T5 - Narcisismo e A Internet
T5 - Narcisismo e A Internet
T5 - Narcisismo e A Internet
RESUMO
A internet tem se mostrado como um meio de se fazer contatos múltiplos, sejam eles pessoais ou
profissionais. Embora o uso das mídias sociais não seja problemático, um pequeno número de usuários
parece se envolver nas mídias sociais excessivamente e / ou compulsivamente, isto é, vício pelo uso.
Alguns traços de personalidade, tal como narcisismo entre outros, são conhecidos por prever
comportamentos anômalos, portanto é importante entender como essas características se relacionam com
os comportamentos online. O objetivo foi verificar na literatura recente como está sendo avaliada a relação
narcisismo e internet. Foram realizadas pesquisas na base de dados ScienceDirect utilizando-se as palavras
“narcissism and the internet”. Foram encontrados 26 artigos e selecionados 21. Entre os artigos avaliados,
treze abordaram diretamente o tema narcisismo; três, abordaram o narcisismo entre os usuários do
Facebook; cinco, mencionaram narcisismo somente como um dos aspectos da pesquisa ou do
comportamento sem avaliarem diretamente e três, abordaram os temas sexting, comportamento e selfie. O
que se pode inferir é que não há uma opinião formada sobre se o uso da internet impacta as relações
sociais, mas alguns pesquisadores sugeriram que mídia social tem o potencial de unir a aprendizagem
formal e informal e compartilhar novas informações e conhecimentos pode beneficiar os estudantes e
melhorar suas vidas no campus.
ABSTRACT
The internet has proven to be a means of making multiple contacts, whether personal or professional.
Although the use of social media is not problematic, a small number of users seem to engage in social
media excessively and/or compulsively, ie, addiction to use. Personality traits such as narcissism and
others are known to predict anomalous behaviors, so it is important to understand how these traits relate
to online behaviors. The objective was to verify in recent literature how the relationship between
narcissism and the internet is being evaluated. Searches were carried out in the ScienceDirect database
using the words “narcissism and the internet. Twenty-six articles were found and 21 were selected. Among
the evaluated articles, thirteen directly addressed the topic of narcissism, three articles addressed
narcissism among Facebook users, five articles mentioned narcissism only as one of the aspects of
research or behavior without directly evaluating, and three articles addressed the themes of sexting,
behavior and selfie. What can be inferred is that there is no strong opinion on how internet use impacts
social relationships, but some researchers have suggested that social media has the potential to unite
formal and informal learning and sharing new information and knowledge can benefit students and
improve their campus lives.
1 INTRODUÇÃO
Narcisismo é uma etapa ou um estágio natural de desenvolvimento humano segundo Bocchi
(2020). Portanto, àqueles que por qualquer motivo fracassaram nesta fase de desenvolvimento e
experimentaram certo narcisismo patológico em que as consequências foi perceber outras pessoas como
objetos fundidos com o próprio eu, refletindo em si mesmo certas confianças corrompidas (Wright &
Edershile, 2018). Os primeiros conceitos psicológicos de narcisismo foram apresentados por
representantes da psicanálise clássica, como Kernberg (1970), Heinz Kohut (1972), Otto Rank (1996) e
Freud (2014).
Atualmente a internet tem se mostrado como um meio de se fazer contatos múltiplos, sejam eles
pessoais ou profissionais. Esse ambiente, que serve também para relacionamentos, é construído em redes
sociais, tais como Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin, entre outras, que facilitam os contatos e
constituem um campo fértil de interação (Phua, Jin, & Kim, 2017).
A internet se caracteriza por ser uma rede mundial com alta capacidade de transmissão e
propagação de informações, bem como interação e colaboração entre indivíduos e máquinas, sem a
necessidade dos envolvidos compartilharem o mesmo espaço físico. Esse ambiente é de fácil utilização se
visto, especificamente, sobre o acesso às redes sociais. Apesar de ser um ambiente quase intuitivo de
convivência, não se tem uma noção completa do que acontece na internet.
