Remuneração Estratégica
Remuneração Estratégica
Remuneração Estratégica
Estratégica
Material Teórico
Componentes do Sistema de Remuneração Estratégica III
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Componentes do Sistema de
Remuneração Estratégica III
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Remuneração variável de curto e longo prazo;
• Mostrar a construção de um modelo de remuneração variável;
• Apresentar a participação acionária no modelo de remuneração variável.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Componentes do Sistema de Remuneração Estratégica III
Segundo Pontes (2011), a remuneração variável, desde que ligada às metas orga-
nizacionais, é a principal modalidade de remuneração estratégica, pois incentiva o
“ganha-ganha” empresarial.
Assim, os autores Wood Jr. e Filho (2009) sinalizam que como consequência dos
frequentes processos de mudança organizacional que as empresas têm sofrido ao
longo das últimas décadas (transição da era industrial para a pós-industrial), a remu-
neração variável surge como uma nova alternativa de gerar competitividade para as
empresas através da atração e retenção de talentos. Assim, surge nas empresas a
necessidade de rever seus sistemas de apoio que se tornaram obsoletos com a nova
realidade gerencial que tem sido implantada na organização.
A modernização dos sistemas organizacionais de uma empresa não pode estar divorciada de
Explor
uma alteração do sistema de remuneração. Caso isso ocorra, cria-se, no decorrer desse processo,
uma enorme distância entre o novo modelo organizacional e a forma como a empresa remune-
ra seus funcionários. A nova filosofia organizacional fala sobre o trabalho em grupo, melhoria
contínua e orientação para os resultados, já os modelos tradicionais de remuneração valorizam
descrições de cargos, possui foco no indivíduo, pagando salário fixos.
Caro aluno, ficou claro para você a contradição com a qual as empresas têm
se deparado?
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3. Transformar custo fixo em custo variável;
4. Comprometer todas as áreas e processos da organização com os resulta-
dos esperados.
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Sobre a participação nos lucros e/ou resultados, os autores Wood Jr. e Filho
(2009) destacam que esse não é um assunto novo no Brasil.
·· O acordo deve contemplar regras claras de participação, como: mecanismos de medição, periodicidade da
distribuição e período de vigência;
·· É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou
resultados da empresa em mais de duas vezes no mesmo ano civil e em periodicidade inferior a um trimestre civil;
·· O instrumento de negociação deverá ser arquivado no sindicato dos trabalhadores;
·· As participações atribuídas aos funcionários podem ser deduzidas como despesas operacionais pela pessoa jurídica;
·· O imposto devido pelos funcionários deve ser recolhido pela empresa (recolhimento na fonte);
·· A distribuição não deverá substituir a remuneração nem constituir base de incidência de qualquer encargo
trabalhista ou previdenciário.
Fonte: adaptado de BRASIL. Lei nº 10.101/2000
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Para saber mais sobre a o programa de participação nos lucros e/ou nos resultados (PLR),
Explor
Quadro 3 – Vantagens e fatores condicionantes da participação nos lucros e nos resultados – (PLR)
Vantagens Fatores Condicionantes
· Aumenta, entre os funcionários, a
· Percentual da remuneração total representada
compreensão da natureza do negócio;
· Reforça a importância da convergência
pela participação nos lucros e nos resultados
deve ser suficiente para motivar esforços e
de esforços;
· Leva a uma visão mais abrangente do negócio
representar uma remuneração de risco;
· Transparência na divulgação dos resultados;
e dos sistemas; · Visão mais clara do vínculo entre ações
· Reduz a resistência a mudanças;
· Aumenta a pressão dos funcionários por
individuais, ações grupais, resultados setoriais,
resultados globais e influências externas.
sistemas de gestão mais eficazes.
Fonte: adaptado de WOOD JR.; FILHO (2009)
Importante! Importante!
Ainda de acordo com os autores, a grande diferença entre esses dois tipos de
remuneração variável é que, na remuneração variável de longo prazo, os objetivos
organizacionais estabelecidos e suas formas de pagamento ultrapassam o tempo de
um ano fiscal.
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UNIDADE Componentes do Sistema de Remuneração Estratégica III
Construção de um Modelo
de Remuneração Variável
De acordo com Wood Jr. e Filho (2009), os componentes essenciais de um mo-
delo de remuneração variável podem ser visualizados no quadro 5.
