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AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS


AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Clarice Virgilio Gomes / Bianca Yureidini Santos

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
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ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professor: Glauco Ribeiro


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Esta unidade analisará a auditoria, seus métodos, quem deve
realizá-la, quais os procedimentos, como deve ocorrer para que tenha
validade e a eficácia desejada. Qual o objetivo real de uma auditoria, o
profissional habilitado para conduzir e realizá-la. Os documentos acei-
tos e de que forma o auditor os utiliza na obtenção dos dados e provas
necessários a conclusão do serviço. Iremos averiguar a importância
da realização de uma auditoria, as normas vigentes. Aprenderemos
quais documentos podem ser utilizados, devendo ser originais e que
se tornarão base para análise do auditor e a confecção dos papéis
de trabalho, que são de propriedade do profissional que os elaborou.
Poderemos aprender sobre as normas vigentes e como se aplicam na
auditoria, assim como o roteiro que o auditor precisa obedecer para
garantir a veracidade da sua análise.
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Auditoria. Auditor. Papéis de Trabalho.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO À AUDITORIA FISCAL

Conceito de Auditoria __________________________________________ 13

Evolução Histórica da Auditoria __________________________________ 17

Fundamento da Auditoria ______________________________________ 19

Roteiro da Auditoria _____________________________________________ 19

Normas de Auditoria ___________________________________________ 24

Recapitulando ________________________________________________ 28

CAPÍTULO 02
NORMAS DA AUDITORIA

Normas Profissionais do Auditor Independente _________________ 31

Normas Brasileiras de Contabilidade ____________________________ 37

Parecer de Auditoria ___________________________________________ 38


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Risco de Auditoria _____________________________________________ 40

Recapitulando _________________________________________________ 47

CAPÍTULO 03
AUDITORIA NA PRÁTICA

Papéis de Trabalho ___________________________________________ 51


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Evidências de Auditoria _________________________________________ 60

Recapitulando __________________________________________________ 66

Considerações Finais ____________________________________________ 69

Fechando a Unidade ____________________________________________ 70

Referências _____________________________________________________ 73
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O estudo da auditoria se iniciará com conceitos introdutórios acer-
ca do tema, nele iremos verificar que seu exercício é realizado por um
auditor, que é o contador devidamente habilitado como auditor e a auditoria
corresponde a um exame em que há demonstração. O auditor é responsá-
vel pela fiscalização de saldos e valores constantes de uma empresa, cabe
a este profissional analisar o patrimônio da empresa e seu balanço.
A auditoria é parte especializada da contabilidade que busca
testes sobre a eficiência e eficácia de determinado controle patrimonial,
objetivando catalogar acerca de determinado dado.
Para que aconteça corretamente, a execução da auditoria de-
verá obedecer a uma metodologia que proporcione que os preceitos
técnicos advindos da doutrina de contabilidade sejam obedecidos, bem
como que os dados coletados para a auditoria correspondam a todos os
dados do segmento auditado, por exemplo, em uma empresa, devemos
possuir um sistema que assegure o controle acerca de tudo que trans-
corre na empresa e que essas informações possam ser quantificáveis,
para que possam ser incluídas na auditoria.
Na auditoria, haverá análise de documentos, livros, registros
que possuem dados de controle, visando obter quaisquer indícios de
informação interna ou externa que possuam relação com o comando
patrimonial, seus registros e seus segmentos.
O auditor deverá analisar toda a documentação e extrair o que
entenda ser necessário para emitir seu parecer, nenhuma auditoria po-
derá ser concluída nas hipóteses de ausência documental, tendo em
vista que o auditor pode emitir um julgamento indevido.
O auditor poderá dispor ainda de instrumentos financeiros, pro-
gramas, terceirização de serviços, possibilidade de processar dado fora
do ambiente da empresa, além das mais diversas técnicas de auditoria,
podendo ainda dispor de novos sistemas e legislação, ocasionados pela
velocidade rápida e constante que sofrem alterações e devem ser estu-
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dadas pelo auditor.


A auditoria somente deverá ser efetuada com base nas nor-
mas vigentes, especialmente em relação ao planejamento do trabalho,
à constatação dos registros dos eventos contábeis e às avaliações das
práticas, e estimativas adotadas pela empresa, ou seja, em seu princi-
pal objetivo, a auditoria corresponde a um processo em que o auditor
atesta a verdade de toda a contabilidade da empresa auditada.
O auditor fará jus aos procedimentos e critérios dentro da lei
que lhe explanem e assegurem demonstrações assertivas e verídicas,
sempre com a documentação necessária e de forma que possa ser
compreendido.
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Os procedimentos devem ser selecionados e aplicados de
acordo com as normas de auditoria, para assegurar a auditagem exe-
cutada com devido cuidado.
O auditor deverá perseguir um roteiro de forma que assegure o
grau de confiabilidade do seu serviço e, após a validação das provas, o
auditor determina o tipo de parecer a ser emitido.
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INDTRODUÇÃO À AUDITORIA
FISCAL

O capítulo 1 discorrerá sobre os conceitos introdutórios da au-


ditoria, imergindo o leitor nessa maravilhosa ciência fiscal. Logo mais
será realizado um estudo histórico, trazendo-nos importantes conceitos
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e fundamentos da evolução dessa ciência, para depois nos aprofundar-


mos no estudo da auditoria.

CONCEITOS DE AUDITORIA

A auditoria corresponde a um exame em que há demonstração


contábil realizada por um profissional chamado auditor. O auditor é respon-
sável pela fiscalização de saldos e valores constantes de uma empresa,
cabe a este profissional analisar o patrimônio da empresa e seu balanço.

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Figura 1: Auditoria como análise de atividades

Fonte: (ISO3000, 2021).

Podemos dizer também que a auditoria é uma parte especia-


lizada da contabilidade, que busca testes sobre a eficiência e eficácia
de determinado controle patrimonial, objetivando catalogar acerca de
determinado dado.
Para uma auditoria ser elaborada de forma correta, necessita
que seja observada uma metodologia que proporcione que os preceitos
técnicos advindos da doutrina de contabilidade sejam obedecidos, bem
como que os dados coletados para a auditoria correspondam a todos os
dados do segmento auditado. Por exemplo, em uma empresa, devemos
possuir um sistema que assegure o controle acerca de tudo que trans-
corre na empresa e que essas informações possam ser quantificáveis,
para que possam ser incluídas na auditoria.
O objetivo do auditor é identificar qual fator reproduz influência
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em alterações, ocasionando resultado divergente do pretendido ou es-


perado, verificando que pontos podem ser revistos para atingir o obje-
tivo desejado. Cumpre destacar que todos os itens, formas e métodos
que possuem influência irão ser examinados na auditoria.
Na auditoria, haverá análise de documentos, livros, registros
que possuem dados de controle, visando obter quaisquer indícios de
informação interna ou externa que possuam relação com o comando
patrimonial, seus registros e seus segmentos.
Cada fase da auditoria irá depender das situações específicas
e dos diversos segmentos que compõem as organizações.
A auditoria é comandada por normas de auditoria e também
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por procedimentos que visam comprovar os dados dos estudos, que
buscam a reflexão competente e independente.
Podemos resumir a auditoria através de um quadro sinóptico,
vejamos:

Figura 2: Quadro sinóptico da auditoria

Fonte: (ATTIE, 2018, p.36).

Mas, o que seria a atitude mental, profissional e preventiva?


Vamos conhecer um pouco de cada uma delas? Vamos!
A auditoria mental é uma auditoria crítica “voltada às regras em
vigor por força das normas implantadas para o controle do patrimônio,
testando sua atividade e cerceamento às possibilidades de riscos e erros”
(ATTIE, 2018). A auditoria precisa se conectar com os registros oficiais,
assim como os dados que possam estar omitidos dos principais registros.
Dessa forma, deve-se analisar as circunstâncias vividas na
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empresa, tendo em vista a possibilidade de ocultação de dados que de-


veriam ter sido catalogados e possam estar ocultados intencionalmente,
ocasionando total transformação na situação patrimonial e financeira da
empresa auditada.

Vejamos o exemplo de Attie, 2018: “Caso uma empresa de


transporte que pode ter perdido, por uma fatalidade, parte subs-
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tancial dos equipamentos e veículos de transporte. Muito embora
possam existir adequadas apólices de seguro sobre tais equipa-
mentos, a continuidade operacional da organização pode estar
ameaçada, e, com isso, colocando em risco a própria relação de
continuidade da empresa. A auditoria deve-se valer de todos os
meios de provas que dispuser a seu alcance para apurar a proprie-
dade dos registros contábeis, mesmo que recorra a provas exter-
nas, fora do setor ou da empresa em exame, até que se sinta plena-
mente satisfeita em suas convicções” (ATTIE, 2018, p.37).

Em nenhuma hipótese poderá ser concluída a auditoria, caso falte


comprovação documental, mesmo que seja de difícil acesso, pois pode o
auditor julgar indevidamente. Na falta ou inviabilização documental, estare-
mos diante de um elemento impeditivo, pois o trabalho do auditor é respal-
dado em fatos verdadeiros, reais e que de fato aconteceram.
Já a atitude profissional corresponde a atitude que deverá o au-
ditor possuir, correspondendo em educação profissional, conhecimento
técnico, estudo permanente de novas ferramentas de trabalho, regula-
mentações, aprimoramento pessoal e pela experiência adquirida através
de trabalhos diferentes com o uso do raciocínio e julgamentos, comple-
mentados pela maturação, o que irá proporcionar ao auditor a capacita-
ção necessária para avaliar e concluir a auditagem. (ATTIE, 2018)
O auditor poderá dispor ainda de instrumentos financeiros, pro-
gramas, terceirização de serviços, possibilidade de processar dado fora
do ambiente da empresa, além das mais diversas técnicas de audito-
ria. Podendo ainda dispor de novos sistemas e legislação, ocasionados
pela velocidade rápida e constante que sofrem alterações e devem ser
estudadas pelo auditor.
A atitude preventiva corresponde decorre do fato de que todas
as auditorias devem decorrer da construção de uma reputação, respal-
dada por padrões morais. O auditor, através dos documentos e de sua
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assinatura no parecer, deverá demonstrar a atitude preventiva, deverá


ser alguém com força moral e credibilidade suficiente para ratificar o
que constar nos seu relatório de auditor.
O auditor deverá ter um julgamento que serve de alicerce para
que outros concretizem seus próprios julgamentos relacionados às infor-
mações prestadas na auditoria, sendo proveniente disto o comprometi-
mento que terá o auditor por sua função como um juiz de um dado com-
provável e atuará de forma capacitada e lícita na emissão de sua opinião.

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Figura 3: Auditor.

Fonte: (Dicio, 2021).

O auditor deverá ser imparcial, não se permitindo influenciar


pela empresa, seus administradores, seus colaboradores, de forma que
nenhum trabalho que já tenha efetuado, poderá corromper sua opinião.
O auditor precisa estar focado em informações, nos controles, nos do-
cumentos e todos os fatores que dão a base solidificada de sua opinião.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AUDITORIA

A auditoria surgiu com a constante necessidade de que tinham os


investidores e proprietários em averiguar a realidade financeira e econômi-
ca do patrimônio empresarial, especialmente em decorrência do enorme
desenvolvimento econômico e das empresas que surgiam no mundo.
É verdade que a primeira disciplina desenvolvida para auxiliar
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os administradores foi a contabilidade, e em decorrência surgiu a audi-


toria, que seria uma especialidade da contabilidade, que seria serventia
para sua confirmação.
A auditoria e a contabilidade evoluíram lado a lado com o desen-
volvimento econômico dos países, em decorrência do crescimento em-
presarial, que trouxe maior complexidade à administração de negócios.
Em associação a estas duas ciências, podemos verificar a ve-
racidade das informações, o correto cumprimento das metas, a apli-
cação do capital investido de forma lícita e o retorno do investimento
foram algumas das preocupações que exigiram a opinião de alguém
não ligado aos negócios e que confirmasse, de forma independente, a
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qualidade e precisão das informações prestadas, dando, dessa forma,
o ensejo ao aparecimento do auditor (ATTIE, 2018).

Apesar dos constantes indícios da existência da profissão


de auditor desde o século XIV, a auditagem, na verdade, é uma fun-
ção nova que vem experimentando excepcional desenvolvimento
com diferentes graus de especialização e decorre da contabilidade.

