Dissertação Submetida À Universidade Federal de Santa Catarina para A Obtenção Do Título Mestre em Engenharia Civil
Dissertação Submetida À Universidade Federal de Santa Catarina para A Obtenção Do Título Mestre em Engenharia Civil
Dissertação Submetida À Universidade Federal de Santa Catarina para A Obtenção Do Título Mestre em Engenharia Civil
Dissertação submetida à
Universidade Federal de Santa
Catarina para a obtenção do Título
Mestre em Engenharia Civil
______________________________________
Prof. Humberto Ramos Roman, PhD. (Orientador)
______________________________________
Prof. Dra. Denise Antunes da Silva (Co-orientadora)
______________________________________
Prof. Dr. Glicério Trichês (Coordenador do PPGEC)
COMISSÃO EXAMINADORA
_____________________________________
Prof. Dr.-Ing. Philippe Jean Paul Gleize (UFSC)
______________________________________
Prof. Roberto Caldas de Andrade Pinto, PhD. (UFSC)
______________________________________
Prof. Dr. Holmer Savastano Júnior (USP)
3
Ao velho Capitão
4
AGRADECIMENTOS
Inicialmente agradeço à minha mãe Zuila, ao meu melhor amigo Alexandre e aos meus irmãos pelo
carinho, compreensão e, principalmente, pelo grande incentivo em mais essa empreitada.
Aos professores Humberto e Denise, por acreditarem no meu potencial e pela orientação prestada no
desenvolvimento deste trabalho. Aos professores Holmer e Philippe pelas sugestões e contribuições
dadas à pesquisa.
Aos companheiros de trabalho do GDA que sempre estiveram à disposição, em especial à Déa, Nadi,
Tina, Jujuba, Miche, Tati e Odilar.
Aos bolsistas Geovane e Monique pela ajuda na realização dos ensaios e, principalmente, no corte
das fibras vegetais.
Aos laboratoristas do LMCC, Luiz Henrique e Renato e ao grande “figura” Roque, pela ajuda nos
trabalhos laboratoriais necessários.
Ao amigo Cristóvam Sena pelo grande auxílio na pesquisa sobre o curauá. À PEMATEC TRIANGEL
pela doação da fibra.
À Cimentos Itambé, na pessoa do Eng. Jorge Aoki, à FITESA, na pessoa do Eng. Júlio Montardo, à
FLINCO, na pessoa do Sr. Antonio Guerreiro, e à ARTEPLÁS pela doação dos materiais empregados
nessa pesquisa.
Por fim, a todos aqueles que contribuíram de forma direta ou indireta na realização deste trabalho.
6
SUMÁRIO
4.2.1 – CIMENTO...............................................................................................57
4.2.2 – CAL ........................................................................................................58
4.2.3 – AREIA ....................................................................................................59
4.2.4 – ADITIVO PLASTIFICANTE ....................................................................60
4.2.5 – FIBRA DE POLIPROPILENO.................................................................61
4.2.6 – FIBRA DE PET.......................................................................................63
4.2.7 – FIBRA DE CURAUÁ...............................................................................64
4.2.8 – BLOCOS CERÂMICOS..........................................................................65
4.3 – Dosagem e preparo das argamassas........................................................66
4.4 – Ensaios no estado fresco ..........................................................................68
4.5 – Ensaios em revestimentos aplicados sobre alvenaria de blocos
cerâmicos .............................................................................................................70
4.5.1 – RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO ........................................72
4.5.2 – PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO..............................................73
4.5.3 – PERMEABILIDADE À ÁGUA PELO MÉTODO DO CACHIMBO ...........74
4.6 – Ensaios em corpos de prova no estado endurecido ...............................75
4.6.1 – RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO ...............................................76
4.6.2 – PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO..............................................78
4.6.3 – TENACIDADE ........................................................................................78
4.6.4 – MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) .....................79
5 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS...........................................80
5.1 – Ensaios no estado fresco ..........................................................................81
5.1.1 – MASSA ESPECÍFICA DA ARGAMASSA...............................................81
5.1.2 – TEOR DE AR INCORPORADO .............................................................82
5.1.3 – RETENÇÃO DE ÁGUA ..........................................................................83
5.2 – Ensaios em revestimento aplicado sobre alvenaria de blocos cerâmicos
...............................................................................................................................85
5.2.1 – RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO ........................................85
5.2.2 – PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO..............................................94
5.2.3 – ENSAIO DE PERMEABILIDADE ...........................................................99
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
Tabela 5.36 – ANOVA dos valores de I20 para argamassas com 270 dias
de.idade.................................................................................................................. 139
Tabela B.1 – Resultados dos ensaios de resistência de aderência para 28 dias
de idade.................................................................................................................. 165
Tabela B.2 – Resultados dos ensaios de resistência de aderência para 90 dias
de idade.................................................................................................................. 166
Tabela B.3 – Resultados dos ensaios de resistência de aderência para 180 dias
de idade.................................................................................................................. 167
Tabela B.4 – Resultados dos ensaios de resistência de aderência para 270 dias
de idade.................................................................................................................. 168
Tabela B.5 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação das
paredes de blocos cerâmicos para 28 dias de idade............................................. 169
Tabela B.6 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação das
paredes de blocos cerâmicos para 90 dias de idade............................................. 170
Tabela B.7 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação das
paredes de blocos cerâmicos para 180 dias de idade........................................... 171
Tabela B.8 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação das
paredes de blocos cerâmicos para 270 dias de idade........................................... 172
Tabela B.9 – Resultados dos ensaios de permeabilidade para 28 dias de idade.. 173
Tabela B.10 – Resultados dos ensaios de permeabilidade para 90 dias de
idade.. ............................................. ............................................. ........................ 174
Tabela B.11 – Resultados dos ensaios de permeabilidade para 180 dias de
idade....................................................................................................................... 175
Tabela B.12 – Resultados dos ensaios de permeabilidade para 270 dias de
idade....................................................................................................................... 176
Tabela B.13 – Valores de tensão de ruptura para os ensaios de tração na flexão
para 28 dias de idade............................................................................................. 177
Tabela B.14 – Valores de tensão de ruptura para os ensaios de tração na flexão
para 90 dias de idade............................................................................................. 178
Tabela B.15 – Valores de tensão de ruptura para os ensaios de tração na flexão
para 180 dias de idade........................................................................................... 179
Tabela B.16 – Valores de tensão de ruptura para os ensaios de tração na flexão
para 270 dias de idade........................................................................................... 180
Tabela B.17 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação dos
corpos de prova para 28 dias de idade.................................................................. 181
Tabela B.18 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação dos
corpos de prova para 90 dias de idade.................................................................. 182
Tabela B.19 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação dos
corpos de prova para 180 dias de idade................................................................ 183
Tabela B.20 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação dos
corpos de prova para 270 dias de idade................................................................ 184
18
LISTA DE ABREVIAÇÕES
RESUMO
ABSTRACT
Nowadays, one of the major concerns of the professional of civil engineering is the
durability of structures. In the case of rendering mortars, the durability can be
affected by cracks caused, mainly, by shrinkage. One of the alternatives to control
this problem is the addition of fibers in the cementitious matrix. The main objective of
this research is to study the influence of three different fibers (curauá, polypropylene,
PET - polyethylene terephthalate) in rendering mortars with admixture and lime, used
in the region of Florianópolis. In the fresh state, it was necessary to increase the
mortars water/binder ratio, to have an adequate consistency for application in
ceramic blocks masonry. Moreover, the fibers increased the water retention and air
entraining of mortars. However, the tests indicated that it seems to have an optimum
fiber content, above of which the reduction of water retention occur. For mortars
applied on masonry it was observed that the ones with lime have cracked after five
months of exposition to the weather, whereas the ones with water-reducer admixture
had remained stable. This may be a result of the low bonding resistance and high
volume of entrained air found. The incorporation of fiber caused, also, an increase of
carbonation depth and permeability for mortars with lime, and an opposite effect in
the mortar with admixture. The fiber type did not show an important role on the
bonding resistance behavior. The preponderant factor in this property was the type of
mortar used. For the tests of flexural strength, the incorporation of fibers decreased
the ultimate strength value and, as expected, increased the toughness of the
composites. The scanning electron microscopy indicated that the degradation and/or
petrifaction processes of PET and vegetable fibers had already begun in early ages.
These results showed the potential use of these fibers in rendering mortars, however
more studies are necessary.
1 – INTRODUÇÃO
1
Fibra proveniente da polimerização de um derivado do petróleo
2
Fibra proveniente da reciclagem de embalagens PET
3
Fibra vegetal proveniente do norte do Brasil
24
A fibra de PET utilizada foi fornecida por uma fábrica localizada na cidade de Itajaí
(SC), que recicla garrafas plásticas para obtenção de matéria-prima para a produção
de cordas. Feixes de fibras com comprimentos não suficientes para a produção de
cordas são cortados para a obtenção de fibras curtas, que podem ser usados em
argamassas e concretos. Do ponto de vista ambiental, esta alternativa de uso pode
ser importante, tendo em vista o elevado tempo necessário para a decomposição do
PET quando disposto em aterros sanitários (cerca de 500 anos, de acordo com a
Associação Brasileira da Indústria de PET - ABIPET).
Por fim, a fibra vegetal aparece como uma alternativa de reforço de baixo custo,
tendo em vista sua ocorrência natural e larga escala, principalmente em países em
desenvolvimento e com alto déficit de habitações populares. Em especial, as fibras
de curauá têm sido pesquisadas e utilizadas na confecção de peças para a indústria
automobilística em compósitos com resinas poliméricas. A ocorrência da planta de
curauá na região norte do Brasil, sua facilidade de reprodução, e as ainda
incipientes pesquisas de sua influência no desempenho de materiais à base de
cimento, justificam a proposta de utilização da fibra nas pesquisas.
O registro mais antigo no Brasil sobre a utilização de fibras vegetais como reforço
em compósitos cimentícios data de 1982 e foi desenvolvido pelo CEPED – Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento – localizado na Bahia. Nesta pesquisa testou-se a
incorporação de cabos de piaçava e taliscas de bambu no concreto, bem como o
uso de fibras vegetais em fibro-cimento (MAIA, 1996).
Dessa forma, vários são os tipos de fibras utilizadas na construção civil atualmente.
Accetti e Pinheiro (2000) citam as seguintes: fibras de silicato cristalino (amianto),
fibras de vidro, fibras de metal (aço-carbono e aço inox), fibras de carbono, fibras
vegetais naturais (sisal, cânhamo, juta, coco, etc.), e fibras poliméricas
(polipropileno, polietileno, PET, nylon, etc.).
Tabela 2.1 - Características físicas e mecânicas de alguns tipos de fibras (BENTUR e MINDESS,
1990)
Módulo de
Diâmetro Densidade Resistência à Deformação na
Fibra elasticidade
(μm) (g/cm³) tração (GPa) ruptura (%)
(GPa)
Aço 5 a 500 7,84 200 0,5 a 2,0 0,5 a 3,5
Vidro 9 a 15 2,60 70 a 80 2a4 2 a 3,5
Amianto 0,02 a 0,4 2,60 164 3,1 2a3
Polipropileno 20 a 200 0,9 5 a 77 0,5 a 0,75 8,0
Kevlar 10 1,45 65 a 133 3,6 2,1 a 4,0
Carbono 9 1,9 230 2,6 1,0
Náilon - 1,1 4,0 0,9 13,0 a 15,0
Celulose - 1,2 10 0,3 a 0,5 -
Acrílico 18 1,18 14 a 19,5 0,4 a 1,0 3,0
Polietileno - 0,95 0,3 0,7x10-³ 10,0
Fibra de madeira - 1,50 71,0 0,9 -
Sisal 10 a 50 1,50 - 0,8 3,0
Matriz cimentícia - 2,50 10 a 45 3,7x10-³ 0,02
(para comparação)
Os autores ressaltam, entretanto, que a escolha das fibras utilizadas depende das
características desejadas ao compósito. As fibras de elevado módulo de elasticidade
(aço, vidro e carbono, por exemplo) resultam em compósitos com elevada
resistência à tração, rigidez e absorção de cargas dinâmicas. Já as fibras de baixo
módulo de elasticidade e alongamento maior (polipropileno e polietileno, por
28
Hannant, citado por Accetti e Pinheiro (2000), afirma, ainda, que as fibras de baixo
módulo apresentam coeficiente de Poisson elevado, fazendo com que, ao se
alongarem longitudinalmente e contraírem lateralmente, haja uma alta tensão de
tração lateral na interface fibra-matriz, causando seu arrancamento. Para sanar esse
problema criaram-se artifícios como o entrelaçamento de fibras ou o uso de fibras
fibriladas. Para que a possibilidade de arrancamento seja reduzida, as fibras de alto
módulo possuem mecanismos de ancoragem como seções transversais variáveis ou
extremidade fletidas.