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Componentes Essenciais Descrição
São as diversas formas de reconhecimento
do desempenho que podem ser agrupadas
Formas de remuneração
nos dois grupos que vimos ao longo desta
utilizadas
unidade: Remuneração variável de curto prazo e
Remuneração variável de longo prazo.
Fonte: adaptado de WOOD JR.; FILHO (2009)
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Potencial de
Globais Diretoria Área Individuais
Premiação
responsabilidade
Participação Acionária
A participação acionária consiste em uma prática aplicada, normalmente, nos níveis
mais estratégicos da empresa, como é o caso da gerência, diretoria, vice-presidência e
presidência. Este modelo de remuneração variável consiste em remunerar resultados
obtidos através da concessão de ações da empresa, tornando estes executivos sócios
da empresa, o que gera maior comprometimento e possibilita a obtenção de lucros
com o movimento dessas ações. A peculiaridade deste modelo de remuneração variá-
vel está no fato de que ele proporciona, a quem recebe o prêmio (ações da empresa),
um sentimento de comprometimento muito forte, na exata medida em que se vale do
“poder de posse, do ter, da propriedade”. Assim, na medida em que o funcionário vai
aumentando seu número de ações da empresa, ele se torna cada vez mais próximo da
figura de proprietário, logo, sua perspectiva de pensar e agir se voltam integralmente
para esse rumo (MARRAS; NETO, 2012).
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Explor
Caro aluno, talvez você esteja se perguntando sobre qual é de fato a diferença entre um
programa de participação acionária e um programa de participação nos lucros (PLR).
No caso do programa de participação nos lucros (PLR), o funcionário recebe uma recompen-
sa caso o desempenho da empresa no curto prazo supere determinado patamar.
Já o programa de participação acionária oferece a este mesmo funcionário a copropriedade
da empresa, focando uma relação e um compromisso de longo prazo.
Vale ressaltar que o sucesso de uma empresa ocorre em função tanto dos resulta-
dos de curto, como os de médio e de longo prazo. Dessa forma, é muito importante
que o sistema de Remuneração Estratégica contemple um balanceamento dinâmico
entre esses focos.
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UNIDADE Componentes do Sistema de Remuneração Estratégica III
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ações da empresa. Assim, o participante tem pleno direito sobre a compra das
ações, mas em alguns casos são estabelecidos períodos de carência (vesting),
que variam de dois a cinco anos;
• Opção de compra (stock option): consiste na empresa conceder a seus fun-
cionários a possibilidade de comprar ações por um preço prefixado em uma
data futura. Normalmente é estabelecido um prazo de carência (vesting) de três
a cinco anos para o pleno exercício da opção e o preço de exercício corres-
ponde ao valor de mercado da ação na data da concessão da opção. Assim,
ocorre ganho para o funcionário se o preço de mercado das ações, na data do
exercício da opção, superar o preço prefixado;
• Ações restritas: consistem na concessão de ações às quais se aplicam restrições
no uso. Essas restrições são tipicamente estabelecidas na forma de um prazo
de carência (vesting) para o pleno poder das ações, relacionado ao tempo de
serviço na empresa, ao tempo após a concessão efetiva das ações ou mesmo
ao alcance de determinadas metas individuais ou corporativas. Normalmente
o tempo varia de três a cinco anos. Se o funcionário não atender às restrições
impostas no período determinado, as ações podem ser confiscadas;
• Ações virtuais (phantom stocks): consistem em um modelo utilizado em
empresas de capital fechado na qual unidades análogas a ações são criadas e
cujo valor é ajustado conforme a variação do valor de mercado da empresa ou
seu desempenho. Para o cálculo do valor de mercado da empresa, são normal-
mente contratadas empresas especializadas. Esta categoria é, em geral, utiliza-
da quando existe perspectiva de crescimento da empresa através da criação de
novos negócios ou expansão dos negócios existentes;
• Direitos sobre valorização de ações: nesta modalidade o funcionário par-
ticipante recebe um montante em dinheiro equivalente à valorização de um
número de ações da empresa após um período determinado.
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UNIDADE Componentes do Sistema de Remuneração Estratégica III
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Consolidação das Leis do Trabalho
http://bit.ly/2OgHPsd
Remuneração estratégica impulsiona melhores resultados
http://bit.ly/2OghavL
Remuneração estratégica
http://bit.ly/2OjP6Yl
Remuneração estratégica
http://bit.ly/2Ofr9RP
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Referências
MARRAS, J. P.; NETO, P. M. Remuneração estratégica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
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