No Brasil, a auditoria evoluiu com a chegada das empresas


internacionais que possuíam auditoria independente, pois os seus in-
vestimentos foram implantados e precisavam ter suas demonstrações
contábeis auditadas.
Segundo leciona Attie (2018), as principais influências que pos-
sibilitaram o desenvolvimento da auditoria no Brasil foram:

a) filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;


b) financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais;
c) crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização
e diversificação de suas atividades econômicas;
d) evolução do mercado de capitais;
e) criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil
em 1972; e
f) criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades por
Ações em 1976. (ATTIE, 2018, p.41)

Assim, as empresas estariam obrigadas a realizar auditorias


por auditores independentes registrados na mesma comissão, confor-
me os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à
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negociação em bolsa ou no mercado de balcão.


Segundo Attie (2018):

O exercício da auditoria independente ainda está condicionado àquelas


empresas integrantes do Mercado de Capitais e as do Sistema Financeiro.
Demais empresas são auditadas geralmente a pedido de seus acionistas,
proprietários ou por acordos firmados com terceiros como financiadores, for-
necedores etc. O exercício da auditoria independente ainda não é aplicável à
totalidade das empresas e há todo um mercado a ser desenvolvido. Por esse
motivo, também a boa técnica contábil deixa de ser utilizada e certamente
não há um padrão quanto à adoção de princípios contábeis e fiscais usados
uniformemente pelas empresas em geral. (ATTIE, 2018, p. 42)

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FUNDAMENTOS DA AUDITORIA

A auditoria busca realizar demonstrações contábeis e emitir


opinião sobre elas, garantindo que apresentem corretamente o patri-
mônio e a posição financeira, assim como o resultado de investimentos,
operações e a evolução da massa patrimonial.
A auditoria somente deverá ser efetuada com base nas nor-
mas vigentes, especialmente em relação ao planejamento do trabalho,
à constatação dos registros dos eventos contábeis e às avaliações das
práticas, e estimativas adotadas pela empresa, ou seja, em seu princi-
pal objetivo, a auditoria corresponde a um processo em que o auditor
atesta a verdade de toda a contabilidade da empresa auditada.
O auditor fará jus aos procedimentos e critérios dentro da lei que
lhe explanem e assegurem demonstrações assertivas e verídicas, sempre
com a documentação necessária e de forma que possa ser compreendido.
Conforme explicado, toda auditoria precisa ser realizada com
clareza, que exprima a real situação do órgão auditado, especialmente
em relação a seus direitos, obrigações e resultado das operações, para
permitir uma interpretação uniforme e facilidade de compreensão.
Attie (2018) nos assegura que:

Os procedimentos aplicados no exame das demonstrações contábeis são


aqueles que, a juízo do auditor, permitem uma conclusão quanto à razoabi-
lidade das operações e aos seus reflexos nas demonstrações contábeis. Os
procedimentos aplicados em uma auditoria e a extensão de sua aplicação
são determinados pelo julgamento do auditor que deve considerar a natureza
e os problemas da empresa e observar a qualidade e eficiência de seus pro-
cedimentos contábeis e seus controles internos. (ATTIE, 2018, p.47)

Ou seja, os procedimentos precisam ser selecionados e aplica-


dos de acordo com as normas de auditoria, para assegurar a auditagem
executada com devido cuidado e por pessoas com técnica e capacida-
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de para desempenhar a função, possuindo capacidade técnica, compe-


tência e independência ético-profissional, adicionando ao procedimento
estudos, avaliação dos controles em relação as provas, para que sejam
adequadas e suficientes, permitindo e assegurando a opinião do auditor
sobre as demonstrações financeiras em exame.

ROTEIRO DA AUDITORIA

Sabemos que a auditoria corresponde a uma análise da con-


tabilidade e que dependem de vários fatores internos e externos, bem
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como de fluxo das informações que devem ser reunidas através de sis-
tema de controle.
As auditorias normalmente são requeridas pela administração
de empresas, diretoria ou conselho executivo e fiscal destas, e não há
obrigação de que todas as empresas passem por auditorias, salvo de-
terminação legal, estatutária ou por força de contratos ou de emprésti-
mos que sejam compelidas a fazê-lo.
Inicialmente, os auditores verificam procedimentos internos
e os sistemas internos das empresas, com o intuito de averiguar sua
confiabilidade, pois é a partir dos dados inseridos nesses sistemas que
podem transformar os números de fato na verificação da situação patri-
monial e financeira da entidade.

O grau de confiabilidade dito resulta da maior ou menor


possibilidade de existirem operações ou dados executados na em-
presa e não catalogados nos registros internos, não sendo infor-
mados nas escrituras de registro contábil da empresa, o que invia-
bilizaria a correta e eficaz auditagem.

Quando houver grau de confiabilidade estabelecido em relação


ao sistema de controle interno, será permitido eficiência e eficácia nas
alternativas e possibilidades provenientes da informação patrimonial,
assim sendo, o auditor fará testes, com provas seletivas, amostragens
estatísticas, buscando adquirir provas e evidências necessárias para a
formação da sua opinião sobre as demonstrações contábeis.
É trabalho do auditor efetuar os testes, juntar as provas e evi-
dências e registrá-las, catalogando-as conforme os elementos que ser-
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virão de provas da execução de seu trabalho, e servindo também de


base para que possa emitir o parecer, analisando as devidas técnicas.
Dessa forma, temos três etapas que correspondem à execu-
ção e finalização da auditoria, que são:
- Etapa inicial de auditoria:
- Solicitação dos serviços de auditoria por empresa interessada;
- Dimensionamento dos trabalhos de auditoria;
- Carta-proposta dos serviços de auditoria.
- Etapa da execução da auditoria:
- Planejamento do trabalho;
- Estudo e avaliação dos sistemas de controles internos;
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-Testes de procedimentos de controles internos;
- Seleção e programa de trabalho da auditoria;
- Aplicação dos procedimentos de auditoria;
- Evidenciação dos exames efetuado.
- Etapa de conclusão da auditoria:
- Avaliação das evidências obtidas;
- Emissão do parecer de auditoria;
- Elaboração dos relatórios de auditoria.
Vamos conhecer cada uma delas? Vamos sim!

Etapa Inicial de Auditoria

Inicialmente é solicitado os serviços de auditoria pela empresa


interessada, momento em que os auditores precisam manter a sua so-
berania e independência, tudo de acordo com a instrução CVM n° 308,
arts. 26 a 29 e art. 31. Em seguida, há uma análise dos trabalhos de
auditoria, para que seja realizado um dimensionamento, onde haverá
quantificação do trabalho a ser realizado para fixação dos honorários.

O dimensionamento é normalmente realizado com base


nos dados e informações fornecidos pela empresa, por ocasião de
visita dos auditores, que, entre outros, podem ser: tipo e dimensão
da empresa; ramo de atividade e linha de produtos; quantidade de
funcionários; locais existentes e armazenamento de inventários;
volume de faturamento e de clientes existentes; estatuto social e
organogramas; volume de lançamentos contábeis e das principais
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operações; sistema contábil existente; principais aspectos de con-


trole internos mantidos.

Após o dimensionamento, será enviado pelo auditor uma car-


ta-proposta em que especifica os serviços a serem prestados e, sendo
aceito, a carta-proposta é considerada o contrato de serviços com direi-
tos e obrigações entre as partes.
A etapa de execução de auditoria corresponde ao planejamen-
to do trabalho do auditor, em que ele especifica o momento exato de
realização de cada uma das etapas da auditagem. Irá prever a execu-
ção de seu trabalho e o momento de uso das provas para alcançar os
21
objetivos propostos.
É necessário que seja feita essa previsão, tendo em vista a
possibilidade existente nas empresas para adequar seus sistemas para
realizar trabalhos de auditorias em variadas datas.
Segundo nos ensina Attie (2018), no planejamento de audito-
ria, devemos considerar:

a) exame preliminar, que é a época que antecede o encerramento do exercí-


cio social e das demonstrações contábeis, para efetuar determinados proce-
dimentos de auditoria que, entre outros, podem ser:
- conhecimento dos controles internos instituídos;
- realização de testes de procedimentos;
- contagens físicas de estoques e outras necessárias;
- inspeção física de bens do imobilizado;
- seleção de contas a serem confirmadas;
- exames de auditoria de determinadas contas patrimoniais e de resultado;
b) exame final, que é a época subsequente ao encerramento do exercício
social e, por consequência, quando as demonstrações contábeis estão prati-
camente finalizadas para:
- complementação de exames iniciados na fase preliminar;
- exame de variações de saldos e pesquisa de transações incomuns;
- acompanhamento e exame das confirmações selecionadas e respondidas;
- acompanhamento das contagens físicas realizadas e a correspondência
- nas demonstrações contábeis;
- conclusão dos trabalhos. (ATTIE, 2018, p. 57)

Após o planejamento, existe o estudo e avaliação dos sistemas


de controles internos que irá servir de base para que o auditor consta-
te qual a sistemática das informações da empresa; a regularidade das
operações e a adequação dos registros contábeis e de controles.
Em seguida, o auditor irá realizar os testes de procedimento
de controles internos, que irão constatar se as informações contidas na
avaliação de controle interno estão válidas e se são reais para poder re-
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alizar a seleção e programa de trabalho da auditoria, que irá apresentar


a efetividade dos controles internos através dos testes realizados pelo
auditor, para que possa encontrar a razoabilidade das operações e seus
reflexos nas demonstrações contábeis. Nesse momento da auditagem
que serão determinados os procedimentos de auditoria, que levará em
conta a validação das provas.

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A prova obtida de fonte externa tem mais validade do que
aquela obtida internamente. A prova adquirida pessoalmente pelo
auditor possui maior validade do que as provas adquiridas indire-
tamente.

O próximo passo corresponde a evidenciação dos exames efe-


tuados, momento em que o procedimento da auditoria reúne as evi-
dências para concretizar a justificativa da opinião a ser emitida pelo
auditor. Importante destacar que todos esses documentos precisam ser
devidamente registrados e expostos nos papéis de trabalho do auditor.
A etapa da conclusão da auditoria é a última etapa da audita-
gem, em que inicialmente o auditor irá avaliar todas as evidências que
obteve para realizar o seu julgamento profissional e, em seguida, avalia
e valida as provas para submeter a julgamento.

Figura 4: Análise de provas pelo auditor

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Fonte: (SINTEC - RO, 2021).


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Após a validação das provas, o auditor determina o tipo de parecer a
ser emitido. A redação designada no parecer obedecerá aos padrões
das normas de auditoria e deverá conter o Título; Destinatário; Opinião
do auditor; Base para opinião; Responsabilidade pelas demonstrações
contábeis; e Responsabilidade do auditor, independente pela auditoria
de tais demonstrações contábeis. Além desses dados, o parecer pode-
rá contar com outras informações, a depender do trabalho do auditor.
O próximo e último passo é a elaboração dos relatórios de au-
ditoria que irá contemplar as mesmas notas explicativas e o parecer do
auditor que consta nas demonstrações contábeis.
Pode ainda ser elaborado relatórios complementares, para in-
dicar exames ou revisões detalhadas elaboradas por área de trabalho,
desde que sejam úteis a melhoria dos controles internos.
O roteiro do processo de auditoria pode ser representado pela
seguinte figura:

Figura 5: Diagrama do processo de auditoria.


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Fonte: (ATTIE, 2018, p. 64).

NORMAS DE AUDITORIA

Assim como nas diversas profissões, na auditoria há normas


que estabelecem os padrões técnicos para a conduta do trabalho dos
auditores e assegurar atuação técnica do profissional e do parecer a
ser elaborado, garantindo que obedecerá aos requisitos necessários e
indispensáveis para a finalização do trabalho.
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Através da resolução n° 1.328/11, houve padronização das nor-
mas brasileiras de contabilidade, segregando-as em normas para todos
os profissionais e normas a serem obedecidas pelos profissionais da con-
tabilidade, dentre eles os auditores internos, independentes e peritos.
As principais normas da auditoria encontram-se por intermédio
das resoluções, vejamos algumas:

RESOLUÇÃO CFC N° 803/96: Aprova o Código de Ética Profissional do Con-


tabilista – CEPC. Veja também as RESOLUÇÕES CFC n° 972/03, 987/03 e
1.310/10.
RESOLUÇÃO CFC N° 821/97: Aprova a NBC P 1 – Normas Profissionais de
Auditor Independente com alterações e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CFC N° 851/99: Aprova a NBC P 1 – IT – 01 – Regulamenta-
ção do item 1.9 da NBC P 1 – Normas Profissionais de Auditor Independente.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.135/08: Aprova a NBC T 16.8 – Controle Interno.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.203/09: Aprova a NBC TA 200 – Objetivos Gerais
do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com
Normas de Auditoria.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.204/09: Aprova a NBC TA 210 – Concordância com
os Termos do Trabalho de Auditoria.
Anterior RESOLUÇÃO CFC N° 1.205/09 e atual NBC TA 220 (R1) – Controle
de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.206/09: Aprova a NBC TA 230 – Documentação de
Auditoria.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.207/09: Aprova a NBC TA 240 – Responsabilidade
do Auditor em Relação à Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstra-
ções Contábeis.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.208/09: Aprova a NBC TA 250 – Consideração de
Leis e Regulamentos na Auditoria de Demonstrações Contábeis.
Anterior RESOLUÇÃO CFC N° 1.209/09 e atual NBC TA 260 (R2) – Comuni-
cação com os Responsáveis pela Governança.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.210/09: Aprova a NBC TA 265 – Comunicação de
Deficiências de Controle Interno.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.211/09: Aprova a NBC TA 300 – Planejamento da
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

Auditoria de Demonstrações Contábeis.