Ilustração 2.1 – Diagrama de tensão-deformação elástica de matriz e fibras de alto e baixo módulo de
elasticidade trabalhando em conjunto (FIGUEIREDO et al., 2002)
Deste modo, a fibra de baixo módulo não conseguirá oferecer uma capacidade de
reforço pós-fissuração da matriz ou permitirá uma grande deformação e fissuração
da estrutura (ponto D). Isto apenas ocorreria se a resistência mecânica dessa fibra
fosse suficiente para suportar a tensão pós-fissuração e se o volume de fibra
incorporado na matriz fosse bastante elevado. No outro caso, a fibra de alto módulo
apresentará um elevado nível de tensão no momento do colapso do compósito,
permitindo-lhe atuar como reforço a partir do ponto B.
Bentur e Mindess (1990) citam como principais vantagens no uso das fibras de
polipropileno o fato de serem resistentes ao meio alcalino, possuírem uma
temperatura de fusão relativamente alta (165ºC) e o baixo preço de sua matéria-
prima. Citam, porém, como desvantagens sua fraca resistência ao fogo,
sensibilidade à luz do sol e ao oxigênio, baixo módulo de elasticidade e fraca
aderência com a matriz cimentícia. Vale ressaltar, entretanto, que a matriz envolve
as fibras e, conseqüentemente, minimiza sua sensibilidade ao fogo e a outros efeitos
do meio ambiente.
Ilustração 2.2 – Fluxograma simplificado da cadeia de produção das principais fibras sintéticas (Fonte: BNDES)
32
Segundo a ABIPET o PET pode ser produzido industrialmente por duas vias
químicas: esterificação direta do ácido tereftálico purificado (PTA) com etileno glicol
(EG) ou transesterificação do dimetil tereftalato (DMT) com etileno glicol (EG). A
Ilustração 2.3 apresenta a estrutura molecular do material.
A reciclagem das embalagens PET está em franca ascensão no mundo todo. Uma
das grandes justificativas para isso diz respeito à preservação do meio ambiente,
visto que o tempo necessário para a decomposição desse tipo de material é de
cerca de 500 anos. Para se ter uma idéia desse potencial constata-se que a
demanda mundial é de cerca de 2,2 milhões de toneladas por ano, com previsão de
dobrar nos próximos anos (SILVA, 2005). No Brasil o índice de reciclagem pós-
consumo no ano de 2004 foi de cerca de 48% do total produzido de PET. A
Ilustração 2.4 demonstra a distribuição dos mercados para o PET reciclado no ano
de 2003 no Brasil.
Ilustração 2.4 – Distribuição dos mercados para o PET reciclado (Fonte: ABIPET)
apresenta o processo de ataque desses íons sobre o PET, bem como a sua
transformação em tereftalato de sódio e/ou potássio e/ou cálcio e etileno glicol.
Ilustração 2.5 – Princípio esquemático das reações de despolimerização do poliéster (JELIDI, 1991)
Fechine et al. (2001) afirmam em sua pesquisa que o PET é sensível, também, aos
raios ultravioletas, e que estes afetam largamente suas propriedades mecânicas.
Isso seria conseqüência da extensa degradação química resultante das reações de
separação das cadeias e da formação de grupos carboxilas.
De acordo com Sena e Colares (1996), dá-se o nome de curauá a uma planta cujas
folhas são formadas por uma fibra têxtil de natureza ligno-celulósica. Trata-se de
uma bromeliácea, do tipo ananas, especificamente Ananas erectipholius. Existem
duas espécies de curauá, uma de folha roxo-avermelhada, que se desenvolve mais,
e outra de folha verde-clara, denominada de curauá branco (Ilustração 2.6). As
folhas medem cerca de cinco centímetros de largura por cinco milímetros de
espessura e o comprimento é de aproximadamente 1,5 metros. O fruto é semelhante
em aspecto e sabor ao do abacaxi, mas apresenta menor tamanho. Cada planta
produz de 20 a 24 folhas, sendo delas extraídas cerca de dois quilos de fibra. A
máquina utilizada para beneficiamento da planta (Ilustração 2.7) tem o mesmo
mecanismo de funcionamento da utilizada para o sisal, planta cultivada no nordeste
brasileiro principalmente.
Curauá roxo
Curauá branco
O curauá é uma planta nativa da Amazônia e era explorada pelos índios desde os
tempos pré-colombianos para a produção de uma fibra que seria utilizada na
confecção de cordas para arreios em cavalos. Os primeiros plantios racionais foram
iniciados no início do século XX em larga faixa do Médio Amazonas, na região oeste
do Pará, principalmente no município de Santarém. Após realização de simpósios e
testes de pesquisa, a fibra de curauá demonstrou possuir excelentes propriedades
físicas, atraindo a atenção da indústria automotiva (SENA, 1999). Iniciou-se, então, a
produção de alguns protótipos utilizando a fibra natural do curauá em substituição à
fibra de vidro, como demonstrado na Ilustração 2.8. Além da indústria
automobilística, outros setores visados são os fabricantes de piscinas, pranchas de
surf, caixas d´água, tanques e caiaques. Vale ressaltar, ainda, que da planta podem
ser produzidos tecidos, papel e até um tipo de anestésico.
Ilustração 2.9 - (a) Seção transversal de fibras de sisal (NUTMAN apud BENTUR e MINDESS, 1990);
(b) Estrutura de células de fibra de celulose (ILLSTON et al. apud BENTUR e MINDESS, 1990)
Savastano Júnior (1998) afirma que as fibras vegetais possuem, como conseqüência
da sua estrutura, elevada capacidade de absorção de água e inchamento. Isso
ocasiona o surgimento de uma zona de transição próxima à fibra com relação
água/cimento superior ao do resto da matriz, além de uma elevada concentração
39
Segundo Aggarwal e Singh (1990), a adição de fibras vegetais influencia nos tempos
de pega inicial e final de pastas de cimento. Os autores relatam em sua pesquisa
que os componentes solúveis em água das fibras de coco e sisal retardam e,
ocasionalmente, inibem o processo normal de pega. Ainda que se utilizem aditivos
aceleradores de pega com o intuito de correção dessa adversidade, constatou-se
que a resistência final atingida é inferior àquela dos compósitos sem fibra. Essa
inibição é causada, principalmente, pela hemicelulose, amido, açúcares, taninos,
alguns tipos de fenóis e lignina que são lixiviados tanto pela água como pela solução
de hidróxido de cálcio (JOHNSTON, 2001).
Savastano Júnior (2000) afirma que o ataque biológico das fibras não representa
maiores problemas, já que as matrizes, por possuírem pH alcalino, inibem a ação de
fungos.
Bentur e Mindess (1990) afirmam, ainda, que a eficiência das fibras em melhorar as
propriedades mecânicas de matrizes cimentícias frágeis é controlada:
Ilustração 3.1 - Mecanismo de reforço das fibras atuando como ponte de transferência de tensões
(NUNES e AGOPYAN, 1998)
Johnston (2001) afirma que a adição de fibras que absorvam água pode causar
redução na fluidez da mistura. Até mesmo a adição de fibras não absorventes em
pastas, argamassas e concretos reduz a fluidez da mistura devido ao seu formato e
sua alta superfície específica. O autor afirma que a relação entre o teor de fibras
máximo com a trabalhabilidade ou consistência adequada depende da fluidez e do
volume da pasta de cimento, do tamanho máximo do agregado graúdo, quando
presente, e da relação de aspecto (l/d) da fibra.
diminuição pode ter sido um dos fatores da menor fissuração por retração observada
na pesquisa.
Esse comportamento também foi observado por Garcés et al. (2005) para
argamassas com fibras de carbono. Em sua pesquisa com corpos de prova (4x4x16
cm), os autores observaram um aumento na resistência à flexão de 14% quando
incorporado um teor de 0,5% de fibra. Para teores acima do mencionado, o aumento
de resistência não é significativo, podendo até ocorrer sua diminuição. Isso,
provavelmente, se deve ao aumento de porosidade do material provocado pelo
maior teor de fibra de carbono.
Em pesquisas com a adição de poliéster, nylon, fibra acrílica e aramid (WANG et al.,
1987) e com a adição de fibra de PET (PELISSER, 2002) foi constatado um aumento
significativo na resistência à flexão de concretos. Bentur e Mindess (1990) relatam,
47
3.2.2 – TENACIDADE
Vale ressaltar, entretanto, que dependendo do tipo de fibra utilizado pode haver
diminuição da tenacidade no decorrer do tempo. Dias et al. (2004) submeteu
amostras de fibrocimento (com fibras de celulose e PVA) a ciclos de molhagem e
secagem e observou redução na sua tenacidade. De acordo com o autor, a forma
como essa propriedade foi alterada sugere que ocorreu degradação das fibras de
origem vegetal.
3.2.3 – ADERÊNCIA
aumentou a aderência entre o conjunto em 50% sob tração e 44% sob tensão
cisalhante sob condições normais de aplicação. De acordo com os autores, esse
aumento deve-se, provavelmente, à redução da retração por secagem causada pela
adição da fibra. Volumes incorporados maiores que o ótimo levaram a uma
diminuição dessa propriedade acarretada pela maior porosidade da argamassa.
Esse mesmo comportamento foi observado por Chen et al. (1995) em sua pesquisa
sobre a aderência entre argamassas. Segundo os autores, a incorporação de 0,35%
de fibras de carbono (em volume) aumentou a resistência de aderência entre
argamassas com fibra e argamassas sem fibra em até 89%. O aumento é
proporcionado, mais uma vez, pela diminuição da retração por secagem imputada à
adição das fibras.
Em compósitos cimentícios o papel da água deve ser visto sob uma perspectiva
adequada, já que, como parte integrante necessária para as reações de hidratação
do cimento e como agente de plasticidade da mistura, está presente desde o
começo (MEHTA e MONTEIRO, 1994).
Bauer e Cortez (2001) constataram em sua pesquisa que a adição de fibras de nylon
e de polipropileno pouco influenciou na resistência à compressão de argamassas de
revestimento. Este mesmo comportamento foi encontrado por Pelisser (2002) em
seu estudo sobre a incorporação de fibras de PET em concretos.
52
Nince et al. (2003) afirmam que as mudanças que vêm sendo feitas na composição
e dosagem do concreto com o objetivo de melhorar algumas de suas propriedadas
(resistência, reologia, ductilidade, compacidade e durabilidade, por exemplo) podem
ter sido responsáveis pela maior susceptibilidade ao lascamento explosivo, também
conhecido como spalling, principalmente dos concretos de alta resistência expostos
a altas temperaturas. Este fenômeno ocorre, geralmente, sob ação conjunta de dois
mecanismos: pressão nos poros internos e tensões térmicas geradas por gradientes
térmicos.
Ilustração 3.2 - Passos que levam ao lascamento do concreto quando exposto ao fogo (NINCE et al.,
2003)
Figueiredo et al. (2002) afirmam que uma das promissoras aplicações dos concretos
com fibra de polipropileno é a sua utilização no revestimento secundário de túneis.
Os autores relatam que a incorporação das fibras impede a ocorrência do
destacamento, fazendo com que as camadas superficiais do concreto, ainda que
calcinadas, protejam as mais internas e retardem ou evitem o colapso do túnel. No
Brasil isso se justifica pelo fato de que os túneis são geralmente executados em
maciços argilosos, propiciando um maior risco caso haja colapso da estrutura.
Os estudos de Nince et al. (2003) e de Zeiml et al. (2006) reiteram essa propriedade
conferida ao concreto pela incorporação de fibras de polipropileno, demonstrando
que a porosidade do concreto aumenta após exposição a altas temperaturas.