Assim, a internet acaba permitindo se relacionar socialmente de modo fácil e simples, criando e
cultivando ligações diversas entre as pessoas. Aliás os relacionamentos na rede vão desde mapeamentos
estratégicos de perfis de consumidores até comentários sobre a cor do cabelo de algum digital influencer
que mudou repentinamente duas vezes em uma semana. Os usuários da rede tratam de eventos fúteis do
cotidiano, mas também permitem a realização de transações bancárias, educação, além da comercialização
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 NARCISISMO
Os primeiros conceitos psicológicos de narcisismo foram apresentados por representantes da
psicanálise clássica, assim, além de Freud (2014), Otto Rank (1996), Heinz Kohut (1972) e Kernberg
(1970) exploraram o caráter narcisista (Lazzarini & Viana, 2010). Narcisismo é uma etapa ou um estágio
natural de desenvolvimento humano (Bocchi, 2020). Contudo, àqueles que por algum motivo falham nesta
etapa de desenvolvimento, podem experimentar certo narcisismo patológico junto com as consequências
de perceber outras pessoas como objetos fundidos com o próprio eu (self), refletindo em si mesmo certas
crenças deturpadas (Wright & Edershile, 2018). Uma visão mais abrangente, segundo as teorias
psicodinâmicas, o narcisismo refere-se a um distúrbio do desenvolvimento resultante desde as
experiências da primeira infância, acentuadas pelo excesso ou pela falta de empatia por parte dos pais,
responsáveis ou pelos cuidadores da criança (Cattelan, 2020).
Teorias subsequentes do narcisismo foram formuladas por psicólogos cognitivos que igualmente
enfatizaram o papel desempenhado pelos pais ou outros tutores na tentativa de criar ou moldar a criança.
Nesse aspecto, a autoestima é uma estratégia saudável de enfrentamento do eu (self) ante um certo
sentimento de inferioridade e abandono adquirido pelas crianças como resultado de excessiva
compensação, ou ainda pelo excessivo abandono pelos seus responsáveis (Fachini, 1996).
Ocorre o padrão de funcionamento rígido e não adaptativo de um típico narcisista que olha para si
em primeiro lugar, acreditando que, em linguagem popular, “o mundo gira entorno dele”, se torna
permanente. Essa situação resulta em distorções cognitivas, emoções negativas e uma postura defensiva
que pode conduzir a reações problemáticas, ou ao emprego de várias formas de violência (Lambe,
Hamilton-Giachritsis, Garner, & Walker, 2018).
Pode-se argumentar que o narcisismo é causado pela concentração excessiva dos pais, ou outros
cuidadores para atender as necessidades de uma criança pequena, somado ao afastamento da expressão
dessas próprias necessidades em determinada idade (Horton, Bleau, & Drwecki, 2006). De acordo com
Thomaes, Brummelman, Reijntjes e Bushman (2013), os narcisistas costumam vivenciar uma atmosfera
calorosa na infância marcada, de fato, pelo amor, sendo tratados como únicos, com um potencial especial
para conduzi-los a um ideal de perfeição. Ao mesmo tempo, as pessoas que desenvolvem um
comportamento patológico de narcisismo possuem um sentimento de que lhes fora negado o direito de
cometer erros — quando o fizeram, deixaram de ser importantes e únicos. Eles também não tiveram a
chance de enxergar as necessidades de outros indivíduos e explorar as consequências associadas as suas
atitudes, restando um gigante eu (Bastos, 2018).
Como resultado de tais experiências, as falhas são para narcisistas uma manifestação de fraqueza
e, simultaneamente, uma fonte da sensação de vazio interior (Kernberg, 1985). Afora isso, conforme
Watson, Grisham, Trotter e Biderman (1984), essas pessoas não são reconhecedoras das necessidades das
outras pessoas, por isso eles têm dificuldade de desenvolver empatia.