Anterior RESOLUÇÃO CFC N° 1.212/09 e atual NBC TA 315 – Identificação
e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da
Entidade e do seu Ambiente.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.213/09: Aprova a NBC TA 320 – Materialidade no
Planejamento e na Execução da Auditoria.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.214/09: Aprova a NBC TA 330 – Resposta do Audi-
tor aos Riscos Avaliados.
RESOLUÇÃO CFC No 1.215/09: Aprova a NBC TA 402 – Considerações de
Auditoria para a Entidade que Utiliza Organização Prestadora de Serviços.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.216/09: Aprova a NBC TA 450 – Avaliação das Dis-
torções Identificadas durante a Auditoria.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.217/09: Aprova a NBC TA 500 – Evidência de Au-

25
ditoria.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.218/09: Aprova a NBC TA 501 – Evidência de Audi-
toria – Considerações Específicas para Itens Selecionados.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.219/09: Aprova a NBC TA 505 – Confirmações Ex-
ternas.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.220/09: Aprova a NBC TA 510 – Trabalhos Iniciais
– Saldos Iniciais.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.221/09: Aprova a NBC TA 520 – Procedimentos
Analíticos.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.222/09: Aprova a NBC TA 530 – Amostragem em
Auditoria.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.223/09: Aprova a NBC TA 540 – Auditoria de Esti-
mativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo, e Divulgações Relacionadas.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.224/09: Aprova a NBC TA 550 – Partes Relaciona-
das.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.225/09: Aprova a NBC TA 560 – Eventos Subse-
quentes.
Anterior RESOLUÇÃO CFC N° 1.226/09 e atual NBC TA 570 – Continuidade
Operacional.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.227/09: Aprova a NBC TA 580 – Representações
Formais.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.228/09: Aprova a NBC TA 600 – Considerações
Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis de Grupos, incluindo o
Trabalho dos Auditores dos Componentes.
Anterior RESOLUÇÃO CFC N° 1.229/09 e atual NBC TA 610 – Utilização do
Trabalho de Auditoria Interna.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.230/09: Aprova a NBC TA 620 – Utilização do Tra-
balho de Especialistas.
Anterior RESOLUÇÃO CFC N° 1.236/09 e atual NBC TA 800 – Conside-
rações Especiais –Auditorias de Demonstrações Contábeis Elaboradas de
Acordo com Estruturas de Contabilidade para Propósitos Especiais.
Anterior RESOLUÇÃO CFC N° 1.237/09 e atual NBC TA 805 – Considerações
Especiais –Auditoria de Quadros Isolados das Demonstrações Contábeis e
de Elementos, Contas ou Itens Específicos das Demonstrações Contábeis.
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RESOLUÇÃO CFC N° 1.277/10: Aprova a NBC TSC 4400 – Trabalhos de


Procedimentos Previamente Acordados sobre Informações Contábeis.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.296/10: Aprova a NBC TG 03 (NBC T 3.8) – De-
monstração dos Fluxos de Caixa.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.297/10: Aprova a NBC TG 05 (NBC T 17) – Divulga-
ção sobre Partes Relacionadas.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.303/10: Aprova a NBC TG 04 (NBC T 19.8) – Ativo
Intangível.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.304/10: Aprova a NBC TG 06 (NBC T 10.2) – Ope-
rações de Arrendamento Mercantil.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.306/10: Aprova a NBC TG 37 (NBC T 19.39) – Ado-
ção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.311/10: Aprova a NBC PA 290 – Independência –

26
Trabalhos de Auditoria e Revisão.
RESOLUÇÃO CFC N° 1.312/10: Aprova a NBC PA 291 – Independência –
Outros Trabalhos de Asseguração.
NBC PG 100 de 25/03/2014: Dispõe da Aplicação Geral aos Profissionais da
Contabilidade. (ATTIE, 2018, p.111-113)

Todos os assuntos pertinentes à auditoria ainda não foram


tratados, todavia, as principais normas já estão regulamentadas, como
descrito acima. Ficou curioso para conhecê-las melhor e saber de que
forma se aplicam na prática para os auditores? Vamos descobrir juntos
no próximo capítulo!

AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

27
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 01
Aprendemos um pouco sobre auditoria e alguns de seus tipos, des-
sa forma, assinale a alternativa correta acerca da auditoria mental:
a) A auditoria mental é uma auditoria crítica voltada às regras em vigor
por força das normas implantadas para o controle do patrimônio, tes-
tando sua atividade e cerceamento às possibilidades de riscos e erros.
b) A auditoria mental é a única forma de auditagem, em que o auditor
analisa as provas e faz um parecer mentalmente e informa se a conta-
bilidade da empresa está correta ou não.
c) A auditoria mental é uma auditoria que não é aceita, tendo em vista que
o auditor precisa entregar parecer técnico escrito junto das provas devidas.
d) A auditoria mental não obedece às regrar e normas implantadas.
e) A auditoria mental é o momento em que o auditor testa as possibili-
dades de riscos e erros, e nesse tipo de auditoria não é necessário a
entrega de parecer escrito.

QUESTÃO 02
A respeito da auditoria, assinale a alternativa correta.
a) Corresponde a um exame em que há demonstração contábil realiza-
da por um profissional da empresa.
b) Quem realiza a auditoria é o contador da empresa.
c) Não existe uma metodologia para realização de auditorias.
d) A auditoria não faz parte da contabilidade.
e) Corresponde a um exame em que há demonstração contábil realiza-
da por um profissional chamado auditor.

QUESTÃO 03
Qual documento técnico deverá ser elaborado e entregue pelo au-
ditor ao fim da auditoria?
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a) O documento será um parecer.


b) O auditor deverá entregar as provas.
c) O auditor entrega os registros da empresa.
d) O auditor entrega o livro contábil da empresa.
e) Não há nenhum documento que o auditor deva entregar.

QUESTÃO 04
O que acontece na auditoria quando há falta de documento de
comprovação?
a) O auditor realiza a auditoria com os documentos que possui.
b) O auditor faz entrevista pessoal com todos os funcionários.
28
c) O auditor faz entrevista pessoal com os funcionários dos recursos
humanos da empresa.
d) A auditoria não poderá ser concluída sem a devida comprovação do-
cumental.
e) O auditor responde um questionário para complementar a documen-
tação.

QUESTÃO 05
Acerca da história da auditoria, assinale a alternativa incorreta.
a) A auditoria surgiu com a constante necessidade de que tinham os in-
vestidores e proprietários em averiguar a realidade financeira e econômi-
ca do patrimônio empresarial, especialmente em decorrência do enorme
desenvolvimento econômico e das empresas que surgiam no mundo.
b) a primeira disciplina desenvolvida para auxiliar os administradores foi
a contabilidade, e em decorrência surgiu a auditoria, que seria uma es-
pecialidade da contabilidade, que seria serventia para sua confirmação
c) A contabilidade e a auditoria não estão conectas e interligadas, sendo
independentes entre si e sem qualquer relação.
d) A auditoria e a contabilidade evoluíram lado a lado com o desenvolvi-
mento econômico dos países, em decorrência do crescimento empresa-
rial, que trouxe maior complexidade à administração de negócios.
e) No Brasil, a auditoria evoluiu com a chegada das empresas interna-
cionais que possuíam auditoria independente, pois os seus investimen-
tos foram implantados e precisavam ter suas demonstrações contábeis
auditadas.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


A auditoria busca realizar demonstrações contábeis e emitir opinião sobre
elas, garantindo que apresentem corretamente o patrimônio e a posição
financeira, assim como o resultado de investimentos, operações e a evo-
lução da massa patrimonial. Disserte por qual razão é imprescindível que
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os auditores obedeçam ao roteiro da auditoria e as normas vigentes.

NA MÍDIA
QUANDO E POR QUE UMA EMPRESA PRECISA DE AUDITORIA FI-
NANCEIRA?
A auditoria financeira é crescente no mundo empresarial, para as pe-
quenas empresas é a certeza de melhorias e direcionamento para o
sucesso. Para as grandes empresas, é a fiscalização e o encaminha-
mento para permanência no sucesso.
“A Auditoria Financeira é uma das profissões que mais crescem no Bra-
sil devido sua importância para o restabelecimento de normas e ade-
29
quação dos serviços para a sociedade.”
Fonte: IPOG BLOG
Data: 02 mai. 2018.
Leia a notícia na íntegra: https://blog.ipog.edu.br/gestao-e-negocios/
quando-e-por-que-uma-empresa-precisa-de-auditoria-financeira/ Aces-
so em: 15/06/2021

NA PRÁTICA
A auditoria, diferente do que muitos pensam, não é utilizada apenas
para fiscalizar a contabilidade das empresas, no setor empresarial, é
costumeiramente utilizada para fiscalização e direcionamento das finan-
ças. Após a auditoria é que de fato poderá ser determinado como está
o setor financeiro da empresa, para em seguida o profissional poder
determinar metas, ou ainda alterar a arrecadação de impostos e traçar
o caminho a ser seguido.
Auditoria corresponde a exame analítico e pericial que verifica o desem-
penho das operações contábeis expressas em um balanço. Sua função
é avaliar uma empresa no panorama da contabilidade. A auditoria sem-
pre vai buscar direcionar a empresa para lucratividade e também fisca-
lizar se está no caminho certo, atendendo todas as normas vigentes.

PARA SABER MAIS


Título: Wall Street: Poder e Cobiça (1987)
Data de publicação: 2015
Fonte: http://www.petadm.ufc.br/?p=1756#:~:text=O%20filme%20
%E2%80%9CWall%20Street%20%E2%80%93%20Poder%20e%20
Cobi%C3%A7a%E2%80%9D,a%20aplicar%20seu%20dinheiro%20
em%20a%C3%A7%C3%B5es%20de%20empresas.
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30
NORMAS DA AUDITORIA

Este capítulo tratará principalmente das questões relativas à


normatização da auditoria, trazendo também a normatização aplicada
às ciências contábeis. Trata-se de um compêndio de normas que visam
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tornar a atividade do auditor mais abrangente, mais profissional e cada


vez melhor a toda a sociedade.

NORMAS PROFISSIONAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE

As normas de autoria possuem maior abrangência ao delimitar


a forma que devem os auditores executar o seu trabalho. Tais normas
não são direcionadas ao auditor, mas nas suas competências e qualifi-
cações, para exercer sua função de forma correta e adequada.
O auditor deverá ser um contador devidamente habilitado pelo
3131
Conselho Regional de Contabilidade (CRC) e que possua experiência
na referida função, além de prestar um exame de capacitação técnica
para assim poder estar apto a exercer a função de auditor.

Figura 6: Exame de capacitação técnica para auditor independente.

Fonte: (ISAQUEGOSSI, 2021).

O auditor deverá ter livre acesso no interior das empresas em


que estiver realizando a auditoria e deverá possuir conhecimento em
relações humanas, sociologia e psicologia, pois isto o auxiliará na ob-
tenção dos dados necessários para a auditagem.
No exercício da profissão, o auditor deverá observar os níveis
aceitáveis de moralidade, tendo em vista o serviço que presta, assim
como deverá conduzir a auditoria observando idoneidade, integridade,
respeito, imparcialidade e, sobretudo, independência, para assim poder
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apresentar um trabalho eficaz.


A independência do auditor encontra-se positivada na NBC PA
290 (R1) – Independência – Trabalhos de auditoria e revisão, e a NBC
PG 100, que determina a estrutura conceitual e o que compreende a
referida independência, vejamos:

(...) No caso de trabalhos de auditoria, é do interesse público e, portanto,


requerido por esta Norma que os membros das equipes de auditoria, firmas
e firmas em rede sejam independentes dos clientes de auditoria.
O objetivo desta Norma é auxiliar as firmas e os membros das equipes de
auditoria na aplicação dos conceitos descritos abaixo para a conquista e ma-
nutenção da independência.