Purkiss apud Bentur e Mindess (1990) constatou que, abaixo de 600ºC, concretos
com fibra de aço apresentaram melhor desempenho na retenção de resistência dos
que concretos comuns.
3.2.8 – FADIGA
Segundo Figueiredo (2000) a fadiga ocorre quando um material rompe por esforço
cíclico, que acontece em níveis de tensões inferiores ao determinado durante testes
de esforços estáticos, devido à propagação de microfissuras existentes no material.
A cada ciclo de carregamento as fissuras tendem a se difundir e, conseqüentemente,
diminuir a área útil para transferência de tensão. Quanto mais próximo o
55
4 – MATERIAIS E MÉTODOS
• Idade/tempo de exposição:
¾ 28 dias;
¾ 90 dias;
¾ 180 dias;
¾ 270 dias.
4.2.1 – CIMENTO
% % % % % % % % % %
Média 4,30 18,74 2,57 60,27 4,95 3,16 5,30 1,30 1,28 0,58
Sd 0,03 0,06 0,01 0,04 0,06 0,03 0,18 0,18 0,11 0,01
Min 4,26 18,67 2,56 60,21 4,89 3,11 4,89 1,07 1,14 0,57
Max 4,34 18,84 2,57 60,33 5,10 3,20 5,51 1,60 1,47 0,59
4.2.2 – CAL
Utilizou-se a cal do tipo CH-III, fornecida pela empresa Minersol. Este material
passou por um processo de maturação de 24 horas antes da mistura com os demais
materiais, com o objetivo de melhorar a plasticidade e a retenção de água da
argamassa, seguindo-se, assim, as recomendações da NBR 7175/03. O processo
de maturação consiste em deixar a cal em contato com a areia e/ou água durante
um determinado período de tempo, com o objetivo de melhorar suas propriedades
no estado fresco, tais como trabalhabilidade e retenção de água (RAGO e
CINCOTTO, 1999). Sua caracterização, obtida junto ao fabricante, encontra-se na
Tabela 4.3.
59
Valores estimados
REQUISITO Garantia mínima (NBR-7175)
pelo fabricante
Características químicas
Soma de óxidos ≥ 88,0% 90,0%
Óxidos não hidratados ≤ 15,0% 13,0%
Características físicas
Finura
- Peneira ABNT # 30 (0,60mm) ≤ 0,5% 0,3%
- Peneira ABNT # 200 (0,075mm) ≤ 15,0% 8,0%
Características mecânicas
Retenção de água ≥ 70,0% 92,0%
ausência de cavidades ou
Estabilidade OK
protuberâncias
Plasticidade > 110 150
Incorporação de areia ≥ 2,2 3,0
4.2.3 – AREIA
0
10
20
30
40 TIJUCAS
50 NBR 7211 inf
60 NBR 7211 sup
70
80
90
100
100 89 72 54 34 6 0 0
F 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4 4,8 6,3
Diâmetro médio 20 μm
Comprimento 6 mm
Área superficial específica 225 m²/kg
Cor Translúcido a branco
Aparência Monofilamentos cortados
Temperatura de transição vítrea (Tg)* 30,5ºC
Temperatura de fusão (Tf) 165,6ºC
Densidade 0,76 g/cm³
Alongamento na ruptura 111,50%
Resistência à tração direta 231 MPa
Módulo de elasticidade 2,4GPa
*Temperatura característica na qual há a passagem da fase amorfa de um material da fase rígida
para a fase flexível
As fibras de PET foram disponibilizadas pela empresa Arteplás Ltda (Itajaí – SC),
que fabrica cordas a partir da reciclagem de garrafas plásticas. A fibra foi obtida em
bobinas e cortada mecanicamente no comprimento de 6 mm.
A fibra de curauá foi doada pela empresa Pematec Triangel, situada em Santarém –
PA. Obteve-se essa fibra em fardos, e, devido à dificuldade de bobiná-la para
posterior corte mecânico, optou-se por cortá-la manualmente com o auxílio de
guilhotina e tesouras no comprimento desejado (6 mm).
Para a confecção das alvenarias que foram revestidas com as argamassas contendo
fibras, foram utilizados blocos cerâmicos vazados contendo 6 furos, obtidos em loja
de materiais de construção na cidade de Florianópolis. Com o intuito de caracterizar
os blocos cerâmicos foram tomadas seis unidades aleatórias da pilha de estocagem.
Na Tabela 4.9 apresentam-se suas propriedades no que diz respeito às suas
dimensões, absorção de água (RILEM LUMA 4/91) e Taxa Inicial de Sucção (IRS –
Initial Rate of Suction) de acordo com recomendações da RILEM LUMA 5/91.
Ressalta-se, ainda, que se determinou a absorção de água e o IRS para duas
condições distintas: bloco cerâmico com umidade natural do ambiente e bloco
cerâmico seco em estufa pelo período de 24 horas. Procedeu-se dessa forma a fim
de simular as condições de campo em que os blocos cerâmicos são utilizados com
sua umidade natural do ambiente.
66
⎛ A − 125 ⎞
RA = ⎜ ⎟ × 100 , (1)
⎝ B − 125 ⎠
onde: RA – índice de retenção de água (%);
A – consistência após a sucção no funil de Büchner modificado, em mm;
B – consistência antes da sucção no funil de Büchner modificado, em mm.
Para que as duas faces das paredes ficassem sob exposição solar semelhante
durante o período de ensaios, optou-se por orientá-las em relação ao leste-oeste
magnéticos. As faces voltadas para Leste foram submetidas aos ensaios destrutivos
descritos nos subitens 4.5.1 a .5.3, enquanto que as faces Oeste, por estarem
sujeitas a maiores variações de temperatura diárias, foram mantidas intactas para
que se pudesse avaliar visualmente o aparecimento de fissuras no revestimento.
As paredes foram revestidas no mês de junho de 2005, durante o período das 8:00
até 12:00. Enquanto se fazia a aplicação do revestimento, registrava-se a
temperatura e a umidade relativa do local por meio de um sensor de umidade e
temperatura portátil. A média dessas medições encontra-se no gráfico da Ilustração
4.7.
71
30 80
28 76
26 72
24 68
22 64
20 60
6/6 7/6 8/6 9/6 10/6
Nas idades de 28, 90, 180 e 270 dias, os revestimentos foram submetidos a ensaios
para determinação da resistência de aderência à tração (NBR 13528/95),
72
Para a realização dos ensaios citados, as paredes foram divididas em seis áreas
iguais (Ilustração 4.9) e, em cada uma delas, foi realizado um ensaio individual,
totalizando 336 durante todo o estudo para cada propriedade. A análise visual da
fissuração do revestimento foi feita durante todo o período em que os mesmos
estiveram expostos.
Parede
Ilustração 4.9 – Desenho esquemático da divisão realizada em cada parede para realização dos
ensaios
• Perfuração dos locais de ensaio com auxílio de serra copo diamantada com
diâmetro aproximado de 50mm;
• Colagem de peças de alumínio com adesivo à base de epóxi no local onde
foram feitos os furos;
• Utilização de aparelho de arrancamento manual equipado com dinamômetro
portátil IMADA com célula de carga de 20kN, 24 horas após colagem das
peças metálicas.
Além dos ensaios realizados nas paredes, foram moldados corpos de prova
prismáticos (2x4x16 cm) para realização de ensaios de flexão com monitoração da
deflexão. A moldagem foi realizada em fôrmas de madeira, em camada única e
adensada com o auxílio de mesa vibratória durante o período de 60 segundos. Logo
depois, os moldes eram rasados, cobertos com uma placa de vidro e estocados em
ambiente de laboratório com temperatura e umidade controlada, até a sua
desmoldagem. Esse período de tempo foi adotado a fim de que os cp´s não
sofressem nenhum dano na operação de desfôrma. A Ilustração 4.13 apresenta a
forma como ficaram dispostos os cp´s. Optou-se por colocá-los em local próximo ao
da construção das paredes para que os mesmos ficassem expostos a condições
ambientais semelhantes.
1,5 PL
σ = , (2)
bh ²
onde: σ - tensão de tração na flexão (MPa);
P – carga aplicada no meio do prisma (N);
L – distância entre os apoios (mm);
b – maior lado da seção transversal do corpo de prova (mm);
h – espessura do corpo de prova (mm).
Com base na pesquisa feita por Kawamata et al. (2002) e em ensaios anteriores
realizados por Betioli (2003), adotou-se uma velocidade de aplicação de carga de
0,1 mm/minuto. Desenvolveu-se, então, o aparato para o ensaio que conta com
prensa automática, célula de carga, dispositivo para aquisição de dados e transdutor
de deslocamento (precisão de 0,001 mm), sendo todos esses equipamentos
77
P
2 cm
8 cm
16 cm
4.6.3 – TENACIDADE
• I5 é calculado pela relação entre a área sobre a curva obtida até 3 vezes a
deformação da primeira fissura pela área sob a curva até a primeira fissura;
• I10 é calculado pela relação entre a área sobre a curva obtida até 5,5 vezes a
deformação da primeira fissura pela área sob a curva até a primeira fissura;
• I20 é calculado pela relação entre a área sobre a curva obtida até 10,5 vezes
a deformação da primeira fissura pela área sob a curva até a primeira fissura.
In =___________________________________________
Energia absorvida até um múltiplo da primeira fissura (3)
Energia absorvida até a primeira fissura
79
Ilustração 4.16 – Gráfico de medidas dos índices de tenacidade segundo ASTM C 1018
A degradação das fibras, bem como o aspecto superficial das argamassas, foi
analisada por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV) da superfície de
ruptura de fragmentos de argamassa retirados dos corpos de prova prismáticos
submetidos ao ensaio de flexão. Em função do elevado custo do ensaio, optou-se
por analisar apenas as argamassas com 0,50% de fibras (PP, PET, curauá) depois
de expostas por 28, 90, 180 e 270 dias às condições atmosféricas.
80
Pode-se observar pela tabela que a fibra de PET apresentou os maiores valores tanto
para as argamassas de cal quanto para as argamassas com aditivo. Pelisser (2002)
observou que devido à deficiente dispersão das fibras PET no compósito, há o
agrupamento de fibras em chumaços, aprisionando parte da água da mistura e,
conseqüentemente, diminuindo a consistência.
Essa diferença, em relação às argamassas com outras fibras, é menor quando são
comparados apenas os compósitos com aditivo. A razão dessa mudança de
comportamento se deve, possivelmente, pelo efeito lubrificante das bolhas de ar
incorporadas à matriz, o que acaba por melhorar a trabalhabilidade do material.
81
Apesar dos valores próximos, nota-se uma tendência mais expressiva à diminuição da
massa específica nas argamassas de cal quando são adicionadas fibras, como mostra
a Ilustração 5.1. Já para as argamassas de aditivo, o efeito da incorporação de fibras
não é perceptível devido, provavelmente, à grande quantidade de ar incorporado
conforme demonstrado no subitem 5.1.2.
Pela análise estatística apresentada na Tabela 5.2, observa-se que todas as variáveis
(tipo de argamassa, tipo de fibra e volume de fibra) mostraram-se significativas no que
diz respeito à massa específica dos compósitos.
82
Nota-se, também, que a adição de fibras nas argamassas de cal propicia uma
tendência ao aumento do teor de ar incorporado na mistura, principalmente para a
incorporação de fibras de polipropileno, chegando a valores da ordem de 16% para o
traço C0,50PP. Supõe-se que esse aumento do ar incorporado se deva ao
aprisionamento de certa quantidade de bolhas de ar entre as cerdas das fibras.
83
No que diz respeito à retenção de água das argamassas, observa-se na Ilustração 5.4
uma tendência ao aumento dessa propriedade quando são incorporados 0,25% de
fibra, com exceção do traço A0,25PET em que a retenção manteve-se praticamente
constante.
84
Optou-se, para melhor entendimento da influência das fibras nos compósitos, por
avaliar os resultados dos ensaios de forma individual para cada tipo de fibra ao longo
do tempo de exposição. Mais adiante, é apresentado um estudo comparativo entre as
fibras para as idades de 28 e 270 dias de idade, ou entre idades em que ocorram
mudanças significativas nos compósitos. Escolheram-se essas idades a fim de avaliar
alguma mudança no desempenho dos compósitos devido a eventual degradação das
fibras.
