FRAGOSO - Interlocuções Entre A Etnomusicologia e A Educação Musical
FRAGOSO - Interlocuções Entre A Etnomusicologia e A Educação Musical
FRAGOSO - Interlocuções Entre A Etnomusicologia e A Educação Musical
Musical
DAISY FRAGOSO
Universidade de São Paulo ([email protected])
C
onsiderando experiências em sala de aula, acumuladas ao longo do
tempo do meu trabalho como educadora musical, pode-se dizer que as
crianças costumam ter muito prazer em cantar canções em outra
língua, tocar músicas de diferentes povos e participar de jogos de diversas culturas.
Essa prática, na educação musical, pode trazer alguns benefícios, um resultante do
outro, para os estudantes – e educadores –, tais como 1) enriquecer e ampliar o
repertório musical da criança; 2) desestabilizar e rearranjar posições antes
cristalizadas pelas sonoridades as quais se está acostumado a ouvir; 3) expandir as
ideias de música, contemplando outras mais; 4) contribuir para o rompimento de
posturas preconceituosas em relação à sonoridade e cultura alheias, e para a
promoção da alteridade (FRAGOSO, 2015a). A razão para isso consiste no confronto
provocado entre as músicas que são moldadas pelo ambiente e que fazem parte da
memória musical e as músicas que as crianças não estão acostumadas a ouvir – as
músicas insólitas de Salles (2002, p. 101):
Essa audição interfere no imaginário e no corpo; como que retira a música dos
estados já codificados para outros mais livres. O confronto da ordem com a aparente
desordem sonora dispara reações ativas e criativas, na medida em que promove um
rompimento de estrutura (SALLES, 1996, p. 54, grifo do autor).
No entanto, tal exposição coleciona benefícios que vão além daqueles que se
referem às habilidades musicais e à própria música em si (por exemplo, a
possibilidade de ampliar o repertório e as ideias de música, respectivamente). Como
já enunciado no último item listado, o contato com músicas e canções de diferentes
culturas pode contribuir para o rompimento de posturas em relação à própria
cultura de que determinada música faz parte e até mesmo aos indivíduos de que
tratam tais músicas.
[...] ouvir e aprender a ouvir a sonoridade dos outros significa entende-los melhor,
da mesma forma que entender as sonoridades alheias vai fazer com que entendamos
melhor o nosso meio ambiente sonoro também, reconhecendo e respeitando as
alteridades (2001, p. 275).
Se você ensina [música guarani] para um aluno seu, esse aluno vai ensinar para
outros e vai ajudar a divulgar nossa cultura, nosso povo. É um trabalho importante.
Vai diminuir o preconceito, né? (Elias Vera, trecho extraído de uma de nossas
conversas).
e verdades que a diversidade contém e produz” (ibidem, p. 119). Por esta razão, isto
é, para que se promova a pluralidade de saberes, neste caso, musicais, e para que se
divulguem as culturas e músicas indígenas, conforme enunciado pelo xeramoĩ,
optou-se por tomar este repertório para fins de análise.
4
Tradução: Música Tradicional da África do Sul.
Revista Música – Programa de Pós-Graduação em Música da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, v. 18, n. 1, 2018.
Muitas das imagens são reconhecíveis da pesquisa etnomusicológica dos anos 30,
sem que seja feito um recorte como material histórico. As descrições sob cada
fotografia tendem a posicionar os performers como anônimos, descontextualizados
e des-historicizados, por exemplo “um grupo de mulheres segurando um tambor
ingqongqo” e “homens tocando o tshihoho”. Assim como suas práticas musicais, o
livro coloca as pessoas como objetos isolados em um museu etnográfico:
preservados para sempre e imutáveis, atrás de um vidro 6 (HARROP-ALLIN, 2005, p.
112).
5
Original: “[...] reinforce racial stereotypes because people are positioned in particular times and places,
as rural and primitive.”
6
Original: “Many of the images are recognisable from ethnomusicological research of the 1930s, but
they are not framed as historical material. The descriptions under each photograph tend to position
performers as anonymous, de-contextualised and de-historicised, for example ‘a group of women hold
the ingqongqo drum’ and ‘men playing the tshihoho’. Like their musical practices, the book places people
like isolated objects in an ethnographic museum: forever preserved and unchanging, behind a glass
case” (HARROP-ALLIN, 2005, p. 112).
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Musical
cosmologia guarani Mbya), pode haver certa dificuldade por parte do professor no
uso deste material em sala, justamente porque o foco não é o uso escolar. Para tanto,
seria pertinente ao trabalho educacional que o educador tivesse acesso a gravações
selecionadas e contextualizadas e também a trabalhos bibliográficos
(preferencialmente acompanhados de CD e/ou partituras) de cunho escolar ou
didático (FRAGOSO, 2015a, p. 28).
