IFNG gene (+874), a significant association was identified
between the T / A genotype with dengue protection when compared to the control group and
DEN in the codominant model (AA; TA; TT) (OR with 95% CI = 0.45 [ (OR = 95% CI =
0.54 [0.30-0.96], p = 0.033) and overdominant (TA vs AA + TT) (OR with 95% CI) % = 0.46
[0.26-0.82], p = 0.0071). When stratified by clinical classification in dengue fever and dengue
hemorrhagic fever, in the overdominant model there was a significant association for
protection against dengue development (OR with 95% CI = 0.46 [0.24-0.89], p = 0.02) and
dengue hemorrhagic fever (OR with 95% CI = 0.43 [0.19-0.95], p = 0.034). When the SNPs
studied here were analyzed in combination, it was identified that the combination G/T/A (OR
with 95% CI = 2.95 [1.187.41]; p = 0.022) was statistically associated with susceptibility to
dengue fever and combination G/C/T (OR with 95% CI = 0.28 [0.08 0.90], p = 0.035) with
protection against the development of hemorrhagic dengue fever. Our results suggest that
genetic polymorphisms involved with molecules of the immune system may affect
susceptibility or promote protection for clinical phenotypes of dengue and can be considered
as good prognostic markers.
Keywords: Dengue. Genetic polymorphism. Interleukin-10. TNF-alpha. Interferon-gamma.
LISTADE FIGURAS
Tabela 1 – Características gerais dos pacientes com dengue e controles recrutados. .............. 44
Tabela 2 – Sequências dos primers utilizados para as genotipagens do SNP no gene IFNG
+874T/A................................................................................................................. 47
Tabela 3 - Distribuição genotípica e alélica do SNP-308G/A do gene TNFA em pacientes com
dengue e controles ........................................................................................... 50
Tabela 4 - Associação alélica e dos modelos gênicos do SNP -308G/A do gene TNFA ......... 51
Tabela 5 - Distribuição genotípica e alélica do SNP -819C/T do gene IL-10 em pacientes com
dengue e controles ................................................................................................. 52
Tabela 6 - Associação alélica e dos modelos gênicos do SNP -819C/T do gene IL-10. .......... 53
Tabela 7 - Distribuição genotípica e alélica do SNP +874T/A do gene IFNG em pacientes
com dengue e controles ......................................................................................... 54
Tabela 8 - Associação alélica e dos modelos gênicos do SNP +874T/A do gene IFNG ......... 55
Tabela 9 - Combinações dos SNPs dos genes TNFA -308G/A, IL-10 -819C/T, IFNG
+874T/A................................................................................................................. 56
Tabela 10 - Associação das combinações dos genes TNFA -308G/A, IL-10 -819C/T, IFNG
+874T/A ................................................................................................................... 57
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A Adenina
ADE antibody dependent enhancement
AL Alagoas
ARMS-PCR Amplification-refractory mutation system
bp Pares de base
C Capsídeo
ºC Celsius
CD Células dendríticas
d. C. Depois de Cristo
DC-SIGN Dendritic Cellspecific Intercellular Adhesion Molecule 3 Grabbing
Nonintegrin
DNA Deoxyribonucleic acid
dNTP Desoxirribonucleotídeos Fosfatados
DENV Vírus da Dengue
DENV1 Vírus da Dengue sorotipo 1
DENV2 Vírus da Dengue sorotipo 2
DENV3 Vírus da Dengue sorotipo 3
DENV4 Vírus da Dengue sorotipo 4
DENV5 Vírus da Dengue sorotipo 5
DP Desvio padrão
E Glicoproteína do envelope viral
EDTA Ethylenediamine tetraacetic acid
ELISA Enzyme linked immunosorbent assay
EUA Estados Unidos da América
FD Febre da dengue
FHD Febre hemorrágica da dengue
Fc Fixação de complemento
G Guanina
HLA Human leucocytes antigen/ antigen leucocitário humano
IC Intervalo de confiança
IDO Indolamina 2,3 dioxigenase
IFNγ/IFNG Interferon gama
IgM Imunoglobulina M
IgG Imunoglobulina G
IH Inibição de hemaglutinação
IL - 1β Interleucina 1 β
IL - 2 Interleucina 2
IL - 5 Interleucina 5
IL - 4 Interleucina 4
IL - 6 Interleucina 6
IL - 10 Interleucina 10
IL - 12 Interleucina 12
IL - 13 Interleucina 13
IL - 18 Interleucina 18
Kb Kilobases
Km2 Quilômetro quadrado
kDa Kilodaltons
LABMEG Laboratorio de Biologia Molecular e Expressão Gênica
M Proteína da membrana
MHC Complexo de histocompatibilidade principal
MgCL2 Cloreto de magnésio
Mg Miligramas
mL Mililitros
µL Microlitros
Mm3 Milímetros cúbicos
Nº Número
(NH4)2SO4 Sulfato de amônio
NaCL Cloreto de sódio
NASBA Nucleic acid sequence based amplification
Nm Nanômetro
Nk Natural killer
NS1Ag Antígeno NS1
NS Proteína Viral Não Estrutural
OPAS Organização Panamericana de Saúde
OR Odds ratio
ORF Open Reading Frame
pH Potencial hidrogeniônico
PCR Polymerase Chain Reaction
qPCR Real time Polymerase Chain Reaction
RR Roraima
RER Retículo endoplasmático rugoso
RNA Ácido Ribonucleico
SCD Síndrome do choque da dengue
SESAU Secretaria de Saúde
SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SNP Single nucleotide polymorphism
T Timina
TCLE Termo de consentimento livre esclarecido
TAE Tris-Acetato-EDTA
TGN TransGolgi
Th1 T helper 1
Th2 T helper 2
TNF Fator de necrose tumoral
TNF-α /TNFA Fator de necrose tumoral alfa
UFAL Universidade Federal de Alagoas
x2 Qui – quadrado
WHO World Health Organization
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 17
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 20
2.1 Aspectos histórico - epidemiológicos da dengue ...................................................... 20
2.1.1 Dengue nas Américas ................................................................................................ 20
2.1.2 Dengue no Brasil ......................................................................................................... 22
2.1.3 Dengue em Alagoas ..................................................................................................... 22
2.2 Transmissão ................................................................................................................. 23
2.3 Vetor ............................................................................................................................. 24
2.4 Vírus da dengue – DENV ............................................................................................ 25
2.5 Ciclo viral ..................................................................................................................... 26
3 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ........................................................................... 27
3.1 Dengue clássica ou febre da dengue ........................................................................... 27
3.2 Febre hemorrágica da dengue e síndrome de choque da dengue ........................... 27
3.3 Nova classificação ........................................................................................................ 28
3.4 Infecções assintomáticas ............................................................................................. 28
3.5 Manifestações atípicas ................................................................................................. 28
4 IMUNOPATOGÊNESE ............................................................................................. 30
4.1 Polimorfismos em genes envolvidos na regulação do sistema imune e dengue ...... 32
4.1.1 Polimorfismo do gene TNF alfa (TNFA) .................................................................. 34
4.1.2 Polimorfismo do gene interleucina-10 (IL-10) ......................................................... 35
4.1.3 Polimorfismo do gene Interferon gama (IFNG) ...................................................... 37
5 MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO VIRAL ............................................................ 38
5.1 Isolamento viral ......................................................................................................... 39
5.2 Amplificação do genoma ou amplificação de ácidos nucleicos ................................ 39
5.3 Diagnósticos sorológicos .............................................................................................. 40
5.4 Biossensores.................................................................................................................. 40
6 TERAPÊUTICA ......................................................................................................... 41
7 PREVENÇÃO ............................................................................................................. 41
8 OBJETIVOS ............................................................................................................... 42
8.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 42
8.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................... 42
9 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 43
9.1 Delineamento do estudo .............................................................................................. 43
9.2 População e local do estudo ........................................................................................ 43
9.3 Critérios de inclusão e exclusão.................................................................................. 44
9.4 Extração de DNA genômico ........................................................................................ 45
9.5 Eletreforese em gel de agarose ................................................................................... 45
9.6 Genotipagem dos genes das citocinas TNFA -308G/A e IL-10 -819C/T ................. 45
9.7 Genotipagem do gene da citocina IFNG +874T/A .................................................... 47
9.8 Análises estatísticas ..................................................................................................... 48
9.9 Aspectos éticos ............................................................................................................. 49
10 RESULTADOS ........................................................................................................... 50
10.1 Frequência genotípica e alélica do SNP -308G/A do gene TNFA ............................ 50
10.2 Frequência genotípica e alélica do SNP -819C/T do gene IL-10 ............................. 52
10.3 Frequência genotípica e alélica do SNP +874T/A do gene IFNG ............................ 54
10.4 Combinações dos genes TNFA, IL-10, IFNG. ........................................................... 56
11 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 58
12 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 62
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 63
APÊNDICE A – ARTIGO SUBMETIDO ................................................................ 74
APÊNDICE B – ARTIGO ORIGINAL 1 ................................................................. 89
APÊNDICE C – ARTIGO ORIGINAL 2 ............................................................... 112
ANEXO A - PROTOCOLO DE EXTRAÇÃO DE DNA GENÔMICO POR
NaCL
.. ..................................................................................................................................126
ANEXO B - PARECER DE APROVAÇÃO DA PESQUISA PELO COMITÊ DE
ÉTICA E PESQUISA. .............................................................................................. 127
ANEXO C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .... 128
17
1 INTRODUÇÃO
agravamento da doença (BECERRA et al., 2009; MALAVIGE et al., 2013; PANDEY et al.,
2015; PÉREZ et al., 2004; RATHAKRISHNAN et al., 2012).
A produção de citocinas pode ser mediada por polimorfismos que estão associados com a
susceptibilidade a infecção (ABRAHAM; KROEGER, 1999; DE MAAT et al., 2004). As
diferenças observadas na expressão das proteínas ocorrem como resultado de variações
genéticas funcionais em diversas regiões do gene, de modo a promover um desequilíbrio na
produção de citocinas e assim originar uma variabilidade na resposta imune entre indivíduos.
As variações mais comuns observadas no seguimento do genoma humano são os
polimorfismos de nucleotídeo único (do inglês: single nucleotides polymorphism - SNP), há
evidências de que os SNPs estão presentes nos genes de várias moléculas envolvidas no
processo inflamatório, o que afeta a expressão gênica, estrutura e função das proteínas
codificadas pelos genes (OLLIER, 2004). A presença de certos alelos e genótipos podem
contribuir para a proteção, susceptibilidade ou resistência do hospedeiro a várias infecções,
assim como pode influenciar na gravidade das doenças infecciosas e na permanência dos
sintomas de uma infecção.
Polimorfismos genéticos de muitas moléculas da resposta imune inata foram associados
com a febre da dengue hemorrágica. Neste contexto o estudo de Perez (2010) foi crucial para
as investigações sobre polimorfismos genéticos de citocinas e dengue, o qual mencionou que
vários distúrbios de um único gene (TNFA) estavam envolvidos nas alterações provocadas
pela dengue na população cubana demonstrando que o TNFA, a IL-10 e outras citocinas
possuem papel significante na progressão da dengue, o que configura estas como um campo
de investigação importante. Entretanto, diferenças no perfil genético em genes de citocinas
em pacientes com dengue foram identificadas considerando as diferentes etnias nas
populações da Malásia (SAM et al., 2015), Venezuela (FERNÁNDEZ-MESTRE et al., 2004)
e no Sri Lanka (FERNANDO et al., 2015).