Há quem enfatize que o narcisismo não significa somente um egocentrismo comum ou hedonismo
desprovido de preocupação com os outros. Citando os critérios do narcisismo desenvolvidos dentro da
psicologia clínica, Bauyman (2014) mostrou que a personalidade narcisista, caracterizada por uma
autoimagem instável, exige uma constante confirmação, sendo que, com as redes sociais, isto é
socialmente aceito, tolerado e indubitavelmente, direta ou indiretamente, objeto de estímulo. O narcisismo
pode ser visto como um traço em que os indivíduos diferem em quão egocêntricos, grandiosos e egoístas
eles são (Johnson, 2020).
Ao tratar da personalidade narcisista nas redes sociais, a autoexposição das pessoas tende a se
referir a uma necessidade de autoafirmação, pautada pela falta de reconhecimento por parte de si mesmo
e por parte da sociedade (Gonzales & Hancock, 2011). Essa exposição pode ser tratada para alcançar
notoriedade, para suprir algo faltante, seja algo real ou que se projeta (deseja-se, fantasia-se) existir
(Laplanche & Pontalis, 1996). O narcisismo tem recebido considerável atenção dos pesquisadores como
uma variável de diferença individual (Johnson, 2020).
entre os indivíduos e os processos de socialização; no entanto, também trouxe o problema do vício pelo
uso (Kumpasoglu, Eltan, Merdan-Yıldız, & Batigun, 2021).
O uso viciante da internet pode levar a dificuldades na escola e/ou redução do desempenho
profissional, bem como problemas em outras atividades, como, por exemplo relacionamento familiar e
formação de amizades (Odacı & Çelik, 2013; Pantic et al., 2017). O vício no Facebook foi sugerido como
um vício comportamental potencial emergente e estudos mostraram que esse vício está relacionado a
traços de personalidade e bem-estar específicos (Atroszko et al., 2018).
Os traços de personalidade, tais como narcisismo, psicopatia, maquiavelismo e sadismo cotidiano,
são conhecidos por prever comportamentos anômalos. Dado o aumento na prevalência da mídia social e
uso da internet, e o crescente conhecimento sobre as consequências negativas de seu uso, é importante
entender como essas características se relacionam com os comportamentos online (Moor & Anderson,
2019).
Outro comportamento, o trolling na internet, definido como uma tentativa deliberada de um
indivíduo de criar conflito e angústia ao comunicar comentários inflamatórios, provocativos e
ameaçadores à vítima, é reconhecido como um comportamento online antissocial. O comportamento é
considerado intencionalmente malicioso e pode causar danos e angústia significativos às vítimas (March,
2019; March, Grieve, Marrington, & Jonason, 2017).
Os jogos online também são problemáticos porque podem ter efeitos negativos graves na
psicologia e na saúde física das pessoas, incluindo fadiga, problemas de sono, depressão e ansiedade. A
teoria de usos e gratificações tem sido usada para entender jogos problemáticos. De acordo com a teoria,
diferenças de personalidade, gratificações e motivações para usar uma mídia específica podem facilitar o
uso problemático dessas mídias (Kircaburun, Jonason, & Griffiths, 2018).
Os comentários escritos ou imagens que as pessoas expõem nas redes sociais, por muitas vezes,
acabam por ultrapassar o bom senso, a elas vinculando impressões negativas por parte de pessoas
conhecidas, desconhecidas, colegas de trabalho, chefes atuais, futuros empregadores, clientes etc., fazendo
recair em marketing negativo sobre si, sem se perceber (Lazzarini & Viana, 2010).
A literatura acadêmica tem investigado a conexão do narcisismo e o uso da internet (Ksinan &
Vazsonyi 2016), pois, segundo Stopfer, Braun, Muller e Egloff (2015), são dois fenômenos que fascinaram
o público em geral e a comunidade científica: (i) o narcisismo como uma característica da personalidade
com implicações importantes para o funcionamento social diário e (ii) o vasto uso de mídias digitais.
Pode-se inferir que muitas pessoas estão desenvolvendo o comportamento narcisista de pessoas públicas,
pois essas pessoas têm seguidores e curtidas.
