Farmacologia Dos Antibióticos

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Farmacologia dos

Antibióticos
Profa. Ma. Bruna Lucas Dal Molin
Interações provocadas por agentes que atuam no processo
infeccioso
• Como qualquer outra classe de medicamentos, os antimicrobianos também
podem causar efeitos colaterais e interagir com outras substâncias. Quando
ouvimos falar em interações, logo pensamos em um medicamento que
pode alterar a ação terapêutica de outro que já esteja sendo utilizado pelo
paciente, mas raramente cogitamos as alterações que têm origem na dieta
e na suplementação seguida pelos usuários de medicamentos. Porém,
deve-se ter em mente que a interação fármaco-nutriente é tão relevante
quanto a interação fármaco-fármaco.
Principais agentes que atuam no processo infeccioso
• Os seres vivos da Terra vivem em um frágil equilíbrio entre os mundos microbiológico
(organismos microscópicos, como bactérias, vírus, fungos e protozoários) e
macrobiológico (organismos macroscópicos, como plantas, animais e seres humanos).
Quando esse equilíbrio é rompido, ou seja, esses organismos microscópicos invadem
o tecido de um ser vivo e começam a se proliferar, liberando toxinas no hospedeiro,
temos o que se chama popularmente de infecção.
• Para o tratamento das infecções causadas por bactérias, vírus, protozoários ou fungos,
são utilizados medicamentos da classe dos antimicrobianos, com finalidade curativa,
no caso de uma infecção já instalada, e profilática, no caso de prevenção à infecção,
como nos casos de tratamentos em períodos pós-cirúrgicos.
Classificação
• Os antimicrobianos se classificam em:
• Antibacterianos,
• Antifúngicos,
• Anti-helmínticos e
• Antivirais.
• Os antibióticos dividem-se em: sintetizados por fungos
(que são os mais comuns, sendo, hoje em dia,
manipulados quimicamente, dando origem aos
semissintéticos) e quimioterápicos.
• A descoberta ao acaso da penicilina, pelo
bacteriologista Alexandrer Fleming, em 1928, em
seu laboratório do Hospital St. Mary em Londres, é,
sim, certificada como uma das maiores evoluções da
história da Ciência e da Medicina, pois, com o advento
desse medicamento, muitas infecções – que na época
eram incuráveis, como a tuberculose e a endocardite
bacteriana – puderam ser controladas e até curadas.
• Mais simples
• 50% composta de peptideoglicanos
(superfície polarizada e de carga
Microrganismos negativa)

gram-positivos • 5-10% de proteínas e polissacarídeos.


• A camada polimerizada fortemente
polarizada influencia a penetração das
moléculas ionizadas e favorece a
penetração da célula de compostos
carregados positivamente.
Microrganismos gram-negativo
• Mais complexas
• De dentro da membrana para fora:
• Espaço periplasmático (enzimas e outros componentes)
• Camada de peptideoglicanos – 5% massa da parede celular –
frequentemente ligada a molécula de lipoproteínas que se projetam para
fora.
• Membrana externa que consiste em uma dupla camada lipídica
• Outras proteínas formam os canais transmembrânicoa (Porinas), pelo qual
os antibióticos hidrofílicos podem mover-se.
Microrganismos
Betalactâmicos
• Penicilinas
Quinolonas
• Ciprofloxacino
Macrolídeos
• Azitromicina
Lincosamidas
• Clindamicina