Para que a canção pudesse ser usada em sala de aula, Villa-Lobos faz algumas
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alterações, como 1) a tonalidade: enquanto a nota mais grave no registro de
Roquette-Pinto é o Dó3, no arranjo de Villa-Lobos é o Mi@3, fazendo com que a
região compreendida na nova tonalidade favorecesse a extensão das vozes infantis;
2) o deslocamento dos tempos: Roquette-Pinto inicia a frase melódica no 2º tempo,
ao passo que Villa-Lobos o faz no 4º tempo, o que altera, em consequência, a
acentuação das palavras. Além disso, tem-se a impressão (a julgar pela sinalização
colocada em números romanos sobre a partitura) de que Villa-Lobos também
propõe um cânone, em que a segunda voz entraria no último tempo do terceiro
compasso, e, no penúltimo compasso da música, as vozes se encontrariam. No
entanto, a existência do cânone é somente uma hipótese, já que este em particular
resulta em combinações harmônicas bem pouco usuais, soando como uma regulação
forçada, cujo resultado musical dá margem a dúvidas.
7
Villa-Lobos (1940) e Roquette Pinto (1938) registram o nome “Pareci Haliti” como “Pareci”. Porém,
Salles (2017), pesquisador das músicas desta etnia, escreve Paresi Haliti. Optamos por manter a
grafia como registrada pelo último, já que esta é a designação original do nome (FRAGOSO, 2015a, p.
29).
8 Ibidem, p. 69.
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Outra canção guarani Mbya, traduzida para o português, diz “Nós andamos
pelo caminho acompanhados de canções para que sejamos/nos façam
alegres/felizes” (FRAGOSO, 2015a, p. 58). Este texto faz referência à crença dos
Guarani de que estão em constante caminhada até chegarem à yvy mara e’y (“Terra
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Por esta razão é que o trabalho com canções indígenas, que é o exemplo eleito
aqui, poderia ir além do acesso a alguma canção indígena: conhecer a tradução, a
grafia, os contextos que envolvem sua performance, pode estimular uma postura
mais sensível – e autônoma – em relação às questões indígenas como um todo
(cultura, cosmologia, política etc.), afinal, tais questões são parte de uma rede”, 10 em
que seus elementos estão todos, de alguma forma, conectados. 153
O que se sugere aqui é, por isso, que sejam produzidos materiais que atendam
à demanda de conciliar as áreas da Educação Musical e da Etnomusicologia,
disponibilizando músicas de diferentes culturas que possam ser utilizadas em
contextos de ensino de música, quanto sua partitura, a tradução e pronúncia do
texto, notas explicativas, de maneira correspondente à realidade cultural atual dos
povos a quem pertencem tais músicas.
9 Ibidem, p. 142.
10 Ibidem, p. 143.
11 De acordo com informações do Instituto Socioambiental – ISA, disponíveis em
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Maxakali, acessado em 20/04/2018.
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Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, v. 18, n. 1, 2018.
ver, ouvir pensar e agir”, “Cantos para multiplicar as coisas que existem”, “Cantos
para percorrer o mundo”, “Cantos para abrir escuta”, dentre outras, o livro ainda
traz ilustrações feitas pelos próprios Tikmũ’ũn. Por meio delas são registrados os
cantos apresentados e outras informações como mapas das aldeias, as origens dos
povos aliados, a maneira como os homens e as mulheres se organizam nos cantos e
danças etc. (Figura 3).
Para os Tikmũ’ũn, a escuta musical é povoada por todos os sons da aldeia e da mata:
assovios, gritos de crianças, sons de cigarras, sapos, grilos. Escutar música é também
ouvir o som produzido por uma lagartixa rastejando na areia ou o zumbido das
abelhas. É, pois, treinando a escuta que o Tikmũ’ũn passa a compreender melhor os
sons que fazem parte de sua vida, e compreender melhor tudo o que está à sua volta.
Exemplo disso é o fato de que, para localizar o mel das abelhas, é preciso escutá-las
bem (TUGNY, 2013, p. 29).
sonoras.14 Esta atividade, vale notar, dialoga com a pesquisa de Salles (1996),
quando este discute a gênese da notação musical da criança, indicando, portanto, a
possibilidade de incluir as canções indígenas, por exemplo, em processos de escrita
e registro musicais com crianças.
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14 Ibidem, p. 30.
15 Ibidem, pp. 15-16.
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Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, v. 18, n. 1, 2018.