No Brasil o cenário de pesquisas genéticas para a dengue mostra uma discrepância em
vista as características relacionadas a miscigenação presente fortemente na população. Três
pesquisas evidenciam essa perspectiva. Um estudo caso-controle realizado na região sudeste
com crianças que desenvolveram febre hemorrágica da dengue não identificou associação do
gene TNFA e IL-10 com a severidade da doença (XAVIER-CARVALHO et al., 2013). Um
coorte realizado na mesma região geográfica identificou que o alelo A do gene TNFA esteve
associado com a não persistência dos sintomas em pacientes convalescentes (DETTOGNI et
al., 2015). Enquanto, que na região norte outro estudo caso-controle conduzido com adultos
identificou uma correlação entre os SNPs dos genes TNFA (-308G/A) e IFNG com a proteção
19
para a infecção (FEITOSA et al., 2016). Ainda não há relatos publicados de pesquisas em
outras regiões do Brasil, o que diante desta particularidade se torna relevante a realização de
estudos de associação genética.
A investigação de SNPs em genes de citocinas envolvidos na resposta imune inata
pode auxiliar na exploração do conhecimento da fisiopatologia da infeção pela dengue e na
criação de métodos preventivos e terapias mais efetivos considerando as particularidades
destes pacientes. Assim, a determinação de biomarcadores genéticos envolvidos na
patogênese da infecção aqui exposta permitirá determinar a susceptibilidade em uma
população de Alagoas, Brasil, para infecção e progressão em casos mais grave. Além disso, os
dados aqui descritos servirão de modelo básico para outros estudos de associação.
Neste contexto, a identificação do perfil genético específico de cada população por ser
diferente em diferentes regiões geográficas permite conhecer os aspectos particulares de cada
grupo étnico. Portanto, considerando a hipótese de que polimorfismos genéticos presentes no
sistema imune inato humano produzem respostas diferenciais à infecção e consequentemente
estão associados com uma maior susceptibilidade ou a progressão para a gravidade da doença,
a presente pesquisa teve como finalidade investigar polimorfismos genéticos das citocinas
TNFA (-308G/A), IL-10 (-819) e IFNG (+874) na população do município de Arapiraca, em
indivíduos com infecção pelo vírus da dengue e em pessoas não infectadas (saudáveis).
20
2 REVISÃO DA LITERATURA
A partir do século XIX, relatos sobre infecções oriundas da dengue foram comuns em
cidades portuárias do Caribe e nas Américas do Norte, Central e do Sul em que a atividade
comercial era prevalente (GUZMAN; KOURI, 2003; HALSTEAD, 2006). Em 1818 um surto
de dengue acometeu a população peruana e registrou mais de cinquenta mil casos
(SCHNEIDER, 2001). Durante 1827 e 1828 uma epidemia de grande curso envolvendo o
Caribe e o Golfo do México foram relatados com início nas Ilhas Virgens e estendendo-se
para Cuba, Jamaica, Colômbia, Venezuela e algumas cidades portuárias do sul dos Estados
21
Relatos da dengue no Brasil iniciaram-se em 1946, com registro de surtos nos estados
do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e em outras localidades do País (MARZOCHI et al.,
1998; TADEU; FIGUEIREDO, 2003). Entretanto foi em 1981, que houve a notificação do
primeiro caso laboratorialmente confirmado de dengue com os sorotipos 1 e 4 no Estado de
Roraima (RR). Posteriormente em 1986, um surto epidêmico de DENV-1 ocorreu no Estado
do Rio de Janeiro e foi seguido por diversas epidemias em cidades com grandes aglomerados
populacionais das regiões Sudeste e Nordeste do Brasil (HALSTEAD, 1988; SIQUEIRA et
al., 2005).
O número de casos de febre da dengue (FD) atingiu o pico epidêmico em 1987 e 1991,
possivelmente devido a introdução de diferentes sorotipos no cenário epidemiológico
brasileiro (DENV-1 e DENV-2, respectivamente). Os primeiros casos de FHD foram
confirmados em 1990, depois que o sorotipo DENV-2 foi introduzido no Brasil. Durante a
década seguinte, 893 casos confirmados de FHD com 44 óbitos ocorreram, sendo que 75%
destas mortes incidiram no Estado do Rio de Janeiro. Entre 2001-2002, foi detectado um
aumento no número de casos de FHD com taxas de incidência de 2,9/100.000 hab. e
12,9/100.000 hab. em 2001 e 2002 respectivamente (SIQUEIRA et al., 2005).
De acordo com o relatório da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS, 2016)
sobre número de casos notificados de dengue e dengue grave nas Américas, no decorrer de
2016, dentre todos os países que compõem o Cone Sul, o Brasil foi o país que mais notificou
casos de dengue nas Américas notificando 1.452,284 de registros suspeitos de dengue, destes
272.419 mil casos foram confirmados laboratorialmente atingindo uma taxa de incidência de
105.09 a cada 100 mil habitantes. O Brasil também se destacou em relação a notificação de
dengue severa em que foram registrados 785 casos e confirmados 581 mortes oriundas da
infecção por dengue.
Figura 2 - Incidência dos casos de dengue no estado de Alagoas entre 1996 a 2014
2.2 Transmissão
Além destas, outras formas têm sido evidenciadas na literatura. A transmissão vertical
foi identificada em diversos estudos realizados na Tailândia, Brasil, Polinésia, Índia e em
outras regiões (ARYA; AGARWAL, 2014; GUZMAN; KOURI, 2003; MAROUN et al.,
2008; PHONGSAMART et al., 2008; RIBEIRO et al., 2013). A transmissão por meio de
transplante (JOOB; WIWANITKIT, 2014; WEERAKKODY et al., 2014) e por contato com
agulhas ou transfusão sanguínea ocorrem, embora em menor proporção (RAMOS, 2008;
WENDEL; LEVI, 2008).
2.3 Vetor
O vírus da dengue possui tropismo por uma gama de células humanas, englobando as
células da linhagem fagocítica mononucleares como as células dendríticas, monócitos,
macrófagos e células de Langherans dentre os quais são os alvos primários. Quanto ou
sobre....a infecção nos linfócitos B e T, células Natural Killer (NK), células endoteliais,
hepatócitos e inclusive células neuronais, os estudos não são conclusivos (CLYDE; KYLE;
HARRIS, 2006; RODENHUIS-ZYBERT; WILSCHUT; SMIT, 2010). Esta variedade de
células possivelmente indica que o vírus se liga a moléculas de superfície celular presentes em
diferentes linhagens ou explora vários receptores para mediar a infecção (RODENHUIS-
ZYBERT; WILSCHUT; SMIT, 2010). Isto reflete a ampla capacidade de disseminação do
vírus em todo o organismo hospedeiro, conduzindo a uma gama de manifestações clínicas
(CRUZ-OLIVEIRA et al., 2015).
A interação entre as proteínas superficiais virais e os elementos que compõe a
membrana plasmática é peça chave para o reconhecimento do vírus pelas células (GROVE;
MARSH, 2011). Identificar qual a possível(eis) molécula(s) estaria envolvida(s) no
reconhecimento de vírus da dengue pelas células alvo ainda não foi definitivamente
identificado (HIDARI; SUZUKI, 2011). Mas, há diversos candidatos a receptores que tem
sido hipotetizados como o heparan-sulfato, receptor de laminina, DC-SIGN, (do inglês
dendritic cell-specific intercellular adhesion molecule-3-grabbing non-integrin), o receptor de
manose e CD14 (CRUZ-OLIVEIRA et al., 2015).
O processo de replicação viral da dengue se inicia quando o vírus se fixa diretamente a
algum determinado receptor das células hospedeiras (SCREATON et al., 2015). Após a
entrada do vírus no citoplasma o genoma é traduzido, iniciando-se a síntese de um
27
intermediário de cadeia negativa, que serve como um molde para a produção de múltiplas
cópias de RNA viral de carga positiva. Sucessivos ciclos de tradução produzem uma única
poliproteína que é processada pelas proteases do vírus e do hospedeiro. O RNA é sintetizado
novamente e subsequentemente é empacotado pela proteína cápside, formando um
nucleocapsídeo. A moldagem do vírus ocorre na superfície do lúmen do retículo
endoplasmático rugoso derivando em partículas virais imaturas. Dentre os quais são
transportados para o compartimento de Golgi, onde a acidificação induz mudanças
conformacionais do vírus (BÄCK; LUNDKVIST, 2013; CLYDE; KYLE; HARRIS, 2006;
SCREATON et al., 2015).
3 Características clínicas
A dengue clássica é uma doença febril aguda de início abrupto em que o período de
incubação dura entre 2-7 dias, a temperatura corporal pode alcançar 38ºC. A febre muitas
vezes é acompanhada de rubor facial, eritema cutâneo, dor generalizada pelo corpo, mialgia,
artralgia e dor de cabeça. Alguns pacientes podem ter tosse, fadiga, dor de garganta,
hiperemia conjuntival, além de anorexia, náuseas e vômitos (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 1997; TANTAWICHIEN, 2012).
1
Síndrome de Reye é tipicamente precedida por uma infecção viral com um intervalo intermediário sem doença
de 3-5 dias. A explicação bioquímica para os sintomas é possivelmente uma desregulação generalizada do
metabolismo mitocondrial, resultando eventualmente em falha metabólica do fígado e outros tecidos. Tem sido
relacionada com a utilização do Ácido Acetilsalicílico (AAS).
30
4 Imunopatogênese
Os aspectos que envolvem a patogenia do vírus da dengue têm sido alvo de diversas
discussões e postulações de teorias. Três hipóteses tentam explicar a patogênese da FHD e
SCD: teoria da virulência (ROSEN, 1977); teoria sequencial (KOURI, 1987) e teoria integral
(HALSTEAD, 1980). Em 1977, Rosen defendia que a virulência e consequentemente a
severidade da dengue era condicionada por determinadas cepas do vírus. Considerando que
alterações da virulência do vírus podem ser induzidas por sucessivas passagens pelo sistema
do hospedeiro humano e também no vetor, ocorrendo variações genéticas na cepa (ROSEN,
1977).
A teoria proposta por Kouri (1987) considera que múltiplos fatores condicionam o
desenvolvimento da FHD e SCD. Três grupos de fatores estão nesta teoria: o primeiro grupo
de fatores envolve as particularidades individuais do indivíduo como a idade, o sexo, a raça e
doenças crônicas; o segundo grupo inclui fatores virais como a virulência e o sorotipo
infectante; por fim os fatores epidemiológicos como a presença de alta densidade de
infestação do vetor, e ampla circulação do vírus da dengue, interagindo com condições
ecológicas (BRAVO; GUZMÁN; KOURI, 1987; KOURI; GUZMÁN; BRAVO, 1987).
O fenômeno ADE (em inglês antibody dependent enhancement) ou teoria integral
proposta por Halsteald (1980) é a atual hipótese de explicação para a ocorrência da severidade
da dengue em reinfecções por sorotipos diferentes do DENV. Em que numa infecção
secundária com um sorotipo diferente, a presença de pequena quantidade de anticorpos
neutralizantes heterotípicos pode evitar a doença grave, entretanto, na ausência destes, os
anticorpos formam complexos (receptor Fc e anticorpos não neutralizantes) com os DENV,
que passam a infectar os fagócitos mononucleares com maior eficiência resultando na
infecção de um maior número de células (HALSTEAD, 1980, 1988, 2012).