Segundo Bauman (2004), cada vez mais as relações são consideradas efêmeras. Essa denotação,
referente aos laços humanos e suas relações, se mostra cada vez mais frágil. As pessoas desenvolvem
relações a partir de conexões virtuais, e não por meio de relações pessoais, tornando-as banais e breves,
demandando um esforço menor para o rompimento ou a construção desse “relacionamento”.
Bauman (2004) classificou os laços afetivos atuais como fracos, podendo ser rompidos a qualquer
momento. As redes sociais podem criar uma rede de “fãs”, “amigos”, “seguidores”, sempre a depender de
sua finalidade. Nem sempre a utilização destes termos é correta, uma vez que nem sempre pessoas que
estão conectadas por uma mesma rede social, são, de fato, “amigos” (Polivanov, 2019). Não obstante a
intensidade da força das relações, o narcisismo nas redes se torna uma busca por visibilidade
compreendida de forma quantitativa. A internet, que poderia ser útil para o conhecimento, passa a ser
muito útil para o excessivo autoamor, com bocas, olhos, cabelos e mãos fazendo poses como se todos
fossem modelos de revista (Lazzarini & Viana, 2010). O desejo de auto exposição inclui igualmente a
mostra de bens aquisitivos de alto valor ou de objetos simples, tais como pulseira, camiseta e tênis
(Schivinski & Dabrowski, 2016). Expõe-se também o fim de um relacionamento amoroso ou o começo
de outro, por vezes denotando para os olhos de quem vê, pois o que vale é aparecer e nutrir o narciso
existente em si.
As pessoas agem como se a vida delas estivesse dentro do Instagram, no interior do Facebook, ali
depositando desejos, emoções, esperanças, opiniões e sentimentos dos mais diversos (Kim et al., 2020).
O vínculo com a internet é uma neurose que poderia ser denominada de “falso self midiático”. A neurose
narcísica perpassa pelo narcisismo sistematicamente retroalimentado, conquanto as pessoas podem se
nutrir uma das outras. Um processo que passa pela auto exposição a todo instante o que se faz, o que se
come, quem apoia, o que rechaça etc. (Montag & Hegelich, 2020). Abre-se por completo a vida até ser
contrariado — porque o narcisista não gosta de ser contrariado ou não observado.
Uma parte de si é sistematicamente escrita na rede social, desejando-se freneticamente
reconhecimento, palmas, reações das mais diversas, contanto que essas reações atendam exatamente ao
esperado: alegria, ódio, compaixão, apoio, piedade, inveja, entre outros sentimentos que transmitam
atenção (Tiggemann et al., 2018). A metáfora do espelho é representada pelas visualizações e curtidas.
Assim, o sujeito apaga a postagem e a coloca de outro modo imediatamente ao perceber que as curtidas
ou os comentários foram negativos ou foram de pouca monta (Burrow & Rainone, 2017).
A efemeridade das redes prende as pessoas em um narcisismo que impacta em suas atividades do
cotidiano. Deste modo, o transtorno de personalidade narcisista segue sendo amplamente diagnosticado
e, com os recursos tão intensificados das redes sociais, tais pessoas se colocam como verdadeiramente
impedidas de aproveitar a vida ou de se adaptarem socialmente — em casos extremos (Bastos, 2018).
As propriedades tecnológicas e de comunicação da internet fazem com que haja espaço farto para
que as experiências e oportunidades anteriormente indisponíveis atendam rapidamente ao perfil narcisista.
Na internet, o ser extremamente egocêntrico, muito enraizado em estruturas psíquicas primitivas, não
consegue enxergar o tempo perdido ao se vincular diariamente nas redes sociais. O Instagram ou
Facebook, por exemplo, passam a ser suas relações sociais mais expressivas que a sua família (Di Gangi
& Wasko, 2016).
A entrega ao narcisismo digital presente nas redes sociais é percebida por Araújo (2010) como
uma perda do “eu”. Uma perda de si, uma perda de tempo que deveria ser mais investido em evolução.
