Manejo Operatório de Restaurações Estéticas Classe Ii: Como Aumentar Sua Longevidade
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necessary instruments and the lack of knowledge of the anatomical details of the dental
elements to be rehabilitated. between the tooth substrate and the restorative material.
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
Esta revisão de literatura utilizou artigos científicos com buscas nas seguintes bases de
dados bibliográficos: Google Acadêmico, Scielo e PubMed que foram selecionados usando as
seguintes palavras-chave: resinas compostas; longevidade; odontologia estética; falha de
restauração classe II; sistema de matrizes, resistência de adesão de reparo em resina
composta; estratégia de adesão de resina composta; e restabelecimento do ponto de contato
proximal. Os resultados foram analisados em termos de reparo, selamento e recondicionamento
de restaurações defeituosas. Foram utilizados artigos de revisão de literatura, revisão
sistemática, estudos clínicos randomizados, bem como capítulos de livros pertinentes aos temas
publicados no período de 2001 a 2021.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em uma meta-análise dos arquivos observou-se que a principal causa de falha das
restaurações deve-se em 73,9% à cárie secundária, 8% à perda ou fratura do material, 5,3% à
fratura marginal do tecido dentário e 2,4% aos defeitos marginais da restauração (VELOSO et
al., 2019; TATEYAMA; YAMAMURA, 2018).
A técnica do uso de resinas compostas em dentes posteriores é muito sensível e deve
obedecer a um rigoroso protocolo clínico. Vários fatores podem levar o cirurgião a cometer
falhas que levam ao fracasso da restauração. Entre eles podemos listar a não disponibilidade de
materiais e instrumentais adequados, condições de atendimento, falta de colaboração do
paciente, desconhecimento da técnica e inobservância às recomendações do fabricante
(BARATIERI et al., 2001; OGLIARI, 2015; SABER, 2011).
Nesse sentido, deve-se notar que uma boa restauração é o produto da coincidência de
três fatores fundamentais como: uma correta indicação baseada em um bom diagnóstico, uma
ótima técnica operatória e uma adequada seleção e manuseio do material a ser utilizado (AL
HARBI et al., 2016).
Pode-se classificar também essas falhas entre três grupos de fatores relativos: quanto à
técnica restauradora; ao perfil odontológico do paciente e ao material restaurador (EL-SHAMY
et al., 2018; LYNCH, 2014).
As falhas técnicas mais comuns são: preparo cavitário incorreto baseado em princípios
que não se aplicam as técnicas adesivas; não remoção total do tecido cariado que pode levar a
sensibilidade pós operatória, bem como o deslocamento ou fratura da restauração e ainda a cárie
recorrente; isolamento inadequado do campo operatório levando a contaminação e falha da
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lixa, conferência do ponto de contato com o fio dental, e acabamento e polimento com discos
de borracha e tiras de lixa é imprescindível para também permitir uma maior longevidade da
restauração estética, visto que a rugosidade das resinas compostas contribui negativamente para
o acúmulo de biofilme (SILVA; REIS, 2003).
A grande procura dos pacientes aos consultórios odontológicos para trocas de
restaurações de resina classe II estéticas, apresentou uma série de fatores envolvidos, o que
levou os profissionais a buscar novos caminhos para reparação de possíveis causas e danos, e
assim aumentar a sobrevida do tratamento clínico.
De acordo com Hirata (2011) há dificuldade quando o cirurgião dentista escolhe
substituir uma restauração, pois isto pode representar a realização de sobre tratamento, e
consequentemente a degradação de tecido dentário saudável. Para Baratieri et al (2001) a
correção das falhas, independente do fator, deve ocorrer com a remoção parcial ou total do
material de forma meticulosa e preservando tecido sadio.
Enquanto para Lynch et al (2014) as restaurações com presença de lesão de cárie nas
margens, são indicativos de que estas são lesões novas e não recorrentes. Portanto torna-se
possível a intervenção localizada ao invés da substituição total, evitando o excesso de
tratamento, que pode causar iatrogenias, levando a um possível tratamento endodôntico.
As condições em que o ângulo-cavo superficial se apresenta, foi discutida segundo os
autores, pois términos visivelmente bem expostos permitem uma melhor adaptação da matriz e
ajuste da cunha, bem como a eficácia do sistema adesivo quando há presença de esmalte, se
mostrando eficaz perante as micro infiltrações que podem ocorrer caso ocorra falha do operador
no momento da técnica restauradora (CATELAN et al., 2010; SILVA; REIS, 2003).
Para fornecer contatos proximais mais eficientes e anatômicos várias técnicas e
instrumentos são propostos. Saber et al. (2011) e Wirsching et al. (2011) concluíram que o
sucesso para obter separação interdental e reproduzir o contato proximal é indispensável a
utilização dos sistemas de matrizes.
A técnica incremental durante a colocação do compósito, bem como o tipo de resina a
ser utilizada, e fotopolimerização adequada, foram os requisitos fundamentais segundo os
autores (CATELAN et al., 2010; AL-HARBI et al., 2016; SABER et al., 2011; HASSAN et
al., 2010; LOOMANS et al., 2006), para aumentar a longevidade das restaurações estéticas
classe II.
Visto que o sucesso das restaurações estéticas em resina composta depende
principalmente da habilidade do operador desde o preparo cavitário propriamente dito à escolha
dos materiais a serem utilizados e sua aplicabilidade técnica, outro fator de grande relevância
que contribuiu para manutenção e durabilidade desse trabalho foi citado em outros
estudos enfatizando que a manutenção e os cuidados da saúde bucal do paciente causou um
impacto no controle do biofilme e diminuição do ciclo restaurador repetitivo, gerando uma
maior longevidade as restaurações do tipo classe II (BARATIERI et al, 2018; SABER et al.,
2011).
A procura por restaurações estéticas em dentes posteriores faz com que os compósitos
odontológicos passem por contínuas melhorias, até que se consiga materiais e técnicas
considerados ideais, pois até o momento nenhum material restaurador foi capaz de restabelecer
forma, função e estética como o dente natural (CATELAN et al., 2010).
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
CHAVES, A. A. et al. Restauração com resina composta pela técnica do índex oclusal–relato
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sistemática. Journal of Dentistry & Public Health (inactive/archive only), v. 9, n. 1, p. 47-
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Opera Dent. 2003 Jan-Feb;28(1):92-9
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resina composta classe II: relato de caso. RSBO, v. 17, n. 2, p. 208-214, 2020.
SABER, MH et al. Criação de contatos proximais firmes para restaurações de resina composta
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SILVA, R.C.S.P.; REIS, J.M. O tratamento superficial das restaurações de resina composta
influencia na microinfiltração marginal, Rev. Odontol. UNESP, v. 32, n. 2, p. 87-91, jul./dez.
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WIRSCHING, Eva et al. Influência dos sistemas de matriz na tensão de contato proximal de
restaurações de resina composta posterior de 2 e 3 superfícies in vivo. Journal of dentistry, v.
39, n. 5, pág. 386-390, 2011.
Publicado em 31/07/2023
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