Ilustração 5.5 - Resultados dos ensaios de resistência de aderência para argamassas com fibra de
curauá
Esse baixo desempenho das argamassas com aditivo pode ser explicado pela
incorporação de ar nos compósitos. Segundo alguns autores (CARASEK, 1996;
ALVES, 2002; MOHAMAD et al., 2000), a resistência de aderência de argamassas de
revestimento diminui com o acréscimo do teor de ar incorporado. Isto é atribuído à
redução da superfície de contato pela presença das bolhas de ar.
Além disso, Carasek (1996) relata que as argamassas contendo cal preenchem mais
facilmente e completamente toda a superfície do substrato, o que acaba por
proporcionar uma maior extensão de aderência. Vale ressaltar, também, que a
durabilidade da aderência é proporcionada pela habilidade da cal em diminuir a
87
30 80
27,5 77,5
Umidade relativa (%)
Temperatura (ºC)
25 75
22,5 72,5
20 70
17,5 67,5
15 65
o
ir o
o
o
ro
o
ro
o
to
br
lh
nh
br
br
i
ub
os
re
ne
Ju
m
m
Ju
ve
Ag
ut
ve
Ja
ze
te
Fe
Se
No
De
Meses
Temperatura Umidade
Ilustração 5.6 – Variação média de temperatura e umidade relativa para o período de junho/05 a
fevereiro/06
88
Tabela 5.5 - Valores de ANOVA para os ensaios de resistência de aderência com fibras de curauá
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 0,73836 1 0,73836 50,55862 0,00000
B - Volume de fibra 0,00668 2 0,00334 0,22884 0,79581
C - Tempo de exposição 0,06335 3 0,02112 1,44604 0,23300
AxB 0,05312 2 0,02656 1,81870 0,16679
AxC 0,07792 3 0,02597 1,77851 0,15507
BxC 0,34107 6 0,05685 3,89244 0,00140
AxBxC 0,07744 6 0,01291 0,88376 0,50921
Resíduo 1,70868 117 0,01460
Total 3,06663 140
Ilustração 5.7 - Resultados dos ensaios de resistência de aderência para argamassas com fibra de PET
Selmo, citada por Carasek (1996), afirma, em sua pesquisa que, para argamassas de
revestimento, a relação água/cimento é inversamente proporcional à resistência de
aderência. Desta forma, acredita-se que as altas relações água/aglomerante das
argamassas com PET influenciaram negativamente no que tange à resistência de
aderência dos compósitos, principalmente para o traço C0,50PET que possui a maior
relação entre todas as argamassas estudadas.
Tabela 5.6 - Valores de ANOVA para os ensaios de resistência de aderência com fibras de PET
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 0,46070 1 0,46070 22,72051 0,00001
B - Volume de fibra 0,16992 2 0,08496 4,19007 0,01748
C - Tempo de exposição 0,27040 3 0,09013 4,44507 0,00538
AxB 0,13692 2 0,06846 3,37624 0,03754
AxC 0,06087 3 0,02029 1,00073 0,39520
BxC 0,09288 6 0,01548 0,76343 0,60011
AxBxC 0,05331 6 0,00889 0,43821 0,85199
Resíduo 2,37239 117 0,02028
Total 3,61740 140
Apesar das relações água/aglomerante das argamassas com fibra de PP serem iguais
às das argamassas referência, a resistência de aderência apresentou uma tendência de
decréscimo com o aumento no teor de fibra para 0,50%, como pode ser observado na
Ilustração 5.8.
Ilustração 5.8 - Resultados dos ensaios de resistência de aderência para argamassas com fibra de PP
É possível que o baixo desempenho atingido pela argamassa de cal para o volume de
0,50% de fibra pode ser explicado pelo alto teor de ar incorporado, conforme foi
91
demonstrado no item 5.1.2, apesar desse traço apresentar uma evolução de resistência
mais condizente com o que era esperado. Acredita-se que, mais uma vez, as variações
nos fatores climáticos do ambiente exerceram uma grande influência no comportamento
dos compósitos.
Tabela 5.7 - Valores de ANOVA para os ensaios de resistência de aderência com fibras de polipropileno
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 0,60780 1 0,60780 40,96595 0,00000
B - Volume de fibra 0,21333 2 0,10667 7,18930 0,00114
C - Tempo de exposição 0,20231 3 0,06744 4,54538 0,00474
AxB 0,12130 2 0,06065 4,08785 0,01923
AxC 0,27619 3 0,09206 6,20515 0,00060
BxC 0,12200 6 0,02033 1,37049 0,23222
AxBxC 0,11145 6 0,01857 1,25192 0,28515
Resíduo 1,73589 117 0,01484
Total 3,39027 140
Ilustração 5.9 - Resultados dos ensaios de resistência de aderência para argamassas com 28 dias
Ilustração 5.10 - Resultados dos ensaios de resistência de aderência para argamassas com 270 dias
Tabela 5.8 - Valores de ANOVA para os ensaios de resistência de aderência com 28 dias
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 0,189347 1 0,18935 17,87112 0,00006
B - Tipo de fibra 0,057305 2 0,02865 2,70429 0,07242
C - Volume de fibra 0,049191 2 0,02460 2,32140 0,10405
AxB 0,017399 2 0,00870 0,82107 0,44327
AxC 0,098410 2 0,04921 4,64411 0,01207
BxC 0,070445 4 0,01761 1,66220 0,16584
AxBxC 0,021439 4 0,00536 0,50586 0,73151
Resíduo 0,942970 89 0,01060
Total 1,446507 106
94
Tabela 5.9 - Valores de ANOVA para os ensaios de resistência de aderência com 270 dias
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 1,24742 1 1,24742 59,39418 0,00000
B - Tipo de fibra 0,00278 2 0,00139 0,06616 0,93603
C - Volume de fibra 0,02940 2 0,01470 0,70002 0,49938
AxB 0,04615 2 0,02308 1,09878 0,33791
AxC 0,13147 2 0,06573 3,12983 0,04874
BxC 0,09333 4 0,02333 1,11093 0,35670
AxBxC 0,07248 4 0,01812 0,86279 0,48973
Resíduo 1,80621 86 0,02100
Total 3,42925 103
Ilustração 5.11 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para argamassas com fibra
de curauá
95
Já para a argamassa com aditivo, a influência na incorporação de fibras foi bem menor.
A Tabela 5.10 apresenta os resultados da analise de variância dos resultados relativos
às fibras de curauá.
Tabela 5.10 - Valores de ANOVA para os ensaios de profundidade de carbonatação para argamassas
com fibra de curauá
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 3507,54028 1 3507,54028 2400,82422 0,00000
B - Volume de fibra 39,69806 2 19,84903 13,58617 0,00001
C – Tempo de exposição 414,68912 3 138,22971 94,61480 0,00000
AxB 67,52869 2 33,76435 23,11086 0,00000
AxC 172,46102 3 57,48701 39,34843 0,00000
BxC 12,56125 6 2,09354 1,43298 0,20817
AxBxC 6,66662 6 1,11110 0,76052 0,60243
Resíduo 165,09001 113 1,46097
Total 4386,23505 136
96
Ilustração 5.12 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para argamassas com fibra
de PET
97
Ilustração 5.13 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para argamassas com fibra
de polipropileno
Como pôde ser observado nas Ilustrações 5.11, 5.12 e 5.13, as fibras estão nitidamente
aumentando a permeabilidade das argamassas com cal, o que acaba por facilitar a
entrada de CO2 nas argamassas estudadas. Pode-se constatar que o aumento dessa
propriedade é diretamente proporcional ao teor de fibra utilizado.
Para as argamassas com aditivo, ainda que a carbonatação seja muito maior
comparada às argamassas de cal, nota-se uma provável tendência de diminuição da
frente de carbonatação com o aumento da adição de fibras no compósito.
98
Ilustração 5.14 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para argamassas com 28 dias
Tabela 5.11 - Valores de ANOVA para os ensaios de profundidade de carbonatação para argamassas
com 28 dias
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 3830,22803 1 3830,22803 1403,38171 0,00000
B - Tipo de fibra 3,83094 2 1,91547 0,70182 0,49840
C - Volume de fibra 3,95249 2 1,97625 0,72409 0,48760
AxB 3,00174 2 1,50087 0,54991 0,57895
AxC 104,49905 2 52,24953 19,14404 0,00000
BxC 6,66644 4 1,66661 0,61064 0,65604
AxBxC 15,97963 4 3,99491 1,46372 0,21997
Resíduo 242,90634 89 2,72928
Total 4211,06467 106
Optou-se por analisar o desempenho aos 180 dias, em vez de 270 dias, pois as
argamassas com aditivo já se encontravam todas carbonatadas nessa idade, como
pode ser visto na Ilustração 5.15. Pelo gráfico e pela Tabela 5.12 nota-se que, para 180
dias de exposição, o tipo de fibra tem influência significativa no desempenho do
compósito. Particularmente a adição de 0,25% de fibra de curauá e de PET apresentou,
para essa idade, comportamento semelhante às argamassas referências.
99
Ilustração 5.15 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para argamassas com 180
dias
Tabela 5.12 - Valores de ANOVA para os ensaios de profundidade de carbonatação para argamassas
com 180 dias
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 2128,28687 1 2128,28687 1760,49524 0,00000
B - Tipo de fibra 9,31477 2 4,65738 3,85254 0,02503
C - Volume de fibra 55,28386 2 27,64193 22,86510 0,00000
AxB 8,86588 2 4,43294 3,66688 0,02968
AxC 59,22763 2 29,61382 24,49622 0,00000
BxC 7,27228 4 1,81807 1,50389 0,20831
AxBxC 8,14771 4 2,03693 1,68492 0,16097
Resíduo 102,75766 85 1,20891
Total 2379,15666 102
exceção das argamassas onde foram incorporadas fibras para o período de 270 dias de
idade. Para essas argamassas foi registrado o tempo necessário para que ocorresse
essa absorção.
Desta forma, apresenta-se, a seguir, análise dos resultados de cada tipo de argamassa
separadamente, reiterando-se o melhor desempenho das argamassas de cal quando
comparadas às argamassas de aditivo.
Ilustração 5.16 - Resultados dos ensaios de permeabilidade para argamassas de cal com fibra de curauá
Tabela 5.13 - Valores de ANOVA para os ensaios de permeabilidade para argamassas de cal com
curauá
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Volume de fibra 2,25694 2 1,12847 8,28912 0,00066
B - Tempo de exposição 1,29931 3 0,43310 3,18132 0,03025
AxB 0,85861 6 0,14310 1,05115 0,40192
Resíduo 8,16833 60 0,13614
Total 12,58319 71
Para as argamassas com aditivo apresentam-se, abaixo, os resultados até os 180 dias
de idade. Para o desempenho aos 270 dias foi possível fazer uma análise conjunta com
as argamassas de cal, e que será apresentada mais adiante.
Desta forma, analisando o gráfico da Ilustração 5.17, pode-se observar que, se teor de
fibra for acrescido, o tempo para absorção de toda a água do ensaio também aumenta.
102
Ilustração 5.17 - Resultados dos ensaios de permeabilidade para argamassas com aditivo e fibra de
curauá
Diferentemente das argamassas com cal, para as argamassas com aditivo e fibra de
curauá o único efeito significativo no seu desempenho é o volume de fibra utilizado
(Tabela 5.14).
Tabela 5.14 - Valores de ANOVA para os ensaios de permeabilidade para argamassas de aditivo com
curauá
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Volume de fibra 247150,57813 2 123575,28906 3,33775 0,04516
B - Tempo de exposição 225149,53125 2 112574,76563 3,04063 0,05844
AxB 269857,34375 4 67464,33594 1,82220 0,14252
Resíduo 1554987,65625 42 37023,51563
Total 2297145,10938 50
103
Ilustração 5.18 - Resultados dos ensaios de permeabilidade para argamassas de cal com fibra de PET
Ilustração 5.19 - Resultados dos ensaios de permeabilidade para argamassas de aditivo com fibra de
PET
Para as argamassas com cal com fibra de PET o único efeito estatístico significativo diz
respeito ao volume de fibra utilizado nos compósitos (Tabela 5.15). Vale ressaltar,
entretanto, que se a análise estatística fosse para 90% de significância, a variável
tempo de exposição tornar-se-ia significativa para a propriedade.