32
Independência compreende:
Independência de pensamento: Postura que permite a apresentação de con-
clusão que não sofra efeitos de influências que comprometam o julgamento
profissional, permitindo que a pessoa atue com integridade, objetividade e
ceticismo profissional.
Aparência de independência: Evitar fatos e circunstâncias que sejam tão sig-
nificativos a ponto de que um terceiro com experiência, conhecimento e bom
senso provavelmente concluiria, ponderando todos os fatos e circunstâncias
específicas, que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da
firma, ou de membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos.
Os conceitos sobre a independência devem ser aplicados por auditores para:
(a) identificar ameaças à independência;
(b) avaliar a importância das ameaças identificadas;
(c) aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou
reduzi-las a um nível aceitável.
Muitas circunstâncias ou combinações de circunstâncias diferentes podem
ser relevantes na avaliação das ameaças à independência. É impossível
definir todas as situações que criam ameaças à independência e especifi-
car as medidas apropriadas. Portanto, esta Norma estabelece conceitos de
independência que requerem que as firmas e os membros das equipes de
auditoria identifiquem, avaliem e tratem as ameaças à independência. Os
conceitos sobre a independência apresentados auxiliam os profissionais no
cumprimento das exigências éticas desta Norma. Ela abrange muitas varia-
ções de circunstâncias que criam ameaças à independência e pode evitar
que o auditor conclua que uma situação é permitida porque não foi especifi-
camente proibida.
O item 100 e os que se seguem descrevem como os conceitos sobre a in-
dependência devem ser aplicados. Esses itens não tratam de todas as cir-
cunstâncias e relações que criam ou podem criar ameaças à independência.
Ao decidir sobre a aceitação ou a continuação do trabalho, ou se uma pessoa
específica pode ser membro da equipe de auditoria, a firma deve identificar e
avaliar as ameaças à independência. Se as ameaças não estão em um nível
aceitável, e a decisão é se deve aceitar o trabalho ou incluir uma pessoa es-
pecífica na equipe de auditoria, a firma deve avaliar se as salvaguardas estão
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disponíveis para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável. Se


a decisão é se deve continuar o trabalho, a firma deve avaliar se quaisquer
salvaguardas existentes continuarão eficazes para eliminar as ameaças ou
reduzi-las a um nível aceitável, se outras salvaguardas precisarão ser aplica-
das, ou se o trabalho precisa ser descontinuado. Sempre que a firma tomar
conhecimento de novas informações sobre ameaça à independência durante
o trabalho, a firma deve avaliar a importância da ameaça de acordo com os
conceitos sobre a independência.
Em toda esta Norma, faz-se referência à importância das ameaças à inde-
pendência. Na avaliação da importância da ameaça, os fatores qualitativos
bem como os quantitativos devem ser levados em consideração.
Esta Norma, na maioria dos casos, não determina a responsabilidade espe-
cífica de pessoas dentro da firma por ações relacionadas à independência

33
porque a responsabilidade pode diferir dependendo do porte, da estrutura e
da organização da firma. A firma deve, segundo a NBC PA 01, estabelecer
políticas e procedimentos planejados para fornecer segurança razoável de
que a independência é mantida quando requerido pelas exigências éticas
aplicáveis. Além disso, as Normas de Auditoria (NBC TAs) requerem que o
sócio do trabalho avalie o cumprimento dos requisitos de independência que
se aplicam ao trabalho. (ATTIE, 2018, p. 115, 118-119)

Essas normas devem ser devidamente observadas com intuito


de que o auditor possa eliminar possíveis ameaças ao fiel cumprimento
do seu serviço. Deve o auditor julgar profissionalmente a aplicação do
conceito sobre a independência.
Essas ameaças podem ser oriundas de extensas relações e
circunstâncias. As ameaças precisam ser contidas, pois podem compro-
meter o fiel cumprimento dos princípios fundamentais do auditor.
Uma única circunstância poderá originar mais de uma ameaça.
Caso o auditor realize sua auditoria com ameaças presentes, esta po-
derá estar corrompida e não apresentar um fiel resultado.
Existem as categorias das ameaças, que se enquadram con-
forme:

(a) ameaça de interesse próprio é a ameaça de que interesse financeiro ou


outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o com-
portamento do auditor;
(b) ameaça de autorrevisão é a ameaça de que o auditor não avaliará apro-
priadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anterior-
mente por ele, ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará
para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual;
(c) ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que o auditor
promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em que a sua ob-
jetividade fique comprometida;
(d) ameaça de familiaridade é a ameaça de que, devido ao relacionamento
longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses
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dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento;


(e) ameaça de intimidação é a ameaça de que o auditor será dissuadido de
agir objetivamente em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo
tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor.

Os requisitos de controle a serem adotados pelos auditores


correspondem aos seus mecanismos para assegurar a independência,
integridade, objetividade, confidencialidade e comportamento ético e
profissional no relacionamento com clientes, organismos e entidades, e
com os demais profissionais e auxiliares (ATTIE, 2018).
Os auditores devem analisar hipóteses de impedimentos para
a execução da auditoria para que seja assegurada sua confiabilidade e
34
eficácia.
O auditor deve avaliar permanentemente sua independência,
analisando também toda sua equipe técnica. Anualmente, todos os pro-
fissionais do grupo técnico de auditoria emitem uma declaração afir-
mando não haver, por parte dele, qualquer impedimento legal e ético
em relação aos clientes que possa comprometer a sua independência.
Na hipótese de existir quaisquer comprometimentos, deverá o membro
do grupo técnico reportar na sua avaliação, para que sejam tomadas as
devidas providências.
Devem os auditores divulgar internamente e de forma formal
novas contratações de clientes e cada profissional envolvido está obri-
gado a informar a respeito de possível risco à independência relaciona-
da a esses novos clientes.
É de responsabilidade do responsável técnico a avaliação dos
procedimentos necessários para assegurar a independência e a objeti-
vidade do trabalho dos auditores e sua equipe de auditoria, e os clientes
que estejam sob sua responsabilidade.

Figura 7: Equipe de auditoria.

AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

Os auditores precisam possuir regras e procedimentos de con-


trole de qualidade no âmbito interno que assegurem o cumprimento das
normas técnicas, éticas regulatórias, para que em todas as auditorias
independentes de demonstrações contábeis sejam observados a inde-
35
pendência e o sigilo. (ATTIE, 2018)
As regras precisam ser informadas a toda a equipe envolvida
na auditoria, independentemente do nível hierárquico que ocupe, para
que sejam cumpridas todas as regras previstas para a auditoria, em
especial, a independência e o sigilo.
Os procedimentos e controle interno devem possuir regras que
versem sobre o compromisso e conhecimento esperado quanto aos
atributos citados; os programas de treinamento relativos à supervisão e
revisão de auditorias; o sistema de informação, atualizado e disponibili-
zado para o pessoal, sobre clientes e outras entidades que são aplicá-
veis às políticas de independência e sigilo; o monitoramento quanto ao
cumprimento, pelo pessoal, das políticas, normas e procedimentos de
independência, integridade, sigilo e comportamento ético e profissional;
e obrigatoriedade da declaração anual dos integrantes de todo o quadro
técnico, confirmando que conhecem e cumprem às políticas, regras e
procedimentos de independência, integridade, sigilo e comportamento
ético e profissional. (ATTIE, 2018)
Importante destacar que todos os procedimentos e dados refe-
rentes à auditoria são sigilosos e deve a equipe de auditoria respeitar o
sigilo das informações independente da forma que foram obtidas, seja
no relacionamento, por documentos, meios digitais, entre outros.
Devem ainda os auditores verificar no momento em que este-
jam sendo contratados se aquele contrato não viola alguma norma pro-
fissional, em especial a independência e o conflito de interesse, assim
como o Código de Ética Profissional do Contabilista.
Assim como em qualquer profissão, deve o auditor realizar
seus serviços com responsabilidade, eficácia e verdade, pois atingem
uma extensa gama de pessoas interessadas em seus pareceres, como
os administradores, os acionistas, fornecedores e outras empresas.
Assim, para garantir sua eficácia, o auditor deverá realizar um
planejamento adequado, determinando o melhor método, visando o
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material a ser auditado, verificando os processos e procedimentos que


realiza a empresa e tomando por base os sistemas de controle inter-
nos, assim como supervisionando toda a equipe, desde a que realiza o
trabalho de campo como a que realiza o trabalho interno; na validação
das provas colhidas, em sua especialização e conhecimento da própria
empresa e nos métodos e aprendizados conquistados por estudos per-
manentes; na sua independência, zelo etc.

36
Figura 8: Planejamento de auditoria.

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

Como explicado, todo auditor deverá possuir conhecimentos


e técnicas especificas inerentes ao procedimento da auditoria. Normal-
mente, no que tange aos conhecimentos específicos, deverá o auditor
ter: capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas
na execução das auditorias; capacidade na área de princípios e técni-
cas contábeis; conhecimento dos princípios de administração, para re-
conhecer e avaliar a relevância e o significado dos eventuais desvios em
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

relação às boas práticas empresariais; conhecimento de fundamentos


de economia, direito comercial, impostos, finanças, métodos quantita-
tivos e sistemas de processamento eletrônico de dados. (ATTIE, 2018)

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

A atividade de auditoria está intimamente ligada aos reflexos


e às posições que se exprimem por intermédio de demonstrações con-
tábeis, as quais devem obediência ao seu organismo de controle e dar
posicionamento equivalente àqueles que usem tais demonstrações. O
37
Conselho Federal de Contabilidade é o organismo que tem a atribuição
legal de determinar ações, normas, regulamentações, regras e equiva-
lentes a todos os que se encontram a ele ligados e, por isso, emitiu a
Resolução CFC n° 1.328/11 para padronizar esses fatos (ATTIE, 2018).

Para melhor conhecimento das normas brasileiras de con-


tabilidade, indicamos a leitura por completo da Resolução CFC n°
1.328/11.

PARECER DE AUDITORIA

Aprendemos que a auditoria deve ser independente e deve ex-


pressar a opinião de um profissional devidamente habilitado e capaci-
tado sobre as demonstrações contábeis de uma empresa. Seu trabalho
corresponde em auditar documentos, sistemas, notas e emitir um do-
cumento em que ateste a real situação patrimonial e financeira da em-
presa, mostrando os resultados quantificados para o período desejado.
Esse documento é denominado parecer de auditoria, deverá ser
elaborado com base nas normas de auditoria após a finalização do traba-
lho do auditor, em campo ou em trabalho interno, juntando todas as provas
e evidências necessárias para asseguras e respaldar seu relatório, em que
deverá constar seu entendimento acerca de todo material analisado.
A emissão do parecer corresponde àquilo que é compreendido
pelo auditor sobre dos dados que analisou. O auditor deverá resumir
de forma padrão, para que aqueles que leiam o parecer possam com-
preender com exatidão o documento emitido, tomando conhecimento
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

sobre a auditoria.
Ele não deve ser confundido com as notas explicativas, essas
fornecem descrições narrativas e detalhes de itens apresentados em
demonstrações e informações acerca de itens que não se qualificam
para o reconhecimento dessas demonstrações, algumas informações
são de suma importância na apresentação dessas notas explicativas,
sejam elas as demonstrações de balanço patrimonial da empresa, de-
monstração de resultado, lucros ou prejuízos, fluxo de caixa e mutações
do patrimônio líquido da empresa.
A forma do Parecer dos Auditores Independentes sobre as de-
monstrações contábeis em exame está contida na Norma Brasileira de
38
contabilidade NBC TA 700 de 17/06/2016. (ATTIE, 2018).

Figura 9: Modelo para confecção de parecer de auditoria.