Antibacterianos
Nitroimidazólicos
• Metronidazol
Sulfonamidas
• Sulfadiazina
Glicopeptídeos
• Vancomicina
Tetraciclinas
• Doxiciclina
Aminoglicosídeos
• Gentamicina
Agentes antimicrobianos – betalactâmicos
• De acordo com a
característica da
cadeia lateral, é
definido o espectro de
ação do antibiótico.
Betalactâmicos PENICILINAS
• O primeiro representante do grupo das
penicilinas utilizado clinicamente foi a
penicilina G (Benzilpenicilina). A amoxicilina
e a ampicilina, que são aminopenicilinas,
também foram muito utilizadas.
PRIMEIRA SEGUNDA TERCEIRA QUARTA QUINTA
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
Parenterais:
Parenterais: Parenterais:
cefalotina
cefazolina
cefamandol
cefoxitina*
cefoperazona
cefotaxima
ceftizoxima
Parenterais: Parenterais:
cefepime ceftobiprol betalactâmicos
cefapirina cefuroxima ceftarolina
ceftriaxona
cefradina cefotetana*
ceftazidima
• CEFALOSPORINAS
Orais: Orais: Orais:
cefalexina cefuroxima cefixima
cefradina cefprozila cefpodoxima
cefadroxil cefaclor cefadroxil
atividade em
GRAM + GRAM + Staphylococcus
GRAM + GRAM –
Gram +
GRAM – aureus
Gram -
ANAERÓBIOS*
GRAM - resistentes à
meticilina
Betalactâmicos
• O mecanismo de ação desse grupo de antibióticos é baseado na sua
capacidade de interferir na síntese da parede celular bacteriana.
• Como mecanismo de defesa da bactéria, ela produz betalactamases. Por
esse motivo, hoje, no mercado, é comum a associação de inibidores de
lactamases como sulbactam e ácido clavulânico com as penicilinas
• Ou seja, esses inibidores de betalactamases agem como um escudo
protetor das penicilinas.
Quinolonas
• As mais conhecidas são as fluoroquinolonas, que
surgiram nos anos 1980, em razão da alta toxicidade do
ácido nalidíxico e de seu uso especialmente restrito.
Com a adição de um flúor no anel quinolônico, surge
uma nova molécula, as fluoroquinolonas, aumentando,
assim, o espectro de ação para os bacilos gram-
negativos e as atividades contra alguns cocos gram-
positivos.
• O fármaco mais conhecido desse grupo é a
Ciprofloxacina.
QUINOLONAS
As quinolonas dividem-se em quatro classes relacionadas ao seu espectro
de ação, que são:
• Ácidonalidíxico (primeira geração),
• Norfloxacino, Ofloxacino, Ciprofloxacino, Levofloxacino, Pefloxacino
(segunda geração),
• Gemifloxacino, Gatifloxacino, Moxifloxacino (terceira geração) e
• Garenoxacino (quarta geração).
quinolonas
Esses antibióticos agem inibindo a síntese do DNA bacteriano,
bloqueando a atividade enzimática de topoisomerases, DNA girase e
topoisomerase IV, o que resulta em uma clivagem do DNA.

São indicadas para infecções de tratos genitourinário, gastrintestinal e


respiratório, osteomielites, partes moles, e, ainda, têm ação contra
micobactérias.

Antiácidos de alumínio e magnésio interferem na absorção.


