Transtorno Da Personalidade Borderline Licia Diesel e Sandra Mara Volpi Min
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RESUMO
INTRODUÇÃO
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COMO REFERENCIAR ESSE ARTIGO
DIESEL, Lícia Cristina; VOLPI, Sandra Mara Dall’Igna. Transtorno da
personalidade borderline: contribuições clínicas da Psicologia Corporal reichiana e
Bioenergética. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara. 26º CONGRESSO
BRASILEIRO DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS. Anais. Curitiba: Centro
Reichiano, 2023. [ISBN – 978-65-89012-03-0]. Disponível em:
http://centroreichiano.com.br/anais-dos-congressos. Acesso em: ____/____/____.
instabilidade nos relacionamentos interpessoais e dos afetos, com o qual tenderá a portar-se
também no processo da psicoterapia. Assim, é possível pensar que o tratamento do TPB
requer do psicólogo a disponibilidade para que se estabeleça o laço terapêutico, de modo que
possa sustentar clinicamente a instabilidade do paciente borderline, e esta disponibilidade
passa pelo sentimento de segurança do profissional quanto ao seu conhecimento sobre este
tema.
O trabalho corporal, como será apresentado a seguir, tanto pelos actings da
Vegetoterapia quanto pelas práticas da Bioenergética, para pacientes com o TPB ou com
traços de personalidade borderline, ao colocá-los em contato com o seu corpo, de modo que os
possibilite estabelecer neste uma ancoragem terapêutica para a sua instabilidade, pode
colaborar para que o processo da psicoterapia seja direcionado ao atendimento de suas
necessidades. Cabe ainda mencionar que esta pesquisa tem um caráter estritamente teórico, e
que os casos citados nesta se referem aos apresentados nas obras constantes nas referências
bibliográficas.
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DIESEL, Lícia Cristina; VOLPI, Sandra Mara Dall’Igna. Transtorno da
personalidade borderline: contribuições clínicas da Psicologia Corporal reichiana e
Bioenergética. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara. 26º CONGRESSO
BRASILEIRO DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS. Anais. Curitiba: Centro
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1922 e 1930, época na qual não era utilizada a terminologia borderline, e por esse motivo foi
nomeado por Reich (2009) como um caso de neurose compulsiva, que também sugeria um
diagnóstico de esquizofrenia.
Navarro (1995) apresenta o borderline como um indivíduo temperamental, que possui
bloqueio no nível ocular e uma oralidade reprimida, o que pode provocar reações explosivas de
raiva, ruminação e obsessividade. Para o autor, o borderline possui uma cobertura caracterial
compulsiva, que busca a ordem com uma certa necessidade, e que cobre o núcleo psicótico,
com a função de evitar a explosão deste núcleo.
Na Bioenergética, Lowen (1983) trata o borderline como um subtipo da personalidade
narcisista. Corresponde à personalidade de fronteira, que traz como características um
indivíduo que desmorona mais facilmente diante de estresse emocional, com maior
vulnerabilidade afetiva e carência emocional. No entanto, o autor menciona que estas pessoas
tendem a exibir uma imagem de superioridade, como um recurso de defesa contra a
depressão, mas que de fato não os protege desta depressão.
Bachbauer (1994, p. 2) discorre sobre a personalidade borderline com as seguintes
expressões: “É a experiência final de ter sido aniquilado em sua própria essência.”, “Um
deserto emocional.”, “[...] situação que é extremamente penosa e devastadora [...]”, e “Uma
situação sem solução, uma desolação de tamanho inimaginável.” Sobre o desenvolvimento de
uma personalidade borderline, o autor menciona a relação com experiências vividas na infância
de um esvaziamento interior, um roubo psíquico, a fim de nutrir seu progenitor que usa a
criança para suas próprias necessidades, e isso leva a criança à crença de que se der tudo de
si ao seu genitor, será especial para ele, tornando-a assim muito dependente e alienada de si
própria, logo, acarreta em um comprometimento no processo de individuação que traz os
aspectos de inconstância e confusão para a criança. As colocações deste autor mostram
sucintamente um dos aspectos inerentes à personalidade borderline, que é a intensidade do
sofrimento psíquico, motivo pelo qual o paciente recorre à psicoterapia e ao tratamento
psiquiátrico.