A fisiopatologia da severidade da dengue é multifatorial consistindo em um balanço
entre o sistema imune do hospedeiro e aspectos genéticos que podem contribuir para a
proteção ou o desfecho patológico da doença. Como ilustrado na Figura 4, os possíveis
mecanismos envolvidos na patogênese da dengue incluem a presença de anticorpos
preexistentes que podem mediar a ADE, a ativação das células do sistema imune inato durante
a infecção, ativação do sistema complemento e das células T e B e enfim a produção de auto-
anticorpos (GUZMAN; HARRIS, 2015). Neste contexto, destaca-se o papel das citocinas, que
são liberados sequencialmente por diferentes tipos celulares como consequência da ativação
31
Figura 4 - Patogênese da infecção pelo vírus da dengue de acordo com a fase da doença
Há evidências de que SNPs que estão presentes nos genes de várias moléculas
envolvidas no processo inflamatório podem interferir na síntese e na modulação da resposta
inflamatória (ABRAHAM; KROEGER, 1999; DE MAAT et al., 2004; MULLER et al., ;
WILSON et al., 1997). Diversos polimorfismos em genes de proteínas envolvidas no sistema
imune têm sido relacionados com a susceptibilidade para a dengue: antígenos leucocitários
humanos (HLA), receptores de anticorpos, mediadores imunes/inflamatórios, moléculas
ligantes, citocinas e outros fatores que exercem efeitos imunomoduladores (LAN;
34
O fator de necrose tumoral (em inglês: Tumour Necrosis Factor - TNF) (Figura 6) é
uma citocina pró-inflamatória produzida por monócitos/macrófagos e células T e B. O gene
TNF encontra-se na região do complexo de histocompatibilidade principal (MHC) classe III
no braço curto do cromossomo 6 (6p21.31) (AGUILLÓN G et al., 2002; JACOB, 1992).
Estas citocinas possuem um papel fundamental na regulação da diferenciação, proliferação e
morte celular, no processo inflamatório e nas respostas do sistema imune adaptativo e inato
(QIDWAI; KHAN, 2011).
e parácrina da IL-10 através da ligação direta com leucócitos e controle das respostas imunes
são consideradas a principal função desta citocina. A secreção ocorre a partir de células T,
macrófagos e outros leucócitos seguidos por subsequente ligação aos receptores de
macrófagos e células dendríticas (CD) (SHALEV et al., 2011). Esta citocina também atua na
minimização da produção de citocinas relacionadas com Th1 (IL-12 e IFN-γ) e estimula o
aumento dos níveis de citocinas relacionadas com Th2 (IL-4, IL-5 e IL-13) (COPE et al.,
2011).
Além disso, o aumento dos níveis de IL-10 tem sido associado com o aumento da
atividade da morte celular programada (HATACHI et al., 2003; SHALEV et al., 2011).
Adicionalmente, a IL-10 é eficaz na redução dos níveis de outras citocinas pró-inflamatórias:
IL-2, IL-6, IL-1β, IL-12, TNF-α e IFN-γ, em ambas as situações estimuladoras e relacionadas
com a presença ou ausência de antígenos suficientes (SHALEV et al., 2011; TANG-
FELDMAN et al., 2011). Consequentemente, a redução destas citocinas minimiza a
maturação de leucócitos, o recrutamento e o processo inflamatório (FROSSARD;
EIGENMANN, 2008). O gene IL-10 corresponde ao cromossomo 1q31-32 como é
representado pela Figura 7.
O SNP -819 do gene IL-10 tem sido evidenciado na literatura pelo seu papel na
susceptibilidade à endometriose na população da România (MALUTAN et al., 2016),
síndrome do ovário policístico em mulheres egípcias (TALAAT et al., 2016) e pré-eclâmpsia
37
genótipos TT, TA e AA estão associados com a alta, intermediária e baixa produção de IFN-γ,
respectivamente (PRAVICA et al., 2000). Revisões sistemáticas com metanálise identificaram
a associação genotípica e alélica deste gene com a susceptibilidade e proteção com a
tuberculose (CHANG et al., 2010; DE ALBUQUERQUE et al., 2012) e o quadro clínico da
hanseníase (SILVA et al., 2014).
Um estudo conduzido com a população brasileira na região norte sugeriu que a
presença do alelo A do gene IFNG na posição +874 conferiu susceptibilidade a infecção pelo
HIV e consequente diminuição dos linfócitos T CD4+(BONFIM FREITAS et al., 2015). Na
região centro-oeste o genótipo TT foi correlacionado com o desenvolvimento de pré-
eclâmpsia grave e o aumento dos níveis séricos (PINHEIRO et al., 2015). Recentemente, o
genótipo A/T foi associado com a proteção à febre da dengue na população brasileira
(FEITOSA et al., 2016a) e o alelo A foi associado com a não persistência dos sintomas da
dengue na infecção primária e a persistência dos sintomas na infecção secundária.
IFNG
Éxon 1 2 3 4
5' 3'
rs2069727
rs2069718
rs2069728
rs2193050
MicrosatelliteC
rs2430561
rs1861493
rs2069732
rs2069707
rs2069705
A(11-22)
A detecção do vírus pode ser realizada pela amplificação de ácido nucleico utilizando
qPCR (reação da polimerase em cadeia em tempo real). Esta técnica proporciona várias
40
6 Terapêutica
7 Prevenção
Aumento das taxas de hospitalização por dengue grave, durante os surtos, resulta em
perdas econômicas enormes para os serviços de saúde. Na ausência de terapia antiviral
específica, o controle da transmissão de DENV pelo vetor é o método mais viável para a
diminuição da morbidade associada à dengue (FARES et al., 2015; GHOSH; DAR, 2015).
Entretanto, as estratégias de controle do vetor por si só não têm sido capazes de alcançar
satisfatoriamente a redução na transmissão viral (PEPIN et al., 2013; REGIS et al., 2013).
Neste contexto, a implementação de uma vacina contra a dengue que seja eficaz e de baixo
custo como medida suplementar é uma alta prioridade para a saúde pública (GHOSH; DAR,
2015).
42
8 OBJETIVOS
8.1 GERAL
8.2 ESPECÍFICOS
Avaliar as frequências alélicas e genotípicas dos SNPs nos genes TNFA (-308G/A), IL-10
(-819C/T) e do IFNG (+874T/A) em pacientes com dengue e controles da população
alagoana;
Investigar a associação dos SNPs nos genes TNFA (-308G/A), IL-10 (-819C/T) e do IFNG
(+874T/A) com a infecção e progressão da dengue em uma população alagoana;
Identificar a associação da combinação de SNPs nos genes TNFA (-308G/A) IL-10 (-
819C/T) e do IFNG (+874T/A) na infecção e progressão da dengue em uma população
alagoana.
43
9 MATERIAL E MÉTODOS
Os pacientes com febre dengue incluídos no estudo foram aqueles que procuraram o
serviço de saúde e tiveram confirmação laboratorial para a infecção. Os pacientes incluídos no
grupo febre hemorrágica da dengue foram os que apresentaram trombocitopenia (80.000
plaquetas/mm3) hospitalizados entre os anos de 2010 a 2015 e que consentiram participar
45
desta pesquisa. Os pacientes que não concordaram em participar da pesquisa, com resultado
sorológico negativo para infecção da dengue, gestação ou puerpério foram excluídos da
pesquisa.
A extração do DNA genômico foi realizada de duas formas: para o grupo casos e
controles foi realizada extração a partir de sangue periférico conservado em tudo para coleta
sanguínea contendo EDTA de acordo com as instruções do fabricante do Kit comercial
(FlexiGene® DNA Handbook- Qiagen, Germany e Wizard® Genomic DNA, Brasil). Para o
grupo dos pacientes com progressão da doença, a extração do material genético foi realizada
através do swab de células da mucosa oral pelo método de NaCl, etanol e proteinase K diluída
em 10 mg/mL, resultando em 50 ng/mL de DNA como descrito no anexo A. Esta técnica foi
realizada devido a alguns pacientes se sentiram incomodados pela realização da punção
venosa periférica (ABRÃO et al., 2005b). Após o processo de extração, todas as amostras
foram quantificadas por espectrofotometria através do espectrofotômetro BioPhotometer plus
(Eppendorf® AG, Hamburg, Germany) e a razão das absorbâncias nos comprimentos de onda
260 e 280 nm (nanômetro) que estiveram entre 1,7 e 1,9 apresentaram um DNA mais puro.
Adiante, as amostras foram estocadas a –20 °C.
9.6 Genotipagem dos genes das citocinas TNFA -308G/A e IL-10 -819C/T
A identificação dos SNPs dos genes das citocinas TNFA -308G/A e IL-10 -819C/T foram
determinadas pela técnica de reação de cadeia da polimerase em tempo real (qPCR), através
46
O SNP do gene IFNG na posição +874T/A foi identificado pelo método ARMS – PCR
(do inglês: Amplification Refratory Mutation System). O volume final de 20µL era composto
por1 µL de primer genérico,1 µL de primer especifico A ou 1µL de primer especifico T (a
depender do mix da reação), 1 µL de controle interno sense (hormônio de crescimento
humano), 1 µL de controle interno antisense, 0.8µL de dNTP (10 mM), 2.4 µL de MgCl2 (25
mM), 3 µL de tampão (NH4)2SO4, 0.5 µL de Taq DNA polimerase (5 U/µL), 7.3µL água livre
e 2 µL de DNA genômico. Os primers utilizados para a genotipagem estão listados na Tabela
2.
Tabela 2 – Sequências dos primers utilizados para as genotipagens do SNP no gene IFNG
+874T/A.
10 RESULTADOS
As frequências genotípicas dos três polimorfismos aqui estudados estavam dentro dos
parâmetros do Equilíbrio de Hardy-Weinberg (EHW) na população em estudo.
N (frequência %) EHW
Genótipo Controle DEN FD FHD x2 (p)
G/G 99(73,3) 102(80,3) 63(80,8) 39(79,6) 0,0003 (0,98)
G/A 33(24,4) 24(18,9) 14(17,9) 10(20,4)
TNFA -308G/A A/A 3(2,2) 1(0,8) 1 (1,3) 0 (0)
Alelo
G 231 (85,6) 228 (86,3) 140 (89,7) 88 (89,7)
A 39 (14,4) 36 (13,7) 16 (10,3) 10 (10,3)
Fonte: Autor, 2017.
Tabela 4 - Associação alélica e dos modelos gênicos do SNP -308G/A do gene TNFA
TNFA -308G/A Controle versus DEN Controle versus FD Controle versus FHD FD versus FHD
OR com 95% IC P OR com 95% IC p OR com 95% IC p OR com 95% IC p
Associação alélica
G 1,06 (0,65-1,74) 0,88 1,47 (0,79 - 2,74) 0,27 1,48 (0,71 - 3,10) 0,37 1,00 (0,43 – 2,31) 0,84
A
Modelos gênicos
Codominante GG
GA 0,52 (0,26-1,05) 0,12 0,45 (0,20-1,03) 0,13 0,49(0,19-1,27) 0,17 1,21(0,48-3,02) 0,54
AA
Dominante GA+AA vs GG 0,51 (0,26-0,99) 0,043 0,51 (0,26-0,99) 0,043 0,46(0,18-1,18) 0,09 1,12 (0,45-2,77) 0,8
Recessivo GG+GA vs AA 0,36 (0,03-3,92) 0,38 0,58 (0,05-6,32) 0,64 0,00 (0,00-NA) 0,26 0,00 (0,00-NA) 0,31
Sobredominante GG+AA vs GA 0,54 (0,27-1,07) 0,07 0,46(0,20-1,04) 0,054 0,50 (0,19-1,30) 0,14 1,23(0,49-3,07) 0,66
Log aditivo -- 0,53 (0,29-0,98) 0,03 0,50 (0,24-1,04) 0,052 0,45 (0,18-1,13) 0,07 1,03 (0,44-2,41) 0,95
Fonte: autor, 2017.
Nota: OR: odds ratio; IC: intervalo de confiança; DEN: febre da dengue + febre hemorrágica da dengue; FD: febre da dengue; FHD: febre hemorrágica da dengue.
52
Tabela 5 - Distribuição genotípica e alélica do SNP -819C/T do gene IL-10 em pacientes com
dengue e controles
N (frequência %) EHW
Genótipo Controle DEN FD FHD x2 (p)
C/C 72(53,3) 54(42,5) 37 (47,4) 17 (34,7) 0,225 (0,63)
C/T 55(40,7) 54(42,5) 28 (35,9) 26 (53,1)
IL-10 -819C/T T/T 8(5,9) 19(15) 13 (16,7) 6 (12,2)
Alelo
C 199 (73,7) 162 (63,7) 102 (65,4) 60 (61,2 )
T 71 (26,3) 92 (36,3) 54 (34,6) 38 (38,8)
Fonte: Autor, 2017.
