Liquidos de Derrame
Liquidos de Derrame
Liquidos de Derrame
Fluido situado entre as membranas serosas que revestem as cavidades fechadas do organismo.
Prof Vany Elisa Pagnussatti Faculdade de Farmcia PUCRS Laboratrio de Patologia Clnica HSL - PUCRS
Acmulo de lquidos
Sempre patolgico e pode ocorrer por alteraes:
Na hidrodinmica No contedo protico Na permeabilidade capilar
TRANSUDATOS
Provm de um processo mecnico.
EXSUDATOS
So originrios de um processo inflamatrio.
Condies que comprometem diretamente as membranas - aumento da permeabilidade capilar. - diminuio da reabsoro linftica. Exemplos: infeces neoplasias
EXSUDATO
Amar. ouro, Verm Turvo, hemorrg. >1020 > 3,0 g/dl > 0,5 > 200 UI/l > 0,6 > 500
Exsudato
PATOLOGIAS RELACIONADAS
Transudatos
Insuf. Cardaca congestiva Cirrose heptica Hipoalbuminemia Sindrome Nefrtica Obstruo da veia Heptica
Exsudatos
Tuberculose Neoplasias primrias Neoplasias Metastticas Pancreatites Ca de Pncreas e ovrio Esquistossomose Pericardite
Pneumonia , pancreatite
Diminuio da drenagem linftica:
2. TRANSUDATOS - Insuficincia cardaca congestiva - Embolia pulmonar - Sndrome nefrtica - Cirrose heptica - Desnutrio 4. QUILOSO - Ruptura traumtica do ducto torcico - Obstruo ao retorno venoso central (trombose de grandes vasos) -Obstruo do ducto torcico (linfomas, aneurisma de aorta, tuberculose, filariose) - Doenas do sistema vascular linftico (linfomas)
3. DERRAME HEMORRGICO - Traumatismo torcico - Neoplasias - Embolia pulmonar c/s infarto pulmonar - Pancreatite - Insuficincia cardaca - Sndrome de Dressler
LQUIDO PLEURAL
Localiza-se entre a pleura parietal e visceral. continuamente produzido pela pleura parietal por filtrao do plasma, atravs do endotlio vascular, e absorvido pela pleura visceral. Entra no espao pleural por capilares na pleura parietal. removido via linfticos na pleura visceral.
Lquido Pleural
Derrame pleural
Acmulo de lquido no espao pleural Diagnstico
Exame fsico Rx trax Ecografia CT trax
Toracocentese = remoo do derrame pleural Indicaes: alvio da falta de ar causada pela compresso do tecido pulmonar obteno de amostra de lquido para exames diagnsticos
Derrame pleural
Toracocentese
Coleta: Puno na regio comprometida, nvel do 6 ou 7 espao intercostal do lado afetado, na borda sup. da costela.
Toracocentese
Toracocentese
Fisiopatologia
Hidrotrax
Neoplasia 25% Insuficincia Cardaca
Doena isqumica, valvular, congnitas... Uni ou bilateral
Cirrose
Mais a direita
Tromboembolismo pulmonar
Serosanguinolento / pouco volume
Fisiopatologia
Empiema (pus)
Pneumonia Abscesso pulmonar Ps-operatrio Trauma Ruptura esfago Abscessos abdominais
Hemotrax
Sangue
Empiema
Hematcrito do Lquido:
< 1% - sem significado >1% - <20% - Derrame neoplsico Tromboembolismo pulmonar >20% ou 50% do Ht no sangueHemotrax
DERRAMES LIPMICOS
Derrame quiloso: -Triglicerdeos elevados, - colesterol baixo -Associado leso linftica: - neoplasia, trauma Derrame quiliforme ou pseudo-quiloso: -Triglicerdeos baixos, - colesterol elevado -Associado derrame crnico: - tuberculose, doena reumatide
LQUIDO PERITONEAL
ASCITE - Acmulo de lquido seroso na cavidade peritoneal
Conduta
Ascite diagnosticada = paracentese
Causas
Hipertenso porta - cirrose
- insuficincia cardaca
Gradiente de albumina >1,1 g/dl Protena <2,5 g/dl Leuccitos <250 PMN /mm3
Ascite Maligna
Carcinomatose peritoneal
Mesotelioma Tumores Metastticos
Estmago Clon Pncreas Ovrio Mama Pulmo Linfoma
PERICRDIO
Posiciona e isola corao das outras estruturas do trax.