macrolídeos
• Os principais antibióticos são: eritromicina, azitromicina, claritromicina, roxitromicina e
diritromicina.
• A eritromicina tem amplo espectro de ação, sendo eficaz contra infecções causadas por
bactérias gram-positivas e também na terapia contra patologias causadas por treponemas,
micoplasma e clamídias. Porém, é ineficaz para controle de Enterobacteriaceas e
Pseudomonas spp.
• A azitromicina, por sua vez, tem maior atividade contra bactérias gram-negativas,
principalmente contra H. influenzae. A molécula tem um tempo de meia-vida maior, o que
permite um intervalo maior de administração, porém é ineficaz no combate a enterobactérias.
macrolídeos
• Os macrolídeos ligam-se às frações 50S dos ribossomos
bacterianos, inibindo a síntese de proteínas RNA-dependentes. O
efeito resultante pode ser bactericida ou bacteriostático,
dependendo da dose administrada.
• Os macrolídeos podem ser administrados para conter infecções
do trato respiratório por estreptococos do grupo A, pneumonia
por S. pneumoniae, prevenção de endocardite após
procedimento odontológico, infecções superficiais de pele
(Streptococcus pyogenes), profilaxia de febre reumática (faringite
estreptocócica) e, algumas vezes, para terapia da sífilis.
Lincosamidas
• A Lincomicina e a Clindamicina são os
principais fármacos representantes. São
bactericidas ou bacteriostáticas, dependendo da
dose administrada e da espécie bacteriana que
está sendo tratada. Também inibem a síntese
proteica dos ribossomos, ligando-se à subunidade
50S.
nitroimidazólicos
• Representados pelo metronidazol, agem após a entrada na célula, por difusão
passiva, sendo o fármaco então ativado por um processo de redução. O grupo
nitro da substância impede a síntese enzimática das bactérias.
• Seus principais usos clínicos são como terapia inicial no tratamento da colite
pseudomembranosa (por via oral). Pode ser associado à claritromicina ou à
amoxicilina no tratamento do H. pylori e é eficaz no tratamento da vaginose
bacteriana (Gardnerella vaginalis). Também é indicado no tratamento do tétano,
sendo considerado por alguns como antimicrobiano de primeira escolha.
sulfonamidas
• Foram os primeiros antimicrobianos sistêmicos a terem uso clínico eficaz
em infecções bacterianas de seres humanos. Exercem ação bacteriostática
sobre bactérias gram-positivas e gram-negativas. As sulfas têm
semelhança estrutural com o ácido para-aminobenzoico (PABA), assim,
bloqueiam competitivamente a enzima bacteriana responsável pela
incorporação do PABA.
• Os principais fármacos são: sulfassalazina (não absorvível, ação limitada ao
trato gastrintestinal), sulfadiazina, sulfisoxazol, sulfametoxazol, sulfadoxina
(absorvíveis) e as tópicas mafenida, sulafetamida e sulfadiazina de prata.
glicopeptídeos
• A Vancomicina é um antibiótico glicopeptídeo
e a Teicoplanina é semelhante, porém com
atividade mais duradoura.
• Atuam inibindo a síntese da parede celular
bacteriana.
• É eficaz principalmente sobre as bactérias
Gram-positivas.
Tetraciclinas
• Após a captura pelos microrganismos sensíveis por transporte ativo,
as tetraciclinas atuam inibindo a síntese proteica e são assim
considerados agentes bacteriostáticos.
Tetraciclina Antibióticos de largo espectro de ação
Doxiciclina
Oxitetraciclina
(Tigeciclina) A absorção da maior parte das tetraciclinas é irregular e incompleta, mas é
melhorada na ausência de alimentos
Demeclociclina
Limeciclina São quelantes de íons metálicos formando compostos não absorvíveis. Absorção
Minociclina diminuída na presença de leite, alguns antiácidos e preparações com ferro.
aminoglicosídeos
• Inibem a síntese de proteínas bacterianas,
bloqueando a fase inicial do processo.
• Sua penetração através da membrana celular da
bactéria depende parcialmente do transporte ativo
dependente de oxigênio por um sistema de
transportador de poliaminas. Logo, eles apresentam
ação mínima sobre os microrganismos anaeróbios.
• Os efeitos são bactericidas
aminoglicosídeos
• Exemplos:
• Gentamicina (mais usado)
• Estreptomicina
• Amicacina (Espectro de ação mais amplo)
• Tobramicina (P. aeruginosa)
• Neomicina
• Eficazes para muitas spp. Gram-negativas e algumas Gram-positivas.
antimicrobianos • Fazem parte desse grupo principalmente os
anti-helmínticos específicos como o albendazol, o mebendazol e
o praziquantel.
• O albendazol e o praziquantel têm uma boa
eficácia clínica em neurocisticercose, sendo, o
primeiro, superior.
Antifúngicos
• Os sistêmicos são: anfotericina B,
cetoconazol, fluconazol, itraconazol,
voriconazol.
• Como antifúngicos tópicos, temos:
clotrimazol, isoconazol, miconazol,
butoconazol, tioconazol, sertaconazol
e terbinafina.
medicamentos antivirais
• Os antivirais têm alguns mecanismos de ação em comum, como o aciclovir e o
ganciclovir, que são pró-fármacos e se transformam na forma ativa por fosforilação,
a trifosfatase, inibindo etapas do ciclode replicação viral. Antivirais também
funcionam como inibidores competitivos de DNA polimerase viral ou falsos
substratos da enzima replicadora (vidarabina, aciclovir, idoxuridina e trifluridina).
• Alguns exemplos de antivirais: abacavir, aciclovir, amantadina, amprenavir,
zidovudina, oseltamivir, ribavirina evlaciclovir.
• Quase sempre os antivirais são mais eficazes na prevenção do que no tratamento.
Principais interações fármaco-nutrientes dos agentes que
atuam no processo infeccioso
• Dentre as principais interações de agentes que atuam no processo
infecciosoVitamina
e nutrientes,
C: o estão:
uso concomitante de vitamina C pode, teoricamente,
aumentar a atividade dos antimicrobianos e auxiliar a resposta imune.
Alguns antimicrobianos, como a ampicilina e a cefotaxima, podem
reduzir os níveis plasmáticos de vitamina C.