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

A referida norma possui uma clássica divisão a respeito da pró-


pria norma, tendo em vista que nos artigos de 1 a 54 há a descrição dos
artigos propriamente ditos e existe um apêndice.
Os auditores devem atestar se as demonstrações contábeis
representam ou não a posição financeira, o resultado das operações e
as modificações na posição patrimonial e financeira, de acordo com os
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

princípios da contabilidade, as NBC e se esses princípios foram aplica-


dos de forma consistente em relação ao período anterior.
Fazendo uma analogia com a medicina, o médico, ao analisar
o paciente, produz um laudo ou parecer médico, constando o diagnósti-
co daquele paciente, a forma como o médico vai elaborar seu laudo ou
o parecer é livre, desde que atente a certas características, o mesmo
acontece no caso do parecer do auditor, esse segue protocolos para
que aquele auditor realize de forma concreta, trazendo os elementos
que são de suma importância para o parecer.
O parecer do auditor independente faz menção específica aos
controles internos: Menciona que a Administração é a responsável pe-
39
las demonstrações contábeis e pelos controles internos que determinou
necessário para sua elaboração; Menciona que os auditores obtiveram
entendimento dos controles internos relevantes e, como base neles, de-
terminaram os procedimentos de auditoria. (ATTIE, 2018)
As referidas normas demandam que o auditor deve estar segu-
ro de sua análise na elaboração do parecer, dessa forma, deverá obter
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo
estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas
por fraude ou erro.

Esta Norma trata da responsabilidade do auditor indepen-


dente para formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis.
Ela trata da forma e do conteúdo do relatório a ser emitido como
resultado da auditoria de demonstrações contábeis. Para efeitos
desta Norma, a referência ao auditor independente e ao auditor tem
o mesmo significado.

Importante trazer ao estudo que especialmente as empresas


que são constituídas na forma de sociedade anônima são obrigadas a
contratar empresas de auditoria, justamente para realização de exame
das demonstrações financeiras de suas empresas, destacando a impor-
tância de um parecer de auditoria para as questões relacionadas com a
saúde da empresa.
As empresas de capital aberto, as instituições financeiras e al-
guns outros casos específicos estão obrigados a publicar as suas de-
monstrações financeiras, isso junto com o parecer de auditoria, onde o
auditor emite sua opinião informando se as demonstrações financeiras
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

representam adequadamente a situação patrimonial e a posição finan-


ceira na data do exame.
Importante ressaltar que ele informa se as demonstrações fi-
nanceiras foram levantadas de acordo com os princípios Fundamentais
da Contabilidade e se há uniformidade em relação ao exercício anterior.

RISCO DE AUDITORIA

A auditoria independente é considerada uma profissão consoli-


dada, é representada pelos contadores independentes, de acordo com
40
a legislação em vigor nos países.
A auditoria independente é responsável por examinar minucio-
samente a contabilidade de uma empresa com intuito de redigir um docu-
mento em que esteja descrita a opinião do profissional sobre a real situa-
ção financeira da empresa e com os resultados de determinado período.
O auditor independente oferece inúmeros serviços. Para aque-
le que o contrata, todavia, sua principal função corresponde a expressar
uma opinião sobre as demonstrações contábeis.
Segundo a NBC TA 200, o Risco de Auditoria é definido como
um risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequa-
da quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante,
ela pode ser considerada como uma função dos riscos de distorção
relevante e do risco de detecção.
O risco de detecção pode ser considerado como o risco de que
os procedimentos executados não detectem uma distorção relevante,
já o risco de distorção relevante trata-se do risco de que as demonstra-
ções contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria, ela
se consiste em dois componentes, o risco inerente e o risco de controle.
Por risco inerente podemos compreender como um risco que
ocorre antes da consideração de qualquer controle, já o risco de contro-
le compreendemos como o risco de uma distorção não prevenida, de-
tectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno da empresa.
A identificação desses riscos é de responsabilidade da administração
da entidade, não dos auditores.

Figura 9: Diagrama Auditoria

AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

Fonte: (CRF - PR, 2021).


41
A auditoria deverá obedecer às normas vigentes, especialmen-
te em relação às provas nos registros contábeis e aos procedimentos de
auditoria julgados necessários nas circunstâncias.

Asseguração razoável é um nível elevado de segurança.


Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de au-
ditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavel-
mente baixo o risco de auditoria (isto é, o risco de que o auditor
expresse uma opinião inadequada quando as demonstrações con-
tábeis contiverem distorção relevante).

Todavia, a asseguração razoável não reproduz segurança to-


talmente eficaz, tendo em vista que existem limitações inerentes ao
exercício da auditoria, que são resultado de que grande parte das evi-
dências obtidas na auditoria correspondem ao fato de o auditor basear
suas conclusões, e sua opinião é persuasiva e não conclusiva.
De acordo com as normas da auditoria, o auditor deverá julgar
profissionalmente e manter o ceticismo profissional durante o planejamen-
to e a execução da auditoria, assim como identificar e avaliar riscos de dis-
torção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro, com
base no entendimento da entidade e de seu ambiente, inclusive o controle
interno da entidade; obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
para concluir se existem distorções relevantes por meio do planejamento e
aplicação de procedimentos de auditoria apropriados aos riscos avaliados;
formar uma opinião a respeito das demonstrações contábeis com base em
conclusões obtidas das evidências de auditoria obtidas. (ATTIE, 2018)
Podemos assegurar que a realização do controle interno da
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

empresa que passa é essencial para o bom trabalho do auditor, sendo


assim revisão de controle interno é considerada padrão de auditoria.
É necessário realizar levantamento do sistema contábil e de
controle interno, avaliar o grau de confiabilidade e, com base neste, es-
tabelecer a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos proce-
dimentos de auditoria é consagrado como uma técnica eficaz e eficiente.

42
Figura 10: Auditoria interna.

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

Importante trazer que, apesar de ser obrigação do controle da


administração observar o controle interno de uma empresa, é do audi-
tor a grande preocupação tanto na existência desses controles internos
como também em relação a sua fidelidade a realidade.
Conforme já trouxemos anteriormente, o controle interno tem
por função assegurar que possíveis erros e irregularidades possam ser
descobertos com uma razoável prontidão, assegurando assim a confia-
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

bilidade e também a integridade dos registros contábeis.


O professor Attie (2018) nos ensina em sua obra acerca das
questões como o controle interno, trazendo que:

A revisão do controle interno, pelo auditor independente, auxilia-o na aplica-


ção de outros procedimentos de auditoria adequados à formulação do pare-
cer sobre a correta apresentação das demonstrações contábeis.
Quando o auditor estabelece e define a extensão, a natureza e a oportu-
nidade dos procedimentos de auditoria e o momento de sua aplicação, ele
executa uma série de testes nas operações para determinar se existem ou
não erros que possam distorcer as demonstrações contábeis.
Mas esses testes não são suficientes para que o auditor possa chegar à

43
conclusão de que as demonstrações contábeis refletem adequadamente os
resultados das operações. Mesmo que o auditor conte, confirme, examine e
verifique 100% dos ativos, nunca poderá ter segurança completa de que as
demonstrações contábeis refletem todos os ativos, a menos que o auditor
tenha um grau de confiança na operação do sistema de controle interno.
A avaliação adequada de um sistema de controle interno requer conhecimen-
to e entendimento dos procedimentos e métodos prescritos, assim como um
grau de certeza de que eles estão sendo aplicados e funcionam conforme os
planos. O grau de confiança no controle interno, para determinar a extensão
e profundidade dos testes aos quais os procedimentos de auditoria devem
restringir-se, não pode ser totalmente determinado no início de um exame,
uma vez que se funda em suposições relativas ao sistema, suposições es-
sas que os testes posteriores, efetuados pelo auditor independente podem
desmentir.
Uma revisão do programa de auditoria pode tornar-se necessária se os tes-
tes posteriores não confirmarem as suposições iniciais em relação ao grau
de confiança nos controles internos. A revisão pode constituir-se em apli-
cação dos testes de auditoria ou em mudança de enfoque ou da época na
aplicação dos procedimentos de auditoria.
Pelos comentários expostos, identifica-se que a avaliação do sistema de con-
trole interno serve de base para o auditor determinar o grau de confiança
que nele possa depositar e, a partir daí, fixar a natureza e extensão dos
procedimentos de auditoria a serem aplicados. Especificamente, a avaliação
do controle interno permite uma seleção racional de testes. Se, após a avalia-
ção, decidir-se que o sistema existente é bom e que se pode confiar nos re-
sultados, tende-se a reduzir a extensão dos testes. (ATTIE, 2018, p. 488-489)

Somado a isto, podemos dizer que a auditoria interna é com-


plemento da auditoria independente. Elas se conectam para assegurar
a confiabilidade dos números das empresas auditadas.
A revisão do controle interno, pelo auditor independente, pode
ser feita à parte do exame, em data intermediária ao do encaminha-
mento das demonstrações contábeis, aplicando-se procedimentos de
auditoria apropriados, com o objetivo principal de avaliar a eficiência do
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

sistema da empresa.

44
Figura 11: Controle interno.

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

Em caso contrário, a revisão precisa ser realizada juntamente


com as outras áreas do programa de auditoria.
No Brasil, a auditoria interna ainda encontra-se em fase de conso-
lidação, tendo em vista que sua estrutura não está bem definida e há mui-
tas organizações que não a aceita. A auditoria é bem aceita pelas grandes
instituições, como as multinacionais e empresas de segmento financeiro.
Sabemos que o que o trabalho de auditoria interna dentro do
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

conceito correto deve ter como objetivo geral assessorar a administra-


ção no desempenho eficiente de suas funções, fornecendo-lhe análise,
avaliações, recomendações e comentários sobre as atividades audita-
das (ATTIE, 2018).
O estudo do risco de auditoria é de fundamental importância,
pois a auditoria em si é regrada pelos fundamentos da credibilidade e
confiança do parecer de auditoria, mas é pertinente lembrar que o auditor
também é humano, podendo ele cometer o equívoco de emitir uma opi-
nião inadequada, ou seja, o que chamamos de risco de auditoria, sendo
fundamental para um exemplar trabalho a diminuição desse risco.
Desse modo, finalizamos mais um capítulo deste maravilhoso
45
estudo da auditoria, nele trouxemos alguns destaques importantes des-
se mundo de assuntos, esperamos que estejam gostando desse traba-
lho e aguardamos vocês no próximo capítulo.
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

46
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 01
As normas de autoria possuem maior abrangência ao delimitar a
forma que devem os auditores executar o seu trabalho. Tais nor-
mas não são direcionadas ao auditor, mas nas suas competências
e qualificações para exercer sua função de forma correta e adequa-
da. Assinale a alternativa incorreta sobre a figura do auditor.
a) O auditor deverá ser um contador devidamente habilitado pelo Con-
selho Regional de Contabilidade (CRC).
b) O auditor deverá possuir experiência na referida função.
c) O auditor deverá prestar um exame de capacitação técnica para as-
sim poder estar apto a exercer a função de auditor.
d) O auditor deverá ter acesso restrito no interior das empresas em que
estiver realizando a auditoria.
e) O auditor deverá observar os níveis aceitáveis de moralidade.

QUESTÃO 02
A independência do auditor encontra-se positivada na NBC PA 290
(R1) – Independência – Trabalhos de auditoria e revisão, e a NBC PG
100, que determina a estrutura conceitual e o que compreende a refe-
rida independência. Sobre o assunto, assinale a alternativa incorreta.
a) O objetivo desta Norma é auxiliar as firmas e os membros das equi-
pes de auditoria na aplicação dos conceitos descritos abaixo para a
conquista e manutenção da independência.
b) O item 100 e os que se seguem descrevem como os conceitos sobre
a independência devem ser aplicados. Esses itens não tratam de todas
as circunstâncias e relações que criam ou podem criar ameaças à inde-
pendência.
c) Ao decidir sobre a aceitação ou a continuação do trabalho, ou se uma
pessoa específica pode ser membro da equipe de auditoria, a firma não
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precisa identificar e avaliar as ameaças à independência.


d) Esta Norma, na maioria dos casos, não determina a responsabilidade
específica de pessoas dentro da firma por ações relacionadas à inde-
pendência porque a responsabilidade pode diferir dependendo do porte,
da estrutura e da organização da firma.
e) as Normas de Auditoria (NBC TAs) requerem que o sócio do trabalho
avalie o cumprimento dos requisitos de independência que se aplicam
ao trabalho.

QUESTÃO 03
Uma única circunstância poderá originar mais de uma ameaça.
47
Caso o auditor realize sua auditoria com ameaças presentes, esta
poderá estar corrompida e não apresentar um fiel resultado. Assi-
nale a alternativa correta sobre as ameaças.
a) ameaça de interesse próprio é a ameaça de que interesse financeiro
ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou
o comportamento do auditor.
b) ameaça de defesa é a ameaça de que o auditor não avaliará apropriada-
mente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormen-
te por ele, ou por outra pessoa da firma dele, nos quais o auditor confiará
para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.
c) ameaça de autorrevisão de interesse do cliente é a ameaça de que
o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em
que a sua objetividade fique comprometida.
d) ameaça de intimidação é a ameaça de que, devido ao relacionamen-
to longo ou próximo com o cliente, o auditor se torne solidário aos inte-
resses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento.
e) ameaça de familiaridade intimidação é a ameaça de que o auditor
será dissuadido de agir objetivamente em decorrência de pressões
reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida
sobre o auditor.