Tabela 5.15 - Valores de ANOVA para os ensaios de permeabilidade para argamassas de cal com PET
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Volume de fibra 3,01361 2 1,50681 9,00481 0,00038
B - Tempo de exposição 1,28444 3 0,42815 2,55865 0,06342
AxB 0,92639 6 0,15440 0,92270 0,48524
Resíduo 10,04000 60 0,16733
Total 15,26444 71
105
Tabela 5.16 - Valores de ANOVA para os ensaios de permeabilidade para argamassas de aditivo com
PET
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Volume de fibra 835830,81250 2 417915,40625 5,71441 0,00699
B - Tempo de exposição 708307,68750 2 354153,84375 4,84256 0,01372
AxB 311894,15625 4 77973,53906 1,06618 0,38741
Resíduo 2632811,90625 36 73133,66406
Total 4488844,56250 44
Ilustração 5.20 - Resultados dos ensaios de permeabilidade para argamassas de cal com fibra de PP
Tabela 5.17 - Valores de ANOVA para os ensaios de permeabilidade para argamassas de cal com PP
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Volume de fibra 1,89528 2 0,94764 6,65659 0,00245
B - Tempo de exposição 1,99819 3 0,66606 4,67870 0,00530
AxB 1,46139 6 0,24356 1,71089 0,13403
Resíduo 8,54167 60 0,14236
Total 13,89653 71
Como no caso das outras fibras estudadas, percebe-se, pelo gráfico da Ilustração 5.21,
que as argamassas com aditivo e fibra de polipropileno apresentaram resultados
melhores do que a argamassa sem fibra. Nota-se, sobretudo, o comportamento
semelhante dos compósitos para 180 dias de idade, independentemente do teor de
fibra utilizado. Estatisticamente, a única variável que influencia no comportamento das
argamassas é o volume de fibra utilizado.
Ilustração 5.21 - Resultados dos ensaios de permeabilidade para argamassas de aditivo com fibra de PP
Conforme foi exposto no início do presente subitem, a análise para 28 dias será
realizada separadamente para cada tipo de argamassa.
107
Desta forma, pelo gráfico da Ilustração 5.22 pode-se observar que, para o teor de
0,25%, a adição de fibra de PET reduziu a permeabilidade do revestimento, enquanto
que a adição de fibras de curauá pouco alterou essa propriedade, e a adição de fibras
de polipropileno apresentou uma tendência de aumento de permeabilidade. Entretanto,
quando se incorporou 0,50% de fibra, os compósitos apresentaram comportamentos
inversos.
Δ
Ilustração 5.22 - Resultados dos ensaios de permeabilidade para argamassas de cal para 28 dias
Tabela 5.18 - Valores de ANOVA para os ensaios de permeabilidade para argamassas de cal para 28
dias de idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de fibra 0,69148 2 0,34574 3,00547 0,05955
B - Volume de fibra 0,45593 2 0,22796 1,98165 0,14969
AxB 0,77741 4 0,19435 1,68947 0,16907
Resíduo 5,17667 45 0,11504
Total 7,10148 53
Ilustração 5.23 - Resultados dos ensaios de permeabilidade para argamassas de aditivo para 28 dias
109
Tabela 5.19 - Valores de ANOVA para os ensaios de permeabilidade para argamassas de aditivo para 28
dias de idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de fibra 27769,66797 2 13884,83398 2,24074 0,11866
B - Volume de fibra 92385,60156 2 46192,80078 7,45462 0,00166
AxB 64690,49219 4 16172,62305 2,60995 0,04858
Resíduo 266450,75977 43 6196,52930
Total 451296,52148 51
Para a idade de 270 dias, pôde-se fazer uma comparação entre os dois tipos de
argamassas com fibra utilizados, devido ao melhor desempenho dos compósitos com
aditivo. Vale ressaltar, entretanto, que a argamassa referência com aditivo não obteve
boa performance, obtendo-se para ela um tempo médio de cerca de 10 segundos para
absorção total da água contida no cachimbo, e, por isso, não foi enfocada nessa
análise.
Ilustração 5.24 - Resultados dos ensaios de permeabilidade para argamassas com 270 dias de idade
Tabela 5.20 - Valores de ANOVA para os ensaios de permeabilidade para argamassas com 270 dias de
idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 0,98860 1 0,98860 6,05172 0,01780
B - Tipo de fibra 0,52024 2 0,26012 1,59233 0,21470
C - Volume de fibra 3,25712 1 3,25712 19,93840 0,00005
AxB 0,16709 2 0,08354 0,51141 0,60309
AxC 0,05027 1 0,05027 0,30774 0,58181
BxC 0,19783 2 0,09891 0,60550 0,55019
AxBxC 0,96802 2 0,48401 2,96286 0,06183
Resíduo 7,35117 45 0,16336
Total 13,50035 56
111
Ilustração 5.25 – Localização e quantidade de fissuras nas argamassas C0,25C e C0,25PP com cerca de
150 dias de idade
Ilustração 5.26 – Localização e quantidade de fissuras nas argamassas C0,25PET e C0,50C com cerca
de 150 dias de idade
112
Ilustração 5.27 - Localização e quantidade de fissuras na argamassa CR com cerca de 150 dias de idade
Como exposto, houve o aparecimento de fissuras tanto nos compósitos com fibras
como no de argamassa referência. Acredita-se, então, que a real causa do
aparecimento das fissuras no revestimento foi a provável retração causada pela
significativa mudança nas condições climáticas durante o período, conforme
demonstrado na Ilustração 5.6.
Ilustração 5.28 - Localização e quantidade de fissuras nas argamassas C0,25C e C0,25PET com cerca
de 210 dias de idade
Ilustração 5.29 - Localização e quantidade de fissuras nas argamassas C0,50PET e CR com cerca de
210 dias de idade
Fazendo uma análise individual de uma fissura das argamassas C0,25C e CR, percebe-
se que na argamassa com fibra a fissura se desenvolve em uma trajetória errática,
enquanto que na argamassa referência a fissura ocorre praticamente em linha reta
(Ilustração 5.30). Provavelmente essa é uma das causas do menor fissuramento da
argamassa com 0,50% de fibra vegetal, já que, nesse caso, havia maior quantidade de
fibras disponíveis para interceptar o desenvolvimento das fissuras.
114
(a) (b)
Ilustração 5.30 – (a) Fissura na argamassa 0,25C; (b) Fissura na argamassa CR
Não se pode afirmar que a ausência de fissuras em todas as argamassas com aditivo
signifique o seu melhor desempenho. A causa provável desse comportamento se deve
aos baixos valores de aderência encontrados e à alta quantidade de ar incorporado,
como demonstrado no subitem 5.2.1. O que supõe-se é que quando as argamassas
são submetidas às variações dimensionais (causada por alteração climática ou
qualquer outro motivo), as tensões internas geradas são muito pequenas ou
insuficientes para que ocorra fissuração do revestimento.
Ilustração 5.31 - Resultados de resistência à tração na flexão para argamassas com fibra de curauá
Tabela 5.21 - Valores de ANOVA para os resultados de resistência à tração na flexão para argamassas
com fibra de curauá
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 6,86488 1 6,86488 144,04572 0,00000
B - Volume de fibra 1,38578 2 0,69289 14,53885 0,00000
C - Tempo de exposição 5,25740 3 1,75247 36,77198 0,00000
AxB 0,28089 2 0,14045 2,94699 0,05651
AxC 0,43971 3 0,14657 3,07549 0,03050
BxC 0,93877 6 0,15646 3,28304 0,00513
AxBxC 0,51065 6 0,08511 1,78581 0,10811
Resíduo 5,43298 114 0,04766
Total 21,11106 137
Na Ilustração 5.32 nota-se que para a argamassa com aditivo e 0,50% de fibra PET há
uma diminuição na resistência entre as idades de 28 e 90 dias, sendo a tendência
oposta para os outros compósitos. No entanto, tratando-se estatisticamente os dados,
observou-se que não há diferença significativa entre esses valores.
117
Ilustração 5.32 - Resultados de resistência à tração na flexão para argamassas com fibra de PET
Ilustração 5.33 - Resultados de resistência à tração na flexão para argamassas com fibra de PP
Tabela 5.22 - Valores de ANOVA para os resultados de resistência à tração na flexão para argamassas
com fibra de PET
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 10,65768 1 10,65768 215,14157 0,00000
B - Volume de fibra 3,68711 2 1,84356 37,21500 0,00000
C - Tempo de exposição 5,69542 3 1,89847 38,32357 0,00000
AxB 1,12796 2 0,56398 11,38483 0,00003
AxC 0,85653 3 0,28551 5,76344 0,00108
BxC 0,45490 6 0,07582 1,53046 0,17503
AxBxC 0,63642 6 0,10607 2,14117 0,05440
Resíduo 5,35010 108 0,04954
Total 28,46611 131
119
Tabela 5.23 - Valores de ANOVA para os resultados de resistência à tração na flexão para argamassas
com fibra de PP
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 8,98254 1 8,98254 241,79828 0,00000
B - Volume de fibra 0,71264 2 0,35632 9,59162 0,00014
C - Tempo de exposição 6,04561 3 2,01520 54,24664 0,00000
AxB 0,54324 2 0,27162 7,31165 0,00103
AxC 2,82355 3 0,94118 25,33540 0,00000
BxC 0,79011 6 0,13168 3,54479 0,00296
AxBxC 0,45194 6 0,07532 2,02762 0,06756
Resíduo 4,23497 114 0,03715
Total 24,58460 137
Para as argamassas com aditivo, a única incorporação de fibra que realmente altera o
comportamento dos compósitos é a de curauá. Percebe-se, pela Ilustração 5.34, que a
adição dessa fibra diminui sensivelmente a resistência do material, enquanto que as
outras fibras pouco influenciam no desempenho.
Ilustração 5.34 - Resultados de resistência à tração na flexão para argamassas com 28 dias de idade
Tabela 5.24 - Valores de ANOVA para os resultados de resistência à tração na flexão para argamassas
com 28 dias de idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 12,26957 1 12,26957 286,68903 0,00000
B - Tipo de fibra 0,77046 2 0,38523 9,00127 0,00029
C - Volume de fibra 1,32528 2 0,66264 15,48316 0,00000
AxB 1,31567 2 0,65784 15,37093 0,00000
AxC 0,16932 2 0,08466 1,97810 0,14480
BxC 0,78004 4 0,19501 4,55659 0,00224
AxBxC 0,72156 4 0,18039 4,21497 0,00372
Resíduo 3,55219 83 0,04280
Total 20,90410 100
121
Ilustração 5.35 - Resultados de resistência à tração na flexão para argamassas com 270 dias de idade
A análise estatística apresentada na Tabela 5.25 reitera o que já foi mostrado no gráfico
acima, em que o tipo de fibra não é variável preponderante na tensão de ruptura do
material.
122
Tabela 5.25 - Valores de ANOVA para os resultados de resistência à tração na flexão para argamassas
com 270 dias de idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 3,15397 1 3,15397 121,26559 0,00000
B - Tipo de fibra 0,01697 2 0,00848 0,32621 0,72267
C - Volume de fibra 0,45521 2 0,22761 8,75110 0,00038
AxB 0,22787 2 0,11394 4,38066 0,01587
AxC 0,92494 2 0,46247 17,78132 0,00000
BxC 0,17023 4 0,04256 1,63623 0,17400
AxBxC 0,19699 4 0,04925 1,89346 0,12038
Resíduo 1,95066 75 0,02601
Total 7,09683 92
Como exposto no subitem 4.6.2, logo após a ruptura dos corpos de prova no ensaio de
tração na flexão, foram realizados ensaios de profundidade de carbonatação.