Pondera-se que expor-se em demasia é atestar o complexo ou a neurose narcisista, dizendo que o próprio
tempo e os próprios saberes são egóicos e parcos, de pouca profundidade, forçando um pouco esta
interpretação na direção do aviltamento do que há de mal em ser narciso (Smith, Mendez, & White, 2014).
Argumenta-se que a mídia social tem o potencial de unir a aprendizagem formal e informal por
meio de culturas digitais participativas, embora a maioria dos jovens adote o papel de consumidores em
vez de participantes plenos (Greenhow & Lewin, 2016).
Frente ao exposto e procurando oferecer subsídios para a construção e/ou aplicação de revisões
integrativas sobre o tema narcisismo e internet, porque se trata de um estudo com coleta de dados realizada
a partir de fontes secundárias, por meio de levantamento bibliográfico e baseado na experiência vivenciada
pelos autores por ocasião da realização de uma revisão integrativa.
3 MÉTODO
3.1 TIPO DE PESQUISA, DEFINIÇÕES DE CRITÉRIOS E BASES
A pesquisa bibliográfica é uma das melhores formas de iniciar um estudo, buscando-se
similaridades e discrepâncias entre os artigos levantados nos documentos de citação. A coletânea de
informações em meios eletrônicos é um amplo avanço para os pesquisadores, socializando o acesso e
proporcionando frequente atualização das informações (Brevidelli & De Domenico, 2008).
O propósito geral de uma revisão de literatura de pesquisa é reunir conhecimentos sobre um tópico,
ajudando nas fundamentações de um estudo, por ser a tarefa crucial para os pesquisadores (Polit, Beck, &
Hungler, 2004). Além disso, ao ter como objetivo compreender um determinado fenômeno a partir de
estudos anteriores, possibilita a revisão das teorias e a análise de problemas metodológicos de um tópico
em particular (Whittemore & Knafl, 2005).
Portanto, este estudo fez uso da revisão integrativa da literatura, porque esse tipo de revisão
consiste em uma ampla análise de literatura, permitindo o trabalho com dados teóricos e empíricos (Souza,
Alves Silva & Beiras 2021).
O periódico que mais despontou na pesquisa (11 artigos) foi Personality and Individual
Differences classificado no extrato Qualis A1 em Psicologia, com fator de impacto 3.004 e o segundo
periódico (7 artigos) foi Computers in Human Behavior, é A1 em Ciência da Computação e fator de
impacto 6.829.
Participaram das pesquisas 69 autores, sendo 59 diferentes autores. Os autores Evita March; Peter
K. Jonason; Mark D. Griffiths; Stale Pallesen; Cecilie S. Andreassen contribuíram com dois artigos cada
e os demais autores participaram da elaboração de um artigo.
Entre os artigos avaliados, 13 abordaram diretamente o tema narcisismo:
1) Satisfação com a vida mediou a relação entre narcisismo e dependência de mídia social (Kumpasoglu
et al., 2021).
2) É menos significativo chamar os países de “narcisistas” e mais significativo aplicar esse rótulo aos
indivíduos (Johnson, 2020).
3) Narcisismo é o traço menos consistentemente relacionado aos comportamentos antissociais online
(Moor & Anderson, 2019).
4) Narcisismo está indiretamente associado aos jogos online problemáticos por meio de motivos de fuga
e fantasia em jogos online (Kircaburun et al., 2018).
5) Vício em mídia social foi positivamente correlacionada com vício em smartphones, uso patológico da
internet e narcisismo e negativamente associado à autoestima (Liu & Ma, 2018).
6) Correlação positiva entre o vício em internet e o narcisismo (Pantic et al., 2017).
7) Uso de mídia social viciante refletindo uma necessidade de alimentar o ego, ou seja, traços de
personalidade narcisista (Andreassen et al., 2017).
8) Auto apresentação no egocentrismo digital e no narcisismo digital fortalecem os comportamentos
sexualizados (Sarabia & Estévez, 2016).
9) Narcisismo vulnerável é positivamente associado a preferência por interações sociais online e o
narcisismo grandioso que estão, direta e positivamente, associadas a autoeficácia social e negativamente
à ansiedade social (Ksinan & Vazsonyi, 2016).