LQUIDO PERICRDICO
Fludo transparente e amarelo claro Encontrado em pequenas quantidades entre as membranas pericrdicas (10 50 ml) Funo de Lubrificao Evita o atrito entre as camadas Parietal e Visceral
Pericardiopatias
Derrames pericrdicos:
Por alterao na permeabilidade das membranas: - Pericardite, - Neoplasias, - Doenas sistmicas. Clnica: nica globoso da silhueta cardaca, compresso cardaca durante o exame, 2ria distrbios sistmicos.
Derrame pericrdico agudo: agudo - tamponamento e compresso cardaca, - P venosa, P arterial, sncope ou morte sbita
DOENAS DO PERICRDIO
Pericardites:
- Viral: Epstein-Barr, Hepatite, Cachumba, HIV - Tuberculosa: disseminao linftica/hematognica - Bacteriana: processo infeccioso pulmonar - Neoplsica: Ca de pulmo, mama, Linfomas, Ca renal - Urmica: Complicao da Insuficincia renal. - Ps-infarto: Sndrome de Dressler - Outras: LE, Artrite reumatide, drogas
AMOSTRAS P/ O LABORATRIO
Toracocentese / Paracentese / Pericardiocentese
Exame citolgico: EDTA 10%- 0,1 ml /10 ml Citrato de sdio 3,8%- 0,4ml/10ml Exame bioqumico: sem anticoagulante Exame microbiolgico: amostra em frasco estril
Exames de Bioqumica
Glicose Valores normais = 2/3 dos plasmticos Valores diminudos inf. a 60 mg/dl ou relao glicose do lquido/soro for inf. a 0.5.
Empiemas, neoplasias, tuberculose, lpus, doenas reumticas e ruptura do esfago comum a glicose diminuir em processos inflamatrios e infecciosos Protenas eletroforese apresenta padro similar ao das protenas sricas. A concentrao da protena srica um dos fatores que indicam se um lquido Exsudato ou Transudato
Amilase Elevada na pancreatite aguda, pseudocisto de pncreas, ruptura de esfago e algumas neoplasias
Desidrogenase ltica (LDH) Sempre analisada em relao aos nveis sricos Exsudatos tem relao lq. Pleural/soro >0.6 e os Transudatos <0.6 Mantem-se elevada em algumas neoplasias, na pleurite reumatide e alguns derrames parapneumnicos complicados com empiema progressiva sinal de recuperao clnica
EXAME CITOLGICO
CONTAGEM TOTAL
Eritrcitos:
5000/ul - Inespecfico 100.000/ul - Trauma torcico Infarto pulmonar Neoplasia Contagens elevadas: Diluio com L. Turk - > 1000 / ul so consideradas elevadas - ascite esteril < 200/uL - peritonite bacteriana > 500 > 250 neutrofilos - Cirrose > 300/uL CONTAGEM DIFERENCIAL
Leuccitos:
Citologia diferencial:
Predomnio de neutrfilos: Pneumonias , Peritonite bacteriana Infarto pulmonar, Pancreatite Eosinofilia - >10% Pneumotrax, Hemotrax Efuses ps operatrias Predomnio de Linfcitos Derrames tuberculosos Macrfagos e Clulas Mesoteliais Cirrose heptica Presena de Clulas LE Lupus Eritematoso Sistmico
Hayhoe, F. G.; Flemans R. J.- Atlas Colorido de Citologia Hamatolgica , Artes mdicas,1997.