Ilustração 5.36 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para corpos de prova com
fibra de curauá
Tabela 5.26 - Valores de ANOVA para os resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para
corpos de prova com fibra de curauá
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 131,31528 1 131,31528 44,64679 0,00000
B - Volume de fibra 80,85231 2 40,42616 13,74477 0,00000
C - Tempo de exposição 7801,06787 3 2600,35596 884,11304 0,00000
AxB 5,00708 2 2,50354 0,85120 0,42953
AxC 90,16524 3 30,05508 10,21863 0,00000
BxC 117,51245 6 19,58541 6,65898 0,00000
AxBxC 70,96567 6 11,82761 4,02135 0,00107
Resíduo 344,12074 117 2,94120
Total 8641,00663 140
Ilustração 5.37 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para corpos de prova com
fibra de PET
Tabela 5.27 - Valores de ANOVA para os resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para
corpos de prova com fibra de PET
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 18,03061 1 18,03061 11,15838 0,00113
B - Volume de fibra 60,25148 2 30,12574 18,64354 0,00000
C - Tempo de exposição 5712,75549 3 1904,25183 1178,46069 0,00000
AxB 16,63493 2 8,31746 5,14733 0,00721
AxC 21,32960 3 7,10987 4,40000 0,00571
BxC 147,07657 6 24,51276 15,16991 0,00000
AxBxC 44,75080 6 7,45847 4,61573 0,00031
Resíduo 187,44216 116 1,61588
Total 6208,27165 139
Ilustração 5.38 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para corpos de prova com
fibra de polipropileno
Tabela 5.28 - Valores de ANOVA para os resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para
corpos de prova com fibra de polipropileno
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 0,41532 1 0,41532 0,63293 0,42794
B – Volume de fibra 4,69351 2 2,34676 3,57640 0,03116
C - Tempo de exposição 6240,55884 3 2080,18628 3170,15210 0,00000
AxB 26,87713 2 13,43857 20,48004 0,00000
AxC 5,53594 3 1,84531 2,81221 0,04254
BxC 16,23382 6 2,70564 4,12332 0,00088
AxBxC 16,81939 6 2,80323 4,27206 0,00064
Resíduo 74,80437 114 0,65618
Total 6385,93833 137
126
Ilustração 5.39 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para corpos de prova com 28
dias de idade
Tabela 5.29 - Valores de ANOVA para os resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para
28 dias de idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 44,73005 1 44,73005 141,77014 0,00000
B - Tipo de fibra 117,82032 2 58,91016 186,71347 0,00000
C - Volume de fibra 11,09508 2 5,54754 17,58271 0,00000
AxB 14,45982 2 7,22991 22,91492 0,00000
AxC 0,55294 2 0,27647 0,87626 0,42015
BxC 46,37187 4 11,59297 36,74346 0,00000
AxBxC 6,34305 4 1,58576 5,02601 0,00112
Resíduo 26,18742 83 0,31551
Total 267,56054 100
127
Ilustração 5.40 - Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para corpos de prova com
180 dias de idade
128
Tabela 5.30 - Valores de ANOVA para os resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação para
180 dias de idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 34,68000 1 34,68000 17,05574 0,00008
B - Tipo de fibra 2,40667 2 1,20333 0,59180 0,55547
C - Volume de fibra 37,82000 2 18,91000 9,30000 0,00021
AxB 2,40667 2 1,20333 0,59180 0,55547
AxC 37,82000 2 18,91000 9,30000 0,00021
BxC 4,81333 4 1,20333 0,59180 0,66944
AxBxC 4,81333 4 1,20333 0,59180 0,66944
Resíduo 183,00000 90 2,03333
Total 307,76000 107
2,5
2,5
2 2
Tensão (MPa)
Tensão (MPa)
1,5 1,5
1
1
0,5
0,5
0
0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6 CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5 2,5
2 2
Te nsã o (M Pa )
Tensão (M Pa)
1,5 1,5
1 1
0,5 0,5
0 0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm) Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6 CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
Como pode ser observado no gráfico da Ilustração 5.43, para a idade de 28 dias, os
compósitos com aditivo apresentam um melhor desempenho do que as argamassas
com cal, sendo elas referências ou não. No entanto, com o passar do tempo, essas
características se invertem e a argamassa de cal apresenta melhor performance para
os 270 dias de exposição. Apesar de não haver diferença significativa entre os valores
do índice para as argamassas com cal e fibra e a referência, nota-se uma provável
tendência à diminuição dessa propriedade quando se analisa os resultados para os 270
dias. Supõe-se que isso se deva ao processo de petrificação da fibra vegetal, o que
acaba por torná-la frágil, diminuindo seu poder de reforço. Na Tabela 5.31 apresenta-se
o tratamento estatístico do I5, onde se constata que, apesar do que é mostrado no
gráfico, o tipo de argamassa não é preponderante no comportamento geral das
argamassas ao longo do tempo.
130
Tabela 5.31 – ANOVA dos valores de I5 para argamassas com fibra de curauá
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 0,63943 1 0,63943 1,76353 0,18737
B - Volume de fibra 4,95869 2 2,47935 6,83797 0,00168
C - Tempo de exposição 14,50750 3 4,83583 13,33709 0,00000
AxB 0,91075 2 0,45538 1,25591 0,28950
AxC 18,84503 3 6,28168 17,32469 0,00000
BxC 6,46896 6 1,07816 2,97354 0,01051
AxBxC 5,55434 6 0,92572 2,55312 0,02457
Resíduo 34,44561 95 0,36259
Total 86,33032 118
Tabela 5.32 – ANOVA dos valores de I5 para argamassas com fibra de PET
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 0,00144 1 0,00144 0,00594 0,93871
B - Volume de fibra 19,84393 2 9,92196 40,99798 0,00000
C - Tempo de exposição 8,59908 3 2,86636 11,84392 0,00000
AxB 0,86044 2 0,43022 1,77769 0,17460
AxC 9,18726 3 3,06242 12,65405 0,00000
BxC 7,84079 6 1,30680 5,39975 0,00008
AxBxC 14,75858 6 2,45976 10,16385 0,00000
Resíduo 22,99105 95 0,24201
Total 84,08258 118
Tabela 5.33 – ANOVA dos valores de I5 para argamassas com fibra de polipropileno
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 1,35661 1 1,35661 7,20368 0,00850
B - Volume de fibra 14,60029 2 7,30015 38,76427 0,00000
C - Tempo de exposição 4,61517 3 1,53839 8,16896 0,00006
AxB 1,72511 2 0,86256 4,58023 0,01247
AxC 11,10334 3 3,70111 19,65317 0,00000
BxC 13,42352 6 2,23725 11,87997 0,00000
AxBxC 8,84825 6 1,47471 7,83080 0,00000
Resíduo 19,02047 101 0,18832
Total 74,69278 124
Tabela 5.34 – ANOVA dos valores de I5 para argamassas com 28 dias de idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 26,56604 1 26,56604 72,51087 0,00000
B - Tipo de fibra 3,46229 2 1,73115 4,72509 0,01193
C - Volume de fibra 0,89095 2 0,44547 1,21590 0,30271
AxB 1,21608 2 0,60804 1,65962 0,19771
AxC 11,89385 2 5,94692 16,23187 0,00000
BxC 2,08030 4 0,52008 1,41952 0,23671
AxBxC 0,79740 4 0,19935 0,54412 0,70386
Resíduo 25,27975 69 0,36637
Total 72,18666 86
Para as argamassas de cal não houve diferença significativa entre os valores obtidos.
Acredita-se que isso se deva à provável degradação da fibra de PET e da fibra vegetal,
fazendo com que os compósitos se comportem como os de referência. No entanto não
se pode afirmar o que pode ter ocorrido com os compósitos com fibra de polipropileno,
já que de acordo com a literatura a mesma apresenta alto índice de resistência à
ambientes agressivos.
Tabela 5.35 – ANOVA dos valores de I5 para argamassas com 270 dias de idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A – Tipo de
argamassa 5,54055 1 5,54055 24,58745 0,00000
B - Tipo de fibra 3,01828 2 1,50914 6,69714 0,00218
C - Volume de fibra 4,82010 2 2,41005 10,69515 0,00009
AxB 1,62446 2 0,81223 3,60444 0,03237
AxC 9,46054 2 4,73027 20,99165 0,00000
BxC 1,97975 4 0,49494 2,19639 0,07821
AxBxC 2,26270 4 0,56568 2,51032 0,04944
Resíduo 15,77384 70 0,22534
Total 44,48021 87
As mesmas observações feitas para o índice de tenacidade I5 são válidas para I10, já
que o comportamento dos compósitos praticamente não se alterou, como pode ser
observado nas Ilustrações 5.48, 5.49 e 5.50. Fazendo-se a comparação múltipla de
médias constatou-se que, realmente, o desempenho das argamassas manteve-se
inalterado.
como foi o caso do I5. Vale ressaltar, entretanto, que a incorporação de fibras não
alterou em nada o desempenho da argamassa referência com aditivo, já que seus
valores não são significativamente diferentes. Já para as argamassas com cal
observou-se o melhor desempenho dos compósitos com fibra PET quando comparado
às outras argamassas estudadas.
Ilustração 5.52 – Valores do I10 para argamassas com 270 dias de idade
Para as argamassas com cal e fibras praticamente não houve alteração do I20, com
exceção do compósito com fibra de polipropileno que alcançou um valor sensivelmente
maior para o teor de 0.50% de fibra. Essa pode ser uma evidência de que a fibra de
polipropileno manteve-se incólume após esse período de tempo.
Pelo que foi mostrado até agora, a maior influência no que diz respeito à melhora de
tenacidade dos compósitos fica demonstrada quando há a incorporação de fibras nas
argamassas com aditivo. No gráfico pode-se perceber que a inclusão de fibra vegetal
praticamente não altera a performance das argamassas. No entanto, os compósitos
139
Ilustração 5.53 – Valores do I20 para argamassas com 270 dias de idade
Pela análise estatística apresentada na Tabela 5.36 constata-se que a variável tipo de
argamassa não é significativa para essa propriedade. Todavia, as interações dessa
propriedade com o tipo de fibra e com o volume de fibra, além de uma interação entre
os três fatores, são preponderantes no que diz respeito ao índice de tenacidade I20.
Tabela 5.36 – ANOVA dos valores de I20 para argamassas com 270 dias de idade
Soma dos Grau de Quadrados
Fonte Teste F Valor p
quadrados liberdade Médios
A - Tipo de argamassa 0,93058 1 0,93058 0,36894 0,54608
B - Tipo de fibra 54,17852 2 27,08926 10,73980 0,00012
C - Volume de fibra 132,41753 2 66,20876 26,24911 0,00000
AxB 36,23651 2 18,11825 7,18316 0,00169
AxC 15,61979 2 7,80989 3,09631 0,05318
BxC 22,37204 4 5,59301 2,21740 0,07895
AxBxC 35,23963 4 8,80991 3,49277 0,01301
Resíduo 138,72784 55 2,52232
Total 435,72242 72
140
Aos 28 dias de idade pode-se observar, tanto nas argamassas com aditivo (Ilustração
5.54(a)) quanto nas argamassas com cal (Ilustração 5.54(b)) a presença de depósitos
superficiais de produtos hidratados do cimento.
(a) (b)
Ilustração 5.54 – MEV de fibra de curauá aos 28 dias: (a) Argamassa com aditivo; (b) Argamassa com cal
Ilustração 5.55 – MEV de argamassa com cal e fibra de curauá aos 90 dias: Fibra envolta por produtos
hidratados
A Ilustração 5.56(a) mostra o aspecto da fibra de curauá em argamassa com aditivo aos
270 dias de idade: há cobertura total da fibra com densa camada, caracterizando,
possivelmente, um processo de petrificação. É possível que, devido a esse processo, a
tenacidade desses compósitos tenha sido afetada, conforme pode ser observado no
subitem 5.3.5. No detalhe mostrado na Ilustração 5.56(b) observa-se o que parece ser
uma descamação ou degradação da fibra.
(a) (b)
Ilustração 5.56 – MEV de argamassa com aditivo e fibra de curauá aos 270 dias: (a) Fibra envolta por
produtos hidratados; (b) Possível degradação da fibra
142
Da mesma forma que na fibra de curauá, foi observada uma deposição de compostos
hidratados na superfície da fibra de PET em argamassas com aditivo e com cal aos 28
dias de idade (Ilustração 5.57). Foram encontrados, ainda, locais na argamassa onde
existiam fibras antes da análise com o microscópio (Ilustração 5.58). Esses “leitos” das
fibras se devem, possivelmente, ao arrancamento das mesmas durante o ensaio de
flexão. Não se pode descartar, entretanto, que esses “leitos” tenham sido causados
pela decomposição das fibras, conforme sugerido por Betioli (2003).