A partir das citações dos autores mencionados acima, pode-se pensar que a
personalidade borderline se estrutura sob uma falta, que está relacionada à constituição de um
limite emocional e de proteção, e por um padrão emocional confuso no qual ela tanto sente que
é tudo como também sente que não é nada, ambiguidade esta que lhe causa insegurança e
instabilidade ao longo da vida, o que de acordo com Cukier (2017) pode ser desenvolvido a
partir da ameaça de abando pelos pais na infância, e pela instabilidade emocional destes na
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personalidade borderline: contribuições clínicas da Psicologia Corporal reichiana e
Bioenergética. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara. 26º CONGRESSO
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relação com a criança. Logo, o que se apresenta como consequência são as reações
agressivas e de fúria diante de situações que não se justificariam, um descontrole sobre si
mesmo, visto que simbolicamente não há um “limite”, e que vai requerer que o indivíduo
compense esta vulnerabilidade e insegurança com uma necessidade maior de controle e
ordem, para que nada o ameace, podendo se manifestar pela obsessividade e compulsividade,
quando chega a níveis mais elevados.
Ao se identificar as características presentes no funcionamento da personalidade
borderline, é possível avaliar o adequado direcionamento da psicoterapia, ainda que não haja
um diagnóstico conclusivo do caso, pois o diagnóstico muitas vezes se confirma no decorrer do
processo. Lowen (1983), ao abordar a personalidade de fronteira, considera válido o
diagnóstico pelo terapeuta para a compreensão do caso, apesar de constantemente afirmar
que se deve tratar do indivíduo e não do sintoma. Arzeno (1995, p. 6) menciona que a
finalidade do psicodiagnóstico é “[...] explicar o que ocorre além do que o paciente pode
descrever conscientemente.” Além disso, Cunha (2007) apresenta como um dos objetivos do
psicodiagnóstico a possibilidade de atuar sobre a prevenção de possíveis riscos, e avaliar a
capacidade de enfrentamento pelo paciente diante de situações difíceis.
Distinguir quando a manifestação de determinados comportamentos reflete os traços
deste tipo de personalidade, e quando constitui a condição de um transtorno de personalidade,
é fundamental para o adequado encaminhamento clínico e concomitante tratamento
psiquiátrico, se couber. Fréchette (1995) ressalta a importância de avaliar se as condições do
serviço que se tem a oferecer são suficientes ao suporte terapêutico que estes pacientes
precisam, pois podem apresentar risco de automutilação e suicídio.
Segundo Cukier (2017), em 1980, o Manual de Diagnóstico Estatístico – DSM-III incluiu
pela primeira vez o distúrbio borderline, que permaneceu nas versões seguintes, e atualmente,
no DSM-V, consta como Transtorno da Personalidade Borderline (TPB). Apresentar traços de
personalidade borderline, pode não representar uma condição de TPB, pois será considerado
transtorno quando houver um comprometimento na vida do sujeito em decorrência da sua
estrutura de personalidade. De acordo com o DSM-V, o conceito geral que define um
transtorno mental é:
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PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014). Outros pontos que se assemelham, mas guardam suas
diferenças, são:
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nesta relação. Por parte do terapeuta, cabe pensar a respeito do seu próprio grounding em
relação ao seu conhecimento técnico e teórico, à sua experiência, e à sua implicação com o
caso, afinal, onde o psicólogo ficará ancorado para então sustentar terapeuticamente a
instabilidade do paciente borderline?