Hayhoe, F. G.; Flemans R. J.- Atlas Colorido de Citologia Hamatolgica, Artes mdicas,1997.
- Comuns no lquido de ascite - Grande vacolo empurrando o ncleo para a periferia da clula - Ncleo irregular e distorcido - Processos benignos e malignos
Hayhoe, F. G.; Flemans R. J.- Atlas Colorido de Citologia Hamatolgica, Artes mdicas,1997.
Carcinoma de clulas em Anel de Sinete - precoce: associado com melhor prognstico - avanado : tipo histolgico no pode ser usado para definir uma estratgia teraputica.
( Therapeutic strategy for signet ring cell carcinoma of the stomach C. Kunisaki *, H. Shimada, M. Nomura, G. Matsuda, Y. Otsuka, H. Akiyama Department of Gastroenterological Surgery, Yokohama City University, Graduate School of Medicine, Yokohama, Japan. Copyright British Journal of Surgery Society Ltd. Published by John Wiley & Sons, Ltd.)
CLULAS MALIGNAS
Geralmente disseminao metasttica Formas bizarras Tumores mais frequentes: Adenocarcinomas Malignidades linfdes Ocasionalmente: melanoma e plasmocitoma
CRITRIOS DE MALIGNIDADE
Monomorfismo Pleomorfismo Formas monstruosas. Clula gigante Ncleo grande Alta relao N/C Nuclolos grandes irregulares
Cncer de ovrio
Adenocarcinoma de pulmo
CLULAS DE MESOTELIOMA
Tumor primrio das membranas serosas
Muitos grupos papilares grandes de clulas mesoteliais junto com clulas mesoteliais pequenas Mesoteliais gigantes multinucleadas Figuras mitticas
Mesotelioma
Hayhoe, F. G.; Flemans R. J.- Atlas Colorido de Citologia Hamatolgica, Artes mdicas,1997.
Mesotelioma
Hayhoe, F. G.; Flemans R. J.- Atlas Colorido de Citologia Hamatolgica, Artes mdicas,1997.
Hayhoe, F. G.; Flemans R. J.- Atlas Colorido de Citologia Hamatolgica, Artes mdicas,1997.
CLULAS DE ADENOCARCINOMA
Forma acinar :
- agregados papilares redondos ou irregulares - poucas clulas ou grandes grupos - nuclolos gigantes - citoplasma vacuolizado - aspecto tridimensional
Forma livre:
- raros - pequenas clulas tumorais - difcil diagnstico
Hayhoe, F. G.; Flemans R. J.- Atlas Colorido de Citologia Hamatolgica, Artes mdicas,1997.
Tumor de tero
Hayhoe, F. G.; Flemans R. J.- Atlas Colorido de Citologia Hamatolgica, Artes mdicas,1997.
Adenocarcinoma - pleural
Carcinoma - ascite
Hayhoe, F. G.; Flemans R. J.- Atlas Colorido de Citologia Hamatolgica, Artes mdicas,1997.
Adenocarcinoma de pulmo
CLULAS DE LINFOMAS
Frequentemente formam metstases Tamanhos variados Marcado pleomorfismo nuclear, cromatina fina, nuclolos Formas clivadas so comuns Semelhantes ao linfomas leucemizados
Linfoma
Lquido Sinovial
Formao
Lquido viscoso: ultrafiltrado de plasma + cido hialurnico Composio bioqumica semelhante ao plasma
Funo
Manuteno da integridade da cartilagem (lubrificante que reduz a frico durante o movimento) Proteo mecnica contra choque Nutrio Excreo
Articulao Sinovial
Componentes: Cpsula Cartilagem articular Sinvia ou Membrana Sinovial Camada de tec. que reveste a articulao Fluido sinovial
Fludo Sinovial
Difere dos outros fluidos biolgicos em alguns aspectos:
Matriz da cartilagem e sinvia esto em contato com o lquido sinovial. Existe homogeneidade qumica entre lquido e articulao. Variaes no volume e composio do LS : processos patolgicos (inflamao na sinvia e cartilagem). Alteraes que levam presena de materiais no celulares cristais acmulo de diferentes tipos celulares
Coleta da Amostra
Obtida por puno ARTROCENTESE Deve ser realizada com anestesia local, cuidados p/ no injetar o anestsico intra articular O material colhido distribudo em frascos: * Com EDTA: Citologia * Sem anticoagulante: Exames bioqumicos Exames imunolgicos * Tubo estril: Exame microbiolgico
Artrocentese
Puno assptica por aspirao
BIPSIA
Efetuada quando a anlise do lquido sinovial revela-se no diagnstica ou quando o lquido est ausente.