Ferro: o ferro pode ser quelado pelos antibióticos como as


cefalosporinas, podendo, dessa forma, prejudicar a absorção e a
biodisponibilidade, o que pode causar uma atividade terapêutica menor
de ambos os agentes, quando coadministrados com frequência.
Principais interações fármaco-nutrientes dos agentes que
atuam no processo infeccioso
Probióticos: A manutenção das bactérias presentes naturalmente na flora intestinal
por meio do uso de probióticos pode ser benéfica para o manejo de diversas
condições e patologias, tendo o mínimo de efeitos adversos.

Vitamina do complexo B: B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), B6


(piridoxina) e vitamina B12. Os antibióticos, como já mencionado, podem
destruir a flora intestinal e desregular a saúde do intestino, incluindo a produção
de vitamina B. A tiamina e outras vitaminas do complexo B, como B2
(riboflavina), B3 (niacina) e B6 (piridoxina), interferem na farmacocinética das
tetraciclinas, seu uso em conjunto pode causar uma diminuição de
biodisponibilidade desses antibióticos.
Principais interações fármaco-nutrientes dos agentes que
atuam no processo infeccioso
Vitamina K: como a síntese de vitamina K2 (manaquinona) ocorre no intestino, a
administração de antibióticos pode interferir nessa produção.

Zinco: o zinco tem um papel importantíssimo na imunocompetência e pode


aumentar a resposta imune aguda. A combinação de zinco com antibióticos orais
pode beneficiar alguns pacientes, principalmente os indivíduos deficientes desse
nutriente.
Com exceção do ciprofloxacino, fluoroquinolonas e tetraciclinas que até mesmo
uma baixa concentração de zinco pode diminuir a ação antimicrobiana. O uso a
longo prazo de tetraciclinas pode causar depleção de zinco.
Principais interações fármaco-nutrientes dos agentes que
atuam no processo infeccioso
Ácido fólico: o ácido fólico e as tetraciclinas podem se ligar e diminuir a absorção
de ambos. Esse antibiótico pode causar uma depleção de ácido fólico no
organismo e outros nutrientes, pelo dano que causam na flora intestinal.

Vitamina A: o uso concomitante de tetraciclinas com vitamina A pode causar


sérios efeitos adversos, como dores de cabeça e hipertensão intracraniana.

Vitamina D: o cetoconazol inibe a síntese de vitamina D e seu metabolismo.


Principais interações fármaco-nutrientes dos agentes que
atuam no processo infeccioso
Vitamina E: as ciclosporinas, em administração conjunta com vitamina E, ajudam a
diminuir a nefrotoxicidade desse fármaco, aumentando sua biodisponibilidade e
diminuindo seu clearance e seu volume de distribuição.