10) Dimensões do narcisismo, admiração narcisista e rivalidade estão diferentemente relacionadas aos
videogames (Stopfer et al., 2015).
11) Efeito do narcisismo na atividade de atualização de status não é substancial (Deters et al., 2014).
12) Nenhuma correlação estatisticamente significativa entre o uso problemático da internet e narcisismo,
solidão ou autopercepção (Odacı & Çelik, 2013).
13) Ligação entre narcisismo e comportamento de postar selfies é, comparativamente, mais fraca entre as
mulheres do que entre os homens (Sorokowski et al., 2015).
Três artigos abordaram o narcisismo entre os usuários do Facebook: vício no uso do Facebook
está relacionado a maior extroversão, narcisismo, solidão, ansiedade social e baixa auto eficácia geral
(Atroszko et al., 2018); usuários frequentes do Facebook pontuaram mais alto em narcisismo evidente e
relataram amizades mais íntimas do que não-usuários (Ljepava et al., 2013); e usuários do Facebook
tendem a ser mais extrovertidos e narcisistas, mas menos conscienciosos e socialmente solitários, do que
os não usuários (Ryan & Xenos, 2011).
Nesse contexto, Montag e Hegelich (2020) citaram que a literatura produziu trabalhos com as
percepções de que certos traços de personalidade, tais como ser mais neurótico / narcisista, estão
associados a tendências mais elevadas para o uso problemático de mídias sociais ou transtorno pelo uso
de redes sociais.
Esses resultados são corroborados por Di Gangi e Wasko (2016) que citaram que dada a natureza
social do Facebook, não é surpreendente que as relações sociais entre os usuários influenciem fortemente
o engajamento e uso do usuário, pois as motivações por trás do uso se concentram no significado pessoal
obtido ao se envolverem nessas estruturas sociais.
Enquanto Burrow e Rainone (2017), levantaram a dúvida sobre qual o impacto da proliferação de
curtidas tem sobre aqueles que as recebem. Se, por um lado, sugere uma influência positiva receber
afirmações corresponde virtualmente de forma positiva à autoestima e ao bem-estar subjetivo e
negativamente à solidão, por outro lado, confiar na afirmação de outras pessoas para se sentir bem consigo
mesmo poderá comprometer o bem-estar ao longo do tempo.
Os outros cinco artigos mencionaram o narcisismo somente como um dos aspectos da pesquisa ou
do comportamento sem avaliarem diretamente. Dois desses artigos abordaram o trolling na internet:
psicopatia primária, sadismo direto, sadismo vicário e potência social negativa são preditores positivos
significativos de trolling na internet (March, 2019) e traços de psicopatia, sadismo e impulsividade
disfuncional foram significativamente associados a comportamentos de trollagem (March et al., 2017).
Os três artigos restantes abordaram os temas: meninos estão mais frequentemente envolvidos em
atividades de sexting e catação online do que as meninas (Hernandez et al., 2021); afetividade negativa e
antagonismo tenderam a mostrar as associações mais fortes com comportamentos em sites de redes sociais
desadaptativos, e a autoestima moderou muito poucos desses relacionamentos (Boland & Anderson,
2019); os três traços de personalidade sombria, assim como o falso eu, foram positivamente associados à
desinibição online. As percepções do falso selfie foram consideradas um indicador significativo de
agressão cibernética quando mediada pela desinibição online (Kurek et al., 2019).
Quanto ao uso do Facebook, a pesquisa de Ljepava et al., (2013) mostrou que não usuários e
usuários frequentes diferiram em várias características sociais e de personalidade, indicando que essas
características podem contribuir para a decisão de utilizar o Facebook.