Como visualizado na Tabela 6, quando o grupo controle foi comparado com o grupo
DEN, o genótipo T/T foi associado com o risco (OR com IC 95% = 4.07 [1.52-10.85]; p =
0.014) para susceptibilidade a febre da dengue no modelo codominante. Nessa mesma
comparação, outros modelos genéticos foram associados com a susceptibilidade: dominante
(OR com IC 95% = 1.78 [1.02-3.11]; p=0.04) e recessivo (OR com IC 95% =3.41 [1.33-8.72;
p=0.008]. Quando comparado o grupo FD contra FHD, o genótipo C/T foi associado
significativamente com a progressão para FHD no modelo sobredominante (OR com IC 95%
=2.10 [1.01-4.38]; p=0.047). Destaca-se que o alelo C foi associado significativamente com a
proteção para FHD quando comparado com o grupo controle (OR com IC 95% =0.56 [0.34 -
0.91]; p = 0.028).
53
Tabela 6 - Associação alélica e dos modelos gênicos do SNP -819C/T do gene IL-10
IL-10 -819C/T Controle versus DEN Controle versus FD Controle versus FHD FD versus FHD
OR com 95% CI P OR com 95% CI P OR com 95% CI p OR com 95% IC p
Associação alélica
C 0,62 (0,43-0,91) 0,018 0,67 (0,43 - 1,03) 0,088 0,56 (0,34 - 0,91) 0,028 0,83 (0,49 - 1,41) 0,59
T
Modelos gênicos
Codominante CC 4,07(1,52-10,85) 0,01 4,21 (1,45-12,25) 0,027 3,37 (0,89-12,82) 0,17 1,05 (0,34-3,2) 0,14
CT
TT
Dominante CT+TT vs C/C 1,78 (1,02-3,11) 0,04 1,62 (0,86-3,08) 0,13 1,83 (0,84-3,97) 0,12 1,78 (0,84-3,77) 0,13
Recessivo CC+CTvs T/T 3,41 (1,33-8,72) 0,008 3,82 (1,38-10,59) 0,008 2,66 (0,75-9,43) 0,14 0,71 (0,25-2,01) 0,51
Sobredominante CC+CT vs T/C 1,13 (0,65-1,97) 0,67 0,95 (0,50-1,83) 0,89 1,32 (0,61-2,83) 0,48 2,10 (1,01-4,38) 0,04
Log aditivo -- 1,79 (1,18-2,73) 0,005 1,75 (1,09-2,82) 0,02 1,75 (0,97-3,18) 0,064 1,21 (0,3-2,02) 0,46
Fonte: autor, 2017.
Nota: OR: odds ratio; IC: intervalo de confiança; DEN: febre da dengue + febre hemorrágica da dengue; FD: febre da dengue; FHD: febre hemorrágica da dengue.
54
N (frequência %) EHW
Genótipo Controle DEN FD FHD x2(p)
A/A 43(35,2) 54(42,5) 35 (44,9) 19 (38,8) 1,260 (0,26)
A/T 64(52,5) 46(36,2) 28 (35,9) 18 (36,7)
IFNG +874T/A T/T 15(12,3) 27(21,3) 15 (19,2) 12 (24,5)
Alelo
T 58 (37,2) 136 (39,7) 94 (38,5) 42 (42,8)
A 98 (62,8) 206 (60,3) 150 (61,5) 56 (57,2)
Tabela 8 - Associação alélica e dos modelos gênicos do SNP +874T/A do gene IFNG
IFNG +874T/A Controle versus DEN Controle versus FD Controle versus FHD FD versus FHD
OR com 95% CI p OR com 95% CI p OR com 95% CI p OR com 95% IC p
Associação alélica
T 1,11(0,75-1,64) 0,65 0,94 (0,62-1,42) 0,86 1,19 (0,74-1,92) 0,53 1,26 (0,75-2,12) 0,44
A
Modelos gênicos
Codominante AA 0,45 (0,24-0,83) 0,02 0,45(0,22-0,92) 0,066 0,45(0,19-1,07) 0,1 1,15 (0,50-2,61) 0,79
TA
TT
Dominante AA vs TA+TT 0,54 (0,30-0,96) 0,03 0,53(0,27-1,03) 0,061 0,58(0,26-1,29) 0,18 1,23 (0,58-2,60) 0,59
Recessivo TT vs AA+TA 1,39 (0,64-3,05) 0,4 1,39 (0,56-3,44) 0,48 1,81 (0,66-5,00) 0,26 1,31 (0,54-3,23) 0,55
Sobredominante TA vs AA+TT 0,46 (0,26-0,82) 0,007 0,46 (0,24-0,89) 0,02 0,43(0,19-0,95) 0,034 1,02 (0,48-2,15) 0,96
Log aditivo -- 0,80 (0,54-1,20) 0,29 0,79 (0,49-1,27) 0,33 0,91 (0,51-1,60) 0,73 1,18 (0,3-1,92) 0,5
Fonte: autor, 2017.
Nota: OR: odds ratio; IC: intervalo de confiança; DEN: febre da dengue + febre hemorrágica da dengue; FD: febre da dengue; FHD: febre hemorrágica da dengue. Para o
gene IFNG foram utilizadas 122 pacientes com dengue (DEN) devido a não amplificação de algumas amostras durante a genotipagem.
56
Tabela 9 - Combinações dos SNPs dos genes TNFA -308G/A, IL-10 -819C/T, IFNG +874T/A
Frequências
Na tabela 10, são evidenciadas as comparações entre as combinações dos três SNPs
TNFA -308G/A, IL-10 -819C/T, IFNG +874T/A. Quando comparado o grupo controle e o
grupo FD, a combinação GTA foi associada significativamente com a susceptibilidade à
infecção por dengue (OR com 95% IC = 2.95 [1.18-7.41]; p=0.022). A combinação GCT foi
associado significativamente com proteção contra o desenvolvimento de FHD (OR com 95%
IC=0.28 [0.08 - 0.90]; p=0.035).
57
Tabela 10 - Associação das combinações dos genes TNFA -308G/A, IL-10 -819C/T, IFNG +874T/A
Nota: OR: odds ratio; IC: intervalo de confiança; DEN: febre da dengue + febre hemorrágica da dengue; FD: febre da dengue; FHD: febre hemorrágica da dengue. Para o
gene IFNG foram utilizadas 122 pacientes com dengue (DEN) devido a não amplificação de algumas amostras durante a genotipagem.
58
11 DISCUSSÃO
Alagoas, Brasil. Estudos experimentais evidenciaram que o alelo A está relacionado com a alta
expressão do gene e consecutivamente com o aumento da atividade transcricional (ABRAHAM;
KROEGER, 1999; WILSON et al., 1997). Um estudo in vitro identificou que os níveis séricos de
TNF-α em altas e médias concentrações foi associado com a inibição da replicação do vírus da
dengue em células dendríticas humanas culminando na diminuição da infecção viral.
Considerando estas premissas, nossos achados sugerem que a presença do alelo A de alta
expressão do gene TNFA na posição -308G/A consiste em um fator protetor para a
susceptibilidade à infecção. Em um coorte prospectiva realizada com adultos no sudeste do Brasil
foi identificada uma associação entre o alelo A com a não persistência dos sintomas da dengue
durante a convalescença (DETTOGNI et al., 2015).
Em sintonia com nosso resultado, um estudo caso-controle realizado na Malásia, concluiu
que o modelo dominante (GA+AA) do gene TNFA -308G<A foi relacionado com a redução do
risco para o desenvolvimento da febre hemorrágica da dengue (SAM et al., 2015). Já em estudos
realizados com adultos na região norte (FEITOSA et al., 2016a) e crianças na região do sudeste
brasileiro (XAVIER-CARVALHO et al., 2013) em que foi investigado o papel do polimorfismo
em diversas citocinas inclusive do gene TNFA -308G/A, os autores concluíram que este gene não
foi correlacionado com a predisposição ou proteção à infecção pela dengue.
Pesquisas conduzidas na população Tailandesa (VEJBAESYA et al., 2009) e Mexicana
(GARCÍA-TREJO et al., 2011) também não identificaram associação deste polimorfismo com a
infecção. Alguns estudos mostraram a associação do alelo A com a severidade da doença em
crianças Venezuelanas (FERNÁNDEZ-MESTRE et al., 2004) e em pacientes com infecção
secundária que foram confirmados laboratorialmente para o sorotipo 2 (DENV-2) em Cuba
(PEREZ et al., 2010). Na população Tailandesa, o alelo A foi associado com o risco para o
desenvolvimento do quadro hemorrágico (CHUANSUMRIT et al., 2013).
A citocina IL-10 possui efeitos imunomodulatórios sendo uma eficaz molécula anti-
inflamatória (TSAI et al., 2013). A literatura reporta a associação entre os níveis séricos elevados
desta citocina com o quadro clínico da dengue (MALAVIGE et al., 2013;
SRIKIATKHACHORN; GREEN, 2010), por exemplo, um estudo realizado com crianças no
sudeste brasileiro, mostrou uma consistente relação entre o desenvolvimento da trombocitopenia
e os níveis séricos desta citocina (FERREIRA et al., 2015).
Ademais, estudos in vitro demonstraram uma correlação entre os níveis de IL-10 e o
fenômeno ADE (do inglês: antibody dependent enhancement) (CHAREONSIRISUTHIGUL;
KALAYANAROOJ; UBOL, 2007). Os anticorpos relacionados a este fenômeno levam a uma
reação cruzada com sorotipos heterólogos, favorecendo o desenvolvimento da doença e
infectando um abrangente número de células, o que pode levar a forma grave de doença. Tal
perspectiva é reportada por um ensaio in vitro que mostrou uma associação positiva entre os
níveis de IL-10 com polimorfismos na região promotora do gene, sugerindo que os efeitos do
ADE são influenciados pela genética do hospedeiro (BOONNAK et al., 2011).
Os estudos relevantes envolvendo o fenômeno ADE foram reconhecidos como um evento
importante na sintomatologia da dengue de acordo com Organização Mundial de Saúde
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). É provável que a IL-10 seja regulada a nível
60
transcricional por vários polimorfismos na região promotora deste gene, entre eles o SNP -819
C/T (PEROVIC et al., 2016; TSAI et al., 2013).
Em nosso estudo, o genótipo T/T do SNP-819C/T do gene IL-10 foi significativamente
associado com a susceptibilidade a febre da dengue, enquanto que o genótipo C/T foi relacionado
com a progressão para a febre hemorrágica da dengue diferentemente de outros estudos
publicados sobre o SNP -819C<T realizados com crianças do sudeste brasileiro (XAVIER-
CARVALHO et al., 2013) e com adultos na população Venezuelana (FERNÁNDEZ-MESTRE et
al., 2004), Singalesa (FERNANDO et al., 2015) e Cubana (PEREZ et al., 2010). No entanto, o
genótipo C/T foi previamente associado à proteção contra o desenvolvimento da dengue na
população Indiana (ALAGARASU et al., 2015). O estudo também apresentou associação entre o
alelo C e o desenvolvimento da febre hemorrágica da dengue. Estudos realizados com uma
população infantil do sudeste brasileiro (XAVIER-CARVALHO et al., 2013) e com adultos nas
populações Indiana (ALAGARASU et al., 2015) e Cubana (PEREZ et al., 2010) não
identificaram associação alélica do SNP -819C<T com a infecção pelo vírus da dengue.