(a) (b)
Ilustração 5.57 – MEV de fibra de PET aos 28 dias: (a) Argamassa com aditivo; (b) Argamassa com cal
(a) (b)
Ilustração 5.59 – MEV de fibra de PET aos 90 dias: (a) Argamassa com aditivo; (b) Argamassa com cal
Pelo estado das fibras apresentado nas ilustrações anteriores, esperava-se encontrar
fibras com alto grau de degradação para as idades posteriores. No entanto, as análises
microscópicas aos 180 e 270 dias constatou-se a existência de algumas fibras com
baixo grau de degradação, como pode ser observado na Ilustração 5.60. Acredita-se
que, por este motivo, os corpos de prova apresentaram bom desempenho no que diz
respeito à tenacidade nas últimas idades, principalmente para o compósito de
argamassa de aditivo.
144
(a) (b)
Ilustração 5.60 – MEV de fibra de PET: (a) Argamassa com aditivo aos 270 dias; (b) Argamassa com cal
aos 180 dias
Como era esperado, não se constataram grandes mudanças nas fibras PP mantidas
nas argamassas estudadas nessa pesquisa até os 270 dias de idade. Da mesma forma
que para as outras fibras, houve a deposição de compostos hidratados do cimento e/ou
cal sobre a superfície da fibra, conforme mostrado na Ilustração 5.61.
(a) (b)
Ilustração 5.61 – MEV de fibra de polipropileno: (a) Argamassa de aditivo com 270 dias; (b) Argamassa
de cal com 90 dias
(a) (b)
Ilustração 5.62 – MEV de fibra de polipropileno: (a) Argamassa com aditivo aos 180 dias; (b) Argamassa
com cal aos 90 dias
5.4 – Discussões
No que diz respeito à retenção de água, notou-se um aumento dessa propriedade para
a incorporação de 0,25% de fibra para praticamente todas as argamassas estudadas e,
um decréscimo quando se adicionou 0,50%. Como única exceção, a argamassa de
aditivo com PET, que apresentou um comportamento inverso. Vale ressaltar, entretanto,
que a quantidade de água adicionada a cada compósito é diferente, o que
possivelmente afetou o desempenho dos mesmos.
Para essa propriedade observou-se que, nos dois tipos de argamassa, quanto maior o
teor de fibra incorporado à mistura, maior foi a tendência a diminuição do valor de
tensão de ruptura encontrado. Não se pode descartar que isso se deva ao efeito
conjunto da maior relação água/aglomerante e ao maior teor de ar incorporado pelas
149
No que diz respeito à carbonatação dos cp´s, observou-se que, praticamente, não
houve diferença significativa entre as várias argamassas estudadas. Analisando-se,
entretanto, os extremos do tempo de estudo, constatou-se um melhor desempenho dos
testemunhos de argamassa de cal com fibra vegetal, principalmente para o teor de
0,25%.
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
As argamassas com cal e fibra de curauá foram as que apresentaram maior resistência
de aderência nas primeiras idades. Entretanto, com o passar do tempo, esta tendência
desapareceu e o tipo de fibra não teve efeito significativo nesta propriedade. De forma
geral, as argamassas com aditivo plastificante apresentaram resistências de aderência
inferiores a 0,30 MPa, que é o valor mínimo recomendado pela NBR 7200 para
revestimentos externos. O elevado teor de ar incorporado, evidenciado pelas imagens
em microscópio, provavelmente foi o responsável por este desempenho.
Não foi observada correlação entre os ensaios de aderência à tração realizada nas
paredes com ensaios de tração na flexão realizados no laboratório, quando as
152
Com o intuito de aprofundar os estudos no que concerne ao tema abordado por esta
pesquisa, sugere-se para trabalhos futuros:
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
12. BALAGURU P.; SLATTUM, K. Test Methods for Durability of Polymeric Fibers in
Concrete and UV Light Exposure. Testing of Fiber Reinforced Concrete,
AMERICAN CONCRETE INSTITUTE, Detroit, Michigan, Ed. D. J. Stevens et al.
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13. BASTOS, P. K. X. Propriedades mecânicas de argamassas mistas de
revestimento. 2001. 190f. Tese (Doutorado em Engenharia) - Escola Politécnica
da USP, São Paulo.
14. BAUER, E.; CORTEZ, I. Compósitos à base de fibras sintéticas em
argamassas para revestimento na prevenção da fissuração. IV Simpósio
Brasileiro de Tecnologia das Argamassas. Brasília, 2001.
15. BENTUR, A.; MINDESS, S. Fibre Reinforced Cementitious Composites. 1ª
ed. England: Elsevier Science Publishers Ltd, 1990. 449 p.
16. BETIOLI, A. M. Degradação de fibras PET em materiais à base de cimento
Portland. 2003. 140 f. Dissertação (Mestrado em Construção Civil) –
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
17. CARASEK, H. Aderência de argamassas à base de cimento Portland a
substratos porosos – Avaliação dos fatores intervenientes e contribuição ao
estudo do mecanismo da ligação. 1996. 285p. Tese (Doutorado em Engenharia
de Construção Civil e Urbana) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
18. CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DE LA CONSTRUCTION.
Hydrofuges de surface: choix et mise en oeuvre. Bruxelles, 1982. 24p. (Note
D’Information Technique - NIT n. 140)
19. CEOTTO, L. H.; BANDUK, R. C.; NAKAKURA, E. H. Revestimento de
argamassas: Boas práticas em projeto, execução e avaliação. V. 1. Porto
Alegre: ANTAC, 2005. 96 p.
20. CHEN, P.; FU, X.; CHUNG, D. D. L. Improving the bonding between old and new
concrete by adding carbon fibers to the new concrete. Cement and Concrete
Research. V. 25, n. 3, p. 491-496. 1995.
21. CINCOTTO, M. A.; SILVA, M. A. C.; CARASEK, H. Argamassas de
revestimento: características, propriedades e métodos de ensaio. São
Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1995. 118 p. (Boletim 68 IPT).
156
41. MODLER, L. E.; SPECHT, L. P.; CORÓ, A. G.; BECK, J. J. Investigação das
propriedades mecânicas de concretos reforçados com fibras. In: Congresso
de Engenharia Civil, Juiz de Fora, 2000.
42. MOHAMAD, G.; RIZZATTI, E.; ROMAN, H. Estudo das argamassas de
revestimento aditivadas em relação às de cal. In: Congresso de Engenharia
Civil, Juiz de Fora, 2000. v.1 p. 489-497.
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em concreto reforçado com fibra de polipropileno exposto a 400ºC e 600ºC.
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tenacidade à flexão do concreto reforçado com fibras de aço. São Paulo:
EPUSP, 1998. 18p. (Série Boletim Técnico BT/PCC/225).
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Argamassas. São Paulo, 2003.
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<http://www.dcmm.puc-rio.br/cursos/cemat/index_files/frame.html>. Acesso em:
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de pastas. São Paulo: EPUSP, 1999. 29p. (Série Boletim Técnico BT/PCC/233).
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reinforced cement mortar slabs: a comparative study. Cement and Concrete
Composites. n. 27, p. 547-553. 2005.
159
APÊNDICE A
CALORIMETRIA DIFERENCIAL DE VARREDURA (DSC)
DAS FIBRAS
163
DSC
mW
0.00
-1.00
Peak 88.39C
Onset 30.24C
Endset 138.17C
-2.00 Heat -1.12J
-267.18J/g
DSC
mW
0.00
Onset 28.00C
Endset 33.38C Peak 165.61C
-1.00 Transition -0.24mW Onset 155.08C
-0.09mW/mg Endset 171.29C
Mid Point 30.56C Heat -214.16mJ
-79.32J/g
-2.00
DSC
mW
3.00
Onset 75.70 C Peak 248.71 C
Endset 81.03 C
Onset 233.15 C
2.00
Transition -0.29 mW
Endset 256.48 C
-0.05 mW/mg
Heat -213.46 mJ
1.00 Mid Point 78.34 C -36.80 J/g
0.00
Peak 135.73 C
Onset 128.74 C
-1.00
Endset 141.73 C
Heat 167.43 mJ
-2.00 28.87 J/g
APÊNDICE B
RESULTADOS DOS ENSAIOS REALIZADOS NAS
PAREDES DE BLOCOS CERÂMICOS E EM CORPOS
DE PROVA
165
Tabela B.1 – Resultados dos ensaios de resistência de aderência para 28 dias de idade
Tabela B.2 – Resultados dos ensaios de resistência de aderência para 90 dias de idade
,
Tabela B.3 – Resultados dos ensaios de resistência de aderência para 180 dias de idade
,
Tabela B.4 – Resultados dos ensaios de resistência de aderência para 270 dias de idade
,
Tabela B.5 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação das paredes de blocos cerâmicos
para 28 dias de idade
,
Tabela B.6 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação das paredes de blocos cerâmicos
para 90 dias de idade
Tabela B.7 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação das paredes de blocos cerâmicos
para 180 dias de idade
Tabela B.8 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação das paredes de blocos cerâmicos
para 270 dias de idade
Tabela B.11 – Resultados dos ensaios de permeabilidade para 180 dias de idade
Tabela B.12 – Resultados dos ensaios de permeabilidade para 270 dias de idade
Tabela B.13 – Valores de tensão de ruptura para os ensaios de tração na flexão para 28 dias de idade
Tabela B.14 – Valores de tensão de ruptura para os ensaios de tração na flexão para 90 dias de idade