Ksinan e Vazsonyi (2016) advertiram que não há consenso sobre como o uso da internet pelos
narcisistas impacta suas relações sociais. Por outro lado, segundo Greenhow e Lewin (2016), argumenta-
se que a mídia social tem o potencial de unir a aprendizagem formal e informal por meio de culturas
digitais participativas, embora a maioria dos jovens adote o papel de consumidores em vez de participantes
plenos. Esse fato também é corroborado por Kim et al. (2020) que citaram que compartilhar novas
informações e conhecimentos com outras pessoas diversas pode beneficiar os alunos e melhorar suas vidas
no campus.
O resultado da pesquisa mostrou a relação entre narcisismo e dependência de mídia social, vício
em internet, vício em mídia social, necessidade de alimentar traços de personalidade; preferência por
interações sociais online, auto eficácia social, vício no uso do Facebook. Por outro lado, essa relação está
negativamente associada à ansiedade social, menos consistentemente relacionada aos comportamentos
antissociais online, atividade de atualização de status não é substancial, nenhuma correlação
estatisticamente significativa com o uso problemático da internet, indiretamente associada a jogos online.
Outras conclusões das pesquisas avaliadas: auto apresentação fortalecem os comportamentos
sexualizados; dimensões do narcisismo estão diferentemente relacionadas aos videogames, narcisismo e
comportamento de postar selfies é comparativamente mais fraco entre as mulheres do que entre os homens,
usuários do Facebook tendem a ser mais extrovertidos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelos resultados apresentados pode-se inferir, respondendo à questão pesquisa: como é apresentada
na literatura o narcisismo nas mídias sociais? O comportamento humano é complexo e cada vez mais
exposto. A internet, de uma forma geral, e as redes sociais em particular, permitem a moldagem de
comportamentos que são mimetizados, mas não são necessariamente saudáveis.
Portanto, expor-se na atualidade, para construir uma existência nas redes sociais é algo natural.
Contudo, as pessoas podem assumir um conteúdo para si próprias inadequado, deselegante ou
inconveniente, prejudicando a imagem pessoal e alimentando o que há de narciso em cada um.
Por exemplo o Instagram se baseia nas imagens para expor protótipos de identificação narcisistas,
imagens estas que nem sempre se enquadram com a realidade, confundindo os sujeitos que se identificam
com elas. Esse aplicativo foi desenvolvido pelos engenheiros Kevin Systrom e o brasileiro Mike Krieger
e disponibilizado para o público em outubro de 2010; seus criadores tinham o intuito de resgatar a
lembrança das câmeras de fotos instantâneas. Inicialmente, seus criadores idealizaram o Instagram como
um aplicativo que teria diferentes desempenhos, como partilhar localização, imagens, vídeos, entre outros.
Porém, simplificaram para a função que classificaram mais atrativa: a fotografia (Piza, 2012).
A propagação das postagens do Instagram segue a lógica do ver e ser visto porque todos os
conteúdos postados podem ser vistos por qualquer pessoa (Kallas, 2016). É o narcisismo sendo aderido
por todos, como libido investido no próprio ego. Logo, o narcisismo é revelado com nitidez no valor
colocado em cima do número de seguidores conquistados pelos usuários do aplicativo, porque o número
de seguidores é relacionado a ideia de visibilidade e quanto maior a visibilidade, maior o prestígio.
A substituição da vida real pela efemeridade projetada no espelho das redes sociais faz com que
as pessoas, de fato, não tenham experiências reais. O enquadramento de suas necessidades tem que estar
configurado em uma lente de uma câmera.
Ao levar esse comportamento para ambientes de trabalho, por exemplo, tem-se que levar em
consideração, o que acontece na sua vida privada. As pessoas vão criando uma necessidade de validação
no mundo virtual de suas atividades. É preciso convocar as pessoas à vida real, enfatizando que ela existe,
ainda que fora dos computadores, celulares e redes sociais.
Esta pesquisa tem como fator limitante, a consulta somente a uma base de dados (ScienceDirect),
o que restringe as conclusões aqui encontradas, mas não deixa de ser relevante, pois a maioria dos
periódicos consultados está classificada no extrato Qualis A1 da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES). Sugere-se a extensão deste estudo, utilizando outras bases e comparar
com os resultados aqui encontrados.
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