O papel do IFN-γ na imunidade contra a dengue não está bem elucidado. Os interferons são
citocinas que desempenham um papel complexo na resistência do hospedeiro devido à ação de
agentes patogênicos. Nossos achados indicam uma associação entre o genótipo A/T do gene
IFNG na posição +874T/A e um efeito protetor contra a susceptibilidade a dengue e febre da
dengue hemorrágica. O alelo A mostrou previamente uma relação com a não persistência dos
sintomas na infecção primária durante 30 dias e com a persistência de sintomas na infecção
secundária (DETTOGNI et al., 2015), em uma coorte prospectiva com adultos do sudeste
brasileiro. No entanto, na população do Norte do Brasil, o genótipo de A/T em comparação foi
associado com a proteção à susceptibilidade a infecção em adultos (FEITOSA et al., 2016).
Outros estudos realizados com adultos nas populações Indiana (ALAGARASU et al., 2015),
Venezuelana (FERNÁNDEZ-MESTRE et al., 2004) e Mexicana (PEREZ et al., 2010) não
encontraram associações entre esse SNP e a infecção por dengue.
O possível papel do IFN-γ no catabolismo do triptofano poderia ser considerado com uma
hipótese para compreender a via de proteção desta citocina na patogênese da dengue. A enzima
indoleamina 2,3-dioxigenase (IDO) tem sido implicada pelo seu desempenho em mecanismos de
defesa antimicrobiana e na regulação imunológica. A IDO catalisa a quinurenina que consiste em
um metabólito tóxico, e é a principal via de degradação para o triptofano em mamíferos. Neste
contexto, o maior estimulador da IDO é o interferon gama (KING; THOMAS, 2007).
Em um estudo que avaliou a atividade do IFN-γ em comparação com os níveis de triptofano
e quinurenina em doadores saudáveis, foi identificado que a presença do alelo T de alta expressão
foi associada com o aumento dos níveis séricos da IDO. Estes dados evidenciam que o
catabolismo do triptofano pode ser regulado pelo gene IFNG e possivelmente estaria relacionado
com patologias associadas a polimorfismos genéticos (RAITALA et al., 2005). Recentemente o
aumento de quinurenina foi associado significativamente com a severidade do quadro clínico em
pacientes com febre hemorrágica da dengue na população de Singapura (CUI et al., 2016b). Em
nosso estudo hipotetizamos que a presença do genótipo de expressão intermediária A/T não
proporciona o aumento da atividade da IDO culminando na diminuição dos níveis séricos de
61
quinurenina e assim consecutivamente pode vir a ter um efeito protetor contra a susceptibilidade
a febre hemorrágica da dengue.
Realizou-se também uma análise de combinação alélica para investigar o efeito entre o
polimorfismo das citocinas. Nossos resultados mostraram associação entre a combinação GTA
TNFA/IL10/IFNG com a susceptibilidade para a infecção por dengue, enquanto que a
combinação GCT -TNFA/IL10/IFNG foi associada com um efeito protetor contra a DHF.
Nossos resultados indicam que polimorfismos genéticos envolvidos na resposta imune do
hospedeiro podem contribuir com a suscetibilidade a infecção, progressão ou proteção a fenótipos
clínicos de dengue e podem ser considerados como bons marcadores prognósticos. Considerando
que o agravamento da doença possa estar relacionado com alterações genéticas no sistema imune
inato, realizar pesquisas de cunho molecular para prognóstico da doença pode incidir no número
de óbitos por dengue, uma vez que a monitorização clínica prévia garante medidas preventivas e
terapêuticas com maior efetividade. Portanto a inserção da biologia molecular se torna uma
ferramenta interessante para as instituições de saúde.
Aqui nós também atentamos para o estímulo de futuros estudos com a inclusão de indivíduos
assintomáticos, um número amostral maior e o perfil sérico de citocinas para poder investigar o
panorama genético-imunológico do hospedeiro a proteção para o desenvolvimento da infecção
pelo vírus da dengue. Uma das estratégias poderia estar atrelada a estudos de investigação da
validade funcional em genes de citocinas para desvendar o papel específico destes com a
susceptibilidade a dengue.
62
12 CONCLUSÃO
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Association of TNFA (-308G/A), IFNG (+874 A/T) and IL-10 (-819 C/T) polymorphisms
with protection and susceptibility to dengue in Brazilian population
Ana Caroline Melo dos Santosa, Edilson Leite de Mouraa, Jean Moises Ferreiraa, Alexandre
Wendel Araújo de Mouraa, Ailson Darlan Sales Ferreiraa, Rubens Pereira Bezerraa, Diego de
Siqueira Figueiredoa, Karol Fireman de Fariasa, Tiago Gomes de Andradea,b, Elaine Virgínia
Martins de Souza Figueiredoa,1.
a
Molecular Biology and gene expression Laboratory, Federal University of Alagoas, Campus
Arapiraca, Av Manoel Severino Barbosa, Bom Sucesso, 57309-005. - Arapiraca - AL - Brazil.
b
Federal University of Alagoas (UFAL) – Faculty of Medicine (FAMED), Campus AC Simões,
Tabuleiro dos Martins, Maceió, Alagoas, Brazil.
Institute of Biological Sciences and Health, Federal University of Alagoas, CEP 57072-970,
Maceió, Alagoas, Brazil.
E-mail: [email protected]
Laboratory of Molecular Biology and Gene Expression, Federal University of Alagoas, CEP:
57309-005, Arapiraca, Brazil.
Phone: +55-82-99931.0827
E-mail: [email protected]
75
Association of TNFA (-308G/A), IFNG (+874 A/T) and IL-10 (-819 C/T)
polymorphisms with protection and susceptibility to dengue in Brazilian
population
Abstract
Objective: In the study, gene polymorphisms and their association with susceptibility to dengue
will be evaluated. Subjects and methods: A retrospective case-control study was development
with 262 subjects, comprising 78 Dengue fever (DF) patients, 49 Dengue hemorrhagic Fever
(DHF) patients and 135 healthy controls. Genotypic and allelic profile were identified using
polymerase chain reaction (PCR) based in real time and amplification-refractory mutation system
(ARMS). Results: We observed a protective association of IL-10 (-819 C/T) C allele (p = 0.018,
OR = 0.62, CI = 0.43 - 0.91) against DHF, while the C/T (p = 0.047, OR = 2.10, CI = 1.01 - 4.38)
and T/T (p = 0.008, OR = 3.41, CI = 1.33 - 8.72) genotypes were association with DHF and DF,
respectively. The dominant model TNFA -308GA+AA (p = 0.043, OR = 0.45, CI = 0.20 - 1.00)
genotypes were found to protective effect against dengue infection. A protective association
among the IFNG (+874 A/T) A/T genotype against DF (p = 0.02, OR = 0.46, CI = 0.24 - 0.89)
and DHF (p = 0.034, OR = 0.43, CI = 0.19 - 0.95) was observed. When the studied SNPs were
analyzed in combination, the combination GTA (p = 0.022, OR = 2.95, CI = 1.18 - 7.41) was
statistically associated with susceptibility to DF and the combination GCT (p = 0.035, OR= 0.28,
CI= 0.08 - 0.90) with protection against the development of DHF. Conclusions: In this research
was identified the association of the IFNG (+874 A/T), TNFA (-308G/A), IL-10 (-819 C/T)
genotypes as a factor for protection, susceptibility and severity to dengue.
1. Introduction
Dengue is a public health problem and its incidence has a wide geographical spread [1,2]. It is
endemic in more than 100 countries and the World Health Organization (WHO) [3] estimated a
50–100 million dengue infections reported worldwide each year. However, a cartographic study
estimated that there is approximately 390 million dengue cases per year around the world
including symptomatic and asymptomatic[4]. According to the Pan American Health
Organization[5] in 2015, Brazil was the country that reported most cases of dengue in the
Americas with 1,649.008 of suspected dengue records and an incidence rate of 820.27 cases.
The mosquito Aedes Aegypti is the main vector that transmits the viruses that cause dengue in
tropical and subtropical regions and there are five serotypes distinct: DENV 1-4 [8].
Environmental factors, the serotype/genotype of dengue virus, the immune response and genetic
background of host have significant influence on the development of clinical manifestations of
dengue and, therefore, in disease severity[9]. Additionally, single nucleotide polymorphisms
(SNPs) in cytokine genes have significantly contributed to the comprehension of the
physiopathology and the role of host genetic in dengue infection[10].
There are various factors associated with the development of dengue and the host immune
response has been highlighted as an genetic biomarker for the disease [11] with the production of
several cytokines. Therefore, polymorphisms in genes coding can influence the production and
function of these proteins and consequently the protection, susceptibility or disease progression
[12].
IL-10 presents a pleiotropic role with immune regulation and inflammatory in infectious
diseases. In DENV pathogenesis, IL-10 has immunomodulatory activity with consequences in
persistent infection viral enable an inflammatory that promotes aggravation of infection [15].
There are few studies investigating the role of polymorphisms of IL10 gene (SNP -819C/T-
rs1800871) in the pathogenesis of dengue.
Interferons are a family of pleiotropic cytokines produced by T helper cells and natural killer
cells during the initial phase of infection. Interferon-gamma (IFN-γ) is noteworthy due to its
essential role in the regulation of the inflammatory response[16], in which it enhances the
transcription of genes involved in antiviral response and antitumor activity[17]. The increase of
IFNG expression was identified as a consequence of a functional polymorphism A/T
(rs2430561), located at the +874 position in the first intron[18].
The investigation of SNPs in pro-inflammatory cytokines such as TNF-α and IFN-γ, as well
as the anti-inflammatory cytokine of IL-10, has been associated with the variation of cytokine
levels in the immune response. In this study, we investigated if SNPs from IL-10, TNFA and
IFNG gene regions (-819C/T, -308G/A and +874A/T, respectively) influence the susceptibility to
infection or dengue progression in a sample of Brazilian patients.
2. Materials and methods
Dengue patients attended in the city of Arapiraca by Unified Health System (Brazilian
National Public Health System), Northeast Brazil, during the years 2010 and 2015 were recruited
for this research. The patients were classified by medical records and clinical laboratory results
77
obtained at hospital or health center. The classification of dengue cases were in accordance with
the criteria of WHO guidelines [6]. DF was characterized by the presence of high fever
accompanied by the following symptoms: myalgia, severe headache, retro-orbital, abdominal
pain, arthralgia or rash. The DHF has the same clinical condition, however with hemorrhagic
manifestations. We recruited hospitals patients who presented medical records of hemorrhagic
manifestations and thrombocytopenia less than 80.000/mm3. Case population was positive for
ELISA anti-dengue IgM realized in the Municipal Laboratory of Arapiraca (Dengue IgM Capture
Elisa, PanBio, Brazil).
Control population was a group of healthy volunteer’s blood donor. They all reported no
history, signs and symptoms of dengue infection and, consequently without hospitalization. The
laboratories tests in this group was performed using immunochromatographic rapid test
(Bioeasy/Abon,Brazil) and enzyme linked immunosorbent assay (Dengue IgM Capture Elisa,
PanBio, Brazil). This retrospective case-control study was reviewed and approved by the
Research Ethics Committee of Federal University Alagoas and consent from all study
participants was obtained (Protocol: 1.073.204).
ARMS-PCR amplicons were then submitted to a 2% agarose gel electrophoresis stained with
ethidium bromide (Amresco Inc., USA), and visualized under ultraviolet light.
2.3. Statistical analysis
The data were presented as mean and standard deviation. Hardy-Weinberg equilibrium
(HWE) was tested using goodness-of-fit chi-square test to compare the observed and expected
genotype frequencies among cases and controls. Statistical analyses were performed using
BioEstat version 5.0 for allelic frequencies and associations. For association analysis, a logistic
regression model was carried out by using SNPstats software, the intrinsic factors that could
influence the profile of the population and thus adjusted by the data in relation to age and gender.
Codominant model, dominant model, recessive model, over dominant model and log-additive
model were considered to evaluate the risk of dengue associated with each SNP. Akaike
information criterion (AIC) and Bayesian Information Criterion (BIC) was used to determine the
best model of inheritance. Odds ratios (OR) and 95% confidence intervals (CI) were calculated
considering OR<1 associated with protection and OR>1 associated with susceptibility/risk.