QUESTÃO 04
Aprendemos que a auditoria deve ser independente e deve expressar
a opinião de um profissional devidamente habilitado e capacitado
sobre as demonstrações contábeis de uma empresa. Seu trabalho
corresponde em auditar documentos, sistemas, notas e emitir um
documento em que ateste a real situação patrimonial e financeira
da empresa, mostrando os resultados quantificados para o período
desejado. Sabendo disso, assinale a alternativa incorreta.
a) O parecer do auditor deverá ser elaborado com base nas normas
de auditoria após a finalização do trabalho do auditor, em campo ou
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em trabalho interno, juntando todas as provas e evidências necessárias


para asseguras e respaldar seu relatório, em que deverá constar seu
entendimento acerca de tomo material analisado.
b) A emissão do parecer corresponde aquilo que é compreendido pelo
auditor sobre dos dados que analisou.
c) O auditor deverá resumir da forma que desejar o parecer, indepen-
dente se pessoas possam compreender com exatidão o documento
emitido tomando conhecimento sobre a auditoria.
d) A forma do Parecer dos Auditores Independentes sobre as demons-
trações contábeis em exame está contida na Norma Brasileira de con-
tabilidade NBC TA 700 de 17/06/2016.
48
e) A auditoria independente é considerada uma profissão consolidada, é
representada pelos contadores independentes, de acordo com a legis-
lação em vigor nos países.

QUESTÃO 05
O auditor independente oferece inúmeros serviços àquele que o
contrata, todavia, sua principal função corresponde a expressar
uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Sabendo disso,
assinale a alternativa correta.
a) A auditoria independente poderá ser realizada de forma livre.
b) A auditoria independente deverá ser realizada obedecendo uma úni-
ca norma.
c) O parecer do auditor independente faz menção específica aos con-
troles internos.
d) Os auditores são responsáveis pelas demonstrações contábeis e pe-
los controles internos que determinou necessário para sua elaboração.
e) Os administradores deverão obter entendimento dos controles inter-
nos relevantes e, como base a eles, determinaram os procedimentos
de auditoria

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


A auditoria independente é responsável por examinar minuciosamente
a contabilidade de uma empresa com intuito de redigir um documento
em que esteja descrita a opinião do profissional sobre a real situação
financeira da empresa e com os resultados de determinado período.
Disserte acerca da auditoria independente.

NA MÍDIA
CONTROLE INTERNO É UMA FERRAMENTA PARA AUXILIAR AS
OPERAÇÕES DE UMA EMPRESA OU PARA ATRAPALHAR?
“(...) Controle Interno é um processo, desenvolvido para garantir, com
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razoável certeza, que sejam atingidos os objetivos da empresa. (...)


Controle interno proporciona uma garantia razoável, nunca uma garan-
tia absoluta. Controle interno efetivo auxilia a entidade na consecução
de seus objetivos, mas não garante que eles serão atingidos. (...)”
Fonte: PORTAL DE AUDITORIA
Data: 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://portaldeauditoria.com.br/controle-inter-
no-e-uma-ferramenta-para-auxiliar-as-operacoes-de-uma-empresa-ou-
-para-atrapalhar/ Acesso em: 22/06/2021

49
NA PRÁTICA
A auditoria independente é responsável por examinar minuciosamente
a contabilidade de uma empresa com intuito de redigir um documento
que esteja descrita a opinião do profissional sobre a real situação finan-
ceira na empresa e com os resultados de determinado período.
O auditor independente oferece inúmeros serviços aquele que o contrata,
todavia, sua principal função corresponde a expressar uma opinião so-
bre as demonstrações contábeis. A auditoria deverá obedecer às normas
vigentes, especialmente em relação as provas nos registros contábeis e
aos procedimentos de auditoria julgados necessários nas circunstâncias.
O parecer do auditor independente faz menção específica aos contro-
les internos: Menciona que a Administração é a responsável pelas de-
monstrações contábeis e pelos controles internos que determinou ne-
cessário para sua elaboração; menciona que os auditores obtiveram
entendimento dos controles internos relevantes e, como base a eles,
determinaram os procedimentos de auditoria.
Imagine uma empresa que vende muito e seus caixas estão sempre
em baixa, a empresa irá contratar um profissional que irá analisar toda
documentação em busca de explicar e auxiliar a empresa no direciona-
mento correto para verificar seus erros e corrigi-los para que os caixas
estejam de acordo com o volume de vendas.

PARA SABER MAIS


Título: FUGA A MEIA NOITE (1988)
Data de publicação: 1988
Fonte: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-28208/
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

50
AUDITORIA NA PRÁTICA

Após um capítulo que introduziu e imergiu o leitor na ciência da


auditoria, vimos um ouitro dedicado às normas que regulam essa ativi-
dade. Neste terceiro capítulo, veremos a prática da auditoria, verifican-
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

do minuciosamente como é realizada essa prática e aplicando inclusive


o que foi visto nos outros capítulos.

PAPÉIS DE TRABALHO

Papéis de trabalho são todos os formulários e documentos que


auxiliam o auditor durante seu trabalho. As provas e as descriminações
do auditor correspondem à evidência do trabalho executado e à com-
provação de sua opinião.
Sabemos que o auditor faz uso de toda documentação da em-
5151
presa e que se ele trabalhasse com cópias geraria grande custo e volu-
me de muitos documentos, por isso o auditor tem acesso a toda docu-
mentação original para fazer sua análise.
Segue-se a lógica de evitar gerar grande volume de documen-
tos que o auditor registra as descobertas e apontamentos da auditoria
nos papéis de trabalho, é também uma forma de comprovação do tra-
balho já efetuado.

Figura 12: Documentos da Auditoria.

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

Os papéis de trabalho são originados através dos documentos


originais da empresa e de toda informação útil obtida através da mes-
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

ma, todavia isso não os torna propriedade da empresa. Todo papel de


trabalho é de propriedade do auditor que o elaborou, especialmente pois
consta nos papéis a opinião com fundamentação do trabalho exercido.
Normalmente, os papéis de trabalho seguem uma padroniza-
ção, o que facilita o uso, entendimento, arquivo e a estrutura da evidên-
cia encontrada pelo auditor na auditoria.
Existem vários tipos de papéis de trabalho que podem variar de
acordo com as circunstâncias e os desejos de evidência e necessida-
des da auditoria, e eles traduzem uma arquitetura de fácil composição e
entendimento (ATTIE, 2018).
O memorando é usado sempre que a auditoria envolve a exe-
52
cução de um trabalho de contagem física dos estoques e o auditor relata
os procedimentos adotados pela empresa, todos os critérios emprega-
dos pelo auditor e pela empresa. O memorando subsidia as tarefas rea-
lizadas pelo auditor, reproduzindo uma sequência extensa ou resumida
da auditoria realizada, variando de acordo com a ocasião.
Sete ou catorze colunas é um papel de trabalho, sendo usado
quando o auditor realiza um exame apurado, como uma conciliação ou
análise e se expressa com objetividade, relatando todos exames e evi-
dências encontradas e praticados.
Independente do tipo, o auditor deverá incluir no layout de seu
papel de trabalho um espaço que determine o nome da unidade, depar-
tamento, empresa ou área a que se refere; espaço para a codificação
do papel de trabalho; espaço para a evidenciação de quem o preparou,
revisou, aprovou; e datas (Attie, 2018).

Figura 13: Auditoria e os papéis de trabalho

AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

A elaboração desses documentos pelo auditor deve ser rea-


lizada conforme um padrão que contenha clareza, início, meio e fim a
que se presta.
Ao redigir os papéis de trabalho, o auditor estará relatando tudo
que evidenciou durante seu trabalho, produzindo um registro escrito, per-
manente das informações obtidas, assim como deixará claro seu julga-
mento profissional adotado na execução e identificação de seus objetivos.

53
Os papéis de trabalho são o espelho da pessoa do auditor
que os preparou, colocando, de forma escrita, seus sentimentos e
pontos de vista acerca da matéria examinada. Representam o esti-
lo de vida e o modus vivendi da pessoa do auditor. Nem sempre o
que é claro e suficiente a um também o é a outros. O auditor deve
perceber esse sentimento e relatar o que for necessário e claro a
todos em geral.

Dentre os aspectos fundamentais dos papéis de trabalho, des-


tacamos:
- Completabilidade: Os papéis de trabalho precisam relatar
começo, meio e fim do trabalho executado pelo auditor, dessa forma,
precisam ser completos sozinhos. O auditor determina um trabalho a
realizar já pensando no serviço e de que forma será executado, ana-
lisado e finalizado. Deverá examinar os documentos para em seguida
emitir sua opinião. Inicialmente precisa planejar a auditoria e conhecer
os dados que vai utilizar, em seguida, faz a revisão de controle interno
para se determinar a confiabilidade e a sua adequação, determinando a
relevância dos aspectos a serem auditados. Assim, poderá realizar sua
análise, julgamento e a colocação adequada das informações e fatos
materiais, o que ocasionará a formação da opinião do auditor.
- Objetividade: Os papéis de trabalho precisam ser objetivos
e comprovar quais caminhos o auditor seguiu na execução de seu tra-
balho. É necessário que o auditor converse e execute sua função de
maneira a conseguir examinar de melhor forma, todavia, não é neces-
sário que relate tudo que vivencia e conversa. O auditor não precisa
discriminar tudo que vivenciou e ouviu na auditoria, tendo em vista que
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

ele tem contato com várias pessoas e examina vários documentos e


informações, deverá incluir apenas as informações consideradas rele-
vantes, os pontos vitais para o entendimento.
- Concisão: A concisão corresponde a necessidade de os pa-
péis serem claros e autossuficientes, não necessitando que esteja pre-
sente o auditor que o elaborou para que sejam compreendidos. Os pa-
péis de trabalho precisam possuir informações inteligíveis e claras, com
comentários fundamentados sobre aquilo que representam. Os papéis
de trabalho devem ser realizados para serem compreendidos por qual-
quer pessoa que possa revisá-los, inclusive as que não tiveram nenhu-
ma ligação direta com a atividade, mas compreendem seu conteúdo
54
sem explicações verbais adicionais.
- Lógica: É necessário que os papéis de trabalho sejam ela-
borados de acordo com um raciocínio lógico, contendo sequência dos
fatos e o objetivo desejado. Sabemos que o auditor possui um objetivo,
todavia este deverá seguir um caminho lógico para alcançar o alvo, sen-
do necessário formular um programa lógico de condução do trabalho,
vencendo-se um a um os obstáculos e barreiras do caminho para o
atendimento do objetivo proposto para a tarefa.
- Limpeza: Os papéis de trabalho precisam ser realizados com
dedicação na sua preparação, devendo ser eliminados imperfeições e
incorreções.

Figura 14: Confecção de papel de trabalho.

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

Os papéis de trabalho reproduzem um conjunto harmônico e


coeso acerca da matéria examinada, tendo em vista que são o produto
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

da auditoria realizada. Esses documentos podem ser aplicáveis a vários


trabalhos e por muito tempo ou, caso a evidência obtida seja exclusiva
para determinado dado, terá validade apenas para o caso em questão.

Os papéis de trabalho, além de ser o espelho da pessoa


do auditor que os preparou, são documentos de propriedade do
auditor, são produto da auditoria realizada e devem ser elaborados
55
para que qualquer pessoa possa ler e compreender sem que seja
necessária explicação acerca do que está escrito.