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Figura 4. Uma das ilustrações contidas no livro organizado por TUGNY (2013, p. 38), em
que são registrados, de acordo com a legenda na imagem original, “homens e mulheres
cantando”.
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Sobre este exemplo, cabe observar que no arranjo vocal disponibilizado não
é possível executar, com as crianças, a linha do baixo e, mesmo a linha destinada aos
158 contraltos/tenores pode ser de difícil execução, considerando a extensão das vozes
infantis. Mesmo assim, ao professor é possível aproveitar o material e rearranjá-lo
de modo a se adequar ao seu grupo de trabalho.
Interlocuções entre a Etnomusicologia e a Educação
Musical
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Figura 5: Sugestão de arranjo da canção Koi Txangaré (PUCCI e ALMEIDA, 2003, p. 115).
Assim como Outras terras, outros sons, o livro Cantos da floresta: iniciação ao
universo musical indígena (PUCCI & ALMEIDA, 2017) é dirigido a professores e
educadores musicais interessados no repertório musical indígena e nas questões
que tal interesse traz consigo. Nesta rica produção, a música é central, mas não
exclusiva, de modo a compor a coletânea numerosas informações sobre as questões
que se conectam com a música. Ou seja, as músicas indígenas são o eixo central desta
obra, mas, por remeterem a tópicos outros sobre o universo indígena, são
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Figura 6. Exemplo de um dos assuntos abordados no material de PUCCI & ALMEIDA (2017,
p. 195). Na sessão dedicada à música dos Kaingang, são apresentados alguns dos grafismos
dessa etnia. As duas primeiras fotos ilustram dois traçados da identidade Kaingang: o
kairú e o kamé, respectivamente. Já a terceira foto é um registro dos grafismos nas
cestarias kaingang.
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Figura 7: Depois de explicarem o que são os cantos de gufã e de guerra (PUCCI &
ALMEIDA, 2017, pp. 199-201), as pesquisadoras disponibilizam a partitura de alguns
cantos Kaingang (conforme a descrição contida na imagem). Precedendo a partitura, há
um texto explicando do que se trata a canção e, em seguida dela, a letra em Kaingang, um
guia de pronúncia e a tradução.16
18 Ibidem, p. 646.
19
Original: “[...] one way to understand the music of the Venda was through a study of children, their
songs, and the musical processes in which they engaged” (CAMPBELL, 2000, p. 341).
20 Ibidem, p. 341.
21
Palestra apresentada em 03/08/2010, em Pequim, China.
Interlocuções entre a Etnomusicologia e a Educação
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22 Ibidem, p. 117.
23 Ibidem, p. 114.
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Nota-se aqui a proposta de diálogo entre as áreas como um meio que pode
contribuir para a prática docente, na medida em que colocaria o educador musical
em contato com diferentes formas de ensino e aprendizagem de música, permitindo
a ele ampliar seus métodos didáticos e pedagógicos, sua abordagem. Contudo, o que
se propõe aqui vai além dos benefícios que tal encontro proporciona para a prática
docente; propõe-se que os saberes de diferentes culturas cheguem aos estudantes
de tal modo que tanto as culturas a que tais saberes pertencem sejam conhecidas e
valorizadas, quanto as habilidades musicais e sociais que podem ser desenvolvidas
por esse contato sejam viabilizadas ao aluno.
24
Original: “An understanding of aural learning, including imitation, improvisation, the presence,
partial use, or complete absence of notation, and rehearsal strategies as they found in various cultures
are more than academic exercises or curious pastimes. They are among the concerns of practicing
teachers who seek the most means of instruction their students” (CAMPBELL, 2003, p. 27).
Interlocuções entre a Etnomusicologia e a Educação
Musical
Considerações finais
Tendo em vista a relevância da inclusão de músicas de diferentes e povos e
culturas na educação musical para a formação do indivíduo, para a divulgação e
conhecimento dessas culturas e, em consequência, para a desconstrução de
estereótipos, considera-se aqui a necessidade de uma abordagem que contemple
tais culturas de forma densa e contextualizada. Um dos meios para tal é a
compreensão de que música e cultura são pares indissociáveis, e que, por isso, o
trabalho com este repertório precisa considerar e abarcar elementos outros dessa
cultura que vão além daqueles musicais.
Agradecimentos
Às crianças Guarani da aldeia Tenondé Porã e suas famílias; às crianças do
Tico-tico Coral Infantil. A Carob House pela contribuição com esta pesquisa.
Aguyjevete!
Revista Música – Programa de Pós-Graduação em Música da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, v. 18, n. 1, 2018.
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