Cobre: o cobre e outros minerais podem se ligar à ciprofloxacina e reduzir sua


absorção.

Potássio: anfotericina B causa depleção de potássio. Trimetropina e


sulfametoxazol podem elevar os níveis de potássio, por um ou mais mecanismos
envolvendo a função renal. Efeitos adversos graves são incomuns, porém não
raros. São, na sua maioria, agudos e tratáveis, mas a falência renal crônica pode
acontecer.
Principais interações fármaco-nutrientes dos agentes que
atuam no processo infeccioso
Magnésio: a anfotericina B causa perda de magnésio e prejudica sua absorção.
As fluoroquinolonas quelam o magnésio, reduzindo também sua
biodisponibilidade e absorção. As tetraciclinas também quelam esse nutriente.
Podem, no entanto, aumentar ou reduzir sua absorção. Os aminoglicosídeos
causam danos nos túbulos, dificultando a absorção de magnésio.

Cálcio: a anfotericina B (antifúngico) causa um aumento de cálcio intracelular,


porém, esse fármaco também pode causar uma diminuição de cálcio no
organismo. Já as fluoroquinolonas, quando coadministradas com cálcio, podem
diminuir a absorção dos dois. As sulfonamidas prejudicam a absorção de cálcio,
assim como de magnésio e vitamina B12. As tetraciclinas também prejudicam a
absorção de cálcio, e vice-versa.
Como evitar e manejar situações de interações entre
agentes que atuam no processo infeccioso e nutrientes
• Interações entre fármacos e produtos naturais como nutrientes e
fitoterápicos, hoje, são objeto de preocupação, visto que muitas pessoas
fazem o uso de muitos medicamentos por conta própria, a famosa
automedicação, prática muito comum, em razão da oferta de medicamentos
e suplementos que não necessitam de prescrição, nas drogarias, farmácias
e lojas de produtos naturais. Essa facilidade de aquisição leva as pessoas,
erroneamente, a assumirem que produtos de origem natural, por não
serem sintéticos, são isentos de reações adversas, contraindicações e
interações.
o que pode ser feito para evitar a interação, ou medidas de
contenção necessárias.
Os pacientes devem ser Monitorar os A administração de
alertados a evitar dosagens níveis de vitamina probióticos deve ser
altas de vitamina C durante D, para evitar a considerada e a

Vitaminas do complexo B
o tratamento com deficiência como suplementação com
Vitamina C

Vitamina D
lanzoprazol, amoxicilina e uso a longo prazo multivitamínicos também, se o
metronidazol. de cetoconazol. A indivíduo apresentar
O uso de tetraciclinas pode administração de deficiência.
requerer o uso em conjunto calcitrol pode ser No caso de tratamento com
de vitamina C para necessária. tetraciclinas, o ideal é evitar a
aumentar os efeitos vitamina B e seu complexo.
terapêuticos, reduzir efeitos Se necessária, deve ser
adversos e prevenir a perda administrada somente quatro
do ácido ascórbico. horas após a administração da
tetraciclina.
o que pode ser feito para evitar a interação, ou medidas de
contenção necessárias.
No uso de ciclosporina, Deve-se administrar No tratamento com anfotericina B, deve
a coadministração pode vitamina K e haver monitoramento dos eletrólitos e
ser benéfica. Já no caso probióticos quando coadministração de minerais. Já no caso
da doxorrubicina, a se tem um de tratamento com fluoroquinolonas,