Values p<0.05 were considered statistically significant. The power of sample size was calculated
by G*power software version 3.0 using as test family: Chi-squared test; Statistical test:
Goodness-of-fit tests-contingency tables and Type of power analysis: Post hoc [21].
3. Results
Genotypic frequencies between group dengue (DEN=DF+DHF) and controls were compared,
and was observed an association of protection with TNFA (-308G/A) polymorphism gene
G/A+A/A in model dominant (p = 0.043, OR = 0.51, CI = 0.26 - 0.99). Comparing DF group and
healthy controls for TNFA (-308G/A) polymorphism in a dominant model (GG vs G/A+A/A),
G/A+A/A genotypes were positively associated with protection for dengue fever (p = 0.043, OR
= 0.45, CI = 0.20 - 1.00) (Table 1). Genotypic (table 1) and allelic (table 2) frequencies were not
significantly different between DF and DHF.
To analyze the association of IL-10 (-819 C/T) polymorphism with disease susceptibility, the
genotype frequency was compared between DEN and controls. In a codominant model (p =
0.014, OR = 4.07, CI = 1.52 - 10.85), dominant model (p = 0.04, OR = 1.78, CI = 1.02 - 3.11)
and recessive model (p = 0.008, OR = 3.41, CI = 1.33 - 8.72) the T/T genotype was significantly
associated with DEN. The genotypic distribution of IL-10 (-819 C/T) were compared between DF
group and healthy controls and a high frequency of genotype C/C was observed in group control.
The T/T genotype of IL-10 (-819 C/T) was significantly associated with DF but not with the
severe form DHF (Table 1) in a co-dominant model (p = 0.014, OR = 4.07, CI = 1.52 - 10.85)
and (p = 0.0089, OR = 3.82, CI = 1.38 - 10.59). When compared between DF group with DHF,
the C/T genotype was significantly associated with the progression for DHF in an over dominant
79
model (p = 0.047, OR = 2.10, CI = 1.01 - 4.38) (table 1). Interestingly, the C allele were
significantly associated with protection for DHF when compared to healthy controls (p = 0.028,
OR = 0.56, CI = 0.34 - 0.91) (Table 3).
We also evaluated the association of IFNG (+874 A/T) polymorphisms with DEN group and
healthy controls, in a codominant model (p = 0.026, OR = 0.45, CI = 0.24 -0.83), dominant
model (p = 0.033, OR = 0.54, CI = 0.30 - 0.96) and over dominant model (p = 0.0071, OR = 0.46,
CI = 0.26 - 0.82) the T/A genotype was significantly associated with protection a disease. The
T/A genotype of IFNG (+874 A/T) polymorphism was statistically associated with protection
when compared DF group with healthy controls for dengue infection (p = 0.02, OR = 0.46, CI =
0.24 - 0.89) and when compared DHF group with healthy controls (p = 0.034, OR = 0.43, CI =
0.19 - 0.95) in an over dominant model (Table 1). There were no observed differences in allelic
and genotypic frequencies between DF and DHF (Tables 1 and 2).
Table 3 shows the haplotype distribution of the analyzed polymorphisms. TNFA/IL-10/ IFNG
GTA was associated with the susceptibility for dengue infection (p = 0.022, OR = 2.95, CI = 1.18
- 7.41) and TNFA/IL-10/IFNG GCT (p = 0.035, OR = 0.28, CI = 0.08 - 0.90) was significantly
associated with protection for DHF. The post hoc power analyses in this paper were 68% (TNFA
-308G/A), 99% (IL-10 -819 C/T) and 99% (IFNG +874 A/T).
4. Discussion
We investigated the potential association of the TNFA (-308G/A), IFNG (+874 A/T) and IL-
10 (-819 C/T) polymorphism with the development of dengue in a Brazilian sample. Individual
genetic variations may affect the host response to infectious, in this context several studies have
investigated the role of cytokine gene polymorphisms in susceptibility to diseases included
dengue [22]. In infection dengue, the polymorphisms genetics could mediate the production of
cytokines and hence susceptibility or progression to infection. Here, our findings suggested a role
of genetic polymorphisms of the TNFA (-308G/A), IL-10 (-819) and IFNG (+874 A/T) on dengue
infection in a sample from the Brazilian population.
The significant role of TNF-α in DENV immunopathogenesis has been reported [23]. In this
study we identified that the dominant model GA+AA was linked with protection to dengue,
additionality to our results, in a case control study on Malaysia, the G/A+A/A TNFA (-308G/A)
genotype was associated with reduced risk for DHF[24]. The presence of A allele polymorphism
has been related to a higher TNFA gene expression level [25]. Therefore, our findings suggest a
possible correlation between the presence of high-expressing TNFA -308A allele and protection
against DF. The TNF-α cytokine in high and medium concentrations may inhibit the DENV
replication in human dendritic cells [23] and this inhibition may decrease the dengue infection.
Interestingly, the Brazilian studies that investigated the role of several cytokines
polymorphisms concluded that TNFA (-308G/A) were not related with predisposition to dengue
[26,27]. Studies conducted in population Thai [28] and Mexican[29] did not identify association
of the polymorphism of this cytokine with dengue. Some studies have shown the association of
the A allele of TNFA (-308G/A) polymorphism with severity of dengue in Cuban population with
80
secondary infection with DENV-2[30]. In a study conducted with Thai children, the same allele
was associated with the risk of bleeding[31]. Another study performed in Brazil identified a
significant association of TNFA allele A with no persistence of the symptoms of dengue in
convalescence[32]. In Sri Lanka, the G/G genotype was identified as a risk factor for the
development of dengue hemorrhagic fever[10]. In our study, the G/G genotype had a high
frequency in the case group compared with the control group but there was no significantly
statistical difference.
IL-10 is antinflammatory cytokine has been considered as key in the control of host
immune response by regulate the production of several pro inflammatory cytokines [33]. Likely
the IL-10 is regulated at transcriptional level by several polymorphisms in the promotor region in
this gene, among them the polymorphism -819 [15,33]. In our study, the T/T genotype of the
SNP IL-10 (-819 C/T) was significantly associated with susceptibility to dengue fever infection,
whereas the C/T genotype was linked with the progression for DHF differently from other studies
performed which did not identify association in the populations Brazilian [26], Singhalese [10]
and Cuban [30]. Nevertheless, the heterozygous genotype was previously associated with
protection for DF in India [34]. In this study, we found an association between C allele and
protection against the development for the DHF. Other studies, including one performed in a
sample from the Brazilian population, did not find any allelic association [24,26,34].
Interferons are cytokines that play a complex role in host resistance because of the action of
pathogens, the IFN-γ is able to upregulate the expression of Fcγ receptors on monocytes and
macrophages, thus, may facilitate viral replication [35]. The presence of +874 A/T polymorphism
in INF-γ gene has been shown to influence gene transcriptional level. Genotypes TT, T/A and
AA were associated with high, intermediate and low production of IFNG, respectively, wherein
the T allele was associated high levels [36]. Our findings suggest a possible association between
heterozygosity for IFNG (+874 A/T) polymorphism and a protector effect against DF and DHF.
The A allele previously showed a possible association with the non-persistence of symptoms
during thirty days, in primary dengue and persistence of symptoms in secondary dengue[32], in a
Brazilian patients cohort. Yet in population Brazilian, the genotype heterozygosity in comparison
of group control and dengue was linked with protection [27]. However, earlier studies did not
find associations between this SNP and dengue severity [30,34]. The T allele have been
associated with increased indoleamine-pyrole 2,3-dioxygenase (IDO) activity[37], the growth this
enzyme activity promotes a high conversion of tryptophan to kynurenine, a molecule involved in
DHF, for present increased significantly in patients with DHF [38]. The intermediate expression
A/T genotype may non-increased IDO activity, accordingly causing a low level of kynurenine
that may act in effect protector against DHF.
We also performed a haplotype analysis to investigate the combinatory effect among the
cytokines polymorphism. Our findings showed an association between TNFA/IL-10/IFNG GTA
haplotype and the susceptibility for dengue infection. While the TNFA/IL-10/IFNG GCT
haplotype was associated with a protector effect against DHF. The diversity genetic between
81
populations and miscegenation of population Brazilian may explain the different results presented
in this study.
Acknowledgements
Disclosure statement
None of the authors has any potential financial conflict of interest related to this manuscript.
Funding
This work was supported by the Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (FAPEAL) -
Programa Primeiros Projetos (PPP/2011) .
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Table 1 - Percent genotype distributions of TNFA, IL10 and IFNG in healthy controls and dengue patient groups.
SNP Genotype Control DEN DF DHF Model Genotype OR* with 95% CI p OR with 95% CI p OR with 95% CI p OR with 95% CI p
GG
TNFA G/G 99(73.3) 102(80.3) 63(80.8) 39(79.6) Codominant GA 0.52 (0.26-1.05) 0.12 0.45 (0.20-1.03) 0.13 0.49(0.19-1.27) 0.17 1.21(0.48-3.02) 0.54
AA
GA+AA vs 0.51 (0.26-0.99) 0.04 0.51 (0.26-0.99) 0.043 0.46(0.18-1.18) 0.092 1.12 (0.45-2.77) 0.8
-308 G/A 33(24.4) 24(18.9) 14(17.9) 10(20.4) Dominant
GG
GG+GA vs 0.36 (0.03-3.92) 0.38 0.58 (0.05-6.32) 0.64 0.00 (0.00-NA) 0.26 0.00 (0.00-NA) 0.31
A/A 3(2.2) 1(0.8) 1 (1.3) 0 (0) Recessive
AA
GG+AA vs 0.54 (0.27-1.07) 0.072 0.46(0.20-1.04) 0.054 0.50 (0.19-1.30) 0.14 1.23(0.49-3.07) 0.66
Overdominant
GA
Log additive -- 0.53 (0.29-0.98) 0.03 0.50 (0.24-1.04) 0.052 0.45 (0.18-1.13) 0.073 1.03 (0.44-2.41) 0.95
CC
IL10 C/C 72(53.3) 54(42.5) 37 (47.4) 17 (34.7) Codominant CT 4.07(1.52-10.85) 0.01 4.21 (1.45-12.25) 0.027 3.37 (0.89-12.82) 0.17 1.05 (0.34-3.2) 0.14
TT
C/C vs 1.78 (1.02-3.11) 0.04 1.62 (0.86-3.08) 0.13 1.83 (0.84-3.97) 0.12 1.78 (0.84-3.77) 0.13
-819 C/T 55(40.7) 54(42.5) 28 (35.9) 26 (53.1) Dominant
CT+TT
T/T vs CC 3.41 (1.33-8.72) 0.008 3.82 (1.38-10.59) 0.0089 2.66 (0.75-9.43) 0.14 0.71 (0.25-2.01) 0.51
T/T 8(5.9) 19(15) 13 (16.7) 6 (12.2) Recessive +CT
T/C vs 1.13 (0.65-1.97) 0.67 0.95 (0.50-1.83) 0.89 1.32 (0.61-2.83) 0.48 2.10 (1.01-4.38) 0.047
Overdominant
CC+CT
Log additive -- 1.79 (1.18-2.73) 0.0058 1.75 (1.09-2.82) 0.02 1.75 (0.97-3.18) 0.064 1.21 (0.3-2.02) 0.46
AA
IFNG A/A 43(35.2) 54(42.5) 35 (44.9) 19 (38.8) Codominant TA 0.45 (0.24-0.83) 0.02 0.45(0.22-0.92) 0.066 0.45(0.19-1.07) 0.1 1.15 (0.50-2.61) 0.79
TT
AA vs 0.54 (0.30-0.96) 0.03 0.53(0.27-1.03) 0.061 0.58(0.26-1.29) 0.18 1.23 (0.58-2.60) 0.59
+874 A/T 64(52.5) 46(36.2) 28 (35.9) 18 (36.7) Dominant
TA+TT
TT vs 1.39 (0.64-3.05) 0.4 1.39 (0.56-3.44) 0.48 1.81 (0.66-5.00) 0.26 1.31 (0.54-3.23) 0.55
T/T 15(12.3) 27(21.3) 15 (19.2) 12 (24.5) Recessive
AA+TA
TA vs 0.46 (0.26-0.82) 0.007 0.46 (0.24-0.89) 0.02 0.43(0.19-0.95) 0.034 1.02 (0.48-2.15) 0.96
Overdominant
AA+TT
Log additive -- 0.80 (0.54-1.20) 0.29 0.79 (0.49-1.27) 0.33 0.91 (0.51-1.60) 0.73 1.18 (0.3-1.92) 0.5
For IFNG it was used 122 controls due to used of PCR-ARMS did not getting amplification of some samples. *OR (Odds ratio) with CI (confidence interval) 95% adjusted for sex and age. SNP: single nucleotides
polymorphism; DEN (group DEN= DF+DHF); DF: dengue fever; DHF: dengue hemorrhagic fever.