Ao levarmos em conta um caso de auditoria para um levanta-


mento de sistema de controle interno, onde são demonstrados detalhada-
mente todos os procedimentos, práticas e documentos gerados durante
uma atividade. Esse sistema de controle interno tem características mais
duradouras do que um teste documental que se faça para determinado
número de atividades realizadas em um período de exame (Attie, 2018).
Sendo assim, os papéis de trabalho podem ser divididos em:
- Pasta de papéis permanentes: Contendo informações utilizá-
veis em bases permanentes, devendo conter assuntos importantes de
interesse permanente usado em bases recorrentes. Não devem ser inclu-
ídos na pasta de papéis em curso, para evitar duplicidade nas informa-
ções, papéis e anexos componentes desta pasta. O conteúdo desta pas-
ta é examinado e atualizado antes do trabalho, para que seja removido
e eliminado material obsoleto ou já superado. Seu conteúdo pode variar
de acordo com o tipo de auditoria, mas nela poderemos encontrar dados
como: históricos; dados contábeis; dados de controle interno; dados con-
tratuais; dados analíticos; dados de planejamento de longo prazo.
- Pasta de papéis em curso: Contendo informações utilizáveis
somente para o trabalho em curso. Possui todos os dados, informações,
documentos e exames praticados para a tarefa em evidência. Essa pas-
ta contém a ordem de tarefa e autorização do trabalho em si; o controle
de horas despendidas na execução; o programa de trabalho detalhado;
todas as informações obtidas; documentos examinados e confirmações
praticadas que constituem a base da opinião formada pelo auditor.
Os papéis de trabalho precisam ser organizados de forma práti-
ca e eficiente, com uma organização lógica e racional do que se tem para
organizar. É necessário que sigam um padrão permanente, único e efi-
ciente para a resolução dos diversos aspectos e os conteúdos que reúne.
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

56
Figura 15: Importância do papel de trabalho.

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

Alguns aspectos importantes na organização dos papéis de traba-


lho são: distribuição do trabalho realizado nos papéis de trabalho; codifica-
ção dos papéis de trabalho; indicação dos exames nos papéis de trabalho.
A distribuição do trabalho realizado nos papéis de trabalho
deve ocorrer de forma que permita que os detalhes não fujam à atenção
de quem os estiver usando. O layout é importante para assegurar que
todos os detalhes, itens importantes da auditoria e que emanam grande
atenção não passem despercebidos por deficiências causadas em sua
elaboração. É dever do auditor evidenciar tudo de forma clara e que não
ocasione dúvidas para aquele que o lê.
A codificação é usada pelo auditor para que possa resumir ar-
quivar e resumir os trabalhos de determinada tarefa.
Normalmente, os auditores utilizam letras maiúsculas, obede-
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

cendo a uma sequência lógica e racional, procurando sempre resumir


os trabalhos realizados em um jogo de papéis que, em seu conjunto, re-
presentarão todo serviço executado. E em cada papel de trabalho há um
espaço específico para a indicação de sua codificação, devem ter seu ca-
beçalho próprio devidamente preenchido, determinando a empresa, ativi-
dade, operação, objetivo, data do exame, e assim por diante (Attie, 2018).

57
Figura 16: Codificação de papel de trabalho.

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

A codificação dos papéis de trabalho depende de como fun-


ciona a atividade da auditoria e do modo pelo qual realiza seu trabalho.
De modo geral, codificam-se os papéis de trabalho através de letras
maiúsculas, subsidiadas por números para obter-se um universo mais
amplo do jogo de papéis necessários àquela atividade. Em adição, evi-
dencia-se a codificação com o uso de lápis em tom diferenciado para
dar maior ênfase e determinação visual (Attie, 2018).
Quando o auditor finaliza o papel de trabalho que é resumo da
sua tarefa, damos a esse papel de trabalho o nome de papel trabalho
mestre e os outros são papel de trabalho subsidiário, esse sistema cor-
responde a uma analogia oriunda da contabilidade e utilizada na audito-
ria que usa o artifício da razão sintético e da razão analítica.
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58
Figura 17: Quadro exemplificativo

Fonte: (ATTIE, 2018, p 435).

A codificação dos papéis de trabalho é responsável por opor-


tunizar ao auditor um excelente e valioso artifício, denominado referên-
cias cruzadas.
Nos ensina Attie (2018) que:

As referências cruzadas proporcionam adequada amarração dos papéis de


AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

trabalho, evidenciando onde os trabalhos foram realizados ou os valores exa-


minados, sejam em uma mesma área ou que tenham influências em outras
áreas de trabalho.
(...)
Um critério básico utilizado para o uso de referências cruzadas repousa nas
seguintes regras:
a) quando o trabalho estiver apoiado em valores ou quantidades, deve-se
somente cruzar cifras idênticas. Caso se trate de um grupo de números, ne-
cessitam ser somados antes de serem referenciados;
b) utilização de lápis de cor distinta para dar ênfase à pronta indicação visual
nos papéis de trabalho;
c) referenciar cruzadamente implica determinar tal evidência nos papéis de
trabalho que se complementam entre si e, portanto, todo o cruzamento de

59
referências deve ser feito em ambas as direções;
d) por vezes, é imprescindível a oposição de espaço próprio no papel de
trabalho, através de uma coluna única para referências. (ATTIE, 2018, p.436)

Há casos que necessitam de mais de um papel de trabalho


para indicar o serviço praticado pelo auditor. Podemos exemplificar com
o fato de que um memorando acerca de contagem física de estoques
pode necessitar de oito folhas de papel de trabalho, nesses casos, o
auditor deve manter única codificação para todas as folhas, determinan-
do-se, em cada uma delas, um número de páginas.
Existem inúmeros tipos de papéis de trabalho que são diferen-
tes entre si, por exemplo:
- lançamento de ajuste e/ou reclassificação;
- ponto para recomendação;
- memorando;
- balancete de trabalho;
- análise;
- conciliação;
- programa de auditoria

EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA

O trabalho do auditor consiste em avaliar documentos, provas


e conversar com pessoas para que possa emitir sua opinião profissional
acerca de determinado assunto/dados da empresa.
O auditor precisa opinar através de documentos que sejam verda-
deiros, fatos comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis,
ou seja, precisa ter bases sólidas para consolidar seu trabalho e opinião.
Cabe ao auditor investigar minuciosamente todos os dados
para que tenha certeza que os dados são ou não exatos e que possui as
provas concretas, corretas e suficientes para convencer seus clientes e
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

também as pessoas que não estão ligadas ao fato.


O auditor precisa ser independente e não estar subordinado,
para assegurar a veracidade do trabalho prestado e a confiabilidade da
auditoria. Ele é seu próprio controlador e não pode se permitir equívo-
cos ou conclusões antecipadas pela falta de provas ou interferência de
possíveis pontos de vista que sejam diferentes dos seus.

60
Figura 16: Evidência de Auditoria.

Fonte: (SlidePlayer, 2021).

Todas as provas obtidas devem ser analisadas, medidas e ava-


liadas, averiguando a objetividade, importância, validade e confiabilida-
de para conclusão da auditoria.
Caso a obtenção de determinada prova seja difícil ou onerosa,
isso não pode ser motivo de impedimento para sua produção, exceto
se o auditor julgar que seja desnecessária, sob pena de comprometer
a auditoria.
É de competência do auditor, ao analisar a complexidade e o vo-
lume das operações a serem analisadas na auditoria, determinar se serão
apreciadas por provas seletivas, testes ou amostragem. Deve ainda deter-
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minar o número e a profundidade de operações a serem examinadas, de


forma a obter elementos de convicção que sejam válidos para o todo.
Não existe uma receita pronta que o auditor usará para essas
definições, apenas após estudo meticuloso que cada caso requer é que
poderá definir e decidir. Deve estar atendo a natureza do item em exa-
me, a materialidade, o risco envolvido e o tipo de material como prova
disponível devem ser analisados pelo auditor para exercer seu juízo à
luz de elementos palpáveis.

61
Em alguns casos, a amostragem estatística é considerada
vantajosa. O uso dessa prática não condiciona o julgamento do au-
ditor, na verdade, acrescenta e fornece fórmulas estatísticas para a
medição dos resultados obtidos que, de outro modo, poderiam não
ser conseguidos. Os padrões de auditoria são altos e exigem do
auditor dedicação e nível de trabalho elevados e adequados para
produzir a fundamentação necessária ao parecer. O que não signi-
fica que os níveis dos testes em profundidade e extensão precisam
ser idênticos para cada caso, bem como não precisam ser iguais.

O grau de extensão dos testes que os auditores precisam exe-


cutar irá variar de acordo com os itens selecionados. Ao mesmo tempo,
deve-se examinar a profundidade e ver se todos os itens componentes
são potencialmente importantes a serem revisados numa base constan-
te em extensão e profundidade. (ATTIE, 2018)
O procedimento de compreender, entender e se aprofundar na
análise do auditor é necessário até que o auditor possua todos os elemen-
tos comprobatórios necessários para formar e fundamentar o seu parecer.
Attie (2018) leciona ainda que:

Cabe ao auditor aplicar os procedimentos de auditoria adequados a cada


caso, na extensão e profundidade necessárias, até que se obtenham as pro-
vas materiais ou informações satisfatórias, comprobatórias dos fatos inves-
tigados. A avaliação desses elementos fica a critério do auditor, obedecido o
seguinte:
a) o simples registro contábil, sem outras comprovações, não constitui ele-
mento comprobatório;
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b) na ausência de comprovante idôneo, auxiliam na determinação da vali-


dade dos registros contábeis, sua objetividade, sua tempestividade e sua
correlação com outros registros contábeis ou elementos extracontábeis;
c)para ser aceitável, a correlação deve ser legítima e relevante, dependendo
das seguintes circunstâncias:
- quando a correlação pode ser verificada, relativamente à fonte externa, ela
proporciona maior grau de confiança do que quando verificada na próxima
empresa;
- quando as condições do sistema contábil e do controle interno são satis-
fatórias, os registros e as demonstração contábeis proporcionam maior grau
de confiança;
- o conhecimento direto e pessoal, obtido pelo auditor por meio de verifica-
ções físicas, observações, cálculos e inspeções, oferecem maior segurança

62
do que as informações colhidas indiretamente;
- desde que praticável e razoável, e quando o ativo envolvido for de expressi-
vo valor material, em relação à posição patrimonial e financeira e o resultado
das operações, as contas a receber devem ser confirmadas através de co-
municação direta com os devedores e da mesma forma o levantamento físico
de inventários deve ser observado pelo auditor;
- como regra geral, existe relação entre o custo da obtenção de uma compro-
vação e seu benefício para o exame. Entretanto, a dificuldade ou o custo não
constituem razões suficientes para sua dispensa, quando o auditor a julgar
necessária (ATTIE, 2018, p.397-398).

Devemos ainda destacar que a oportunidade com que os au-


ditores aplicam os procedimentos da auditoria implicam diretamente na
fixação de época apropriada a sua realização.
O momento oportuno da aplicação da auditoria assegura maior
benefício. Sua execução possui o objetivo de determinar os dados ade-
quados que são colocados a prova. Os dados não podem ser o espelho
do objeto.
Dessa forma, a oportunidade deve ser observada e usada
constantemente. À medida que o conhecimento do auditor avança em
todos os sentidos, sua visão torna-se mais ampla e periférica, conhe-
cendo em detalhes a forma com que se processam os elementos e seus
riscos, podendo determinar a aplicação de determinados procedimen-
tos nos momentos mais oportunos.
Ainda compondo as evidências obtidas pelo auditor nas amos-
tragens para a auditoria, devemos destacar o exame físico, que corres-
ponde a verificação realizada pelo auditor para que consiga formalizar
sua opinião quanto a existência física do objeto examinado.

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Deve compor o exame físico do auditor as características


a seguir:
- IDENTIFICAÇÃO: Momento em que ocorre a comprova-
ção do item que será examinado.
- EXISTÊNCIA FÍSICA: Momento em que ocorre a constata-
ção visual e consequente comprovação da real existência do item.
- AUTENTICIDADE: Momento em que ocorre o discerni-
mento de que o item é fidedigno.
- QUANTIDADE: Momento de apurar a quantidade real ou a
quantidade existente fisicamente do item.
63
- QUALIDADE: Momento do exame visual em que o objeto
está em uso e permanece intacto.