Cálcio
Vitamina K
Vitamina E

administração de tratamento a deve-se descontinuar o cálcio ou


vitamina E pode prevenir longoprazo com separar as administrações, se o
e tratar a antibióticos. Deve- tratamento for de curto prazo. Do
cardiotoxicidade do se também contrário, a suplementação mineral é
fármaco. Seria também monitorar o tempo indicada. No caso de uso de
interessante considerar de coagulação. tetraciclinas, é também aconselhada a
o uso de coenzima Q10 descontinuação do cálcio, ou tomar em
e outros antioxidantes separado. Geralmente após um longo
como L-carnitina, L- tratamento com esse fármaco, a
taurina, ginkgo e óleos suplementação de cálcio é necessária, o
de peixe. que também ocorre com as
sulfonamidas.
o que pode ser feito para evitar a interação, ou medidas de
contenção necessárias.
No caso de A tomada deve ser No caso do tratamento
tratamento com separada em tratamento com aminoglicosídeos, o
zidovudina, deve-se de curto prazo e a magnésio deve ser
coadministrar o suplementação deve monitorado e, se
Cobre

Magnésio
Ferro
zinco para aumentar ser considerada em necessário,
o efeito terapêutico longo prazo. Quando o coadministrado.
deste. Porém, o paciente se submete a A anfotericina B e as
cobre deve ser um tratamento de tetraciclinas seguem o
utilizado para longo prazo, a mesmo protocolo. A
amenizar os efeitos administração de ferro- fluoroquinolonas não
do zinco. ovotransferrina, devem ser administradas
presente nos ovos de no mesmo horário.
aves, pode ser eficaz.
o que pode ser feito para evitar a interação, ou medidas de
contenção necessárias.
No uso de aminoglicosídeos e O zinco pode ser coadministrado, quando
anfotericina B, o potássio indicado, em bebês e crianças, especialmente
pode prevenir ou corrigir as com alimentação deficiente. Em
efeitos adversos. No caso da tratamentos com ciprofloxacina e
Potássio

Zinco
ciclosporina, geralmente o fluoroquinolonas, deve-se evitar o zinco ou
potássio é contraindicado. O separar os horários de tomada desses
monitoramento é necessário, antibióticos. Deve-se descontinuar o zinco ou
visto que a coadministração os alimentos ricos nesse nutriente quando for
pode ser indicada. necessário o uso de tetraciclinas. Com o
tratamento a longo prazo, a suplementação
pode ser necessária, porém com cautela e
horários de administração separados por
algumas horas.
FÁRMACO ALIMETOS / NUTRIENTES INTERAÇÕES RECOMENDAÇÕES
Penicilina
Ampicilina
Cloxacilina Absorção do fármaco é Administrar 1h antes ou 2h
Alimentos em geral
Dicloxacilina diminuída após as refeições
Oxacilina
Eritromicina
Amoxicilina Administrar junto com alimento
Cloranfenicol e seus Alimentos em geral Não há interação em caso de desconforto
análogos gastrintestinal
Aumenta a absorção do
Cefuroxima Alimentos em geral Administrar com alimento
fármaco
FÁRMACO ALIMETOS / NUTRIENTES INTERAÇÕES RECOMENDAÇÕES
Administrar com água 1h antes
Leite e derivados e Diminui a ou 2h após a alimentação com
Tetraciclina
suplementos minerais biodisponibilidade lácteos. Em caso de
suplementos aguardar 3h
Diminuída em 20% a
Minociclina Administrar com leite em caso
Leite e derivados absorção, porém não é
Doxiciclina de desconforto gástrico
significativa
Retarda a ação do fármaco Pode ser administrada com ou
Claritromicina Alimentos em geral
sem diminuir a absorção sem alimentos
Diminui a
Administrar 1h antes ou 2h
Azitromicina Alimentos em geral biodisponibilidade do
após as refeições.
fármaco em 43%
FÁRMACO ALIMETOS / NUTRIENTES INTERAÇÕES RECOMENDAÇÕES
Sulfametoxazol +
Trimetoprim Pode ser administrado com um
Alimentos em geral Não há interação
Floxacino copo de água ou com alimentos
Levofloxacino
Diminui a
Ciprofloxacino Administrar 1h antes ou 2h
Leite e derivados biodisponibilidade do
Norfloxacino após as refeições.
fármaco

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