A relação terapêutica que se estabelece a partir deste ponto, será a manutenção do
vínculo criado, e a instauração das funções nas quais a psicoterapia se pautará. Fréchette
(1995) sugere que o relacionamento terapêutico funcione como um container aos impulsos do
paciente, sendo que isso demandará do terapeuta a capacidade de contenção, e servirá ao
paciente como um modelo a partir do qual poderá lidar com seus impulsos destrutivos. Além da
função contentora, a autora coloca que para estes pacientes o grounding ajuda a desenvolver
um senso de self e a fortalecer o ego, condição sem a qual não se recomenda a realização de
um trabalho corporal mais intenso, visto que o paciente não terá estrutura para suportar a
carga emocional que poderá emergir.
Pela Psicologia Corporal reichiana, que orienta o trabalho corporal a partir da
flexibilização das couraças, segundo Navarro (1996), os sete segmentos corporais precisam
ser trabalhados sequencialmente, do ocular ao pélvico, a fim de que não se provoque uma
explosão do núcleo psicótico, ao tentar atuar sobre um segmento sem que os anteriores
tenham sido trabalhados, principalmente o ocular. Esta colocação se alinha à citação da autora
Fréchette acima, e se utiliza destas inferências para ressaltar o cuidado com a aplicação de
técnicas corporais tanto da Bioenergética, quanto da terapia reichiana, em pacientes
borderline. Os sete níveis corporais, ou segmentos, identificados por Reich, são trabalhados
terapeuticamente pela Vegetoterapia Caracteroanalítica por meio de actings, que são ações
intencionais realizadas pelo paciente, e que envolve sua neuromuscularidade. (NAVARRO
1996).
Para o trabalho com os actings, discute-se nesta pesquisa três segmentos importantes
para os pacientes borderline: o ocular, o oral, e o toráxico. Os pacientes borderline, de acordo
com Navarro (1995), possuem os segmentos ocular e oral reprimidos, sendo o ocular o
responsável pela formação do Eu, que ocorre entre a gestação e primeiros dez dias de vida. O
bloqueio que representa a instalação do núcleo psicótico se dá pela carência de contato e de
maternagem, por uma rejeição que a criança sente energeticamente nesta fase do
desenvolvimento, conforme mencionado por Navarro (1995). Segundo o autor, o Eu que se
desenvolve no período ocular é um Eu existencial, biológico, que existe, mas ainda não é, na
fase pós-natal, ou período oral, é que o Eu se constitui enquanto identidade, um Eu que é.
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Sobre o bloqueio oral, Navarro (1995) afirma estar relacionado com a amamentação e o
desmame, que não foram satisfatórios para a criança, o que gera uma depressividade no
indivíduo. No caso de um paciente borderline, diante de uma situação frustrante grave,
deslocará sua depressão para o nível ocular, o que pode levá-lo a impulsos suicidas e a
recorrer ao uso abusivo de álcool e outras substâncias psicoativas. É o deslocamento de uma
carga energética para o segmento ocular, que pode levar à explosão do núcleo psicótico
mencionado no parágrafo anterior, sendo que tanto um evento estressor desencadeante,
quanto uma prática corporal para a qual o paciente não tenha condições de suportar a carga
energética mobilizada, são fatores que provocam o que se nomeou de explosão do núcleo
psicótico. Neste caso, trabalhar primeiro o segmento ocular dará mais estrutura ao paciente,
caso desloque sua depressão para o nível ocular, e, na sequência, o trabalho no nível oral
poderá auxiliá-lo a não recorrer a meios autodestrutivos para lidar com sua angústia e
depressividade.