Table 2 - Percent allelic distributions of TNFA, IL10 and IFNG in healthy controls and dengue patient groups.
IL10 C 199 (73.7) 162 (63.7) 102 (65.4) 60 (61.2 ) 0.62 (0.43-0.91) 0.018 0.67 (0.43 - 1.03) 0.088 0.56 (0.34 - 0.91) 0.028 0.83 (0.49 - 1.41) 0.59
-819 T 71 (26.3) 92 (36.3) 54 (34.6) 38 (38.8)
IFNG T 58 (37.2) 136 (39.7) 94 (38.5) 42 (42.8) 1.11(0.75-1.64) 0.65 0.94 (0.62-1.42) 0.86 1.19 (0.74-1.92) 0.53 1.26 (0.75-2.12) 0.44
+874 A 98 (62.8) 206 (60.3) 150 (61.5) 56 (57.2)
*OR (Odds ratio) with CI (confidence interval) 95% adjusted for sex and age. SNP: single nucleotides polymorphism; DEN (group DEN= DF+DHF); DF: dengue fever; DHF: dengue hemorrhagic
fever.
Table 3 - Combinations distributions of TNFA, IL10 and IFNG in healthy controls and dengue patient groups.
IMMUNOLOGICALINVESTIGATIONS
http://dx.doi.org/10.1080/08820139.2016.1248560
ABSTRACT KEYWORDS
Objective: This study determined whether tumor necrosis factor alpha (TNF- Dengue; interleukin-10; TNF-
α) and Interleukin-10 (IL-10) polymorphisms are associated with susceptibility alpha; meta-analysis;
to dengue. polymorphism
Methods: a systematic review with meta-analysis was conducted of the
associations between the TNF-α (−308G/A) and IL-10 (−819C/T)
polymorphisms and dengue.
Results: A total of eight case-controls studies involving 384 individuals with
symptomatic dengue, 571 individuals with dengue hemorrhagic fever, and
995 healthy controls were considered in the meta-analysis. There was no
significant association between TNF-α (−308G/A) and IL-10 (−819C/T)
polymorphism and dengue in overall population. However, stratifying meta-
analysis by groups, the meta-analysis revealed association between the TNF-
α −308 G/G (OR: 1.62, CI: 1.02–2.57, p = 0.04) genotype and allele G (OR:
1.62, CI: 1.04–2.55, p = 0.03) that confers susceptibility to symptomatic
dengue, while the TNF-α−308 G/A genotype (OR: 0.69, CI = 0.39–0.99, p =
0.04) and allele A (OR: 0.64, CI: 0.41–1.00, p = 0.05) confers protection to
symptomatic dengue. No difference was observed for the TNF-α (−308) and
IL-10 (−819C/T) polymorphisms in the comparisons of hemorrhagic dengue
versus control and hemorrhagic dengue versus symptomatic dengue.
Conclusion: This meta-analysis showed that TNF-α (−308) polymorphism is
associated with dengue symptomatic susceptibility.
Introduction
Dengue is the most common arboviral diseases in humans; it is mainly transmitted through
the bite of mosquitoes of the genus Aedes (Aedes Aegypti and Aedes Albopictus) in regions
tropical and subtropical. Dengue virus (DENV), member of the genus Flavivirus in the family
Flaviviridae, has four infectious serotypes: DENV 1–4, and there are reports of a fifth
serotype (DENV 5) that was located in the forests of South East Asia (Mustafa et al., 2015;
Guabiraba and Ryffel, 2014; Pozzetto et al., 2015). It is estimated that over 50 million people
are infected with DENV each year worldwide and about 2.5 million people live in endemic
countries (WHO, 2009) and a cartographic search estimated that about 390 million dengue
cases per year around of the world (Bhatt et al., 2013).
The disease can cause infections asymptomatic in most of cases. Symptomatic cases may
develop a milder form or progress to a more severe form, when patients may develop
increased vascular permeability. The progression to severe forms for DENV infection is
multifactorial, involving immunological/genetic factors of the host, genotype/serotype of the
virus, and environmental. Evidences epidemiological indicate that host immunity has
important role in the predisposing to severity of dengue and in the induction of clinical
characteristics (Gurugama et al., 2010; Herrero et al., 2013; Grange et al., 2015; Simmons et
al., 2015). Immune response is involved in the pathogenesis of infectious diseases and the
pro-inflammatory and anti-inflammatory cytokines are associated with the disease severity
(Acioli-Santos et al., 2008; Ennis; et al., 2009; Doeschl-Wilson et al., 2011; Costa et al., 2013;
Fang et al., 2012; Rothman, 2011; Rathakrishnan et al., 2012; Vejbaesya et al., 2009). The
tumor necrosis factor (TNF-α) and interleukin-10 (IL-10) have been associated with
progression of severe dengue, which are proinflammatory cytokines and anti-inflammatory,
respectively.
Hence, single nucleotide polymorphisms (SNPs) in the genes that are potentially involved in
the immune response may help on the comprehension of pathophysiology of infectious
diseases, as dengue. SNPs are small genetic variations that may influence in the genic
expression (Nardin, 2009; Lan, 2011). To better explain the association between these
reported polymorphisms and dengue, we conducted a review systematic with meta-analysis
about previously published studies. In the present study, we assess relationship of the
polymorphism TNF-α (−308G/A) and IL-10 (−819C/T) with the dengue infection and
progression of the illness.
Search strategy
The study consisted in a systematic review and meta-analysis of according with the
guidelines PRISMA statement (Moher et al., 2009). The databases PubMed, Web of Science,
Scopus, and Portal of Periodic of Capes were searched with unbounded period. The keys
words were used as follows: dengue, polymorphism genetic, TNF-α, IL-10, and cytokines.
Studies duplicated were excluded this review. The titles and abstract of the articles were
assessed for two authors (ACMS and BRCS) to determine inclusion independently and
selected about the association between polymorphisms of interest and dengue (Figure 1).
The discrepancies were resolved by consensus.
The approach PICOS (Pregunta, 2007) was used for definition of descriptors for assess
eligibility. In which participants were patients (P) with dengue and fever hemorrhagic
dengue; the intervention (I): TNF-α(−308G/A) and IL-10 (−819C/T) polymorphism
identification; compared to control groups (C): absence of dengue in the control group;
outcome (O): presence or absence of the TNF-α(−308G/A) and IL-10 (−819C/T)
polymorphism in the group of patients with dengue; Study design (S): genetic association
study.
Studies included in the systematic review were (1) articles that investigated polymorphisms
of TNF-αand IL-10 associated with dengue, (2) original data, and (3) studies in English
language. Exclusion criteria were (1) duplicated articles; (2) case, review, or articles only with
an abstract; (3) articles with other genetics polymorphisms and invitro experiments. Thefull
text wasread by all authors, because choosing of the studies could not be decided based on
title and abstract. The studies selected were established by the descriptors for eligibility to
this review. Disagreement on studies inclusions was resolved by consensus. All studies were
in accordance with the ethical aspects of research.
Two authors (BRCS and JMF) independently assessed the quality of the searches based on
the Newcastle–Ottawa Scale. Analysis was based on three broad dimensions: selection,
comparability, and exposure in studies case-control. The score varies from 0 up to 9, as
described follow: high-quality study: more than 7; medium-quality study: between 4 and 6;
poor-quality study: less than4. Inconsistencies between the investigators were elucidated by
debates to reevaluate the methodological quality.
The data extraction were composed for information about authors, gene, country of study,
type of study, size sample, mean age of cases and controls, genotype and allelic distribution,
Hardy–Weinberg equilibrium (HWE), and association.
Statistical analysis
Results
The databases show 58 possible relevant articles. Articles in duplicate were excluded; thus,
34 potentially articles were included (Figure 1). In this review, after carefully reading the
abstracts and titles, eight papers (Fernandez-Mestre et al., 2004; Perez et al., 2010; García-
Trejo et al., 2011; Xavier-Carvalho et al., 2013; Alagarasu et al., 2013; Alagarasu et al., 2015;
Sam et al., 2015; Fernando et al., 2015) were relevant to the key words and search strategy
in the electronic databases. The period of publication was 2004–2015 in populations from
different countries, thus distributed: two from India, one from Malaysia, one in Brazil, one
from Mexico, one of Cuba, one of Sri Lanka, and one in Venezuela. The meta-analysis was
performed with 384 individuals with symptomatic dengue individuals, 578 hemorrhagic
dengue individuals, and 988 healthy controls (Fernandez-Mestre et al., 2004; Perez et al.,
2010; García-Trejo et al., 2011; Alagarasu et al., 2013; Xavier-Carvalho et al., 2013; Alagarasu
et al., 2015; Fernando et al., 2015). Because the number of frequency genotype/allelic of the
TNF-α(−308G/A) and/or IL-10 (−819C/T) gene was not in accordance with the sample size
referred by authors (Perez et al., 2010; García-Trejo et al., 2011; Sam et al., 2015), we revised
it according to the percentage genotype described in the table of each study.
The classification of individuals was defined by criteria of the World Health Organization
(World Health Organization, 1997). The methods for detecting polymorphisms included PCR-
SSP (polymerase chain reaction-sequence specific of primers), RFLP for restriction enzyme
(Restriction Fragment Length Polymorphism), qPCR (real-time PCR), and Amplification-
refractory mutation system (ARMS-PCR). Information about authors, gene, country of study,
type of study, size sample, mean age cases and controls, genotype and allelic distribution,
HWE, and association were shown in Table 1.
The comparisons were conducted considering the genotypes and allelic frequencies and
stratified into the following groups: DEN (symptomatic dengue + hemorrhagic dengue)
versus control (seven studies by TNF-αand five studies by IL-10), symptomatic dengue versus
control (with four studies by TNF-αand two studies by IL-10), hemorrhagic dengue versus
control (with seven studies by TNF-αand two studies by IL-10), and hemorrhagic dengue
versus symptomatic dengue (with five studies by TNF-αand three studies by IL-10).