Tabela B.15 – Valores de tensão de ruptura para os ensaios de tração na flexão para 180 dias de idade
Tabela B.16 – Valores de tensão de ruptura para os ensaios de tração na flexão para 270 dias de idade
Tabela B.17 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação dos corpos de prova para 28
dias de idade
Tabela B.18 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação dos corpos de prova para 90
dias de idade
Tabela B.19 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação dos corpos de prova para 180
dias de idade
Tabela B.20 – Resultados dos ensaios de profundidade de carbonatação dos corpos de prova para 270
dias de idade
I5 I5
Argamassa Argamassa
Individuais Média D. Padrão C. Variação Individuais Média D. Padrão C. Variação
4,1 4,1
3,1 4,5
3,2 4,5
C0,25C 3,21 0,73 22,90% A0,25C 4,41 0,24 5,49%
3,5 4,2
4,3
2,1 4,8
3,5
3,0 4,2
3,1
C0,50C 2,98 0,44 14,69% A0,50C 3,60 0,46 12,78%
3,3
3,3
2,4 3,5
4,2 3,6
3,3 3,5
3,5 4,1
C0,25PET 3,76 0,86 22,77% A0,25PET 3,91 0,35 8,94%
3,2 4,0
3,1 4,3
5,3
4,4
3,5 3,5
C0,50PET 3,55 0,71 19,92% A0,50PET 3,60 0,07 1,93%
3,6 3,6
3,6
2,7
2,7 2,3
4,1
2,5 4,5
C0,25PP 2,54 0,19 7,55% A0,25PP 3,54 0,76 21,45%
3,3
3,7
2,4 3,4
3,1 4,0
3,4 3,4
2,3 3,6
C0,50PP 2,83 0,55 19,58% A0,50PP 3,47 0,31 9,06%
3,1 3,3
2,1 3,4
3,1
2,3 4,8
4,0
4,3
CR 2,38 0,27 11,15% AR 4,54 0,84 18,57%
2,1 4,5
2,7 3,5
2,4 6,0
186
I5 I5
Argamassa Argamassa
Individuais Média D. Padrão C. Variação Individuais Média D. Padrão C. Variação
2,6 6,1
3,1 4,7
2,5 2,6
C0,25C 3,00 0,50 16,79% A0,25C 3,37 1,66 49,45%
2,9 2,2
3,0 2,3
3,9 2,2
3,3
3,3 2,6
3,4 2,7
C0,50C 3,36 0,06 1,78% A0,50C 2,73 0,36 13,27%
3,4
2,7
3,4 2,4
2,6 2,5
3,6 2,9
3,6 3,3
C0,25PET 3,32 0,43 13,05% A0,25PET 2,84 0,30 10,54%
3,6
3,2 2,7
2,8
4,1 3,0
4,1 3,3
5,0 3,3
C0,50PET 4,50 0,94 20,98% A0,50PET 3,26 0,19 5,70%
4,0 3,1
3,6 3,5
6,2 3,4
3,5 3,0
2,9 2,7
3,0 2,8
C0,25PP 2,99 0,45 14,96% A0,25PP 2,77 0,16 5,62%
2,6
2,5 2,9
3,4 3,3
3,3 3,4
4,1
C0,50PP 3,87 0,53 13,60% A0,50PP 3,65 0,30 8,16%
4,8 4,1
3,8 3,6
3,9 3,8
1,9 1,9
2,2 2,2
2,3 2,8
CR 2,16 0,20 9,18% AR 2,42 0,32 13,06%
2,3 2,6
2,3 2,5
1,9 2,5
187
I5 I5
Argamassa Argamassa
Individuais Média D. Padrão C. Variação Individuais Média D. Padrão C. Variação
2,9 2,8
2,1
2,8
C0,25C 2,72 0,72 26,35% A0,25C 2,57 0,27 10,70%
2,5 2,4
2,2 2,2
3,8
2,6
4,0
2,8 3,4
C0,50C 3,24 0,59 18,35% A0,50C 3,44 0,01 0,33%
2,9 3,4
3,3 3,4
3,8
2,5 3,6
3,1
3,8 3,5
C0,25PET 3,39 0,52 15,45% A0,25PET 3,53 0,27 7,51%
3,9 3,9
3,4 3,3
3,7 3,3
3,2 3,9
4,0
3,6
C0,50PET 3,32 0,26 7,82% A0,50PET 3,92 0,18 4,62%
3,1
3,1 4,1
3,5 3,7
3,2 3,3
3,0
2,7 3,7
C0,25PP 2,75 0,28 10,14% A0,25PP 3,37 0,22 6,56%
2,8 3,5
2,5 3,1
2,4 3,4
3,5 3,6
4,1 3,2
3,4
C0,50PP 3,84 0,51 13,21% A0,50PP 3,40 0,14 4,14%
3,3 3,4
4,1
4,6 3,3
2,6 2,4
2,2
2,5
CR 2,34 0,22 9,34% AR 2,16 0,28 12,88%
2,0 1,7
2,2 2,1
2,3 2,3
188
I5 I5
Argamassa Argamassa
Individuais Média D. Padrão C. Variação Individuais Média D. Padrão C. Variação
3,2 2,6
3,7
3,7 2,6
C0,25C 3,41 0,28 8,33% A0,25C 2,59 0,04 1,54%
3,4 2,6
3,1 2,6
2,5
4,3
3,5 2,5
3,3 1,8
C0,50C 3,31 0,19 5,67% A0,50C 2,94 0,84 28,52%
3,0 2,9
3,4 3,2
3,1
3,7 2,7
3,5 3,2
3,2 3,1
C0,25PET 3,42 0,22 6,51% A0,25PET 3,29 0,46 14,01%
3,4 3,2
3,2 4,1
3,5
3,5 4,2
4,0
3,1
C0,50PET 3,54 0,42 11,96% A0,50PET 4,21 0,52 12,33%
4,2
3,6
4,9
3,0 4,1
3,5 3,8
3,0 4,3
C0,25PP 3,25 0,23 6,93% A0,25PP 3,85 0,38 9,82%
3,5 4,0
3,2 3,4
3,4
3,6 3,4
3,2 3,9
4,3 2,9
C0,50PP 3,76 0,38 10,16% A0,50PP 3,65 0,49 13,39%
3,9 4,0
3,5 4,2
4,0 3,6
2,1
3,2 2,5
3,2
CR 3,79 0,78 20,68% AR 2,29 0,29 12,70%
3,8 2,7
4,9 2,2
2,0
189
I10 I10
Argamassa Argamassa
Individuais Média D. Padrão C. Variação Individuais Média D. Padrão C. Variação
4,8 4,5
4,2 5,0
4,1 4,9
C0,25C 4,11 0,70 17,09% A0,25C 4,75 0,19 4,01%
4,5 4,6
4,6
3,0 4,9
5,2
4,5 5,0
4,6
C0,50C 4,31 0,77 17,86% A0,50C 4,97 0,24 4,90%
4,6
4,9
3,2 5,1
7,2 5,1
4,9 5,2
5,2 4,9
C0,25PET 5,76 1,28 22,27% A0,25PET 5,02 0,18 3,62%
5,0 4,8
4,7 5,2
7,6
7,3
5,5
5,4 5,4
C0,50PET 5,73 1,39 24,18% A0,50PET 5,09 0,58 11,33%
6,1 4,2
5,2
4,0
4,4 3,1
5,5
4,1 6,0
C0,25PP 4,64 1,52 32,78% A0,25PP 4,82 1,02 21,24%
6,8 4,3
4,8
3,2 5,1
5,0 5,6
5,4 5,4
3,7 5,6
C0,50PP 4,47 0,92 20,61% A0,50PP 5,35 0,27 5,01%
5,0 5,2
3,3 5,4
4,9
2,7 4,9
4,3
4,5
CR 2,96 0,34 11,34% AR 4,70 0,32 6,78%
2,7 5,0
3,4
3,0
190
I10 I10
Argamassa Argamassa
Individuais Média D. Padrão C. Variação Individuais Média D. Padrão C. Variação
3,5 8,3
4,3 6,5
3,3 3,3
C0,25C 4,08 0,75 18,39% A0,25C 5,20 2,71 52,18%
3,9 2,6
4,1
5,4
5,1 3,3
5,0
C0,50C 5,08 0,13 2,62% A0,50C 3,38 0,16 4,72%
5,3
3,5
5,0
3,6 3,2
5,4 4,0
5,7 4,8
C0,25PET 5,03 0,86 17,08% A0,25PET 3,83 0,61 15,90%
5,7
4,8 3,4
3,8
7,3 4,4
7,0 5,0
8,9 5,1
C0,50PET 7,50 0,99 13,22% A0,50PET 4,90 0,35 7,19%
6,7 4,5
5,3
5,1
5,0 4,4
4,0
4,4 4,5
C0,25PP 4,18 0,70 16,81% A0,25PP 4,19 0,42 10,00%
3,7
3,3
5,4 5,4
5,1 5,5
6,4
C0,50PP 6,26 1,07 17,15% A0,50PP 6,28 0,82 13,06%
8,2 7,3
6,1 6,4
6,3 6,8
2,1
2,4 2,3
2,5 3,4
CR 2,56 0,13 5,14% AR 2,74 0,45 16,30%
2,7 2,9
2,6 2,9
2,8
191
Tabela B.27 – Valores do índice de tenacidade I10 para 180 dias de idade
I10 I10
Argamassa Argamassa
Individuais Média D. Padrão C. Variação Individuais Média D. Padrão C. Variação
4,1 3,5
2,8
3,8
C0,25C 3,75 1,12 29,82% A0,25C 3,25 0,52 15,95%
3,4 3,0
3,0 2,7
5,5
3,7
6,5 4,7
4,2 5,2
C0,50C 5,02 1,15 22,85% A0,50C 4,51 0,82 18,09%
4,3 4,9
5,0 3,3
6,3
3,4 5,1
4,6
5,9 5,3
C0,25PET 5,06 0,94 18,61% A0,25PET 5,16 0,53 10,36%
5,7 6,0
5,1 4,6
5,6 4,8
5,0 6,4
6,4
5,9
C0,50PET 5,29 0,55 10,39% A0,50PET 6,37 0,41 6,39%
4,9
4,8 6,9
5,9 5,9
4,4
4,0
3,7 6,0
C0,25PP 3,72 0,46 12,30% A0,25PP 5,53 0,47 8,59%
3,8 5,8
3,3 4,9
3,2 5,4
5,4 6,3
6,4 5,2
5,2
C0,50PP 6,04 0,91 15,12% A0,50PP 5,61 0,46 8,22%
5,3 5,6
6,5
7,5 5,3
3,1
2,7
2,8
CR 2,67 0,35 13,26% AR 2,69 0,10 3,79%
2,2 2,6
2,6 2,8
192
Tabela B.28 – Valores do índice de tenacidade I10 para 270 dias de idade
I10 I10
Argamassa Argamassa
Individuais Média D. Padrão C. Variação Individuais Média D. Padrão C. Variação
4,3 3,4
5,5 4,3
5,3 3,8
C0,25C 4,77 0,62 13,01% A0,25C 3,56 0,42 11,81%
4,7 3,5
4,0 3,1
3,2
7,4
5,4 2,9
5,3 2,0
C0,50C 5,18 0,26 5,07% A0,50C 4,14 1,84 44,41%
4,8 3,8
5,2 4,7
4,0
5,6 3,6
5,5 4,6
5,0 4,3
C0,25PET 5,17 0,38 7,41% A0,25PET 4,75 0,89 18,67%
5,1 4,7
4,7 6,3
5,0
6,1 7,2
6,4
4,2
C0,50PET 5,58 1,17 21,01% A0,50PET 7,09 1,09 15,30%
7,0
5,7
8,4
4,2 6,6
5,0 5,6
4,3 6,4
C0,25PP 4,63 0,38 8,18% A0,25PP 5,77 0,72 12,39%
5,0 6,1
4,6 4,9
5,0
5,7 5,7
4,9 7,0
7,1 4,7
C0,50PP 5,93 0,78 13,14% A0,50PP 6,32 1,12 17,66%
6,2 6,9
5,4 7,3
6,4
2,4
4,1 2,8
4,1
CR 5,12 1,42 27,83% AR 2,63 0,37 13,93%
5,1 3,2
7,1 2,5
2,3
193
Tabela B.29 – Valores do índice de tenacidade I20 para 270 dias de idade
I20 I20
Argamassa Argamassa
Individuais Média D. Padrão C. Variação Individuais Média D. Padrão C. Variação
5,7 4,4
7,9 5,5
7,4
C0,25C 6,51 1,15 17,62% A0,25C 4,41 0,68 15,30%
6,5 4,4
5,1 3,8
4,0
8,5
8,6
C0,50C 8,26 0,33 3,98% A0,50C 5,57 0,85 15,26%
7,9 4,9
8,1 6,5
5,3
8,1
8,5 6,2
7,8 6,0
C0,25PET 7,70 0,68 8,80% A0,25PET 6,40 0,40 6,21%
7,4 6,5
6,7
6,9
11,6
10,4
5,7
C0,50PET 8,03 3,29 41,00% A0,50PET 12,13 1,16 9,52%
11,3
13,5
5,7 10,6
7,1 8,8
6,1 10,1
C0,25PP 6,45 0,60 9,35% A0,25PP 9,03 1,33 14,68%
7,1 9,7
6,3 7,3
7,8
8,7 9,8
7,5
11,0 7,8
C0,50PP 9,21 1,26 13,69% A0,50PP 10,71 2,33 21,74%
9,9 12,5
8,4 12,7
9,9
4,8
4,8 7,5
CR 6,32 2,17 34,34% AR 4,63 2,49 53,84%
6,3 3,6
9,4 2,8
194
APÊNDICE C
GRÁFICOS TENSÃO x DEFORMAÇÃO DOS ENSAIOS
DE TRAÇÃO NA FLEXÃO PARA 28 DIAS DE IDADE
195
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
2,5
2
Tensão(MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 3 CP 4 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 3 CP 4 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
APÊNDICE D
GRÁFICOS TENSÃO x DEFORMAÇÃO DOS ENSAIOS
DE TRAÇÃO NA FLEXÃO PARA 90 DIAS DE IDADE
201
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 5 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 4 CP 5 CP 6
203
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
204
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
205
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
APÊNDICE E
GRÁFICOS TENSÃO x DEFORMAÇÃO DOS ENSAIOS
DE TRAÇÃO NA FLEXÃO PARA 180 DIAS DE IDADE
207
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 3 CP 4 CP 5
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
APÊNDICE F
GRÁFICOS TENSÃO x DEFORMAÇÃO DOS ENSAIOS
DE TRAÇÃO NA FLEXÃO PARA 270 DIAS DE IDADE
213
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3
2,5
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
2,5
2
Tensão (MPa)
1,5
0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deformação (mm)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6