Dos actings do segmento ocular, elege-se para pensar a respeito, a concha fechada, de
acordo com Navarro (1996), que ao remeter à fase intrauterina, permite o contato primário com
a relação materna. Bachbauer (1994) coloca o toque, quando representa um toque entre mãe e
filho (terapeuta e paciente), como um meio de se prover um ambiente de cuidados maternais
suficientemente bons. Neste caso, pode-se pensar na aplicação deste acting com a finalidade
de buscar a relação materna primária e fortalecê-la, pois ainda que o paciente tenha sido órfão
de mãe durante toda a sua vida, e que a figura materna não tenha sido exercida
adequadamente por outro adulto, no momento do parto e da gestação existiu uma mãe, e
portanto esta condição lhe é conhecida, sendo que nela pode-se ancorar, encontrando um
lugar a partir do qual o paciente possa se sentir alguém no mundo. Pode haver casos em que,
inclusive, a questão do medo do abandono e do sentimento de vazio, tão crucial para os
pacientes borderline, possa ser trabalhada com este acting.
Quanto aos actings do segmento oral, é necessário que o trabalho seja voltado ao
tratamento do sentimento depressivo ligado à perda, ou frustração, ou estresse, conforme
indica Navarro (1995), que faz referência à perda do seio materno, e de um desmame brusco,
o que pode estar na base do caráter oral reprimido, de modo que a criança que foi forçada a
comer e morder, usando os dentes antes da descoberta deste prazer, torna-se raivosa, mordaz
e reativa. O trabalho com os actings do segmento oral pode ajudar o paciente borderline a lidar
com os sentimentos de raiva intensa, com a compulsividade e a impulsividade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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oferecer terapeuticamente uma estrutura firme o suficiente para ser chão às instabilidades,
contenção à impulsividade, e segurança diante do medo do abandono. Requer enfim, do
terapeuta, disponibilidade, implicação com o caso, e conhecimento teórico-científico a respeito
do tema.
Quanto ao conhecimento, esta pesquisa não pretendeu ensinar a tratar o TPB com um
método, ou de alguma forma como conduzir o tratamento clínico do início ao fim pela
abordagem corporal reichiana e bioenergética, mas se propôs a uma contribuição, pois o tema
é bastante complexo para um breve trabalho, demandando um entendimento aprofundado,
sendo que trazer esse aspecto do tema é também uma parte da contribuição. A fim de que os
aspectos apresentados neste trabalho fossem aprofundados, optou-se por não explorar todos
os segmentos corporais, actings e práticas da Bioenergética que podem ser trabalhados com
pacientes borderline, e não discorrer sobre a etiologia na sua completude. Assim, foi possível
com este trabalho mostrar que a Psicologia Corporal reichiana e bioenergética dispõe de
recursos teóricos e práticos para tratar suficientemente estes casos, e principalmente,
sensibilizar o psicoterapeuta que o lê, sobre a responsabilidade que lhe recai ao atender um
paciente borderline.
Encerra-se este trabalho com a citação de Cukier (2017, p.78) a respeito dos pacientes
borderline “[...] que os pacientes sejam encarados como sobreviventes heróis de severos
traumas infantis, com todo o respeito que esse fato requer.”
REFERÊNCIAS
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DIESEL, Lícia Cristina; VOLPI, Sandra Mara Dall’Igna. Transtorno da
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Bioenergética. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara. 26º CONGRESSO
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LOWEN, A.; LOWEN, L. Exercícios de Bioenergética: o caminho para uma saúde vibrante.
São Paulo: Ágora, 1985.
WEIGAND, O. O que é grounding. In: VOLPI, J. H.; VOLPI, S. M. (Org.) Apostila do curso de
Especialização em Psicologia Corporal, Módulo 3, Disciplina 1. Curitiba: Centro Reichiano,
2021.
AUTORA
ORIENTADORA
Sandra Mara Volpi / Curitiba / PR / Brasil
Psicóloga (CRP-08/5348) formada pela PUC-PR. Analista Bioenergética (CBT) e Supervisora
em Análise Bioenergética (IABSP), Especialista em Psicoterapia Infantil (UTP), Psicopedagogia
(CEP-Curitiba) e Acupuntura (IBRATE), Mestre em Tecnologia (UTFPR), Diretora do Centro
Reichiano, em Curitiba/PR.
E-mail: [email protected]
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