Quantitative data synthesis
In Table 2, the group DEN (symptomatic dengue + hemorrhagic dengue) versus control group
showed seven studies to TNF-α(−308G/A) with a total of 1887 participants (889 cases and
995 controls) and there was no significant association under genetic model dominant (Figure
2). When compared the group symptomatic dengue versus control, the analysis of TNF-
α(−308G/ A) showed four studies (García-Trejo et al., 2011; Alagarasu et al., 2013; Sam et al.,
2015; Alagarasu et al., 2015), with 314 symptomatic dengue cases and 436 controls. In Table
3, the meta-analysis of the TNF-α(−308G/A) polymorphism showed an association between
the genotype GG (OR: 1.62, CI: 1.02–2.57, p = 0.04) and the allele G (OR: 1.62, CI: 1.04–2.55,
p =0.03) in the development of infection dengue. Furthermore, the genotype GA (OR: 0.69,
CI = 0.39–0.99, p = 0.04) and the allele A (OR: 0.64, CI: 0.41–1.00, p = 0.05) were associated
with protection to symptomatic dengue (Figure 3). For comparison between hemorrhagic
dengue versus group control were used 7 studies (Perez et al., 2010; García-Trejo et al.,
2011; Alagarasu et al., 2013; Xavier-Carvalho et al., 2013; Sam et al., 2015; Alagarasu et al.,
2015; Fernando et al., 2015) with 546 hemorrhagic patients and 995 controls. No association
was found among the genotype GG (OR = 0.70, CI = 0.42–1.15, p = 0.15), genotype GA (OR =
1.49, CI = 0.45–1.07, p = 0.76), AA (OR = 0.15, CI = 0.01–3.60, p = 0.24), allele G (OR = 1.08,
CI: 0.65–1.80, p = 0.25), and allele A (OR = 0.92, CI = 0.56–1.54, p = 0.76).
In Table 2 which showed the group DEN (symptomatic dengue + hemorrhagic dengue) versus
control group with 5 studies for IL-10 with 646 dengue cases and 703 controls (Perez et al.,
2010; Xavier-Carvalho et al., 2013; Sam et al., 2015; Alagarasu et al., 2015; Fernando et al.,
2015), meta-analysis identified that any association was found between genotypes and
alleles (Figure 4). The analysis of IL-10 (−819C/T) between symptomatic dengue and group
control showed 2 studies (Sam et al., 2015; Alagarasu et al., 2015) with 172 patients dengue
and 227 controls and no association among the genotypes as also the alleles. The
hemorrhagic dengue versus group control was used 5 studies (Perez et al., 2010; Xavier-
Carvalho et al., 2013; Sam et al., 2015; Alagarasu et al., 2015; Fernando et al., 2015) with 631
hemorrhagic patients and 703 controls without association for the genotypes and alleles
(Table 3).
The DEN group versus control group for analyses of the TNF-α(–308G/A) obtained
heterogeneity in the codominat model for genotype GG (p = 0.01), GA (p = 0.02), allele G (p =
0.005), allele A (p = 0.005) and dominant model (<0.0001). In the analysis of IL-10 (– 819C/T)
for the DEN group versus control group for the genotype TC (p = 0.00001) and dominant
model (0.0001) there was large heterogeneity (Table 2). The TNF-α(–308G/A) showed
significant heterogeneity in the codominant model for genotype GG (p = 0.004), GA (p =
0.007), allele G (p = 0.004), A (p = 0.004) and in the dominant model (0.005) when compared
hemorrhagic dengue versus control group (Table 3). The genotype GG, GA, G allele, A allele
and IL-10 (– 819C / T), TT genotype and the dominant model showed heterogeneity in the
groups of hemorrhagic dengue and symptomatic dengue for TNF-α. The genotype GG (p =
0.03), GA (p = 0.04), allele G (p = 0.02), allele A (p = 0.02) and for IL-10 (–819C/T) the
genotype TT (p = 0.04) and the dominant model (0.002) demonstrated heterogeneity in the
groups of hemorrhagic dengue and symptomatic dengue for TNF-α(–308G/A) (Table 3). The
symptomatic dengue versus control for IL10 (–819C / T) obtained heterogeneity for
dominant model (0.002).These variations might be due to clinical or genetic heterogeneity.
Egger’s funnel plot was used to identify potential risks bias. In comparison of the group DEN
(hemorrhagic + symptomatic dengue) versus controls was indicated publication bias for
genotype CT (z = 2.96, p = 0.003) (Figure 5) and any to TNF-α(−308G/A) (Figure 6). The results
indicated no significant evidence for publication bias in comparison symptomatic dengue
versus group control to TNF-α(−308G/A) (Figure 7). In comparison of the group hemorrhagic
dengue versus controls, no significant evidence for publication bias was meet, except CT (z =
2.55, p = 0.01). In relation to the category hemorrhagic dengue and symptomatic dengue
was identified significant evidence for publication bias in the allele G (z = 4.25, p = <.0001)
for TNF-α(−308G/A) and for IL-10 (−819C/T) the genotype CT (z = −1.98, p = 0.04).
Comparing the forest plot of the TNF-α(−308G/A) gene from dengue and hemorrhagic
dengue versus control observed that these latter studies showed less variability in genotypes
and alleles. In addition, the hemorrhagic versus control was higher heterogeneity than
others were. This suggests that in DHF, genotypes and alleles of the TNF-α(−308G/A) gene
have distinct characteristics of classical dengue and control. The same was identified with
the IL-10 (−819C/T) polymorphism gene.
Discussion
However, the −308A allele in the Cuban (Perez et al., 2010) and Thailand (Chuansumrit et al.,
2013) population has reported the association with the severity of the dengue (dengue
hemorrhagic fever) (Dettogni et al., 2015). Although the TNF-α-308A allele was not
statistically significant, the frequency of this allele was elevated in children with dengue
hemorrhagic fever of India (Alagarasu et al., 2013). Thailand’s children showed association
between polymorphism −308A and significant bleeding manifestations (Chuansumrit et al.,
2013).
Figure 5. Funnel plot with 95% confidence limit on the IL-10 (−819) polymorphism of overall population.
Study realized in human dendritic cells reported that TNF-αcytokine in high and medium
concentration in blood inhibits the DENV replication; this may suggest that the TNF-α−308A
allele high expressing might be involved in the protection of the symptomatic dengue as
visualized in the review (Shi et al., 2006).
In a study in the Brazilian population, TNF-α −308GG genotype was associated with
persistence of neurological, psychological, and behavioral symptoms (Dettogni et al., 2015).
Adults and children of Malaysia with GG genotype were associated with the development of
dengue hemorrhagic fever compared to controls. In this same population, the G/A genotype
was associated positively to protect against the evolution of dengue hemorrhagic fever and
dengue shock syndrome (Sam et al., 2015); this genotype also showed a protective effect in
the review to symptomatic dengue. Other study in Malaysia the TNF-α −308GA+AA displayed
a protection role against dengue hemorrhagic fever and dengue shock syndrome (Sam et al.,
2015).
Figure 6. Funnel plot with 95% confidence limit on the TNF-α (−308G/A) polymorphism of overall population.
Figure 7. Funnel plot with 95% confidence limit on the TNF-α (−308G/A) polymorphism in the group symptomatic
dengue versus control.
Allelics forms of IL-10 (−819 C → T) genotypes have not been associated with disease
severity. However, a study conducted with Cuban population, organizing polymorphisms
promoter in haplotypes, showed significant relation between polymorphisms and DHF, when
positions −1082/−819/−592 of IL-10 gene were coupled in ACC and ATA haplotypes (Perez et
al., 2010). In the other hand, non-presence of GCC haplotype was reported as protective
effects against DHF/DSS in Malaysian population (Sam et al., 2015).
Others studies obtained associative results with the dengue disease when combined
different polymorphism in combinations, joining IL-10 (−819C/T) polymorphisms with
polymorphisms of other genes that expressing pro-inflammatory molecules, obtaining
configurations statistically significant, as on study conducted in Indian population (Alagarasu
et al., 2015), heterozygous genotypes of IL-8 rs4973 and IL-10 rs1800871(−819) are
associated with reduced risk of DHF.
Researches realized with pro- and anti-inflammatory cytokines, when find significant results,
contribute to the hypothesis that dengue is a disease modulated by a complex response to
infection, that is guided by these molecules. In this perspective, the description of SNPs in
the human genome can be a powerful tool in studies of diseases such in as dengue
associations (Vejbaesya et al., 2009).
This meta-analysis did not identify association of IL-10 (−819C/T) polymorphism with
dengue. Few studies have analyzed the role of IL-10 polymorphism in dengue pathogenesis;
so, there has been the need for further population studies that can identify the genetic
profile of individuals with dengue. The association of IL-10 polymorphism with infection
progression was strongly correlated in studies that used the haplotype –1082/–819/–592 in
the IL-10 gene promoter. In conclusion, this metaanalysis propose that the TNF-α −308 G/G
genotype and allele G confer susceptibility to symptomatic dengue, while the TNF-α −308
G/A genotype and allele A confer protection. However, due to the number of studies of the
studies included in the metaanalysis, the results should be deduced with attention. Sources
similar genotyping analysis in several ethnic populations is necessary to validate the
association between SNPs with susceptibility or progression in relation of dengue. Future
studies should involve large sample sizes, homogeneous populations of dengue patients,
investigating the genetic profile of patients with dengue compared to the viral serotype,
clinical, and laboratory features. This is necessary to understand complete way of the
paradigm of host genetics.
Declaration of interest
The authors declare that there are no conflicts of interest.
Funding
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APÊNDICE C – Artigo original 2
• Artigo submetido ao periódico “Revista de enfermagem UFPE On Line” com fator de
impacto: 0,963 e qualis CAPES na classificação medicina II: B5.
APÊNDICE D – Artigo original 3
Artigo construído em parceria com o programa de pós-graduação em biotecnologia –
RENORBIO – UFPE
APÊNDICE E – Patente em parceria
Patente desenvolvida em parceria com o programa de pós-graduação em biotecnologia –
RENORBIO – UFPE.
ANEXO A - Protocolo de extração de DNA genômico por NaCl
1. Aos tubos contendo swab adicionar 600µl (para tubos de 2ml) ou 400µl(para tubos de
1,5ml) de TES (Tris HCL 10mM pH 7,6; EDTA 1mM; SDS 0,6%) e 7 µl(para 600 µl)
ou10 µl (para 400 µl) de proteinase K (10mg/ml);
2. Incubar por 2h a 42ºC;
3. Após a incubação retirar o swab (este passo exige o máximo de cuidado para a retirada da
escova que deve ser realizada com uma pinça pequena e exclusiva para o procedimento);
4. Adicionar 84µl (para 600 µl)ou 116 µl (para 400 µl) de NaCl e agitar manualmente com
vigor;
5. Centrifugar por 1 minuto a 15.000×g;
6. Transferir o sobrenadante para um novo tubo e adicionar 2 vezes (800 µl) o volume de
etanol absoluto;
7. Agitar e centrifugar os tubos por 1 minuto a 15.000×g;
8. Descartar o etanol absoluto e adicionar 1ml (1000 µl) de etanol a 70%;
9. Inverter os tubos diversas vezes para lavar o pellet;
10. Centrifugar os tubos por 1 minuto a 15.000×g e desprezar o sobrenadante;
11. Deixar os tubos abertos por 30min invertidos em papel limpo, para evaporação do etanol
residual;
12. Dissolver o DNA em 60µl de TE 10:0,1 (Tris HCL 10mM pH 7,6; EDTA 1mM)
OBS: Passar no vortex;
13. A concentração de DNA obtida é em torno de 80ng/µl.
ANEXO B - Parecer de aprovação da pesquisa pelo Comitê de ética e pesquisa.
ANEXO C - Termo de consentimento livre e esclarecido
‘’O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe com
consentimento livre e esclarecido dos participantes, indivíduos ou grupos que, por si
e/ou por seus representantes legais, manifestem a sua anuência à participação na
pesquisa. Entende-se por Processo de Consentimento Livre e Esclarecido todas as
etapas a serem necessariamente observadas para que o convidado a participar de uma
pesquisa possa se manifestar, de forma autônoma, consciente, livre e esclarecida’’.
Resolução Nº 466 de 12 de dezembro de 2012.
Finalmente, tendo eu compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participação no mencionado estudo estando consciente dos meus direitos, das minhas
responsabilidades, dos riscos e dos benefícios que a minha participação implica, concordo em
dele participar e para isso eu DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO EU
TENHA SIDO FORÇADO OU OBRIGADO.