Objetivos Diagnosticar: - gota, - pseudogota, - leses e infeces bacterianas e - infeces granulomatosas. Auxiliar no diagnstico de: - lupus eritematoso sistmico (LES), - artrite reumatide ou doena de Reiter - monitorar uma patologia articular.
Exames de Rotina
Bioqumica: Glicose, Protenas, Enzimas e Lipdios Microbiolgico: Gram, Cultura, Pesquisa de fungos, Pesquisa de BAAR Imunolgicos: Confirmao dos exames do soro, FAN, Fator reumatide, Complemento Exame Macroscpico e Fsico: Cor, aspecto e Viscosidade
Exame Citolgico
Importante a quantificao das clulas Articulaes muito raramente so afetadas por processos neoplsicos Contagem total de clulas Hemcias: 0 a 2000/ ul Leuccitos: < 200/ ul Contagem diferencial de clulas Distino entre processo inflamatrio e no inflamatrio
Clulas normais do LS
O LS praticamente acelular, podendo aparecer:
Clulas do LS Patolgico
Neutrfilos: Presena macia : artrite bacteriana, gota ou artrite reumatide Linfcitos (reacionais): Artrite tuberculosa Ragcitos: Neutrfilos mono ou polilobulados com incluses escuras no citoplasma: artrite reumatide Clulas cartilaginosas multinucleadas: Podem ocorrer na osteoartrite
Outras Clulas
Clulas gigantes com hemossiderina: sinovite vilonodular Clulas LE : Lupus Eritematoso Sistmico Clulas sinovias de revestimento: Semelhante s clulas mesotelias Podem ocorrer em qualquer processo. Clulas malignas: Muito raras.
Artrite Reumatide
Reao auto imune na sinovial da articulao, o que resulta na dilatao das artrias levando transudao maior na regio e aumento do lquido sinovial. A articulao fica inchada, o lquido sinovial possui uma srie de produtos qumicos-biolgicos que agem sobre a cartilagem e ligamentos, destruindo-os.
Anlise do L. Sinovial
Bioqumica: Protenas elevadas em processos infecciosos , inflamatrios ou hemorrgicos, Artrite Reumatide, Osteoartrose, LES, Febre Reumtica, Gota. Glicose Diminui nos processos infecciosos c. rico Aumenta na Gota Aguda Lipdios Aumentam nos derrames articulares Ruptura de articulaes
Classificao do L. Sinovial
Pesquisa de Cristais
Microscpio de luz polarizada No se coram pelos mtodos hematolgicos Lquido puro em preparao mida Uma gota entre lmina e lamnula Diagnstico de artrite induzida por cristais
GOTA
Distrbio do metabolismo - aumento de cido rico no sangue, - depsitos de cristais de urato de sdio em vrios tecidos do organismo, - provoca processo inflamatrio. Cristais - se formam quando o teor de cido rico chega a 7,0 mg % no homem e 6,0 mg % nas mulheres. Crises de GOTA - inflamao articular, cido rico no sangue e no lquido sinovial, onde os cristais so fagocitados pelos leuccitos desencadeando processo inflamatrio e deposio dos cristais nas articulaes.
Gota
Colesterol
Artr.reumatide
Obrigada !
Prof Vany Elisa Pagnussatti Faculdade de Farmcia PUCRS Laboratrio de Patologia Clnica HSL - PUCRS