O exame físico não existe por si só. Ele é complementa a certi-


ficação do auditor para a correspondência contábil. Servindo para deter-
minar que os registros contábeis estão corretos e seus valores adequa-
dos, em função da qualidade do item examinado. (ATTIE, 2018)
Exemplos de procedimentos de auditoria de exame físico:
- Contagem de caixa;
- Contagem de estoques;
- Contagem de investimentos;
- Contagem de ativo imobilizado;
- Contagem de duplicatas a receber/a pagar; e
- Contagem de cautela de ações do capital.
Existe ainda a auditoria que é voltada para análise de docu-
mentos que comprovem transações comerciais ou de controle.
Por exemplo, nas transações comerciais, compreendem o re-
passe de propriedades de bens ou serviços prestados, cabe ao auditor
atestar a veracidade da realização, bem como a documentação hábil
que é a base de inúmeras ocorrências contábeis, fiscais e legais.
Todavia, até na própria empresa, há movimentações que preci-
sam ser evidenciadas por meio de documentos que forneçam o devido
suporte contábil e de controle interno de sua realização.
Para exemplificar os tipos de documentos que o auditor exa-
minará e fará a confrontação com as notas fiscais, duplicatas nominais
da empresa auditada, quitadas e emitidas por fornecedores fidedignos.
Deverá ainda verificar se as aquisições são normais em relação
à atividade da empresa; se esta os utiliza para a elaboração de produtos
destinados à venda que fazem parte de seu objeto social. (ATTIE, 2018)
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Quando o auditor realizar o exame dos documentos origi-


nais, deve ter sempre em mente:
a) autenticidade: poder de discernimento para verificar se
a documentação examinada é fidedigna e merece fé;
b) normalidade: determinação de que a transação realiza-
da é adequada em função da atividade da empresa;
c) aprovação: verificação de que a transação e a documen-
tação-suporte foram efetivamente aprovadas por pessoas em ní-
64
veis adequados e responsáveis;
d) registro: comprovação de que o registro das operações
é adequado em função da documentação examinada e de que está
refletida contabilmente em contas apropriadas. (ATTIE, 2018, p.404)

Deste modo, finalizamos mais um capítulo dessa maravilhosa ci-


ência, esperamos que vocês tenham gostado de todo nosso estudo. Mas,
esperem, ainda tem mais, temos alguns exercícios preparatórios para a
avaliação de vocês. Revejam os três capítulos, agora com outra visão acer-
ca da auditoria, compreendendo cada vez melhor cada elemento dessa
ciência, imergindo fundo nesse oceano e descobrindo seus segredos. Nos
despedimos deste estudo e aguardamos vocês em outros estudos.

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65
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 01
Na auditoria, o que são papéis de trabalho?
a) A contabilidade da empresa que terá auditoria.
b) Os documentos da empresa que terão auditoria.
c) A entrevista pessoal com os funcionários da empresa que terá auditoria.
d) Todos os formulários e documentos que auxiliam o auditor durante
seu trabalho.
e) As provas e as descriminações do auditor durante seu trabalho.

QUESTÃO 02
Na auditoria, o que é a evidência?
a) A contabilidade da empresa que terá auditoria.
b) Os documentos da empresa que terão auditoria.
c) A entrevista pessoal com os funcionários da empresa que terá auditoria.
d) Todos os formulários e documentos que auxiliam o auditor durante
seu trabalho.
e) As provas e as descriminações do auditor durante seu trabalho.

QUESTÃO 03
Os papéis de trabalho são o espelho da pessoa do auditor que os
preparou, colocando, de forma escrita, seus sentimentos e pon-
tos de vista acerca da matéria examinada. Representam o estilo de
vida e o modus vivendi da pessoa do auditor. Nem sempre o que é
claro e suficiente a um também o é a outros.
De acordo com o que estudamos, qual das opções abaixo não se
enquadra a um dos aspectos fundamentais dos papéis de trabalho?
a) Completabilidade.
b) Objetividade.
c) Complementação.
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d) Concisão.
e) Lógica.

QUESTÃO 04
Há casos que necessitam de mais de um papel de trabalho para
indicar o serviço praticado pelo auditor. Existem inúmeros tipos de
papéis de trabalho, que são diferentes entre si. Qual das opções
abaixo não corresponde a um papel de trabalho?
a) lançamento de ajuste e/ou reclassificação.
b) ponto para recomendação.
c) conciliação.
66
d) programa de auditoria.
e) conclusão.

QUESTÃO 05
O exame físico não existe por si só. Ele é complementar a certificação
do auditor para a correspondência contábil, servindo para determinar
que os registros contábeis estão corretos e seus valores adequados,
em função da qualidade do item examinado. Qual das opções abaixo
não é um exemplo de procedimentos de auditoria de exame físico?
a) contagem de pessoal.
b) contagem de cautela de ações do capital.
c) contagem de estoques.
d) contagem de ativo imobilizado.
e) contagem de duplicatas a receber/a pagar.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


O procedimento de compreender, entender e se aprofundar na análise
do auditor é necessário, até que o auditor possua todos os elementos
comprobatórios necessários para formar e fundamentar o seu parecer.
Como deve o auditor aplicar os procedimentos adequados a cada caso,
na extensão e profundidade necessárias, até que se obtenham as pro-
vas materiais ou informações satisfatórias, comprobatórias dos fatos
investigados? Disserte de acordo com o que estudamos.

NA MÍDIA
FUNÇÃO E IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS CORPO-
RAÇÕES
A Auditoria Interna tem por finalidade desenvolver um plano de ação
que auxilie a organização a alcançar seus objetivos adotando uma abor-
dagem sistêmica e disciplinada para a avaliação e melhora da eficácia
dos processos de gerenciamento de riscos com o objetivo de adicionar
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valor e melhorar as operações e resultados de uma organização.


O objetivo geral da Auditoria Interna é avaliar e prestar ajuda a alta Ad-
ministração e desenvolver adequadamente suas atribuições, proporcio-
nando-lhes análises, recomendações e comentários objetivos, acerca
das atividades examinadas.
O auditor interno deve, portanto, preocupar-se com qualquer fase das
atividades da empresa na qual possa ser de utilidade à Administração.
Fonte: PORTAL DE AUDITORIA
Data: 2021.
Leia a notícia na íntegra: https://portaldeauditoria.com.br/funcao-e-im-
portancia-da-auditoria-interna-nas-corporacoes/ Acesso em: 26/06/2021
67
NA PRÁTICA
Os papéis de trabalho são todos os formulários e documentos que au-
xiliam o auditor durante seu trabalho. As provas e as descriminações do
auditor correspondem a evidência do trabalho executado e a compro-
vação de sua opinião. A empresa fornece toda documentação original
necessária a análise do auditor.
Ao analisar o grande volume de documentos que o auditor registra as
descobertas e apontamentos da auditoria nos papéis de trabalho, é
também uma forma de comprovação do trabalho já efetuado.
Se em alguma auditoria a empresa desejar ter os papéis de trabalho do
auditor, ela deverá requerer e estará submetida a vontade do profissio-
nal, tendo em vista que os papéis de trabalho são de propriedade do
auditor, não das empresas.

PARA SABER MAIS


Título: Trabalho interno
Data de publicação: 2021
Fonte: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-180398/
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68
Através deste estudo, o leitor pôde compreender de forma pro-
funda como se dá o trabalho do auditor, imergindo na complexidade
que envolve esse profissional, bem como compreendendo quais são as
características e fundamentos dos trabalhos de auditoria.
O primeiro capítulo se reservou a conceituar essa ciência, bem
como trazer a sua evolução histórica, restando clara a importância do
auditor diante das épocas até os dias atuais, importante também co-
mentar acerca dos destaques introdutórios trazidos no primeiro capítu-
lo, como os fundamentos da auditoria.
Ainda no início dos estudos pudemos separar os tipos de audito-
rias que ocorrem, bem como sua ligação direta com as ciências contábeis,
o que restou demonstrada clara a importância dessa ciência. Foi como
submergir em um mar de conhecimentos atrelados às ciências contábeis.
Seguindo esse estudo, tivemos o segundo capítulo, reservan-
do-se ao estudo da normatização aplicada a esses profissionais, vimos
que essas normas são importantes em todo o exercício da auditoria,
requisitando daquele profissional técnicas de perícia para o bom e fiel
exercício dessa auditoria.
Ainda no segundo capítulo estudou-se como ocorre o parecer
do auditor, quais os requisitos e qual a sua importância, tudo atrelado a
norma que o disciplina. por último, o capítulo demonstrou quais os ris-
cos da auditoria, mostrando de forma completa como o auditor deverá
dar importância a diminuição desse risco quando entregar seu parecer.
Imergindo ainda mais sobre o assunto, adentramos ao tercei-
ro capítulo, que coloca em prática tudo aquilo que foi visto nos outros
capítulos, além de demonstrar ao leitor como as coisas acontecem na
prática deste exercício profissional, que só poderá ser realizado se o
profissional estiver apto por exame a exercer a auditoria.
Vimos também que temos a auditoria interna e externa, bem
como quais são os requisitos para a boa elaboração de um parecer de
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

auditor, dessa forma concluímos que o estudo relativo a esse ciência é


importante tanto ao dia a dia da sociedade como em auxílio a diversas
outras profissões, a auditoria torna nossa vida melhor.

69
GABARITOS

CAPÍTULO 01

TREINOS INÉDITOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Sabemos que a auditoria corresponde a uma análise da contabilidade e


que depende de vários fatores internos e externos, bem como de fluxo
das informações que devem ser reunidas através de sistema de con-
trole. As auditorias normalmente são requeridas pela administração de
empresas, diretoria ou conselho executivo e fiscal destas e não há obri-
gação de que todas as empresas passem por auditorias, salvo deter-
minação legal, estatutária ou por força de contratos ou de empréstimos
sejam compelidas a fazê-lo.
Inicialmente, os auditores verificam procedimentos internos e os sistemas
internos das empresas com intuito de averiguar sua confiabilidade, pois
é a partir dos dados inseridos nesses sistemas que podem transformar
os números de fato na verificação da situação patrimonial e financeira
da entidade. Quando houver grau de confiabilidade estabelecido em re-
lação ao sistema de controle interno, será permitido eficiência e eficácia
nas alternativas e possibilidades provenientes da informação patrimonial,
assim sendo, o auditor fará testes, com provas seletivas, amostragens
estatísticas buscando adquirir de provas e evidências necessárias para a
formação da sua opinião sobre as demonstrações contábeis.
É trabalho do auditor efetuar os testes, juntar as provas e evidências
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e registrá-las, catalogando-as conforme os elementos que servirão de


provas da execução de seu trabalho, e servindo também de base para
que possa emitir o parecer, analisando as devidas técnicas.
Dessa forma, podemos dizer que o auditor precisa obedecer ao roteiro
da auditoria e as normas vigentes para assegurar a auditoria e seu pro-
cedimento, de forma a torná-la válida e eficaz.

70
CAPÍTULO 02

TREINOS INÉDITOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Sabemos que a auditoria corresponde a uma análise da contabilidade


e que dependem de vários fatores internos e externos, bem como de
fluxo das informações que devem ser reunidas através de sistema de
controle. O auditor independente oferece inúmeros serviços àquele que
o contrata, todavia, sua principal função corresponde a expressar uma
opinião sobre as demonstrações contábeis.
A auditoria deverá obedecer às normas vigentes, especialmente em rela-
ção as provas nos registros contábeis e aos procedimentos de auditoria
julgados necessários nas circunstâncias. O parecer do auditor independen-
te faz menção específica aos controles internos: Menciona que a Adminis-
tração é a responsável pelas demonstrações contábeis e pelos controles
internos que determinou necessário para sua elaboração; menciona que
os auditores obtiveram entendimento dos controles internos relevantes e,
como base a eles, determinaram os procedimentos de auditoria.
As referidas normas demandam que o auditor deve estar seguro de sua
análise na elaboração do parecer, dessa forma, deverá obter segurança
razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro.

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71
CAPÍTULO 03

TREINOS INÉDITOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

A avaliação desses elementos fica a critério do auditor, obedecido o


seguinte:
- o simples registro contábil, sem outras comprovações, não constitui
elemento comprobatório;
- na ausência de comprovante idôneo, auxiliam na determinação da vali-
dade dos registros contábeis, sua objetividade, sua tempestividade e sua
correlação com outros registros contábeis ou elementos extracontábeis;
- para ser aceitável, a correlação deve ser legítima e relevante, depen-
dendo das seguintes circunstâncias:
- quando a correlação pode ser verificada, relativamente à fonte exter-
na, ela proporciona maior grau de confiança do que quando verificada
na próxima empresa;
- quando as condições do sistema contábil e do controle interno são
satisfatórias, os registros e as demonstração contábeis proporcionam
maior grau de confiança;
- o conhecimento direto e pessoal, obtido pelo auditor por meio de ve-
rificações físicas, observações, cálculos e inspeções, oferecem maior
segurança do que as informações colhidas indiretamente;
- desde que praticável e razoável, e quando o ativo envolvido for de ex-
pressivo valor material, em relação à posição patrimonial e financeira e
o resultado das operações, as contas a receber devem ser confirmadas,
através de comunicação direta com os devedores e da mesma forma
AUDITORIA FISCAL - GRUPO PROMINAS

o levantamento físico de inventários deve ser observado pelo auditor;


- como regra geral, existe relação entre o custo da obtenção de uma
comprovação e seu benefício para o exame. Entretanto, a dificuldade
ou o custo não constituem razões suficientes para sua dispensa, quan-
do o auditor a julgar necessária (Attie, 2018, p.397-398).

72
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